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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS

FAGNER LUCIANO MOREIRA JEANGELIS SILVA SANTOS RENAN PEREIRA BARBOSA VICTOR FASSINA BROCCO

METODOLOGIA COMO PARTE DE TESES E DISSERTAÇÕES: UMA ABORDAGEM ALÉM DOS MATERIAIS E MÉTODOS

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FAGNER LUCIANO MOREIRA JEANGELIS SILVA SANTOS RENAN PEREIRA BARBOSA VICTOR FASSINA BROCCO

METODOLOGIA COMO PARTE DE TESES E DISSERTAÇÕES: UMA ABORDAGEM ALÉM DOS MATERIAIS E MÉTODOS

Trabalho apresentado à disciplina de Metodologia de Pesquisa Científica do Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo, como parte das exigências para aprovação na disciplina, ministrada pelo Professor D.Sc. Wendel Sandro de Paula Andrade.

JERÔNIMO MONTEIRO - ES 2013

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SUMÁRIO RESUMO...iv 1. INTRODUÇÃO...5 2. OBJETIVOS...6 2.1. OBJETIVO GERAL...6 2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS...6 3. REVISÃO DE LITERATURA...7

3.1 CONCEITOS RELACIONADOS À METODOLOGIA CIENTÍFICA...7

3.1.1 Diferenças da metodologia entre material, técnica e métodos. 7 3.2 UMA ABORDAGEM QUE VAI ALÉM DOS MATERIAIS E MÉTODOS....8

3.2.1 Delineamento da pesquisa científica...9

3.2.1.1 Métodos de abordagem e de procedimentos...9

3.2.1.2 Classificação da pesquisa...11

3.2.1.3 Fluxograma...12

3.2.1.4Testes preliminares dos procedimentos...15

3.2.1.5 Abrangência, tratamento e análise dos dados...15

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS...18

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RESUMO

À organização e estruturação correta da metodologia científica está relacionado o êxito das pesquisas científicas. Diversos materiais, como guias e manuais sobre elaboração de pesquisa cientifica abordam a metodologia apenas como um simples conjunto de materiais e métodos a serem utilizados no decorrer da pesquisa. Com isso cria-se um viés na abordagem da metodologia em pesquisas científica, fazendo com que o pesquisador não inclua todas as partes que se fazem necessárias na metodologia de trabalhos científicos. O objetivo deste trabalho foi realizar uma ampla abordagem da metodologia científica, além de materiais e métodos. Os procedimentos metodológicos relacionam-se com o delinear da pesquisa, e a metodologia científica envolve componentes como: planejamento da pesquisa, tipo de estudo, população e amostra, coleta e tratamento dos dados. Assim, quando é realizada uma definição clara da metodologia a ser aplicada, torna-se mais fácil o entendimento das metas propostas e os meios para alcançá-las. Diante do exposto, faz-se necessário salientar que a forma de abordagem do problema de pesquisa deve ser constantemente reavaliada para que haja uma melhoria na qualidade da produção técnica e científica.

Palavras-chaves: metodologia científica, Material e métodos, Delineamento

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1. INTRODUÇÃO

O conhecimento científico é obtido por meio de pesquisas que surgem para responder a problemas ou lacunas que necessitam ser elucidados. Todas as pesquisas que visam resolver estes questionamentos e lacunas seguem determinadas etapas ou procedimentos capazes de estudar, analisar, inferir, concluir e resolver determinados problemas.

A organização e estruturação deste conjunto de etapas e procedimentos que visam resolver a problemática em estudo e alcançar os resultados fazem parte de um mecanismo da pesquisa que é denominado de metodologia (DALFOVO; LANA; SILVEIRA, 2008).

Segundo Ciribelli (2003), o êxito das pesquisas científicas está atrelado a uma metodologia elaborada de forma correta. O referido autor cita que o sentido da metodologia cientifica só pode ser compreendido se diferenciarmos os significados de técnica e método. A distinção desses significados será abordada com clareza no corpo do trabalho.

Diversos materiais, como guias e manuais sobre elaboração de pesquisa cientifica, abordam a metodologia apenas como um simples conjunto de materiais e métodos a serem utilizados no decorrer da pesquisa. Com isso cria-se um viés na abordagem da metodologia em pesquisas científica, fazendo com que o pesquisador não inclua todas as partes que se fazem necessárias na metodologia de trabalhos científicos.

No entanto, a metodologia científica realiza uma abordagem além de materiais, procedimentos, técnicas e métodos utilizados na pesquisa científica, refere-se também aos embasamentos e pressuposições filosóficas que motivam um estudo científico, tipo de delineamento da pesquisa, defesa de aplicação de um determinado método em detrimento de outro e até mesmo o questionamento de determinados métodos (RAMPAZZO, 2005; MARCONI; LAKATOS, 2003).

Em função do exposto, a realização deste trabalho é justificada pela falta de trabalhos que abordem uma visão ampla da metodologia utilizada em teses e dissertações, com uma abordagem além de apenas simples materiais e métodos utilizados.

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2. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVO GERAL

O objetivo deste trabalho é realizar uma ampla abordagem da metodologia científica, além de materiais e métodos.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Realizar um levantamento sobre os diversos conceitos de metodologia científica e seu papel dentro da pesquisa científica;

• Diferenciar metodologia científica de material, técnica e métodos; • Descrever a importância do delineamento de pesquisa.

• Definir e caracterizar os testes preliminares de instrumentos e procedimentos; e

• Apresentar como é realizada a análise e interpretação dos dados dentro de uma pesquisa científica.

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3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1 CONCEITOS RELACIONADOS À METODOLOGIA CIENTÍFICA

O conhecimento da metodologia científica é de fundamental importância para a realização de qualquer pesquisa. De acordo com Asti-Vera (1976, p. 7-8 citado por CIRIBELLI, 2003, p. 29-30):

quando nos referimos à Metodologia Científica não estamos tratando da disciplina Metodologia, ramo da Pedagogia que se ocupa dos métodos de transmissão do conhecimento, mas do estudo analítico e crítico dos métodos de investigação e de comprovação.

Segundo Kahlmeyer-Mertens, et al. (2007), a metodologia também pode ser conhecida como delineamento metodológico, embasamento metodológico ou método, sendo entendida como o caminho que o pesquisador irá percorrer para a realização da pesquisa.

3.1.1 Diferenças da metodologia entre material, técnica e métodos

Etimologicamente, Metodologia é uma palavra de origem grega (meta = ao longo; odos = caminho; logos = discurso, estudo). É portando, o estudo de normas gerais que facilitam a pesquisa científica (CIRIBELLI, 2003, p. 29-30).

Segundo o mesmo autor, o significado da palavra pode ser resumido como a operacionalização, sistematização e racionalização dos métodos, processos e técnicas utilizados na pesquisa, sendo a metodologia uma das condições necessárias para o êxito da pesquisa.

Como exposto na introdução deste trabalho, pode-se delimitar o sentido da expressão metodologia científica se diferenciarmos o significado de técnica e método;

Podemos definir método como o procedimento, ou o conjunto de procedimentos que servem para alcançar o fim da investigação, e técnica como o meio auxiliar que concorre para essa mesma finalidade. A diferença é que método é geral e as técnicas são particulares(CIRIBELLI, 2003, p. 30).

Já para Marconi e Lakatos (2003, p. 83), o método é o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que permite alcançar o objetivo, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista.

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O termo “Materiais e Métodos”, apresentado como metodologia em manuais, guias, trabalhos científicos, teses e dissertações, apenas representa uma parte da metodologia cientifica em que são abordados os instrumentos utilizados na pesquisa e as técnicas ou meios específicos para se trabalhar com os dados coletados.

Como será detalhado no decorrer deste trabalho, a metodologia científica realiza uma abordagem que vai além desses materiais, procedimentos, técnicas e métodos utilizados na pesquisa científica. Além destes itens, a metodologia científica envolve componentes que serão descritos nos próximos tópicos deste trabalho como o planejamento da pesquisa, tipo de estudo, população e amostra, coleta e tratamento dos dados.

3.2 UMA ABORDAGEM QUE VAI ALÉM DOS MATERIAIS E MÉTODOS

Acredita-se que uma abordagem mais aprofundada em um foco além daquele fundado em descrições de procedimentos, rotinas de laboratório e materiais utilizados possam contribuir para um melhor entendimento do que será realizado na pesquisa, além de facilitar futuras reproduções por outros autores.

Os procedimentos metodológicos relacionam-se com o delinear da pesquisa, ou seja, o modo como a conduz. Segundo Rodrigues (2006, p. 166), “A seleção dos elementos que constarão nos procedimentos metodológicos deve estar relacionada com o problema a ser pesquisado.” Dessa forma, a escolha dos elementos dependerá dos diversos fatores pertinentes à pesquisa, como natureza do problema, objetivos da pesquisa, hipóteses ou questões norteadoras, recursos financeiros e humanos, tempo disponível e estabelecido, concepção filosófica, científica e de mundo.

Para Gil (2002, p. 162), neste tópico do trabalho descrevem-se todos os procedimentos a serem seguidos na realização da pesquisa, levando em consideração o tipo de pesquisa, de amostragem, de coleta de dados e a sua análise.

Nos subtópicos a seguir são descritos alguns fatores pertinentes à descrição das metodologias empregadas, de forma a nortear e oferecer recursos a sua para confecção.

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3.2.1 Delineamento da pesquisa científica

Dentro do contexto geral de metodologia científica está incluído o delineamento da pesquisa, que é uma visão geral dos métodos utilizados para solucionar o problema de pesquisa. No delineamento da pesquisa devem ser abordados todos os aspectos metodológicos envolvidos na execução da pesquisa, como o planejamento da pesquisa, tipo de estudo, população e amostra, coleta e tratamento dos dados (CALAIS, 2010; GIL, 2002).

Nesta etapa deve ser feita a delimitação da pesquisa, desta forma é possível focar nos resultados a serem obtidos. Marconi e Lakatos (2003) sugerem que a delimitação da pesquisa científica seja feita em relação ao assunto, visando impedir que este se torne muito extenso; à extensão, pois não se pode abranger todo o âmbito onde o fato ocorre; e também a uma série de outros fatores, sendo eles humanos, econômicos e de prazo para execução.

3.2.1.1 Métodos de abordagem e de procedimentos

O pesquisador deve apresentar e justificar os métodos que serão utilizados na pesquisa. Os métodos científicos correspondem ao conjunto das atividades racionais e sistemáticas que, com maior segurança e economia, possibilita alcançar o objetivo a ser seguido (LAKATOS; MARCONI, 1991, p. 83 citado por RODRIGUES, 2006, p. 136).

As mesmas autoras afirmam ainda que se podem reunir os métodos em dois grandes grupos: de abordagem (a) e de procedimentos (b).

a) Métodos de Abordagem:

Na maioria das vezes, são exclusivos entre si, ou seja, é utilizado um único método em cada pesquisa. Fundamentados em princípios lógicos, permitem sua utilização em várias ciências. Os principais métodos de abordagem são o indutivo, o dedutivo, o hipotético-dedutivo, o dialético e o fenomenológico.

“O método indutivo é uma ferramenta que conduz o pesquisador a observar a realidade para fazer seus experimentos e tirar suas conclusões [...].”

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(OLIVEIRA, 2007, p.50-51). O seu ponto de partida é a observação dos fatos e dos fenômenos da realidade.

O método dedutivo pode ser definido como o procedimento de estudo que vai do geral ao particular, ou seja, parte-se dos princípios já reconhecidos como verdadeiros e indiscutíveis para se chegar a determinadas conclusões.

Oliveira (2007, p. 51) afirma que o método hipotético-dedutivo parte de um problema da realidade empírica, levanta hipóteses ou conjecturas, por vezes testadas, para chegar a determinada conclusões.

O método dialético procura contestar uma realidade posta, ressaltando as suas contradições. Realiza a investigação das contradições da realidade, uma vez que são essas as forças propulsoras do desenvolvimento da natureza. O método fenomenológico é o estudo dos fenômenos, em si mesmos, apreendendo sua essência, estrutura de sua significação (RODRIGUES, 2006, p. 142).

b) Métodos de procedimento

Estes métodos conduzem às etapas mais concretas da investigação cientifica, com objetivo mais restrito em termos de explicação geral dos fenômenos e abordagem menos abstrata (LAKATOS; MARCONI, 1991 citado por RODRIGUES, 2006). Diferentemente dos métodos de abordagem, que estavam ligados a fundamentos filosóficos, os métodos de procedimento relacionam-se aos problemas operacionais da pesquisa e promovem orientação nas etapas da investigação cientifica e na obtenção dos resultados. Alguns métodos utilizados são: estatístico, comparativo, experimental, tipológico, histórico, funcionalista, estruturalista e clínico.

Método estatístico – baseia-se na utilização da estatística para investigação de determinado fenômeno ou objeto de estudo

Método comparativo – conduz à investigação por intermédio da análise de dois ou mias fatos ou fenômenos, procurando ressaltar as diferenças e similaridades entre eles.

Método experimental – submete o fenômeno estudado a influência de algumas variáveis, sob condições controladas, a fim de verificar os resultados que essas variáveis produzem no objeto.

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Método tipológico – consiste na elaboração de modelos ideais que servem para análise ou avaliação de uma realidade concreta. Este método assemelha-se ao método comparativo.

Método histórico – relacionado à investigação a partir do estudo dos acontecimentos, dos processos e das instituições do passado, procurando explicar sua influência na vida social contemporânea.

Método funcionalista – faz uma analogia entre a sociedade e o organismo. Estuda os fenômenos sociais a partir de suas funções, analisando as partes inter-relacionadas e interdependentes para compreender o funcionamento do todo.

Método estruturalista – muito utilizado para o estudo de culturas, e linguagens, como um sistema em que os elementos mantêm, entre si, relações estruturais.

Método clínico – usado, principalmente, por psicólogos em uma relação entre o pesquisador e o pesquisado. O pesquisador deve se serve de informações obtidas dos determinantes inconscientes do comportamento do pesquisado.

3.2.1.2 Classificação da pesquisa

O delineamento da pesquisa também deve abordar a classificação da pesquisa científica, onde o pesquisador explica sobre o que será desenvolvido em seu trabalho. Silva e Menezes (2005) classificam a pesquisa de acordo com os seguintes critérios: natureza da pesquisa, forma de abordagem do problema, objetivos e procedimentos técnicos. Quanto à natureza da pesquisa, ela pode ser classificada como básica ou aplicada. De acordo com a abordagem do problema, a pesquisa pode ser classificada como quantitativa ou qualitativa. Do ponto de vista dos objetivos, a pesquisa pode ser exploratória, descritiva ou explicativa. Quanto à obtenção de informações, a pesquisa pode ser classificada como bibliográfica, pesquisa documental, pesquisa de campo ou de laboratório.

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No quadro 1 estão apresentados, resumidamente, os principais tipos de pesquisa.

Quadro 1. Descrição dos principais tipos de pesquisa científica quanto à obtenção de informações, abordagem e aos objetivos.

Pesquisa Científica Quanto aos objetivos Quanto à obtenção de

informações

Quanto à abordagem

Pesquisa exploratória: é uma pesquisa inicial, preliminar, cujo principal objetivo é aprimorar ideias, buscar informações sobre um determinado assunto para estudo.

Pesquisa Bibliográfica: realizada a partir de fontes secundárias, ou seja, por meio de material já publicado, como livros, revistas e artigos.

Pesquisa quantitativa: quando a abordagem está relacionada à quantificação, análise e interpretação de dados mediante pesquisa, ou seja, o enfoque da pesquisa está voltado para a análise e a interpretação dos resultados, utilizando-se da estatística.

Pesquisa descritiva: é bastante utilizada nas ciências humanas e sociais; também é muito solicitada por organizações, como instituições educacionais, empresas comerciais, partidos políticos etc.

Pesquisa Documental: é feita por meio de fontes primárias, utilizando documentos que ainda não receberam tratamento analítico, como fotografias, testamentos, manuscritos, atas parlamentares, registros de nascimento, gravações etc.

Pesquisa explicativa: é uma pesquisa mais complexa, pois busca o conhecimento mais profundo sobre o fenômeno estudado e seus resultados fundamentam o conhecimento cientifico. Seu principal objetivo é identificar os fatores que determinam ou contribuem para ocorrência dos fenômenos, procurando explicar à razão, o porquê das coisas, as causas.

Pesquisa de campo: é realizada a partir de dados obtidos no local

(campo) onde o fenômeno surgiu. Pesquisa qualitativa:quando não emprega procedimentos

estatísticos ou não tem, como objetivo principal, abordar o problema a partir desses procedimentos.

Pesquisa de laboratório: é feita a partir de dados obtidos em laboratório, buscando reproduzir o fenômeno em condições de controle. Fonte: Rodrigues (2006) adaptado pelo autor.

3.2.1.3 Fluxograma

Após ser definida toda a metodologia a ser empregada na pesquisa, é interessante que seja elaborado um fluxograma esquemático contendo todos os processos e etapas a serem desenvolvidos.

De acordo com César (2011), o fluxograma contém o que é realizado em cada etapa, bem como os materiais, as pessoas e as decisões envolvidas

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no processo, e desta forma facilita a identificação dos pontos que demandam atenção especial. Para Marconi e Lakatos (2003, p.157) o fluxograma “[...] auxilia o pesquisador a conseguir uma abordagem mais objetiva, imprimindo uma ordem lógica do trabalho”.

O fluxograma é formado, basicamente, por três módulos: início ou entrada, que trata do assunto a ser considerado no planejamento; processos, que são todas as operações envolvidas e; fim ou saída, que é a resposta para o problema de pesquisa, não existindo mais ações a serem consideradas (CÉSAR, 2011).

No Quadro 1 podem ser verificados os principais indicadores utilizados na construção de fluxogramas, conforme o padrão da American National Standards Institute (ANSI).

Quadro 1. Formas utilizadas em fluxogramas.

Dados: indica a utilização de uma base de dados.

Operação ou Transformação: indica quando ocorre

alguma transformação em qualquer característica física, química, uma montagem ou desmontagem, preparação para alguma operação subsequente.

Tomada de decisão: (sim ou não, falso ou verdadeiro)

indica o ponto em que a decisão deve ser tomada.

Espera ou Demora: é a etapa onde o produto em

transformação não iniciará a sua próxima tarefa ou processo enquanto o seu antecessor não estiver concluído.

Transporte: indica a etapa onde ocorre uma

movimentação de material.

Documento: indica a etapa onde são gerados

documentos, formulários e normas.

Armazenamento de dados: indica o armazenamento

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Terminação: indica o produto final de um processo

Sentido: indica o sentido que os processos ocorrem.

Fonte: Adaptado de César (2011).

Na Figura 1 pode-se observar um fluxograma básico dos procedimentos adotados em uma pesquisa científica.

Figura 1. Exemplo de fluxograma de execução da pesquisa científica. Fonte: Autor.

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3.2.1.4 Testes preliminares dos procedimentos

Para a execução de uma pesquisa científica, devem-se determinar quais procedimentos e instrumentos serão usados para alcançar os objetivos propostos. Entretanto, a escolha inadequada dos procedimentos e instrumentos pode comprometer os resultados e causar o insucesso da pesquisa.

Para que não ocorra a escolha errônea destes elementos, recomenda-se que recomenda-seja realizado um pré-teste ou teste preliminar, averiguando, assim, a eficiência dos mecanismos escolhidos.

Segundo Marconi e Lakatos (2003), os testes preliminares são aplicados a uma amostra ou pequena parte da população total, com o intuito de testar os instrumentos da pesquisa antes deles serem utilizados definitivamente, evitando que a pesquisa encontre resultados falsos. O objetivo desses testes preliminares é garantir a exequibilidade prática, ou seja, verificar se os instrumentos escolhidos garantem que os resultados estejam isentos de erros.

A aplicação destes testes preliminares deve ser realizada por pesquisadores experientes, capazes de avaliar a validez dos procedimentos e métodos utilizados.

O tempo despendido para execução dos testes preliminares geralmente é considerado desnecessário por pesquisadores, porém cabe ressaltar que quanto maior for o tempo gasto no planejamento, menor a chance de ocorrerem erros futuros (PORFIRIO, 2007).

3.2.1.5Abrangência, tratamento e análise dos dados

Deve-se abordar quais as abrangências serão realizadas com relação aos dados selecionados, ou seja, de qual forma será realizada a inferência sobre a população (amostragem), como serão obtidos (coleta) e processados (análise).

Na etapa de amostragem é fundamental que se informe os procedimentos e os critérios utilizados na sua execução, além das

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características generalizadas de parte da população investigada. Dessa forma as amostragens podem ser classificadas em dois grandes grupos: probabilísticas e não probabilísticas.

Segundo Gil (2008), as amostragens probabilísticas garantem precisão na estimação dos parâmetros populacionais, o que reduz o erro amostral. Podem ser classificadas em: aleatória simples, sistemática, estratificada, por conglomerado e por etapas.

As amostragens não probabilísticas “é aquela em que a seleção dos elementos da população para compor a amostra depende ao menos em parte do julgamento do pesquisador ou do entrevistador no campo” (MATTAR, 2005, p. 132). Podem ser classificadas por: acessibilidade, tipicidade e cotas.

Na etapa de coleta de dados, os mesmos são obtidos por intermédio da aplicação das técnicas selecionadas previamente. É uma tarefa bastante onerosa e que demanda considerável tempo e atenção do pesquisador no registro dos dados. Pode realizada através da aplicação de questionários, observação, coleta de campo, entrevista, formulário, testes, entre outros.

Finalizada a coleta, os dados devem ser organizados e classificados de forma a atender os objetivos do pesquisador, para facilitar sua posterior análise e interpretação. Esta etapa, se executada com cuidado, pode ajudar o pesquisador a identificar falhas na coleta de dados, permitindo que ele possa retornar a coleta de dados e corrigir os erros encontrados (MARCONI; LAKATOS, 2003).

Após a coleta e tratamento adequado dos dados, inicia-se a análise e interpretação dos mesmos para obtenção dos resultados. Esta etapa representa a transformação dos dados em resultados, proporcionando condições de obter respostas às investigações propostas inicialmente.

A análise de dados pode ser definida como o relacionamento entre os dados obtidos e sua representatividade para responder ao problema de pesquisa proposto (SANTOS, 2011).

Na análise, o pesquisador demonstra com maior detalhamento os dados provenientes do trabalho estatístico e busca estabelecer as relações existentes entre os dados obtidos e as hipóteses formuladas. Estas hipóteses são comprovadas ou refutadas mediante a análise (MARCONI; LAKATOS, 2003).

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A análise descritiva é realizada posteriormente à tabulação dos dados. Essa análise permite ao pesquisador familiarizar-se com os dados, organizá-los e sintetizá-los de forma a adquirir as informações necessárias do conjunto de dados para responder aos questionamentos.

Segundo Marconi e Lakatos (2003), a interpretação pode ser definida como a atividade intelectual que busca dar uma definição mais ampla às respostas, associando-as a outros conhecimentos. Esclarece não só o conceito do material, mas também faz conclusões mais amplas sobre os dados.

Na análise e interpretação dos dados da pesquisa é importante que eles sejam colocados de maneira clara e acessível. A eficácia dessa etapa é primordial para a qualidade da pesquisa. Mesmo que os dados sejam válidos, com uma análise e interpretação incorreta a pesquisa perde toda a credibilidade.

Após a interpretação dos dados, inicia-se o processo de representação dos resultados, um componente de extrema relevância para compreensão da análise realizada. Essa representação pode ser realizada por meio de gráficos e tabelas.

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A metodologia de pesquisa científica é um termo abrangente que engloba, além do material e métodos, informações vitais para uma melhor compreensão da pesquisa, como a sua classificação, o porquê da escolha dos métodos, bem como informações sobre a população que será estudada. Desta forma, o modelo de estruturação metodológico aqui preconizado oferece uma interessante oportunidade na percepção e realização da pesquisa científica. Assim, quando é realizada uma definição clara da metodologia a ser aplicada, torna-se mais fácil o entendimento das metas propostas e os meios para alcançá-las.

Além disso, pode-se constatar, no decorrer do trabalho, que o modelo metodológico utilizado, na maioria dos trabalhos científicos, está muito aquém do que realmente deveria ser. Uma vez que este importante tópico geralmente aborda apenas rotinas metodológicas ou práticas laboratoriais, podendo dificultar o entendimento e reprodução dos resultados por parte de outros pesquisadores.

Diante do exposto, faz-se necessário salientar que a forma como a metodologia é abordada e apresentada nos trabalhos científicos deve ser constantemente reavaliada para que haja uma melhoria na qualidade da produção técnica e científica.

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5. REFERÊNCIAS

CALAIS, S. L. Delineamento de levantamento ou survey. In: BAPTISTA, M. N.; CAMPOS, D. C. de. Metodologias de pesquisa em ciências: análises quantitativa e qualitativa. Rio de Janeiro: LTC, 2010. p.81-89.

CÉSAR, F. I. G. Ferramentas básicas de qualidade: Instrumentos para gerenciamento de processo e melhoria contínua. São Paulo: Biblioteca 24 horas, 2011.

CIRIBELLI, M. C. Como elaborar uma dissertação de mestrado através da

pesquisa científica. Rio de Janeiro: 7 letras, 2003. 227 p. Disponível em:

<books.google.com.br/books?isbn=8575770810>. Acesso em: 11 jun. 2013. DALFOVO, M. S.; LANA, R. A.; SILVEIRA, A. Métodos quantitativos e qualitativos: um resgate teórico. Revista Interdisciplinar Científica Aplicada, Blumenau, v. 2, n. 4, p. 01-13, 2° semestre, 2008. Disponível em: <http://www.unisc.br/portal/upload/com_arquivo/metodos_quantitativos_e_quali tativos_um_resgate_teorico.pdf.>. Acesso em: 13 jun. 2013.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

KAHLMEYER-MERTENS, R. S. et al. Como elaborar projetos de pesquisa: linguagem e método. Rio de Janeiro: FGV, 2007. 140 p.

MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia

científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003. 311 p. Disponível em:

<http://docente.ifrn.edu.br/olivianeta/disciplinas/copy_of_historia-i/historia-ii/china-e-india>. Acesso em: 12 jun. 2013.

MATTAR, F. Pesquisa de marketing: metodologia e planejamento. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2005, 336 p.

OLIVEIRA, M. M. Como fazer Pesquisa Qualitativa . Rio de Janeiro: Vozes, 2007.

PORFIRIO, G. J. M. Teste de instrumentos e procedimentos. 2007. Disponível em: <http://clip2net.com/clip/m2729/1196765088-73926-42kb.pdf> Acesso em: 17 jun. 2013.

RAMPAZZO, L. Metodologia Científica: para alunos dos cursos de graduação e. pós-graduação. 5. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2005. 139 p. Disponível em: <books.google.com.br/books?isbn=8515024985>. Acesso em: 12 jun. 2013.

RODRIGUES, A. de J. Metodologia Científica: Completo e Essencial para a vida Universitária. 1. ed. São Paulo: Avercamp, 2006.

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SANTOS, T. C. F. O delineamento da pesquisa quantitativa. Macaé/Carapebus: Projeto Pólen. 2011. Disponível em: <http://projetopolen.com.br/materiais/polinizando/O%20DELINEAMENTO

%20DA%20PESQUISA%20QUALITATIVA.pdf> Acesso em: 17 jun. 2013. SILVA, E. L. da; MENEZES, E. M. Metodologia da pesquisa e elaboração de

dissertação. 4. ed. Florianópolis: UFSC, 2005. 138 p. Disponível em:

<http://www.portaldeconhecimentos.org.br/index.php/por/content/view/full/1023 2>. Acesso em: 18 jun. 2013.

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