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Centro de Documentação Etnológica da FUNAI :: Brapci ::

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v. 7

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n.2 agosto 1979 Revista quadrimestral de divulgação da

Associação dos Arquivistas Brasileiros

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Conselho Editorial

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Eloísa Helena Rianj Marques Helena Corda Machado

J o d L á z m

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

de Souza Rosa

J o d P&IV Pinto Esposei Maria de Ia E. de Espaiia Iglesias Maria Luiza S. Dannemann

RedatomC hefe Marilena Leite Paes

Secretária

Maria Amélia Gomes Leite

Produção e Arte

Maity Comunicação Visual L tda.

C o m p o s W

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Serthel

Editora

I mprestão

Europa

-

Empresa Gráfica e Edit. Ltda. Publicidade

Maity Comunicação Visual Ltda. Rua Senador Dantas, 118 gr. 412/413 Tels.: 222-2436

20031 Rio de Janeiro- RJ

ASSOCI

AÇAO

DOS ARQUIVISTAS

B

RASI

L

El

ROS

Diretoria 197981

Presidente: Regina Alves Vieira

Vice-presidente: Rômulo Brügger

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l?

Secretário: Maria Amélia Gomes

20 Secretário: Maria de Fátima Vieira

10 Tesoureiro: Norma Viegas de Barros 29 Tesoureiro: Aurora Ferraz Frazão Conselho Deliberativo

Astréa de Moraes e Castro Gilda Nunes Pinto Helena Corrêa Machado J o d Pedm Pinto Espose1

Maria Luiza

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S.

Dannemann

Marilena Leite Paes M y r t h s Silva Ferreira Rauldo Rego Lima Wilma Schaefer Corrêa Suplentes

Hélio dos Santos Jaime Antunes da Silva Janine Resnikoff Diamante Maria Amélia Porto Migueis Martha Maria Gonçalves Maura Esândola Quinhões Conselho Fiscal

Arnaldo Barbosa Cruz Fernando Salinas Milton Machado Suplentes

Eloíka Augusta Vieira de Almeida Marilúcia Ribeiro da Silva

Roland

Leite

Lopes

Arquivo 81 Administração v. 1 - n. 0- 1972- Rio de Janeiro, Associação dos Arquivistas Brasileiros.

V. ilw. 28 cm quad r i mestra 1.

Publicação oficial da Associação dos Arquivistas Brasileiros

1. Arquivos

-

Periódicos. 2. Administração - Periódicos. I . Associação dos Arquivistas Brasileiros.

CDD 025.171

Este periódico está registrado na SCDP-SRIGB do DPF, sob o no 39710. 20.493146

editorial 3

resenha bibliográfica 4

estudos

desburocratização, a distensão que falta 5 projeto de montagem de um laboratório cie arquivo

9

centro de documentação etnológica da funai 12

entrevista

centro brasileiro

de informação'turística da embratur

16

informe 19

várias

papers de brasília: como acabar com a mania de sigilo 27

Correspondência para Arquivo & Administração Praia de Botafogo, 186 sala 8-21 7 22253 Rio de Janeiro

-

RJ Tel. : 246-6637

Preços de assinaturas

Sócios da AAB distribuição gratuita

Não sócios Cr$60,00

Exemplar avulso

ou atrasado I Cr$ 25,OO

Os

artigos assinados são de inteira responsabilidade dos respectivos autores e não expressam necessariamente o pensamento da Associação dos Arquivistas

Brasileiros ou dos redatores de Arquivo & Administmção. Permitida a reprodução de artigos desde que seja observada a ética autoral que determina a indicação da fonte.

Distribuição: AAB Desejamos permuta Deseamos permuta Nous desirons échange We are interest in exchange

ISSN 0100-2244

I 1

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estudos

desburocratização, a distensão que falta*

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hélio

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beltrão

**

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Extraído do Jornal

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do Brasil, Rio de Janeiro, 18 fev. 1979. Especial.

* * Ministro Extraordinário para Assuntos de Desburocratização. P. 3

É imperioso que o novo Governo reto- me vigorosamente a bandeira da des-

burocratização do Brasil.

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O assunto parece ter petdido prioridade depois

do intenso esforco inicial realizado de 1967 a 1969, por ocasião da deflagra-

cão da Reforma Administrativa. Alegra- nos verificar que o Presidente Figueire- do revela a disposição de retomar e

aproíundar aqueie esforco iniciai. Cumpre desde logo advertir que não estamos diante de um problema técni- co, a ser resolvido através de medidas de reorganização e racionalizacão admi- nistrativa, a cargo de técnicos e espe- cialistas.

A desburocratizacão do Brasil cons- titui, como veremos, uma proposição essencialmente política. Exige uma corajosa tomada de posição do Gover- no e envolve uma reforma radical na mentalidade dos governantes e admi- nistradores. Será necessário adotar im- portantes opções de natureza filosófi-

ca e varrer da Administração Pública uma série de preconceitos e hábitos arraigados, que são no fundo causado- res de seu gigantismo e emperramento. Por isso mesmo, terá de constituir uma preocupação fundamental do pró- prio Presidente. Se faltar essa condição, qualquer tentativa será infrutífera. Por outro lado, se for enfrentada com deci-

são, e se contar com o engajamento pessoal do Presidente, a desburocrati- zação poderá representar, por si só, um programa de Governo. Trata-se de tema eminentemente popular e de alto significado político, um dos POUCOS

em que existe amplo consenso na opi- nião pública. E constitui, provavel- mente, a maneira mais objetiva de asse- gurar o apoio do empresariado e a con- fiança dos humildes, que são as maio- res vítimas da burocracia governamen-

tal.

A burocracia onipresente

O acirrado debate que ultimamente se

travou neste país em torno do proble- ma da Estatização

-

debate que nem sempre primou pela objetividade

-

teve, a par de algumas conseqüências positivas, pelo menos uma claramente negativa: tendo concentrado as bate- rias sobre o problema da expansão e proliferação das empresas públicas, isto é, sobre o crescimento do Governo como Empresário, deixou de atentâr para um problema ainda mais preocu- pante

-

o incessante crescimento do Governo como Governo.

Desejo referir-me ao aumento des- mesurado da interferência do Governo na vida do empresário, que vem sendo submetido cada vez mais aos controles e regras estabelecidos pelo Governo.

Não se trata de problema novo. Há

cerca de 10 anos já afirmávamos que o "empresário brasileiro é uma ilha de iniciativa cercada de Governo por to- dos os lados". Ao longo do tempo, operou-se no Brasil uma progressiva concentração de poder normativo nas mãos do Estado, especialmente na Ad- ministração Federal, que vem amplian- do sua interferência, e, conseqüente- mente, expandindo extraordinariamen- t e sua dimensão.

A empresa privada tem hoje seu di- namismo e produtividade inegavelmen- t e afetados pela onipresente burocracia governamental. Dela passou a depen- der para as operações mais rotineiras, que estão sujeitas a uma infinidade de autorizações, licenças, permissões, in- formações e controles, inclusive sobre

os preços que pode praticar. Essa cres- cente dependência dos 6rgãos da Admi- nistração - Serviços, Departamentos, Comissões, Conselhos etc.

-

constitui,

a nosso ver, problema ainda mais preo- cupante do que a própria expansão da atividade do Estado como empresário, que tem merecido, no entanto, uma atenção incomparavelmente maior por parte dos empresarios e do Governo.

A asfixia burocrática não afeta ape- nas a grande empresa, mas, sobretudo,

(9)

acompanhar as rápidas mutações veri- ficadas no plano econômico e social. Entre 1967 e 1969 alguns milhares de decretos e atos de reorganização foram expedidos com esse objetivo em toda a área da Administração Federal.

Uma boa parcela do chamado "mi- lagre brasileiro" pode e deve ser acredi- tada a essa revolução silenciosa.

A delegação ao setor priwado

Merece ainda especial referência a in- clusão, no Decreto-lei 200, do impor- tante princípio da execução indireta, segundo o qual não deve o Estado exe- cutar diretamente aquilo que puder ser eficientemente contratado com o setor privado.

Boa parte de nosso tempo como Mi- nistro do Planejamento foi devotada ao esforço de implantar na Adminis- tração esse princípio, do maior alcan- ce para a contenção do processo de es- tatização. Com grande empenho pes- soal, e não pequena dificuldade, con-

seguimos incorporá-lo

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i3

regulamenta-

ção e operação de um sem número de órgãos e empresas federais. Hoje a maior parte dos grandes programas federais está na realidade sendo execu- tada pelo setor privado, que, em mui- tos

casos,

encontra na realização desses programasseu principal mercado. Aqui- lo que anteriormente constituía cons- pícua execução, como o programa ro- doviário, que há muitos anos já era in-

teiramente empreitado pelo DNER, passou a constituir regra quase geral. Para citar apenas alguns programas de grande dimensão, mencionem-se os de habitação e saneamento (BMH), a

orientação adotada para desenvolvi- mento da marinha mercante e das in- dústrias de construção naval, petro- química, de comunicações e bens de capital, o programa do Mobral e des- centralização que se vem verificando nas operações do próprio BNDE, que, a exemplo do BNH, se está converten- do nitidamente em banco de segunda I inha.

Esse importante aspecto da Refor- ma Administrativa - que procura con- ciliar o irreprimível crescimento da área pública com o fortalecimento da empresa privada - tem sido esquecido nos debates um tanto emocionais que se têm travado .sobre "estat izacão".

Em

busca do reequilíbrio federativo Outro aspecto do princípio da execu- ção indireta consagrado no Decreto-lei com os Governos locais, para o fim de transferir-lhes a execução de progra- mas e a utilização de recursos federais. O repasse de recursos entre Órgãos fe- derais e locais acelerou-se grandemente a partir da reforma, representando ho- je, na maioria dos casos, o grosso dos investimentos e dispêndios programa- dos pelos respectivos Governos.

Com essa xientação, buscou-se ate-

nuar o desequilíbrio existente na Fe-

deração, em decorrência do esvazia-

mento progressivo da autoridade e dos recursos próprios dos Estados e Muni- cípios.

De fato, ao longo do tempo,

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o Go-

verno federal, usando e abusando de sua competência constitucional, foi ocupando a maior parte da área ante-

riormente reservada

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A competência es-

tadual e municipal. Intrometeu-se na assistência médica, na construção de casas, no ensino, no abastecimento, praticamente em quase todos os cam- pos de atividade tradicionalmente lo- cais. Foi além: legislou tributariamente em relação a todos esses aspectos, o

que importou em excluir praticamente

a possibilidade de os Governos locais levantarem recursos com o mesmo ob- jetivo. Não cabe, nesta oportunidade, analisar a s causas e mecanismos que es-

tão na origem desse processo concen- trador. O certo é que os pequenos pro- blemas que afetam a vida diária do ci-

dadão, no vasto território nacional, deixaram de ser resolvidos pela autori- dade próxima, aquela que pode dar não a solução mais rápida como a mais adequada, peculiar ao caso. Estão cada vez mais sujeitos i3 demorada e

padronizada administração desse enor- me organismo centralizado que é a Administração Federal, que não dispõe da vivência local nem se sente premido pela proximidade do problema.

A solução desse grave problema é de índole constitucional, transcenden-

(10)

do o âmbito da Reforma de 1967. MaS é de justiça reconhecer que a acelera- ção de convênios e repasses tem contri- buído para minorar os inconvenientes desta situação.

Como se vê, a Reforma Administra- t i v a de 1967 alcançou importantes re- sultados no campo da descentralização de decisões, da flexibilidade de organi- zação e da execução indireta. Mas, ten- do perdido intensidade a partir de 1969, não chegou a realizar seus obje- tivos finais e mais profundos de simpli- ficação e desburocratização. Nesse campo, não houve tempo para retirar todos os resultados da ampla semeadu- ra que então realizamos.

Parece-nos chegada a hora de reto- mar a conceituação simplificadora e desburocratizante e, a partir daí, reali- zar a grande Reforma Administrativa que o p a í s espera, cujas repercussões políticas, econômicas e sociais serão imprevisíveis.

Nosso objetivo não deve ser apenas a desburocratização do Serviço Públi- co, e sim a desburocratização do pr6- prio Brasil.

Um roteiro para desburocratizar o Brasil

Com esse objetivo, e encorajados pelas recentes declarações do novo Presiden- te, gostaríamos de propor ao Governo João Baptista de Figueiredo o seguinte roteiro:

I. Colocar a desburocratização no primeiro plano das preocupações do Governo, sob a orientação e com o fir- me endosso do próprio Presidente.

II. Declarar, com nitidez, os princí- pios que passarão a nortear o compor- tamento da Administração em suas re-

Comecemos por transferir da vida particular para a vida pública o princí- pio da presunção da veracidade, que consiste em acreditar que as pessoas estão dizendo a verdade até prova em

contrário.

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I! preciso acreditar mais nas pessoas do que nos papéis; dar mais importân- cia ao fato do que ao documento.

Ora, sucede que o Brasil nasceu sob o signo do cartório, da ata, do registro e da certidão. Disto decorre uma certa

inclinação a só

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se

acreditar que uma

coisa realmente aconteceu depois que se transforma em documento escrito (a presença do defunto merece menos f é que a certidão de óbito). Essa ten-

. lações com o público.

dência foi exacerbada na administra- ção pública, onde prevalece o princí- pio

oposto

ao da presunção da verda- de. Perante a administração pública, suas leis e regulamentos, vigora a es- tranha presunção de que uma pessoa está sempre mentindo até prova em contrário.

Essa presunção mórbida conduz ao absurdo de exigir-se do honesto a pro- va de que não é desonesto; de atrope- lar-se o contribuinte com exigências fúteis; de exigir-se do trabalhador que perca dias de salário para produzir uma montanha de certificados, atestados e certidões, apenas porque é proibido acreditar no que ele diz.

Propomos que o atual "policial" se- ja substituído por um comportamento que poderíamos chamar de "atuarial". Consiste ele em aceitar conscientemen-

te, em troca da simplificação proces- sual e da agilização da confiança, dis- pensando documentos e certidões e

abolindo autorizações, aprovações, re- gistros e outros tipos de controles one- rosos e formais que foram criados para evitar a ocorrência excepcional de frau- des, que são, na verdade, inevitáveis.

Sabemos que a sociedade não é fei- t a de anjos. Não ignoramos que existe sempre alguém disposto a burlar a lei em proveito próprio. Mas também sa- bemos que os casos de fraude não constituem a regra, mas a exceção. Pa-

ra cada

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100 requerentes, pelo menos

95 estão agindo de boa fé e pagando injustamente o preço da desconfiança. Por outro lado, nenhum documento ou certidão consegue impedir a fraude

premeditada, que em geral

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é desco-

berta a posteriori. Quando o interessa- do é realmente desonesto, não há do- cumento que não possa ser falsificado nem controle que não possa ser con- tornado. Por outras palavras: a expe- riência nos ensina que O excesso de

exigências e controles prévios não con- segue evitar a ação do desonesto; serve apenas para dificultar a vida do ho- nesto.

A partir dessas premissas, claramen- t e endossadas pelo Governo, promo- ver-se-á a revisão das normas'vigentes na administração pública, suprimindo- se qualquer exigência de aprovacão, autorização, certidão, documento, atestado, visto, guia, averbação ou re- gistro que não resista ao teste da abso- luta necessidade.

Em certos casos, a abolição da exi-

gência far-se-á de forma gradual e ex- perimental, ficando sujeita a revisão com base em acompanhamento esta-

t ístico.

A abolição dos controles eminente- mente formais resultará automatica- mente na redução substancial da má- quina administrativa e do desperdício burocrático, o que deverá cobrir com ampla margem os riscos assumidos.

Esta será, a nosso juizo, a maneira correta de abordar o problema da desburocratização do país.

A abordagem incorreta consistirá em praticar, uma vez mais, o erro de tratá-la como um problema de orga- nização, a ser enfrentado apenas com medidas racionalizadoras de natureza técnica. O principal defeito dessa abor- dagem

-

que ignora a natureza essen- cialmente conceitual e política do pro- blema

-

é partir sempre do pressupos- to de que o controle sob exame é ne- cessário, sendo apenas preciso mnfe- rir maior eficiência ao órgão incumbi- do de exercê-lo. A verdadeira reforma implica em questionar a própria neces- sidade do órgão, a partir do exame da necessidade do controle.

Se determinado órgão do Governo não é necessário, o que é preciso não é racionalizá-lo, e sim extingui-lo. Mes- mo porque, se racionalizarmos o erro, será muito mais difícil suprimi-lo.

Desnecessário é dizer que o enfoque do risco calculado pressupõe, como contrapartida, a punição oportuna da- queles que se prevaleceram da disten-

são

para o alcance dos objetivos ilíci- tos. A falsidade e a fraude deverão ser exemplarmente punidas, mediante a

a p I i cação e eve ntu a I aperfeiçoa me nto da legislação vigente. A Justiça terá na- turalmente de engajar-se na Reforma, como peça importante do processo.

Se o novo Governo resolver atacar o problema da forma que acima preconi- zamos, decidindo-se a correr o risco calculado da desburocratização, pode- rá realizar, a curto prazo, uma verda- deira revolução, libertando-se o país de um processo até certo ponto incons- ciente, que vem elefantizando a -admi- nistração pública e infernizando a vida dos brasileiros.

Trata-se no fundo, de estender a distensão ao campo econômico e so- cial, o que não deverá constituir tarefa muito difícil para um Governo que se propôs aceitar o desafio e os riscos da distensão política.

o

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estudos

projeto de montagem

de

um laboratório de arquivo

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mana améiia gomes leite

e

mana iúcia maiheiros*

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1. Considerações iniciais; i . i O arquivo-

laboratdrio; 2.

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Planejamento de um arquivo-laboratdrio; 2. 1 Instalações;

2.2 Equipamento e matetial; 2.3 Conteúdo; 3. Conclusão.

Arquivistas e bibliotecárias autônomas.

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1. Considerações iniciais

Compete aos professores de Organiza- ção e Administração de Arquivos fazer com que os alunos adquiram uma visão de conjunto das atividades e rotinas de trabalho executadas em um arquivo, reunindo-as em uma seqüência lógica, nelas integrando os processos de regis- tro, controle, classificação e os méto- dos dearquivamento a serem adotados.

Partimos dessa afirmativa para ana- lisar os problemas relativos aos traba- lhos práticos dessas disciplinas visando encontrar as soluções, dentro da reali- dade brasileira, dos cursos de Arquivo- logia.

. A desejada integração do programa de formação profissional do arquivista é obtida com a realização de trabalhos práticos e não apenas em aulas exposi-

tivas, nas quais o aluno anota passiva- mente conceitos tehricos que repetirá fielmente nas provas de avaliação, para depois esquecê-los.

Ao ingressar num curso de Arquivo- logia o aluno o faz, na maioria das ve- zes, desconhecendo até mesmo como utilizar o potencial dos arquivos para a pesquisa.

Outro fator que contribui para o

alheamento do aluno em relação

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4

profissão, ao entrar nas aulas, são as causas que o levaram a escolher a Ar- quivologia como carreira; raros são os que o fazem com pleno conhecimento do que significa

ser

arquivista. A esco- lha se prende mais a fatores acidentais

t a i s como: o concurso vestibular não exigir conhecimentos matemáticos ou de ciências em grau elevado, salvo os

que integram o CESGRANRIO, ser um curso de pequena duração; ser uma carreira tida como apropriada para a

mulher; o gosto da leitura ou a propen- são para a ordem e a minúcia e outras razões ainda mais superficiais. Tal ati- tude dificulta os primeiros contatos do aluno com a profissão. Entretanto, es-

se

contato éfundamental para determi- nar a seriedade com que o futuro pro-

fissional irá desempenhar sua missão. Para sanar o problema recomenda- se um contato direto dos alunos com

os arquivos e seus bastidores.

Esse contato inicial poderá, inclusi-

ve. desencadear reações opostas: ou motivará o aluno para continuar o cur-

so, nele despertando um real interesse, ou o afastará definitivamente pela des- coberta do engano cometiao na esco- lha da carreira.

grande, pois, a tarefa reservada aos professores de Organização e Admi- nistração de Arquivos no encaminha- mento profissional dos futuros arqui- vistas; resultados positivos só serão obtidos com um bom planejamento e execução de trabalhos práticos integra-

dos, isto é, em situação que permita ags alunos ter uma visão global de pro- cessos e rotinas de trabalho para que saibam estabelecer o necessário equilí- brio na organização de suas tarefas.

1.1

O

Arquivo-Laboratório

O trabalho prático de organização e administração de arquivos deverá apoiar-se não apenas nos estágios em arquivos, proporcionados pela própria escola ou por outras instituições, como em visitas a outros arquivos mas, prin- cjpalmente na montagem de um labo- ratório onde o aluno terá um contato direto com todas as etapas de trabalho que ali se desenvolve.

Os alunos terão, dessa forma, a oportunidade de se familiarizar com as técnicas de registro e controle da docu- mentação; métodos de classificação e arranjo; elaboração e utilização dos instrumentos de pesquisa e fixação de terminologia técnico-prof issional.

Através de sessões de estudos e de- bates os próprios alunos poderão escla- recer pontos obscuros para colegas me- nos observadores e o professor suprirá, com exercícios, deficiências indivi- duais facilmente identificáveis no de- correr dos debates.

As práticas no arquivo-laboratório

(13)

chas de empréstimo, de registro e unitermo.

Ex.: fichário alfabético, unitermo, e outros.

c) Estantes: para guarda das caixas de transferência de um Arquivo Perma- nente.

d) Mesa e cadeiras: uma mesa gran- de onde possam trabalhar os alunos e

professores, bem como realizar os de- bates. Cadeiras em número suficiente para acomodar todo o grupo que ali vai trabalhar.

e) Máquina de datilografia: para ela- boração das fichas, registros, etc.

f) Pastas suspensas, sem grampos, com projeção metálica: a serem usadas nos arquivos de aço para a guarda da documentação classificada por assunto.

g) Capas de papelão tamanho ofício com dois furos e grampos metá!icos: para a montagem dos miolos (dossiês de assunto), que serão arquivados nas pastas suspensas.

h) Guias divisórias: para separar as

diversas seções do arquivo ou fichá- rio, conforme o método adotado.

i) Caixas de transferência: para guarda de dossiês em Arquivo Perma- nente.

j) Guias-fora: a serem usadas dentro dos arquivos de aço ou das caixas, para controle de empréstimo de dossiês.

i) Fichas padronizadas: 7,5 xl2.5cm em cores variadas: para confecção dos fichários de métodos auxiliares.

m) Formulários impressos: para re- gistro (protocolo), controle de emprés- timo, método unitermo, folhas de ri?- ferência.

n) Envelopes pardos e de papel- manteiga: para arquivo de fotografias. o) Livros: para registro de corres- pondência expedida.

p) Papel almaço quadriculado: para elaboração dos esboços dos diversos códigos de assunto (um para cada tipo de arquivo).

q) Grarnpeador e tira-clips.

r) Furador de dois furos.

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s) Carimbos e almofadas para

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ca-

t) Numerador. u) Datador. rimbo.

2.3

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Conteúdo

a) Conjuntos de documentos: para a organização de vários tipos de arquivos será necessária a coleta de conjuntos

de documentos inservíveis

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e

não mais

em uso corrente.

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6

imprescindível que

os documentos coletados possam ser vistos pelos alunos pois serão copiados (xerox) e por eles classificados e arqui- vados. Sugerimos iniciar-se essa coleta dentro da própria universidade, esten- dendo a seleção a documentos tanto de ordem administrativa como acadê- mica. Os demais conjuntos poderão ser obtidos junto a indústrias, firmas co- merciais, bancos e hospitais locais. Os conjuntos receberão tratamento em se-

parado, sendo classificados e arquiva- dos por assunto (método principal), fa- to que não exclui o uso de métodos auxiliares para a ordenação física den- tro dos assuntos.

b) Métodos auxiliares de arquiva- mento: inicialmente serão elaboradas pelos alunos, listas de correspondentes. Os nomes destes correspondentes serão lançados em fichas, obedecendo às re- gras de alfabetação para o posterior trabalho de ordenação, de acordo com os diversos métodos auxiliares, quais sejam: alfabético, numérico simples, al- fanumérico, geográfico, variadex e ou- tros. Os conjuntos de fichas relativas a cada método, ocuparão fichários indi- viduais e as fichas poderão ser mistura- das e novamente ordenadas quantas ve- zes forem necessárias até que sejam apreendidas todas as nuances que ca- racterizam cada método adotado.

c) Serviço de comunicações: esta fa- se do trabalho consistirá da simulação de um setor de protocolo onde serão adotadas fichas próprias para o regis- tro, controle da tramitação e todos os demais passos a serem dados até a ane- xação dos documentos individuais aos dossiês de que farão parte integrante (arquivamento). Aqui serão também utilizados os formulários impressos pa- ra controle de empréstimos e ainda os livros de registro para a correspondên-

cia expedida.

d) Arquivos especiais: o material a ser coletado para a organização simula- da desses arquivos pode ser bastante variado: fotografias, discos, fitas, re- cortes de jornais, catálogos, etc.

e) Arquivo permanente: a organiza- ção deste arquivo deverá ser feita em uma segunda etapa pois a documenta- ção que o constituirá será obtida num dos arquivos já organizados. O arquivo escolhido terá toda sua documentação reproduzida em xerox e será sobre es-

tas cópias que os alunos irão traba- lhar: elaborarão a tabela de temporali- dade, farão a seleção e a transferência

dos documentos, que serão guardados por fundos, respeitando a organização dada anteriormente e prepararão os instrumentos de pesquisa (guias, inven- tários, etc.).

Tanto os conjuntos de documentos selecionados para a formação do arqui- vo por assuntos, como as listas de cor- respondentes e os conjuntos de fotos e recortes de jornais poderão e deveião sofrer acréscimos sempre que se fizer necessário. Tal procedimento tornará mais complexos os diversos métodos empregados e evitará a rotina para os alunos que estiverem lidando com eles. Fica ainda a sugestão para que, no laboratório, sejam proporcionadas aos alunos aulas práticas sobre: levanta- mento da documentação de arquivos; preparo de relatórios técnicos e elabo- ração de propostas para implantação de serviços de arquivo; elaboração de manuais de arquivo, desde as rotinas a t é o índice alfabético remissivo.

3.

C o n c i u b

3.1 Para a obtenção do equipamento e material necessários 3 montagem do Arquivo-Laboratório sugerimos que se- jam contatados os fabricantes e solici- tadas doações tornando menos onerosa a iniciativa.

3.2 É nossa opinião que os professo- res que lecionem as disciplinas Arquivo e O & M mantenham estreita colabora-

ção, reunindo-se, sempre que necessário, para juntos discutirem problemas ou impasses que venham a aparecer duran- t e as aulas teóricas. Dessa forma esta- rão aptos a dar soluções adequadas ao coordenarem as aulas práticas no "la- boratório". Afinal serão eles, professo- res e alunos, os responsáveis pelo de- senvolvimento das btividades, que, no momento, abordamos aqui de forma embrionária.

3.3 O serviço gráfico e o setor de audiovisual deverão manter estreito contato com o laboratório. O pri- meiro, fornecendo o material de supor- t e dos trabalhos: formulários impres- sos e k . e o segundo oferecendo ao la- boratório material para um terceiro ti- po de arquivo especial: o arquivo sono- ro constituído de discos e fitas.

Todo o projeto que elaboramos de- verá ser executado a curto, médio e longo prazo dando-se sempre cuidado especial a cada uma das etapas de tra- balho, conforme prioridades a serem estabelecidas. O

(14)

estudos

centro de documentação

etnológica da funai

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

carlos

de

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

araujo

moreira

neto

*

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

'Doutor em Antropologia;

excoordenador do projeto do Centro de Documentação Etnológica e Indigenista da Funai; professor em

cursos

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

de pósgraduação da

Universidade Federal F luminense; bolsista do CNPq.

"Não é possivel narrar todas as torturas que

se tem feito aos índios,porque a maior parte dos seus archivos não existem: 6 u m systema conhecido dos encarregados máos

consumirem os documentos que para o

futuro os podem accusar. . .

(Toledo Rendon,Mem. Ald. Ind. S. Paulo,

1 798)

Este estudo pretende ser um balan-

p de minha atividade como coorde- nador do projeto do Centro de Docu- mentação Etnológica e Indigenista da FUNAI, sediado no Museu do Índio e

cuja criação foi sugerida por mim, em 1974, como resposta i situação crítica do setor pela destruição dos arquivos centrais do Serviço de Proteção ao Ín- dio, em 1967.

Há muitos anos que e u vinha traba- lhando com informações de natureza etnohistórica, desde os tempos de alu- no bolsista do Curso de Aperfeiçoa- mento em Antropologia Cultural, diri- gido por Darcy Ribeiro, no Museu do Índio, entre 1954 e 1957. Posterior- mente, como pesquisador, professor e assessor para questões etnalógicas e in- digenistas de várias instituições, como

o Museu Goeldi, a antiga Universidade do Brasil, o Serviço de Proteção aos Ín- dios, a Universidade de Brasília e, fi- nalmente, o Instituto Indigenista Inte- ramericano (OEA, México), pude de- dicar-me mais demoradamente, ao lado do trabalho de campo entre grupos in- dígenas,

a

análise de fontes documen-

t a i s e bibliográficas importantes para o

estudo das relações históricas entre ín- dios e brancos no Brasil e em outras áreas da América Latina. Mais cecente- mente, como bolsista do CNPq, elabo- rei minha tese de doutorado com rna-

teriais da mesma natureza (A

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

polirica

indigenista brasileira durante o século X I X . Rio Claro, 1977). Foi também im- portante minha experiência como etnó- logo do Instituto Indigenista Interame- ricano no México, e em alguns países

andinos (Colômbia, Equador, Bolívia), n o s quais a larga dimensão temporal

do contato dos colonizadores com grandes massas indígenas, aliada

às

pe- culiaridades históricas da situação intercultural, produziu uma quantida- de extraordinária de informações rele- vantes. Acumulou-se, assim, desde o início do período colonial, um volume muito grande de relações, informes, memórias, crônicas (inclusive em Iín- gua indígena), tratados, convenções, títulos de terras e outros documentos de natureza administrativa e legal, con- servados cuidadosamente por cada "pueblo" ou "cabildo" indígena como testemunho e garantia de seus direitos. Dessa experiência ficou-me a idéia de que seria possível a organização de um arquivo para cada grupo indígena (ou, pelo menos, para os grupos mais im- portantes demograficamente e corn maior dimensão de contato histórico) que contivesse, ao lado das informa- ções de importância etnológica e indi- genista, os dados e documentos de na- tureza legal ou meramente informativa sobre suas terras. A devolução, aos gru- pos indígenas, dessas informações, acompanhadas dos dados etnológicos e

Iingüísticos disponíveis, sob forma e

linguagem que as tornassem assimilá- veis pelos membros letrados do grupo, significaria, na prática, a reintegração dos índios na posse de parte de sua memória história e cultural e dos tí-

tulos afiançadores de seus direitos so- bre terras e outros bens.

Os

recentes movimentos reivindicatórios de vários grupos indígenas, como os Kaingang, Guarani, Xavante, Guajajara etc., de- monstram que os índios assimilam e

utilizam, com grande acerto e eficácia,

as poucas informações acessíveis sobre

sua história e seus bens materiais e cul- turais. Sempre me pareceu que o Cen- tro de Documentação Etnológica (COE) devia buscar modos concretos e

viáveis de pôr-se diretamente em contato corn as comunidades indígenas brasileiras. Pelo menos a posse desses elementos significaria um evento de

(15)
(16)

extraordinária importância revitaliza- dora, sobre todos os aspectos, da vida

comunal e não somente em relação

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

i

área mais específica da reivindicação

de terras e outros direitos. No

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Relató-

rio e Projeto de Implantaçaõ do Cen- tro de Documentação Etnológica, Mu- seu do Ihdio, proponho, como uma

das tarefas prioritárias do programa de publicações do Centro, a organização e

reunião dessas informações em volu- mes que seriam dedicados a cada um dos grupos indígenas mais importantes. As atividades do Centro de Docu- mentação foram projetadas para con- centrar-se em dois pontos de maior es- force, distintos mas complementares:

1) A criação de um sistema de ar- quivos que tivesse como critério prio- ritário a salvaguarda, o controle e a or- ganização de toda e qualquer docu- mentação, particularmente a de inte- resse etnológico e indigenista, existen-

t e no âmbito da FUNAI e em outras entidades que trabalharam sistematica- mente com indígenas (como as extin- tas Comissão Rondon e Fundação Bra-

sil Central), com vistas

i

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

reconstrução,

tão completa quanto possível, do acer- vo perdido no incêndio de 1967. A continuidade dessas atividades seria as- segurada pelo recolhimento sistemáti- co de toda a documentacão dà FUNAI com mais de 5 anos.

2) Formulação de um programa sis- temático de pesquisas etnohistóricas (que exigem, via de regra, algum traba- lho de campo junto aos grupos indíge- nas pesquisados) para avaliar a consis- tência e complementar as informações de outras fontes de informação exter- nas

6

FUNAI, para ampliar e suprir as lacunas inevitáveis do acervo referido no ítem anterior. Pretendia-se, aqui, dar não

maior dimensão temporal

i3

documentação preexistente (que recua somente até o ano de 1910, data da fundação do SPI ou a. período pouco anterior, no

caso

da Comissão Rw- don) mas diversificá-la e ampliá-la "m informações de várias origens: comuni- caç6es verbais, relatórios ou textos de elaboração etnológica ou lingüística, informes de agentes oficiais ou missio- nários, títulos e documentos de natu- reza administrativa e legal, particular- mente sobre terras etc. M o projeto de implantação do Centro, verifica-se que, além do esforco concentrado sobre a área da documentação escrita, indis-

pensável para a reconstrução dos ar- quivos do Órgão indigenista, a ativida- de do Centro de Documentação esten-

de-se tamb6m

aos

setores de bibliote-

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

ca,

cinema, fotografia e registros sono- ros do Museu do Índio.

Um balanço crítico do que pôde ser realmente realizado no Centro de Documentação Etnológica da FUNAI durante os quatro anos em que fui, de uma e outra sorte, responsável pela ela- boração e implantação do projeto, re- vela os níveis de precariedade.do resul- tado final. A situação do CDE, a época em que foi compelido a abandonar o projeto (dezembro de 1978). não era tranquilizadora quanto ao desenvolvi- mento posterior do projeto ou, sequer,

em relação

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

A

conservação adequada do

próprio acervo documental. Além dis- so, da parte do órgão mantenedor, a FUNAI, parecia evidente uma incom- preensão básica ou, pelo menos, um profundo desacordo quanto

i

nature- za, aos programas prioritários e

i

pró- pria importância e instrumentalidade do Centro para as populações indíge- nas e para os propósitos mais gerais de ampliação do conhecimento. Nos pará- grafos que se seguem procurarei referir algumas falhas, equívocos ou insuces- sos mais evidentes, anotados durante minha permanência

i

frente do projeto. Em 1974, submeti a FUNAI um es- boço de programa para a preservação e

organização de sua documentação et- nológica e indigenista e, em novembro do mesmo ano, firmei com a institui- ção um contrato de prestação de servi-

ços, pelo prazo de dois anos, para "coordenar cursos e estágios" no Museu do Índio. A natureza eventual do con- trato de trabalho somava-se a alteração de sua finalidade que, na época, foi ex- plicada pela necessidade de relacionar o, contrato com uma atividade já exis- tente. A verdade, entretanto, é que, pelo não reconhecimento explícito da necessidade de mobilizar recursos para essa finalidade I#) âmbito da FUNAI.

as primeiras viagens de pesquisa e reco- inimento da documentação nas várias agências do órgão

foram iniciadas em fins de 1975. A primeira escala des-

sa

viagem confirmou as expectativas mais pessimistas no tocante i preserva- ção de documentos: a Delegacia Regio- nal do Maranhão, poucos meses antes de minha chegada, havia vendido como

papel wlho todo o seu arquivo. Per- deu-se assim,. irremediavelmente, toda

a informação produzida ou arquivada naquela agência desde a época da cria- ção do Serviço de Proteção aos Ihdios. A gravidade do dano deve ser estimada com a consideração adicional de que o Maranhão é uma das áreas indígenas mais complexas e importantes do pon- to de vista etnológico e indigenista. Não é acidental c tato de ter sido, tam- bém, a região onde mais trabalhou Curt Nimuendaju; há indícios de que vários relatórios inéditos do grande etnólogo brasileiro teriam sido perdi- dos na destruição do Arquivo da Dele-

gacia Regional de

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

São Luís.

As etapas posteriores da busca de documentos pelas agências da FUNAI revelam o mesmo padrão de indife- rença e abandono dos arquivos: no Pará foi recolhida documentação volu- mosa e bem conservada; os documentos mais antigos, no entanto, não antece- diam a 1938, tendo-se perdido todo O

acervo anterior. Na Delegacia do Ama- zonas e do Acre que, por razões ób- vias, devia reunir um dos acervos mais ricos, foi encontrada uma fração míni- ma do volume esperado. O relatório inédito de Nimuendaju sobre visita aos índios Tucuna, em 1929;que está sen- do publicado no Boletim do Museu do Indio é um dos poucos documentos de granae interesse que se salvaram desse acervo. Entre outras perdas, vale men- cionar os conhecidos relatórios anuais do Chefe da Inspetoria do Amazonas, Bento Pereira de Lemos, das décadas de 1920-1930, de consulta e referência obrigatória para todos que escreveram sobre a região e dos quais nenhum foi encontrado. Pelo menos dezoito rela-

tórios do Inspetor Bento de Lemos

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

são

referidos na bibliografia etnológica; sua importância verdadeiramente ex- cepcbnal pode ser medida por um Úni- co exemplo: o relatório de 1928, de que há cópia autêntica e integral na bi- blioteca do Museu do índio, transcreve o texto completo do "Reconhecimen- to dos rios Içana, Ayarí e Uaupés", conhecida contribuição de Nimuenda- ju sobre o alto rio Negro (publicado por Wfetraux no v.39 do Journalde I a

Societé des Americanistes, Paris, 1950).

Esta é a versão original do texto de Ni- muendaju, mais completa que a publi- cada por Métraux, por incluir mapa de localização e fotos originais dos vários grupos indígenas e a medida da im- portância do material extraviado.

O desaparecimento de documentos

(17)

prcpriedade plena de suas terras, por efeito de doações ou de compra em seu nome(principa1mente na época do SPI) e que, pela perda dos títulos, transformaram-se em meros posseiros daquelas áreas que, segundo o disposi- tivo constitucional, passaram ao domí- nio da União. Em qualquerdoscasos, entretanto, a perda da documentação constituiu um dano permanente e irre- parável aos interesses das comunidades indígenas, tornando questionáveis e

passíveis de esbulho todos os bens e

propriedades.-Ocorre então que o ór- gão indigenista vS-se, na atualidade, compelido a disputar nos tribunais (e em condições difíceis, por falta das provas adequadas) questões de terras que haviam sido definitivamente resol- vidas, em favor dos índios, no início da República, no Império e, em alguns cãsos, ainda no período colonial. Isto

ficou particularmente evidente no de. correr do ano passado, prazo limite para a demarcação das áreas indígenas. A falta de informação adequada conduziu a FUNAI a uma política he- sitante e contraditória em relação a

questões de terras de vários grupos in- dígenas. Como conseqüência registra- ram-se invasões, tentativas de esbulho

e conflitos em várias regiões do

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Rís.

Por ocasião da chamada crise indí- gena ente os índios do sul do Brasil, agravada a partir de 1975 entre os Xokieng de Santa Catarina, os Kain-

gang e Guarani do Paraná e os Kain- gang de Nonoai e Guarita, no Rio Grande do Sul, pela primeira vez o Centro de Documentação Etnológica foi solicitado a selecionar a documen- tação disponível para assessorar a Dire-

60

e a Consultoria Jurídica da FUNAI sobre essas questões. Durante meses foi interrompido o trabalho sistemáti- co de classificação e microfilmagem de documentos com essa atividade de emergência, que produziu cerca de dez mil documentossobre as áreas em con- flito, sem que jamais fossem consulta- dos ou requisitados pelos setores da

FUNAI que solicitaram sua busca.

A vista do que foi dito,

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

são

formu- ladas abaixo, de modo muito resumi-

do, algumas conclusões:

I. O desinteresse pela sorte da docu- mentação histórica e atual no âmbito da FUNAI é parte de uma visão ime- díatista e pouco esclarecida sobre os ín-

dios e

seus

problemas que, na organi-

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1

d

z a m interna da FUNAI, conduziu ao afastamento e marginalização de um número ponderáwel de funcionários es- pecializados. A completa perda de im- portância do setor responsável por es-

tudos e assessoramento de natureza et-

nológica e indigenista (DGPC) é decor- rência natural daquela atitude que eli-

mina toda a possibilidade de formu- lar e executar a política indigenista ofi- cial em níveis mínimos de racionalida- de e de eficácia.

II. A teoria e a prática do indigenis- mo brasileiro devem partir da avalia- ção crítica do desempenho das insti- tuições oficiais e missionárias que

se

dedicam aos índios e da informação sistemática aportada pelos estudos etnológicos e etnohistóricos.

Os

equí- vocos mais notórios e recentes do indi- genismo oficial, tanto no nível da for- mulação de instrumentos normativos básicos, como o Estatuto do índio e o projeto da chamada emancipação indí- gena, quanto ao nível da ação prática, como os projetos de desenvolvimento econômico ou de demarcação de ter- ras indígenas, constituem o resultado inevitável da inexistência de informa- ção adequada e de pensamento críti- co sobre essas questões nos vários Ór- gãos da FUNAI.

II I. Fundado há 25 anos, numa das fases mais fecundas do antigo Serviço de Proteção aos Índios, o Museu do Índio transformou-se rapidamente, ain- da na década de

50,

no mais importan-

t e centro de estudo e pesquisa em e t -

nologia indígena do País, produzindo um número significativo de contribui- ções para melhor conhecimento

do

Índio, assessorando a política indí- gena oficial e abrigando o primeiro curso de pós-graduação em antropolo- gia do Brasil. A precariedade atual do Museu do Índio em recursos mate- riais humanos é coerente com o desin'- teresse da FUNAI por qualquer forma de conhecimento mais elaborado e crí- tico em relação

às

sociedades indíge- nas. O Centro de Documentação Etno- lógica d a FUNAI funciona junto ao Museu do índio e não dispõe, sequer, de pessoal permanente ou de dotação orçamentária, participando desse qua- dro geral de desestímulo e abandono, em condições de precariedade extre- ma. A despeito do que fica dito sobre a limitação de pessoal, instalações e re-

cursos do Museu do Indio, não há, cer- tamente. no âmbito da FUNAI, quai- quer outro Órgão mais adequado para incorporar o CDE. Além disso, a pre- sença I#)

Rio

de Janeiro dos mais im- portantes arquiwos

e

bibliotecas do País, fontes indispensáveis para a histó- ria e a etnologia indígena

-

tornadas mais preciosas ainda pela destruição

d o s

arquivos do SPI

-

é um fator deci- sivo para essa permanência.

Em relação ao futuro do Centro

de

Documentação Etnológica, seria dese- jável que as decisões da FUNAI partis- sem da consideração de que é impossí- vel resolver questões sociais e econômi-

cas

tão complexas quanto as dos ín- dios sem conhecimento e informação em níveis adequados. Seria indispensá- ver rever o projeto cio

CDE

com o asses- soramento de especialistas em doai- mentação e arquivística e com o con- curso de etnólogos, etnohistoriadores e indigenistas, a fim de que o Centro possa cumprir as finalidades para as quais foi criado e que dizem respeito, em última análise,

A

preservação e utili- zação dos documentos que tem sob sua guarda, essenciais para o melhor conhecimento das sociedades indíge- nas e para a defesa de seus interesses e direitos.

IV. Como exemplo de atividade do Centro de Documentação, de utilida- de prática e imediai;a para a FUNAI, vale citar o projeto do Cadastro de Po- pulações Indígenas que formulei com

o propósito de kesumir os dados rele- vantes sobre cada grupo e suas diviV$es locais, incluindo informações sobre lo- calização, demografia, características culturais, grau de contato, economia e

-

com

algum destaque- informações sobre posse e utilização da terra. Esse projeto, cuja implantação foi frustrada pela absoluta ausência de meios e total falta de interesse e de colaboração da parte da FUNAI, poderia representar um substancial aumento da informa- ção confiável sobre terras e outras questões cruciais no âmbito do Órgão indigenista.

São estas, e i i i resumo,

as

considera- ções que me Darecem pertinentes sobre

o estado atual do Centro de Documen- tação Etnológica da FUNAI. Outros dados estão presentes em relatórios an- teriores, encaminhados ao CNPq,

i

FUNAI e ao CNRC. Q

(18)

entrevista

centro brasileiro

de

informação turística da embratur

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

As atividades turísticas encontram na documentação o mapeamento de todas as suas áreas de interesse, sem o que não poderiam estabelecer a interliga- ção dos caminhos que levam o Turis- mo aos seus amplos objetivos.

Sobre algumas destas atividades, sua documentação e o tratamento arqui- vístico que lhe é dado, versará nossa entrevista deste número. A entrevis- tada, D. Nadir Regina Titton, é Chefe do Centro Brasileiro de Informação Turística, da Empresa Brasileira de Tu- rismo - EMBRATUR, empresa públi- ca vinculada ao Ministério da Indústria

e do Comércio.

O

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

que

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

4

o

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Centro Brasileiro de Infor-

mação Turística e quais as suas finali- dades?

O Centro Brasileiro de Informação Tu- rística

-

CEBITUR, criado pela EM- BRATUR em 1971, é um departamen- t o que tem como atividades principais a organização da documentação turís-

tica e legislativa pertinente, com o

objetivo de torná-la disponível para a

Empresa; a realização de pesquisas pa- ra levantamento do Inventário Turísti- co Nacional; a coleta e o intercâmbio de informações por intermédio de uma rede de informações turísticas que abrange todo o País.

Também treinamos pessoal para esses fins.

Para a execução dessas metas, o que cabe ao CEBITUR realizar?

Inicialmente, a coleta de informações técnico-científicas de natureza turísti-

ca, que

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

são

elaboradas e posteriormen-

t e divulgadas aos diversos Órgãos da Empresa e ao público em geral. Quanto ao Inventário, previsto para um período de quatro anos a partir de

1979, realizará o levantamento de to- do o acervo de bens e serviços turísti- cos no Brasil. visando o conhecimento

exato de suas características.

Cabe ainda ao CEBITUR coordenar os

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

trabalhos das unidades de. informação turística em todo o País e, paralela- mente, estimular a formação de novos centros regionais e locais de documen- tação e pesquisa, dando-lhes apoio e

assessoramento.

E este apoio, pode ser dado de que for- ma?

Creio que o treinamento de pessoal es- pecializado, a que já me referi, é uma das maneiras mais efetivas de prestar apoio desse tipo, sobretudo quando se

tem em mente a carência de profissio- nais verificada no interior do Brasil..

O CEBITUR faculta treinamento, em sua sede, ao pessoal dos Órgãos inte- grantes do Sistema Nacional de Infor- mações Turisticas (vide box, no fi- nal da entrevista), para trabalhos de organ izacão de docu mentação tur í s t i

-

ca, biblioteca, pesquisa da oferta tu- rística, divulgação técnica e elaboração

de publicações informativo-promo- cionais,

Além do treinamento, prestamos assis-

tência técnica em duas modalidades:

assistência in

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

loco,

ou seja, prestada no próprio Estado ou Território, e assis-

tência i distância.

A assistência in

loco

é prestada apenas mediante convênio. Refere-se tanto a projetos e estudos de organização admi- nistrativa, quanto a pesquisas e proje- tos na área de informação, além de ou- tros serviços. A assistência

A

distância, como seu próprio nome indica, é pres- tada sem haver deslocamento de técni- cos para fora da sede e é reservada so- mente aos participantes do Sistema Nacional de Informações Tudsticas. Nessa modalidade, respondemos a con- sultas por meio de correspondência e

pareceres, fornecemos textos legais e outros atos federais de interesse dos Estados e fazemos distribuição perma- nente e atualizada da 'legislação turís-

-5

tica. O programa de atendimento aos

integrantes do Sistema

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

B bastante extenso.

Lembro ainda um outro ponto impor- tante, que é o fornecimento que faze- mos, neste caso, de modelos de ma- nuais de organização d e serviços de do- cumentação e informação, onde a Ar- quivologia tem um papel destacado.

E no CEBITUR, qual a importância dos arquivos?

Parece-me que a Documentação e a Arquivologia, em Turismo, devem ten- der a uma integração organizacional e

dinâmica, t a l é a sua interdependência. Não há dúvida de que os arquivos, se- jam correntes, intermediários ou per- manentes, constituem, sempre, fonte básica para obtenção de material d e

utilização turística, a t a l ponto que, nesta matéria, torna-se difícil definir a fronteira precisa entre Documentação e Arquivologia, muito embora cada uma tenha sua própria metodologia. No CEBITUR possuímos arquivos de documentação histórica, social e cultu- ral; de material especial; de legislação; de eventos e de patrimônio turísticos.

i:

7

i

i

Seria possível fazer um resumo do con- teúdo e da organização de cada um destes arquivos?

De maneira sumária, podemos dizer que a documentação histórica, social e cultural volta-se para a própria história da Empresa, para o desenvolvimento do Turismo e, em conseqüência, acom- panha a evolução da infra-estrutura tu- rística de nosso País.

São cerca de 20 mil documentos, ar- quivados geograf icarnente, com acrés- cimos constantes. O material é diversi- ficado, abrangendo recortes de jornais, separatas de revistas e apostilas.

(19)
(20)

EM

B R

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

ATU

R

EMPRESA

BRASILEIRA

DE TURISMO

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

sistema nacional de informações turísticas

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

A implantação de um sistema de pes- quisa, captação, tratamento e difusão de informações turísticas é indispensá- vel para a aceleração do desenvolvi- mento turístico nacional. Esse sistema deverá resultar da união coordenada de esforços isolados de diferentes uni- dades interessadas, mas se&, sobretu- do, resultante de ações conjugadas da EMB RA TUR e dos drgãos 'oficiais de turismo dos Estados e Territórios, na definip-o do sistema e na divisa-o dos encargos para a sua operacionalização.

O sistema se apoiará numa rede de cen- tros regionais, estaduais e locais de in- formação turística destinada a aten- der 2 demanda de informações de uma clientela vasta. e variada, composta de turistas, pesquisadores, técnicos, admi- nistradores, como também de institui- ções governamentais e particulares de planejamen to, desen vo Ivimen to, ensi- no e pesquisa e promoção turística.

O sistema se propõe a:

1. identificar os possíveis usuários, co-

nhecer as suas necessidades e orientá-

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

10s ate as fontes de informação;

2. favorecer o melhor uso dos recursos locais em benefício do País, tanto no que se refere aos serviços de informa- ção turística, como na organização ins- titucional, com o aproveitamento con- seqüente dos recursos humanos e ma- teriais existentes nos Estados e Terri- tórios;

3. promover o interdmbio de expe- riências no campo da informação;

4. facilitar o armazenamento, classifi- cação e análise da informação, como também a sua atualização sistemática;

5. difundir a informação devidamente processada, de forma a estar sempre disponível a quantos dela necessitem;

6. servir de base tecnoldgica para pro- jetos conjuntos.

Evita-se, assim, o paralelismo de esfor- ços e ações, aproveitando-se devida- mente os recursos disponíveis para a área da informação turística, melho- rando a qualidade dos serviços existen- tes, ou contribuindo para criar novos onde sejam necessários e multiplicar as fontes de informação a que teriam acesso os usuários, com uma participa- ção muito positiva no prdprio processo de desen volvimen to econômico -social.

Os objetivos

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

d o sistema

O objetivo fundamental é o de criar um mecanismo nacional de cooperação e difusão que contribua para o desen- volvimento do turismo brasileiro. Como finalidades específicas podem ser apresentadas:

1. constituir a base estratégica das ati- vidades de pesquisa dos drgãos partici- pantes;

2. proporcionar aos técnicos do setor inovap-es e adaptações tecnoldgicas para melhor manipulação dos elemen- tos necessários, não somente

2

pesqui-

sa e desenvolvimento, mas também

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

A

promoção e divulgação do turismo;

3. oferecer, quer na esfera administra- tiva e governamental, quer na esfera privada, a informação adequada para atividades de gestão, administração e planejamento turísticos, em combina- ção integrada com outros tipos de in- formação (econômica, social, jurídica, política etc.);

4. informar ao público e as suas lide- ranças sobre a Política Nacional de Tu- rismo, a f i m de habilitá-los plenamente a participar da orientação, do desen- volvimento turístico do País e de foca- lizar a sua aten@o nos aspectos priori- tários e motivadores;

5. conscientizar turisticamente o povo brasileiro no sentido da preservação do patrirnônio turístico nacional, da boa

acolhida aos visitantes, como também despertar, nele prdprio, o desejo de melhor conhecer o Brasil;

6. servir de meio idôneo para pôr em marcha um processo de Cooperação técnica entre drgãos federais, estaduais e municipais de turismo.

Cooperação e apoio

O CEBITUR busca apoio, cooperação e intercâmbio com centros de docu- mentação e informação dos ministérios e outros de entidades que coletem in- formações econômicas, sociais, cultu- rais etc.

O sistema nacional, dependendo de in- formações externas, tem atuado por meio de uma intenção planejada com

OS sistemas regionais e, finalmente,

junto ao sisiema internacional, coor- denado pelo Centro de Documentação Turística da Organização Mundial de Turismo - OMT com sede em Madri.

A cooperação e apoio técnico dos or- ganismos ihternacionais, regionais e na- cionais de turismo tem sido de grande valia para o aperfeiçoamento das técni- cas usadas no Brasil e para a formação do acervo do CEBITUR.

Modernas técnicas de Arquivologia p e derão ser desenvolvidas no Sistema Na- cional de Informações Turísticas, com

o que poder-se-á, não

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preservar o

documento como também recuperar a informação de maneira rápida e eficaz. Então, os planejadores e os canais de comunicação do turismo estarão equi- pados em todos oJ momentos de sua atividade para programar e difundir seus diferentes aspectos com exatidão, segurança e atualidade. Ficará o turista bem- servido por uma atividade que foi criada para atender As necessidades e exigências almejadas para a realização de uma viagem.

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Referências

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