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CLASSIFICAÇÃO DOS ANOS PADRÃO DE TEMPERATURA DO AR NA BACIA DO RIO PARANAÍBA

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EOGRAFIA BRASILEIRA: ESCALAS E DIMENSÕES DA ANÁLISE E DA AÇÃO

DE 9 A 12 DE OUTUBRO

CLASSIFICAÇÃO DOS ANOS PADRÃO DE TEMPERATURA DO AR

NA BACIA DO RIO PARANAÍBA

Arlei Teodoro de Queiroz¹ Resumo

O presente trabalho buscou classificar os anos padrão de temperatura do ar nas 24 estações automáticas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) registrados na Bacia do Rio Paranaíba, por meio da variação percentual da temperatura ao longo dos anos em relação à média, seguindo a ideia de anos padrão destacada por Tavares (1976). Para classificar os anos padrão foi calculado o desvio-padrão dos dados, sendo utilizado este valor para definir as faixas dos anos padrão, adaptando a metodologia descrita por Sant'Anna Neto (1995). Com base nestas informações foi possível classificar os anos como frio, tendente a frio, habitual, tendente a quente e quente, tendo em vista a variação percentual da temperatura máxima, mínima e média em relação à média. Além disso, classificou-se como alta, tendente a alta, habitual, tendente a baixa e baixa, os dados de variação percentual da maior amplitude térmica diária por ano em relação a média.

Palavras-chave: Temperatura extrema, Bacia do Rio Paranaíba, variação percentual, variabilidade temporal, anos padrão.

Abstract

The present study aimed classify the standard years of air temperature in the 24 automatic weather stations of the Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) recorded in the the Bacia do Rio

Paranaíba, by means of percentual variation of temperature over the years relative to the average,

following the idea of standard years detached by Tavares (1976). To classify the standard years was calculated the standard deviation of the data, being used this value to define the bands of the standard years, by adapting the methodology described by Sant'Anna Neto (1995). Based on this information it was possible classify the years as cold, tending the cold, habitual, tending the hot and hot, in view of percentual variation of maximum, minimum and average temperature relative to the average. Moreover, it was classified as high, tending the high, habitual, tending low and low, the data of percentage variation of the greatest daily temperature range by year relative to the average.

Keywords: Extreme temperature, Bacia do Rio Paranaíba, percentage variation, temporal variability, standard years.

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1 – Introdução

O conhecimento da Climatologia de uma região constitui um importante fator condicionante para a implantação e desenvolvimento de diversas atividades econômicas, com destaque para as que são vinculadas ao setor agropecuário.

Na região do Brasil Central, no que tange à relação entre o clima e a questão socioeconômica verifica-se que os principais problemas referem-se a eventos e/ou episódios extremos, sobretudo, quanto a períodos de escassez pluviométrica ou precipitações concentradas. Esses eventos e/ou episódios causam muitos prejuízos, desde os financeiros até eventuais óbitos. Vale destacar que a variação da temperatura do ar e da umidade realtiva do ar, cujas excepcionalidades corroboram para a ocorrência de algumas doenças podem, também, acarretar o óbito de pessoas. Sobre o assunto Mendes (2001, p. 3) afirma que:

Os fenômenos naturais, principalmente os relacionados com a atmosfera, quando se apresentam como eventos extremos, como calor ou frio em excesso, ou ainda estiagens ou precipitações fora dos padrões normais, levam sociedades despreparadas a enfrentar sérios problemas, muitas vezes catastróficos, que repercutem negativamente no bem-estar das populações, principalmente das que habitam as grandes cidades. (MENDES, 2001, p. 3)

Uma das etapas primordiais para a realização de um estudo que busca compreender os aspectos referentes ao clima de uma região e suas variações é a coleta e análise de dados meteorológicos registrados em uma série histórica. Segundo Silvestre et al (2013) classificar um conjunto de dados, em um determinado número de classes, no momento de se definir valores como sendo habituais ou extremos constitui-se em um problema muito comum encontrado pelos estudiosos do clima.

Entre as diversas técnicas que podem ser empregadas para essa finalidade, a de definir os anos do período de estudo em anos padrão é comumente empregada na Climatologia Geográfica. A escolha de anos padrão como forma de analisar a dinâmica atmosférica teve início nas concepções de Monteiro (1973), ao propor critérios para a escolha de anos padrão, executando a técnica de análise rítmica, que leva em conta a concepção sorreana do clima. Monteiro (1973) ressalta que o

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tratamento dinâmico qualitativo utilizado, ao se lançar mão da técnica de anos padrão, trabalha com amostras cronológicas do tempo atmosférico que melhor representem a realidade climática.

Várias técnicas podem ser empregadas para a classificação de anos padrão, seja de temperatura do ar, precipitação ou outro elemento climático de interesse. Tavares (1976), com o objetivo de analisar os dados de precipitação pluvial de Campinas, no período de 1961 a 1970, desenvolveu uma técnica de agrupamento e cálculo do desvio percentual de cada estação do ano em relação aos dados médios obtidos para definir anos padrão, que é bastante utilizada pelos geógrafos estudiosos do clima.

Com o intuito de aprimorar a técnica de anos padrão, em 1995, Sant'Anna Neto utiliza-a para classificar os anos por meio do cálculo do desvio-padrão e da média, conforme descrito por Silvestre et al (2013):

Um critério bastante utilizado para classificar anos padrão é através do desvio-padrão em relação à média. Entretanto, essa técnica é mais adequada para conjuntos de dados que apresentem distribuição simétrica. Sant’Anna Neto (1995) utilizou a técnica de um Desvio-padrão em sua tese de doutorado para representar a evolução temporal das chuvas, bem como sua distribuição no Estado de São Paulo, no período de 1941 a 1993. O autor definiu cinco classificações para os anos com relação à chuva: S=ano seco, TS=ano tendente a seco, H=ano habitual, TC=ano tendente a chuvoso e C=ano chuvoso. Para a definição das classes de chuva são utilizados a média ( x ) e o desvio-padrão (s) (...) (Silvestre et al, 2013, p.29)

Com base nos estudos sobre anos padrão para análise dos dados pluviométricos, a presente investigação teve intenção de realizar uma experiência para verificar se a técnica de anos padrão pode ser adaptada para dados de temperatura do ar, produzindo informações que possam representar a realidade da dinâmica desse parâmetro.

Nesse contexto, a presente investigação teve como objetivo definir e classificar os anos padrão de temperatura do ar e amplitude térmica por meio do desvio-padrão em relação a média, adaptando a ideia de anos padrão destacada por Sant'Anna Neto (1995), com o intuito de identificar e analisar a distribuição temporal

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das temperaturas mínimas, máximas, médias e amplitude térmica diárias do ar registradas na Bacia Hidrográfica do Rio Paranaíba. Essa análise preliminar buscou identificar os extremos de temperatura do ar que ocorreram na bacia do rio Paranaíba, no período compreendido entre 2008 e 2013, com o intuito de auxiliar o planejamento agropecuário, uma vez que extremos de temperatura do ar podem gerar problemas nos processo de crescimento das plantas, pois todos os cultivos possuem limites térmicos mínimos, ótimos e máximos para cada um de seus estágios de crescimento.

A Bacia Hidrográfica do Rio Paranaíba está inserida na região do Brasil Central, e é parte integrante da Região Hidrográfica do Paraná (Figura 1) e abrange parte do território de três estados (Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul) e o Distrito Federal, mais especificamente: a região centro-sul do estado de Goiás, grande parte da região oeste de Minas Gerais e uma parcela do nordeste do Mato Grosso do Sul, além de grande parte do território do Distrito Federal.

Figura 1: Localização da Bacia do Rio Paranaíba na Região Hidrográfica do Paraná. Fonte dos dados: IBGE (2012); ANA (2012)

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O clima é caracterizado por duas estações, verão quente e chuvoso e inverno seco e com temperaturas amenas. Esta sazonalidade climática da região com dois períodos extremos ao longo do ano corrobora para o desconforto humano, sobretudo, relacionados a fenômenos de maior intensidade (calor, umidade baixa realtiva do ar, precipitação concentrada, estiagens, etc.). No verão destaca-se a atuação da massa Equatorial Continental (mEc), que atraída pelos sistemas de baixa pressão do interior do continente, tende a avançar do NW, ora para SE, ora para ESE, atingindo a região Centro-Oeste, onde provoca elevação das temperaturas, sendo responsável ainda pelo aumento da umidade e das precipitações. (BARROS, 2003). Já no inverno, há o avanço de dois sistemas principais: massa tropical Atlântica Continentalizada (mTac), responsável por dias de temperatura elevadas e baixa umidade relativa do ar, e a Massa Polar Atlântica (mPa), formadora de frentes frias que provocam chuvas na região. (MENDES;QUEIROZ, 2011).

2 - Procedimentos metodológicos

Para realização dessa investigação foram obtidos, junto ao Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), dados horários de temperatura do ar mínima, máxima, instantânea e amplitude térmica diária de 24 estações meteorológicas automáticas dentro dos limites da bacia em estudo, no período de 2008 a 2013, sendo este o período de maior consistência dos dados.

Na segunda etapa do trabalho, os dados foram agrupados e tabulados por ano e por estação, por meio de planilha eletrônica possibilitando, assim, a execução da terceira etapa, quando elencou-se a temperatura máxima, mínima, média e amplitude térmica diária por ano.

Na quarta etapa calculou-se o desvio-padrão, sendo possível assim classificar os anos padrão da temperatura máxima, mínima, média e amplitude térmica em relação à média (Tabela 1), tendo como base a técnica de anos padrão descrita anteriormente, para tanto utilizou-se a fórmula a seguir:

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Tabela 1: Classificação e intervalos do anos padrão

Onde:

s: desvio-padrão

x: média das temperaturas extremas (máxima ou mínima), da média de

temperatura ou amplitude térmica

Com base nos resultados do desvio-padrão foram tabulados os dados de temperatura máxima, mínima, média e amplitude térmica por ano e sua respectiva classificação. Para facilitar a compreensão da classificação dos dados adotou-se uma paleta de cores e valores correspondentes as 5 faixas definidas (Tabela 2), como pode ser visualizado a seguir:

Tabela 2: Classificação, cores e valores atribuídos as faixas

Com base nos valores (1 a -1) foi possível, através da média, definir o ano como quente ou alta amplitude (maior valor da média), habitual (valor próximo de zero) e frio ou baixa amplitude (menor valor).

Além disso, calculou-se também, o percentual de ocorrência das faixas por ano, sendo possível determinar qual faixa predominou no respectivo ano.

3 - Resultados e discussões

Na tabela 3, encontra-se um exemplo do tratamento dos dados referente às temperaturas extremas, média e amplitude térmica da estação meteorológica de

Classificação Intervalo

Frio ou baixa <x-s

Tendente a frio ou tendente a baixa >x-s e <x-1/2s

Habitual >x-1/2s e <x+1/2s

Tendente a quente ou tendente a alta >x+1/2s e <x+s

Quente ou alta >x+s

Classificação Cor Valor atribuído

Frio ou baixa -1

Tendente a frio ou tendente a baixa -0,5

Habitual 0

Tendente a quente ou tendente a alta 0,5

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Brasília (uma das estações inseridas dentro da bacia) por ano no decorrer da série histórica. Na mesma tabela, é apresentada o desvio-padrão e os intervalos definidos a partir do mesmo, para posteriormente classificar os anos padrão, conforme a metodologia já descrita.

Tabela 3: Extremos de temperatura e temperatura média e suas respectivas variações percentuais na estação de Brasília-DF.

Fonte dos dados: INMET, 2014.

Após realizar os cálculos para as 24 estações meteorológicas, como pode ser visualizado no exemplo da Tabela 3, foi possível classificar os dados temperatura máxima, mínima, média e amplitude térmica de cada estação meteorológica por ano. Vale destacar que, com o intuito de definir os anos padrão da bacia, restringiu-se ao período de 2008 a 2013, sendo este o período com maior consistência dos dados, principalmente, referente a ausência de falhas na série.

Temp. Máx Temp. Mín Temp. Méd Amp. Térm.

2000 32,6 8,4 21,0 19,1 2001 33,1 11,0 21,1 15,2 2002 33,4 11,2 21,7 17,0 2003 33,2 9,8 21,3 17,0 2004 33,6 8,8 21,1 16,7 2005 33,5 9,9 21,3 15,9 2006 32,6 10,3 20,9 16,9 2007 34,2 10,8 21,7 17,2 2008 35,3 10,0 21,2 16,8 2009 31,9 9,7 21,3 16,8 2010 32,9 8,9 21,7 18,3 2011 33,3 10,0 21,1 17,8 2012 33,9 11,4 21,3 16,7 2013 32,7 10,6 21,3 16,3 Média 33,3 10,1 21,3 17,0 Máximo 35,3 11,4 21,7 19,1 Mínimo 31,9 8,4 20,9 15,2 Desvio-padrão 0,8 0,9 0,3 1,0 Frio <32,5 <9,1 <21,0 Baixa <16,0

Tendente a frio 32,5 - 32,9 9,1 - 9,6 21,0 - 21,2 Tendente a baixa 16,0 - 16,5 Habitual 32,9 - 33,7 9,6 - 10,5 21,2 - 21,4 Habitual 16,5 - 17,5 Tendente a quente 33,7 - 34,1 10,5 - 11,0 21,4 - 21,5 Tendente a alta 17,5 - 17,9

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Com base nos resultados, primeiramente, foram classificados os anos padrão da temperatura máxima na bacia do Rio Paranaíba em quente, tendente a quente, habitual, tendente a frio e frio. Para esta etapa utilizou-se a metodologia apresentada na Tabela 2, conforme pode ser visualizado na Figura 2. Após concluir a classificação de todas as 24 estações iniciou-se o processo de definição dos anos padrão na bacia, sendo que para isso calculou-se a média dos dados estabelecidos na classificação (-1 a 1), tendo como resultado o ano de 2009 como frio, o de 2010 habitual e 2012 como quente.

Outra forma de definição dos anos padrão foi realizada calculando qual faixa registrou, percentualmente, maior número de ocorrências ao longo do ano em questão. Neste sentido, referente aos anos padrão da temperatura máxima, nota-se que em 2008 e 2012 houve maior percentual de estações na faixa de temperatura quente, em 2009 na faixa frio e em 2010, 2011 e 2013 na faixa habitual.

Figura 2: Classificação e definição dos anos padrão de temperatura máxima Fonte dos dados: INMET, 2014.

No que tange aos anos padrão da temperatura mínima (Figura 3), ao calcular a média dos dados verifica-se que o ano de 2008 foi considerado quente, o de 2009 frio e o de 2011 habitual. Já ao definir os anos padrão pelo maior número de ocorrências no respectivo ano, pode-se afirmar que assim como na análise da

F ri o T e n d e n te a fri o H a b it u a l T e n d e n te a q u e n te Q u e n te 2000 -0,5 -0,500 0 100 0 0 0 2001 0,0 -1,0 1,0 0,000 33 0 33 0 33 2002 0,0 0,0 0,0 0,000 0 0 100 0 0 2003 0,0 0,0 0,5 0,0 0,0 0,100 0 0 80 20 0 2004 0,0 0,0 0,0 -1,0 -0,250 25 0 75 0 0 2005 0,0 0,0 1,0 0,5 0,5 0,400 0 0 40 40 20 2006 0,0 -0,5 -1,0 -0,5 -0,5 -1,0 0,0 -0,500 29 43 29 0 0 2007 1,0 1,0 0,0 0,5 0,5 0,5 0,5 0,0 0,5 0,0 1,0 0,5 0,0 0,0 0,5 0,433 0 0 33 47 20 2008 1,0 0,0 1,0 0,0 0,5 1,0 0,0 1,0 0,0 0,5 0,0 1,0 0,5 1,0 -1,0 0,0 1,0 1,0 0,0 1,0 0,0 0,5 0,5 0,457 4 0 35 22 39 2009 -1,0 -1,0 -1,0 -1,0 -1,0 -0,5 -1,0 -1,0 -1,0 -0,5 -1,0 -1,0 -0,5 -1,0 0,0 -1,0 -1,0 -1,0 -1,0 -0,5 -1,0 0,0 -0,818 73 18 9 0 0 2010 0,0 -0,5 0,0 0,0 0,0 -0,5 0,0 -0,5 0,0 -1,0 0,0 0,0 0,5 0,0 0,5 -0,5 -1,0 0,0 -0,5 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,152 9 22 61 9 0 2011 0,0 -0,5 0,0 0,0 0,0 -0,5 0,0 0,0 0,0 -0,5 0,0 0,0 -0,5 0,0 0,0 -0,5 0,0 0,0 -0,5 0,0 -0,5 -0,5 0,0 0,0 -0,167 0 33 67 0 0 2012 0,0 1,0 0,5 1,0 1,0 1,0 0,5 1,0 0,5 1,0 1,0 1,0 1,0 0,5 0,5 1,0 0,0 0,5 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 0,792 0 0 8 25 67 2013 -0,5 0,0 -0,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,5 0,0 0,0 0,0 -1,0 -0,5 0,0 -0,5 0,0 -0,5 0,0 -0,5 -0,5 0,0 -0,5 0,0 -0,229 4 38 58 0 0 Ri o V e rd e S ã o S im ã o S il v a n ia U b e rl â n d ia M o rri n h o s P a ra n a íb a P a ra u n a P a tro c ín io P ire s d o Ri o It u iu ta b a It u m b ia ra Ja ta í L u z iâ n ia M in e iro s Ca ta lã o Ch a p a d ã o d o S u l Cri st a li n a G o iâ n ia G u a rd a -M o r Á g u a s E m e n d a d a s A ra x á Bra sí li a Ca m p in a V e rd e Ca ss il â n d ia Percentual M é d ia Ano

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temperatura máxima (Figura 2), o ano 2008 destaca a faixa quente, bem como em 2009 a faixa frio ou tendente a frio, pois houve a mesma quantidade de estações com registro nas respectivas faixas de classificação. Ainda sobre a temperatura mínima, os anos de 2010, 2011 e 2012 destacaram-se como habituais e, para finalizar o ano de 2013 houve predomínio percentual como tendente a quente.

Figura 3: Classificação e definição dos anos padrão de temperatura mínima Fonte dos dados: INMET, 2014.

No que diz respeito a temperatura média na bacia (Figura 4), pelo método da média foi definido como ano habitual 2009, como quente 2010 e como frio 2011. Utilizando o método percentual, em que há definição de todos anos, observa-se que nos anos de 2008 e 2011 predomina a faixa tendente a frio, em 2009, 2012 e 2013 a faixa habitual e em 2010 a faixa quente.

F ri o T e n d e n te a fri o H a b it u a l T e n d e n te a q u e n te Q u e n te 2000 -1,0 -1,000 100 0 0 0 0 2001 1,0 0,0 -0,5 0,167 0 33 33 0 33 2002 1,0 0,5 -1,0 0,167 33 0 0 33 33 2003 0,0 0,0 -1,0 0,0 0,0 -0,200 20 0 80 0 0 2004 0,0 -1,0 -1,0 1,0 -0,250 50 0 25 0 25 2005 0,5 0,0 0,0 0,5 0,0 0,200 0 0 60 40 0 2006 1,0 0,0 0,0 1,0 0,0 1,0 0,0 0,429 0 0 57 0 43 2007 -0,5 0,5 0,0 0,0 -0,5 1,0 0,5 0,0 0,0 0,0 0,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,100 0 13 60 20 7 2008 1,0 1,0 0,0 1,0 1,0 1,0 1,0 0,0 0,0 -0,5 1,0 1,0 1,0 0,0 0,5 0,0 1,0 1,0 0,5 -0,5 1,0 1,0 0,0 0,565 0 9 26 9 57 2009 0,0 -1,0 0,0 -0,5 -0,5 -1,0 0,0 -1,0 -0,5 -1,0 -0,5 -1,0 -0,5 -1,0 0,0 -1,0 0,0 0,0 -1,0 -0,5 -0,5 -0,5 -0,545 36 36 27 0 0 2010 -0,5 -1,0 -1,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,5 -1,0 -0,5 0,0 0,0 -0,5 -0,5 0,5 0,0 0,0 0,5 0,0 0,0 0,0 -0,196 13 22 57 9 0 2011 -0,5 -1,0 0,0 -0,5 0,0 0,0 -0,5 0,5 0,5 1,0 0,0 0,0 0,5 0,5 1,0 0,0 -0,5 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,5 0,0 -0,5 0,000 4 25 46 17 8 2012 0,0 1,0 1,0 -0,5 -0,5 0,0 0,5 0,5 0,5 -0,5 -0,5 -0,5 -1,0 1,0 -1,0 0,0 0,0 0,0 -1,0 0,0 -0,5 1,0 1,0 0,0 0,021 13 25 29 13 21 2013 -0,5 0,0 0,5 -0,5 -0,5 0,0 -1,0 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,0 0,0 0,5 1,0 -0,5 -1,0 0,0 1,0 -0,5 -0,5 -0,5 -0,5 -0,021 8 33 21 29 8 Ri o V e rd e S ã o S im ã o S il v a n ia U b e rl â n d ia M o rri n h o s P a ra n a íb a P a ra u n a P a tro c ín io P ire s d o Ri o It u iu ta b a It u m b ia ra Ja ta í L u z iâ n ia M in e iro s Ca ta lã o Ch a p a d ã o d o S u l Cri st a li n a G o iâ n ia G u a rd a -M o r Á g u a s E m e n d a d a s A ra x á Bra sí li a Ca m p in a V e rd e Ca ss il â n d ia Percentual M é d ia Ano

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Figura 4: Classificação e definição dos anos padrão de temperatura média Fonte dos dados: INMET, 2014.

Para finalizar os resultados, quanto a definição dos anos padrão, será descrito as informações referente a amplitude térmica (Figura 5), sendo que no que diz respeito a média, o ano de 2009 foi considerado como baixa amplitude, o de 2010 como habitual e o de 2011 como alta amplitude. Já ao buscar a definição com base no maior número de ocorrências, nota-se o maior número de estações na faixa habitual em 2008, 2010 e 2013, na faixa de baixa amplitude em 2009, na faixa de alta amplitude em 2011 e 2013 e na faixa de tendente a baixa em 2012.

Figura 5: Classificação e definição dos anos padrão de amplitude térmica Fonte dos dados: INMET, 2014.

F ri o T e n d e n te a fri o H a b it u a l T e n d e n te a q u e n te Q u e n te 2000 -1,0 -1,000 100 0 0 0 0 2001 -0,5 -1,0 -1,0 -0,833 67 33 0 0 0 2002 1,0 0,0 1,0 0,667 0 0 33 0 67 2003 0,0 0,0 0,0 -1,0 -1,0 -0,400 40 0 60 0 0 2004 -0,5 -0,5 -0,5 1,0 -0,125 0 75 0 0 25 2005 0,0 0,0 1,0 1,0 0,0 0,400 0 0 60 0 40 2006 0,0 -1,0 0,5 1,0 -1,0 -0,5 -1,0 -0,286 43 14 14 14 14 2007 1,0 1,0 1,0 0,5 0,5 1,0 1,0 0,0 1,0 0,5 0,5 1,0 0,0 0,5 0,0 0,633 0 0 20 33 47 2008 1,0 -1,0 0,0 -0,5 -0,5 -0,5 -0,5 0,0 -0,5 0,0 0,0 -1,0 -1,0 0,0 1,0 -0,5 1,0 0,0 -0,5 -0,5 -0,5 -1,0 0,0 -0,239 17 39 30 0 13 2009 -0,5 0,0 0,0 0,0 0,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,5 0,5 0,0 -0,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,023 0 14 77 9 0 2010 0,0 0,5 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 0,0 0,0 0,0 1,0 1,0 1,0 -0,5 0,0 0,0 1,0 0,0 1,0 1,0 0,0 0,5 0,543 0 4 35 9 52 2011 -0,5 0,0 -0,5 -0,5 0,0 -0,5 0,5 -0,5 0,0 -1,0 0,0 -0,5 -0,5 -1,0 -0,5 0,0 -1,0 -0,5 -0,5 -1,0 -0,5 0,0 -1,0 0,0 -0,417 21 46 29 4 0 2012 0,0 0,5 0,0 0,0 -0,5 1,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,0 0,5 0,0 0,0 0,0 -1,0 0,0 0,0 0,5 0,0 1,0 0,0 0,5 0,146 4 4 63 17 13 2013 0,0 -1,0 0,0 -1,0 -0,5 -1,0 -1,0 -0,5 0,0 0,0 0,0 -0,5 0,0 0,0 -0,5 0,0 0,0 0,0 -0,5 0,0 -0,5 0,0 0,5 0,0 -0,271 17 25 54 4 0 Ri o V e rd e S ã o S im ã o S il v a n ia U b e rl â n d ia M o rri n h o s P a ra n a íb a P a ra u n a P a tro c ín io P ire s d o Ri o It u iu ta b a It u m b ia ra Ja ta í L u z iâ n ia M in e iro s Ca ta lã o Ch a p a d ã o d o S u l Cri st a li n a G o iâ n ia G u a rd a -M o r Á g u a s E m e n d a d a s A ra x á Bra sí li a Ca m p in a V e rd e Ca ss il â n d ia Percentual M é d ia Ano

Frio Tendente a frio Habitual Tendente a quente Quente

F ri o T e n d e n te a fri o H a b it u a l T e n d e n te a q u e n te Q u e n te 2000 1,0 1,000 0 0 0 0 100 2001 -1,0 -0,5 0,0 -0,500 33 33 33 0 0 2002 0,0 0,0 1,0 0,333 0 0 67 0 33 2003 0,0 0,0 1,0 0,0 0,5 0,300 0 0 60 20 20 2004 -1,0 0,0 0,5 -1,0 -0,375 50 0 25 25 0 2005 -0,5 -1,0 0,0 -1,0 -0,5 -0,600 40 40 20 0 0 2006 -0,5 0,0 0,0 -1,0 0,5 -0,5 0,0 -0,214 14 29 43 14 0 2007 1,0 0,0 0,5 0,5 0,0 -0,5 0,0 1,0 0,0 0,5 1,0 0,0 -0,5 0,0 0,0 0,233 0 13 47 20 20 2008 0,0 -1,0 0,0 -0,5 -0,5 0,0 0,0 0,5 0,5 1,0 -0,5 0,0 -1,0 0,0 0,0 0,0 -1,0 0,0 -1,0 1,0 0,0 0,5 0,0 -0,087 17 13 48 13 9 2009 -1,0 1,0 0,0 0,0 -0,5 0,0 -1,0 -1,0 0,0 0,0 -1,0 -1,0 0,0 -0,5 -1,0 0,0 -1,0 -1,0 -1,0 -0,5 -0,5 0,0 -0,455 41 18 36 0 5 2010 0,5 0,0 1,0 -1,0 0,5 -0,5 -0,5 0,0 0,0 0,0 -0,5 -0,5 0,0 1,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,022 4 17 57 13 9 2011 1,0 1,0 0,5 1,0 -0,5 1,0 1,0 0,0 0,5 0,5 0,5 0,0 -0,5 0,0 0,0 0,5 0,0 1,0 1,0 0,5 1,0 0,5 0,5 1,0 0,500 0 8 21 33 38 2012 -0,5 0,0 0,0 -0,5 0,0 -0,5 -1,0 0,0 -0,5 -1,0 -0,5 0,0 0,0 -1,0 1,0 0,0 -0,5 -0,5 0,5 -0,5 -0,5 -1,0 -1,0 0,0 -0,333 21 38 33 4 4 2013 0,0 0,5 -0,5 1,0 1,0 -0,5 0,5 1,0 0,5 0,5 1,0 1,0 1,0 1,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,5 1,0 0,0 0,5 0,417 0 8 33 25 33 Ri o V e rd e S ã o S im ã o S il v a n ia U b e rl â n d ia M o rri n h o s P a ra n a íb a P a ra u n a P a tro c ín io P ire s d o Ri o It u iu ta b a It u m b ia ra Ja ta í L u z iâ n ia M in e iro s Ca ta lã o Ch a p a d ã o d o S u l Cri st a li n a G o iâ n ia G u a rd a -M o r Á g u a s E m e n d a d a s A ra x á Bra sí li a Ca m p in a V e rd e Ca ss il â n d ia Percentual M é d ia Ano

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DIVERSIDADE DA

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EOGRAFIA BRASILEIRA: ESCALAS E DIMENSÕES DA ANÁLISE E DA AÇÃO

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Ao observar as quatro figuras (Figuras 2, 3, 4 e 5) referente a classificação e definição dos anos padrão torna possível definir os anos extremos, tendo em vista a predominância, percentual, de ocorrências do índice extremos em questão. Neste sentido, pode-se concluir que no período analisado (2008 a 2013), 2012 foi um ano quente com 67% da estações considerando o ano quente. Já 2009 foi um ano frio com 36% das estações. Também em 2009, nota-se que 77% das estações foram consideradas com índice habituais. No que tange a amplitude térmica, o ano de 2009 foi considerado de com baixa amplitude em 41% das estações e o ano de 2011, com 38% foi considerado com alta amplitude.

4 - Considerações finais

A partir dos resultados obtidos neste trabalho, pode-se afirmar que esta metodologia foi de grande utilidade para compreensão da variabilidade temporal dos dados de determinado elemento climático na área de estudo. Vale ressaltar que foram utilizados três métodos no presente trabalho, sendo o primeiro para classificação dos anos padrão por meio de cores e valores pré-definidos, adaptando a ideia proposta por Sant'Anna Neto (1995). Já os outros dois métodos foram utilizados para definir os anos padrão através de média dos valores e pela predominância de determinada faixa de classificação por ano.

Para finalizar, por meio deste trabalho pode-se considerar que na Bacia do Rio Paranaíba, apesar de sua extensão territorial e da variabilidade espacial existente no interior da mesma devido, sobretudo, a influência exercida pelo relevo e dinâmica atmosférica, há uma lógica de "sintonia" entre os anos padrão na bacia, demonstrando a coerência e homogeneidade das faixas de classificação observadas neste trabalho.

Referências

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DE 9 A 12 DE OUTUBRO

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