CAPTÍULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS 1 - Objecto
O Regulamento de Utilização de Viaturas do Município de Setúbal, de ora em diante designado por Regulamento, visa definir as regras para utilização dos veículos municipais, com excepção dos veículos pesados e máquinas, satisfazendo exigências de eficácia, segurança e economia. 2 - Âmbito de aplicação
1. O presente Regulamento aplica-se, sem prejuízo do estipulado no número seguinte, aos veículos propriedade do Município e aos que, independentemente da sua da sua propriedade, se encontrem ao seu serviço, nomeadamente por contrato de locação.
2. Não faz parte do âmbito deste Regulamento a utilização de veículos municipais por entidades externas ao Município.
3. As normas constantes do presente Regulamento são aplicáveis a todos os trabalhadores que prestam serviço ao Município, independentemente do vínculo.
CAPTÍULO II GESTÃO DA FROTA 3 - Princípios
1. A gestão da frota municipal deve ser centralizada, visando obter uma melhor rentabilização das aquisições, das manutenções, das reparações e das utilizações.
2. A gestão da frota municipal obedece a critérios de índole económica como o preço, custos de manutenção e consumo, bem como a critérios de protecção ambiental.
3. A gestão da frota deve acautelar:
3.1. A utilização de veículos de baixo custo, de combustível menos poluente, de mecânica fácil e divulgada, de consumo reduzido e com manutenção pouco dispendiosa; 3.2. A incorporação e a utilização, sempre que possível, de sistema de localização e monitorização dos veículos municipais.
1. A gestão da totalidade da frota municipal é da competência da Divisão de Transportes e Equipamentos Mecânicos, sem prejuízo do especialmente disposto para a frota atribuída ao Edifício Sado.
2. A aquisição e/ou aluguer de veículos, envolvendo ou não a transferência da propriedade é precedida de parecer técnico emitido Divisão de Transportes e Equipamentos Mecânicos.
5 - Frota atribuída ao Edifício Sado
A gestão da frota municipal afecta ao Edifício Sado é da competência do responsável pela Comissão de Gestão do Edifício Sado obedecendo aos regulamentos, obrigações e formalismos constantes neste Regulamento.
CAPTÍULO III
VEICULOS MUNICIPAIS
SECÇÃO I
DISPOSIÇÕES GENÉRICAS 6 - Definições
1. Para efeitos do presente Regulamento, consideram-se veículos municipais os veículos e equipamentos motorizados cadastrados como em uso pelo Município.
7 - Capacidade de circulação
Só podem circular os veículos municipais que possuam os documentos legalmente exigidos e que cumpram o disposto no presente Regulamento.
SECÇÃO II
UTILIZAÇÃO DE VEÍCULOS MUNICIPAIS 8 - Classificação quanto à utilização
Veículos de representação institucional – veículos automóveis ligeiros de passageiros que se destinam a serem utilizados pelo Presidente e restantes membros da administração municipal.
Veículos de atribuição orgânica – veículos automóveis ligeiros de passageiros que se destinam a satisfazer necessidades e actividades dos serviços, estando afectos aos Gabinetes de Apoio, Projectos Municipais, Departamentos Municipais e Divisões Municipais.
Veículos de uso geral – os motociclos, ciclomotores, triciclos, quadriciclos, veículos automóveis ligeiros, de passageiros, de mercadorias, mistos ou especiais que se destinam a satisfazer as necessidades de transporte de qualquer unidade orgânica, estando afectos à Divisão de Transportes e Equipamentos Mecânicos.
9 - Veículos de representação institucional
A afectação de veículos de representação institucional compete ao Presidente da Câmara. 10 - Veículos de atribuição orgânica
A afectação de veículos de atribuição orgânica compete ao Vereador responsável pelo Departamento de Obras Municipais, auscultado o Vereador responsável pelo gabinete ao qual, os veículos, serão afectos.
11 - Veículos de uso geral
1. A afectação de veículos de uso geral é da Divisão de Transportes e Equipamentos Mecânicos.
2. A utilização dos veículos por entidades ou organizações que não sejam serviços municipais carece de autorização do Vereador responsável pelo Departamento de Obras Municipais.
12 - Utilização de veículos no estrangeiro
1. Compete ao Presidente da Câmara autorizar a utilização de veículos municipais fora do território nacional.
2. No caso de realização de viagens fora do território nacional, será o facto comunicado à Divisão de Transportes e Equipamentos Mecânicos, com antecedência não inferior a 10 (dez) dias, indicando-se o País e o período de permanência, afim de se proceder ao cumprimento do formalismo necessário para o efeito.
13 – Regulamento para atribuição de veículos de atribuição orgânica
1. Os veículos municipais devem ser requisitados, à Divisão de Transportes e Equipamentos Mecânicos, mediante o preenchimento de formulário (Requisição de Transporte), disponibilizado por aquela Divisão, que deve ser assinado pelo dirigente com competência para o efeitos e do qual deve constar o serviço requisitante, o tipo de veículo requisitado, a data e horário de utilização, a carga, se for caso disso, os locais de execução ou passagem obrigatória e a identificação do condutor.
2. Após a recepção da requisição, a Divisão de Transportes e Equipamentos Mecânicos informa o serviço municipal requisitante.
3. No caso de existir necessidade de recorrer a aluguer, o processo administrativo de requisição à Divisão de Transportes e Equipamentos Mecânicos deve ficar instruído e concluído com 3 (três) dias úteis de antecedência sobre a data da utilização requisitada. 4. No caso de existir necessidade de realização de trabalho por trabalhadores afectos à Divisão de Transportes e Equipamentos Mecânicos, devem ser feitas as respectivas previsões e comunicadas com a antecedência mínima de 5 (cinco) dias úteis à Divisão de Transportes e Equipamentos Mecânicos.
SECÇÃO III
RECOLHA DE VEÍCULOS MUNICIPAIS 14 – Parqueamento
1. Findo o serviço, os veículos municipais devem recolher e parquear na localização dos serviços aos quais os mesmos estejam afectos.
2. Os veículos municipais, em situações excepcionais ou, quando devidamente autorizados, podem recolher e parquear em local diverso do referido no número anterior.
3. O disposto no número um não se aplica aos veículos de representação institucional. 4. Compete à Divisão de Transportes e Equipamentos Mecânicos a gestão do parqueamento no Parque Municipal de Poçoilos, bem como a gestão da saída e entrada dos veículos.
A Divisão de Transportes e Equipamentos Mecânicos deve assegurar, relativamente aos veículos municipais, as seguintes obrigações:
a) O estado de funcionamento, operacionalidade, segurança e limpeza; b) O bom estado de aparência que corresponda à imagem pública exigida; c) A existência em cada veículo dos documentos legalmente exigidos. 16 – Proibições
É expressamente proibido a utilização dos veículos em desconformidade com as suas características, aptidões, de forma abusiva ou que danifique ou degrade o veículo ou qualquer dos elementos que o integram, assim como, em violação do estatuído no presente regulamento, orientações de serviço ou em despacho de atribuição de veículo.
CAPÍTULO IV CONDUTORES
SECÇÃO I CONDUTORES
17 - Capacidade de condução
1. Os veículos municipais devem ser conduzidos por trabalhadores habilitados e posicionados no grupo profissional adequado que detenham habilitações válidas para a categoria de veículo a utilizar.
2. Os veículos podem ainda ser conduzidos por sujeitos e trabalhadores que não pertencendo às categorias de trabalhadores habilitados e posicionados no grupo profissional adequado, mas que possuam licença de condução apta para o veículo a utilizar.
3. A utilização pelos sujeitos e trabalhadores identificados no número anterior depende de prévia autorização concedida pelo Vereador responsável pelo Departamento de Obras Municipais, por acto onde conste o nome e categoria do sujeito ou trabalhador e os termos do uso atribuído.
4. A autorização para auto-condução de veículos municipais por sujeitos e trabalhadores integrados da Divisão de Transportes e Equipamentos Mecânicos ou na Divisão de Obras por
Administração Directa compete ao Chefe da Divisão de Transportes e Equipamentos Mecânicos.
5. Os sujeitos e trabalhadores autorizados à auto-condução de veículos municipais ficam sujeitos às mesmas disposições que regulam a utilização dos veículos pelos motoristas municipais.
6. A competência para suspensão ou revogação da autorização para auto-condução de veículos municipais é do Vereador responsável pelo Departamento de Obras Municipais. 18 - Inibição de condução
Os trabalhadores podem ser proibidos de conduzir um veículo municipal quando apresentem alterações ao seu estado de saúde física ou emocional, outro estado incapacitante como o de embriaguez ou sob o efeito de estupefacientes.
SECÇÃO II
RESPONSABILIDADE
19 - Responsabilidade face ao código da estrada
1. Os condutores dos veículos municipais encontram-se obrigados ao cumprimento do Código da Estrada e demais legislação avulsa em vigor, assim como ao presente Regulamento.
2. Os condutores dos veículos municipais são responsáveis pelas infracções ao Código da Estrada e demais legislação avulsa em vigor, cometidas no exercício da condução, sendo de sua responsabilidade o pagamento de coimas ou multas
3. Os condutores de veículos municipais aos quais forem aplicadas sanções inibitórias de conduzir, ou forem sujeitos a proibição médica de o fazer, devem comunicar, de imediato, esse facto à Divisão de Transportes e Equipamentos Mecânicos e ao respectivo superior hierárquico.
20 - Responsabilidade face ao veículo municipal
1. O condutor é responsável pelo veículo municipal que vai conduzir, competindo-lhe: 1.1 Cumprir o disposto no presente regulamento;
1.3 Verificar se o veículo tem a documentação e acessórios que lhe permitam circular; 1.4 Verificar o nível do óleo, da água e a pressão dos pneus;
1.5 Verificar o combustível e atestar o veículo em local autorizado para o efeito;
1.6 Participar de imediato e em documento próprio, à Divisão de Transportes e Equipamentos Mecânicos, qualquer dano, anomalia, ou falta de documentos detectada; 1.7 Respeitar o itinerário e horários autorizados, tempos de estadia e demais condições que lhe forem transmitidas, salvo nos casos devidamente justificados;
1.8 Preencher diariamente entregar, até ao 1.º (primeiro) dia útil do mês seguinte, as guias de utilização do veículo ou outro meio de registo em uso.
2. Compete ao condutor verificar a incapacidade técnica do veículo, a existência de riscos para o veículo, condutor ou terceiros, reportando-os à Divisão de Transportes e Equipamentos Mecânicos.
21 - Responsabilidade em geral
O condutor é responsável pelos danos decorrentes da prática de actos indevidos, desnecessários, imprudentes ou intencionais a que dêem causa, constituindo o Município de Setúbal no direito de regresso sobre as indemnizações, reparações e pagamentos por causa daqueles suportados.
CAPÍTULO V
REGULAMENTOS DE CONTROLO 22 - Registo, cadastro e codificação
1. A Divisão de Transportes e Equipamentos Mecânicos mantém um registo actualizado, em suporte informático, com o cadastro de cada veículo.
2. A Divisão de Transportes e Equipamentos Mecânicos atribui a cada veículo um número de frota, que permitirá identificar o veículo.
23 - Identificação dos veículos
1. Os veículos municipais são identificados com o número de frota e o símbolo identificativo do Município de Setúbal.
2. Os veículos de representação institucional e outros devidamente autorizados podem não ser identificados nos termos previstos no número anterior.
24 - Guia de utilização do veículo
1. Todos os condutores de veículos municipais devem obrigatoriamente preencher e entregar a guia de utilização do veículo, ou outro meio de registo em uso, em formulário normalizado fornecido pela Divisão de Transportes e Equipamentos Mecânicos, que deve ser preenchido com letra de máquina e com os seguintes elementos:
1.1 Nome do condutor;
1.2 Identificação do veículo, matrícula e número de frota; 1.3 Serviço requisitante;
1.4 Número de ocupantes;
1.5 Quilómetros e hora de início e fim de viagem; 1.6 Local e destino;
1.7 Tipo e quantidade de carga ou trabalhos realizados.
2. A guia deve ser preenchida por cada deslocação diária do veículo e entregue semanalmente, com excepção dos trabalhadores posicionados no grupo profissional adequado (motoristas profissionais) que devem entregá-las diariamente.
3. No caso dos veículos de representação institucional ou de atribuição orgânica as guias devem ser entregues até ao 1.º (primeiro) dia do mês seguinte.
CAPTÍULO VI
ACIDENTE, AVARIA, FURTO OU ROUBO 25 - Disposições genéricas
Em caso de acidente, avaria, furto ou roubo o condutor contactar a Divisão de Transportes e Equipamentos Mecânicos, no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas e na impossibilidade de consegui-lo, o responsável pelo Parque de Poçoilos.
1. Para efeitos do presente regulamento entende-se por acidente qualquer ocorrência com um veículo municipal do qual resultem danos para o próprio veículo, veículos terceiros ou pessoas.
2. O condutor de veículo municipal, em caso de acidente, deve, desde que não seja possível a intervenção das autoridades policiais, adoptar o seguinte regulamento:
2.1 Obter no momento e no local do acidente a identificação dos intervenientes, os elementos necessários ao preenchimento de todos os documentos, bem como a identificação das testemunhas;
2.2 Preencher no local do acidente a Declaração Amigável de Acidente Automóvel, devendo o duplicado ser entregue no mais curto espaço de tempo na Divisão de Transportes e Equipamentos Mecânicos, não podendo ultrapassar 48 horas;
2.3 Preencher a participação interna de sinistro, nos termos do formulário em uso na Divisão de Transportes e Equipamentos Mecânicos.
3. Em situações de acidente o condutor do veículo municipal deve solicitar sempre a intervenção das autoridades policiais e, especialmente, quando:
3.1 O terceiro não apresente documentos de identificação pessoal, da viatura ou da companhia de seguros;
3.2 O terceiro se ponha em fuga sem se identificar, devendo ser logo anotados todos os dados que permitam a sua posterior identificação, nomeadamente a matrícula do veículo; 3.3 O terceiro não queira assinar a Declaração Amigável de Acidente Automóvel;
3.4 Haja danos pessoais de qualquer dos intervenientes no acidente. 27 - Avaria
1. As avarias detectadas devem ser descritas pelo condutor do veículo no modelo em uso na Divisão de Transportes e Equipamentos Mecânicos, ao Encarregado do Sector de Oficinas Auto.
2. Caso o veículo não possa deslocar-se pelos seus próprios meios para o Sector de Oficinas Auto, o condutor deverá contactar os serviços da Divisão de Transportes e Equipamentos Mecânicos afim deste avaliar a situação e fornecer as directrizes necessárias.
3. Nos casos de avaria, existindo disponibilidade, a Divisão de Transportes e Equipamentos Mecânicos promoverá a substituição do veículo.
1. No caso de furto ou roubo de um veículo municipal, ou de qualquer acessório, deve o seu condutor informar, logo após o conhecimento dos factos, a autoridade policial e a Divisão de Transportes e Equipamentos Mecânicos.
2. A comunicação de furto ou roubo pode ser feita via telefone, devendo ser conformada por escrito, acompanhada de relatório onde se identifique o veículo, o condutor, o dia, hora e local da ocorrência, a identificação de testemunhas e demais elementos que possam contribuir para a descoberta da verdade e identificação do infractor.
CAPTÍULO VII ABASTECIMENTO
29 - Abastecimento de veículos
1. Os veículos devem ser abastecidos no posto de abastecimento municipal de acordo com as normas de conteúdo técnico em vigor.
2. Em situações devidamente justificadas, os veículos municipais podem ser abastecidos nas estações de serviço da empresa com a qual o Município de Setúbal tem contrato, mediante a apresentação de cartão de frota.
CAPTÍULO VIII
DISPOSIÇÕES FINAIS
30 – Utilização das instalações de Poçoilos
O levantamento, entrega, depósito de veículos ou a utilização dos serviços e meios disponíveis no Parque Municipal de Poçoilos far-se-á no horário de funcionamento deste, das 8 horas às 12 horas, no período da manhã, e das 13 horas às 16 horas, no período da tarde. 31 – Normas de conteúdo técnico
A elaboração de normas de conteúdo técnico compete à Divisão de Transportes e Equipamentos Mecânicos, que elaborará e aprovará os modelos necessários à aplicação do presente Regulamento.
32 – Casos Omissos
Nos casos omissos e de dúvidas na interpretação e aplicação do presente regulamento, que não possam ser resolvidos por recurso aos critérios legais de interpretação e integração de lacunas, são submetidos ao Director do Departamento de Obras Municipais.
33 – Entrada em vigor
