ESPIRITUALIDADE CRISTÃ EM TEMPO DE ISOLAMENTO, PELO CARDEAL TOLENTINO (1) www.snpcultura.org
Uma espiritualidade em tempos de pan-demia, o que é, ou melhor, o que pode ser? Porque, no fundo, estamos no impro-viso. É interessante que, muitas vezes, na coreografia, na dança, se usa o improviso; não gostamos muito, porque preferimos uma vida conduzida por um guião; um improviso faz-nos viver o aberto; e para começar a falar do que é a espiritualidade em tempos de isolamento provocado pela pandemia, tenho de dizer isto: o futuro chegou de supetão, o futuro chegou achando-nos im-preparados. Nenhum de nós sabe como lidar com esta situação. Sentimo-nos, todos, mais vulneráveis, mais precários.
À primeira vista, dizemos: aquilo que nos aconteceu é uma distopia; é uma calami-dade; é o contrário da graça. E, contudo, em termos de fé, temos de olhar para este cronos, que parece devorar a nossa força e a nossa esperança, como a possibilidade de um káiros, a possibilidade de uma graça. Este é um tempo de kénosis, de esvazia-mento, um tempo de silêncio, um tempo em que, talvez, sintamos uma incerteza muito grande, um tempo de crise, um tempo em que parece que a vida vem menos. Um tempo precário.
Mas eu lembraria que a mesma raiz eti-mológica aproxima as duas palavras: pre-care, rezar, em latim, e precarium, o destino daquilo que é frágil. A espiritualidade não se constrói com a força. Jesus ensinou-nos isso com o mistério da sua Páscoa. Porque tudo tem de passar pelo mistério da cruz. E, por isso, este tempo, que parece só de calamidade, temos de o interpretar de um ponto de vista teológico e espiritual como um tempo de graça.
graça? Na oração que o papa organizou, na praça de S. Pedro, sexta-feira santa, que muito nos impactou, ele escolheu ler o texto do Evangelho da tempestade acalmada. E no meio da tempestade, os discípulos perguntam a Jesus: Senhor, não te importas que morramos? É uma pergunta. E este é o tempo das perguntas, e das perguntas fundamentais. Se eu tivesse de sublinhar um ponto muito positivo desta experiência exigente que estamos a viver, é a qualidade das perguntas que escutamos.
É como se vencêssemos a banalidade, e as perguntas que ouvimos fazer uns aos outros são muito mais intensas, muito mais carrega-das de sentido.
É curioso que aqui, em Itália, no início da pandemia, abriram-se gabinetes de apoio psicológico. E muitos idosos telefonavam, dizendo isto: eu não consigo rezar. E, de facto, este começou por ser um tempo em que parece que não era possível uma vida espiritual. Depois, descobrimos o contrário: que este tempo é de uma grande intensidade espiritual. E qual é o termómetro para per-ceber isso? São as perguntas, a radicalidade, a força das perguntas fundamentais que estamos a fazer.
Pegando no discurso do papa, há que dizer a verdade: não é a pandemia que nos adoe-ceu; nós já estávamos doentes. A pandemia descobriu, revelou, uma doença, que são, no fundo, os nossos estilos de vida, onde já não há alugar para o humano, não há lugar para o encontro, não há lugar para o transcenden-te, não há lugar para uma vida interior rica, digna desse nome, não há lugar para uma oração. Tudo é cronometrado, tudo passa pelo taxímetro.
«QUEM ME ACOLHE
SAÚDA QUEM ME ENVIOU»
«qui m’accueille accueille Celui qui m’a
envoyé» «who welcomes me welcomes
the one who sent me» «Wer mich
be-grüßt, begrüßt den, der mich geschickt
hat»
28 de junho
13º DOMINGO COMUM
amo loucamente
Deus se dirige à humanidade
por Jesus. Pelo Batismo, nós fomos
escolhidos para viver e amar,
nós fomos chamados para
“pegar na nossa cruz”
por amor a Deus e ao próximo.
E o maior amor se diz
nos pequenos gestos.
Tal é o programa
de santidade dos batizados.
A bondade é o grau máximo da
inte-ligência.
29.06 a 05.07
Ano 17 |nº 797.2019pdremantonio@hotmail.com telm. 963283615
iparóquia
boletim inter-paroquialAreias (São Tiago), Avidos (São Martinho), Lagoa (Divino Salvador), Abade Vermoim (Santa Maria)
Semente da nossa esperança:
“Quem vos recebe, a mim recebe”
Semear esperança:
Acólitos - A cruz que se usa ao peito por cima da alba não é objeto decorativo, mas antes resposta simbólica à Palavra do Evangelho: “Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não é digno de Mim”. Tento con-cretizar as ações da minha vida suportando as dificuldades com sentido espiritual? Leitores - Ler na Eucaristia é participar na proclamação eterna de Deus. Sei qual a minha missão ao serviço do Evangelho, de geração em geração, para a glória de Deus? Ministros Extraordinários da Comunhão - O testemunho de vida de Eliseu fez a mulher que o recebia em sua casa dizer “Estou convencida de que este homem, que passa frequentemente pela nossa casa, é um santo homem de Deus”. Quando levo a Eucaris-tia aos doentes sei mostrar a santidade do sacramento de que sou ministro?
Viver na esperança - Ser batizado é agarrar a nossa cruz, é fazer do sofrimento um meio de melhorar a vida. Isto leva a dar vida, sem receio de a perder, pois a recompensa é a vida eterna em Cristo! Hoje, vamos ser luz, esperança e alento para os que por diversos motivos não conseguem seguir Jesus. Horário
Terça 30 às 19:00 Eucaristia na Lagoa; quar-ta 1 às 15:00 Eucaristia no CSPA, às 19:00 Eucaristia em Areias; quinta 2 às 19:00 Eucaristia em Avidos; sexta 3 às 09:00 Aten-dimento Paroquial em Areias (se contatar o Pároco pode marcar outro horário e local conveniente), às 19:00 Eucaristia em Areias; sábado 4 às 16:00 Eucaristia em Areias, às 17:30 Eucaristia em Lagoa, às 18:30 Eucaris-tia em Avidos; domingo 5 às 09:30 EucarisEucaris-tia em Abade Vermoim, às 11:00 Eucaristia em Areias.
quarta-feira, 01 de julho de 2020 19:00 – Eucaristia
30º dia Amélia de Jesus Caldeira 30º dia Leonel Dias da Silva
AF. Maria Celeste ferreira Sousa, marido e pais
sexta-feira, 03 de julho de 2020 São Tomé, apóstolo
19:00 – Eucaristia
Virgínia Conceição Queirós - tios e avós Agostinho Jesus Rodrigues da Costa - irmã
sábado, 04 de julho de 2020 14º Domingo Comum
16:00 – Eucaristia Dominical Vespertina
Agostinho Jesus Rodrigues Costa - esposa e filhos Alberto Manuel Alves de Magalhães, mãe e
cunhado - irmã Almas do Purgatório
Filipe Gomes Oliveira, esposa e irmão - filha Guilherme Machado de Faria - Vasco Faria Joaquim Sousa Ferreira, esposa, filho e nora
- filhos
Lindolfo Pereira Carvalho, esposa e cunhado - filha Elvira
Manuel Carvalho Santos, sogros e família - esposa Maria Alice Dias Costa e filho - família
domingo, 05 de julho de 2020 14º Domingo Comum
11:00 – Eucaristia Dominical
AF. Avelino Almeida Costa - filha Rosária AF. Tânia e Marisa Granjo
AN. Manuel Gonçalves Santos - irmã Emília António da Silva Martins
Jorge Araújo Teixeira - esposa e filhos Júlio Roriz Pereira- sobrinha Olga Salgado Manuel Alves Gonçalves e família - esposa Maria Custódia Esteves da Silva e marido Maria Céu Gomes Oliveira e família - marido Maria Emília Carvalho Moreira e marido - filhos AG. Santa Luzia - Paula Amaro
O que é amar o país (3)
Fortalecer o pacto intergeracional Reabilitar o pacto comunitário implica robustecer, entre nós, o pacto intergeracio-nal. O pior que nos poderia acontecer seria arrumarmos a sociedade em faixas etárias, resignando-nos a uma visão desagregada e desigual, como se não fossemos a cada mo-mento um todo inseparável: velhos e jovens, reformados e jovens à procura do primeiro emprego, avós e netos, crianças e adultos no auge do seu percurso laboral. Precisamos, por isso, de uma visão mais inclusiva do contributo das diversas gerações. É um erro pensar ou representar uma geração como um peso, pois não poderíamos viver uns sem os outros.
[...]A vida é um valor sem variações. Uma raiz de futuro em Portugal será, pelo con-trário, aprofundar a contribuição dos seus idosos, ajudá-los a viver e a assumir-se como mediadores de vida para as novas gerações. Quando tomei posse como arquivista e bibliotecário da Santa Sé, uma das referên-cias que quis evocar nesse momento foi a da minha avó materna, uma mulher analfabeta, mas que foi para mim a primeira biblioteca. Quando era criança, pensava que as histórias que ela contava, ou as cantilenas com que entretinha os netos, eram coisas de circun-stância, inventadas por ela. Depois descobri que faziam parte do romanceiro oral da tradição portuguesa. E que afinal aquela avó analfabeta estava, sem que nós soubésse-mos, e provavelmente sem que ela própria o soubesse, a mediar o nosso primeiro encon-tro com os tesouros da nossa cultura.
Robustecer o pacto intergeracional é também olhar seriamente para uma das nossas ger-ações mais vulneráveis, que é a dos jovens adultos, abaixo dos 35 anos; geração que, praticamente numa década, vê abater-se sobre as suas aspirações, uma segunda crise económica grave. Jovens adultos, muitos deles com uma alta qualificação escolar, remetidos para uma experiência interminável
de trabalho precário ou de atividades infor-mais que os obrigam sucessivamente a adiar os legítimos sonhos de autonomia pessoal, de lançar raízes familiares, de ter filhos e de se realizarem.
Hoje é impossível não ver a dimensão do problema ecológico e climático, que têm uma clara raiz sistémica. Não podemos continu-ar a chamcontinu-ar progresso àquilo que pcontinu-ara as frágeis condições do planeta, ou para a ex-istência dos outros seres vivos, tem sido uma evidente regressão. Num dos textos centrais deste século XXI, a Encíclica Laudato Sii’, o Papa Francisco exorta a uma «ecologia inte-gral», onde o presente e o futuro da nossa humanidade se pense a par do presente e do futuro da grande casa comum. Está tudo conectado. [...]
Camões n’Os Lusíadas não apenas documen-tou um país em viagem, mas foi mais longe: representou o próprio país como viagem. Portugal é uma viagem que fazemos juntos há quase nove séculos. E o maior tesouro que esta nos tem dado é a possibilidade de ser-em-comum, esta tarefa apaixonante e sempre inacabada de plasmar uma comuni-dade aberta e justa, de mulheres e homens livres, onde todos são necessários, onde todos se sentem - e efetivamente são - corresponsáveis pelo incessante trânsito que liga a multiplicidade das raízes à composição ampla e esperançosa do futuro. Portugal é e será, por isso, uma viagem que fazemos juntos. E uma grande viagem é como um grande amor. Uma viagem assim - explica Maria Gabriela Llansol, uma das vozes mais límpidas da nossa contemporaneidade -, não se esgota, nem cancela na fugaz temporali-dade da história, mas constitui uma espécie de «rasto do fulgor» que exprime a ardente natureza do sentido que interrogamos.
Semente da nossa esperança:
“Quem vos recebe, a mim recebe”
Semear esperança:
Acólitos - A cruz que se usa ao peito por cima da alba não é objeto decorativo, mas antes resposta simbólica à Palavra do Evangelho: “Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não é digno de Mim”. Tento con-cretizar as ações da minha vida suportando as dificuldades com sentido espiritual? Leitores - Ler na Eucaristia é participar na proclamação eterna de Deus. Sei qual a minha missão ao serviço do Evangelho, de geração em geração, para a glória de Deus? Ministros Extraordinários da Comunhão - O testemunho de vida de Eliseu fez a mulher que o recebia em sua casa dizer “Estou convencida de que este homem, que passa frequentemente pela nossa casa, é um santo homem de Deus”. Quando levo a Eucaris-tia aos doentes sei mostrar a santidade do sacramento de que sou ministro?
Viver na esperança - Ser batizado é agarrar a nossa cruz, é fazer do sofrimento um meio de melhorar a vida. Isto leva a dar vida, sem receio de a perder, pois a recompensa é a vida eterna em Cristo! Hoje, vamos ser luz, esperança e alento para os que por diversos motivos não conseguem seguir Jesus. Horário
Terça 30 às 19:00 Eucaristia na Lagoa; quarta 1 às 15:00 Eucaristia no CSPA, às 19:00 Eucaristia em Areias; quinta 2 às 19:00 Eucaristia em Avidos; sexta 3 às 09:00 Atendimento Paroquial em Areias (se contatar o Pároco pode marcar outro horário e local conveniente), às 19:00 Eucaristia em Areias; sábado 4 às 16:00 Eucaristia em Areias, às 17:30 Eucaristia em Lagoa, às 18:30 Eucaristia em Avidos; domingo 5 às 09:30 Eucaristia em Abade Vermoim, às 11:00 Eucaristia em Areias.
quinta-feira, 02 de julho de 2020 São Tomé, apostolo
19:00 – Eucaristia
Maria Amélia e marido Adelino Matos Zulmira Martins Correia, marido e filho -
filhos
sábado, 04 de julho de 2020 14º Domingo Comum
18:30 – Eucaristia Dominical Vespertina
AF. Carolina Viana e marido - filhos AF. Avelino Rolando Silva Barbosa - mãe Armindo da Silva e Alice Gonçalves de Sá -
filho, nora e neta
Ana de Lurdes Faria Pereira - marido Maria Isabel Silva Sá - marido
Marcelina Azevedo Sampaio, pais, irmãos e cunhada - família
Maria Celeste Sampaio de Sousa e marido - filhos
O que é amar o país (3)
Fortalecer o pacto intergeracional Reabilitar o pacto comunitário implica robustecer, entre nós, o pacto intergeracio-nal. O pior que nos poderia acontecer seria arrumarmos a sociedade em faixas etárias, resignando-nos a uma visão desagregada e desigual, como se não fossemos a cada mo-mento um todo inseparável: velhos e jovens, reformados e jovens à procura do primeiro emprego, avós e netos, crianças e adultos no auge do seu percurso laboral. Precisamos, por isso, de uma visão mais inclusiva do contributo das diversas gerações. É um erro pensar ou representar uma geração como um peso, pois não poderíamos viver uns sem os outros.
[...]A vida é um valor sem variações. Uma raiz de futuro em Portugal será, pelo con-trário, aprofundar a contribuição dos seus idosos, ajudá-los a viver e a assumir-se como mediadores de vida para as novas gerações. Quando tomei posse como arquivista e bibliotecário da Santa Sé, uma das referên-cias que quis evocar nesse momento foi a da minha avó materna, uma mulher analfabeta, mas que foi para mim a primeira biblioteca. Quando era criança, pensava que as histórias que ela contava, ou as cantilenas com que entretinha os netos, eram coisas de circun-stância, inventadas por ela. Depois descobri que faziam parte do romanceiro oral da tradição portuguesa. E que afinal aquela avó analfabeta estava, sem que nós soubésse-mos, e provavelmente sem que ela própria o soubesse, a mediar o nosso primeiro encon-tro com os tesouros da nossa cultura.
Robustecer o pacto intergeracional é também olhar seriamente para uma das nossas ger-ações mais vulneráveis, que é a dos jovens adultos, abaixo dos 35 anos; geração que, praticamente numa década, vê abater-se sobre as suas aspirações, uma segunda crise económica grave. Jovens adultos, muitos deles com uma alta qualificação escolar,
de trabalho precário ou de atividades infor-mais que os obrigam sucessivamente a adiar os legítimos sonhos de autonomia pessoal, de lançar raízes familiares, de ter filhos e de se realizarem.
Hoje é impossível não ver a dimensão do problema ecológico e climático, que têm uma clara raiz sistémica. Não podemos continu-ar a chamcontinu-ar progresso àquilo que pcontinu-ara as frágeis condições do planeta, ou para a ex-istência dos outros seres vivos, tem sido uma evidente regressão. Num dos textos centrais deste século XXI, a Encíclica Laudato Sii’, o Papa Francisco exorta a uma «ecologia inte-gral», onde o presente e o futuro da nossa humanidade se pense a par do presente e do futuro da grande casa comum. Está tudo conectado. [...]
Camões n’Os Lusíadas não apenas documen-tou um país em viagem, mas foi mais longe: representou o próprio país como viagem. Portugal é uma viagem que fazemos juntos há quase nove séculos. E o maior tesouro que esta nos tem dado é a possibilidade de ser-em-comum, esta tarefa apaixonante e sempre inacabada de plasmar uma comuni-dade aberta e justa, de mulheres e homens livres, onde todos são necessários, onde todos se sentem - e efetivamente são - corresponsáveis pelo incessante trânsito que liga a multiplicidade das raízes à composição ampla e esperançosa do futuro. Portugal é e será, por isso, uma viagem que fazemos juntos. E uma grande viagem é como um grande amor. Uma viagem assim - explica Maria Gabriela Llansol, uma das vozes mais límpidas da nossa contemporaneidade -, não se esgota, nem cancela na fugaz temporali-dade da história, mas constitui uma espécie de «rasto do fulgor» que exprime a ardente natureza do sentido que interrogamos.
Semente da nossa esperança:
“Quem vos recebe, a mim recebe”
Semear esperança:
Acólitos - A cruz que se usa ao peito por cima da alba não é objeto decorativo, mas antes resposta simbólica à Palavra do Evangelho: “Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não é digno de Mim”. Tento con-cretizar as ações da minha vida suportando as dificuldades com sentido espiritual? Leitores - Ler na Eucaristia é participar na proclamação eterna de Deus. Sei qual a minha missão ao serviço do Evangelho, de geração em geração, para a glória de Deus? Ministros Extraordinários da Comunhão - O testemunho de vida de Eliseu fez a mulher que o recebia em sua casa dizer “Estou convencida de que este homem, que passa frequentemente pela nossa casa, é um santo homem de Deus”. Quando levo a Eucaris-tia aos doentes sei mostrar a santidade do sacramento de que sou ministro?
Viver na esperança - Ser batizado é agarrar a nossa cruz, é fazer do sofrimento um meio de melhorar a vida. Isto leva a dar vida, sem receio de a perder, pois a recompensa é a vida eterna em Cristo! Hoje, vamos ser luz, esperança e alento para os que por diversos motivos não conseguem seguir Jesus. Horário
Terça 30 às 19:00 Eucaristia na Lagoa; quar-ta 1 às 15:00 Eucaristia no CSPA, às 19:00 Eucaristia em Areias; quinta 2 às 19:00 Eucaristia em Avidos; sexta 3 às 09:00 Aten-dimento Paroquial em Areias (se contatar o Pároco pode marcar outro horário e local conveniente), às 19:00 Eucaristia em Areias; sábado 4 às 16:00 Eucaristia em Areias, às 17:30 Eucaristia em Lagoa, às 18:30 Eucaris-tia em Avidos; domingo 5 às 09:30 EucarisEucaris-tia em Abade Vermoim, às 11:00 Eucaristia em Areias.
terça-feira, 30 de junho de 2020 19:00 – Eucaristia
AN. Augusto Correia de Faria, esposa, filha e neto - filha Emília
Elzeário Alves Roriz- CSACabeçudos José Albino Paredes - ASCJLagoa Maria Machado Andrade - ASCJLagoa Rosa Sampaio Nogueira, irmã Manuela e pais
- família
sábado, 04 de julho de 2020 14º Domingo Comum
17:30 – Eucaristia Dominical Vespertina
Bernardino Gomes Ribeiro e esposa - filho Cândida, Lurdes, Hortênsia e pais - F. Roriz Manuel Rebelo da Silva - ASCJLagoa Maria Augusta Marques da Silva - Coral ‘Os
Brancos’
Maria Fernanda Magalhães da Costa Mendes - CSCAntas
Pais, sogros e família Angelina Costa Paulino Coelho Castro - esposa
Maria Alice Andrade Moreira e marido - filhos AG. Santo Expedito - Margarida
O que é amar o país (3)
Fortalecer o pacto intergeracional Reabilitar o pacto comunitário implica robustecer, entre nós, o pacto intergeracio-nal. O pior que nos poderia acontecer seria arrumarmos a sociedade em faixas etárias, resignando-nos a uma visão desagregada e desigual, como se não fossemos a cada mo-mento um todo inseparável: velhos e jovens, reformados e jovens à procura do primeiro emprego, avós e netos, crianças e adultos no auge do seu percurso laboral. Precisamos, por isso, de uma visão mais inclusiva do contributo das diversas gerações. É um erro pensar ou representar uma geração como um peso, pois não poderíamos viver uns sem os outros.
[...]A vida é um valor sem variações. Uma raiz de futuro em Portugal será, pelo con-trário, aprofundar a contribuição dos seus idosos, ajudá-los a viver e a assumir-se como mediadores de vida para as novas gerações. Quando tomei posse como arquivista e bibliotecário da Santa Sé, uma das referên-cias que quis evocar nesse momento foi a da minha avó materna, uma mulher analfabeta, mas que foi para mim a primeira biblioteca. Quando era criança, pensava que as histórias que ela contava, ou as cantilenas com que entretinha os netos, eram coisas de circun-stância, inventadas por ela. Depois descobri que faziam parte do romanceiro oral da tradição portuguesa. E que afinal aquela avó analfabeta estava, sem que nós soubésse-mos, e provavelmente sem que ela própria o soubesse, a mediar o nosso primeiro encon-tro com os tesouros da nossa cultura.
Robustecer o pacto intergeracional é também olhar seriamente para uma das nossas ger-ações mais vulneráveis, que é a dos jovens adultos, abaixo dos 35 anos; geração que, praticamente numa década, vê abater-se sobre as suas aspirações, uma segunda crise económica grave. Jovens adultos, muitos deles com uma alta qualificação escolar, remetidos para uma experiência interminável
de trabalho precário ou de atividades infor-mais que os obrigam sucessivamente a adiar os legítimos sonhos de autonomia pessoal, de lançar raízes familiares, de ter filhos e de se realizarem.
Hoje é impossível não ver a dimensão do problema ecológico e climático, que têm uma clara raiz sistémica. Não podemos continu-ar a chamcontinu-ar progresso àquilo que pcontinu-ara as frágeis condições do planeta, ou para a ex-istência dos outros seres vivos, tem sido uma evidente regressão. Num dos textos centrais deste século XXI, a Encíclica Laudato Sii’, o Papa Francisco exorta a uma «ecologia inte-gral», onde o presente e o futuro da nossa humanidade se pense a par do presente e do futuro da grande casa comum. Está tudo conectado. [...]
Camões n’Os Lusíadas não apenas documen-tou um país em viagem, mas foi mais longe: representou o próprio país como viagem. Portugal é uma viagem que fazemos juntos há quase nove séculos. E o maior tesouro que esta nos tem dado é a possibilidade de ser-em-comum, esta tarefa apaixonante e sempre inacabada de plasmar uma comuni-dade aberta e justa, de mulheres e homens livres, onde todos são necessários, onde todos se sentem - e efetivamente são - corresponsáveis pelo incessante trânsito que liga a multiplicidade das raízes à composição ampla e esperançosa do futuro. Portugal é e será, por isso, uma viagem que fazemos juntos. E uma grande viagem é como um grande amor. Uma viagem assim - explica Maria Gabriela Llansol, uma das vozes mais límpidas da nossa contemporaneidade -, não se esgota, nem cancela na fugaz temporali-dade da história, mas constitui uma espécie de «rasto do fulgor» que exprime a ardente natureza do sentido que interrogamos.
Semente da nossa esperança:
“Quem vos recebe, a mim recebe”
Semear esperança:
Acólitos - A cruz que se usa ao peito por cima da alba não é objeto decorativo, mas antes resposta simbólica à Palavra do Evangelho: “Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não é digno de Mim”. Tento con-cretizar as ações da minha vida suportando as dificuldades com sentido espiritual? Leitores - Ler na Eucaristia é participar na proclamação eterna de Deus. Sei qual a minha missão ao serviço do Evangelho, de geração em geração, para a glória de Deus? Ministros Extraordinários da Comunhão - O testemunho de vida de Eliseu fez a mulher que o recebia em sua casa dizer “Estou convencida de que este homem, que passa frequentemente pela nossa casa, é um santo homem de Deus”. Quando levo a Eucaris-tia aos doentes sei mostrar a santidade do sacramento de que sou ministro?
Viver na esperança - Ser batizado é agarrar a nossa cruz, é fazer do sofrimento um meio de melhorar a vida. Isto leva a dar vida, sem receio de a perder, pois a recompensa é a vida eterna em Cristo! Hoje, vamos ser luz, esperança e alento para os que por diversos motivos não conseguem seguir Jesus.
domingo, 05 de julho de 2020 14º Domingo Comum
09:30 – Eucaristia Dominical
AG. São Sebastião - Joaquim Fernandes Augusto Silva Martins - prima Amélia Fernando Rocha da Silva e filhos - esposa José Carlos da Silva Cardoso e tio Augusto
Horário
Terça 30 às 19:00 Eucaristia na Lagoa; quar-ta 1 às 15:00 Eucaristia no CSPA, às 19:00 Eucaristia em Areias; quinta 2 às 19:00 Eucaristia em Avidos; sexta 3 às 09:00 Aten-dimento Paroquial em Areias (se contatar o Pároco pode marcar outro horário e local conveniente), às 19:00 Eucaristia em Areias; sábado 4 às 16:00 Eucaristia em Areias, às 17:30 Eucaristia em Lagoa, às 18:30 Eucaris-tia em Avidos; domingo 5 às 09:30 EucarisEucaris-tia em Abade Vermoim, às 11:00 Eucaristia em Areias.
O que é amar o país (3)
Fortalecer o pacto intergeracional Reabilitar o pacto comunitário implica robustecer, entre nós, o pacto intergeracio-nal. O pior que nos poderia acontecer seria arrumarmos a sociedade em faixas etárias, resignando-nos a uma visão desagregada e desigual, como se não fossemos a cada mo-mento um todo inseparável: velhos e jovens, reformados e jovens à procura do primeiro emprego, avós e netos, crianças e adultos no auge do seu percurso laboral. Precisamos, por isso, de uma visão mais inclusiva do contributo das diversas gerações. É um erro pensar ou representar uma geração como um peso, pois não poderíamos viver uns sem os outros.
[...]A vida é um valor sem variações. Uma raiz de futuro em Portugal será, pelo con-trário, aprofundar a contribuição dos seus idosos, ajudá-los a viver e a assumir-se como mediadores de vida para as novas gerações. Quando tomei posse como arquiv-ista e bibliotecário da Santa Sé, uma das referências que quis evocar nesse momento foi a da minha avó materna, uma mulher analfabeta, mas que foi para mim a primeira biblioteca. Quando era criança, pensava que as histórias que ela contava, ou as cantilenas com que entretinha os netos, eram coisas de circunstância, inventadas por ela. Depois descobri que faziam parte do romanceiro oral da tradição portuguesa. E que afinal aquela avó analfabeta estava, sem que nós soubés-semos, e provavelmente sem que ela própria o soubesse, a mediar o nosso primeiro en-contro com os tesouros da nossa cultura. Robustecer o pacto intergeracional é tam-bém olhar seriamente para uma das nossas gerações mais vulneráveis, que é a dos jovens adultos, abaixo dos 35 anos; geração que, praticamente numa década, vê abat-er-se sobre as suas aspirações, uma segunda crise económica grave. Jovens adultos, mui-tos deles com uma alta qualificação escolar,
de trabalho precário ou de atividades infor-mais que os obrigam sucessivamente a adiar os legítimos sonhos de autonomia pessoal, de lançar raízes familiares, de ter filhos e de se realizarem.
Hoje é impossível não ver a dimensão do problema ecológico e climático, que têm uma clara raiz sistémica. Não podemos contin-uar a chamar progresso àquilo que para as frágeis condições do planeta, ou para a existência dos outros seres vivos, tem sido uma evidente regressão. Num dos textos centrais deste século XXI, a Encíclica Laudato Sii’, o Papa Francisco exorta a uma «ecologia integral», onde o presente e o futuro da nos-sa humanidade se pense a par do presente e do futuro da grande casa comum. Está tudo conectado. [...]
Camões n’Os Lusíadas não apenas documen-tou um país em viagem, mas foi mais longe: representou o próprio país como viagem. Portugal é uma viagem que fazemos juntos há quase nove séculos. E o maior tesouro que esta nos tem dado é a possibilidade de ser-em-comum, esta tarefa apaixonante e sempre inacabada de plasmar uma comuni-dade aberta e justa, de mulheres e homens livres, onde todos são necessários, onde todos se sentem - e efetivamente são - corresponsáveis pelo incessante trânsito que liga a multiplicidade das raízes à composição ampla e esperançosa do futuro. Portugal é e será, por isso, uma viagem que fazemos juntos. E uma grande viagem é como um grande amor. Uma viagem assim - explica Maria Gabriela Llansol, uma das vozes mais límpidas da nossa contemporaneidade -, não se esgota, nem cancela na fugaz temporali-dade da história, mas constitui uma espécie de «rasto do fulgor» que exprime a ardente natureza do sentido que interrogamos.