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Percursos para a mudança

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Academic year: 2021

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Percursos para a mudança

MESTRANDAS: Ana Cristina Bento Fernandes e Paula Cristina Rodrigues Mestre DOCENTE: Prof. Dra. Nilza Henriques

MÓDULO: Teorias e Modelos de Supervisão

Mestrado em Ciências da Educação, na área de especialidade de Supervisão Pedagógica e Formação de Formadores

Escola Superior de Educação Almeida Garrett Lisboa 2012

(2)

Mudam-se os tempos,

mudam-se as vontades,

Muda-se o ser, muda-se a

confiança;

Todo o mundo é composto de

mudança,

Tomando sempre novas

qualidades.

(3)

SUMÁRIO

1- Conceito de supervisão

2- Modelos e abordagens de supervisão 3- Psicologia da supervisão

4- Supervisão como mediação do desenvolvimento organizacional e profissional

5- Paradigmas e parâmetros de supervisão em educação 6- Supervisão colaborativa, liderança e gestão

7- Escola reflexiva e desenvolvimento institucional

8- Competências e conhecimento profissional do supervisor numa escola reflexiva

9- Representações dos professores sobre a prática supervisiva

(4)

1- CONCEITO DE SUPERVISÃO

No campo educacional a noção de supervisão surge,

historicamente, associada a funções de inspeção, controlo, avaliação.

O movimento de supervisão clínica, iniciado nos EUA

nos anos 60, tem a sua introdução em Portugal duas décadas mais tarde, nos anos 80, sendo Isabel Alarcão a sua percursora.

O enfoque da supervisão passa a ser dirigido para a sala

de aula, “a clínica” e para as questões pedagógicas, daí a designação de supervisão pedagógica.

(5)

A supervisão é conceptualizada como processo contínuo de acompanhamento, que visa o desenvolvimento pessoal e profissional do professor.

Preconiza:

- colaboração, apoio e regulação do ensino e da aprendizagem; - reflexão e investigação sobre a ação educativa;

- mudança e melhoria das práticas.

“atuação de monitorização sistemática da prática pedagógica, sobretudo através de procedimentos de reflexão e experimentação nas suas dimensões analítica e interpessoal, de observação como estratégia de formação e de didática como campo especializado de reflexão /experimentação pelo professor.” (Vieira, 1993)

(6)

2- MODELOS E ABORDAGENS DE SUPERVISÃO

Há vários cenários/modelos sobre as

práticas

de

supervisão

(imitação,

artesanal, aprendizagem pela descoberta

guiada, psicopedagógico, behaviorista,

clínico, reflexivo, dialógico, ecológico…),

com

particularidades

específicas,

conceções alternativas, suportados em

diferentes teorias.

(7)

No entanto, todos eles preconizam:

- a relevância do processo supervisivo na

construção e desenvolvimento do professor

enquanto indivíduo aprendente, colaborativo e

reflexivo;

- a

supervisão

como

contributo

para

adquirir/reciclar conhecimentos; crescimento

pessoal e profissional; escolha dos percursos

educativos; melhoria das práticas e da

qualidade da educação

(8)

O(s) modelo(s) a adotar depende(m) do contexto

a que se aplicam e esta seleção deve resultar de

um processo criterioso de análise dos diferentes

modelos.

Devem funcionar como

janelas

que iluminam a

prática, para expandir a visão, solucionar

problemas, articular teoria e prática

.

(9)

3- PSICOLOGIA DA SUPERVISÃO

Seis premissas que ilustram o papel desempenhado pela psicologia na supervisão educacional:

Os princípios psicológicos formam uma fundamentação invisível da supervisão.

A congruência na orientação psicológica conduzirá a melhoramentos no ensino.

As decisões pessoais são tomadas com base na psicologia do indivíduo.

A comunicação ocorre a nível verbal e não verbal.

O stress psicológico inibe o funcionamento cognitivo.

A psicologia de um indivíduo é influenciada pelo sistema mais lato em que ele se insere.

(10)

As cinco, principais, escolas de pensamento no

âmbito psicológico, que se revelam importantes no estudo sobre a psicologia da supervisão são:

Comportamentalismo

Psicanálise

Cognitivismo

Humanismo/Existencialismo

(11)

4- SUPERVISÃO COMO MEDIAÇÃO DO

DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL

E PROFISSIONAL

É uma ferramenta fundamental à promoção de um

ensino de qualidade , de forma sustentada, que deverá ter um impacto na vida da organização .

A supervisão organizacional é um processo de

acompanhamento do desenvolvimento da escola. Implica aferição, monitorização e regulação.

É um processo que pretende motivar e envolver toda

a comunidade educativa, com o intuito de conduzir à reflexão, tendo como finalidade o desenvolvimento: dos indivíduos ,que interagem nas dinâmicas da

(12)

5- PARADIGMAS E PARÂMETROS DE

SUPERVISÃO EM EDUCAÇÃO

As abordagens acerca dos paradigmas e parâmetros de supervisão são diversas. Associadas a uma sociedade em mudança que implica uma escola em transformação, as formas como se perspetiva a supervisão também se encontram em mudança.

Os Campos com maiores implicações na construção de uma base teórica de investigação em supervisão são:

1. Teoria da liderança

2. Teoria da comunicação

3. Teoria da organização

(13)

6- SUPERVISÃO COLABORATIVA, LIDERANÇA

E GESTÃO

A liderança deve ser entendida como

processo de mobilização e envolvimento coletivo, em que existe uma apropriação global do sentido de escola e da sua

missão , com o intuito de se conjugarem esforços para se alcançarem objetivos comuns.

A supervisão nas organizações escolares implica uma

inter-relação entre o líder, as estruturas intermédias, docentes e, por conseguinte ,com a restante

comunidade educativa.

Nesta perspetiva a supervisão deverá promover o desenvolvimento de todos os intervenientes levando às práticas colaborativas visando as aprendizagens interativas.

(14)

Teoria e prática caminham juntas fazendo experiência Os problemas são motivos de crescimento O supervisor age dentro de uma liderança compartilhada, guiada por todos, representada por um O contexto teórico é transposto para a prática em função da realidade da escola A gestão é aberta, democrática, focada nos processos pedagógicos e feita por um corpo reflexivo Assenta na inclusão; todos agem num movimento de conhecimento mútuo, no respeito de individualidades, vivências e limitações

7- ESCOLA REFLEXIVA E DESENVOLVIMENTO

INSTITUCIONAL

(15)

uma

escola

reflexiva é capaz de

enfrentar desafios,

de implicar todos os

seus membros na

assunção plena dos

seus papéis, numa

atitude

de

comprometimento,

conduzindo a uma

autorregulação e a

um crescimento ,

enquanto

organização.

(16)

8- COMPETÊNCIAS E CONHECIMENTO

PROFISSIONAL DO SUPERVISOR NUMA

ESCOLA REFLEXIVA

Competências interpretativas permitem compreender a realidade envolvente aos mais diversos níveis (humano, social, cultural, histórico, pedagógico) e identificar os desafios. O papel de supervisor pressupõe a existência de

competências que lhe permitam o exercício eficaz das suas funções e o seu reconhecimento pelos pares.

(17)

Competências de intervenção, formação, supervisão e avaliação - permitem mobilizar e gerir saberes e estratégias, apoiar e estimular a aprendizagem

colaborativa, sistematizar o conhecimento

produzido, dinamizar práticas de reflexão, identificar

necessidades formativas emergentes, avaliar

programas de formação contínua, participar no processo de ADD, promover a regulação.

Competências de análise - permitem avaliar e interpretar a escola, à luz de pressupostos teóricos e fundamentar decisões através de processos investigativos e inovadores.

(18)

Competências relacionais - permitem comunicar, acolher, acompanhar, criar dinâmicas relacionais, mobilizar para a ação, gerir conflitos.

Competências de consultoria – permitem assessorar as lideranças no planeamento e organização dos documentos estruturantes da escola, assessorar as escolas, os centros de formação ou outras instituições ligadas à formação de professores na organização e desenvolvimento de programas de formação inicial ou contínua.

(19)

O supervisor de uma escola reflexiva é aquele que fomenta a coesão, o trabalho colaborativo, profícuo, promovendo o crescimento.

(20)

9- REPRESENTAÇÕES DOS PROFESSORES

SOBRE A PRÁTICA SUPERVISIVA

Representação por tradição Representação a promover

Prática de controlo Prática de partilha

Natureza prescritiva Natureza colaborativa e reflexiva

Avaliação sumativa Avaliação formativa

Chefe, dirigente Parceiro

(21)

“Ninguém começa a ser educador numa

certa terça-feira às quatro horas da tarde.

Ninguém nasce educador ou marcado para

ser educador. A gente se faz educador, a

gente se forma, como educador,

permanentemente, na prática e na reflexão

sobre a prática”. (Paulo Freire, 1996)

(22)

10- INVESTIGAÇÃO AÇÃO NA PRÁTICA DE

SUPERVISÃO

A investigação-ação - modalidade de investigação

qualitativa no campo da educação, para a promoção de mudanças nas práticas pedagógicas, resulta de um processo colaborativo e reflexivo, assente na análise dessas mesmas práticas.

Implica o envolvimento de todos os intervenientes no

processo educativo para empreender dinâmicas de ação e reflexão partilhadas, contínuas e sistemáticas.

A investigação ação enquanto processo cíclico de

investigação possibilita a superação dos problemas vivenciados pela escola, através de processos colaborativos e reflexivos que possibilitam a regulação contínua da prática e, consequentemente, maior assertividade.

(23)

Investigação Ação Reflexão Reformulação

A supervisão pedagógica, num contexto de formação

ao longo da vida, implica repensar práticas

pedagógicas e atitudes organizacionais que

estimulem e desenvolvam atitudes autónomas, participativas e colaborativas, com base em conceitos como reflexividade, autonomia e investigação-ação.

(24)

S

U

P

E

R

V

I

S

Ã

O

Proces o colaborativo, reflexivo, regulador Janela que il stra e articula teoria e prática

Suporta -se em princípios sicológicos que influenciam os indivíduos

Desafio, gestão colaborati a, democrática

Requer conhecim nto competências e sensibilidade

Conjunto diverso de fo mas, modelos, papéis funções e estruturas

Conduz à concret zação da missão da escola Promove o de envolvimento estrutural

Implica clarificaç o de conceitos, formas de conceção, gestão e organização

(25)

Se queremos progredir,

não devemos repetir a

história, mas fazer uma

história nova

Referências

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