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nos quatro cantos do brasil pktumagazine 2

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www.pakatu.com.br

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pktumag // 001

FINANÇAS OK!

Como ter um orçamento equilibrado 04

BOPE GAMES 2019

Missão dada é missão cumprida 09

RAQUEL CAPANEMA

Falando de Bope Games 15

SAÚDE

Você sabe o que é TDAH?

17

ENTREVISTA

César Castro:

Um exemplo em planejamento de carreira 23

FILOSOFIA EM REVISTA

E essa tal Filosofia? 31

TECNOLOGIA

Uma breve história da tecnologia da música 33

CURIOSIDADE

Pele de tilápia no tratamento de queimaduras 35

UNIVERSO JURÍDICO

Perguntas e respostas sobre direitos autorais 37

ROTEIRO DE VIAGEM

Uma opção boa e barata: Buenos Aires 43

CINEMANÍACOS

Os filmes em cartaz nas salas do CineArt

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Na correria de nossa vida não paramos para ouvir o que Deus tem a nós dizer, mas queremos que Ele nos ouça.

A ansiedade faz com que nossos ouvidos se tapem, começamos a fazer tudo sem pensar, do nosso jeito e nos esquecemos que só vai dar certo se vier das mãos de Deus, e a partir do momento que esquecemos Dele ficamos fracos, não damos conta e a batalha co-meça a parecer árdua de mais.

Temos que parar e ouvir Deus falar, pois Ele fala em nosso “lugar secreto” quando estamos sozinhos e paramos para ouvir o silêncio é nesse momento, quando paramos tudo, a coisa flui, o trabalho acontece e nasce.

Com essa revista foi assim, no ‘lugar secreto’ nasceu o desejo de levar um pouco de tudo a todo mundo.

Um excelente dia e uma ótima leitura.

DIRETOR EXECUTIVO Joyce Costa DIRETOR EDITORIAL e JORNALISTA RESPONSÁVEL Roddes Valadão - 0011019/DF REDAÇÃO Arthur Giron Cândido Henrique Daniel Braga Diogo Gonçalves Isabelle Passos Itariel Bandeira

João Pedro Araújo Gonçalves Raquel Capanema

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Planeje os seus gastos para conhecer os seus limites de con-sumo. Se você não anotar tudo o que ganha e tudo o que gas-ta, não terá como saber se pode gastar mais ou mesmo se terá dinheiro em uma eventualidade.

Controle os seus impulsos de consumo. Não saia compran-do tucompran-do que lhe der vontade. Coloque na planilha e veja se cabe em seu orçamento. Isso vale também para contas fixas, como ir ao supermercado, por exemplo. Faça uma lista e se atenha a ela. Abaixo, um exemplo de como uma lista de supermercado pode ser feita:

Não tenha um padrão de vida maior do que as suas posses. Aprenda a dizer não para amigos que lhe chamam para sair sempre em lugares sofisticados, por exemplo, e não queira vi-ver a vida deles. Construa aos poucos, viva de acordo com a sua realidade atual e valorize o que você já tem. Muitas pessoas sonham em ter a vida dos outros, olham demais para a grama do vizinho, e isso, além de não fazer bem, pode te levar para um lugar pior do que já está, uma vez que, como diz o ditado: “galinha que anda com pato morre afogada”.

Não pague juros maiores do que os que recebe em seus in-vestimentos. Algumas pessoas mantêm dinheiro aplicado em renda fixa, mas estão endividadas. Não faça isso. Dinheiro in-vestido em renda fixa só é bom quando não se tem dívidas. E tome cuidado com a expectativa de valorização de seus bens como um segundo imóvel ou um terreno. Já conheci pessoas que deviam menos da metade do valor de um bem, mas os ju-ros da dívida ultrapassaram o valor do imóvel mais rápido do que a valorização do próprio imóvel;

Poupe para garantir aquisições futuras. O pagamento à vis-ta, geralmente, sempre será a melhor opção, ainda mais hoje em dia, que podemos usá-lo para negociar mais descontos. Pense comigo: se uma loja afirma não cobrar juros por parcelar a compra de um produto, mas dá desconto para o pagamento à vista, o que fica subentendido é que, na verdade, a compra parcelada terá juros sim. Faça o teste. Quando for comprar algo, pergunte para o vendedor se ao pagar à vista você terá desconto. Se ele for concedido, tenha a certeza de que aque-la porcentagem de desconto que você recebeu no pagamento

Para tudo na vida é necessário equilíbrio, e, quando o assunto é dinheiro, além disso, é preciso de altas doses de sobriedade em cada decisão que

to-mamos em relação a nossa vida financeira. Por esse motivo, enumerei al-guns passos práticos que podem ajudar nessa estabilidade e moderação:

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à vista, seria a porcentagem de juros que pagaria na quantia parcelada.

Jamais despreze a inflação. A inflação é o aumento de pre-ços nos produtos e servipre-ços, que acontece constantemente e de maneira progressiva. Uma quantia de dinheiro que guarda-mos durante um ano inteiro debaixo do colchão, por exemplo, não vale o mesmo tanto que há um ano atrás, porque o valor do dinheiro diminui com o tempo. Da mesma forma, uma senhora que ganha de aposentadoria R$ 2 mil reais mensais e separa R$ 500 para supermercado, perceberá que a mesma compra daqui a seis meses estará R$ 550 e assim sucessivamen-te. Ou seja, ela precisará adaptar o seu orçamento e diminuir outras despesas para compensar esse aumento. É interessante comentar que em certas épocas, nem o dinheiro aplicado na poupança consegue compensar o peso da inflação. Por isso, aplique o seu dinheiro em um investimento que pague, pelo menos, a correção da inflação.

Resista à tentação de gastar as economias. Ela garantirá a nossa velhice. Logicamente, existe um equilíbrio. Porém, é importante mantermos em mente que, em geral, quando fi-camos mais velhos, apesar de não gastarmos tanto dinheiro com viagens e passeios, investimos muito em cuidados com a nossa saúde, por exemplo. Vale lembrar também que quanto mais velhos ficarmos, menor será a nossa força de trabalho, mais um motivo para corrermos atrás dos investimentos e co-locarmos o dinheiro para trabalhar para nós;

Informe-se bem antes de investir. Não aplique o seu di-nheiro em qualquer negócio ou investimento, e, tome cuidado com as ofertas de altíssimos rendimentos. Não existe milagre quando se trata de dinheiro. Se o negócio pode lhe dar muito retorno financeiro, considere que você correrá um risco pro-porcional de perder todo o seu dinheiro;

Jamais despreze os pequenos valores. Estacionamentos, lanches, compras pequenas, táxis de última hora e muitas si-tuações corriqueiras e, aparentemente, urgentes, podem lhe colocar em dívida sem você perceber;

Jamais menospreze uma boa negociação de preços. Peça descontos. Não aceite o valor proposto por um produto na hora. Negocie, sempre. Por isso é tão importante ter o dinhei-ro em mãos e o conhecimento sobre a política de cada esta-belecimento de compra, se ele pode ou não dar desconto e até quanto é possível negociar.

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Se para a maioria das pessoas gerenciar o próprio dinheiro não é uma tarefa

fácil, que dirá multiplicá-lo.

Como Ficar Rico Ganhando Pouco traz, de maneira extremamente simples e

prática, dicas e chaves essenciais para o cotidiano daqueles que querem

al-cançar o equilíbrio e independência financeira.

Acesse o link e adquira sua cópia

agora mesmo!

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PKTU - QUANDO NASCEU A IDÉIA DO BOPE GAMES?

No início de 2018, Fernando Antunes - meu só-cio - e eu, tivemos a idéia de fazer um campeonato de crossfit dentro da área do exército. Na época, o Fernando fazia parte do BOPE, daí vem a ligação com a tropa de elite. A idéia era usar toda aque-la psicologia do BOPE de alta performance, elite, esforços extremos, cumprir missões sem falhas e associar isso ao esporte - que aliás, tem muito a ver!

PKTU - DA PRIMEIRA PARA SEGUNDA EDI-ÇÃO HOUVERAM GRANDES MUDANÇAS?

Sim, muitas! Na edição de 2019 tivemos skate; parkour; dentro do slackline tivemos o speedline, trickline e highline; taekwondo; jiu jitsu; patins de velocidade; body building; crossfit; escalada de dificuldade e velocidade; corrida de rua de 5, 10 e 15 km, caminhada de 3km; e street workout. Acho que foi isso, se não me falha a memória.

PKTU - O GRANDE SUCESSO DO EVENTO, DE ACORDO COM O FEEDBACK DA MÍDIA, FOI O CROSSFIT. COMO VOCÊS ENCARA-RAM ISSO?

Pois é, tirando a corrida, o crossfit é a modalida-de onmodalida-de temos a maior quantidamodalida-de modalida-de dores. Na edição passada era apenas a competi-ção de crossfit e 17 esportes de apresentacompeti-ção. Por isso continua sendo “a jóia da coroa”. Temos mais experiência no crossfit, a competição já está mais formada e somos conhecidos por isso. Todas as outras competições entraram agora, nessa edição de 2019. Aliás, foram mais de 1.000 atletas! En-tão, faz sentido esse sucesso do crossfit na mídia. Encaramos com naturalidade e muita alegria!

bate-papo descontraído com yan ouriques,

Ex-atleta, Empreendedor, co-idealizador e

organizador do bope games.

mergulhe conosco no universo do evento!

Toque na imagem para visitar o perfil do instagram de Yan Ouriques

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PKTU - ALGUMAS MODALIDA-DES AINDA NÃO REPERCUTEM PELA MÍDIA AFORA, COMO O SPEEDLINE, TRICKLINE E HI-GHLINE. COMO FOI O CRUZA-MENTO DESSAS MODALIDA-DES COM A COORDENAÇÃO DO BOPE GAMES?

Era um sonho realizarmos uma grande festa, uma grande compe-tição, onde pudéssemos juntar to-das as tribos desses esportes que a tanto admiramos e que ainda estão no “lado b” - que ainda não estão na grande mídia. Então a segunda edição do Bope Games foi especial demais, porque conseguimos juntar todos esses esportes. Alguns deles nós já conhecíamos, então foi fácil encontrar as pessoas “chave” para o desenvolvimento do projeto. Porém, outros foram bem complicados... demoramos meses para ajustar. Mas conseguimos! Foi uma vitória!

PKTU - SABEMOS QUE VOCÊ É UM ESCALADOR DE MÃO CHEIA, QUER DIZER: CALEJADAS! CONTE-NOS UM POUCO SOBRE SUA VIDA ESPORTIVA!

Sou ex-atleta de escalada, fui várias vezes campeão mineiro, venci alguns opens nacionais e participei de pan-americanos. Até 12 anos atrás eu parti-cipava ativamente de competições. Todos na minha família escalam. Meus pais, meus irmãos, minha cunhada, minha esposa, minha filha, enfim. Es-calada tá no sangue!

Toque nas imagens para visitar @yanouriques

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PKTU - VOCÊ FOI UM DOS COMENTARISTAS DURANTE O CAMPEONATO DE ESCALADA. COMO FOI ESSA EXPERIÊNCIA?

Foi uma experiência sensacional! Foi minha ter-ceira experiência como comentarista numa transmissão ao vivo de um campeonato de escalada. É realmente um esporte onde fico muito à vontade para falar, porque é um tema diário e recorrente na minha vida. Eu almoço e janto falando de escala-da, tanto pelo lado da família quanto profissional - pois tenho uma em-presa na área de escalada, a Rokaz - além de muito relacionamento com os atletas e extrema paixão pelo tema! Enfim, foi maravi-lhoso comentar a escalada ao lado da Raquel Campa-nema e Ana Luiza.

To que n a im ag em p ara v isi ta r o @B ren osf ot o

PKTU - ALÉM DAS MODALIDADES ESPORTIVAS, HOUVE TAM-BÉM UM FESTIVAL GASTRONÔMICO. COMO FOI ISSO?

Como precisávamos disponibilizar comida para o público e atletas, resol-vemos então abordar nossa pegada: “Se é pra fazer ‘alguma coisa’, então vamos fazer ‘alguma coisa show’!”. Então surgiu a idéia de fazer um festival gastronômico de comidas extremas. Chamamos pessoas de relevância do meio, participantes de reality shows, influenciadores de opinião para se-rem os jurados. Depois solicitamos que todos os restaurantes e foodtrucks que estariam no Bope Games fizessem um “prato extremo” para participar do festival. No final, foi um sucesso! Em poucas horas o público consumiu o equivalente ao dobro do consumo geral do Bope Games do ano passado inteiro! Foi um sucesso! Infelizmente só pude provar dois pratos... estavam muito bons!

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PKTU - NO SEGUNDO DIA DO EVENTO, ROLOU A BOPE GAMES RUN, COM VÁRIAS MODALIDADES, INCLUSIVE DE CADEIRAN-TES. NO CROSSFIT TEVE A ESTRÉIA DA MODALIDADE “ADAP-TADOS” NO EVENTO. COMO FOI A EXPERIÊNCIA DE LIDAR COM ESSE PÚBLICO TÃO ESPECIAL?

Olha... foi sensacional! Indescritível! Eu já tinha assistido o campeonato mundial de paraescalada - o paraclimbing - e olha, é uma lição de vida in-crível!

É muito bacana poder fomentar a inclusão no esporte, ver todo mun-do chegar ao seu limite! Essa é a “vibe” do Bope Games: Todas as tri-bos unidas num só propósito. Ali-ás, dá pra resumir numa só frase: “Aonde você pode chegar, se tiver força de vontade?”

Definitivamente, é uma categoria que veio pra ficar no Bope Games!

@coelhod

@brunoccarva

Toque nas imagens para visitar os perfis

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PKTU - JÁ ESTAMOS CONTANDO OS DIAS PARA O BOPE GAMES 2020! ALGUM COMENTÁRIO PARA O PRÓXIMO ANO?

O crescimento da primeira para segunda edição do BG foi fantástico! Au-mentamos em 5 vezes o número de atletas participantes, agregamos outros esportes e competições com solidez e abrimos os olhos, portões e corações para a acessibilidade. Os resultados foram icríveis!

Apesar disso, dá pra dizer com segurança: O Bope Games 2020 será muito melhor e muito maior! Aguardem!

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Visite o perfil @bopegames no instagram para ver

as fotos tiradas pelos participantes do evento!

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pktumagazine • 15 Foram quase 20 horas de

transmis-são, on-line.

Ancoragens ao vivo das finais e se-mifinais de diversos campeonatos estaduais e nacionais.

Mais de uma dezena de esportes ra-dicais acontecendo de hora em hora no Mineirão - antes templo reserva-do apenas ao futebol.

Mais de mil atletas em um único fim de semana: Expoentes e referências - algumas com projeção internacional - como Pablo Chalfun (CrossFit Ga-mes 2018), Alisson Ferreira (World Slackline Masters 2018 - Alemanha) e Pati Antunes (ouro no Overall de escalada 2017).

Um público flutuante que chegou a marca das 40 mil pessoas.

Entrevistas, imagens, informações, desafios e muita superação.

Este foi o resumo de uma cobertu-ra intensa de um dos campeonatos esportivos mais robustos e, princi-palmente, faca na caveira do Brasil: O Bope Games 2019, realizado nos dias 20 e 21 de julho, na Pampulha, em Belo Horizonte.

A Pakatu Sports marcou presença nesta atmosfera frenética registran-do os principais acontecimentos com

equipamento de ponta e equipe de jornalistas, comunicadores e técni-cos, dia e noite.

As transmissões ultrapassaram a marca de 2500 views pelo YouTu-be oficial do evento além da visua-lização do público que acompanhou tudo do mega telão de LED instala-do em uma das arenas de CrossFit e das telas instaladas na Central Bope Games - setor multimídia de strea-ming, edição, produção e estúdio de entrevista montado em local estraté-gico: no coração do festival.

Foram dezenas de entrevista com or-ganizadores, atletas, comentários ao vivo, cobertura do Festival gastronô-mico Extreme Food Festival, além da Bope Run e das premiações no pódio.

Missão dada, missão cumprida!

B O P E G A M E S

falando de

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O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade conhecido popu-larmente pela sigla “TDAH”, é o transtorno com maior diagnóstico no meio infantil, chegando a ter uma prevalência de 11,26 % em crianças e adolescentes. Porém você sabe de onde surgiu? Quais as características desse transtorno? Possui cura ou tratamento? E como lidar com pessoas que possuem TDAH?

Descobertas sobre o Transtorno

Dentro da literatura, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperati-vidade (TDAH) é representado há mais de 200 anos. O primeiro autor a escrever sobre o transtorno foi médico francês Alexander Crichton (1763-1856). Crichton afirmava que tal patologia apresentava como característi-ca fundamental a incaracterísti-capacidade do paciente manter atenção (REZENDE, 2016).

Após as descobertas de Crichton, houve grandes evoluções na medici-na, principalmente no campo da ge-nética. Em 1990 estudos em genes de pessoas com TDAH mostraram que uma quantidade significativamente menor de dopamina e noradrenali-na disponível no SN (Sistema Nervo-so) estava relacionada com o trans-torno. Os neurotransmissores como dopamina e noradrenalina são fun-damentais para o SN, pois, regulam a passagens de informações entre os neurônios (ASHERSON, 2013).

Segundo Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais - DSM-5 o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), é

você sabe o

que é tdah?

por arthur giron

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um transtorno de neurodesenvolvimento, definido por níveis prejudiciais de desatenção, desorganização e/ou hiperatividaimpulsividade. A de-satenção e desorganização referem-se à incapacidade de permanecer em uma tarefa, prejudicando na organização da mesma. A Hiperatividade--impulsividade reflete na atividade excessiva, inquietação, incapacidade de permanecer sentada, intromissão em atividades de outros e incapacidade de aguardar, induzindo a comportamentos impulsivos. (APA, 2014).

Prevalência e Desenvolvimento

Estudos bibliográficos realizados sobre o TDAH em diversos países apre-sentaram uma taxa de prevalência de 11,26% em crianças e adolescentes. (HORA; SILVA; RAMOS; PONTES; NOBRE, 2015).

Na infância, o TDAH frequente-mente se sobrepõe a transtornos em geral considerados “de externaliza-ção”, tais como o transtorno de opo-sição desafiante e o transtorno da conduta. O TDAH costuma persistir na vida adulta, resultando em preju-ízos no funcionamento social, aca-dêmico e profissional (APA, 2014). O TDAH é um transtorno BIOPSI-COSOCIAL, visto que afeta o bioló-gico, psicológico e o meio social do indivíduo. O transtorno se forma no desenvolvimento uterino (quando a pessoa com TDAH está se desenvol-vendo dentro da barriga de sua mãe), apresentando os primeiros sinais do transtorno no período da infância. Conforme a pessoa vai amadurecen-do e desenvolvenamadurecen-do, alguns traços amadurecen-do transtorno podem ir desaparecendo, enquanto outros permanecerem.

Tratamento

Nos dias atuais o TDAH não tem cura, porém, há tratamentos farma-cológicos e psicoterapêuticos que ajudam pessoas com esse transtorno a terem melhor qualidade de vida. (COUTOA; MELO-JUNIORB; GOMES, 2010).

Sabe-se que a dopamina atua de modo fásico ou de modo tônico em re-des de atenção do CFP, circuitos frontocerebelares e mesolímbico, Devido

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a isso, é dada uma importância em técnicas com enfoque neuroquímico como as que procuram determinar o funcionamento do sistema dopami-nérgico do ponto de vista da liberação de dopamina. Estudos indicam que os efeitos benéficos do metilfenidato no TDAH pode ser o resultado do aumento da atividade dopaminérgica nas áreas que estavam com déficits do neurotransmissor (COUTOA; MELO-JUNIORB; GOMES, 2010).

O metilfenidato atua bloqueando o transportador de dopamina no ter-minal pré-sináptico aumentando sua disponibilidade na fenda sináptica, com isso, intensificando a neurotransmissão dos circuitos dopaminérgicos no SNC na fenda sináptica. Avanços tecnológicos nas técnicas existentes têm sido propostos no sentido de melhor caracterizar os efeitos de me-diadores químicos, como o GABA, o glutamato e a serotonina no TDAH (COUTOA; MELO-JUNIORB; GOMES, 2010).

O uso de psicoterapia se mostra um recurso promissor no tratamento do TDAH, pois, foge do conceito medicamentalização que acompanha o transtorno, e apresenta um novo caminho de tratamento, com uso de jo-gos, treinamentos e atividades que ajudam desenvolver a atenção concen-trada e autocontrole dos impulsos.

Causas

Apesar dos avanços sobre o TDAH, ainda há diversas divergências en-tre as pesquisas sobre o que pode causar o transtorno. Estudos mostram que inúmeros fatores podem contribuir para o transtorno, como fatores genéticos ou distúrbios no desenvolvimento cerebral.

Fator genético é um dos principais argumentos utilizados para justificar a causa do transtorno, pois, estudos em árvores genealógicos de pessoas com TDAH mostram uma tendência de o transtorno passar pelas gerações, ou seja, um fator hereditário. Fatores como distúrbios no desenvolvimento cerebral uterino podem estar associados ao transtorno, propendendo que algumas crianças com TDAH apresentam dano cerebral mínimo em de-corrência de problemas circulatórios, tóxicos, metabólicos ou mecânicos no SNC durante o período de gravidez.

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Sintomas comuns apresentados pelo TDAH

Segundo O DSM-5 há alguns critérios que definem o diagnóstico de uma criança ou adulto com TDAH. Ressalta-se que em caso de suspeitas é fundamental a procura de uma avaliação psicológica e psiquiátrica.

Primeiramente, é necessária que a pessoa apresente um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que interfira no funcio-namento e no desenvolvimento. Precisam apresentar sintomas entre esses dois aspectos.

Sintomas comuns de desatenção:

• Deixar de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido em atividades escolares, de trabalho ou durante ou-tras atividades

• Ter dificuldade de manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas

• Não escutar quando lhe dirigem a palavra

• Não seguir instruções e não termina deveres de casa, tarefas domésticas ou tarefas no local de trabalho

• Ter dificuldade para organizar tarefas e atividades

• Evitar, não gostar ou relutar em se envolver em tarefas que exijam esforço mental prolongado (tarefas escolares, deveres de casa, preparo de relatórios etc.)

• Perder objetos necessários às tarefas ou atividades

• Ser facilmente distraído por estímulos externos (para ado-lescentes mais velhos e adultos pode incluir pensamentos não relacionados)

• Ser esquecido em relação a atividades cotidianas.

Sintomas comuns de hiperatividade e impulsividade:

• Remexer ou batucar mãos e pés ou se contorcer na cadeira • Levantar da cadeira em sala de aula ou outras situações nas quais se espera que permaneça sentado (sala de aula, escritório, etc.)

• Correr ou subir nas coisas, em situações onde isso é inapro-priado ou, em adolescentes ou adultos, ter sensações de inquie-tude

• Ser incapaz de brincar ou se envolver em atividades de lazer calmamente

• Não conseguir ou se sentir confortável em ficar parado por muito tempo, em restaurantes, reuniões, etc.

• Falar demais

• Não conseguir aguardar a vez de falar, respondendo uma pergunta antes que seja terminada ou completando a frase dos outros

• Ter dificuldade de esperar a sua vez

• Interrompe ou se intrometer em conversas e atividades, ten-tar assumir o controle do que os outros estão fazendo ou usar coisas dos outros sem pedir.

Em geral, é preciso que a criança apresente seis ou mais desses sinto-mas por mais de seis meses antes de ser feito o diagnóstico. Já em adultos ou adolescentes (com mais de 17 anos), é preciso apresentar apenas cinco destes sintomas.

Vários sintomas de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade es-tavam presentes antes dos 12 anos de idade e em mais de dois ambientes, como a casa, escola, trabalho, com amigos (APA, 2014).

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Lidando com TDAH

Entender e aprender a lidar com o transtorno é fundamental para quem possui TDAH e quer ter uma vida com mais qualidade. O processo de compreender a influência do transtorno no seu comportamento ajuda a enfrentar futuras dificuldades que podem surgir com o transtorno. Reco-menda-se a psicoterapia para ajudar no autoconhecimento e no processo de desenvolvimento de habilidades comportamentais afetadas pelo trans-torno. Buscar apoio de familiares, amigos e grupos que possuem o mesmo transtorno, ajuda no processo de desenvolvimento.

Lidar com alguém que apresenta TDAH pode ser uma tarefa compli-cada, visto que o convívio diário pode apresentar muitos desgastes na re-lação, porém, o segredo fundamental está na conscientização, respeito e paciência.

A conscientização sobre TDAH é o passo fundamental para entender e respeitar uma pessoa que apresen-ta o transtorno. O indivíduo cons-ciente passa a entender os compor-tamentos diferenciados de pessoas com TDAH, e compreende a não cul-pabilizar o indivíduo que apresentar tais comportamentos.

Paciência, pessoas com TDAH cos-tumam apresentar sintomas como a desatenção e dificuldade de manter o foco em atividades (conversas, fil-mes, jogos...) longas, podendo ge-rar desconfortos no relacionamento, pois normalmente é confundido com falta de interesse. A hiperatividade e desorganização costumam estar pre-sentes em pessoas com o transtorno, então é fundamental ter paciência com costumes e comportamentos apresentado.

Enfim...

O TDAH é um transtorno do neurodesenvolvimento, definido por níveis prejudiciais de desatenção, desorganização e/ou hiperatividade-impulsivi-dade, causado pelo desequilíbrio de neurotransmissores como dopamina. O transtorno se apresenta na infância e pode persistir até vida adulta prejudicando diversas áreas como estudos, trabalho, vida social e amorosa. O transtorno apresenta uma prevalência mundial de 11,26% em crianças e adolescentes. Não tem cura, porém, há tratamentos com fármacos e psico-terapias que ajudam o paciente a manter uma vida com mais qualidade. Ressalta-se que a psicologia defende que o TDAH em maioria dos casos pode ser tratado apenas com psicoterapias, evadindo do uso de medica-mentos dopaminérgicos.

O segredo da convivência com TDAH está na conscientização sobre a doença, respeito a pessoas que possuem esse transtorno e aprender a ter paciência quando lidarem com comportamentos atípicos de convivência.

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os primeiros R$ 300 que recebeu ao saltar de um trampolim, César Castro guardou metade. Começava ali sua carreira profissional nos saltos ornamentais. Ele, aos 18 anos, já iniciava também o planejamento da sua aposentadoria. Hoje, aos 36, colhe os frutos, com uma vida financeira es-tável e tranquila.

César Castro se aposentou há três anos, depois dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. E ao olhar para trás, comemora o seu planejamento de car-reira. Além de um atleta de sucesso, teve conquistas pessoais importantes. Hoje tem um apartamento, investimentos e - o principal - uma família es-truturada.

“Tudo o que consegui juntar, fui fazer economias e investindo. Eu comprei um apartamento, deixei um dinheirinho no banco. Diversifiquei um pouqui-nho para quando chegasse o meu final de carreira ter uma vida tranquila”,

destacou o saltador, que comemora o caminho trilhado. Após os Jogos Olímpicos do

Rio de Janeiro, César Castro se aposentou com duas meda-lhas pan-americanas: prata em 2007 e bronze em 2011, am-bas no trampolim de 3 metros; ouro no sul-americano de 2008, um nono lugar no Mundial de Roma em 2009 e outros recor-des nacionais e sul-americanos. Os 15 anos de carreira como saltador profissional se encer-raram como o planejado. E a sequência foi o que sempre de-sejou. “O meu sonho era quando

acabasse a minha carreira não trabalhar em qualquer lugar, só para ter o sustento. Eu queria poder escolher. Deu certo! Fui muito feliz”, destacou.

Cesar Castro, durante o Prêmio Brasil Olimpico, em 21 de dezembro de 2009, foi o melhor atleta dos Saltos

Ornamentais. Cerimônia realizada no Maracanazinho Foto Divulgação: Satiro Sodre/CBDA Foto: Arquivo pessoal

Sou muito grato e muito

feliz com o que os saltos me

proporcionaram

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“Acabou minha carreira, eu fiquei mais dois anos nos Estados Unidos, tranquilo, dando atenção para a família. No retorno para o Brasil, fechei um acordo com o Colégio Mackenzie, de Brasília, para dar aulas de saltos orna-mentais. Foi perfeito”, completou o saltador, que dá dicas para quem está

iniciando uma carreira de atleta.

“Eu já sabia que a vida de atleta era curta e sempre coloquei isso na ca-beça. Desde o meu primeiro salário lá atrás, com uma ajuda do GDF de R$ 300, eu já sabia que tinha guardar pelo menos R$ 150 porque eu poderia encerrar a minha carreira muito cedo. Eu consegui estender até os 33 anos e consegui fazer um bom pé de meia”.

Q

uem lê estas primeiras linhas pode até imaginar que César Castro teve sorte na carreira. Foi mais do que isso. Houve momentos de dúvidas, que ele superou com auxílio de seus pais. O saltador lembra de um mo-mento específico em que recebeu um conselho de sua mãe.

“Minha mãe me apoiou muito e chegou em determinado momento a di-zer: ‘César, você precisa decidir o que você quer e fazer bem feito. Não adian-ta fazer tudo mais ou menos. Assim você não vai chegar a lugar nenhum’. Foi quando ela me deu este toque que eu decidi ser atleta mesmo e me dedicar a isso. Eu tinha 18 anos”.

Os pais de César também deram apoio logístico na sua caminhada.

“Meus pais sempre me apoiaram e me abraçaram em todos os momentos, principalmente no início da carreira. Iam aos treinos, me buscavam. Paga-vam alguma competição. Sempre estiveram presentes”.

Como atleta, ele lembra que viveu de tudo e agradece as experiências que, agora, leva para uma nova fase de sua vida. “Sou muito grato e muito

feliz com o que os saltos me proporcionaram. Tive uma carreira bem extensa, com tudo a que tive direito. Com altos e baixos, vitórias e derrotas, competi-ções em que tudo dava certo e competicompeti-ções em que tudo dava errado. Compe-tições sem dinheiro nenhum e também que tirei um dinheirinho. Competição com dor e sem dor. Eu vivi tudo o que um atleta pode viver”

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A

nova fase de sua vida, a de pai e treinador, também foi pensada e começou antes dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. O início desta vira-da começou nos Estados Unidos, quando desenhava sua despedivira-da, após a Olimpíada de 2016, em casa.

“A mudança para os Estados Unidos aconteceu antes dos jogos e foi um movimento natural, já que na época não tínhamos filhos. Fomos eu e minha mulher. A gente começou a planejar ali a nossa sequência. Pensamos nos nossos filhos após 2016, logo após as Olimpíadas, por exemplo”

“Viajar só com a esposa foi mais tranquilo. Só não foi tão fácil, porque fui para os Estados Unidos e ela ficou no Brasil ainda mais um ano. Só depois ela conseguiu transferência do emprego”, comentou Cesar, que nos EUA

tra-balhou também como técnico assistente na Universidade da Geórgia. “Foi

uma ótima experiência”, resumiu.

Planejamento f

amiliar

Eu vivi tudo

que um atleta

pode viver

Italia-Roma, 23/07/09 XIII Campeonato Mundial dos Desportos Aquaticos, durante a final do trampolim de 3metros Foto: Satiro Sodre/Divulgacao CBDA

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PKTU - FORAM QUATRO EDIÇÕES OLÍMPICAS AO TODO: ATE-NAS, PEQUIM, LONDRES E RIO. NA ÚLTIMA, JÁ COLECIONAVA 33 ANOS, E FOI CONSIDERADO VELHO PARA MODALIDADE. VOCÊ ENCAROU AS OLIMPÍADAS DO RIO COMO UMA DESPEDIDA, OU AINDA PENSAVA EM TÓQUIO?

Já estava planejado que seria a última competição da minha vida. Eu já sabia, pela idade e também pelo tanto de esforço que foi necessário de chegar bem nas olimpíadas. Eu não tinha interesse nenhum de chegar em Tóquio de qualquer jeito. Com o passar dos anos, a gente abre mão de mui-to mais coisas para poder estar bem. A minha vida pessoal estava deixada bem de lado e estava ficando difícil. Eu já tinha participado de quatro. É um número bom e é um ciclo bem longo. Eu já sabia que seria minha últi-ma Olimpíada.

PKTU - QUANDO O SONHO DE SER UM ATLETA PASSOU PELA SUA CABEÇA PELA PRIMEIRA VEZ? QUAL É SUA MAIS REMOTA LEM-BRANÇA DE QUE QUERIA SER UM ATLETA?

Eu entrei nos Saltos por acaso. Foi um amigo da natação que me cha-mou. Entrei como escolinha. Só para conhecer a modalidade. Acabei de me apaixonando. Desde que eu entrei, eu nunca mais larguei. Foi aquela modalidade que o meu coração bateu mais forte. Eu comecei com 9 anos. Com 17 anos, é que resolvi ser atleta mesmo dos Saltos. Eu me dediquei ao treinamento, ao descanso e à alimentação. A partir daí que eu comecei a viver disso. O começo foi bem por acaso e bem tranquilo. Nada muito forçado.

PKTU - UMA VEZ, EM UMA ENTREVISTA, VOCÊ DISSE QUE SUA MÃE INCENTIVOU O ESPORTE E TE ENSINOU A LIDAR COM O DILEMA FINANCEIRO DE UM ATLETA. COMO FOI A PARTICIPA-ÇÃO DELA NO INÍCIO E AO LONGO DE SUA CARREIRA?

entrevist

a complet

a

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Meus pais sempre me incentivaram e estiveram ao meu lado. Deixaram eu tocar a minha vida, mas em momentos críticos e importantes eles sem-pre davam a opinião deles. A minha mãe, realmente, chegou a determinado momento disse: “César, você precisa decidir o que você quer e fazer bem feito. Não adianta fazer tudo mais ou menos. Assim você não vai chegar a lugar nenhum”. Foi quando ela me deu este toque que eu decidi ser atleta mesmo e me dedicar a isso. Eu tinha meus 18 anos. Ela sempre me apoiou e me abraçou em todos os momentos, principalmente no início da carrei-ra. Ela ia aos treinos, me buscava. Pagava alguma competição. Ela sempre teve presente.

PKTU - EM ROMA, EM 2009, VOCÊ ESTABELECEU UM RECORDE: O MELHOR RESULTADO DO BRASIL DA HISTÓRIA EM CAMPEONA-TOS MUNDIAIS ABSOLUCAMPEONA-TOS. ATÉ HOJE O RECORDE É SEU. AQUI NO BRASIL, FOI ELEITO O MELHOR SALTADOR DA SUA MODALI-DADE POR 9 VEZES! AO OLHAR PARA TRÁS, O QUE VEM À MEN-TE?

Nenhum arrependimento. Eu sou muito grato e muito feliz com o que os saltos me proporcionaram. Tive uma carreira bem extensa e com tudo que tem direito. Com altos e baixos. Vitórias e derrotas. Competições em que tudo dava certo. E competições em que tudo dava errado. Competi-ções sem dinheiro nenhum e também que tirei um dinheirinho. Compe-tição com dor e sem dor. Eu vivi tudo o que um atleta pode viver. Já fiquei em hotel 5 estrelas e fiquei em alojamento. Eu aprendi muito. Em todos os momentos, aprendi bastante. Lógico, que aprendi muito mais com as derrotas. Os momentos difíceis são bem marcantes. Das vitórias, ficam as lembranças, as coisas boas. O Mundial de Roma, por exemplo, foi muito bom. As Olimpíadas de Atenas e do Rio foram muito especiais. O Pan do Rio também.

Prova de Saltos Ornamentais na Arena Aquatics Centre durante os Jogos Olímpicos de Londres em 06 de agosto de 2012. Foto: Satiro Sodré/AGIF

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PKTU - OS ATLETAS OLÍMPICOS BRASILEIROS NÃO TÊM MUI-TA VISIBILIDADE E SEUS PATROCÍNIOS SÃO, EM SUA GRANDE MAIORIA, ESCASSOS. APOSENTADORIA É UM SONHO PRATICA-MENTE IMPOSSÍVEL. PORÉM, VOCÊ FOI UMA EXCEÇÃO. COMO FOI LIDAR COM O PLANEJAMENTO DE SUA APOSENTADORIA?

Eu já sabia que a vida de atleta era curta e sempre coloquei isso na cabeça. Desde o meu primeiro salário lá atrás, com uma ajuda do GDF (Governo do Distrito Federal) de R$ 300, eu já sabia que tinha guardar pelo menos R$ 150 porque eu poderia encerrar a minha carreira muito cedo. Eu con-segui estender até os 33 anos e concon-segui fazer um bom pé de meia. Tudo o que consegui juntar, eu fui fazer economias e investindo. Eu comprei um apartamento, deixei um dinheirinho no banco. Diversifiquei um pouqui-nho para quando chegasse o meu final de carreira ter uma vida tranquila. O meu sonho era quando acabasse a minha carreira não trabalhar em qualquer lugar, só para ter o sustento. Eu queria poder escolher. Deu certo! Eu fui muito feliz. Acabou a minha carreira, eu fiquei mais dois anos nos Estados Unidos, tranquilo, dando atenção para a família. No retorno para o Brasil, eu fechei um acordo com o Colégio Mackenzie, de Brasília, para dar aulas de saltos ornamentais. Foi perfeito. Eu continuei na área, como uma retribuição por tudo o que Mackenzie me proporcionou na vida. Ele me patrocinou desde 2003. Agora estou podendo ensinar um pouco mais do que eu aprendi.

PKTU - EM 2013 VOCÊ SE MUDOU PARA OS EUA PARA SE DEDI-CAR AOS TREINOS E LEVOU A FAMÍLIA NA BAGAGEM. COMO FOI ESSA EXPERIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO FAMILIAR E PROFISSIO-NAL EM UM OUTRO PAÍS?

Foi tranquilo porque na época tínhamos só eu e a minha mulher. A gen-te se planejou para gen-ter filho em 2016, após as Olimpíadas mesmo. Foi tudo muito planejado. Viajar só com a esposa foi mais tranquilo. Não foi tão fácil, porque fui para os Estados Unidos e ela ficou no Brasil ainda mais um ano. Depois que ela conseguiu transferência do emprego. Chegando nos EUA, teve a questão da distância, mas era bem menos. Era uma distância de ape-nas uma hora. Eu treinava na Universidade da Geórgia, e ela trabalhava em Atlanta. Então a gente passava o fim de semana juntos. Eu ia treinar na se-gunda-feira e, na sexta, depois do treino, a gente se encontrava. A gente foi se adaptando, mas deu tudo certo. Foi um momento muito especial. Morar nos Estados Unidos, conhecer uma cultura diferente e conseguir trabalhar na Universidade da Geórgia. Foi uma ótima experiência.

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PKTU - O BRASIL TE CONHECE, NÃO SOMENTE POR SEU ESPOR-TE, MAS TAMBÉM PELO SEU SAMBA. DIZ AÍ: JÁ CHEGOU A RECE-BER CONVITE DE ALGUM ARTISTA PARA DAR UMA PALHINHA, OU FAZER ALGUMA BRINCADEIRA MUSICAL?

Eu gosto de samba sim. Tenho os meus instrumentos. Gosto de juntar os amigos quando tem um churrasco e uma feijoada e faz uma batucada, mas estou longe de estar no nível de um artista famoso. Conheci alguns em programas de esporte e arte, mas tocar junto não. Seria uma honra.

SE O SAMBA MORRESSE HOJE, O

QUE VOCÊ OUVIRIA AMANHÃ? Eu ouviria um rock clássico. É um ritmo que gosto também.

SE NÃO HOUVESSE SALTO

ORNA-MENTAL, QUEM SERIA O CÉSAR? O César, se não fosse atleta de sal-tos, gostaria muito de trabalhar na

aviação civil. Ser piloto de avião ou engenheiro de aviação. Eu gosto muito. Eu fico sempre admirado. Ou en-tão seria bombeiro!

SE A COMIDA BRASILEIRA SUMIS-SE AGORA, O QUE VOCÊ COMERIA AMANHÃ?

Comeria um bife de ancho argenti-no com chimichurri. Eu gosto mui-to também.

SE FOSSE PRA NASCER FORA DO

BRASIL, ONDE SERIA? Na Itália! Aquele é um lugar muito interessante. Pessoas bacanas. Um

clima legal. Comida boa. Eu ficaria muito bem por lá.

SE UM MICROFONE UNIVERSAL ESTIVESSE NA SUA FRENTE AGO-RA, O QUE DIRIA?

Cada um fazer o que pode fazer. Fa-zer o bem sempre para o próximo. O mundo está precisando de mais pessoas que façam o bem. Que res-peitem mais, que amem mais e que preocupem mais com a felicidade dos outros também. Hoje em dia, o mundo está muito egoísta. Temos que olhar mais para o outro. Assim fazemos um mundo melhor.

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Quando fui aprovado no vestibular de Filosofia, alguns amigos logo se anteciparam para me dar seus conceitos acerca do novo curso que iniciaria. Um dizia: “Filosofia é levar ao extremo da complicação algo que é bem

sim-ples”. Outros, igualmente filósofos, diziam a frase já igualmente famosa: “A filosofia é uma ciência tal que com a qual ou sem a qual o mundo continua tal e qual”.

Tais frases nos ajudam a formar um juízo acerca da Filosofia. Além das frases acima, dizemos que ela é muito complicada, é difícil, enrolada. Mas a verdade é que ela não é bem assim. A filosofia faz parte da nossa vida diária. Gosto de pensar na ideia de que todos nascem filósofos. Vejam as crianças, quando começam a se despertar para o mundo, querem saber das coisas, desejam conhecer não as coisas como são, não se contentam com explicações simples. Elas querem saber os fundamentos das coisas, as ra-zões últimas daquilo que fazemos e cremos.

As crianças são filósofas por natureza. Esse movimento da curiosidade é natural a todo ser humano. Nós, adultos, um dia fomos assim. Em outras palavras, já fomos filósofos. Pode ser que à proporção que o tempo passou e envelhecemos, nos tornamos menos filósofos, questionamos menos e nos conformamos mais rapidamente com o estado das coisas.

O perguntador incomoda. Quem quer saber a razão do que cremos, sa-bemos e fazemos nos obriga a pensar. A Filosofia nasceu daí, da curiosida-de, do desejo de saber, da tentativa de conhecer e saber explicar o mundo, coisas e pessoas. Logo, não é papel da Filosofia a complicação, antes, o seu papel é o esclarecimento, ou, pelo menos, a tentativa de esclarecimento.

Essa tentativa de esclarecimento é fruto da curiosidade. O filósofo é um curioso. Fica claro, desde agora, que se a curiosidade é o princípio da fi-losofia, a inconformidade é o seu motor. Toda criança ou todo adulto que pergunta os porquês das coisas tem, em si, uma inconformidade que a leva a perguntar. Esse ato de perguntar é tanto um perguntar para si mesmo quanto um perguntar para os outros.

E essa tal

filosofia?

por João Pedro Gonçalves Araújo

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Então, nem sempre é verdade que o papel da Filosofia é complicar, isto é, transformar em complexo algo que é simples. Com o desejo de compre-ender as coisas e o mundo, a Filosofia pode funcionar ao contrário, isto é, quer transformar algo complicado em alguma coisa simples. Nesse caso, ela também não tem como papel o deixar as coisas como estão, ou seja, não se trata de uma ciência ‘tal que com a qual ou sem a qual o mundo conti-nua tal e qual’.

A Filosofia é o movimento da mente inquieta, é o desejo de saber, é a tentativa de colocar o conhecimento daquilo que se conhece em terreno se-guro. Trata-se de fazer com que o mundo tenha sentido para si. Temos que reconhecer que boa parte daquilo que chamamos conhecimento nos foi dado por alguém. Então, parte do nosso conhecimento é o conhecimento que foi conhecido por alguém. Nesses casos, aquilo que dizemos conhecer é um conhecimento em segunda mão, que nos foi imposto por alguém.

A criança, o ser verdadeiramente filosófico, não se contenta em saber o que o adulto sabe. Ela quer saber por que aquilo que se sabe é daquele jeito. Ela não se contenta com o saber bruto, terceirizado, imposto pelo adulto, passado de uma cabeça para a outra sem que tenha passado pelo conhe-cimento de nenhum dos dois, nem daquele que ensina, nem daquele que aprende.

Filosofia em revista é o convite para pensar o não pensado, pensar o decorado, o saber imposto. Mas é, também, o convite para se pensar o que um dia alguém já pensou. O filósofo, portanto, não tem compromisso com a originalidade, com o que nunca foi pensado. Muito menos pretensioso, o verdadeiro filósofo começa pensando o conhecimento que todo mundo conhece; ele quer pensar a mesma coisa que alguém um dia pensou. Se chegará ao mesmo resultado, bem, aí são outros quinhentos.

Vamos pensar? Vamos filosofar? Se começarmos daqui, esse exercício será prazeroso e você voltará a ser aquela criança curiosa que ama saber.

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breve história

da tecnologia

na música

por itariel bandeira

tecnologia

Quando falamos sobre tecnologia e música, falamos algo sobre algo mais antigo do que imaginamos. O simples fato de passar notas de uma compo-sição musical para um papel ou vozes captadas por microfone já conside-ramos tecnologia aplicada na música.

Em 1876 um americano desco-briu que poderia controlar o som através de um circuito eletromagné-tico e gerar uma nota musical. Em 1917 na Rússia, Leon Theremin, usa circuitos eletrônicos para criar sons audíveis.

De acordo com a história a pri-meira música produzida por um computador foi em 1951 na Ingla-terra, através de uma máquina cria-da por Alan Turing. Turing contou com a ajuda na época da emissora BBC e gravou três músicas em um disco de acetato de 12 polegadas. Re-centemente pesquisadores da Nova Zelândia conseguiram recuperar os áudios gravados por Turing, consi-derados uma relíquia. De lá para cá, a tecnologia e a música andaram cada vez mais juntas.

Em 1981, Ikutaro Kakehashi, fundador da Roland, propôs aos repre-sentantes da Oberheim, Korg, Kawai e Yamaha, uma padronização da in-terligação de sistema e instrumentos, que até então, só conseguiam entre os da mesma empresa. Até que em 1982 essa padronização foi oficializada como MIDI, Musical Instrument Digital Interface.

Em 1983, Dave Smith, engenheiro da Sequential Circuits, foi capaz de demonstrar uma conexão MIDI entre um Prophet 600 e um Roland JP-6. Em 1996 a Steinberg desenvolveu o VST, Virtual Studio Technology, que resumindo consistem simular hardwares através de softwares. A sigla VSTi é usada para diferenciar plugins de efeitos para plugins de Instrumento. Os VST trabalham por padrão em DAW, Digital Audio Workstation, popular-mente conhecidos como programas de gravação e reprodução de áudio. Os VST trabalham com informações MIDI.

Léon Theremin demonstrando “O Tneremin”, na Rússia em dezembro de 1927

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Desde então a tecnologia vem avançando espantosamente no meio musical e é cada vez mais comum bandas usarem a simulação virtual de instrumentos para suas performances ao vivo. Antes eram mais usados somente em estúdios de gravação porém com o avanço tecnológico e apri-moramento de drivers para reduzir a latência (tempo de envio e resposta de mensagens dos softwares), isso se tornou freqüente ao vivo.

O uso de vsts hoje se tornou algo quase que indispensável visto a varie-dade de timbres, variações e possibilivarie-dades com o seu uso. Em termos de qualidade, até alguns anos atrás o hardware ainda era muito superior ao software ou emulação, porém com o avanço tecnológico, hoje temos qua-lidade igualitária entre ambos e o que favorece o uso de VSTs é a faciqua-lidade de se poder ter uma gama enorme de timbres em apenas um hardware, no caso o conjunto, controlador mais o computador.

Bandas tradicionais no Brasil utili-zam estes recursos a um longo tempo mesmo não sendo tão evidentes no palco, como por exemplo a banda Roupa Nova, que usa excelentes hardwares em conjunto com softwares. Entre eles, o Can-tabile Performer e Kontakt. E não são os únicos!

Produtores de todo país já aplicam instrumen-tos virtuais em gran-des produções.

Visto a facilidade que é hoje fazer amostragem de instrumentos, a ten-dência é que logo mais os hardwares comecem a fica somente em estúdios e os controladores tomem conta dos palcos.

Há ainda uma nova tecnologia em ascen-são que é a Modelagem Física que consis-te em um software simular os timbres de

um instrumento Físico através de cál-culos matemáticos ao invés de amos-tragem (processo de gravar os instru-mentos físicos através de amostras).

Sendo assim um VST que pesava em torno de 10gb por conter muitas

amostras, em breve será “banca-do” por um VST de mesma

quali-dade com tamanho aproximado de 30mb e sim, isso é incrível.

O desenvolvimento não para e muito em breve haverão

mui-tas novidades neste ramo.

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Ricardo Feghali - Roupa Nova Foto: Renato Brás

Captação múltipla de piano de cauda completa Foto: audioforthearts.com

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Queimaduras são feridas traumáticas causadas, na maioria das vezes, por agentes térmicos, químicos, elétricos ou radioativos. O nível de gravi-dade da maioria das queimaduras se baseia no tamanho e na profundigravi-dade da queimadura. Dependendo do grau da queimadura, pode levar a desfi-guração, incapacidade e incluso a morte.

Uma das maiores preocupações ao se falar de queimaduras seria a reali-zação de um curativo/tratamento que seja eficaz para que o paciente tenha preservadas todas as funções que realizava antes de sofrer a queimadura, também e não menos importante a questão estética, que envolve o bem es-tar social do paciente.

Cientistas da Universidade Federal do Ceará (UFC) em Fortaleza rea-lizaram estudos sobre o uso da pele da tilápia para realização de curativos oclusivos em queimados. As pesquisas foram realizadas no Núcleo de Pes-quisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM). Foram utilizados 40 ratos machos adultos jovens, da linhagem Wistar (Rattus norvegicus), pro-cedentes do Biotério do NPDM y tilápias do Nilo (Oreochromis niloticus), provenientes da piscicultura de Castanhão (Jaguaribara, CE).

Os animais foram divididos aleatoriamente em quatro grupos com dez ratos em cada. Em um dos grupos eles ficaram sem curativo o que permitia a visualização e avaliação diária do ferimento, o outro grupo realizou tro-cas diárias de curativos de sulfadiazina de prata (agente cicatrizante e an-timicrobiano tópico historicamente utilizado como um creme para o tra-tamento de queimaduras de segundo e terceiro grau) e os outros 2 grupos tinham seus ferimentos cobertos com a pele de tilápia,esses grupos eram avaliados de quatro em quatro dias durante vinte e dois dias.

A pele da tilápia apresentou boa aderência no leito das feridas induzidas por queimaduras nos ratos, interferindo positivamente no processo cicatri-cial. Estes resultados possibilitam o prosseguimento das investigações para pesquisas em seres humanos, para confirmação de sua segurança e eficácia como curativo biológico.

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pele de Tilápia

no tratamento

de queimaduras

por Isabelle passos

curiosidade

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Definição:

Direitos autorais são prerrogativas criadas pela legislação brasileira, com o intuito de proteger qualquer pessoa física ou jurídica que tenha

cria-do obra intelectual, essa proteção confere direitos de utilização e usufrui de quaisquer benefícios resultantes dessa exploração. A lei 9.610/98 que dispõe

especificadamente sobre direito do autor, dispõe em seu artigo 7º que “São obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou

que se invente no futuro, tais como”.

O que o direito autoral protege:

O artigo 7º da lei 9.610/98 dispõe de forma exemplificativa as obras protegidas pelas normas dos direitos autorais, sendo elas:

I - os textos de obras literárias, artísticas ou científicas;

II - as conferências, alocuções, sermões e outras obras da mesma natureza; III - as obras dramáticas e dramático-musicais;

IV - as obras coreográficas e pantomímicas, cuja execução cênica se fixe por

escrito ou por outra qualquer forma;

V - as composições musicais, tenham ou não letra;

VI - as obras audiovisuais, sonorizadas ou não, inclusive as cinematográficas; VII - as obras fotográficas e as produzidas por qualquer processo análogo ao

da fotografia;

VIII - as obras de desenho, pintura, gravura, escultura, litografia e arte

ciné-tica;

IX - as ilustrações, cartas geográficas e outras obras da mesma natureza;

X - os projetos, esboços e obras plásticas concernentes à geografia,

engenha-ria, topografia, arquitetura, paisagismo, cenografia e ciência;

XI - as adaptações, traduções e outras transformações de obras originais,

apre-sentadas como criação intelectual nova;

XII - os programas de computador;

XIII - as coletâneas ou compilações, antologias, enciclopédias, dicionários,

bases de dados e outras obras, que, por sua seleção, organização ou disposi-ção de seu conteúdo, constituam uma criadisposi-ção intelectual

direitos autorais

respondidas por daniel braga

universo jurídico

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Posso processar alguém por roubar uma ideia minha? Como eu pode-ria provar que essa ideia é minha?

Edileuza Ribeiro - MG

A legislação divide os direitos autorais em direitos autorais morais e di-reitos autorais patrimoniais. Trata-se de didi-reitos autorais morais o direito que o autor da criação de obra intelectual possui de ter sua autoria reconhe-cida, podendo reivindicar a qualquer tempo, assegurar o direito de manter a integridade da obra, conservação, modificação, retirar de circulação ou suspender formas de utilização já autorizada quando violara sua reputação ou imagem e por fim tem acesso a exemplar único quando se encontrar em poder de terceiros (art. 24 a 27 da lei 9.610/98). Já os direitos autorais pa-trimoniais tratam-se de direito exclusivo do autor de utilizar, dispor e fruir de sua obra dependendo de previa e expressa autorização para que tercei-ros utilizem, por quaisquer modalidade, sua criação, como por exemplo, reprodução integral ou parcial, e utilização, direta ou indiretamente por meio de execução musical, emprego de alto-falante ou sistema análogos, radiodifusão sonora ou televisiva, transmissão dentre outros meios de re-produção. (art. 28 a 45 da lei 9.610/98)

Com base nestas previsões normativas, caso o autor de uma obra in-telectual tenha seus direitos autorais morais ou patrimoniais violados, é possível buscar o amparo do poder judiciário para que cesse esta violação suspendendo a divulgação ou reprodução, ou que seja devidamente indi-cado o autor da obra, além de eventual indenização por danos morais de sua violação.

O direito autoral serve só pra música?

Felipe Soares - MG

Não, os direitos autorais protege toda e qualquer obra de criação inte-lectual, com exceção do rol previsto no art. 8º da lei 9.610/98 no qual não considera objeto de proteção como direitos autorais I - as ideias, procedi-mentos normativos, sistemas, métodos, projetos ou conceitos matemáti-cos como tais; II - os esquemas, planos ou regras para realizar atos mentais, jogos ou negócios; III - os formulários em branco para serem preenchidos por qualquer tipo de informação, científica ou não, e suas instruções; IV - os textos de tratados ou convenções, leis, decretos, regulamentos, deci-sões judiciais e demais atos oficiais; V - as informações de uso comum tais como calendários, agendas, cadastros ou legendas; VI - os nomes e títulos isolados; VII - o aproveitamento industrial ou comercial das ideias conti-das nas obras.

Sou escritora, mas nunca registrei nada. Como faço pra proteger mi-nhas obras?

Adilude Passos - MG

A lei 9.610/98 dispõe em seu art. 18 e 19 que a proteção aos direitos auto-rais independe de registro, sendo facultado ao autor o registro de sua obra. Porém, caso o autor da criação deseja, pode realizar o registro no Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI, este órgão é responsável pela pedido de patente, registro de marca, desenho industrial, indicação geo-gráfica, programa de computador, topografia de circuito integrado bem como a transferência de tecnologia por meio de averbação e/ou registro de contrato de licenciamento de direitos.

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O que é o ECAD?

Jéssica Bastos - MG

ECAD é o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição é a entida-de responsável pela fiscalização, arrecadação e distribuição dos valores que o artista deva receber pela redistribuição, quando sua obra musical é toca-da publicamente por qualquer meio, por exemplo, em emissoras de rádio, shows, eventos, bares, plataformas de streaming.

Sou músico profissional e toco nas noites em bares. Uma vez recebi uma multa do ECAD. Eles podem fazer isso?

Gian Souza - MG

As obras de criação musical, com ou sem letra, possui proteção pelas nor-mas dos direitos autorais. A maioria dos artistas não proíbe expressamente a reprodução de seu trabalho, porém deve haver a devida contraprestação pela sua utilização. O musico profissional, que utiliza de musica de outros artistas que é contratado para se apresentar em determinado local, recebe pelo seu trabalho, sendo assim deve procurar o ECAD para proceder com o calculo e realizar a devida arrecadação. O calculo do valor a ser pago será definido de acordo com o regulamento de arrecadação, considerando o lo-cal em que a música é tocada, sua importância para o negócio, o ramo de atividade, tipo de utilização musical e região socioeconômica do estabele-cimento. Sendo assim, com base na legislação vigente, sendo devidamente comprovado a violação é possível aplicação de multa pelo ECAD.

No aniversário da minha filha estava tocando música ao fundo. Quan-do postei o vídeo da festa no youtube, o site manQuan-dou um email dizenQuan-do que infligi direitos. Como é isso?

Ricardo Costa - MG

No caso, entendo que a princípio, a utilização de musica em festa de aniversario por meio de CD ou por meio de streaming de música como Spotify ou Deezer, não viola direitos autorais tendo em vista que já houve o pagamento na aquisição de um CD ou no pagamento realizado mensal-mente. Porém, ao postar o vídeo no youtube, que se trata de uma plata-forma de compartilhamento com uma capacidade de atingir um público muito grande em segundos. Atualmente, o youtube vem sendo alvo de di-versas ações judiciais tendo em vista violação de direitos autorais, no qual obrigou a plataforma a fiscalizar o que está sendo exposto na plataforma, sendo criado um software capaz de analisar e identificar sons e imagens e se há ou não violação de direitos autorais.

Numa igreja, ao final de um casamento, os músicos da igreja começa-ram a preparar o equipamento para um culto que teria logo depois. Uma funcionária do ECAD queria multá-los por tocar no casamento (sendo que nem tocaram) sem a carteira de músicos da OMB. Isso está certo?

Ricardo Gomes - MG

Como os músicos da igreja não tocaram no casamento, não há de se fa-lar em violação em direitos autorais, no caso, deveria ser informado o fato ao fiscal do ECAD e solicitar que apresente provas de suas alegações. Se, da mesma forma o ECAD aplicar a multa, seria passível fazer uma defesa administrativa ou ingressar com uma ação judicial requerendo a anulação da multa.

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universo jurídico

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BUENOS AIRES

por joyce costa

roteiro de viagem

uma opção boa e barata

Foto: Bruno Scramgnon Toque na imagem para visitar seu perfil

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Quem nunca sonhou em sair do país e desfrutar das facilidades que o exterior oferece? E quando você está sem passaporte e com a grana curta? Uma das melhores opções é Argentina. Buenos Aires pode oferecer a seus visitantes dias maravilhosos com opções baratas e cheia de cultura e di-versão.

Com voos diretos de várias regiões do Brasil, Buenos Aires está cada vez mais perto. Não existe uma viagem ao exterior mais fácil e acessível. Quando você for, pode ter certeza que em breve vai querer voltar. A cidade fica cada dia mais interessante quando se descobre o que ela tem e vai des-vendando tudo aquilo que “los hermanos” têm a oferecer.

Foto: Game Of Flight

Visite os bairros nostálgicos como Palermo, que abriga os badalados Palermo SOHO e o Palermo HOLLYWOOD com seus diversos restau-rantes e bares com coquetéis super sofisticados e muito diferente da nossa tradicional caipirinha. Já no Recoleta é uma das áreas mais nobre da cida-de, onde fará você se sentir em uma vila parisiense, a principal atração é o cemitério onde encontra-se enterrada uma das maiores figuras argentina Eva Perón.

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Puerto Madero é uma área reche-ada de restaurantes é uma excelente opção para quem quer comer bem e desfrutar de uma vista maravilho-sa do cais com churrascarias muito conhecidas entre os turistas. Outra opção muito atrativa é o Caminito, localizado no Bairro La Boca, onde você pode degustar a deliciosa pi-canha argentina feita no bafo e co-nhecer um verdadeiro museu a céu aberto.

E se você, assim como eu, é fã de futebol não pode deixar de visitar o “La Bombonera” o estádio do Boca Junior que recebeu esse apelido de-vido ao formato parecido com uma caixa de bombons.

O Tango é um show à parte, nin-guém pode dizer que conheceu Bue-nos Aires se não vibrou com o som de um bandoneon, mas tire um tem-pinho para ir a uma milonga, uma espécie de dança de salão que acon-tece nas ruas e praças, eu fui a uma no Bairro Belgrano, lá acontece no coreto da praça La Glorieta, a entra-da é gratuita, é só chegar e entra-dançar.

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cinemaníacos

por cineart

ELENCO: Tom Holland, Zendaya, Jake Gyllenhaal, Samuel L. Jackson, Cobie Smulders, Marisa Tomei, Jon Favreau, Mi-chael Keaton

DIREÇÃO: Jon Watts País: EUA

Gênero: Ação, Aventura, Comédia Duração: 130 min.

Distribuidor: Sony Pictures

ELENCO: Vozes de: Tom Hanks, Annie Potts, Patricia Ar-quette, Joan Cusack, Kristen Schaal, Tim Allen, Laurie Met-calf, Bonnie Hunt, Jodi Benson, Lori Alan, Jeff Garlin, Blake Clark, Bud Luckey

DIREÇÃO: Josh Cooley País: EUA

Gênero: Animação, Aventura, Comédia Duração: 100 min.

Distribuidor: Walt Disney Studios

O super-herói amigão da vizinhança embarca com seus melhores amigos Ned, MJ e o resto da turma para cur-tir férias na Europa. No entanto, os planos de Peter de deixar os feitos heroicos para trás por algumas semanas são rapidamente frustrados quando ele relutantemente aceita ajudar Nick Fury a descobrir o mistério por trás de diversos ataques de seres elementais que espalharam o caos pelo velho continente.

Woody sempre teve certeza sobre o seu lugar no mundo e que sua prioridade é cuidar de sua criança, seja Andy ou Bonnie. Mas quando Bonnie adiciona um relutante novo brinquedo chamado Garfinho ao seu quarto, uma aventura na estrada ao lado de velhos e novos amigos mostrará a Woody quão grande o mundo pode ser para um brinquedo.

homem aranha - longe de casa

TOY STORY 4

trailer

toque p ara a ssistir

trailer

toque p ara a ssistir

poster

toque p ara ver em al ta re soluçã o

poster

toque p ara ver em al ta re soluçã o Ir para o

cineart

Ir para o

cineart

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cinemaníacos

por cineart

ELENCO:

Giulia Benite, Kevin Vechiatto, Laura Rauseo DIREÇÃO: Daniel Rezende País: Brasil Gênero: Animação Duração: 96 min. Distribuidor: Downtown/Paris

ELENCO: Seth Rogen, Donald Glover, Keegan-Michael Key, Chiwetel Ejiofor, James Earl Jones, Billy Eichner, Alfre Woodard, Beyoncé, Eric André, Florence Kasumba, John Kani, John Oliver, JD McCrary, Shahadi Wright Joseph DIREÇÃO: Jon Favreau

País: EUA

Gênero: Aventura, Família, Fantasia, Live-Action

Duração: 118 min.

Distribuidor: Walt Disney Studios

Floquinho, o cachorro do Cebolinha, desapareceu. Ele desenvolve um plano infalível para resgatar o cãozinho, mas para isso vai precisar da ajuda de seus fiéis amigos: Mônica, Magali e Cascão. Juntos, eles irão enfrentar de-safios e viver grandes aventuras para levar Floquinho de volta para casa.

O Rei Leão, da Disney, dirigido por Jon Favreau, retrata uma jornada pela savana africana, onde nasce o futuro rei da Pedra do Reino, Simba. O pequeno leão que idolatra seu pai, o rei Mufasa, é fiel ao seu destino de assumir o reinado. Mas nem todos no reino pensam da mesma maneira. Scar, irmão de Mufasa e ex-herdeiro do trono, tem seus próprios planos. A batalha pela Pedra do Reino é repleta de traição, eventos trágicos e drama, o que acaba resultando no exílio de Simba. Com a ajuda de dois novos e inusitados amigos, Simba terá que crescer e voltar para recuperar o que é seu por direito.

TURMA DA MÔNICA - LAÇOS

O REI LEÃO

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ELENCO: Omar Sy, Lionel Louis Basse, Fatoumata Diawa-ra, Germaine Acogny, Alibeta, Gwendolyn Gourvenec, Ab-doulaye Diop, Ismaël Charles Amine Saleh

DIREÇÃO: Philippe Godeau País: França, Senegal

Gênero: Comédia, Drama Duração: 103 min.

Distribuidor: California Filmes

ELENCO

Vozes de: Patton Oswalt, Eric Stonestreet, Kevin Hart, Lake Bell, Dana Carvey, Hannibal Buress, Bobby Moynihan, Tif-fany Haddish, Kylie Hart

DIREÇÃO Chris Renaud País: EUA

Gênero: Animação, Aventura, Comédia Duração: 86 min.

Distribuidor: Universal Pictures

Em seu vilarejo no norte do Senegal, Yao é um garoto de 13 anos de idade disposto a tudo para encontrar o seu herói: Seydou Tall, um famoso ator francês. Convidado a promover o seu novo livro em Dakar, Tall retorna ao país de origem pela primeira vez. Para realizar o seu sonho, o jovem Yao prepara uma fuga e atravessa 387 quilômetros sozinho até a capital. Comovido com este jovem, o ator decide fugir às obrigações e acompanhá-lo de volta à sua casa. No entanto, pelas estradas empoeiradas e incertas do Senegal, Tall compreende que ao se dirigir ao vilarejo do garoto, ele também parte ao encontro de suas raízes.

Pets - #AVidaSecretaDosBichos2 continuará o sucesso de 2016 sobre as vidas que nossos animais de estimação levam quando saímos para o trabalho ou para a escola todos os dias.

Jornada da Vida

Pets 2 - A vida secreta dos Bichos

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ELENCO: Billy Magnussen, Will Smith, Naomi Scott, Na-sim Pedrad, Mena Massoud, Marwan Kenzari, Numan Acar, Kamil Lemieszewski, Adam Collins, Navid Negahban, Bern Collaço

DIREÇÃO: Guy Ritchie País: EUA

Gênero: Aventura, Família, Fantasia, Live-Action

Duração: 128 min.

Distribuidor: Walt Disney Studios

ELENCO

Vera Farmiga, Mckenna Grace, Patrick Wilson, Emily Bro-bst DIREÇÃO Gary Dauberman País: EUA Gênero: Terror Duração: 106 min.

Distribuidor: Warner Bros.

Uma emocionante adaptação em formato live-action do clássico de animação da Disney, `Aladdin´ é a empolgan-te história do adorável ladrãozinho Aladdin, da corajosa e determinada Princesa Jasmine e do Gênio, que pode ser a chave para o futuro deles.

Determinados a impedir que Annabelle crie ainda mais caos, os demonólogos Ed e Lorraine Warren trazem a bo-neca possuída à sala de artefatos que fica trancada em sua casa, isolada em um local `seguro´, protegida por um vi-dro sagrado e com a benção de um padre. Porém, o que os espera é uma noite de horror, à medida que Annabelle des-perta os espíritos malignos na sala, que voltam suas aten-ções a um novo alvo – a filha de 10 anos dos Warrens, Judy, e suas amigas.

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anabelle 3 - de volta pra casa

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