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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS INSTITUTO DE CIÊNCIAS DO MAR GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS AMBIENTAIS THALITA MELO PONTES

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DO MAR GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS AMBIENTAIS

THALITA MELO PONTES

CARACTERIZAÇÃO DA ATIVIDADE E PERCEPÇÕES DOS ASSOCIADOS DO PROJETO DE CARCINICULTURA FAMILIAR DA ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA

DE PRODUTORES DE PARAJURU.

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THALITA MELO PONTES

CARACTERIZAÇÃO DA ATIVIDADE E PERCEPÇÕES DOS ASSOCIADOS DO PROJETO DE CARCINICULTURA FAMILIAR DA ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA

DE PRODUTORES DE PARAJURU.

Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Ciências Ambientais do Instituto de Ciências do Mar da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharela em Ciências Ambientais.

Orientador: Prof. Dr. Marcelo de Oliveira Soares.

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A Deus e Nossa Senhora

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AGRADECIMENTOS

À Deus e Nossa Senhora, que me deram perseverança e forças quando eu achava que não as tinha mais, e que proporcionou pessoas incríveis para me ajudar.

Aos meus pais Auricelio e Cleia, por todo o amor incondicional, incentivo, apoio, carinho e dedicação, por ser minha força mesmo diante das dificuldades, e a quem devo tudo o que sou.

Aos meus irmãos, a minha avó e a toda a minha família que estão sempre torcendo pelo o meu sucesso.

À minha irmã Thayse, que mesmo distante, sempre se fazer tão presente na minha vida, me dando forças e torcendo pelo o meu sucesso.

À minha irmã Neide, pela a paciência com os meus estresses e pela a força nas horas de cansaço.

Ao Prof. Dr. Marcelo de Oliveira Soares, pela excelente orientação.

Aos professores participantes da banca examinadora, Prof. Dr. Fábio de Oliveira Matos e Prof. Dra. Ana Maria Ferreira dos Santos, pela disponibilidade e pelas valiosas colaborações e sugestões.

Aos meus amigos do Laboratório de Plâncton do Instituto de Ciências do Mar, pela ajuda, companheirismo e amizade.

Ao Júnior, por toda a compreensão, paciência e carinho.

Aos meus amigos, que me deram forças, apoiaram em meio as angústias e alegrias e sempre estiveram sempre comigo.

Aos meus colegas de graduação, pelas dificuldades e alegrias compartilhadas durante esses 4 anos.

Ao Edivan, membro da diretoria do Projeto de Carcinicultura Familiar, por ter me ajudado prontamente com a coleta de dados.

A todos aqueles que entrevistei, agradeço a acolhida e gentileza.

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RESUMO

A carcinicultura familiar ainda é pouco estudada, apesar de sua importância socioambiental. Como estudo de caso buscou-se analisar o projeto de Carcinicultura familiar localizado na Vila Coaçu, distrito de Parajuru no município de Beberibe, com foco na percepção ambiental dos associados sobre a importância do manguezal e estuário, possíveis problemas ambientais e sobre a gestão ambiental executada na associação comunitária. Para tanto, optou-se por uma abordagem qualitativa e quantitativa, com realização de entrevistas semiestruturadas para 30 associados, seguindo o modelo de técnica conhecido como “snowball”. Os resultados do perfil socioeconômico indicam que a maioria dos entrevistados são do sexo masculino e residem na comunidade a mais de 17 anos. Referente a importância do manguezal e estuário a maioria dos entrevistas conhecem a importância do manguezal e se interessam por temas relacionados ao meio ambiente, segundo os associados a atividade de carcinicultura não interfere na dinâmica do estuário, desde que realizado o manejo adequado. O esgoto é considerado como a atividade mais prejudicial ao estuário do Piranji. Referente aos conflitos, a maioria não apontou nenhuma atividade conflitante (seja interna ou externa). As entrevistas apontaram que a maior dificuldade para a gestão da carciniciultura comunitária é de ordem financeira seguida por doenças no camarão. A maioria respondeu que o tema importância e preservação do estuário é discutido nas reuniões da associação, sendo que destacam a importância dos planos de ações ambientais, do licenciamento ambiental e da importância da reserva legal. Entre as alterações ou intervenções para melhoria na comunidade, os associados destacaram a geração de emprego e a necessidade de investimento na associação para beneficiamento do camarão visando melhorar a renda. Por não existirem muitos projetos de carcinicultura familiar, é necessário o desenvolvimento de mais pesquisas a nível mundial e nacional que visem entender as condições da relação comunidade x associação x meio ambiente, bem como os riscos e potencialidades associada a esta atividade.

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ABSTRACT

Family shrimp farming is still little studied, even though it has great socioenvironmental importance. As a study case, we tried to analyze the project of a familiar Shrimp farming located in Vila Coaçu, district of Parajuru in the municipality of Beberibe. The present research aimed to analyze the environmental perception of the shrimp farming association members regarding the importance of the mangrove and estuary, possible environmental problems and about the environmental management carried out in the community association. Therefore, a quantitative and qualitative approach was chosen, with semistructured interviews for 30 associates, following the technique known as "snowball". The results of the socioeconomic profile indicate that the majority of the interviewees are males and live in the community for more than 17 years. Regarding the importance of the mangrove and estuary, the majority of the interviewees know the importance of mangroves, and are interested in environmental issues according to the answered that shrimp farming activity does not interfere in estuary dynamics as long as the proper management is performed. Sewage is considered of the associates as the most damaging activity to the Piranji estuary. Regarding the conflicts, the majority did not indicate any conflicting activity (either internal or external). The interviews pointed out that the greatest difficulty for the management of the community Shrimp farming is financial followed by shrimp diseases . The majority answered that the topic of importance and preservation of the estuary is discussed in the meetings of the association, the majority highlighting the importance of environmental action plans, environmental licensing and the importance of legal reserve. Among the alterations or interventions to improve the community, the associates highlighted the generation of employment and the need for investment in the association in order to benefit the shrimp processing to improve the income. Since there are not many projects for familiar shrimp farming, it is necessary to develop more research at the global and national levels to understand the conditions of the relationship between community, environment, and the members of the shrimp association. As well as the risks and potentialities associated with this activity.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Mapa de Localização...20 Figura 2 – Rua da Vila Coaçu...21 Figura 3 – Área utilizada pelos associados para a carcinicultura.A:Viveiro seco;

B: Viveiro cheio; C: Saída da despesca; D: Canal de Despesca...22 Figura 4 – Sede da Associação Comunitária de Produtores de Parajuru...23 Figura 5 – Fluxograma Metodologia...24 Figura 6 – Tanque seco devido ao vírus da mancha branca. O dinheiro investido

pela família que gerencia o viveiro fica difícil de ser recuperado...30 Figura 7 – Existem planos de ação para prevenir e/ou minimizar os impactos

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Resultados Socioeconômicos...25 Tabela 2 – O que você acha que prejudica mais o estuário?...29 Tabela 3 – Quais as dificuldades encontradas na carcinicultura familiar?...30 Tabela 4 – Quais intervenções ou alterações poderiam ser realizadas

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABCC – Associação Brasileira de Criadores de Camarão

ACPP – Sede da Associação Comunitária de Produtores de Parajuru APP – Área de Preservação Permanente

CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente EIA – Estudo de Impacto Ambiental

FAO – Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura FUNCEME – Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística MMA – Ministério do Meio Ambiente

SEMACE – Superintência Estadual do Meio Ambiente TCC – Trabalho de Conclusão de Curso

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 12

1.1 Estuário e Manguezal... 12

1.2 Carcinicultura e o Manguezal no Brasil... 14

1.3 Percepção Ambiental... 17

2 OBJETIVOS... 19

2.1 Objetivo Geral ... 19

2.2 Objetivos Específicos ... 19

3 MATERIAL E MÉTODOS... 20

3.1 Localização e caracterização da área de estudo... 20

3.2 Metodologia... 23

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO... 25

4.1 Perfil Socioeconômico... 25

4.2 Importância do Manguezal e Estuário... 27

4.3 Impactos e Conflitos ... 28

4.4 Gestão Ambiental... 30

5 CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS... 34

REFERÊNCIAS ... 35

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INTRODUÇÃO

1.1 Estuário e Manguezal

Os estuários nas regiões tropicais são ambientes de grande complexibilidade e zonas ecologicamente importantes, nos quais a implantação desordenada de uma série de atividades econômicas tem causado uma grande variedade de impactos ambientais negativos (VALIELA; BOWEN; YORK, 2001; SCHAEFFER-NOVELLI et al., 2016). Esses ambientes tem elevada importância para a sociedade e a natureza, por conter recursos naturais e prover serviços ecossistêmicos. Estes incluem a captura de carbono, controle de inundações e erosão, além da sobrevivência de diversas espécies de peixes, crustáceos, moluscos e outros organismos (GODOY, 2015). Considerando essa importância, vale salientar a necessidade da preservação dos recursos naturais, bem como a compreensão dos processos que condicionam a dinâmica desse ecossistema. Assim faz-se necessário a criação de mecanismos de gestão que garantam a preservação dos estuários (ALMEIDA et al., 2016; SILVA, 2000).

Geograficamente os estuários do Nordeste brasileiro podem ser definidos como sendo uma região costeira parcialmente fechada, onde se tem o encontro e a mistura da água do mar e a água doce. São regiões que estão sujeitas à forte influência da bacia de drenagem do rio, onde em regiões equatoriais e tropicais possuem o ecossistema manguezal (SCHMIEGELOW, 2004; FERREIRA & LACERDA, 2016).

O ecossistema manguezal ocorre nas áreas tropicais do planeta, e é considerado um ambiente de extrema importância biológica, altamente produtivo, com elevada biodiversidade e riqueza de espécies ocorrente nas áreas estuarinas (FERREIRA & LACERDA, 2016). As comunidades de plantas desse ecossistema são diferentes de qualquer outra floresta tropical terrestre, devido às condições ambientais peculiares em que se estabelecem (SCHAEFFER-NOVELLI et al., 2016). A legislação brasileira considera a área de manguezal (com exceção dos apicuns e salgados que podem ser utilizados em atividades de carcinicultura e salinas, desde que observados os requisitos incluídos pela Lei nº 12.727, de 2012) como área de preservação permanente (APP) e são legalmente preservadas (Novo Código Florestal – Lei nº 12651/2012; Resolução CONAMA nº 004/95; Gerenciamento Costeiro – Lei nº 7.661/1988).

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suficiente sobre ela no Brasil, sendo essencial o desenvolvimento de estudos, pesquisas e desenvolvimento de técnicas, para a preservação dos ecossistemas e cumprimento da legislação brasileira (MMA, 2002; SCHAEFFER-NOVELLI et al., 2016). Na região semiárida ao longo do litoral nordeste esse ecossistema possui algumas propriedades particulares, estas são as condições climáticas associadas, águas oligotróficas marinhas, vazão de água doce controlada por barramentos e açudes, bem como a importância da pesca artesanal. Estas características tornam o ecossistema valioso ambientalmente e economicamente (LACERDA; MONTEIRO; SOUZA, 2005), sendo fundamental a gestão e conservação adequada.

O ecossistema manguezal é um dos ambientes mais ameaçados do mundo, e nas ultimas décadas perdeu pelo menos 35% da sua área, sendo superiores as às perdas de outros ambientes ameaçados como as florestas tropicais e os recifes de corais. Dentre outras agressões (assentamentos humanos, agrícolas, sobre-exploração de madeira e recursos pesqueiros, conversão em salinas), as práticas de piscicultura e principalmente cultivo de camarão (carcinicultura) também foram responsáveis por quase metade do desmatamento do mangue, em particular na América do Sul e Central e no Sudeste Asiático (VALIELA; BOWEN; YORK, 2001; McLEOD & RODNEY, 2006). Portanto, torna-se um ambiente ameaçado devido às condições climáticas adversas e a alta taxa de ocupação da zona costeira, através da carcinicultura, a expansão urbana, agricultura, dentre outras.

Devido a pressão antrópica sobre esse ecossitema, toda obra de engenharia pode causar impactos negativos ao ecossistema local, como exemplo: Construção de canais, construção de barreiras, taludes e/ou tanques, sedimentação por erosão do talude e descarga de efluentes. Além desses, outros de ordem externa (aumento do nível do mar e barragens para açudagem) podem potencializar a perda da biodiversidade, serviços ecossistêmicos e modificação do desenvolvimento dos bosques de mangue (OLIVEIRA & MATOS, 2007).

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vezes podem se encontrar localizadas inadequadamente em áreas onde deveriam ser preservadas (MESQUITA; FROTA; SOARES, 2012; QUEIROZ et al., 2013).

1.2 Carcinicultura e o Manguezal no Brasil.

Na década de 1970, a carcinicultura comercial teve seus primeiros passos no Brasil, com base em modelos importados do Equador, do Panamá e dos Estados Unidos, com intenso aprimoramento e validações, resultando na descrição de uma tecnologia adequada à realidade nacional. Através deste processo e avanço rápido em 3 décadas em 2003 o país conseguiu a condição de líder mundial no quesito produtividade (ABCC, 2011).

A partir dessa ampliação da carcinicultura no Brasil e no mundo, houve o rápido aumento no número de empreendimentos, e assim um movimento socioambiental e empresarial para a regularização e planejamento adequado da atividade. No Brasil a resolução nº 312/02 do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) é um dos principais instrumentos que regem procedimentos para a implantação e manutenção legal desses empreendimentos. Estabelecendo, por exemplo, a obrigatoriedade de Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e licenciamento ambiental (RIBEIRO et al., 2014) para a implementação e operação da carcinicultura.

A carcinicultura brasileira seja por falta de melhoria nas tecnologias ambientais ou modelos de gerenciamento adequados a cada território. Entretanto é possível conciliar essa atividade com viabilidade técnica, econômica, social e ambiental, manifestada principalmente na Região Nordeste. Haja vista sua contribuição na mitigação da pobreza, já que o cultivo tem um impacto positivo de ordem social e econômica nas regiões nas quais ele tem influência, podendo ser considerado gerador de renda e emprego (RIBEIRO et al., 2014).

Dentre os principais desafios para o desenvolvimento da atividade, Ostresky et al., (2008) destacou a solução dos conflitos ambientais, convivência com as epidemias de origem viral, e o acesso ao crédito para investimento na atividade. Entretanto, em termos de licenciamento ambiental, o processo precisa de gente especializada e serviço eficiente, cumprindo seu papel na manutenção do equilíbrio ambiental.

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para cultivo, sendo responsável por 94% da produção brasileira e em expansão. Além da condição ambiental favorável, a região foi a primeira em estudos técnicos e científicos que visaram à implantação e ao desenvolvimento da atividade no país (RIBEIRO et al ., 2014). Segundo dados do Censo de Carcinicultura Nacional de 2011, o estado do Ceará ocupa uma posição de destaque, em números de produtores (325), área de viveiro (6580 ha) e produção (31.982 ton) e produtividade de 4,860,8 kg/ha/ano (ROCHA; BORBA; NOGUEIRA, 2013).

É importante salientar que o Estado do Ceará possui condições climáticas favoráveis a produção de camarão, porém tem sido praticada em áreas sensíveis e de alta vulnerabilidade ambiental (estuários com manguezais). Dessa forma problemas ambientais tais como o avanço constante da ocupação das terras, mudanças na geomorfologia e escoamento dos rios, degradação de canais, hipersalinidade, emissão de efluentes e poluentes da carcinicultura, poderão comprometer, em curto prazo, a sustentabilidade ambiental e econômica da própria carcinicultura (SOARES et al., 2011).

O desenvolvimento dessa atividade é autorizado segundo o Novo Código Florestal em áreas de apicum e salgados, desde que observado alguns requisitos que são encontrados na Lei 12.727 de outubro de 2012, um deles é:

III - licenciamento da atividade e das instalações pelo órgão ambiental estadual, cientificado o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA e, no caso de uso de terrenos de marinha ou outros bens da União, realizada regularização prévia da titulação perante a União;

A carcinicultura no estuário do Rio Piranji (Litoral leste do Ceará), presente ao longo de suas margens vem contribuindo significamente para aumento da erosão (PAULA et al., 2007). A prática citada possui uma relação direta com o ecossistema, e se não desenvolvida com auxilio de um manejo adequado, pode acarretar modificações ambientais como perda de recursos, desmatamento da vegetação e poluição das águas (MESQUITA; FROTA; SOARES, 2012). Assim, com o objetivo de um desenvolvimento sustentável, se tornam indispensáveis pesquisas técnico-cientificas e a elaboração de políticas ambientais para melhorar o manejo de ecossistemas costeiros com presença de cultivo de camarão.

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sustentabilidade desta atividade. A carcinicultura é uma atividade que possui relações diretas com o ecossistema, portanto para garantir o desenvolvimento sustentável no setor, tornam-se indispensáveis estudos e elaboração de políticas ambientais (ARAÚJO; CAMPOS; FEITOSA, 2008). Apesar da crescente produção de conhecimento científico sobre a carcinicultura nas últimas 2 décadas, existe uma escassez de estudos referentes a carcinicultura familiar. Este decorre do fato de que a maioria dos pesquisadores analisa grandes empreendimentos de cultivo de camarão com perfil empresarial, onde existem poucos proprietários.

A carcinicultura familiar é composta por aquicultores com base familiar ou comunitária, onde é necessária organização para conseguir escala de produção e obter mercado. É fundamental o apoio das associações dos produtores e uma base comunitária para atingir esse objetivo, trabalhando em sistema cooperativo comprando insumos e vendendo a produção em conjunto (OSTRENSKY et al., 2008).

O trabalho social desenvolvido por meio da atividade da carcinicultura marinha é inserido com novas tecnologias de utilização dos recursos naturais. Portanto, essas novas relações sociais e econômicas acabam gerando pontos positivos, como uma renda de subsistência para as famílias envolvidas, porém pontos negativos como a degradação da vegetação local no caso de falta de planejamento e gestão da atividade (RODRIGUES & KELTING, 2010).

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1.3 Percepção Ambiental

A preocupação global com a temática ambiental nas zonas costeiras vem sendo desenvolvida principalmente após os anos 60, devido a degradação ambiental e a queda da qualidade de vida (MALAFAIA & RODRIGUES , 2009). Com a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92), realizada na cidade do Rio de Janeiro em 1992, os assuntos ambientais vem se tornando pauta comum e prioritária (FERNANDES et al., 2004).

Assuntos relativos ao meio ambiente, como os impactos nos manguezais, são constantemente abordados pelos meios de comunicação. Tornando a questão ambiental ainda mais presente a cada dia, diante da pressão humana sobre os ecossistemas costeiros. A participação da comunidade é de grande importância frente aos problemas ambientais, por meio de estímulos a sensibilização, compreensão e mudança de comportamentos, valores e hábitos. (COSTA & SANTOS, 2015)

Neste contexto o estudo da percepção ambiental é necessário para se ter uma compreensão sobre as inter-relações entre o homem e o ambiente costeiro (como os manguezais) no qual ele vive e/ou interage. Deve-se além do entendimento, promover uma sensibilização, consciência, bem como o desenvolvimento de compreensão do ambiente ao seu redor (MELAZO, 2005).

Segundo Filho & Fernandes (2010):

As características de um grupo de pessoas pertencentes a um mesmo meio social concedem ao indivíduo, membro deste grupo, uma identidade cultural, algo que o torne parte, ou melhor, par, igual. Essa identidade cultural se mostra de diferentes formas, dentre elas através de símbolos que representem ideias em comum (p. 47).

Pedroza Junior et al. (2002) abordam a importância do manguezal, de sua preservação e a percepção do ambiente pelos jovens. Apesar da relevância do assunto, poucos estudos abordam o tema percepção ambiental com carcinicultures e o ecossistema manguezal. Assim,pode-se observar a necessidade de promover estudos de percepção ambiental em áreas de manguezal, no qual se desenvolvam projetos de carcinicultura, incluindo projetos de cunho comunitário ou familiar.

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relevância desta percepção serve para indicar lacunas existentes em um possível modelo de gestão ambiental (RODRIGUES et al., 2012).

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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Analisar a percepção ambiental dos associados ao Projeto de Carcinicultura Familiar no estuário do Rio Piranji (Ceará, Nordeste do Brasil) sobre a importância do manguezal e estuário, possíveis problemas ambientais e a gestão ambiental da associação comunitária.

2.2 Objetivos Específicos

 Analisar o perfil socioeconômico dos associados de um projeto de Carcinicultura Familiar;

 Verificar os impactos ambientais no estuário percebidos pelos associados;  Analisar os mecanismos de gestão do projeto de Carcinicultura Familiar

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3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Localização e caracterização da área de estudo

A área em estudo está localizada próximo ao estuário do Rio Piranji, a 110km de Fortaleza, e situada em partes no município de Fortim e Beberibe, no litoral leste do Ceará (Nordeste do Brasil) Anteriormente existiam salinas presentes no entorno do Estuário do Piranji que causaram um forte desmatamento, e após o abandono da atividade, a área do estuário possui forte antropização com presença de portos, núcleos urbanos, carcinicultura e áreas de manguezal em desenvolvimento. Destaca-se, grande quantidade de fazendas de camarão, áreas com salinas desativadas e alguns loteamentos (CARVALHO et al., 2003).

A maioria das fazendas de camarão no estuário do Rio Piranji é de caráter empresarial. A única exceção é um projeto de carcinicultura familiar ou comunitária, com sede na Vila Coaçu. Esta vila (Figura 2) está localizada no distrito de Parajuru, município de Beberibe, onde encontra-se a Associação Comunitária de Produtores de Parajuru (ACPP) que possui o projeto de Carcinicultura Familiar(Figura 1). Este projeto está situado aproximadamente a 300 m da foz do Rio Piranji com uma área de 43,69 ha de viveiros, além de canal de drenagem, despesca, diques, apicum/salgado (Figura 3) e os 20% referentes a Reserva Legal (ACPP, 2014).

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Fonte: Google Earth (2016).

Figura 2: Rua da Vila Coaçu.

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22 Figura 3: Área utilizada pelos associados para o carcinicultura. A: Viveiro seco; B: Viveiro cheio; C: Saída da despesca; D: Canal de despesca.

Fonte: Autoria própria (2016).

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23 Figura 4: Sede da Sede da Associação Comunitária de Produtores de Parajuru.

Fonte: Autoria própria (2016).

No início cada 0,5 hectare era gerenciado por família com o objetivo de contemplar a comunidade como um todo. Entretanto, ao longo do tempo foi ocorrendo desistências principalmente devido ao fator financeiro. Atualmente (2016) o projeto agrega 65 famílias e possui 75 associados, contando com 39 viveiros utilizados pelas famílias para produção de camarão (Edivan, Diretor da Associação, comunicação pessoal). O licenciamento ambiental é único, encontra-se vigente e foi executado pela SEMACE (Superintendência Estadual do Meio Ambiente).

3.2 Metodologia

O trabalho foi dividido em três etapas, com o objetivo de se obter uma melhor análise dos dados e assim uma melhor discussão sobre os resultados. As etapas foram divididas em: 1° revisão Bibliográfica, 2° aplicação de questionários, e a última (3°) foi a análise das respostas (Figura 5).

A primeira etapa do trabalho teve por base a revisão bibliográfica, que foi constituída por pesquisas em livros, artigos, trabalhos de conclusão de curso, teses e dissertações, estudos e relatórios feitos por entidades governamentais como exemplo a FUNCEME (2007). A fim de se ter um suporte científico para complementar os conhecimentos adquiridos no local (GOMES et al., 2009).

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visando possibilitar a análise dos dados em frequência (%). Ressalta-se que 90% dos entrevistados residem na comunidade desde que nasceram assim dando maior validade as respostas. As entrevistas foram realizadas em agosto e outubro de 2016 totalizando 30 questionários aplicados (APÊNDICE). Este número amostral é representativo considerando que o número de associados é de 75. As entrevistas seguiram o modelo de

técnica conhecido como “snowball” (BALDIN & MUNHOZ, 2011; DEWES, 2013). Com base nos questionários, foram analisadas as respostas visando construir um diagnóstico sobre a percepção ambiental da comunidade sobre o ambiente, os impactos que possivelmente interferem no estuário e o modelo de gestão da carcinicultura comunitária. Este delineamento metodológico buscou responder as perguntas elaboradas nos objetivos do TCC.

Figura 5: Fluxograma Metodologia.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 Perfil socioeconômico

Os resultados indicam que a maioria (73%) dos associados é do sexo masculino (Tabela 1). Esta tendência é observada em outros trabalhos (CARVALHO & FONTES, 2007; NOGUEIRA, 2006), constituindo a carcinicultura (seja familiar ou empresarial) uma atividade predominantemente masculina, provavelmente ao fato de se ter uma divisão de tarefas onde as mulheres praticam a mariscagem como ajuda na fonte de renda e cuidam dos seus filhos e casas. Segundo Vasconcelos et al., (2012) as pesquisas tem sugerido que a desigualdade de gênero é um fator comum na divisão do trabalho dentro da atividade pesqueira na zona costeira, seja de captura de recursos ou cultivo de organismos aquáticos.

Tabela 1: Resultados Socioeconômicos

CARCINICULTORES

Idade

23-39 50%

40-53 26,7%

60-75 23,3%

Sexo

Masculino 73%

Feminino 27%

Estado Civil

Solteiro(a) 43%

Casado(a) 47%

Outros 10%

Grau de Instrução

Nunca estudou 3,33%

Até 8° série incompleta do 1°

grau(ensino fundamental) 37%

Ensino fundamental e médio 53%

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Fonte: Elaborada pela Autora (2016).

Os resultados (Tabela 1) sugerem que a maior parte dos associados encontra-se na faixa etária entre 23-39 anos. Resultado similar também foi encontrado por Nogueira (2006) onde a maioria da população, por faixa etária, dos cinco distritos abrangidos pelos empreendimentos de Carcinicultura, em Aracati – Ceará, teve de 20 a 39 anos. Os resultados destacam a população em fase produtiva, que necessita de uma ocupação/trabalho. A maioria dos associados (90%) vivem a mais de 17 anos na comunidade, com apenas 10% tendo vivido entre 11 a 17 anos na região . Os dados indicam que a comunidade, mesmo com as dificuldades que serão relatadas mais adiante, permaneceu na região por se tratar de uma comunidade tradicional que sempre utilizou dos recursos naturais para sobrevivência (ex: pesca, captura de mariscos e caranguejos, e recentemente criação de camarões). Os resultados (Tabela 1) indicam que 53% dos entrevistados possuem ensino fundamental e médio completo. Comparando com a média da região Nordeste do Brasil do IBGE, (2010) onde somente 20,5% das pessoas com 10 anos ou mais de idade tem médio completo e superior incompleto. Assim,os resultados encontrados para a carcinicultura familiar estão acima da média regional de escolaridade.

No que se refere a renda familiar, os resultados sugerem que metade dos associados (50%) tem renda constituída de 1 a 2 salários mínimos. Estes valores demonstram que os associados encontram-se aproximadamente na média regional, onde a renda mensal domiciliar per capita da população residente no Ceará é R$ 681,00 (IBGE, 2015). Passareli (2013) analisando a população dos municípios ao entorno do manguezal do rio Paraíba do Sul, encontrou que rendimento mensal da população

Superior Completo 3,33%

Renda Familiar

Até ½ salário mínimo 20%

Mais de ½ a 1 salário mínimo 20% Mais de 1 a 2 salários mínimos 50% Mais de 2 a 3 salários mínimos 4% Mais de 3 a 5 salários mínimos 6% Tempo que mora no município

11-17 10%

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amostrada (cerca de 50% do total de entrevistados), possuia renda mensal de 1 a 2 salários mínimos. Já na comunidade de carcinicultura comunitária da Requenguela no município e Icapuí (REIS, 2008), foi encontrada uma renda inferior a de 1 a 2 salários mínimos.

4.2 Importância do manguezal e estuário.

De acordo com os resultados cerca de metade dos associados (46,7%) disseram que a carcinicultura não tem interferência no estuário, desde que sejam cumpridas as leis ambientais e o licenciamento ambiental. Entretanto, no estudo do IBAMA (2005) foi visto que no estuário do Rio Piranji se tem 39 empreendimentos ao todo entre eles empresariais e o projeto familiar e desses 43,6% se encontram em situação de licenciamento irregular em área de manguezal. O projeto de carcinicultura comunitária possui situação de licenciamento regular pela SEMACE e por isso os associados tem a visão de que a atividade possa ser desenvolvida sustentavelmente e conforme a legislação ambiental vigente. No questionário aplicado o questionamento foi geral, em relação aos empreendimentos como um todo.

Um número reduzido (13,3%) de associados observaram que a carcinicultura poderia interferir na dinâmica ecológica do estuário, porém que seria dependente do manejo efetuado (por exemplo, descarga direta do efluente sem tratamento para o rio). A maioria dos estudos relacionados ao cultivo de camarão na literatura aborda o impacto da falta de tratamento dos efluentes na qualidade da água (HATJE et al., 2016; RIBEIRO et al., 2016). Ribeiro et al., (2014) abordaram que os efluentes liberados pela carcinicultura sem tratamento prévio estão relacionados a maioria dos problemas ambientais associados a carcinicultura.

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importante seria servir como fonte de alimento para o Homem. Isto demonstra um alto grau de conhecimento ecológico dos associados a carcinicultura familiar, possivelmente por verem a dependência da sua atividade com a qualidade ambiental do manguezal e pelas ações de educação ambiental nas reuniões da associação, os quais são abordados mais adiante.

Em se tratando da importância do estuário, 100% dos associados o consideram importante, e 90% deu a nota de importância máxima (5), e os outros 10% deram notam inferior a 5. A importância do conhecimento ecológico tradicional na gestão dos ambientes costeiros observa que as comunidades conhecem a dinâmica do ecossistema e das espécies, desenvolvendo um conhecimento que foi transmitido através de gerações, o que aumenta a sua importância (KALIKOSKI; ROCHA; VASCONCELLOS, 2006). É necessária a valorização desse conhecimento ambiental de outros grupos como as marisqueiras e as comunidades tradicionais para que seja aproveitado pelos tomadores de decisão e pelas políticas públicas (DIAS; ROSA; DAMASCENO, 2007; FREITAS et al., 2012).

Nos resultados sobre o grau de interesse em assuntos relacionados ao meio ambiente 80% se interessam muito sobre o assunto, 10% se interessam pouco e apenas 10% não se interessa. Atualmente, por ser uma atividade que usa intensamente os recursos naturais e depende da qualidade ambiental da água, a carcinicultura tem o desafio de crescer de maneira sustentável devendo ter como princípios a sustentabilidade técnica, socioeconômica e ambiental. Este novo modelo de carcinicultura sustentável é imprescindível para que, se possa ter a redução dos impactos socioambientais e a própria sustentabilidade da atividade (TAHIM, 2009). 4.3 Impactos e Conflitos

(30)

29

Tabela 2: O que você acha que prejudica mais o estuário?

Fonte: Elaborada pela Autora (2016).

No caso da carcinicultura familiar, 60% responderam que não existiam conflitos externos no projeto da ACPP, enquanto 40% disseram que “sim”. Estes conflitos seriam decorrentes de disputas com comunidades próximas, com a prefeitura, especuladores imobiliários, e de viveiros clandestinos que desmatam e não respeitam a legislação ambiental e as recomendações feitas no processo de licenciamento pela SEMACE.

A questão sobre conflitos socioambientais na carcinicultura, geralmente acontece quando grandes empresas querem se instalar em locais com comunidades tradicionais, como exemplo da Comunidade do Cumbe, que sofre com invasão do seu território e impactos decorrente da carcinicultura empresarial (PINTO et al., 2014). Como exemplo a contaminação do rio Jaguaribe, privatização da água e das terras públicas de uso comum, gerando impactos socioambientais importantes. E, em conjunto com outros impactos cumulativos, podem interferir na fonte de subsistência das comunidades que dependem dos manguezais. (QUEIROZ et al., 2013). A falta de planejamento ambiental nas zonas costeiras aliado aos usos múltiplos (como no caso do Rio Piranji) pode induzir a geração de conflitos pelos recursos naturais e diversos grupos interessados.

Atividades

Criação de camarão 10%

Pesca 3,3%

Turismo 6,7%

Salinas 10%

Esgotos 56,7%

Outros (Interferência do homem e desmatamento do manguezal)

(31)

30

4.4 Gestão Ambiental

A maior dificuldade apontada pelos carcinicultores foi de ordem financeira (53,3%) para a gestão da carcinicultura familiar o que incluiu dificuldade para empréstimos, linhas de créditos específicas, altos custos com licenciamento e monitoramento ambiental, bem como falta de investimento na infraestrutura do entorno como saneamento básico (Tabela 3). Em segundo lugar tem-se as doenças que afetam a espécie de camarão cultivada (Litopenaeus vannamei), como o vírus da mancha branca (Figura 6). Segundo Negreiros e Santos, (2015) as doenças virais constituem o principal problema enfrentado pelas fazendas de cultivos de camarões, já que seu diagnóstico é mais difícil e não há formas de tratamento após a infecção instalada. As doenças levam a perda da produção, e dificuldade para obter o dinheiro investido, o que leva a geração de dívidas das famílias que já são afetadas pela baixa renda, conforme demonstrado nos dados do perfil socioeconômico.

Tabela 3: Quais as dificuldades encontradas no desenvolvimento na carcinicultura familiar ?

Dificuldades

Financeira 53,3%

Doenças do camarão

(Mancha Branca) 20% Qualidade da água 6,7% Compra de larvas/

Comércio

10%

Não sabe 10%

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31 Figura 6: Tanque seco devido ao vírus da mancha branca. O dinheiro investido pela família que gerencia o viveiro fica difícil de ser recuperado.

Fonte: Autoria própria (2016).

Na sua maioria (86,7%) os associados discutem sobre a importância da preservação do estuário nas reuniões da associação. Resultado semelhante foi abordado para as marisqueiras em Freitas et al., (2012), no qual em sua maioria frequentavam as reuniões e nelas eram abordada a importância dos recursos locais da comunidade. A associação desenvolve um papel importante com o projeto, com liderança e aprimoramento do desenvolvimento da atividade. Uma porcentagem menor ( 10%) não frequentam as reuniões e 3,3% disseram que não é abordado a importância da preservação do estuário nas reuniões da associação.

A preservação do mangue e a importância da reserva legal, esteve em destaque (43%), sobre os planos de ação. Possivelmente pelo fato de o projeto ter uma situação de licenciamento ambiental regular, onde é exigida a área de reserva legal e preservação do mangue. Porém, também observa-se que cerca de 1/3 dos associados (27%) desconhecem planos de ação para prevenir e/ou minimizar os impactos, o que denota a importância de educação ambiental continuada.

(33)

32

Fonte: Elaborada pela Autora (2016).

Mesmo a carcinicultura sendo uma alternativa local importante, a geração de empregos é necessária (Tabela 4), bem como investimento na associação como poder beneficiar o camarão na própria comunidade. Este decorre do processamento e armazenamento homogeneizado do camarão (SEABRA, 2011), garantindo que todo o lucro em cima deste seja para a carcinicultura familiar. De acordo com a opinião das marisqueiras a geração de emprego também seria a principal melhoria para a qualidade de vida da comunidade (FREITAS et al., 2012), sendo o extrativismos ou o cultivo uma renda alternativa.

Tabela 4: Quais intervenções ou alterações poderiam ser realizadas na comunidade para melhorar a qualidade de vida?

Intervenções

Geração de Emprego 26,7%

Apoio do governo 10%

União da comunidade 13,3% Investimentos na Vila Coaçu

(ex: saneamento básico)

10%

Investimento na Associação (beneficiamento, sede própria)

23,3%

Empresas e equipamentos 10%

Não precisa 6,7%

(34)

33

A carcinicultura familiar pode contribuir oferecendo oportunidade de crescimento e desenvolvimento, gerando negócio e emprego, bem como distribuindo renda de acordo com o desenvolvimento econômico-social do meio litorâneo. A carcinicultura mesmo sendo considerada potencialmente poluidora ao ambiente costeiro, se desenvolvida com boas práticas de manejo no cultivo, planejamento ambiental e participação da sociedade nas tomadas de decisões pode ser conciliada ao meio ambiente. Infelizmente, não existem muitas carniciculturas na condição familiar, dentre elas a ACPP conta com licenciamento ambiental, que é fundamental no processo de regularização da atividade, e distribuição da renda gerada com a atividade.

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34

5. CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS

Foi traçado um perfil socioeconômico dos associados da ACCP, onde de um modo geral, a maioria vive a bastante tempo na comunidade, possuem o ensino médio completo, e tem no sexo masculino o gênero predominante na atividade. Os associados possuem um conhecimento sobre as áreas utilizadas, e visualizam possibilidade de impactos (sem o devido manejo) da carcinicultura na degradação ambiental. A associação desempenha um papel de gestão do projeto, onde se pretende obedecer às diretrizes do plano de controle ambiental para evitar problemas nas fases para licenciamento ambiental, por meio de divulgação da importância do manguezal, e da área de reserva legal, entre outros planos. A análise da percepção ambiental foi executada e trouxe resultados interessantes para entender a carcinicultura familiar.

Essa carcinicultura de pequeno porte/familiar conta com uma precarização tecnológica e social, sendo de fundamental importância a inserção de inovações tecnológicas e programas sociais, a partir do apoio das Universidades, entidades governamentais, entre outros. A precarização tecnológica induz a falta de programas de biossegurança que levam a problemática das doenças que influência no retorno dos investimentos das famílias. Da mesma maneira que existem políticas públicas para a agricultura familiar, poderiam ser induzidas políticas para a carcinicultura familiar que cumpra os requisitos de distribuição de renda entre famílias de baixa renda, e respeito às políticas ambientais, como o licenciamento, monitoramento dos efluentes e reserva legal. Faz-se necessário implementar mecanismos inovadores com o objetivo de se desenvolver técnicas sustentáveis e minimizar os possíveis impactos gerados, como por exemplo, nas áreas de deságue dos efluentes com sistema de policultura com bivalves e algas.

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APÊNDICE

QUESTIONÁRIO (Perfil socioeconômico e ambiental) 1. Idade: ______

2. Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino 3. Estado civil:

( ) Solteiro (a) ( ) Casado (a) ( ) Outro: ______________ 4. Tem filhos? Sim ( ) Quantos?___ Não ( )

5. Quantas pessoas moram em sua casa? _________ 6. Qual seu grau de instrução?

( ) Nunca estudou

( ) Até a 4° série incompleta do 1° grau(ensino fundamental) ( ) 5° a 8° série incompleta do 1° grau(ensino fundamental) ( ) 1° grau completo (ensino fundamental)

( ) 2° grau Incompleto ( ) 2° grau Completo ( ) Superior Incompleto ( ) Superior Completo 7. Renda Familiar

( ) Até ½ salário mínimo

( ) Mais de ½ a 1 salário mínimo ( ) Mais de 1 a 2 salários mínimos ( ) Mais de 2 a 3 salários mínimos ( ) Mais de 3 a 5 salários mínimos 8. Quanto tempo mora no município?

( )1-5 ( ) 6-11 ( )11-17 ( )Mais de 17 anos 9. Você acha que sua atividade interfere no estuário? ( ) Sim, Porque?

( ) Não, Porque?

10. Você sabe a importância do manguezal? ( )Sim, Quais?

( )Não

11.Considera o estuário importante? Sim( ) Não( ). Que nota daria de 1 a 5(máximo)?____

12.Qual seu grau de interesse em assuntos relacionados ao meio ambiente? ( ) Muito ( )Pouco ( ) Não se interessa

13.O que você acha que prejudica mais o estuário? Porque? ( ) Criação de camarão

(44)

43

14.Quais as dificuldades enfrentadas no desenvolvimento da carcinicultura?

15.Já aconteceram conflitos externos com outras carcinicultoras pelo o território utilizado?

( ) Sim, Quais? ( ) Não

16.Nas reuniões da associação é discutido sobre a importância da preservação do estuário ?

( ) Sim ( ) Não ( ) Não frequenta as reuniões

17. Existem planos de ação para prevenir e/ou minimizar os impactos ambientais? ( )Sim. Quais?

( )Não.

Imagem

Figura 2: Rua da Vila Coaçu.
Figura 3: Área utilizada pelos associados para o carcinicultura. A: Viveiro seco; B: Viveiro cheio; C: Saída  da despesca; D: Canal de despesca.
Figura 4: Sede da Sede da Associação Comunitária de Produtores de Parajuru.
Figura 5: Fluxograma Metodologia.
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Referências

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