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Supremo Tribunal Federal

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Academic year: 2021

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(1)

Ementa e Acórdão

24/11/2015 PRIMEIRA TURMA

AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 23.368

DISTRITO FEDERAL

RELATOR : MIN. EDSON FACHIN

AGTE.(S) :INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA - IMT

ADV.(A/S) :CLARISSA MIGUEL MARTINHO

AGDO.(A/S) :UNIÃO

ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERALDA UNIÃO

AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. DIREITO TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS. CERTIFICADO DE ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - CEBAS. RENOVAÇÃO PERIÓDICA. CONSTITUCIONALIDADE. DIREITO ADQUIRIDO.

1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal se consolidou no sentido de que não ofende a Constituição Federal a exigência de emissão e renovação periódica de Certificado de Entidade Filantrópica para fazer jus à imunidade tributária, nos termos do art. 55, II, da Lei 8.212/91.

2. Não há razão jurídica em se pleitear o direito à imunidade por prazo indeterminado, mediante a renovação indefinida do certificado de entidade beneficente de assistência social, porquanto inexiste direito adquirido a regime jurídico.

3. Agravo regimental a que se nega provimento.

A C Ó R D Ã O

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência da Senhora Ministra Rosa Weber, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.

Brasília, 24 de novembro de 2015.

Ministro EDSON FACHIN

Supremo Tribunal Federal

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Ementa e Acórdão

RMS 23368 AGR / DF

Relator

Supremo Tribunal Federal

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RMS 23368 AGR / DF

Relator

Supremo Tribunal Federal

Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 13

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Relatório

24/11/2015 PRIMEIRA TURMA

AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 23.368

DISTRITO FEDERAL

RELATOR : MIN. EDSON FACHIN

AGTE.(S) :INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA - IMT

ADV.(A/S) :CLARISSA MIGUEL MARTINHO

AGDO.(A/S) :UNIÃO

ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERALDA UNIÃO

R E L A T Ó R I O

O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto em face de decisão monocrática, em que se negou provimento ao recurso ordinário em mandado de segurança, nos seguintes termos:

“DECISÃO: Trata-se de recurso ordinário em mandado de segurança interposto pelo Instituto Mauá de Tecnologia em face de acórdão do Superior Tribunal de Justiça, proferido no MS 5.782, de relatoria do Ministro Garcia Vieira, DJ 30.11.1998, cuja ementa se reproduz a seguir:

“CERTIFICADO DE ENTIDADE FILANTRÓPICA – RENOVAÇÃO – PROVA – REQUISITOS – MANDADO DE SEGURANÇA – DILAÇÃO PROBATÓRIA.

Em mandado de segurança a prova é preconstituída, não se admitindo dilação probatória.

Não tendo demonstrado a satisfação dos requisitos legalmente previstos, não há que se expedir o certificado de filantropia.

Segurança denegada”. (fl. 252)

No recurso ordinário, com fundamento no art. 102, II, “a”, da Constituição Federal, aponta-se violação aos artigos 150, VI, “c”, e 195, §7º, do Texto Constitucional.

Nas razões recursais, sustenta-se o direito da parte

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Supremo Tribunal Federal

24/11/2015 PRIMEIRA TURMA

AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 23.368

DISTRITO FEDERAL

RELATOR : MIN. EDSON FACHIN

AGTE.(S) :INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA - IMT

ADV.(A/S) :CLARISSA MIGUEL MARTINHO

AGDO.(A/S) :UNIÃO

ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERALDA UNIÃO

R E L A T Ó R I O

O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto em face de decisão monocrática, em que se negou provimento ao recurso ordinário em mandado de segurança, nos seguintes termos:

“DECISÃO: Trata-se de recurso ordinário em mandado de segurança interposto pelo Instituto Mauá de Tecnologia em face de acórdão do Superior Tribunal de Justiça, proferido no MS 5.782, de relatoria do Ministro Garcia Vieira, DJ 30.11.1998, cuja ementa se reproduz a seguir:

“CERTIFICADO DE ENTIDADE FILANTRÓPICA – RENOVAÇÃO – PROVA – REQUISITOS – MANDADO DE SEGURANÇA – DILAÇÃO PROBATÓRIA.

Em mandado de segurança a prova é preconstituída, não se admitindo dilação probatória.

Não tendo demonstrado a satisfação dos requisitos legalmente previstos, não há que se expedir o certificado de filantropia.

Segurança denegada”. (fl. 252)

No recurso ordinário, com fundamento no art. 102, II, “a”, da Constituição Federal, aponta-se violação aos artigos 150, VI, “c”, e 195, §7º, do Texto Constitucional.

Nas razões recursais, sustenta-se o direito da parte

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Relatório

RMS 23368 AGR / DF

Recorrente de obter a renovação do Certificado de entidade Filantrópica, independente das exigências contidas no Decreto 752/93, notadamente a aplicação anual de 20% da renda bruta proveniente de serviços gratuitos, tendo em conta a ausência de previsão em lei complementar.

Contrarrazões apresentadas às fls. 290-296.

A Procuradoria-Geral da República opinou pelo desprovimento do recurso.

A Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino juntou petição nos autos requisitando o adiamento do julgamento do presente feito, de modo a aguardar o deslinde do RE-RG 566.622, de relatoria do Ministro Marco Aurélio.

Os autos vieram a mim conclusos, em decorrência de substituição de relatoria, em 16.06.2015.

É o relatório.

Inicialmente, convém reproduzir o assentado pelo Tribunal de origem:

A legislação anterior, Lei nº 3.577/59 e Decreto-Lei 1.527/77, já exigia o certificado de filantropia para a concessão de isenção da cota patronal. Para a obtenção do referido certificado é necessário sejam atendidas as exigências a Lei nº 8.742/93 e do Decreto 752/93, o que o impetrante não demonstrou tê-lo feito. O reconhecimento de sua imunidade ou isenção não foi objeto do processo administrativo nem faz parte do pedido neste mandado de segurança, sendo impertinente a sua apreciação nesta ação”. (fl. 247)

Assim sendo, constata-se que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal se consolidou no sentido de que não ofende a Constituição Federal a exigência de emissão e renovação periódica de Certificado de Entidade Filantrópica para fazer jus à imunidade tributária, nos termos do art. 55, II, da Lei 8.212/91.

Veja-se a ementa do RE-AgR 428.815, de relatoria do Ministro Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 24.06.2005:

“I. Imunidade tributária: entidade filantrópica: CF, arts.

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RMS 23368 AGR / DF

Recorrente de obter a renovação do Certificado de entidade Filantrópica, independente das exigências contidas no Decreto 752/93, notadamente a aplicação anual de 20% da renda bruta proveniente de serviços gratuitos, tendo em conta a ausência de previsão em lei complementar.

Contrarrazões apresentadas às fls. 290-296.

A Procuradoria-Geral da República opinou pelo desprovimento do recurso.

A Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino juntou petição nos autos requisitando o adiamento do julgamento do presente feito, de modo a aguardar o deslinde do RE-RG 566.622, de relatoria do Ministro Marco Aurélio.

Os autos vieram a mim conclusos, em decorrência de substituição de relatoria, em 16.06.2015.

É o relatório.

Inicialmente, convém reproduzir o assentado pelo Tribunal de origem:

A legislação anterior, Lei nº 3.577/59 e Decreto-Lei 1.527/77, já exigia o certificado de filantropia para a concessão de isenção da cota patronal. Para a obtenção do referido certificado é necessário sejam atendidas as exigências a Lei nº 8.742/93 e do Decreto 752/93, o que o impetrante não demonstrou tê-lo feito. O reconhecimento de sua imunidade ou isenção não foi objeto do processo administrativo nem faz parte do pedido neste mandado de segurança, sendo impertinente a sua apreciação nesta ação”. (fl. 247)

Assim sendo, constata-se que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal se consolidou no sentido de que não ofende a Constituição Federal a exigência de emissão e renovação periódica de Certificado de Entidade Filantrópica para fazer jus à imunidade tributária, nos termos do art. 55, II, da Lei 8.212/91.

Veja-se a ementa do RE-AgR 428.815, de relatoria do Ministro Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 24.06.2005:

“I. Imunidade tributária: entidade filantrópica: CF, arts.

Supremo Tribunal Federal

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Relatório

RMS 23368 AGR / DF

146, II e 195, § 7º: delimitação dos âmbitos da matéria reservada, no ponto, à intermediação da lei complementar e da lei ordinária (ADI-MC 1802, 27.8.1998, Pertence, DJ 13.2.2004;RE 93.770, 17.3.81, Soares Muñoz, RTJ 102/304). A Constituição reduz a reserva de lei complementar da regra constitucional ao que diga respeito "aos lindes da imunidade", à demarcação do objeto material da vedação constitucional de tributar; mas remete à lei ordinária "as normas sobre a constituição e o funcionamento da entidade educacional ou assistencial imune". II. Imunidade tributária: entidade declarada de fins filantrópicos e de utilidade pública: Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos: exigência de renovação periódica (L. 8.212, de 1991, art. 55). Sendo o Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos mero reconhecimento, pelo Poder Público, do preenchimento das condições de constituição e funcionamento, que devem ser atendidas para que a entidade receba o benefício constitucional, não ofende os arts. 146, II, e 195, § 7º, da Constituição Federal a exigência de emissão e renovação periódica prevista no art. 55, II, da Lei 8.212/91.”

Ademais, verifica-se o entendimento reiterado do Supremo Tribunal Federal no sentido de que não há razão jurídica em se pleitear o direito à imunidade por prazo indeterminado, porquanto inexiste direito adquirido a regime jurídico.

Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes:

“RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS. IMUNIDADE. CERTIFICADO DE ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL -

CEBAS. RENOVAÇÃO PERIÓDICA.

CONSTITUCIONALIDADE. DIREITO ADQUIRIDO. INEXISTÊNCIA. OFENSA AOS ARTIGOS 146, II e 195, § 7º DA CB/88. INOCORRÊNCIA. 1. A imunidade das entidades beneficentes de assistência social às contribuições sociais obedece a regime jurídico definido na Constituição. 2. O inciso II do art. 55 da Lei n. 8.212/91 estabelece como uma das

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RMS 23368 AGR / DF

146, II e 195, § 7º: delimitação dos âmbitos da matéria reservada, no ponto, à intermediação da lei complementar e da lei ordinária (ADI-MC 1802, 27.8.1998, Pertence, DJ 13.2.2004;RE 93.770, 17.3.81, Soares Muñoz, RTJ 102/304). A Constituição reduz a reserva de lei complementar da regra constitucional ao que diga respeito "aos lindes da imunidade", à demarcação do objeto material da vedação constitucional de tributar; mas remete à lei ordinária "as normas sobre a constituição e o funcionamento da entidade educacional ou assistencial imune". II. Imunidade tributária: entidade declarada de fins filantrópicos e de utilidade pública: Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos: exigência de renovação periódica (L. 8.212, de 1991, art. 55). Sendo o Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos mero reconhecimento, pelo Poder Público, do preenchimento das condições de constituição e funcionamento, que devem ser atendidas para que a entidade receba o benefício constitucional, não ofende os arts. 146, II, e 195, § 7º, da Constituição Federal a exigência de emissão e renovação periódica prevista no art. 55, II, da Lei 8.212/91.”

Ademais, verifica-se o entendimento reiterado do Supremo Tribunal Federal no sentido de que não há razão jurídica em se pleitear o direito à imunidade por prazo indeterminado, porquanto inexiste direito adquirido a regime jurídico.

Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes:

“RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS. IMUNIDADE. CERTIFICADO DE ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL -

CEBAS. RENOVAÇÃO PERIÓDICA.

CONSTITUCIONALIDADE. DIREITO ADQUIRIDO. INEXISTÊNCIA. OFENSA AOS ARTIGOS 146, II e 195, § 7º DA CB/88. INOCORRÊNCIA. 1. A imunidade das entidades beneficentes de assistência social às contribuições sociais obedece a regime jurídico definido na Constituição. 2. O inciso II do art. 55 da Lei n. 8.212/91 estabelece como uma das

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Relatório

RMS 23368 AGR / DF

condições da isenção tributária das entidades filantrópicas, a exigência de que possuam o Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social - CEBAS, renovável a cada três anos. 3. A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de afirmar a inexistência de direito adquirido a regime jurídico, razão motivo pelo qual não há razão para falar-se em direito à imunidade por prazo indeterminado. 4. A exigência de renovação periódica do CEBAS não ofende os artigos 146, II, e 195, § 7º, da Constituição. Precedente [RE n. 428.815, Relator o Ministro SEPÚLVEDA PERTENCE, DJ de 24.6.05]. 5. Hipótese em que a recorrente não cumpriu os requisitos legais de renovação do certificado. Recurso não provido.” (RMS 27093, Rel. Min. EROS GRAU, Segunda Turma, DJe 14.11.2008)

“ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTRÓPICOS. 1. Entendem-se por serviços assistenciais as atividades continuadas que visem à melhoria de vida da população e cujas ações, voltadas para as necessidades básicas, observem os objetivos, os princípios e as diretrizes estabelecidos em lei. 3. Do confronto entre os objetivos estatutários do impetrante e a definição de entidade beneficente de assistência social da legislação (art. 23 da Lei 8.742/93, art. 55 da Lei 8.212/91 e Decreto 752/93), verifica-se que o recorrente não faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos, pois, muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relações culturais entre países irmãos, não está voltado precipuamente para as necessidades básicas da população e não é entidade beneficente de assistência social. 4. Provimento negado.” (RMS 23729, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJ 10.03.2006)

Por fim, o Tribunal Pleno já asseverou que a inclusão da matéria deduzida nos presente autos não serve como óbice à apreciação de recursos não abrangidos pelo art. 543-A do Código de Processo Civil, tal como sucede com a classe processual do recurso ordinário em mandado de segurança.

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RMS 23368 AGR / DF

condições da isenção tributária das entidades filantrópicas, a exigência de que possuam o Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social - CEBAS, renovável a cada três anos. 3. A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de afirmar a inexistência de direito adquirido a regime jurídico, razão motivo pelo qual não há razão para falar-se em direito à imunidade por prazo indeterminado. 4. A exigência de renovação periódica do CEBAS não ofende os artigos 146, II, e 195, § 7º, da Constituição. Precedente [RE n. 428.815, Relator o Ministro SEPÚLVEDA PERTENCE, DJ de 24.6.05]. 5. Hipótese em que a recorrente não cumpriu os requisitos legais de renovação do certificado. Recurso não provido.” (RMS 27093, Rel. Min. EROS GRAU, Segunda Turma, DJe 14.11.2008)

“ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTRÓPICOS. 1. Entendem-se por serviços assistenciais as atividades continuadas que visem à melhoria de vida da população e cujas ações, voltadas para as necessidades básicas, observem os objetivos, os princípios e as diretrizes estabelecidos em lei. 3. Do confronto entre os objetivos estatutários do impetrante e a definição de entidade beneficente de assistência social da legislação (art. 23 da Lei 8.742/93, art. 55 da Lei 8.212/91 e Decreto 752/93), verifica-se que o recorrente não faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos, pois, muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relações culturais entre países irmãos, não está voltado precipuamente para as necessidades básicas da população e não é entidade beneficente de assistência social. 4. Provimento negado.” (RMS 23729, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJ 10.03.2006)

Por fim, o Tribunal Pleno já asseverou que a inclusão da matéria deduzida nos presente autos não serve como óbice à apreciação de recursos não abrangidos pelo art. 543-A do Código de Processo Civil, tal como sucede com a classe processual do recurso ordinário em mandado de segurança.

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Relatório

RMS 23368 AGR / DF

A esse respeito, cito o RMS-ED 27.369, de relatoria da Ministra Cármen Lúcia, Tribunal Pleno, DJe 28.11.2014:

“RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA: DESPROVIMENTO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO SOBRE PRETENSO DIREITO ADQUIRIDO DA RECORRENTE AO CERTIFICADO DE ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – CEBAS. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ACOLHIDOS. 1. As entidades reconhecidas como de caráter filantrópico antes da publicação do Decreto-Lei n. 1.572, de 1º.9.1977, não têm direito adquirido à renovação e manutenção de certificados de filantropia. Precedentes. Não são, portanto, imunes ao pagamento da contribuição para a seguridade social referente à quota patronal de previdência social se não atenderem aos requisitos previstos na legislação vigente quando da requisição do certificado. 2. A exigência de emissão e renovação periódica do certificado de entidade de fins filantrópicos, prevista no inc. II do art. 55 da Lei n. 8.212/91 (revogado pela Lei n. 12.101/2009), não ofendia os arts. 146, II, e 195, § 7º, da Constituição da República. Precedentes. A inclusão dessa matéria no procedimento da repercussão geral (Recurso Extraordinário n. 566.622, Relator o Ministro Marco Aurélio) não serve como óbice à apreciação de recursos não abrangidos pelo art. 543-A do Código de Processo Civil, como sucede com o recurso ordinário em mandado de segurança. 3. Embargos de declaração acolhidos para prestar esclarecimentos, sem modificação do julgado.”

Por fim, entende-se que compete ao Relator julgar recurso ordinário em mandado de segurança em decisão monocrática, porque a pretensão deduzida em sede recursal encontra-se conflitante ao reiteradamente assentado por esta Corte.

Veja-se a ementa do RMS-AgR 23.691, de relatoria do Ministro Celso de Mello, Segunda Turma, DJ 21.06.2002:

“MANDADO DE SEGURANÇA - CONCURSO PÚBLICO - AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL - INSCRIÇÃO EM CURSO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL ASSEGURADA POR FORÇA

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RMS 23368 AGR / DF

A esse respeito, cito o RMS-ED 27.369, de relatoria da Ministra Cármen Lúcia, Tribunal Pleno, DJe 28.11.2014:

“RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA: DESPROVIMENTO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO SOBRE PRETENSO DIREITO ADQUIRIDO DA RECORRENTE AO CERTIFICADO DE ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – CEBAS. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ACOLHIDOS. 1. As entidades reconhecidas como de caráter filantrópico antes da publicação do Decreto-Lei n. 1.572, de 1º.9.1977, não têm direito adquirido à renovação e manutenção de certificados de filantropia. Precedentes. Não são, portanto, imunes ao pagamento da contribuição para a seguridade social referente à quota patronal de previdência social se não atenderem aos requisitos previstos na legislação vigente quando da requisição do certificado. 2. A exigência de emissão e renovação periódica do certificado de entidade de fins filantrópicos, prevista no inc. II do art. 55 da Lei n. 8.212/91 (revogado pela Lei n. 12.101/2009), não ofendia os arts. 146, II, e 195, § 7º, da Constituição da República. Precedentes. A inclusão dessa matéria no procedimento da repercussão geral (Recurso Extraordinário n. 566.622, Relator o Ministro Marco Aurélio) não serve como óbice à apreciação de recursos não abrangidos pelo art. 543-A do Código de Processo Civil, como sucede com o recurso ordinário em mandado de segurança. 3. Embargos de declaração acolhidos para prestar esclarecimentos, sem modificação do julgado.”

Por fim, entende-se que compete ao Relator julgar recurso ordinário em mandado de segurança em decisão monocrática, porque a pretensão deduzida em sede recursal encontra-se conflitante ao reiteradamente assentado por esta Corte.

Veja-se a ementa do RMS-AgR 23.691, de relatoria do Ministro Celso de Mello, Segunda Turma, DJ 21.06.2002:

“MANDADO DE SEGURANÇA - CONCURSO PÚBLICO - AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL - INSCRIÇÃO EM CURSO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL ASSEGURADA POR FORÇA

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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 13

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Relatório

RMS 23368 AGR / DF

DE LIMINAR JUDICIAL - PRETENDIDA NOMEAÇÃO, EM CARÁTER DEFINITIVO, PARA DETERMINADO CARGO PÚBLICO - INADMISSIBILIDADE - PROVISORIEDADE DA LIMINAR MANDAMENTAL - COMPETÊNCIA MONOCRÁTICA DO MINISTRO-RELATOR PARA NEGAR PROVIMENTO A RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA - AGRAVO IMPROVIDO. A CONCESSÃO DE LIMINAR MANDAMENTAL NÃO BASTA, SÓ POR SI, PARA GARANTIR, EM CARÁTER DEFINITIVO, A NOMEAÇÃO E A POSSE EM DETERMINADO CARGO PÚBLICO. A concessão de medida liminar, em sede mandamental, embora haja assegurado a inscrição do candidato em Curso de Formação Profissional, não tem o condão de garantir-lhe a nomeação, em caráter definitivo, para determinado cargo público, ainda que o impetrante tenha concluído, com sucesso, o Curso referido, pois a eficácia do provimento cautelar reveste-se de índole essencialmente precária, instável e provisória, dependendo, para efeito de sua subsistência e consolidação, do ulterior deferimento do mandado de segurança. Precedentes. JULGAMENTO

MONOCRÁTICO DO RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. O Relator, na direção dos processos em curso perante a Suprema Corte, dispõe de competência, para, em decisão monocrática, julgar recurso ordinário em mandado de segurança, desde que - sem prejuízo das demais hipóteses previstas no ordenamento positivo (CPC, art. 557) - a pretensão deduzida em sede recursal esteja em confronto com Súmula ou em desacordo com a jurisprudência predominante no Supremo Tribunal Federal”. (grifos nossos)

Ante o exposto, conheço do recurso ordinário a que se nega provimento, nos termos do art. 21, §1º, do RISTF.

Publique-se.

Brasília, 05 de novembro de 2015. Ministro EDSON FACHIN

Relator”

Supremo Tribunal Federal

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RMS 23368 AGR / DF

DE LIMINAR JUDICIAL - PRETENDIDA NOMEAÇÃO, EM CARÁTER DEFINITIVO, PARA DETERMINADO CARGO PÚBLICO - INADMISSIBILIDADE - PROVISORIEDADE DA LIMINAR MANDAMENTAL - COMPETÊNCIA MONOCRÁTICA DO MINISTRO-RELATOR PARA NEGAR PROVIMENTO A RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA - AGRAVO IMPROVIDO. A CONCESSÃO DE LIMINAR MANDAMENTAL NÃO BASTA, SÓ POR SI, PARA GARANTIR, EM CARÁTER DEFINITIVO, A NOMEAÇÃO E A POSSE EM DETERMINADO CARGO PÚBLICO. A concessão de medida liminar, em sede mandamental, embora haja assegurado a inscrição do candidato em Curso de Formação Profissional, não tem o condão de garantir-lhe a nomeação, em caráter definitivo, para determinado cargo público, ainda que o impetrante tenha concluído, com sucesso, o Curso referido, pois a eficácia do provimento cautelar reveste-se de índole essencialmente precária, instável e provisória, dependendo, para efeito de sua subsistência e consolidação, do ulterior deferimento do mandado de segurança. Precedentes. JULGAMENTO

MONOCRÁTICO DO RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. O Relator, na direção dos processos em curso perante a Suprema Corte, dispõe de competência, para, em decisão monocrática, julgar recurso ordinário em mandado de segurança, desde que - sem prejuízo das demais hipóteses previstas no ordenamento positivo (CPC, art. 557) - a pretensão deduzida em sede recursal esteja em confronto com Súmula ou em desacordo com a jurisprudência predominante no Supremo Tribunal Federal”. (grifos nossos)

Ante o exposto, conheço do recurso ordinário a que se nega provimento, nos termos do art. 21, §1º, do RISTF.

Publique-se.

Brasília, 05 de novembro de 2015. Ministro EDSON FACHIN

Relator”

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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 13

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Relatório

RMS 23368 AGR / DF

Nas razões recursais, ressalta-se que “cumpre aqui informar que toda

matéria aqui abordada, já fora de forma mais ampla tratada no Recurso Ordinário apresentado pelo agravante,” notadamente de que cabe à lei

complementar dispor sobre requisitos à concessão de certificado de entidade de fins filantrópicos.

É o relatório.

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Supremo Tribunal Federal

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RMS 23368 AGR / DF

Nas razões recursais, ressalta-se que “cumpre aqui informar que toda

matéria aqui abordada, já fora de forma mais ampla tratada no Recurso Ordinário apresentado pelo agravante,” notadamente de que cabe à lei

complementar dispor sobre requisitos à concessão de certificado de entidade de fins filantrópicos.

É o relatório.

7

Supremo Tribunal Federal

Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 13

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Voto - MIN. EDSON FACHIN

24/11/2015 PRIMEIRA TURMA

AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 23.368

DISTRITO FEDERAL

V O T O

O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN (RELATOR): Não assiste razão à parte Agravante.

A parte insurgente não trouxe novos argumentos com aptidão para infirmar a decisão ora agravada.

Conforme já posto na decisão agravada, constata-se que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal consolidou-se no sentido de que não ofende a Constituição Federal a exigência de emissão e renovação periódica de Certificado de Entidade Filantrópica para fazer jus à imunidade tributária, nos termos do art. 55, II, da Lei 8.212/91.

Veja-se a ementa do RE-AgR 428.815, de relatoria do Ministro Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 24.06.2005:

“I. Imunidade tributária: entidade filantrópica: CF, arts. 146, II e 195, § 7º: delimitação dos âmbitos da matéria reservada, no ponto, à intermediação da lei complementar e da lei ordinária (ADI-MC 1802, 27.8.1998, Pertence, DJ 13.2.2004;RE 93.770, 17.3.81, Soares Muñoz, RTJ 102/304). A Constituição reduz a reserva de lei complementar da regra constitucional ao que diga respeito "aos lindes da imunidade", à demarcação do objeto material da vedação constitucional de tributar; mas remete à lei ordinária "as normas sobre a constituição e o funcionamento da entidade educacional ou assistencial imune". II. Imunidade tributária: entidade declarada de fins filantrópicos e de utilidade pública: Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos: exigência de renovação periódica (L. 8.212, de 1991, art. 55). Sendo o Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos mero reconhecimento, pelo Poder Público, do

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal

24/11/2015 PRIMEIRA TURMA

AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 23.368

DISTRITO FEDERAL

V O T O

O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN (RELATOR): Não assiste razão à parte Agravante.

A parte insurgente não trouxe novos argumentos com aptidão para infirmar a decisão ora agravada.

Conforme já posto na decisão agravada, constata-se que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal consolidou-se no sentido de que não ofende a Constituição Federal a exigência de emissão e renovação periódica de Certificado de Entidade Filantrópica para fazer jus à imunidade tributária, nos termos do art. 55, II, da Lei 8.212/91.

Veja-se a ementa do RE-AgR 428.815, de relatoria do Ministro Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 24.06.2005:

“I. Imunidade tributária: entidade filantrópica: CF, arts. 146, II e 195, § 7º: delimitação dos âmbitos da matéria reservada, no ponto, à intermediação da lei complementar e da lei ordinária (ADI-MC 1802, 27.8.1998, Pertence, DJ 13.2.2004;RE 93.770, 17.3.81, Soares Muñoz, RTJ 102/304). A Constituição reduz a reserva de lei complementar da regra constitucional ao que diga respeito "aos lindes da imunidade", à demarcação do objeto material da vedação constitucional de tributar; mas remete à lei ordinária "as normas sobre a constituição e o funcionamento da entidade educacional ou assistencial imune". II. Imunidade tributária: entidade declarada de fins filantrópicos e de utilidade pública: Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos: exigência de renovação periódica (L. 8.212, de 1991, art. 55). Sendo o Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos mero reconhecimento, pelo Poder Público, do

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Voto - MIN. EDSON FACHIN

RMS 23368 AGR / DF

constitucional, não ofende os arts. 146, II, e 195, § 7º, da Constituição Federal a exigência de emissão e renovação periódica prevista no art. 55, II, da Lei 8.212/91.”

Ademais, verifica-se o entendimento reiterado do Supremo Tribunal Federal no sentido de que não há razão jurídica em se pleitear o direito à imunidade por prazo indeterminado, mediante a renovação indefinida do certificado de entidade beneficente de assistência social, porquanto inexiste direito adquirido a regime jurídico.

Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes:

“RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS. IMUNIDADE. CERTIFICADO DE ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL -

CEBAS. RENOVAÇÃO PERIÓDICA.

CONSTITUCIONALIDADE. DIREITO ADQUIRIDO. INEXISTÊNCIA. OFENSA AOS ARTIGOS 146, II e 195, § 7º DA CB/88. INOCORRÊNCIA. 1. A imunidade das entidades beneficentes de assistência social às contribuições sociais obedece a regime jurídico definido na Constituição. 2. O inciso II do art. 55 da Lei n. 8.212/91 estabelece como uma das condições da isenção tributária das entidades filantrópicas, a exigência de que possuam o Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social - CEBAS, renovável a cada três anos. 3. A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de afirmar a inexistência de direito adquirido a regime jurídico, razão motivo pelo qual não há razão para falar-se em direito à imunidade por prazo indeterminado. 4. A exigência de renovação periódica do CEBAS não ofende os artigos 146, II, e 195, § 7º, da Constituição. Precedente [RE n. 428.815, Relator o Ministro SEPÚLVEDA PERTENCE, DJ de 24.6.05]. 5. Hipótese em que a recorrente não cumpriu os requisitos legais de renovação do certificado. Recurso não provido.” (RMS 27093, Rel. Min. EROS GRAU, Segunda Turma, DJe 14.11.2008)

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RMS 23368 AGR / DF

constitucional, não ofende os arts. 146, II, e 195, § 7º, da Constituição Federal a exigência de emissão e renovação periódica prevista no art. 55, II, da Lei 8.212/91.”

Ademais, verifica-se o entendimento reiterado do Supremo Tribunal Federal no sentido de que não há razão jurídica em se pleitear o direito à imunidade por prazo indeterminado, mediante a renovação indefinida do certificado de entidade beneficente de assistência social, porquanto inexiste direito adquirido a regime jurídico.

Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes:

“RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS. IMUNIDADE. CERTIFICADO DE ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL -

CEBAS. RENOVAÇÃO PERIÓDICA.

CONSTITUCIONALIDADE. DIREITO ADQUIRIDO. INEXISTÊNCIA. OFENSA AOS ARTIGOS 146, II e 195, § 7º DA CB/88. INOCORRÊNCIA. 1. A imunidade das entidades beneficentes de assistência social às contribuições sociais obedece a regime jurídico definido na Constituição. 2. O inciso II do art. 55 da Lei n. 8.212/91 estabelece como uma das condições da isenção tributária das entidades filantrópicas, a exigência de que possuam o Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social - CEBAS, renovável a cada três anos. 3. A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de afirmar a inexistência de direito adquirido a regime jurídico, razão motivo pelo qual não há razão para falar-se em direito à imunidade por prazo indeterminado. 4. A exigência de renovação periódica do CEBAS não ofende os artigos 146, II, e 195, § 7º, da Constituição. Precedente [RE n. 428.815, Relator o Ministro SEPÚLVEDA PERTENCE, DJ de 24.6.05]. 5. Hipótese em que a recorrente não cumpriu os requisitos legais de renovação do certificado. Recurso não provido.” (RMS 27093, Rel. Min. EROS GRAU, Segunda Turma, DJe 14.11.2008)

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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 13

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Voto - MIN. EDSON FACHIN

RMS 23368 AGR / DF

“ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTRÓPICOS. 1. Entendem-se por serviços assistenciais as atividades continuadas que visem à melhoria de vida da população e cujas ações, voltadas para as necessidades básicas, observem os objetivos, os princípios e as diretrizes estabelecidos em lei. 3. Do confronto entre os objetivos estatutários do impetrante e a definição de entidade beneficente de assistência social da legislação (art. 23 da Lei 8.742/93, art. 55 da Lei 8.212/91 e Decreto 752/93), verifica-se que o recorrente não faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos, pois, muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relações culturais entre países irmãos, não está voltado precipuamente para as necessidades básicas da população e não é entidade beneficente de assistência social. 4. Provimento negado.” (RMS 23729, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJ 10.03.2006)

Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.

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RMS 23368 AGR / DF

“ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTRÓPICOS. 1. Entendem-se por serviços assistenciais as atividades continuadas que visem à melhoria de vida da população e cujas ações, voltadas para as necessidades básicas, observem os objetivos, os princípios e as diretrizes estabelecidos em lei. 3. Do confronto entre os objetivos estatutários do impetrante e a definição de entidade beneficente de assistência social da legislação (art. 23 da Lei 8.742/93, art. 55 da Lei 8.212/91 e Decreto 752/93), verifica-se que o recorrente não faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos, pois, muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relações culturais entre países irmãos, não está voltado precipuamente para as necessidades básicas da população e não é entidade beneficente de assistência social. 4. Provimento negado.” (RMS 23729, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJ 10.03.2006)

Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.

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Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 13

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Extrato de Ata - 24/11/2015

PRIMEIRA TURMA

EXTRATO DE ATA

AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 23.368

PROCED. : DISTRITO FEDERAL

RELATOR : MIN. EDSON FACHIN

AGTE.(S) : INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA - IMT ADV.(A/S) : CLARISSA MIGUEL MARTINHO

AGDO.(A/S) : UNIÃO

ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos

termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Marco Aurélio e Luiz Fux. Presidência da Senhora Ministra Rosa Weber. 1ª Turma, 24.11.2015.

Presidência da Senhora Ministra Rosa Weber. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux, Roberto Barroso e Edson Fachin.

Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques.

Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma

Supremo Tribunal Federal

PRIMEIRA TURMA

EXTRATO DE ATA

AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 23.368

PROCED. : DISTRITO FEDERAL

RELATOR : MIN. EDSON FACHIN

AGTE.(S) : INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA - IMT ADV.(A/S) : CLARISSA MIGUEL MARTINHO

AGDO.(A/S) : UNIÃO

ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos

termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Marco Aurélio e Luiz Fux. Presidência da Senhora Ministra Rosa Weber. 1ª Turma, 24.11.2015.

Presidência da Senhora Ministra Rosa Weber. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux, Roberto Barroso e Edson Fachin.

Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques.

Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma

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