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Educação financeira começa em casa

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Academic year: 2022

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Texto

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Como falar sobre

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Introdução

Educação financeira começa em casa

Falar de dinheiro em casa não é tarefa fácil para muitas famílias, sabemos disso. Mas quando escolhemos construir uma família, uma das chaves para manter a harmonia é o diálogo, a boa comunicação. E o tema

“dinheiro” deve fazer parte do dia a dia da família, como outros temas também importantes.E se estamos falando da família, isso inclui os filhos, inclusive quando pequenos ou adolescentes.

Porém, sabemos que muitos pais e mães não sabem lidar com o assunto em casa, muito menos como envolver os filhos, ainda crianças, na conversa ou como ensiná-los. É importante ter em mente que falar de dinheiro não é feio e também não pode ser encarado como “trazer problema para casa”.

Estamos dizendo isso, pois muita gente evita falar do assunto na mesa do jantar, por exemplo, pois tem na memória alguns “arranca-rabos” que já tiveram envolvidos quando eles eram os filhos menores. Ou ainda, não falam de dinheiro porque acham que isso significa o anúncio de um problema nas contas. Ou por fim, que é um assunto apenas para adultos.

Como esse eBook irá te ajudar?

O que trazemos aqui é resultado de anos de trabalho com o tema

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Introdução

Esperamos ainda que você termine a leitura deste eBook inspirado e com muitas ideias para adaptar o que leu ao seu dia a dia em casa.

Lembre-se!

Crianças são muito curiosas e prestam mais atenção em conversas e situações do que imaginamos! Aproveite a curiosidade delas!

Quando começar a falar de dinheiro?

Em primeiro lugar, saiba que antes mesmo de você decidir se deve ou não falar do assunto, o seu filho já ouve falar de dinheiro praticamente o tempo todo.

Ao levá-lo ao supermercado, comprar roupas com o cartão e pagar contas na frente dele. Tais ações promovem uma relação direta com o dinheiro e ele, que está junto com você, faz parte disso.

Por que não aproveitar esses momentos para explicar o que você está fazendo? Ou até mesmo colocá-lo em algumas situações, como por exemplo, fazer a conta do troco na padaria ou explicar que a relação de troca ao comprar alguma coisa?

Outra boa ideia, é separar um pequeno valor para que ele administre e compre no supermercado algo que ele goste, o exemplo e a orientação fazem sempre grande diferença.

Se puder, comece desde cedo!

Infelizmente o tema ainda não é amplamente discutido nas escolas, sendo assim o papel da educação financeira, cada vez mais é de responsabilidade da família.

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Por isso, as crianças devem começar a ser envolvidas no assunto na mesma época em que aprendem a dizer obrigada, por favor, a lidar com os talheres etc. Pois é na faixa etária de 3 a 5 anos que elas começam a pedir coisas.

Nada melhor que usar esses momentos do “eu quero, eu quero” para começar a explicar que é preciso de dinheiro para comprar coisas e que ele vem através do trabalho do papai e/ou da mamãe.

Neste eBook iremos sugerir algumas atividades que te ajudarão a abordar o assunto desde cedo.

#Dica 1

As experiências tidas nesse período da infância farão toda a diferença na formação do seu filho na fase adulta!

Introdução

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O que fazer e o que não fazer

O que fazer

• Aborde o assunto de forma natural;

• Relacione-o com temas de interesse das crianças;

• Aproveite momentos de lazer para dar exemplos;

• Ajude a poupá-los para comprar algo especial;

• Seja um modelo para o seu filho se espelhar em você;

• Procure usar dinheiro para pagar coisas em frente ao seu filho e não apenas o “mágico” cartão de crédito;

• Quando levá-lo ao supermercado, peça ajuda com a lista de compras, e a identificar preços e promoções.

O que não fazer

• Não relacione o assunto dinheiro a palavras negativas;

• Evite usar somente o cartão de crédito na frente da criança;

• Não evite falar de dinheiro. Ao evitar, você deixa para que as crianças tirem suas próprias conclusões;

• Não dê tudo que a criança pede, mesmo que você possa;

• Falar que não tem dinheiro toda vez que a criança pede alguma coisa;

• Não manter a palavra dita - dizer que não vai dar mais dinheiro e logo em seguida dar. Seja consistente.

Primeiros passos...

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As desculpas que os pais dão

Educar os filhos não é fácil, requer paciência, amor e dedicação.

Ainda mais hoje, quando trabalhamos praticamente o dia todo, ficamos estressados com o trânsito, etc. Com tudo isso é bem comum finalizar os infinitos questionamentos das crianças com respostas prontas que muitas vezes não significam exatamente a realidade.

Falar “não tenho dinheiro” é muito mais fácil do que explicar porque você não vai comprar aquele tênis caro que pisca na sola. O problema é a mensagem que vamos passar a cada resposta.

Em vez de apenas dar uma bronca ou dizer um seco não!, experimente explicar o motivo, como por exemplo: não viemos ao shopping para comprar um tênis, não vamos gastar dinheiro com isso agora, pois você tem ganhou a pouco tempo um tênis e não precisa de mais um, esse tênis é muito caro. Tais respostas ajudam a entender a diferença entre necessidade e desejo e que não dá para ter tudo que se quer na hora que quer.

Além disso, dizer “não tenho dinheiro” pode deixar a criança ansiosa e, dependendo da idade, até mesmo preocupada imaginando que a família está com problemas financeiros. Além do mais, imagine falar isso e no dia seguinte aparecer em casa carregado de sacolas com sapatos novos, não ajuda, não é? Por isso, preste atenção também no seu comportamento.

Evite o “faça o que eu digo, não faça ou que eu faço”.

Primeiros passos...

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O poder da mesada

O tema é controverso, pois divide opiniões quando o assunto é dar ou não a mesada. Porém, essa é uma das maneiras mais poderosas de ensinar as crianças a lidar com o dinheiro e se tornar um indivíduo esclarecido ao tratar de educação financeira.

A mesada, pode ser uma forma eficiente de envolver os filhos no orçamento familiar - isso porque o valor da mesada deve ser equiparado a condição financeira da família.

Primeiros passos...

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A idade ideal

A idade ideal para começar é quando as crianças começam a pedir coisas, já reconhecem números e as diferenças de valores nas moedas e notas.

Em geral, a partir dos 6 anos já é possível iniciar o hábito da mesada, mas antes mesmo dessa idade você pode começar a dar uma semanada (valor por semana) de maneira simbólica, mas que irá despertar na criança o conhecimento de números, entre outros conceitos, que trataremos abaixo.

De qualquer forma, a decisão de que idade começar deve ser feita por você.

#Dica 2

Antes de decidir dar a mesada, você pode conversar com a professora, com alguns pais que têm filhos na mesma escola para saber a opinião e como eles fazem. Isso é importante, pois você saberá como funciona nos lares dos colegas do seu filho e terá um parâmetro de comparação.

Qual deve ser o valor da mesada?

Quando começar

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Mas quanto?

O valor que você definirá deve estar atrelado a realidade financeira da família, pois é assim que você passará os principais ensinamentos do que dá ou não para fazer ou comprar de acordo com a situação e o momento.

Nossas sugestões para te ajudar:

1 - Calcule os gastos que você tem com o seu filho durante a semana com coisas extras ou supérfluas. Ou seja,com aquilo que ele poderá gastar com a mesada como: doces, brinquedos, dvd, revistinha etc. Depois disso, estabeleça o valor fixo, que pode ser metade do que você gastou, e o dia de pagamento.

2 - Uma outra opção para crianças até 10 anos é pagar o valor de acordo com a idade: para 5 anos, R$5,00 para 10 anos, R$10,00, por exemplo.

3 - A terceira sugestão é para a criança que já está pedindo a mesada.

Pergunte qual seria o valor pretendido, analise, negocie e principalmente aproveite essa oportunidade para conversar sobre o assunto com seu filho de forma natural.

Quando começar

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Deixe-os falhar

Faz parte do processo aprender com os erros, mas muito pais super protetores preferem evitar que a criança “sofra”. Algumas experiências são fundamentais para que sirvam de lições aprendidas.

No caso da mesada, você deve orientá-lo sobre como gastar, porém não proibir de fazê-lo. Por exemplo: se a criança tem R$50,00 na jarra, só vai receber a próxima mesada no mês seguinte e cismou que quer comprar a tal da boneca que a amiguinha tem, deixe. Porém deixe claro também que a próxima mesada virá depois de um bom tempo.

#Dica 3

Não abra exceções! Se fizer isso porque sua filha (o) fez birra ou aquela carinha que te derrete, a sua palavra já não valerá tanto assim.

Pode parecer rígido agir dessa forma, mas é melhor errar nessa idade com o dinheiro da mesada, do que se enrolar quando se tornar adulto e viver no limite do cheque especial ou sempre virando o mês no vermelho.

Como dar a mesada?

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O que você está ensinando ao dar a mesada?

1. Como lidar com o dinheiro;

2. A importância de poupar para realizar objetivos;

3. Controle financeiro;

4. Hábitos de consumo;

5. Responsabilidades;

6. Diferença entre necessidade X desejo.

Pagar para fazer tarefas?

É bem comum em culturas como nos Estados Unidos, o conceito de recompensa. Assim, os pais costumam incentivar os filhos na execução de certas atividades em troca de alguma coisa, podendo ser um valor em dinheiro. Como por exemplo: ajudar a lavar a louça, arrumar o quarto, limpar o jardim, fazer a tarefa escolar.

Se você já viu aqueles programas de tv realizados fora do Brasil - em que a babá vai até a casa para ajudar a colocar os filhos nos eixos - deve ter notado que a forma de ensinar gira em torno da recompensa:

comporte-se na mesa na hora de jantar que você ganha uma estrela no quadro de bom comportamento, guarde os seus brinquedos que a gente te leva para brincar no parque, coma os vegetais que você ganha uma moeda.

Tal atitude pode funcionar em algumas famílias, mas é preciso analisar antes de começar a fazer tal coisa. Afinal, é mesmo necessário dar um agrado para que o filho escove os dentes, faça lição ou arrume Como dar a mesada?

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Por que não ensinar a importância de fazer tais atividades para torná-lo responsável, entender os problemas que acarretam caso não faça tais atividades, em vez de associá-las a ganhos imediatos? Tenha muito cuidado ao usar o dinheiro para corrigir comportamentos, viver em sociedade é ter responsabilidades, direitos e deveres, ensinar que agir da forma correta só e válido a partir de uma recompensa é um grave erro.

Atividades e ideias para você abordar o assunto em casa!

Para tornar tudo isso mais prático, separamos algumas situações ou atividades que você pode fazer facilmente ou usá-las para recriar outras de acordo com o que quer ensinar.

Crianças de 3 a 5 anos

O que ensinar? Nessa idade já dá para explicar aos pequenos que é preciso ter dinheiro para comprar coisas. Também é aqui que você será

“obrigado” a ensinar que algumas vezes é necessário saber esperar para conseguir alguma coisa. Aproveite para apresentar os números e assim fazer uma das atividades que propomos abaixo.

Como dar a mesada?

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#Dica 4

A criança não é um mini adulto, por isso faça atividades pertinentes a idade delas.

Crianças de 6 a 8 anos

O que ensinar? Nessa faixa etária está na hora de ensinar a criança quanto as coisas custam, como fazer escolhas e poupar dinheiro.

Atividades

1 - Lanche da tarde.

Que tal pegar um sábado à tarde para ir ao supermercado com o seu filho e fazer da situação um momento divertido e educativo?

Proponha fazer um lanche à tarde e peça que ele te ajude a montar uma lista com o que terá no lanche, como ingredientes para sanduíche, sucos, biscoitos etc.

Vá ao mercado com ele e peça para te ajudar na lista, se ele já sabe ler, ou pule para o segundo passo: mostre produtos iguais com preços diferentes, escolha de acordo com preço e/ou qualidade e explique o motivo. Fale sobre as promoções e como a diferença de preço ajuda a poupar. Procure seguir a lista para mostrar planejamento e organização.

2 - Poupar para comprar

Nesta fase, ajude seu filho a juntar parte da mesada para comprar algo “mais caro” que ele quer muito. Aqui você pode ajudá-lo a calcular quanto ele deve poupar por mês para comprar o que ele quer e mostrar Atividades

Atividades

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3 - Conhecendo o cartão de crédito

Escolha algumas situações para pagar com o cartão de crédito.

Explique como funciona, dizendo que o cartão é um meio de pagamento.

Aqui você terá a oportunidade de explicar a diferença entre débito e crédito.

8 a 10 anos de idade

Nesta fase você pode explicar a relação de trabalho X ganho, conversar e tirar dúvidas sobre poupar, gastar, investir e planejar. Além disso, é importante mostrar valores como responsabilidade e comprometimento e também o consumo consciente.

1 - Orçamento familiar

Como falamos, diálogo é a chave para uma família harmoniosa, por isso converse sobre o orçamento da casa a cada 15 dias ou 1 vez por mês.

Uma forma de começar a abordar o assunto e torná-lo natural é planejar em família uma viagem, e envolver a todos no planejamento.

Vocês podem decidir juntos o orçamento disponível para a viagem, quais destinos cabem nele, se deverá ser feito algum ajuste nas contas para realizar esse evento etc. Com o tempo comece a falar sobre os custos fixos X variáveis da casa para que seu filho entenda a realidade familiar e Atividades

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3 - Faça atividades gratuitas

Incentive atividades como passear de bike no parque, fazer picnic, ir à biblioteca, eventos musicais na rua, entre muitas outras atividades gratuitas. Com isso você mostrará algo fundamental na relação com os seus filhos: que não é necessário sempre gastar dinheiro para se divertir ou aproveitar o tempo livre. E o melhor: que o mais importante é estarem juntos!

Crianças a partir dos 10 anos

Aqui você pode dar um valor adicional na mesada com o objetivo de investir. Para tornar a ação mais visual, vocês podem ir ao banco juntos para investir o dinheiro.

Ou se seu filho já é 100% digital, faça o investimento com ele no internet banking ou na sua corretora e aproveite para mostrar o saldo, quanto rendeu e deixe claro que o investimento é para o futuro dele. O mesmo não deve ser usado como mesada.

Investimentos valiosos para o futuro do seu filho

Ter uma poupança tradicional para o seu filho é importante para a educação financeira - uma vez que você vai criar o hábito de poupar, a importância de ter uma reserva e de acumular para o futuro.

Porém, sabemos que por conta da rentabilidade a caderneta de poupança não é uma boa opção. Por isso, é fundamental mostrar que existem outras alternativas de investimento, uma boa oportunidade de investimento de médio e longo prazo, seguro e rentável é o Tesouro Direto.

Atividades

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Para você ter uma ideia existem títulos com vencimentos que variam de 2 anos até 20 anos e que pagam uma rentabilidade que chega a ultrapassar o dobro da poupança!

Quando fazer o investimento para o meu filho?

A resposta é simples e curta: o mais cedo possível! Você pode fazer mais de um investimento, definindo objetivos e incentivando o hábito de planejar e investir para conquistar.

A recompensa é sua!

Nada melhor do que sentir que o seu papel de pai/mãe foi cumprido, não é mesmo?

Educar os filhos hoje para que saibam lidar com o dinheiro surtirá um efeito positivo para a vida toda! Em conjunto com o amor, cuidado e educação que os pais devem dar aos filhos, saber fazer uma boa gestão financeira formará um adulto muito mais maduro e com maiores chances

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Investimentos valiosos

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Sobre os autores

Ricardo Pereira é sócio fundador do Dinheirama.com, com vasta experiência em educação financeira e no mercado financeiro, tendo passagens por bancos de investimento e também grandes organizações.

Conrado Navarro é sócio fundador do Dinheirama.com, autor de diversos livros sobre educação financeira e colunista de importantes veículos. Foi eleito o “Guru Financeiro do Ano”, em 2012, pela comunidade de investidores ADVFN.

Sobre os autores

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@Dinheirama

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Referências

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