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(1)

PMR 2330 -

Materiais

para Sistemas Eletromecânicos

AULA 10

Seleção de Materiais Segundo

a Resistência à Corrosão

(2)

Considerações básicas

A corrosão pode

ser definida

como um

processo de

destruição do

material pela

ação do

meio-ambiente.

(3)

Considerações básicas

Praticamente todos os meios-ambientes são

corrosivos, em menor ou maior grau, quer se

trate de meio gasoso (atmosfera rural,

marítima ou urbana, atmosfera limpa ou

poluída, gases químicos),

meio líquido (água

doce e água do mar, água pura e água

poluída, soluções químicas aquosas, produtos

químicos orgânicos e inorgânicos líquidos), ou

meio sólido (solo seco ou úmido, solo natural

ou solo poluído, substâncias químicas

(4)

Considerações básicas

Os

materiais orgânicos são menos

corrosivos do que os

inorgânicos quando

em contato com os materiais metálicos.

Condições de

temperatura

e

pressão

mais

elevadas

aceleram

comumente o

processo corrosivo.

(5)

Modos como se manifestam os

efeitos danosos da corrosão

perda de qualidade na aparência

elevação do custo de manutenção

interrupção do funcionamento

perda de produtos em processamento ou

processados

redução da segurança

(6)

Critério de resistência à

corrosão

É estabelecido quantitativamente em termos

de velocidade de ataque corrosivo na forma

de:

perda de material por unidade de área para

um determinado tempo (por exemplo, 10

miligramas por decímetro quadrado, por dia,

mdd) ou de

profundidade de penetração ( por exemplo, 1

milímetros por ano, mpa)

(7)

Existem três formas de classificar

os processos de corrosão:

1.

Através dos mecanismos físicoquímicos

fundamentais

2.

Corrosão química ou de combinação direta,

ou ainda, de oxidação

(8)

Conceitos de eletroquímica

1. A primeira se dá nos casos particulares de

trabalho em altas temperaturas em meios-ambientes secos;

2. A segunda ocorre nos casos de meios

ambientes onde estão presentes soluções aquosas, atmosferas úmidas e líquidas que atuam como eletrólitos

3. Pode-se definir a corrosão eletroquímica como

constituída de dois processos parciais de reações de oxidação e de redução do metal

(9)

Conceitos de eletroquímica

Segundo Gentil a corrosão ocorre devido

a reações do material com o meio onde

ele se encontra, dando origem a uma

interação de eletricidade e de

transformações químicas

.

Sendo assim, corrosão é uma

transformação química destrutiva do

metal, que é ocasionada por fluxo de

elétrons.

(10)

Para uma corrente escoar é preciso um

circuito elétrico completo:

1. Anodo – eletrodo onde ocorre a oxidação

( corrosão), onde a corrente na forma de íons metálicos , entra no eletrólito

2. Eletrólito – é o meio condutor ( líquido) que contém

íons que transportam a corrente até o catodo

3. Catodo – é o eletrodo onde ocorre a redução e o

local onde a corrente sai do eletrólito

4. Circuito metálico – é a ligação entre o anodo e o

catodo, por onde escoam os elétrons, no sentido anodo-catodo

(11)

Esquema do circuito elétrico de um

sistema de corrosão

Lembra da pilha eletroquímica?

(12)

Tipos

de corrosão

Pode-se classificar os tipos de corrosão inicialmente em dois grupos básicos:

tipos de corrosão onde apenas estão presentes mecanismos eletroquímicos (ou químicos) e que são: corrosão uniforme, corrosão galvânica, corrosão por frestas, corrosão localizada, corrosão intergranular, corrosão seletiva e corrosão por correntes dispersas;

tipos de corrosão onde além dos mecanismos eletroquímicos estão presentes ações mecânicas: corrosão-erosão , corrosão sob tensão e corrosão-fadiga

(13)

Corrosão uniforme

Apresenta-se na forma de um ataque uniforme

sobre toda a superfície de uma grande

região da peça; a peça aos poucos tem a

secção transversal corroída e reduzida na

espessura até a falha completa de

funcionamento.

Esse tipo de corrosão é o mais comum e é o

responsável pela maior perda de material

metálico por processo corrosivo.

(14)

CORROSÃO LOCALIZADA: Célula

eletroquímica iniciada em sítios

anódicos e catódicos de um metal

(15)

Corrosão galvânica

Ocorre quando dois metais diferentes estão em

contato e imersos num meio corrosivo. A formação de um par galvânico conduz a corrosão do metal menos nobre na região adjacente a junção das duas peças de metais diferentes; então o metal menos nobre tem um comportamento anódico e a

intensidade da corrosão será dependente da

diferença de potencial formada na pilha constituída desses metais em contato. Essa diferença de

potencial pode ser determinada com auxílio de uma tabela que contém a série eletroquímica dos metais principais .

(16)

Exemplo de corrosão galvânica: casca

de Mg foi fundida em volta de aço

(17)

Série Galvânica

 Materiais mais inertes ( catódicos)

Platina Ouro Grafite Titânio Prata

Aço inoxidável 316 ( passivo) Aço inoxidável 304 ( passivo)

(18)

Série Galvânica ( continuação)

Inconel( 80Ni-13Cr-7Fe) ( passivo) Níquel ( passivo)

Monel ( 70Ni-30Cu) Ligas Cobre-Níquel

Bronzes ( ligas Cobre- Estanho) Cobre

Latões( Ligas Cobre-Zinco) Inconel ( ativo)

(19)

Série Galvânica ( continuação)

Estanho Chumbo

Aço inoxidável 316 ( ativo) Aço inoxidável 304 ( ativo) Ferro fundido

Ferro e aço ( exceto os mencionados antes) Ligas de alumínio

(20)

Série Galvânica ( continuação)

Alumínio comercialmente puro Zinco

Magnésio e suas ligas

(21)

Corrosão por frestas

Está presente nas regiões das peças onde se

forma uma fresta como nas placas sobre-postas, encostos de arruelas e parafusos, encosto de

rebites e nos depósitos de substâncias estranhas como areia e produtos de corrosão . As frestas, nesses casos, devem ser bem grandes para

permitir a entrada de líquidos e,ao mesmo tempo, manter esse líquido estagnado; no caso de

depósitos ainda deve-se notar sua porosidade que permite a penetração e manutenção de líquidos na região de contato com o metal

(22)

Locais de formação de frestas :

a) devido a geometria estrutural,

(23)

Exemplo de corrosão por frestas em

placas imersas em água do mar:

a corrosão ocorreu nas regiões onde

estavam arruelas

(24)

Corrosão localizada ou por

“pites”

Apresenta furos na superfície metálica decorrentes da ação corrosiva concentrada em alguns pontos; os diâmetros dos furos variam, em geral são

pequenos.

A corrosão localizada é um dos tipos mais

destrutivos, pois conduz a perfuração da parede da peça e nem sempre é de fácil detecção pois os furos podem ser pequenos e estar cobertos com os produtos da corrosão; além disso, é um

processo corrosivo difícil de ser avaliado e reproduzido em condições de laboratório.

(25)
(26)

“Pites” de aço inox 304 colocado

numa solução de HCl

(27)

Esquema de possíveis locais onde a

corrosão por pite e por fresta podem

(28)

Corrosão por correntes dispersas

ou por correntes de fuga

Decorre da passagem de uma corrente elétrica desviada de seu percurso normal para a peça metálica; exemplo típico ocorre nas tubulações enterradas que correm paralelamente a uma estrada de ferro eletrificada; parte da corrente sai dos trilhos, atravessa o solo de relativa

pequena resistividade, penetra no tubo metálico, percorre uma certa distância nesse tubo e sai

novamente em direção ao trilho. Na saída da corrente surge um processo corrosivo que

(29)

Corrosão Intergranular

A maioria dos metais comerciais são

policristalinos, ou seja formados por

pequenos cristais que são unidos pelas

suas superfícies uns aos outros. Essa

junção é chamada contorno de grão.

Pequenas regiões adjacentes aos

contornos de grãos, sob certas

condições , são consideradas mais

reativas (mais anódicas) que o interior do

grão.

(30)

Esquema indicando precipitados no

contorno de grão e zona empobrecida do

elemento de liga

(31)

Micrografia de latão mostrando

corrosão intergranular

(32)

Corrosão-erosão

Processo corrosivo associado a ação erosiva de um fluido em movimento numa superfície

metálica; em geral o movimento é rápido e os produtos da corrosão são retirados da região atacada. A aparência da superfície atacada é caracterizada pela presença de riscos, furos

arredondados, ondulações e outras marcas que normalmente se orientam na direção do

escoamento do fluido. Nesse tipo de corrosão, a velocidade do fluido tem uma importância notável e o efeito de desgaste se acentua com a

(33)
(34)

Exemplo de erosão-corrosão num coto-velo

de aço numa linha de vapor de água

(35)

Corrosão sob tensão

Surge através da presença de uma fissura causada pela ação simultânea de um meio corrosivo e uma tensão de tração; em geral somente a fissura está presente , isto é, não aparece sinais de outros tipos de corrosão. Diversas variáveis afetam o fenômeno como a temperatura, a natureza do metal (comp. e microestrutura), a composição do meio líquido corrosivo e o nível da tensão. A fissura

apresenta características que conduzem à fratura frágil da peça, e pode ser tanto inter como transcristalina.

(36)
(37)

Corrosão por “fretting”

Nesse processo a corrosão ocorre devido à

ruptura do filme de proteção, devido à abrasão que ocorre pelo movimento de fricção de dois ou mais componentes metálicos, em um meio corrosivo. Cada vez que uma superfície é

friccionada sobre outra, seus filmes são removidos, podendo ser substituídos. A

velocidade de formação de novo filme varia de um metal para outro.

(38)

Corrosão-Fadiga

Corrosão-fadiga é a redução da

resistência à fadiga de um metal pela

ação do meio ambiente corrosivo.

Na corrosão-fadiga ocorre como falha pela

propagação de uma trinca transgranular,

que pode ocorrer em quase todos os

materiais submetidos a tensões cíclicas

em ambiente corrosivo.

(39)

Métodos de prevenção da corrosão

1. Seleção do metal, ou liga metálica mais

adequados a um determinado meio ambiente.

2. Alteração do meio ambiente (diminuição de

temperatura e velocidade de fluxo do fluido, remoção de oxigênio e oxidantes, alteração de concentração, adoção de inibidores).

3. Alteração do projeto do sistema mecânico 4. Aplicação de proteção catódica e anódica. 5. Utilização de revestimentos metálicos

6. Utilização de revestimentos orgânicos 7. Aplicação de metal de sacrifício

(40)

Passividade

Refere-se à

diminuição da reatividade

química

experimentada por certos metais

e ligas sob condições particulares em

certos meios. Quando isso acontece eles

tornam-se inertes e agem como se fossem

metais nobres como o ouro e a platina.

(41)

Passividade

Passividade é simplesmente uma

condição existente na superfície do metal

por causa da presença de um filme

protetor ( óxido) que diminui

(42)

PROCESSOS

 

ALGUNS METAIS DE REVESTIMENTO

Eletrodeposição Cu, Ni, Cr, Zn, Cd, Sn, Au, Ag, Pt

Deposição por imersão Al, Zn, Pb, Sn Deposição por aspersão Zn, Sn, Pb, Al Deposição por plaqueamento Al, Ni

Deposição por difusão Zn, Cr, AI

Conversão química Compostos metálicos (óxidos, cromatos, fosfatos)

 

Quadro

Processos de aplicação de revestimentos metálicos.

(43)

Metal de sacrifício ou "

Eletrodo

 de sacrifício"

é qualquer 

metal

 utilizado em estruturas

submetidas a ambientes 

oxidantes

, com o

objetivo de ser oxidado em seu lugar.

Esse metal deve possuir menor poder de 

redução

 do que o material utilizado na

estrutura, para que possa ser "sacrificado" e

protegê-la.

zinco

 e o 

magnésio

 são metais comumente

utilizados com esse objetivo.

A utilização de um metal de sacrifício é um

método de

proteção catódica

.

(44)

Metal de sacrifício parcialmente corroído ligado

ao casco de um navio.

(45)

Anodização

 é o processo de criar um filme de óxido sobre certos metais por meio da imersão em um banho eletrolítico no qual o metal a anodizar é ligado ao pólo positivo de uma fonte de eletricidade, transformando-se no anodo da cuba eletrolítica

.

Metais como: 

alumínio, nióbio, tântalo, titânio, tungstênio, zircônio têm

resultados característicos de formação de camada de óxido. A anodização de ligas metálicas depende muito da sua

composição, por exemplo, ligas de alumínio para fundição têm bastante silício, que dá fluidez para o bom preenchimento dos 

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