UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar
Unidade Acadêmica de Agronomia e Tecnologia de Alimentos
Qualidade da
Qualidade da Água
Água
Professora: Érica Cristine (erica@ccta.ufcg.edu.br ) Cursos: Engenharia Ambiental e de Alimentos
Qualidade da
Qualidade da Água
Água
SEGUNDO MÓDULO
SEGUNDO MÓDULO
6. Parâmetros biológicos
6. Parâmetros biológicos
6.1 Microorganismos presentes na água
6.1 Microorganismos presentes na água
6.2 Microorganismos Indicadores
6.2 Microorganismos Indicadores
Microorganismos presentes na água
EVOLUÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS
• NA ANTIGUIDADE:
ANIMAL - PLANTA - MINERAL
• APÓS O APERFEIÇOAMENTO DO
MICROSCÓPIO:
MONERA - PROTISTA -PLANTA - ANIMAL
• ATUALMENTE:
MONERAS - PROTISTA - FUNGI - PLANTAS - ANIMAL
Robert Whittaker (1924-1980) propôs em 1969 a classificação dos
Microorganismos presentes na água
Bactérias (Reino monera)
Seres vivos mais simples e de menor tamanho Foram a primeira forma de vida na terra
Unicelulares
Algumas são benéficas
Algumas são benéficas
Estabilizam a matéria orgânica
Algumas são patogênicas
Turbeculose, hanseníase,
difteria, tétano, cólera, gonorréia, tétano, sífilis, leptospirose
Microorganismos presentes na água
Algas
Podem ser do reino Monera (cianofíceas)
Protista (algas unicelulares) ou Plantae (algas pluricelurares)
Organismos autotróficos
Organismos autotróficos
Contém clorofila em suas células
Importantes na produção de oxigênio nos
corpos d´água
Se se proliferarem em excesso, causam
deterioração da qualidade da água
Microorganismos presentes na água
Fungos (Reino Fungi)
Organismos aeróbios, multicelulares,
heterotróficos
Alguns são bem desenvolvidos
Também contribuem na decomposição da
Também contribuem na decomposição da
matéria orgânica
Podem crescer em condição de baixo pH
6
Bolor cobrindo um pêssego em
decomposição. As imagens foram obtidas a intervalos de aproximadamente 12 horas ao longo de seis dias.
Microorganismos presentes na água
Protozoários (Reino Protista)
Organismos unicelulares e heterotróficos A maioria é aeróbia
São importantes no tratamento biológico, para
manutenção do equilíbrio entre diversos grupos, pois manutenção do equilíbrio entre diversos grupos, pois alimentam-se de bactérias, algas e outros
microorganismos
Alguns são patogênicos
Amebíase, doença de Chagas,
malária, giardíase
Microorganismos presentes na água
Vírus
Dez mil vezes menores do que as bactérias
Não são considerados seres vivos (não tem metabolismo
próprio)
Formados pela associação de material genético com uma Formados pela associação de material genético com uma
capa de proteína
São de difícil remoção no tratamento da água ou do
esgoto
Causam doenças, algumas são difíceis de controlar
(constante mutação)
AIDS, Gripe, Ebola, Hepatite, Catapora, Rubéola,
Sarampo, Varíola
Parâmetros biológicos
Referem-se aos diversos microorganismos que habitam
o ambiente aquático
Bactérias Algas Algas Vírus ProtozoáriosImportância
Possibilidade de transmitir doenças Degradação da matéria orgânica
Parâmetros biológicos
O monitoramento individual de cada microorganismo
patogênico é exeqüível
Para controlar a qualidade das águas de consumo
utiliza-se
microorganismos indicadores
utiliza-se
microorganismos indicadores
Indicam a possibilidade de ocorrência de patógenos na
água
Parâmetros biológicos
Indicador microbiológico ideal
Devem estar presentes, em maiores concentrações,
sempre que os microorganismos também estiverem, e ausentes em águas não contaminadas
ausentes em águas não contaminadas
Devem responder às características do meio ambiente e
aos métodos de tratamento de forma similar à dos microorganismos patogênicos
Deve ser estável e não patogênico
Deve possuir método de análise fácil, rápido, confiável e
de baixo custo
Parâmetros biológicos
Indicadores microbiológicos utilizados
Coliformes totais
Coliformes Termotolerantes (fecais) Coliforme específico: Escherichia coli Coliforme específico: Escherichia coli
12
Maioria das doenças são de transmissão fecal
Presença de fezes
Bactérias coliformes
Coliformes totais – CT
Bactérias aeróbias ou anaeróbias capazes de fermentar a
lactose de 24 a 48 horas a temperatura de 35 a 37 °C
Incluem espécies de origem não exclusivamente fecal, Incluem espécies de origem não exclusivamente fecal,
podendo ocorrer naturalmente no solo, na água e nas plantas
Tem valor sanitário limitado
Bactérias coliformes
Coliformes fecais - CF
Habitam o intestino de animais de sangue quente
Sua presença em corpos hídricos indica a possibilidade
de contaminação por excretas humanos de contaminação por excretas humanos
106 a 108 coliformes fecais / 100 mg de esgoto doméstico
Subgrupo das bactérias do grupo coliforme total,
capazes de fermentar a lactose em temperatura elevada (44,5 ± 0,2 °C) por um prazo de 24 horas
Bactérias coliformes
Coliformes fecais – CF
Genêros: Escherichia Citrobacter Águas doces: escherichia coli Citrobacter Klebsiella Enterobacter 15 escherichia coli Águas salinas: enterococosBactérias coliformes
Coliformes fecais – CF
Apesar da denominação, também inclui gêneros de origem
não exclusivamente fecal, que são capazes de se adaptar em ambientes não poluidos (Klebsiella e Enterobacter)
Tendência atual é denominá-las coliformes
termotolerantes
Bactérias coliformes
Eschericia Coli (E. coli)
O gênero mais predominante dos coliformes
termotolerantes
De origem exclusivamente fecal De origem exclusivamente fecal
É o indicador mais preciso de contaminação da água
Bactérias coliformes
Enterobactérias 18 Coliformes Totais ou “Ambientais” Coliformes fecais ou termotolerantes Escherichia coliBactérias coliformes
Análises
Qualitativas (presença/ausência – P/A)
Quantitativas (densidade de organismos em um dado
volume – usualmente 100 ml) volume – usualmente 100 ml)
Bactérias coliformes
Métodos
baseados
na
fermentação
da
lactose
(qualitativo)
Inocular tubos com Caldo Lauril Triptose
24 hrs, 35 °C (CT) e 45°C (CF) Presuntivo
21
24 hrs, 35 °C (CT) e 45°C (CF)
Gás/ácido=Positivo Sem gás / ácido=Negativo
Transfere p/ Caldo Verde Brilhante Incubar 48 hrs, 35 °C (CT) e 45°C (CF) Incubar mais 24 hrs, 35 °C (CT) e 45°C (CF) Gás/ ácido Sem gás=Negativo Confirmativo
Gás=Positivo Sem gás=Negativo Presuntivo
Fermentação
Caldo Lauril Triptose
Tubos Múltiplos - NMP
Diagnóstico: Formação de Gás Diagnóstico: Coliforme positivo para 2 tubosConfirm ação: Ferm entação com Caldo Verde Brilhante Lactose
- + +
NMP: teste confirmativo
Bactérias coliformes
Métodos cromogênicos (qualitativo)
São superiores em sensibilidade na determinação da E.
coli
Baseia-se na utilização de substratos análogos à lactose Baseia-se na utilização de substratos análogos à lactose
(glicopiranosídeos) processados somente por Escherichia Coli.
Dispensam o emprego de temperatura elevada Resultados em 24 horas
Em geral, não requerem testes confirmativos
Bactérias coliformes
Método da membrana filtrante (quantitativo)
Isola e identifica colônias de bactérias
Filtra-se 100 ml da amostra através da membrana
filtrante (47 mm de diâmetro e 0,45 µm de porosidade) filtrante (47 mm de diâmetro e 0,45 µm de porosidade)
Coloca a membrana em uma placa e incuba por 24 horas
a 36°C
Após esse período, faz a contagem das colônias
Bactérias coliformes
Método da membrana filtrante (quantitativo)
Parâmetros biológicos
Outros indicadores microbiológicos
Embora de grande praticidade, o teste de coliformes não
garante a ausência nas águas de outros patogênicos, mais resistentes que as bactérias
mais resistentes que as bactérias
Outros indicadores mais resistentes tem sido
recomendados, objetivando elevar a possibilidade de, na sua ausência, também estarem ausentes cistos de protozoários e vírus entéricos
Parâmetros biológicos
Outros indicadores microbiológicos
Clostridium perfringens
Bactérias bastante resistentes
Sua longevidade é útil na detecção de contaminação fecal, Sua longevidade é útil na detecção de contaminação fecal,
remota em situações em que outros indicadores menos resistentes, como o E. coli já não estão mais presentes
Colifagos
Vírus bacteriófagos
Podem ser úteis como indicadores de eficiência na remoção de
enterovírus e outros vírus como o da hepatite
Parâmetros biológicos
Outros indicadores microbiológicos
Bactérias heterotróficas
Utilizam o carbono orgânico como fonte de energia
Indicam má qualidade microbiológica da água devido
Indicam má qualidade microbiológica da água devido
provavelmente à desinfecção ineficaz
São comumente empregadas na avaliação da qualidade da
água em redes de distribuição
Utilização mais freqüente dos
parâmetros biológicos
C a ra ct e rí st ic a s P a râ m e tr os Águas para abastecimento Águas
residuárias
Corpos receptores Água superficial Água subterrânea
Bruta Tratada Rio Lago Bruta Tratada Bruta Tratada
C a ra ct e rí st ic a s P a râ m e tr o s
Bruta Tratada Bruta Tratada
P a râ m e tr o s b io ló g ic o s Organismos indicadores Algas Bactérias decomposit oras 30
PARA CASA
•Capítulo 01: 1.5.3
31
6. Parâmetros biológicos
6. Parâmetros biológicos
6.3 Doenças de veiculação hídrica
6.3 Doenças de veiculação hídrica
Transmissão de doenças pela água
Segundo a OMS, cerca de
80%
de todas as doenças que
se alastram nos países em desenvolvimento são
provenientes de água de ma qualidade
Devido principalmente a falta de água potável e de
Devido principalmente a falta de água potável e de
esgoto tratado
Causam
30 mil
mortes diariamente no mundo
80
a
90%
dos casos de internação no Brasil são
provocados por doenças relacionadas a água ou a falta
de saneamento
Transmissão de doenças pela água
Abastecimento
Abastecimento de de águaágua 78 % do Brasil
Coleta de
Coleta de esgotosesgotos 47 % do Brasil
Fatos históricos
Primeira demonstração científica da transmissão de
doença pela água:
1854
Epidemia de cólera em Londres
Última semana de agosto:
Última semana de agosto:
2 mortes
01 de setembro:
70 mortes
Em dez dias:
Fatos históricos
Hipótese: água de abastecimento estava associada à ocorrência da
Fatos históricos
Hipótese: água de abastecimento estava associada à ocorrência da
Fatos históricos
7 de setembro:
interompeu o fornecimento de
água da companhia suspeita
12 de setembro:
12 de setembro:
apenas 10 mortes
Uma semana depois:
surto controlado
Hipótese: água de abastecimento estava associada à ocorrência da
Fatos históricos
1880 Ebert: isola
bactéria
(bacilo) da febre tifodea
(Salmonella typhi)
1883 Robert Koch: isola a bactéria da
cólera
(Vibrio
1883 Robert Koch: isola a bactéria da
cólera
(Vibrio
cholerae) em doentes na Alexandria e depois na India.
1885 Escherich: identifica o Bacillus coli no colon de
homens sadios e dirréicos.
Escherichia coli
- até hoje
indicador universal de contaminação com fezes e
esgotos
.Contaminação da água por excretas
Os microorganismos patogênicos não são de fácil
identificação em laboratório
Índices
coliformes:
bactérias
de
origem
caracteristicamente intestinal
Indiretamente indicam o grau de contaminação de
Indiretamente indicam o grau de contaminação de
uma água
A presença de coliforme nem sempre indica a
obrigatoriedade
de
existência
de
agentes
Doenças relacionadas com a água
contaminada
Ingestão de água contaminada
Ingestão de alimentos lavados por água
contaminada
Contato direto com a água contaminada
Contato direto com a água contaminada
Insetos que se desenvolvem na água
Doenças relacionadas com a água
contaminada
Doenças de transmissão hídrica água atua como
veículo, propriamente dito, do agente infeccioso
44
Doenças de origem hídrica decorrentes de
certas substâncias contidas na água em teor
inadequado, que dão origem a doenças como
fluorose, metamoglobinemia, bócio e saturnismo
Doenças de transmissão hídrica: Ingestão de
água ou alimentos contaminados
Cólera
Bactéria: Vibrio Cholerae Diarréias e vômitos intensos
Evacuação em média de 1 a 2 litros por hora, o que pode Evacuação em média de 1 a 2 litros por hora, o que pode
levar ao estado de choque em poucas horas
Doenças de transmissão hídrica: Ingestão de
água ou alimentos contaminados
Ascaridíase (lombrigas)
Verme: Ascaris lumbricoides
Os vermes tem entre 15 e 25 cm de comprimento, e,
quando em grande número, podem obstruir o intestino quando em grande número, podem obstruir o intestino
46
http://biosonialopes.editorasaraiva.com.br/navitacontent_/userFiles/Flash/S oniaLopes_Esquemas_Animados/ascaris.swf
Podem também sair pela boca e nariz, ou localizar-se na traquéia, ocasionando, muitas vezes, asfixia e morte, principalmente em crianças
Febre Tifóide
Bactéria: Salmonela Typhi
Dor de cabeça, mal-estar, fadiga, boca amarga, febre,
calafrios
Doenças de transmissão hídrica: Ingestão de
água ou alimentos contaminados
calafrios
Hepatite infecciosa “A”
Vírus “A”
Inflamação no fígado Mal estar, náusea
Doenças de transmissão hídrica: Ingestão de
água ou alimentos contaminados
Mal estar, náusea Dor abdominal
Diarréia
Doença que mais afeta os brasileiros 1,5 milhão de casos anuais monitorados 50% dos casos na região Nordeste
Doenças de transmissão hídrica: Ingestão de
água ou alimentos contaminados
50% dos casos na região Nordeste
49 UF/ Região Nº casos monitorados 2000 Nº casos monitorados 2001 Nº casos monitorados 2002 NORTE NORDESTE SUDESTE SUL C. OESTE 153.285(14,5%) 621.575(59,0%) 42.700(4,1%) 77.561(7,4%) 158.841(15,0%) 179.955(14,6%) 593.408(48,1%) 136.320(11,0%) 127.910(10,4%) 195.810(15,9%) 226.681(16,2%) 714.018(51,1%) 194.685(13,9%) 62.941(4,5%) 200.735(14,3%) BRASIL 1.053.982 1.233.403 1.399.060
Doenças de transmissão hídrica:
Contato com a água contaminada
Esquistossomose (Xistosa)
Verme: Schistossoma mansoni Aumento do baço e do fígado
Doenças de transmissão hídrica:
Contato com a água contaminada
Ancilostomíase (amarelão)
Verme: Ancylostoma duodenale
Anemia, cansaço, desânimo, emagrecimento, prisão de
ventre ou diarréia. É característica a vontade de comer ventre ou diarréia. É característica a vontade de comer terra
51
http://biosonialopes.editorasaraiva.com.br/navitacontent_/userFiles/ Flash/SoniaLopes_Esquemas_Animados/ancilostoma.swf
Doenças de transmissão hídrica:
Contato com a água contaminada
Leptospirose
Bactéria: Leptospira
interrogans
Doenças de transmissão hídrica:
Vetores que se relacionam com a água
Malária
Mosquito Anopheles
Comuns em climas tropicais
Doenças de transmissão hídrica:
Vetores que se relacionam com a água
Dengue
Mosquito Aedes aegypti
Proliferam-se em recipientes
com água acumulada com água acumulada
Primeiros casos na década de 20
Erradicado e voltou a surgir em 1981/1982
Doenças de transmissão hídrica:
Vetores que se relacionam com a água
Dengue
Doenças de transmissão hídrica:
Vetores que se relacionam com a água
Chicungunha
Mosquito Aedes aegypti
Acometimento das articulações
Vírus isolado em 1950 (vírus CHIKV) Vírus isolado em 1950 (vírus CHIKV)
Primeiro grande surto em 2004, no Quênia Até 15/11/2014 foram 1364 casos no Brasil
Doenças de origem hídrica
Decorrentes de certas substâncias contidas na água
em teor inadequado
Fluorose:
59
Fluorose:
Excesso de ingestão de flúor durante a formação dos dentes
Doenças de origem hídrica
Bócio:
Carência de iodo na água
Aumento do volume da tireóide
60
Aumento do volume da tireóide
Saturnismo:
Formas de prevenção
Beber sempre água potável
Lavar sempre as mão antes das refeições e
após utilizar o banheiro
Lavar os alimentos em uma solução
Lavar os alimentos em uma solução
contendo uma colher de sopa de água
sanitária para cada litro de água e deixar as
frutas e verduras nesta solução por 30
minutos
Formas de prevenção
Proteção dos mananciais
Tratamento adequado da água
Controle da
qualidade da água
na rede de distribuição
Solução sanitária para a coleta e disposição de esgotos
Solução sanitária para a coleta e disposição de esgotos
PARA CASA
•Texto: Água não tratada é porta aberta para
várias doenças. COPASA
64
•Texto: Doenças de veiculação hídrica. Profª
7. Poluição da água
7. Poluição da água
7.1 Conceitos
7.1 Conceitos
7.2 Principais poluentes
7.2 Principais poluentes
65CONCEITOS
POLUIÇÃO DAS ÁGUAS:
Ecologista:
Qualquer alteração produzida no meio
aquático
Piscicultor:
Água poluída é aquela que possui pouco
Piscicultor:
Água poluída é aquela que possui pouco
oxigênio ou substância tóxicas para os peixes
Sanitarista:
Conceito de poluição é associado a
transmissão de doenças
Homem comum:
Água poluída é água suja. Prevalece o
aspecto estético.
CONCEITOS
Água poluída não é sinônimo de água
suja!
Conceito mais moderno:
67
Conceito mais moderno:
Ocorrência de alterações prejudiciais ao meio aquático
Obs.: se essas alterações colocam em risco a saúde dos elementos da biota ou do ser humano que dele faz uso:
Poluição Contaminação
CONCEITOS
Como saber se as alterações são prejudiciais ou não ao
corpo hídrico?
Depende do uso que se faz dele!
68
Águas com elevada concentração de metais pesados ou
pesticidas
Abastecimento
CONCEITOS
Conceitos mais práticos:
A adição de substâncias ou de formas de energia que,
direta ou indiretamente, alterem a natureza do corpo d´água de uma maneira tal que prejudique os legítimos
69
d´água de uma maneira tal que prejudique os legítimos
usos que dele são feitos.
É qualquer alteração nas características físicas,
químicas e/ou biológicas das águas, que possa constituir
prejuízo à saúde, à segurança e ao bem estar da
população e, ainda, possa comprometer a fauna ictiológica e a utilização das águas para fins recreativos, comerciais, industriais e de geração de energia. (CONAMA)
CONCEITOS
Resumindo
POLUIÇÃO = f (USO)
70
USO = f (qualidade da água)
Qualidade = f (características físicas, químicas
e/ou biológicas das águas)
Fontes poluidoras
Despejos urbanos
Esgotos domésticos Esgotos industriais Águas pluviais Águas pluviais 71Fontes poluidoras
Despejos rurais
Resíduos agro-pastoris Resíduos agro-industriais
Fontes poluidoras Fontes poluidoras
Águas
Águas superficiaissuperficiais::
•
• EsgotoEsgoto domésticodoméstico;;
•
• EfluentesEfluentes industriaisindustriais;;
•
• ÁguasÁguas pluviais,pluviais, carreandocarreando impurezas
impurezas dodo solosolo ouou contendocontendo esgotos
esgotos lançadoslançados nasnas galeriasgalerias;;
•
• ResíduosResíduos sólidossólidos (lixo)(lixo);;
• • PesticidasPesticidas;; • • Águas subterrâneas: – Infiltração de: • esgotos a partir de sumidouros ou valas de
infiltração (fossas sépticas);
• esgotos depositados em
lagoas de estabilização ou em
outros sistemas de
tratamento usando disposição no solo;
• esgotos aplicados no solo em sistemas de irrigação;
• águas contendo pesticidas,
fertilizantes, detergentes e • • FertilizantesFertilizantes;; • • DetergentesDetergentes;; •
• PrecipitaçãoPrecipitação dede poluentespoluentes atmosféricos
atmosféricos (sobre(sobre oo solosolo ouou aa água)
água);;
•
• AlteraçãoAlteração nasnas margensmargens dosdos mananciais,
mananciais, provocandoprovocando carreamento
carreamento dodo solo,solo, comocomo conseqüências
conseqüências dada erosãoerosão..
fertilizantes, detergentes e
poluentes atmosféricos
depositados no solo;
• outras impurezas presentes
no solo;
• águas superficiais poluídas;
– Vazamento de tubulações ou
depósitos subterrâneos;
– Percolação do chorume resultante de depósitos de lixo no solo;
– Resíduos de outras fontes:
cemitérios, minas, depósitos de
Formas da poluição
POLUIÇÃO PONTUAL
Ponto de lançamento da carga poluidora é bem definido A poluição se dá de forma concentrada no espaço e
aproximadamente contínua aproximadamente contínua
Formas da poluição
POLUIÇÃO PONTUAL
Lançamento de efluentes domésticos e industriais em
corpos hídricos
Contaminação do lençol subterrâneo por um posto de
gasolina
Formas da poluição
POLUIÇÃO DIFUSA
Os poluentes adentram os recursos hídricos de forma
distribuída no espaço e geralmente intermitente
São transportados por longas distâncias, não é possível São transportados por longas distâncias, não é possível
dizer exatamente qual foi a sua origem
Drenagem pluvial superficial
ou
Pontual Difusa
Formas da poluição
Descarga de efluentes a partir de indústrias e de estações
de tratamento de esgoto São bem localizadas, fáceis de identificar e de monitorar
Escoamento superficial urbano, escoamento superficial de áreas agrícolas e deposição atmosférica
Espalham-se por toda a cidade, são difíceis de identificar e tratar
Formas da poluição
Nos países desenvolvidos:
Preocupação maior com a poluição difusa, pois os
lançamentos pontuais, em sua maioria, já estão controlados
controlados
No Brasil:
Há muito ainda o que se fazer em termos de controle da
poluição pontual
79
Principal problema: lançamento de esgotos in natura
Impurezas encontradas na água
Características físicas
Características
DE QUALIDADE
PARÂMETROS
Sólidos presentes na água
80 Características químicas Características biológicas
DE QUALIDADE
DA ÁGUA
Matéria orgânica ou inorgânica
Quanto à natureza:
Físicos sólidos em suspensão, sedimentáveis,
flutuantes, calor
Químicos compostos orgânicos, inorgânicos,
Poluentes
Químicos compostos orgânicos, inorgânicos,
radioativos
Biológicos bactérias, protozoários, vírus, fungos,
organismos patogênicos
Quanto à forma:
Sólidos areia, cascalho, silte, argila, cinzas, lodo, lixo Líquidos esgotos sanitários, industriais, pluviais,
lixiviados de áreas agrícolas e aterros
Poluentes
lixiviados de áreas agrícolas e aterros
Gasosos emitidos para a atmosfera, eventualmente
retornando às coleções hídricas
Quanto ao tipo em geral:
Substâncias tóxicas que afetam a saúde
Substâncias que afetam a qualidade organoléptica Substâncias que consomem oxigênio
Poluentes
Substâncias que consomem oxigênio Substâncias químicas refratárias
Nutrientes
Matéria sólida
Organismos transmissores de doenças Substâncias radioativas
Calor
Poluição por plásticos
Alta produção Alta velocidade de uso e descarte Longo tempo para degradação
Poluição por petróleo
Grandes acidentes Vazamentos em poços Pequenos acidentes Vazamentos em poços de petróleo, superpetroleiros, rompimentos de dutosExxon Valdez: 42 milhões de litros
Kuwait: 200.000 t no Golfo Pérsico Rio Barigüi: 4 milhões de litros
Baia de Guanabara: 1,3 milhão de litros
5% dos danos Vazamentos de óleo de motor de barcos e de carros Somente no Canadá: 300 milhões de litros/ano 95% dos danos
Poluição por petróleo
A mancha recobre a superfície das águas e mata o
fitoplâncton e o zooplâncton
Sem a luz do sol as algas param de fazer fotossíntese
As aves marinhas ficam com o corpo impregnado de óleo
Deixam de reter o ar entre as penas e morrem afogadas aoDeixam de reter o ar entre as penas e morrem afogadas ao
Poluição por petróleo
No mangue o óleo impede as árvores de captar o
oxigênio do ar causando sua morte
Os crustáceos morrem pela falta de alimento (folhas
decompostas)
Além disso, o óleo fecha as
brânquias, por onde respiram, brânquias, por onde respiram, e superaquece a lama, seu
hábitat.
No acidente da baía de
Guanabara espécies como o caranguejo-uça podem ter sido extintas
Poluição por petróleo
Com o ecossistema comprometido milhares de
pessoas ficam sem trabalho
Famílias de pescadores perdem
sua fonte de sustento
O comércio local acaba falindo
com o fim do turismo na região com o fim do turismo na região
Poluição por petróleo
Desastre mais recente:
20/04/2010 Golfo do México (considerado o maior desastre
ambiental da história dos EUA)
Empresa British Petroleum plataforma Deepwater Horizon Empresa British Petroleum plataforma Deepwater Horizon Houve uma explosão afundamento da plataforma de
petróleo
Matou 11 trabalhadores
O equipamento de emergência falhou deveria ter fechado imediatamente uma válvula no fundo do mar
Poluição por petróleo
Desastre mais recente:
O petróleo vazou sem interrupção durante 87 dias
(interrompido em 15/07/2010)
Afetou a costa de 4 estados norte-americanos Afetou a costa de 4 estados norte-americanos
Aproximadamente 4 milhões de barris de óleo foram derramados
Reduziu cerca de 70 bilhões de dólares do valor de mercado da
BP
Medidas: Robôs (fechar a válvula), drenos (conter o óleo) e
Poluição por pesticidas
Agentes químicos empregados no controle de pragas
Inseticidas insetos
Herbicidas ervas daninhas
Fungicidas doenças nas plantas Fungicidas doenças nas plantas Rodencidas ratos e camundongos Germicidas desinfecção
Algecidas controle de algas
Poluição por pesticidas
ORIGEM:
Extensivamente empregado na agricultura Utilizados em campanhas de saúde pública
Aplicação direta em lagos e superfícies de rios para Aplicação direta em lagos e superfícies de rios para
combater mosquitos e outros organismos
Poluição por pesticidas
Organofosforados Pesticidas orgânicos sintéticos,
que contém em sua molécula, átomos de carbono,
hidrogênio e fósforo, como o Paration e o Malation
Organoclorados Inseticidas orgânicos sintéticos que
contém, em sua molécula,átomos de cloro, carbono e
hidrogênio, como o DDT (diclorodifeniltricloroetano),
o BHC (hexaclorobenzeno), o grupo dos ciclodienos
(Aldrin, Dieldrin, endrin)
Poluição por pesticidas
Organoclorados
Apresentam toxicidade variadas
Estima-se que cerca de 25% da produção mundial chega
ao mar ao mar
Já foram detectados até mesmo na neve da Antártida
Percorrem rapidamente a cadeia alimentar, com
resultados desastrosos para espécies, incluindo o homem
Atuam basicamente no sistema nervoso e no sistema de
defesa do organismo
Poluição por pesticidas
Organoclorados
BHC e DDT: Foram proibidos no Brasil desde 1983 Aldrin: permitido o uso no controle de formigas Continuam sendo usados de forma clandestina Continuam sendo usados de forma clandestina
2001 Convenção sobre poluentes orgânicos
persistentes (90 países, inclusive o Brasil), visa proibir a produção e o uso de 12 substâncias orgânicas tóxicas (Aldrin, Clordano, Mirex, Diedrin, DDT, Dioxinas, Furanos, Endrin, Heptacloro, BHC e Toxafeno)
Poluição por pesticidas
Remoção de pesticidas organoclorados
Tecnologia usual não é efetiva
Pode-se empregar argila e/ou carvão ativado,
granulado ou em pó como adsorvente
granulado ou em pó como adsorvente
Portaria 518 concentração máxima para 22 distintos
agrotóxicos
Poluição por detergente
Fonte: esgotos domésticos (3 a 6 mg/l) e indústrias de
detergentes (até 2000 mg/l do princípio ativo(
Prejuízos de ordem estética
Aceleração da eutrofização (ricos em fósforo e efeito
Aceleração da eutrofização (ricos em fósforo e efeito
tóxico sobre o zooplancton, predador natural das
algas)
Poluição por detergente
101
Formação de espuma no município de Pirapora de Bom Jesus, margens do rio Tietê, Região Metropolitana de São Paulo
PARA CASA
•Capítulo 01: 1.7
102
•Capítulo 05
7. Poluição da água
7. Poluição da água
7.3 Quantificação e mistura dos poluentes
7.3 Quantificação e mistura dos poluentes
CARGA POLUIDORA REAL
Quantidade de determinado poluente transportado ou
lançado em um corpo d´água receptor, expressa em unidade de massa por tempo (ex.: mg/s)
Quantificação dos poluentes
unidade de massa por tempo (ex.: mg/s)
CARGA POLUIDORA ADMISSÍVEL
Carga poluidora que não afeta significativamente as
condições ecológicas ou sanitárias do corpo de água, ou seja, tecnicamente dentro dos limites previstos para os diversos usos da água, expressa em unidade de massa por tempo
Quantificação dos poluentes
CARGA (W)
representa a quantidade de poluição
Devem ser apresentados em termos de carga:
Quantificação dos poluentes
CONCENTRAÇÃO (C)
representa a intensidade da
poluição
106poluição
W=carga(massa/tempo) Q= vazão (volume/tempo) C=concentração (massa/volume)Quantificação dos poluentes
Esgotos domésticos e industriais
Carga = concentração x vazão
107
Carga = contribuição per capita x população
Carga = contribuição por unidade produzida x produção
Carga = contribuição por unidade área x produção
Esgotos domésticos
Esgotos industriais
Quantificação dos poluentes
Exemplo: Determine a concentração de Nitrogênio (em
mg/l) oriunda da drenagem superficial que flui a 50
l/s, de uma plantação de
1,5 ha, cuja contribuição por
unidade de área é de 0,25 gN/m².d
unidade de área é de 0,25 gN/m².d
Equivalente populacional
Exemplo: Determine o equivalente populacional de um curtume que processa 2 toneladas de pele por dia, considerando uma contribuição per
109
processa 2 toneladas de pele por dia, considerando uma contribuição per capita de DBO da ordem de 0,054 kg/hab.d
Carga entre = 40 e 300 kg/dia
Potencial poluidor
Potencial poluidor
Mistura de poluentes
Aspectos fundamentais da qualidade da água são
geralmente apresentados em termos de concentração
de substâncias na água (mg/l)
Mistura de poluentes
CONCENTRAÇÃO FINAL DA MISTURA
Admitindo uma rápida e completa mistura das águas113
Qr: vazão do rio
Qe: vazão do afluente Cr: concentração do rio
Ce: concentração do afluente Qm: vazão da mistura = Qr + Qe Cm: concentração da mistura m e e r r M
Q
C
Q
C
Q
C
=
+
Mistura de poluentes
Exemplo: Determine a concentração final de DBO em
um rio, que corre a 250 l/s com concentração natural
de 5 mg/l, após receber o efluente com vazão de 10 l/s,
de uma cidade de 1.000 habitantes.
de uma cidade de 1.000 habitantes.
-
Determinação da carga do efluente:
- Determinação da concentração do efluente:
Mistura de poluentes
Exemplo: Determine a concentração final de DBO em
um rio, que corre a 250 l/s com concentração natural
de 5 mg/l, após receber o efluente com vazão de 10 l/s,
de uma cidade de 1.000 habitantes.
de uma cidade de 1.000 habitantes.
-
Determinação da concentração final no rio:
Exemplo
Em uma pequena comunidade não existe estação de tratamento de esgotos. Para atender à implantação de um restaurante em um parque municipal, a secretaria de meio ambiente do município encarregou você de fazer os estudos da necessidade de tratamento dos efluentes deste restaurante, considerando como parâmetro de decisão a DBO – Demanda Bioquímica de Oxigênio (índice de concentração da matéria orgânica presente num volume de água e, por conseqüência, um indicativo dos seus efeitos na poluição).
indicativo dos seus efeitos na poluição).
Ao analisar o projeto, você estudou dados referentes ao restaurante e ao córrego onde se deseja depositar o efluente deste restaurante, os quais estão apresentados no quadro a seguir:
PARA CASA
•Capítulo 01: 1.8
7. Poluição da água
7. Poluição da água
7.4 Poluição pelo excesso de nutrientes
7.4 Poluição pelo excesso de nutrientes
((eutrofização
eutrofização))
7.5 Poluição por matéria orgânica
7.5 Poluição por matéria orgânica
7.5 Poluição por matéria orgânica
7.5 Poluição por matéria orgânica
(autodepuração)
(autodepuração)
Principais nutrientes
Fósforo (P) e NitrogênioQuando em excesso provocam a eutrofização
A Eutrofização de Corpos Hídricos é o seu enriquecimento com A Eutrofização de Corpos Hídricos é o seu enriquecimento com nutrientes, principalmente o nitrogênio, o fósforo, o potássio, o carbono e o ferro, os quais são essenciais para o fitoplâncton e
Eutrofização
É o crescimento excessivo de plantas aquáticas devido a elevada concentração de nutrientes
Eutrofização
121
A maior disponibilidade de nutrientesfavorece a proliferaçãode determinadas algas, que crescem rapidamente,
espalham-se pela lagoa e, após algum tempo, morrem.
Eutrofização
Evolução da eutrofização
Ocupação por mata e florestas
Ciclo dos nutrientes quase fechado;
Aporte de nutrientes ao corpo d’água reduzido;
Nível trófico baixo;
Baixa concentração de algas; Pouco assoreamento.
Ocupação por agricultura
Evolução da eutrofização
Ciclo dos nutrientes é quebrado;
Adição de fertilizantes com altos teores de nitrogênio e fósforo;
Redução da capacidade de infiltração; Fase intermediária de deterioração;
Aumento no número de algas e de outros organismos; Maior assoreamento.
Ocupação urbana
Evolução da eutrofização
Assoreamento: redução do volume útil e crescimento de macrófitas; Drenagem pluvial urbana: transportam cargas elevadas de nutrientes;
Esgotos: maior fator de deterioração, nitrogênio e fósforo presente em fezes, urinas, restos de alimentos, detergentes, etc.
Ocupação urbana
Evolução da eutrofização
As conseqüências serão agravadas;
Elevado aporte de nutrientes ao corpo hídrico;
Elevação na população de algas;
ULTRA-OLIGOTRÓFICO
OLIGOTRÓFICO
OLIGOMESOTRÓFICO
MESOTRÓFICO
}
Baixa entrada de nutrientes; Baixa produção primária; Alta transparência;Biota diversa.
Produtividade primária:
resultado da fotossíntese, representa o início da introdução
de matéria orgânica na rede
Graus de Trofia
MESOTRÓFICO MESOEUTRÓFICO EUTRÓFICO EUPOLITRÓFICO HIPEREUTRÓFICO}
}
Grande entrada de nutrientes; Grande produção primária; Baixa transparência;Elevada biomassa; Poucas espécies;
Proporção maior de cianobactérias.
Biomassa: massa
total de substância viva
de matéria orgânica na rede trófica.
Fator Classes de trofia
Ultraoligotrófico Oligotrófico Mesotrófico Eutrófico Hipereutrófico
Biomassa Bastante baixa Reduzida Média Alta Bastante alta Fração de algas
verdes e/ou cianofíceas
Baixa Baixa Variável Alta Bastante alta
Macrófitas Baixa ou ausente Baixa Variável Alta ou baixa Baixa
Dinâmica de Bastante baixa Baixa Média Alta Alta, instável
Graus de Trofia
Dinâmica de produção
Bastante baixa Baixa Média Alta Alta, instável Dinâmica de oxigênio
na camada superior
Normalmente saturado Normalment e saturado Variável em torno da supersaturação Freqüentemente supersaturado Bastante instável, de supersaturação à ausência. Dinâmica de oxigênio na camada inferior
Normalmente saturado Normalment e saturado Variável abaixo da saturação Abaixo da saturação à completa ausência Bastante instável, de supersaturação à ausência.
Prejuízo aos usos múltiplos
Baixo Baixo Variável Alto Bastante alto
FLORESCIMENTO DE ALGAS
Cianobactérias:
Formação de espuma; Depleção de oxigênio; Mortalidade dos peixes;
Efeitos da Eutrofização
Morte de gados e outros animais devido a ingestão de toxinas; Distúrbios gastrointestinais humanos;
Reações alérgicas;
Alterações do sabor e odor das águas e dos peixes; Entupimento de filtros.
Dinoflagelados:
FLORESCIMENTO DE ALGAS
TOXINAS DAS ALGAS Citotoxinas: Gastroenterite; Disfunção renal; Hepatite.
Efeitos da Eutrofização
Hepatite. Endotoxinas: Irritações de pele; Reações alérgicas.Crescimento das plantas aquáticas
Aguapé, filicínea aquática e repolho do Nilo;
Impedem que a luz atinjam as plantas submersas e o fitoplâncton; Anóxia;
Emissão de gases;
Efeitos da Eutrofização
Restrição ao acesso recreacional e da pesca;
Bloqueio aos canais de irrigação e navegação ou as tomadas de água de usinas.
Crescimento das plantas aquáticas
Condições anaeróbias no corpo d’água
Algas e macrófitas geram mais matéria orgânica;
Ao se decomporem diminui a concentração do oxigênio dissolvido; Desoxigenação dos sedimentos e das águas profundas;
Toxicidade e maus odores devido ao gás sulfídrico;
Anaeróbio: sistema
desprovido de oxigênio
Efeitos da Eutrofização
Toxicidade e maus odores devido ao gás sulfídrico;
Ferro e manganês assumem a forma solúvel causando danos ao abastecimento;
Fosfato assume a forma solúvel representando uma fonte interna de nutrientes.
Mortandade de peixes
Depleção de oxigênio: a níveis críticos de biomassa de algas, elas
morrem e passam por uma decomposição rápida consumindo todo o oxigênio do corpo hídrico e sufocando os peixes.
Envenenamento: As atividades de bactérias anaeróbias produzem
outros gases entre os quais o gás sulfídrico e o metano que são
Efeitos da Eutrofização
outros gases entre os quais o gás sulfídrico e o metano que são extremamente venenosos para os peixes.
Depressão da indústria turística
Problemas estéticos e recreacionais;
Diminuição do uso da água para recreação; Balneabilidade e redução da atração turística; Devido a:
Efeitos da Eutrofização
Freqüentes florações de algas;
Crescimento excessivo da vegetação; Distúrbios com mosquitos e insetos; Eventuais maus odores;
Elevação dos custos de tratamento de água
Remoção de algas;
Remoção de sabor e odor;
Maior consumo de produtos químicos; Lavagens mais freqüentes dos filtros.
Efeitos da Eutrofização
Hipereutrofia
Último estágio do processo de eutrofização; Colapso nas explosões de algas;
Aumento do estoque pesqueiro
Aumento de nutrientes aumento na produção primária
Se forem adotadas medidas de saneamento que minimizem os riscos à saúde e os danos graves ao meio ambiente, a eutrofização pode ser controlada e oferecer benefícios:
Efeitos da Eutrofização
Aumento de nutrientes aumento na produção primária
Aumento do estoque de peixes
Deve-se prevenir o estágio de hipereutrofização
Reutilização de nutrientes
Utilizar os nutrientes em um sistema de aqüicultura;
As macrófitas e o fitoplâncton podem ser utilizadas como fonte de matéria orgânica, capaz de gerar biogás ou produzir compostos
Atração paisagística
Santuários para pássaros Importante habitat aquático
No leste da África, os lagos sódicos hipereutróficos abrigam grandes suspensões de cianobactérias, que garantem grandes
Efeitos da Eutrofização
bandos de flamingos que são, por sua vez, uma grande atração turística.
Medidas preventivas
Controle dos esgotos:
Tratamento dos esgotos a nível terciário com remoção dos
nutrientes;
Controle da Eutrofização
nutrientes;
Tratamento convencional dos esgotos e lançamento à jusante da represa;
Exportação dos esgotos para outra bacia hidrográfica que não possua lagos ou represas;
Infiltração dos esgotos no terreno.
Medidas preventivas
Controle da drenagem pluvial:
Controle do uso e ocupação do solo na bacia; Faixa verde ao longo da represa e tributários; Construção de barragens de contenção.
Controle da Eutrofização
Construção de barragens de contenção.
Medidas corretivas
Processos mecânicos:
Aeração;
Desestratificação ;
Aeração do hipolímnio; Remoção dos sedimentos;
Cobertura dos sedimentos; Retirada de águas profundas; Remoção de algas;
Remoção de macrófitas; Sombreamento.
Medidas corretivas
Processos químicos:
Precipitação de nutrientes; Uso de algicidas;
Oxidação do sedimento com nitratos;
Controle da Eutrofização
Neutralização.
Processos biológicos:
Biomanipulação; Uso de cianófagos;
Uso de peixes herbívoros.
Biomanipulação: emprego de
organismos biológicos para controlar a eutrofização
Efluentes: esgotos doméstico
e industrial
Matéria orgânica biodegradável Bactérias, vírus, larvas e parasitas Matéria orgânica biodegradável
Explosão na população de microrganismos
Consumo de oxigênio
Bactérias, vírus, larvas e parasitas
Coliformes fecais ⇒ doenças
Brasil: 30% das praias são impróprias
Autodepuração dos corpos
d´água
Recuperação do equilíbrio no meio
aquático por processos naturais após as
alterações pelo lançamento de efluentes
alterações pelo lançamento de efluentes
Lançamento de matéria orgânica
Estabilização da matéria orgânica por
bactérias
Consumo de oxigênio dissolvido
Após o lançamento, a matéria orgânica é consumida por bactérias e outros
microorganismos aeróbios que transformam compostos orgânicos de cadeias mais
Durante a decomposição, há um decréscimo nas concentrações de oxigênio dissolvido na água devido à respiração dos seres que
O processo se completa com a reposição desse oxigênio
Zonas de Autodepuração
Zona de degradação: tem
início logo após o
lançamento de esgoto no
curso d’água. Apresenta
grande quantidade de
material orgânico, ainda em
estágio complexo, mas
estágio complexo, mas
potencialmente decomponível.
Zonas de Autodepuração
Zona de decomposição ativa: os microorganismos estão mais adaptados a nova
condição, passando a desempenhar ativamente suas funções de decomposição da matéria decomposição da matéria orgânica. Como conseqüência a qualidade da água atinge seu estágio mais deteriorado.
Zonas de Autodepuração
Zona de recuperação:
após intenso consumo de
matéria orgânica e
degradação do ambiente, este tende a se recuperar este tende a se recuperar gradativamente.
Zonas de Autodepuração
Zona de águas limpas:
as características iniciais voltam a ser atingidas no
que diz respeito ao
oxigênio dissolvido,
oxigênio dissolvido,
matéria orgânica e
Fatores que interferem na
autodepuração
Temperatura
Concentração de saturação do oxigênio dissolvido na
água
água
Velocidade do curso d’água
Vazão
PARA CASA
•Capítulo 01: 1.8