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Relatório Anual de Informações A JUSPREV É MUITO MAIS DO QUE VOCÊ IMAGINA

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Relatório Anual de Informações

A J U S P R E V É M U I T O M A I S D O Q U E V O C Ê I M A G I N A

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2 0 1 6

Relatório Anual de Informações

2 0 1 6

Relatório Anual de Informações

A JUSPREV É FORMADA POR 56 INSTITUIDORAS E JÁ SOMOS QUASE TRÊS MIL PARTICIPANTES.

TEMOS 150 MILHÕES DE REAIS EM ATIVOS ADMINISTRADOS E UMA

RENTABILIDADE QUE CORRESPONDE ÀS MELHORES EXPECTATIVAS

DO MERCADO:

13,48% EM

2016.

(4)

Deborah Maggio Gerência Solange Stelle Institucional Glaucia Murça Relacionamento Adriano Gomes Comunicação Allan Nogueira

Investimentos e Financeiro Fabiano Bonifacio

Tecnologia da Informação Leandro Kormann

Operacional Jessyca da Silva

Institucional e Financeiro Alexandre dos Santos Carolina Dutra Consultores Patricia Traldi Administrativo

Projeto Gráfico Cassiano Tabalipa

ÍNDICE

4 Destaques 2016 5 Perspectivas 2017 6 JUSPREV em números 6 Participantes ativos 6 Evolução do patrimônio 7 Aportes

7 Portabilidades

8 Relatório sobre Investimentos 8 Alocação por segmento

8 Relatório Previdenciário 8 Cenário Macroeconômico

9 Enquadramento Resolução n° 3.792 10 Relatório BRAM

12 Relatório SulAmérica

13 Resumo da Política de Investimentos 13 Introdução

14 Plano de Benefícios

14 Alocação de Recursos e limites por segmento de aplicação 15 Índices de Referência

15 Metas de Rentabilidade 15 Restrições

15 Avaliação dos Investimentos 16 Novos Investimentos

16 Investimentos com Risco de Crédito 16 Investimentos no Exterior

17 Monitoramento dos Investimentos 17 Operações com Derivativos

17 Processos de Controle de Riscos 17 Contratação de Agentes Fiduciários 18 Desenquadramentos

18 Disposições Gerais

19 Demonstrações Contábeis 19 Balanço Patrimonial Consolidado

19 Demonstração da Mutação do Patrimônio Social

20 Demonstração da Mutação do Ativo Líquido por Plano de Benefícios 20 Demonstração do Ativo Líquido por Plano de Benefícios

21 Demonstração do Plano de Gestão Administrativa (Consolidada) 21 Demonstração das Provisões Técnicas do Plano de Benefícios 22 Parecer Atuarial do Plano de Benefícios

22 Objetivo 22 Base Cadastral 22 Hipóteses atuariais 23 Resultados atuariais 24 Plano de Contas Contábil

25 Parecer dos Auditores Independentes 28 Parecer do Conselho Fiscal

28 Manifestação do Conselho Deliberativo 29 Órgãos Estatutários

30 Colégio de Instituidoras

EQUIPE

(5)

Apesar do mantra entoado em 2016, em que a palavra crise aparecia em quase todas as frases formuladas sobre a economia brasileira, e em um cenário de inflação de 6,29% a.a., a Jusprev fechou o ano com resultados altamente positivos: crescimento patrimonial de 26% e rentabilidade de 13,48% — acima da meta atuarial estabelecida (Inpc + 5%, que daria 11,91%).

Crescemos quase R$ 30 milhões em 2016, somando um patri- mônio, hoje, de 150 milhões e pretendemos chegar ao fim de 2017, ano em que completamos nosso 10º aniversário, próximos aos 200 milhões. Isso graças a um trabalho firme para o aumento no número de participantes, executado por diversos meios, contando, sobretudo, com os esforços de nossa equipe própria de comercialização, constituída há poucos meses e já com resul-tados muito significativos.

Para isso, também contamos com o apoio e o empenho da nossa forte rede de instituidoras, formada hoje por 56 associações de classe ligadas à Justiça, ao Ministério Público e à Receita Federal do Brasil. Mostrando cada qual em sua instituição os resultados de nossa Previdência Associativa e o que ela pode trazer para o futuro de cada associado, essas entidades contribuirão para fortalecer-nos ainda mais. Melhor para a Jusprev, melhor para o participante, melhor para um país que hoje apresenta o pior índice dos países das Américas e um dos piores do mundo em relação à poupança para a aposentadoria.

Estudo feito pelo Banco Mundial em 143 países mostrou que apenas quatro em cada 100 brasileiros separa recursos para os anos finais da vida, mais precisamente 4,67%. Apenas 11 países têm resultados abaixo do Brasil, que perde para nações como Congo, Maláui ou Togo. Os índices são bem diferentes, por exem- plo, em relação a Portugal, a África do Sul, a América Latina e Caribe, onde 53,98% dos entrevistados (maiores de 15 anos), 15,93% e 10,60%, respectivamente, declararam fazer economias para a velhice.

A Jusprev quer ajudar a mudar esse quadro e ver o Brasil crescer e formar cidadãos mais previdentes.

MENSAGEM DA DIRETORIA

Marcio Humberto Gheller

Diretor Jurídico e de Benefícios

Jair Eduardo Santana

Diretor Administrativo-Financeiro

Maria Tereza Uille Gomes

Diretora-Presidente

(6)

DESTAQUES 2016

Icatu

Seguradora

Em 2016 a Jusprev firmou parceria com a Icatu Seguros para ser a nova administradora da cobertura dos riscos de morte e invalidez do Planjus. A mudança proporcionou aos participantes condições mais atrativas e um desconto de 15%

nas contribuições mensais para morte e/ou invalidez. Além disso, o participante também passou a contar com a possibilidade de contratação de capital segurado de até R$ 3 milhões.

13,48%

de rentabilidade

No ano de 2016, apesar do debilitado cenário econômico nacional, a rentabilidade da Jusprev foi de 13,48%. O resultado alcançado demonstra o comprometimento de toda a nossa equipe, em especial do Comitê de Investimentos, que busca constantemente os melhores resultados para os investimentos de todos os participantes.

Nova gestora

SulAmérica

Outra novidade de 2016 foi a entrada da SulAmérica na gestão dos recursos do Planjus. Com o ingresso, houve um aumento de 35% do patrimônio aplicado em fundo Alm (apenas Ntn-Bs). O incremento diminuiu a volatilidade (oscilação das rentabilidades) do Planjus. A SulAmérica entrou para substituir a Dlm Invista.

Quase

R$ 150

milhões de patrimônio

Em 2015 a Jusprev comemorou a marca de R$ 100 milhões em

patrimônio. Mas, os resultados obtidos em 2016 foram ainda melhores, o que elevou este número, hoje, para a casa dos R$ 150 milhões. Uma conquista histórica.

Contratação de

Consultores Próprios

Buscando aprimorar o atendimento aos potenciais participantes, a Jusprev contratou no ano de 2016 dois novos profissionais para prestar consultoria personalizada. A formação da equipe própria de consultores é uma forma de coordenar todo o processo de adesões ao Planjus e assimilar, definitivamente, a identidade da Jusprev. Alexandre dos Santos atende agora a região Sul do país. A região Sudeste é atendida por Carolina Dutra.

(7)

10 anos

JUSPREV

Em 2017 a Jusprev comemora dez anos de atividades. Foi uma década de grandes conquistas e crescimento. Hoje, a entidade já conta com 56 instituidoras, quase 3000 participantes e R$ 150 milhões em patrimônio.

Programa de

Educação Financeira

Em 2016 a Jusprev esteve presente em vários estados do Brasil ministrando palestras sobre a necessidade da Previdência Complementar na vida dos

associados, potenciais participantes.

Também no nosso site têm sido divulgadas matérias com conteúdo importante para todos os associados que desejam conhecer um pouco mais sobre a Jusprev e sobre o cenário da previdência complementar e oficial do Brasil.

Treinamento

& Capacitação

Com o principal objetivo de intensificar o relacionamento com as Associações Instituidoras e assim criar um maior envolvimento e participação na distribuição e divulgação do Planjus, a Jusprev continuará a oferecer em 2017 o Treinamento para capacitação dos funcionários e diretores das Associações Instituidoras. O objetivo é oportunizar o conhecimento sobre o Estatuto da Jusprev e o Regulamento do Plano de Benefícios Previdenciários que administra, o Planjus.

Novo site

Na busca de sempre melhorar os canais de comunicação com nossos participantes e instituidoras, a Jusprev lançará em breve o novo layout do site institucional. O novo site trará várias novidades, entre elas uma página para interação com possíveis novos participantes. Além de facilitar a navegação, o novo site terá também um visual mais atraente, o que facilitará a leitura e a captura da atenção de quem acessar o portal.

PERSPECTIVAS 2017

Nova composição

Comitê de

Investimentos

Durante a reunião geral realizada em Curitiba no dia 17 de março, foram nomeados os novos nomes do Comitê de Investimentos da Jusprev. Os novos membros, Felipe Locke Cavalcanti (Apmpsp), Francisco Borges Ferreira Neto (Ameron), Gervásio Protásio dos Santos Junior (Amma), Maurício Trevisan (Amprs) e Miguel Arcanjo Simas Nôvo (Anfip), passam a atuar ao lado dos já nomeados Fabio Bertoli Esmanhotto (Presidente), Marco Aurelio Monteiro Tuoto e Willian Lira de Souza. O Comitê de Investimentos é composto por no máximo 8 (oito) membros, sob coordenação de um Presidente e todos são nomeados pelo Conselho Deliberativo da entidade para auxiliar a Diretoria Executiva.

Equipe própria

em todas as regiões

A Jusprev não para. E para continuar a crescer a entidade precisa estar presente em todas as regiões do país. Já tínhamos, desde o ano passado, consultores nas regiões Sul e Sudeste. Com a contratação de dois novos consultores — para a região Norte, Fabio Roger de Souza e para a região Nordeste, Ibraim Filho — duas novas regiões passam a contar também com a excelência de nosso atendimento padronizado.

A perspectiva é, ainda este ano, estarmos presentes em todas as regiões do Brasil.

(8)

JUSPREV EM NÚMEROS

2008 760

1.338

1.748

2.049 2.222

2.336 2.352

2.491 2.560

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

2013 2012

2011 2014 2015 2016

R$ 144.131.976,47

R$ 112.586.373,10

R$ 84.507.595,48

R$ 63.744.378,28 R$ 51.402.635,47

R$ 35.449.360,22 R$ 21.062.268,29

R$ 10.046.678,83 R$ 1.982.543,81

2010 2009

2008

Evolução do Patrimônio Participantes ativos

(9)

2008 R$ 766.758,00

R$ 1.492.583,69

R$ 2.533.271,61 R$ 2.530.668,59

R$ 2.876.884,87 R$ 2.849.461,11 R$ 2.566.583,73

R$ 2.891.287,22

R$ 3.796.546,86

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

2013 2012

2011 2014 2015 2016

R$ 3.199.255,23

R$ 2.278.147,70

R$ 1.186.606,29 R$ 1.723.159,48

R$ 1.610.552,46 R$ 1.695.693,39

R$ 1.526.614,58 R$ 2.227.062,08

R$ 686.097,99

2010 2009

2008

Portabilidades Aportes

(10)

SEGMENTOS DE APLICAÇÃO

% de exposição

143.741 3,780 393,57 00 50,89 00 144,189

99,69 -- 0,27- 0,04- -- 100 Renda Fixa (inclui disponíveis nos fundos)

Renda Variável

Investimentos Estruturados Investimentos no Exterior Imóveis

Operações com participantes Disponível / Caixa

Passivo Operacional (Balancete) Disponível Contingencial (Balancete) TOTAL

VALOR APLICADO (milhões) %

RELATÓRIO SOBRE INVESTIMENTOS

Resumo das Informações sobre investimentos em 31/12/2016

Em atendimento à Política de Investimentos aprovada pelo Conselho Deliberativo em 15 de dezembro de 2015, os investimentos da Jusprev em 2016 obedeceram aos limites já definidos pela Resolução n° 3.792, do Cmn, de 24 de setembro de 2009, abaixo discriminados:

Alocação por Segmento

Cenário Macroeconômico Relatório Previdenciário DESCRIÇÃO

2495 62.352

10026 2.4529

22449 2.56013 Portabilidade Recebidas

Adesões Assistidos

Ativos em 21/12/2015

2014 2015 2016

MÊS (ano 2016)

Indicadores

1,041,12 1,111,18 0,971,21 1,061,18 1,020,87 0,911,02 13,48

1,051 1,051,16 1,161,11 1,211,11 1,051,11 1,041,12 14

0,951,51 0,440,64 0,980,47 0,640,31 0,080,17 0,070,14 6,58

1,270,9 0,430,61 0,350,78 0,520,44 0,080,26 0,180,3 6,29

98,95 112,13 95,85 111,87 87,26 104,55 96,11 97,59 91,73 83,51 88,12 91,22 96,30 Janeiro

Fevereiro Março Abril MaioJunho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Acumulado

JUSPREV CDI INPC IPCA %CDI

(11)

Subcategorias de Alocação

99,69 78,28 21,41 0 18,79 0 2,23 0 0 0,24 0,01 0 0 0 0 0 0 0 0,14 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,27 0,1 0 0 0,17 0 0 0 0 0 Renda Fixa

Títulos da Dívida Pública Mobiliária Federal

Conjunto dos ativos de renda fixa, excluídos os títulos públicos federais Títulos das dívidas públicas mobiliárias estaduais e municipais CBDs, RDBs e Letras Financeiras

DPGEs Debënlures

Letras Hipotecárias (LH) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI) Certificado de Operações Estruturadas —COE

FIDCs e FICs de FIDCs

Notas Promissórias, CCBs e CCCBs

Notas de Crédito à Exportação (NCE) e Cédulas de Crédito à Exportação (CCE) Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRIs)

Cédulas de Crédito Imobiliário (CCIs)

Títulos do agronegócio (CPR, CRA, CDCA e WA)

Demais títulos de companhias abertas e securitizadas (exclui debêntures) Caixa, provisões e despesas (valores a pagar e receber)

Cotas de Fundos de Renda Fixa

Operações a termo, opções de renda fixa e swaps Renda Variável

Ações do Segmento Novo Mercado Ações do Segmento Nível 2 Ações do Segmento Bovespa Mais Ações do Segmento Nível 1

ETFs e ações não classificadas nos segmentos de governança corporativa Títulos de emissão de SPEs

Debênlures com part. nos lucros, Ouro, Crédito de Carbono e CPAC Cotas de fundos de Renda Variável

Opções

Investimentos estruturados

Fundos de Participação (Private Equity) e FMIEE Fundos de Investimentos Imobiliário (FII) Fundos Multimercados Estruturados Investimento no Exterior

Ativos emitidos no exterior em fundos sediados no Brasil Fundos e FICs de Dívida Externa

Cotas de fundos de índice do exterior admitidas a negociação no Brasil Brazilian Deposits Receipts (BDRs)

Ações de companhias sediadas no Mercosul Imóveis

Operações com participantes Empréstimos a participantes Financiamentos Imobiliários

90 - - - - - - - - - - - - - - - - - - 5 - - - - - - - - - 2,5 - - - 2,5 - - - -

0 0 - - 100

100 80 80 80 80 80 80 80 20 20 20 20 20 20 20 - - - 70 70 60 50 45 35 20 3 - - 20 20 10 10 10 10 10 10 10 10 8 15 15 15

75 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

100 100 80 80 80 80 80 80 80 20 20 20 20 20 20 20 - - - 35 35 35 35 35 35 20 3 - - 10 0 0 10 5 5 5 5 5 5 0 0 0 0

OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK Posição

Atual (%) Alocação

Objetivo (%) Limite

Inferior (%) Limite

Superior (%) Status Limite

Legal (%)

Enquadramento Resolução n° 3.792/2009

Comentários: No encerramentos do 4º trimestre de 2016, os investimentos do plano de benefícios da Efpc apresentavam-se em conformidade em relação aos artigos 35 e 40 da Resolução Cmn nº 3792 e com os limites inferiores e superiores definidos segundo a política de investimentos.

(12)

RELATÓRIO BRAM — JUSPREV 2016

Cenário Macroeconômico

No ambiente global, 2016 ficou marcado pelo a- vanço de movimentos antiglobalização. Nos Eua, a eleição do republicano Donald Trump para presi- dente marcou o fortalecimento de uma plataforma econômica baseada no protecionismo (em termos comerciais e de fluxos de imigração) e na expansão fiscal (por redução de impostos e expansão de in- vestimentos em infraestrutura). Na Europa, o Reino Unido votou por sair da União Europeia, levantan- do uma série de dúvidas acerca das implicações não apenas econômicas, mas também políticas em todo o continente. Diante do aumento da incerteza global e da ausência de pressão infla- cionária, as autoridades monetárias da Zona do Euro, Reino Unido e Japão decidiram ampliar suas políticas acomodatícias. Na contra-mão desse movimento, o Fed elevou a taxa de juros em 25p.b tendo em vista o aperto no mercado de trabalho e a expectativa de aceleração inflacionária. Na China, observamos a presença acentuada do governo na economia concedendo estímulo fiscal e monetá- rio, afastando temores de uma desaceleração brusca da atividade econômica. De modo geral, presenciamos em 2016 a continuidade da diver- gência da política monetária entre os Eua e os de- mais países desenvolvidos. Ademais, ainda que no curto prazo os impactos negativos dos discursos politicamente disruptivos sobre a economia real sejam menores, no médio prazo os eventos (eleição de Trump e Brexit) de 2016 podem ser pre- judiciais ao crescimento da economia mundial.

No Brasil, a continuidade da recessão e o pro- gresso na agenda fiscal permitiram o início do ciclo de corte de juros. Em 2016, o Pib brasileiro deve recuar 3,6%, após contração de 3,8% em 2015.

Instabilidade política, ausência de confiança para investir e consumir, taxa de juros elevada e dete- rioração do mercado de trabalho formaram o pano de fundo para a manutenção do quadro recessivo.

Como consequência direta desse cenário de fra- queza da demanda doméstica, a inflação recuou de 10,7% em 2015 para 6,3% em 2016. Outra conse- quência desse quadro de contração da economia por um período prolongado foi a visibilidade dada ao problema fiscal e à trajetória ascendente da dí- vida pública, exigindo a revisão da estrutura de gastos do setor público. Nesse sentido, a aprova- ção da Proposta de Emenda à Constituição (Pec 241) que estipula um teto ao crescimento dos gastos públicos foi uma sinalização de comprome- timento do Congresso com a busca do equilíbrio fiscal. Além disso, o governo também enviou ao Congresso uma proposta consistente de Refor- ma da Previdência. Esse arranjo de inflação ca- dente (corrente e expectativa) e melhora da pers- pectiva fiscal no médio prazo foi fundamental para que o Copom reduzisse a Selic em 50p.b ao final de 2016 (levando-a para 13,75%) e sinalizasse a execução de novos cortes em 2017. Em resumo, a despeito de toda a repercussão negativa da con- tração econômica, podemos afirmar que 2016 também ficará marcado pelo endereçamento de soluções para problemas estruturais, especial- mente no caso do gasto público.

Estratégia adotada no período

Em função do cenário pessimista no inicio do ano, iniciamos alocados em fundos de Renda Fixa com perfil conservador, sem exposição em Renda Variável local e alocação em Investimentos no Exterior (cerca de 2% do patrimônio). A partir de março, em função das drásticas alterações no contexto local, aumentamos o risco da parcela de Renda Fixa, com o objetivo de capturar resultados com a perspectiva de corte dos juros básicos (Selic), reduzimos significativamente a alocação em Investimentos no Exterior e voltamos a alo- car em ações de empresas brasileiras, com aloca- ção tática e exposição média de 1% do portfólio.

(13)

Na tabela abaixo demonstramos o histórico de exposição do fundo.

Classe de Fundo

% de exposição

0 0,2 1,1 2,6 96,2

0 0 2,8 0 97,3

0 2,3 2,4 0 95,3

0 0 0 0 100

0 3,1 0 0 96,9

0 0 1 0 99

0 1 1 0 99 Títulos atrelados a inflação

Renda Variável

Investimentos no Exterior Estruturado

Renda Fixa

Dez/14 Dez/15 Mar/16 Jun/16 Set/16 Dez/16 Jan/17

Na tabela a seguir demonstramos os resultados mensais e acumulado em 2016 do Bradesco Jusprev e dos fundos que tiveram participação em sua carteira no final de 2016.

Rentabilidade

10,52

97,3 13,88

104,9 13,2

94,3 2,71

83,4 3,34

99,4 3,46

99,7 3,09 95,3 BRADESCO FIC FIM JUSPREV

% CDI

2014 2015 2016 1º trim 2º trim 3º trim 4º trim

Outros Indicadores

7,16 10,81 -2,78

8,15 13,23 -12,41

8,3 14 36,7

1,96 3,25 13,92

2 3,36 3,35

2,09 3,47 13,24

2 3,24 2,53 Poupança

CDI Ibovespa

Rentabilidades

11,19 10,84 11,46 - - -2,43

13,23 13,25 6,92 - - -12,09

14,68 13,85 23,86 - 14,24 31,37

3,36 3,19 7,97 3,3 3,3 11,70

3,69 3,34 6,13 3,41 3,41 1,43

3,61 3,44 4,47 3,52 3,52 12,53

3,27 3,21 3,47 3,31 3,31 3,03 Bradesco FI Mult Plus

Bradesco FI Ref. DI Federal II BRAM Inst. FI RF IRF-M Bradesco Top Bancos Bradesco Global FIA IE

Bradesco FIC FIA Inst. IBrX Alpha

2014 2016 1º trim 2º trim 3º trim 4º trim

57 4,1 4,1 32,7 0,9 1

% do PL 2015

Com relação a 2017, acreditamos que os principais riscos para o mercado são o ritmo de aumento da taxa de juros nos Eua e o risco da não aprovação da reforma da previdência. No Brasil, nosso cenário é de recuperação gradual da economia brasileira, com Pib crescendo 0,2% e cortes na taxa de juros básica até o patamar de 9% a.a..

Desta forma, pretendemos manter o estilo defensivo de gestão, atentos a eventuais oportunidades de remuneração do portfolio que apresentem boas expectativas de retorno/risco ao longo do ano.

(14)

O ano de 2016 foi marcado por surpresas internas no front político/econômico e eventos externos, como o Brexit (a saída da Inglaterra da União Europeia), a eleição de Donald Trump, que contri- buíram para maior incerteza global, em um mun- mundo preocupado com a evolução da economia chinesa e com infindáveis crises geopolíticas.

O Brasil passou pelo afastamento da presidente Dilma e o início de um novo governo, com mu- danças drásticas na orientação da política econô- mica, mas pressionado por baixo apoio popular em meio às incertezas decorrentes da operação Lava Jato e uma economia mergulhada em pro- funda recessão.

Nas expectativas que cercam o ano de 2017 temos alguns pontos que permitem certo otimismo.

Crescimento maior da economia americana, po- dendo resultar em desvalorização cambial, man- tendo impulso positivo ao setor externo, e, por conseguinte, ao setor industrial. Avanços da agen- da fiscal, ao lado de juros domésticos em queda, contribuindo para o aumento da confiança dos agentes, devem pavimentar o caminho para um maior dinamismo econômico em 2017. No entan- to, há riscos que não devem ser ignorados. Incer- tezas no campo político, decorrentes das delações no âmbito da Lava Jato, limitando a capacidade do governo de executar reformas em um quadro de crise fiscal dos estados, podendo gerar obstá- culos e retardar a retomada da economia.

JUSPREV FIM

Nossa estratégia em 2016 foi manter a alocação da carteira com o objetivo de buscar os melhores investimentos que conciliem liquidez, rentabilida- de, custo, baixa volatilidade e segurança. Acompa- nhamos o movimento das taxas das Ntn-B´s para continuar a compor a carteira do fundo e termi- namos o ano com alocação de 99,6% em Ntn-B´s

marcadas na curva, buscando superar o objetivo de Inpc + 6% a.a. do fundo.

JUSPREV ATIVO

Encerramos o ano de 2016 com um aumento signi- ficativo de ofertas de debêntures no mercado primário em relação ao início do ano, porém se considerarmos as ofertas sem incentivo fiscal, o número de emissões ficou aquém do ano de 2015.

No mercado secundário o nível de prêmio de alguns papéis corporativos voltou a trabalhar em patamares mais baixos em função da alta liquidez do mercado, porém os desafios da economia brasi- leira, principalmente na parte fiscal são grandes.

Neste contexto, nossa alocação foi gradual e com boa relação risco x retorno.

A estratégia definida na montagem da carteira de crédito privado foi alocar 1/3 das posições em ope- rações de curto/médio prazo de bancos médios, menor exposição ao crédito corporativo em função das condições e dos desafios econômicos. Desti- namos também recursos para letras financeiras de bancos de primeira linha de médio e longo prazo.

Nossa ideia foi aproveitar a forte demanda por tí- tulos financeiros no mercado secundário em fun- ção da escassez desses ativos no mercado primário, tanto no segmento corporativo como financeiro.

Dessa forma encerramos o ano alocado cerca de 27,5% em crédito. Continuamos com perspectiva positiva para o desempenho do fundo, principal- mente em função dos ativos financeiros que o fundo possui e estão demandados no mercado.

Adicionalmente alocamos gradualmente nos fun- dos SulAmérica Excellence e SulAmérica Renda Fixa Ativo por possuírem estratégia de crédito privado e risco de mercado através de estratégia de juros nominais e reais respectivamente, bus- cando incrementar o retorno em um cenário de queda de juros no Brasil.

RELATÓRIO SULAMÉRICA — JUSPREV 2016

(15)

Introdução

O presente documento estabelece as diretrizes que serão adotadas na aplicação dos recursos ga- rantidores para o horizonte dos próximos cinco anos. Os parâmetros e estratégias aqui estabele- cidos estão calcados nas regras definidas pela legislação aplicável às Entidades Fechadas de Pre- vidência Complementar e nos objetivos previden- ciários dos recursos garantidores. Logo, é preciso que o horizonte de investimentos esteja alinhado com o horizonte de desembolso desses recursos e com as premissas de rentabilidade definidas na concepção do plano. O descasamento entre o horizonte dos investimentos e o prazo estimado de formação das reservas pode gerar (i) o risco de reinvestimento, que se caracteriza pela indisponi- bilidade, na data de vencimento de um ativo, de outro ativo que apresente rentabilidade seme- lhante, e (ii) risco de liquidez, que se carac-teriza pela ausência de liquidez para pagamento do benefícios.

Pode-se concluir, assim, que uma das principais atribuições dessa política de investimento é esta- belecer diretrizes que proporcionem o alinha- mento entre o horizonte das aplicações e o hori- zonte de benefícios, ou, em outras palavras, entre o fluxo de caixa do ativo e o fluxo de caixa do passivo do plano.

As diretrizes estabelecidas para a aplicação dos recursos garantidores da Jusprev, ainda que não mencionadas de maneira explícita nesse docu- mento, devem ser necessariamente seguidas.

Essa política de investimento será vigente entre 01/01/2016 e 31/12/2020, ou até sua alteração pelo Conselho Deliberativo da Jusprev.

RESUMO DA POLÍTICA DE INVESTIMENTOS

Exercício 2016

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Plano de Benefícios

Os planos de benefícios em operação no Brasil devem estar registrados no Cadastro Nacional de Plano de Benefícios (Cnpb) das Entidades Fechadas de Previdência Complementar, conforme estabelece a Resolução Cgpc nº 14, de 1º de outubro de 2004.

Além disso, toda Entidade Fechada de Previdência Complementar deve designar um administrador estatutário tecnicamente qualificado (Aetq), responsável pela gestão, alocação, supervisão, controle de risco e acompanhamento dos recursos garantidores de seus planos e pela prestação de informações relativas à aplicação desses recursos, como estabelece a Resolução Cmn nº 4.275, de 31 de outubro de 2013.

A Jusprev é a administradora legal do Plano Planjus e, também, a responsável pelo gerenciamento de seus ativos.

Alocação de recursos e limites por segmento de aplicação

A Resolução Cmn 3.792 estabelece que os planos devem definir em sua política “a alocação de recursos e os limites por segmento de aplicação”. Segundo o Guia Previc — Melhores Práticas em Investimentos, os limites “máximo e mínimo planejados de cada um dos segmentos e modalidades de investimentos na vigência da política de investimento devem ser representativos da estratégia de alocação de cada plano de benefícios, portanto mais restritivos que a legislação vigente”.

A tabela seguinte apresenta os limites de alocação por segmento de aplicação, bem como o alvo para a alocação em cada tipo de mandato que compõe esses segmentos.

A alocação “Alvo” não configura nenhuma obriga- ção para o plano e tem por intuito apenas balizar os investimentos no longo prazo. Os limites infe- riores e superiores devem ser respeitados a todo instante, bem como os demais limites estabele- cidos pela legislação em vigor.

Plano de Benefícios Previdenciários JURIS–PLANJUS 20.070.035-38

Contribuição Definitiva Segmento

Todos os segmentos Nome

Jair Eduardo Santana

(Certificado pelo ICSS nºEIO1963 Cargo

Diretor Administrativo e Financeiro Segmento

Todos os segmentos Nome

Hercules Maia Kotsifas

Cargo Diretor Juríico e de Benefícios Dados Cadastrais

Nome do Plano CNPB Tipo

Administrador Estatutário Tecnicamente qualificado (AETQ) Período: 01/01/2016 a 31/12/2016

Administrador Responsável pelo Plano de Benefícios (ARPB)

Peíodo: 01/01/2016 a 31/12/2016

Subcategorias de Alocação Renda Fixa

Renda Variável

Investimentos Estruturados Investimentos no Exterior

90 5 2,5 2,5

75 0 0 0

100 35 10 5 Alvo (%) Mínimo (%) Máximo (%)

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Metas de Rentabilidade

A Resolução Cmn 3.792 ainda estabelece que a política de investimentos deve apresentar a meta de rentabilidade para cada segmento de aplica- ção. A meta de rentabilidade, diferentemente da meta atuarial ou dos índices de referência, repre- senta o objetivo de retorno a ser obtido para o seg- mento, em prazo condizente com as aplicações, em termos nominais.

Restrições

Este capítulo apresenta as restrições de investi- mentos estabelecidas por esta política. Tais restri- ções se aplicam unicamente aos investimentos re- alizados diretamente, ou seja, em carteira própria ou através de fundos de investimentos exclusivos:

Day-Trade: é vedada a realização de operações de day-trade diretamente nas carteiras e em fundos exclusivos investidos pelo Plano; só é permitida em fundos abertos, desde que aten-

didas as regras impostas pela legislação dos fundos de pensão.

• Em função do porte da Jusprev, é vedada, a princípio, Parcerias Público-Privadas (PPPs) e investimentos em fundos imobiliários (FIIs) e de participações (FIPs).

São vedadas operações nos segmentos de imóveis e de operações com participantes.

Cabe ressaltar que a Jusprev poderá, a qualquer momento, viabilizar estudo que indique investi- mentos nas classes e operações vedadas e men- cionadas acima, desde que tecnicamente funda- mentado. Nesse sentido, caso ocorra a necessi- dade, em função do contexto do mercado, de investimentos nessas classes e operações, o Conselho Deliberativo da Jusprev deverá aprovar as novas diretrizes que devem constar na Política de Investimento.

Avaliação dos Investimentos

Os investimentos realizados diretamente pela Efpc devem ser objeto de análise prévia. A análise de cada investimento deverá ser feita de acordo com as características específicas do mandato, considerando, no mínimo, os pontos aqui elen- cados:

• Conformidade com a política de investimento e com a legislação vigente;

• Análise de desempenho pregresso do fundo ou do gestor, quando cabível;

• Análise da estrutura do gestor, quando cabível;

• Análise dos principais riscos associados ao mandato;

• Análise do horizonte de investimento e sua adequação com os objetivos do plano.

Índices de Referência

Segundo o Inciso IV Parágrafo 3º Artigo 16 da Resolução Cmn 3.792, a política de investimento de deve conter “a taxa mínima atuarial ou os índi- ces de referência, observando o regulamento de cada plano de benefícios”.

Informações do regulamento Renda Fixa

Renda Variável

Investimentos Estruturados Investimentos no Exterior

CDI IBr-X

INPC + 2% ao ano MSCI WORLD (BRL)

Metas de Rentabilidade Renda Fixa

Renda Variável

Investimentos Estruturados Investimentos no Exterior

INPC + 5% ao ano INPC + 9% ao ano INPC + 7% ao ano INPC + 8% ao ano

(18)

Novos Investimentos

Conforme preconiza o Guia Previc — Melhores Práticas em Investimentos, sempre que houver a necessidade de investimento em classes de ativos ou mesmo em segmentos que ainda não tenham sido explorados pela Jusprev (e desde que permitidas nesta Política de Investimento), serão obser-vados alguns pontos adicionais:

• Na avaliação do investimento em questão, deve-se ponderar o motivo pelo qual a classe está sendo avaliada;

• Os riscos relacionados ao investimento devem ser especialmente explorados, para que todos os envolvidos tenham ciência das característi- cas específicas desse investimento;

• A alocação inicial será reduzida, de forma a causar pouco impacto no Plano, e poderá ser aumentada à medida que o grau de conheci- mento do investimento aumente.

Investimentos com risco de crédito Com relação aos investimentos diretos ou indi- retos (por meio de fundos de investimentos) em ativos com risco de crédito, a avaliação dos inves- timentos deve adotar critérios de análise que não se limitem à classificação de risco (rating) atribuí- do por agência classificadora. Entre as caracterís- ticas a serem avaliadas em operações de crédito, estão:

• Relação entre o prazo e o spread de crédito;

• Capacidade de solvência do devedor;

• Garantias e Covenants da operação;

• Existência de risco de incorporação ou de per- formance;

• Ausência de conflitos de interesses, no caso de operações estruturadas (ex. Fidc);

• Demais externalidades que possam afetar a operação.

No caso de fundos, como o gestor tem a discri- cionariedade da alocação, a avaliação será feita com base nas restrições e condições estabeleci- das no regulamento do fundo. A Jusprev apenas incentiva a adoção dos critérios acima, e monitora as carteiras.

É importante ressaltar que muitos fundos de renda fixa e mesmo alguns fundos multimercado realizam aplicações em títulos privados. Em parte dos casos, essas alocações não configuram a es- tratégia principal do fundo e são feitas de forma pulverizada, privilegiando ativos de primeira li- nha, com baixo risco de crédito.

A avaliação descrita neste capítulo não se destina à alocação em crédito feita por estes fundos. Para esses casos, o monitoramento do risco é feito de forma quantitativa, como descrito no capítulo 7 Processo de Controle de Riscos.

Investimentos no Exterior

Para os investimentos no exterior, devem ser avaliados riscos específicos, como a exposição à variação cambial e se as alocações proporcionam efetivamente alguma diversificação ao portfólio.

Nesse contexto, a decisão de investimento em fun- dos que alocam recursos no exterior deve conside- rar características como, mas não se limitando a:

• Modalidade de ativos se ações, títulos sobera- nos de renda fixa, títulos corporativos, etc.;

• Países e regiões em que o fundo tem exposição e em que proporções;

• Setores com maior exposição no fundo (ou no índice de referência); e

• Tipo de gestão se passiva, ativa, valor, dividen- dos, etc.

(19)

Monitoramento dos Investimentos

Os investimentos já realizados devem ser objeto de monitoramento contínuo, com o objetivo de avaliar seu desempenho. Para tanto, os seguintes itens devem ser avaliados:

• Desempenho em relação ao benchmark, con- siderando-se o horizonte de investimento;

• Existência de desenquadramentos;

• Grau de utilização dos limites de risco pré-esta- belecidos;

• Alterações na estrutura de gestão.

É importante ressaltar que essa avaliação pode variar de mandato para mandato, em função dos diferentes horizontes de investimento que cada um dos mandatos possui.

Operações com Derivativos

As operações com derivativos são permitidas em todos os veículos de investimento utilizados pelo plano. Além de estarem sujeitas ao regulamento de cada um desses veículos, tais operações devem estar em conformidade com a legislação aplicável às Efpc.

A Resolução Cmn nº 3.792 estabelece que as ope- rações com derivativos devem ser realizadas na modalidade com garantia e devem obedecer, adi- cionalmente, às seguintes restrições:

• Depósito de margem limitado a 15% da posi- ção em títulos públicos, em títulos privados de emissão de instituições financeiras e em ações pertencentes ao Ibovespa;

• Valor total dos prêmios de opções pagos li- mitado a 5% da posição em títulos públicos, em títulos privados de emissão de institui- ções financeiras e em ações pertencentes ao Ibovespa.

Ficam excluídos desses limites os Fundos Multi- mercados classificados como Investimentos Es- truturados.

Como a Jusprev não possui investimentos em Car- teira Própria e que, portanto, seus recursos estão sendo geridos através de fundos de investimen- tos com gestão terceirizada, caberá ao gestor ex- terno o controle e monitoramento das regras aqui mencionadas, como o intuito de não apenas aten- der a legislação dos fundos de pensão, bem como a Política de Investimento da Entidade.

Processo de Controle de Riscos

O controle de riscos é um processo contínuo, e não algo pontual e estático que possa ser resumido em controles unicamente quantitativos. Por essa ra- zão, esse capítulo apresenta os controles exercidos e também a influência de tais controles na gestão dos recursos.

O Capítulo III da Resolução Cmn nº 3.792 estabe- lece a necessidade de identificação e de controle dos riscos incorridos pelas Efpc. Da mesma forma, o Guia Previc — Melhores Práticas em Investi- mentos sugere diversos controles que devem ser levados com consideração quando da análise dos investimentos.

No caso dos investimentos realizados por ges- tores terceirizados, embora os controles sejam de responsabilidade do gestor, os parâmetros de ris- cos são verificados periodicamente pela Efpc.

Contratação de Agentes Fiduciários A contratação de agentes fiduciários, tal como ges- tores, custodiantes, administradores e consulto- res, deve ser precedida de análise da capacidade técnica desses prestadores de serviços, a partir de métricas adequadas a cada uma de suas funções.

Somente poderão ser contratados aqueles pres- tadores que cumpram as exigências mínimas pre- vistas pela Resolução Cmn nº 3.792 quanto a seus cadastros e certificações junto aos órgãos compe-

(20)

tentes. Adicionalmente, serão observadas as ques- tões de conflitos de interesse, sempre visando à inexistência de tais situações, sobretudo nas ques- tões relacionadas à gestão de recursos, avalia- ção de riscos e enquadramento.

Desenquadramentos

Apesar de todos os esforços para que não haja nenhum tipo de desenquadramento, esse tipo de situação não pode ser totalmente descartado.

No caso de ocorrência de desenquadramento, os seguintes procedimentos mínimos devem ser observados:

• O desenquadramento ocasionado por erros ou falhas internas deve gerar procedimento de revisão de processos, e adequação formal dos mesmos;

• O desenquadramento gerado por descumpri- mento da legislação, do mandato ou dessa po- lítica de investimento, no que concerne aos re- cursos investidos, deve gerar sanções ao gestor de recursos, que podem ir desde sua advertên- cia formal até o resgate da totalidade dos re- cursos investidos.

Disposições Gerais

I. A presente Política de Investimentos deverá ser revista na periodicidade prevista pela le- gislação aplicável em vigor, a contar da data de sua aprovação pelo Conselho Deliberativo da Jusprev;

II. O planejamento desta Política de Investimento foi realizado com um horizonte de sessenta meses conforme legislação de regência;

III. Revisões extraordinárias ao período legal de- verão ser realizadas sempre que houver neces- sidade de ajustes perante o comportamento/

conjuntura do mercado e/ou quando se apre- sentar o interesse da preservação dos ativos financeiros do Plano Planjus;

IV. Baseado em suas análises, a Jusprev poderá redimensionar as metas de aplicação dentro dos segmentos e entre eles, desde que obede- cidos os parâmetros de risco-retorno fixados nesta Política de Investimentos, e respeitados os parâmetros legais vigentes.

V. As adequações das Carteiras Administradas e Fundos de Investimento Exclusivos à legisla- ção aplicável em vigor e aos parâmetros esta- belecidos nos regulamentos será constante- mente verificada pela Diretoria Financeira.

VI. A Política de Investimento deverá ser publicada a todos os participantes e informada à Previc assim que aprovada pela Diretoria Executiva, pelo Conselho Deliberativo da Jusprev e refe- rendado pelos Órgãos Colegiados.

(21)

I. Balanço Patrimonial Consolidado

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Ativo

51 144.250 103 8 144.139 0 144.139 82 82 144.382

92 112.963 1 2 112.960 374 112.586 95 95 113.150

Exigível Operacional Gestão Previdencial Gestão Administrativa Patrimônio Social

Patrimônio de Cobertura do Plano Provisões Matemáticas

Benefícios Concedidos Benefícios a Conceder Fundos

Fundos Administrativos Total do Passivo

707 587 120 143.676 143.594 143.594 1.143 142.451 82 82 144.382

147 53 94 113.003 112.558 112.558 793 111.765 445 445 113.150 Disponível

Realizável

Gestão Previdencial Gestão Administrativa Investimentos

Créditos Privados e Depósitos Fundos de Investimentos Permanente

Imobilizado Total do Ativo

Exercicio Anterior

(2015) Exercicio

Atual (2016)

Exercicio Anterior

(2015) Exercicio

Atual (2016) Passivo

II. Demonstração da Mutação do Patrimônio Social

Descrição

A. Patrimônio Social — Início do Exercício 1. Adições

(+) Contribuições Previdenciais

(+) Resultado Positivo Líquido dos Investimentos

(Gestão Previdencial)

(+) Receitas Administrativas

(+) Resultado Positivo Líquido dos Investimentos

(Gestão Administrativa)

2. Destinações (-) Benefícios

(-) Despesas Administrativas

3. Acréscimo/Decréscimo no Patrimônio Social (1+2) (+/-) Provisões Matemáticas

(+/-) Fundos Administrativos

B. Patrimônio Social — Final do Exercício (A+3+4)

Exercício atual (2016) 113.003 43.565 26.472 15.104 1.970 19

-12.893 -10.540 -2.353 30.673 31.036 -363 143.676

Exercício anterior (2015) 84.612 32.299 18.318 11.955 2.005 21

-3.908 -2.194 -1.714 28.391 28.079 312 113.003

Variação (%) 33,55 34,88 44,51 26,34 -1,73 -8,29

229,91 380,39 37,28 8,04 10,53 -216,48 27,14 Valores em Milhares de Reais

(22)

Descrição

A. Ativo Líquido — Início do Exercício 1. Adições

(+) Contribuições

(+) Resultado Positivo Líquido dos Investimentos

(Gestão Previdencial)

2. Destinações (-) Benefícios

(-) Custeio Administrativo

3. Acréscimo/Decréscimo no Ativo Líquido (1+2) (+/-) Provisões Matemáticas

B. Ativo Líquido — Final do Exercício (A+3+4) C. Fundos não-previdenciais

(+/-) Provisões Matemáticas

Exercício Atual (2016) 112.558 41.887 26.783 15.104

-10.851 -10.540 -312 -31.036 31.036 143.594 82 82

Exercício Anterior (2015) 84.479 30.359 18.584 11.955

-2.460 -2.194 -266 28.079 28.079 112.558 445 445

Variação (%) 33,24 37,16 44,12 26,34

341,12 380,39 17,19 10,53 10,53 27,57 -81,57 -81,57 III. Demonstração da Mutação do Ativo Líquido por Plano de Benefícios

Descrição 1. Ativos Disponível Recebíveis

Investimentos

Fundos de Investimento 2. Obrigações

Operacional

3. Fundos não previdenciais Fundos Administrativos 4. Ativo Líquido (1-2-3) Provisões Matemáticas

Exercício Atual (2016) 144.263 37 185 144.041 144.041 587 587 82 82 143.594 143.594

Exercício Anterior (2015) 113.056 60 447 112.549 112.549 53 53 445 445 112.558 112.558

Variação (%) 27,60 -39,15 -58,68 27,98 27,98 1007,34 1007,34 -81,57 -81,57 27,57 27,57 IV. Demonstração do Ativo Líquido por Plano de Benefícios

(23)

Descrição

A. Fundo Administrativo do Exercício 1. Custeio da Gestão Administrativa 1.1. Receitas

Custeio Administrativo da Gestão Previdencial Custeio Administrativo dos Investimentos Receitas Diretas

Resultado Positivo Líquido dos Investimentos Outras Receitas

2. Despesas Administrativas 2.1. Administração Previdencial Pessoal e Encargos

Treinamentos/congressos e seminários Viagens e estadias

Serviços de terceiros Despesas Gerais

Depreciações e amortizações Tributos

2.1. Administração dos Investimentos Serviços de terceiros

2.4. Reversão de Recursos para o Plano de Benefícios 6. Sobra/Insuficiência da Gestão Administrativa (1-2)

7. Constituição/Reversão do Fundo Administrativo (6) B. Fundo Administrativo do Exercício Atual (A+7)

Exercício Atual (2016) 445 1.990 1.990 338 726 893 19 14 2.353 2.278 1.420 20 170 257 283 25 103 49 49 26 -363

-363 82

Exercício Anterior (2015) 133 2.026 2.026 267 313 1.422 21 3 1.714 1.672 1.007 15 101 187 230 29 103 42 42 0 312

312 445

Variação (%) 234,59 -1,80 -1,80 26,57 131,88 -37,23 -8,29 367,60 37,28 36,24 41,03 33,17 68,50 37,69 23,23 -12,86 100 16,27 16,27 100 -216,48

-216,48 -81,67 V. Demonstração do Plano de Gestão Administrativa (Consolidada)

Descrição

Provisões Técnicas (1+4) 1. Provisões Matemáticas 1.1. Benefícios Concedidos Contribuição Definida 1.1. Benefícios a Conceder Contribuição Definida

• Saldos de Contas — parcelas participantes 4. Exigível Operacional

4.1. Gestão Previdencial

Exercício Atual (2016) 144.181 143.594 1.143 1.143 142.451 142.451 142.451 587 587

Exercício Anterior (2015) 112.611 112.558 793 793 111.765 111.765 111.765 53 53

Variação (%) 28,03 27,57 44,10 44,10 27,46 27,46 27,46 1007,34 1007,34 VI. Demonstração das Provisões Técnicas do Plano de Benefícios

(24)

Objetivo

Este parecer tem como objetivo atender à Reso- lução MPS n° 23, de 06 de dezembro de 2006 que, em seu artigo 3°, inciso IV, estabelece a disponibi- lização do parecer atuarial do Plano de Benefícios aos participantes e assistidos.

Em consonância à Instrução Mps/Previc nº 12, de 13 de outubro de 2014, este parecer atuarial foi elaborado considerando todos os fatores relevan- tes para apuração dos resultados da Avaliação Atuarial.

A presente Avaliação Atuarial teve como finalida- de apurar o resultado financeiro-atuarial e dimen- sionar as Provisões Matemáticas e o Patrimônio para Cobertura do Planjus, administrado pelo Fundo de Pensão Multinstituído por Associa-ções do Ministério Público e da Justiça — Jusprev, em 31/12/2016, bem como, avaliar a rentabilidade dos recursos garantidores das provisões matemáticas, os resultados do Programa Administrativo da Entidade e apresentar as hipóteses adotadas na presente avaliação e que passarão a viger a partir do exercício de 2017.

Base Cadastral

As informações referentes aos participantes ati- vos, assistidos e pensionistas para a Avaliação Atuarial, nos foram enviadas em arquivo eletrô- nico pela entidade, com data-base em 31/12/2016 em formato “xls”.

Após a recepção dos dados, foram realizados os testes de consistência julgados necessários, sen- do a referida base considerada satisfatória para a Avaliação Atuarial referente ao exercício finan- ceiro de 2016. Foram também utilizadas para a presente avaliação as informações contábeis for- necidas pela Unitbpo em 14 de março de 2017.

Analisando as informações encaminhadas se veri- ficou um aumento de 5,71% (140) no número de participantes ativos em relação ao ano anterior. No que tange os aposentados, houve um aumento no número de assistido, passando de 3 em 2015 para 10 benefícios em percepção em 2016. Quanto aos pensionistas observou-se uma manutenção no número de benefícios em manutenção, passando de 3 em 2015 para 3 benefícios em 2016.

Hipóteses atuariais

O Anexo da Resolução Cgpc n° 18, de 28 de março de 2006, em seu primeiro item, determina que tais hipóteses devem estar adequadas às carac- terísticas da massa de participantes e assistidos e ao regulamento do plano de benefícios de caráter previdenciário.

Assim, as hipóteses atuariais adotadas para a Avaliação Atuarial — 2016, considerando a ma- nifestação da Entidade quanto ao Relatório de Hipóteses Atuariais desenvolvido por esta Consul- toria, são:

a) Taxa de Juros: 5,00%a.a.;

b) Tábua de Mortalidade Geral: AT2000 F; e, c) Tábua de Mortalidade de Inválidos: AT2000 F.

Por se tratar de um Plano estruturado na modali- dade de Contribuição Definida (CD), vale ressaltar que as hipóteses atuariais não são utilizadas para apuração das obrigações do plano de benefícios junto a seus Participantes, mas sim para o cálculo das rendas mensais, por equivalência atuarial.

PARECER ATUARIAL DO PLANO DE BENEFÍCIOS

(25)

Resultados atuariais

O Planjus, administrado pela Jusprev, apre- sentou, em 31/12/2016, resultado de equilíbrio técnico. Apurou-se uma Provisão Matemática de R$ 143.593.677,06, sendo R$ 1.142.743,03 referente à Provisão Matemática de Benefícios Concedidos e R$ 142.450.934,03 referente à Provisão Matemá- tica de Benefícios a Conceder.

Por se tratar de plano estruturado na modali- dade contribuição definida — CD, tanto na fase de capitalização como na fase de percepção dos benefícios, a obrigação do Plano para com os seus participantes está limitada ao saldo de conta individual, conforme formulação constante em Nota Técnica Atuarial vigente, justificando assim tal equilíbrio técnico.

Desta forma, atestamos que as informações cons- tantes deste Parecer foram avaliadas por nossa Consultoria Atuarial e refletem as bases cadas- trais, bem como as informações contábeis forneci- das pela Jusprev referente à data base 31/12/2016.

A rentabilidade auferida pelos recursos do pla- no em 2016, considerando a cota vigente em 31/12/2015 e 31/12/2016, foi de 13,92%. No mesmo período o Índice de Referência acumulou 11,91%, indicando que os resultados dos investimentos foram superiores ao esperado.

Por fim, quanto ao Programa Administrativo, ve- rificou-se um ponto de atenção. Uma vez que o ano de 2016 se encerrou com um fundo administra- tivo 54,41% inferior à média de 2015, R$ 82.029,37 e R$ 179.929,50 respectivamente.

Considerando o exposto no presente parecer se conclui que o Planjus encontra-se em equilíbrio atuarial e financeiro, devendo observar as indi- cações e os resultados apurados pela Avaliação Atuarial.

Florianópolis, 23 de março de 2017.

Lucas Azevedo Fonseca Atuário MIBA n° 2.461 Lumens Consultoria Atuarial

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