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Parque e centro de esportes Indoor: novos ares

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Academic year: 2021

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Parque e Centro de

Esportes Indoor

Mailo da Rosa Matos

Professora Orientadora:

Arq. Michelle Benedet, Msc.

Trabalho Final de Graduação apresentado ao

curso de Arquitetura e Urbanismo da

Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Arquiteto e Urbanista.

(3)

Trabalho

final

de

graduação

elaborado

pelo

acadêmico Mailo da Rosa Matos e apresentado em

dezembro de 2016 à banca avaliadora que segue:

______________________________

ARQ. MICHELLE SOUZA BENEDET, MSC. ORIENTADORA

_________________________________

AVALIADOR 01

_________________________________

AVALIADOR 02

NOME: Mailo da Rosa Matos

ENDEREÇO: Rua Carmem Fuchter Philippi, 209

São Januário, Braço do Norte – SC

CONTATO: (48) 9 9603

– 7757

EMAIL: mailo.matos@gmail.com

Codigo de Matricula: 505904

ORIENTADORA: Arq. Michelle Souza Benedet, Msc.

(4)

A Lina Bo Bardi por sua obra, um legado que não

só me serviu como referência durante a vida acadêmica,

mas que em principio me inspirou a escolher a

arquitetura e urbanismo como graduação

Ao Sr. Antônio Anastácio Katecipis, pelo seu

grande incentivo para que eu me mantivesse na

faculdade. Sem ele nada disso seria possível.

A minha mãe Marcia da Rosa, que mesmo com

todos os obstáculos impostos pela vida, sempre criou

forças para vencer as dificuldades e poder garantir que

eu me tornasse uma pessoa da qual ela pudesse se

orgulhar.

A

minha

orientadora

Arquiteta

e

Urbanista

Michelle Souza Benedet, que durante todo o curso foi

uma professora excepcional, que com seu domínio sobre

os conteúdos e forma apaixonada de apresenta-los,

revigorou minha vontade de seguir adiante na jornada da

graduação.

Agradeço a tudo e a todos que permitiram que eu

chegasse hoje até aqui, que é apenas o ponto de início

para a minha jornada.

(5)

"Todo ato criativo requer uma nova inocência de

percepção, livre da catarata da crença tradicional".

(6)

Sumário

1. INTRODUÇÃO AO TEMA...01 1.1 Introdução...02 1.2 Problemática...03 1.3 Justificativa...03 1.4 Objetivos...04 1.4.1 Objetivo geral...04 1.4.2 Objetivos específicos...04 1.5. Metodologia...04 2. REFERENCIAL TEORICO...05

2.1 Parques Urbanos no Brasil...06

2.2 Esportes e Qualidade de Vida...07

2.2.1 Atividade Física e a Saúde Física e Mental...09

2.3 Esportes em Ambientes Internos...10

3. REFERENCIAL PROJETUAL...12

3.1 Streetdome– Haderslev, Dinamarca...13

3.1.1 Acessos...13

3.1.2 Volume / Massa...14

3.1.3 Definição de Espaços...14

3.1.4 Estruturas e Técnicas Construtivas...15

3.1.5 Conforto Ambiental...15

3.1.6 Zoneamento Funcional...16

3.1.7 Hierarquias Espaciais...16

3.1.8 Relações do Edifício com o Entorno...17

3.1.9 Relações do interior com o exterior...17

3.1.10 Ordem de ideias: simetria e assimetria..18

3.1.11 Ordem de ideias: Traçado Regulador....18

3.1.12 Partido...19

3.1.13 Motivos Para a Escolha...19

3.2 Escalada New Wave– Mazandaran, Irã....20

3.2.1 Acessos...20

3.2.2 Circulação...21

3.2.3 Volume / Massa...22

3.2.4 Definição de Espaços...23

3.2.5 Estruturas e Técnicas Construtivas...24

3.2.6 Conforto Ambiental...25

3.2.7 Zoneamento Funcional...26

3.2.8 Hierarquias Espaciais...27

3.2.9 Relações do Edifício com o Entorno...28

3.2.10 Relações do interior com o exterior...28

3.2.11 Ordem de ideias: simetria e assimetria..29

3.2.13 Ordem de ideias: Traçado Regulador....29

3.2.14 Partido...29

3.2.15 Motivos Para a Escolha...29

3.3 Parque Olímpico – Rio de Janeiro, Brasil....30

3.3.1 composição geral e traçado urbano...31

3.3.2 Acessos / Entradas...32 3.3.3 Circulações...33 3.3.4 Inserção Urbana...33 3.3.5 Vegetação e Materiais...34 3.3.6 Equipamentos e Mobiliários...34 3.3.7 Motivo da Escolha...35 4. DIAGNÓSTICO DA AREA...36

4.1 Breve Histórico de Tubarão...37

4.1.1 O Aeroporto Anita Garibaldi...38

4.2 Área em estudo...39

4.2.1 Acessos...40

4.2.2 Recorte Urbano e Equipamentos...40

4.2.3 Gabaritos...41

4.2.4 Uso do Solo...41

4.2.5 Sistema Viário – Hierarquia...42

4.2.6 Sistema Viário – Fluxos e Conflitos...42

4.2.7 Legislação...44

4.2.8 Infraestrutura...45

4.2.9 Cheios e Vazios...46

4.2.10 Publico e Privado...46

4.2.11 Aspectos Ambientas e Paisagísticos...47

4.2.12 Relação com o Entorno...48

(7)

5. PARTIDO GERAL...50

5.1 Conceito...51

5.2 Diretrizes...52

5.2.1 Diretrizes Urbanas e Paisagísticas...52

5.2.2 Diretrizes Arquitetônicas...53 5.3. Programa de necessidades...54 5.3.1 Pré-dimensionamento...55 5.3.2 Organograma e Fluxograma...56 5.4 Partido...57 5.4.1 Zoneamento Geral...57 5.4.2 Implantação Geral...58 5.4.3 Planta Baixa...59 5.4.4 Perspectivas Gerais...60 5.5 Sistemas Construtivos...61 5.5.1 Cortes Esquemáticos...61 5.6 Considerações Finais...62 6. REFERÊNCIAS...63 6.1 Livros...64 6.2 Dissertações e Teses...64 6.3 Sites...64 7. APÊNDICES...65 7.1 Pesquisa de opinião...66 7.2 Pré-dimensionamento...69

Sumário

(8)

O REFERENTE CAPITULO TRAZ UMA CONTEXTUALIZAÇÃO SOBRE O TEMA PARA A PROPOSTA JUNTAMENTE COM A PROBLEMATICA DA ÁEREA

(9)

Introdução ao Tema

O esporte indoor é toda e qualquer atividade física, esportiva e/ou de lazer amparada por uma estrutura que permita sua realização ou que proporcione um melhor conforto e aproveitamento para o usuário. Neste projeto os usos indoor escolhidos foram o skatepark, paintball, túnel de vento e escalada. (figura 1)

A prática de exercícios físicos é fundamental para quem está em busca de qualidade de vida. Quando o indivíduo pratica regularmente e de forma correta, proporciona a ele benefícios incríveis no corpo e na mente.

O corpo de adeptos a atividades físicas tem seu tônus muscular fortalecido, assim como seus ossos e articulações que também se tornam mais flexíveis. Além disso ajuda a regular a pressão arterial, favorece a perca de peso e reduz a gordura corporal. Diminui o colesterol ruim, aumenta o bom e ajuda com o diabetes.

Os efeitos da movimentação e exercícios físicos na mente humana são inúmeros, alguns ligados diretamente e outros indiretamente. A agitação geral do corpo durante os exercícios causa a ativação de diversos sistemas do corpo. Isso inclui desde alterações endócrinas no cérebro, alterações hormonais, ativação do metabolismo cardiovascular e vários tipos de mudanças fisiológicas que acontecem por todo o organismo. Este tipo de mobilização do corpo faz com que existam igualmente algumas alterações no nosso cérebro, contribuindo para alterações positivas nos estados de humor. Indiretamente as modificações corporais como perda de peso, ganho de massa muscular e maior disposição, acabam melhorando a própria autoestima do praticante de exercícios físicos e consequentemente seu próprio humor.

Este trabalho tem por objetivo criar um parque de lazer e um centro de esportes indoor, uma ferramenta que trará diversos benefícios para a cidade e sua população como um todo. A criação deste equipamento preenche uma lacuna presente na região que é a carência de espaços para realização de esportes de caráter recreativo e profissional, além de atividades de lazer e socialização

1.1 INTRODUÇÃO

02

Figura 01: Escalada Indoor

(10)

Introdução ao Tema

A população de Tubarão e região carece de um espaço de interação social e lazer que, além de suprir suas necessidades de segurança, conforto, qualidade de vida e entretenimento, tenha que estar próximo e bem localizado para que tal espaço esteja acessível e atrelado a suas rotinas. Este Trabalho Final de Graduação propõe a criação de um parque de lazer, onde as pessoas possam praticar atividades físicas ao ar livre e passear com suas famílias e amigos, assim como também um centro de esportes indoor, onde as pessoas teriam toda a infraestrutura necessária para ter segurança e conforto na realização de atividades físicas e de lazer mesmo em dias chuvosos e ensolarados.

A área escolhida para a implementação deste projeto e que cumpre os requisitos para um uso deste porte é o terreno do antigo Aeroporto nas proximidade da Arena Multiuso de Tubarão, que além de ser um espaço que entraria em ressonância com o novo equipamento, é um grande vazio urbano que está localizado próximo ao centro, numa área em expansão e próximo ao Farol Shopping, que é um espaço de lazer e um grande chamariz de desenvolvimento tanto para a área quanto para a cidade, mas que não é publico.

A qualidade de vida das pessoas na sociedade contemporânea muitas vezes está comprometida pelo estilo de vida que são forçadas a levar, seja devido a rotinas maçantes ou a falta de condições de acesso, como hábitos irregulares de alimentação, sedentarismo e pouca disposição.

A falta de espaço na agenda muitas vezes faz com que as pessoas aproveitem o pouco de seu tempo livre em atividades sedentárias como TV, videogame e computador, que são atividades de entretenimento que estão sempre à disposição e ao alcance de todos e, principalmente, no conforto de seus lares. Criar chamarizes que façam com que as pessoas saiam de suas casas, sem que seja para comer e comprar, é um dos maiores desafios da vida moderna, onde até os relacionamentos acontecem por meio de celulares, aplicativos e redes sociais.

Em Tubarão e região faltam ambientes atrativos, confortáveis e de qualidade para o convívio social, de lazer e esportivo. O panorama é composto por praças inóspitas, casas noturnas, restaurantes e o Farol Shopping, com sua praça de alimentação e cinema. O Parque Tractebel localizado na cidade de Capivari é um exemplo de espaço atrativo para a população da região, mas que ainda faltam atividades para um melhor aproveitamento de experiência do usuário.

1.2 PROBLEMÁTICA

03

1.2 JUSTIFICATIVA

(11)

Introdução ao Tema

As etapas metodológicas estão descritas a seguir: I– Pesquisa bibliográfica: etapa importante para adquirir as informações que servirão para o embasamento teórico necessário sobre as práticas de atividades físicas e os efeitos diretos e indiretos na saúde e qualidade de vida. As pesquisas serão relacionadas a parques e centros esportivos no Brasil e no mundo, a esportes indoor e sua infraestrutura

II–Análise de projetos referenciais existentes no brasil e no mundo: levantamento de dados sobre usos indoor, identificando as qualidades e defeitos encontrados em equipamentos que já existem para ter melhor referência na hora de desenvolver o partido, tendo conhecimento do que funciona e não funciona neste tipo de uso e as necessidades dos usuários.

III – Pesquisa qualitativa e quantitativa: Entrevistas realizadas com a finalidade de produzir um espaço que realmente atenda a necessidade dos possíveis futuros usuários.

IV – Levantamento da área: Análise da área a ser trabalhada, assim como seu entorno imediato e macro, necessário para compreensão do bairro e da cidade.

IV. Partido: Síntese de todo o TFG, aplicando todo o conhecimento adquirido durante o curso e o desenvolvimento deste trabalho, ponto inicial para realização do anteprojeto arquitetônico e paisagistico

V. Anteprojeto: Será desenvolvido no próximo semestre o anteprojeto e seus detalhamentos finais, tendo como ponto de partida o estudo realizado no presente trabalho e nas considerações da banca.

Com a elaboração deste trabalho apresentamos objetivos, gerais e específicos, que auxiliarão na elaboração e criação do projeto.

1.4 OBJETIVOS

04

1.4.1 OBJETIVOS GERAIS

O Trabalho Final de Graduação I tem como objetivo geral a elaboração do anteprojeto de um parque de lazer e um centro de esportes indoor para atender a população do município de Tubarão e região, trazendo um atrativo para a prática de atividades físicas em busca de uma melhor qualidade de vida para os praticantes.

a) Promover atividades recreativas, atrativas, diversificadas e interativas para o lazer;

b) Oferecer uma estrutura adequada para o desenvolvimento das atividades de escalada, skatepark, paintball e túnel de vento;

c) Criar espaços acessíveis a todos os usuários, com espaços sinalizados, bem demarcados, com rampas, corrimãos e bem iluminados;

d) Analisar as condicionantes da área onde será implantado o projeto, visando os aspectos físicos, ambientais e

infraestrutura do entorno;

1.4.1 OBJETIVOS ESPECIFICOS

1.5 METODOLOGIA

Para a realização do presente trabalho final de graduação, será aplicada uma metodologia baseada em referenciais que aproximam-se do tema parques de lazer e centro de esportes e que são divididos em cinco partes: pesquisas bibliográficas, referenciais teóricos, referenciais projetuais, analise da área e os primeiros estudos para a elaboração do anteprojeto de um parque de lazer e centro de esportes indoor.

(12)

O REFERENTE CAPITULO TRAZ COMO REFERENCIA A HISTORIA DOS PARQUES URBANOS NO BRASIL, O ESPORTE E SUA RELAÇÃO COM A QUALIDADE DE VIDA E A RELAÇÃO DOS ESPORTES COM AMBIENTES INTERNO

(13)

Referenciais Teóricos

O papel e definição dos parques no Brasil e no mundo é abrangente e nada precisa. Muitas vezes, espaços de lazer de pequeno porte são denominados parques apenas porque são cercados, contém instalações de lazer e alguma vegetação (MACEDO, 2003). Alguns ponderam como parque todo ambiente de lazer ou de conservação que contém vegetação, seja uma praça ou uma área com milhares de metros quadrados.

Entendemos como parque todo espaço destinado a entretenimento de massa, qualquer que seja o seu tipo, adequado para aliar intenções de conservação cuja estrutura morfológica é autossuficiente, isto é, não é diretamente influenciada em sua configuração por nenhuma estrutura construída em seu entorno. “Muitos dos atuais parques, de pequeno porte não passam realmente de praças de vizinhança” (MACEDO, 2003). Sua denominação como parque é apenas pela falta de consenso sobre o assunto entre os peritos, dentro e fora do poder público. Não podem ser considerados parques áreas que não sejam capaz de acolher equipamentos de lazer, tanto em abundância como em heterogeneidade.

A cidade está sujeita ao equilíbrio entre as variáveis de população, recursos naturais e o meio ambiente. Construímos uma civilização global que enfrenta simultaneamente a expansão da população a nível mundial, a destruição dos recursos naturais e do meio ambiente (ROGERS, 2001). Somente nos últimos vinte anos do século XX observa-se um interesse político crescente pela implantação e formação de parques públicos. Essa tendência é influenciada pela crescente urbanização do país, que levou a grande maioria da população a residir em cidades. Iniciou-se no final deste século, um processo crescente de implantação deste tipo de logradouro nos médios e grandes centros urbanos, de responsabilidade tanto dos municípios como dos governos estaduais (MACEDO, 2003).

2.1 PARQUES URBANOS NO BRASIL

06

“Acredito piamente que a arquitetura, o urbanismo e o planejamento urbano possam evoluir ainda mais para nos proporcionar ferramentas cruciais para garantir nosso futuro, através da criação de cidade com ambiente sustentáveis ecivilizados” (ROGERS, 2001).

A implementação de parques em centros urbanos tem os resultados mais benéficos. Os benefícios oriundos dessa posição possuem um potencial tão grande que a sustentabilidade do meio ambiente quando este é o orientador do projeto pode transformar completamente a qualidade de vida da região no qual foi instalado o projeto (FRANCO, 2000).

A cidade é como um lugar de encontros e relações, tendo o espaço público um papel determinante como intermediador. É nele que se desenvolve a coletividade, com convivência e câmbio cultural entre os grupos diversos que compõem a heterogênea sociedade urbana. A vivência do espaço público, deste modo, está atrelada diretamente com a constituição de uma cultura agregadora e partilhada entre os cidadãos.

“Espaço público é uma cultura urbana compartida, fundada em valores coletivos; uma cultura que envolve o convívio com os opostos, envolve diversidade, troca e, mais que tudo, o desfrute de uma cidade que tenha o espaço urbano como fundoativo” (HOLANDA, 2012).

Figura 02: Parque do Ibirapuera – São Paulo – SP Fonte: Site Parque do Ibirapuera

(14)

Referenciais Teóricos

Quando os parques vieram para o Brasil no século XIX eles eram espaços monofuncionais distantes das necessidades sociais da massa urbana e atendiam somente as elites da época, que usufruíam de um espaço apenas de contemplação, feito para as pessoas deslizarem suavemente em meio a um cenário delicadamente concebido de modo a criar uma paisagem completamente alheia ao entorno. Por mais de cem anos os vazios urbanos, imensas áreas de terra e rios foram os verdadeiras áreas de lazer das massas daquela época. Somente depois da metade do século XX, com a escassez das áreas de lazer, é que os parques começaram a absorver novas funções e as pessoas de várias classes começaram a se apropriar destes espaços como necessidade social. (FRANCO, 2000 ; MACEDO, 2003).

Atualmente os parques não são apenas destinados a preencher o tempo livre dos cidadãos. Hoje um parque torna-se multifuncional não só por possuir inúmeros atrativos de lazer para a população, mas por ser um espaço livre, regulador bioclimático provedor de qualidade ambiental e social através de equipamentos públicos, semi-públicos e privados que atendem às necessidades da população, assim como trazer fluxos de pessoas em períodos diferentes do dia e da semana para não se tornarem regiões desérticas e pontos de criminalidade e insegurança. (FRANCO, 2000 ; MACEDO, 2003 ; ROGERS, 2001)

Para a cidade de Tubarão e região é proposto a criação de um parque de lazer aberto, com atividades atrativas para gerações diversas, para resgatar a convivência das pessoas em espaços públicos, através de espaços como quiosques para reuniões familiares e de amigos, equipamentos esportivos para interação entre pessoas e caminhos para caminhada, ciclismo academia ao ar livre, atraindo pessoas que queiram praticar exercícios em um espaço agradável.

07

Segundo a Academia das Ciências de Lisboa a palavra esporte vem do francês antigo desport, que denota recreação, passatempo e lazer. Apareceu na língua portuguesa no século XV, com o sentido de divertimento. (CASTELEIRO, 2001)

No entanto, apenas a partir do século XIX, a influência do termo inglês sport, que também tem origem em desport, terá contribuído para o incremento do seu uso com o significado moderno. Do par das variantes “sporte" e "desporte", surgiu a variante "esporte" adaptada da palavra inglesa sport (CASTELEIRO, 2001). Hoje popularizou-se para se referir à atividade física esportiva, que inclui qualquer participação ocasional ou organizada, que visa equilibrar a saúde ou melhorar a aptidão física e/ou mental e proporcionar entretenimento aos participantes (figura 03). Pode ser competitivo, onde o vencedor ou vencedores podem ser identificados por obtenção de um objetivo, e pode exigir um grau de habilidade, especialmente em níveis mais elevados. São centenas os tipos de esportes existentes, incluindo aqueles para um único participante, até aqueles com centenas de participantes simultâneos, em equipes ou individualmente (BARBANTI, 2002)

2.2 ESPORTE E QUALIDADE DE VIDA

Figura 03: Esporte e sua diversidade de modalidades Fonte: Site ughini (adaptado pelo autor)

(15)

Referenciais Teóricos

seja não apenas organismo, mas também um facto sociocultural, podendo ser construído,“dominado” e “utilizado” objetivamente (BARBANTI, 2002).

No esporte realiza-se um confronto com a natureza corporal, travado de muitas maneiras, por motivos variados e com múltiplas consequências. Celebra-se nele a memória de um corpo em fuga, esperando o milagre da sua reaparição. (SAMULSKI, 2002)

As atividades físicas, principalmente através do esporte, sem dúvida alguma proporcionam uma alta qualidade de vida. Praticar exercícios regularmente ajuda a manter uma boa saúde mental e corporal, em qualquer idade. Por isso mesmo que Tubarão e região careçam de espaços de lazer cultural, que também são importantes, o lazer esportivo se faz necessário para melhorar a qualidade de vida e saúde dos habitantes, e sendo estes esportes com caráter recreativo, abrange um público muito maior, desde jovens a adultos. O esporte colabora para a prosperidade do homem,

para a concretização suave e racional das funções da natureza humana, quer das biologias naturais, quer das biologias sociais, através de toda a forma de atividade física. A atividade física é, segundo Caspersen (1985), "qualquer movimento corporal, produzido pelos músculos esqueléticos, que resulte em gasto energético maior que os níveis de repouso". É também qualquer empenho muscular pré determinado, proposto a executar uma tarefa, seja ela um "piscar dos olhos", um caminhar, e até um movimento complicado de alguma competição esportiva (CASPERSEN, 1985 apud BARBANDI 2002).

A história possibilita dizer que o indivíduo continuamente se voltou para o seu corpo; sempre procurou compreendê-lo, adaptá-lo, modificá-lo, torná-lo belo e eterniza-lo. Porém é a transcendência divina, conveniente da modernidade e da sua ciência, que distorce a colocar toda a esperança no corpo, na ideia de o fazer, de o construir, de o dominar e modelar e o subtrair ao arbítrio absolutista das leis da natureza. (NAHAS, 2013).

Há o narciso por medida: uma cultura da personalidade e da personalização, em que “Só resta ao indivíduo durar e conservar-se, aumentar a fiabilidade do seu corpo, ganhar tempo e ganhar contra o tempo”. (LIPOVETSKY, 1988 apud NAHAS, 2013)

Através de cuidados, de tratamentos preferenciais, de mil práticas e rituais quotidianos de manutenção, o ser humano busca a preservação da identidade, para continuar jovem e não envelhecer. Para reciclar a funcionalidade e combater a adversidade temporal e os sinais da deterioração do corpo através das rugas e das diferenças da idade (NAHAS, 2013) e isso pressupondo que as funções orgânicas, sujeitas a leis biológicas, podem ser colocadas como exigências sociais, determinando que o corpo humano

08

Figura 04: Escultura Davi – Michelangelo

Fonte: Site The Accademia Gallery Museum in Florence

O estilo de Michelangelo (figura 04) é um exemplo do culto ao corpo e do seu desenvolvimento além das capacidade naturais. Seu estilo, também chamado de "heroico", já sinalizava algumas mudanças em relação aos renascentistas mais puros, que se baseavam em valores clássicos greco-romanos e na representação racional das figuras. Michelangelo ousava ao representar personagens bastante musculosos, exagerados, por vezes alongados ou desproporcionais. E sempre propositalmente. (PARACHEN, 2011)

(16)

Referenciais Teóricos

Estima-se que somente uma pessoa dentre cinco irá buscar auxílio médico para superar estes problemas devido sua falta de condições financeiras. Para enfrentá-los, tem sido examinados meios alternativos, entre os quais uma técnica não tradicional, o exercício físico. (SHAPIRO, 1984 apud BARBANTI, 2002).

A importância da atividade física para a prevenção e o tratamento da ansiedade e da depressão era conhecido pelos médicos desde Hipócrates. O exercício e o esporte tem sido comumente assimilados como uma medida psicoprofilática (ANTONELLI, 1974; BECKER Jr. 1985 apud BARBANTI, 2002). Em uma ótica inversa, alguns pesquisadores concluíram que a carência de exercício é um fator determinante para a manifestação de indícios de ansiedade e de depressão. (DOYNE 1987, apud BARBANTI, 2002)

Muito se pesquisa e comprova a respeito dos efeitos e benefícios do exercício regular e controlado sobre a saúde do ser humano. A redução dos níveis de ansiedade, estresse e depressão, melhoras no humor, aumento do bem estar físico e psicológico, melhor funcionamento orgânico geral, maior rendimento no trabalho, disposição física e mental. Essa concepção mostra uma de suas faces na motivação para a prática de atividades físicas, a qual pode ser observada na procura e frequência aumentada às praças de esporte, lugares públicos destinados à prática do exercício físico, aos clubes esportivos e às academias de ginastica.

Segundo Samulski (2002) a necessidade de se ter hábitos saudáveis tem sido divulgada como forma de batalhar contra os danos causados à saúde pelo estilo de vida urbano atual. A atividade física praticada pela população em geral é importante porque o envelhecimento distingue-se pelo declínio progressivo das reservas de vários sistemas de órgãos, suavizado pelo exercício físico praticado regularmente. O decaimento na função orgânica, com o envelhecimento, é a diminuição significativa da capacidade de exercício físico e da frequência cardíaca, aumento na pressão sistólica e na parede ventricular, deterioração do metabolismo de glicose, lipídios e queda na massa óssea e muscular. (BERMAN, 1999 apud SAMULSKI, 2002 )

A ociosidade e consumo elevado de alimentos calóricos, fumo e álcool promove um articulado declínio do rendimento cardiovascular, massa muscular e força física, lipoproteínas de alta densidade (HDL), metabolismo de triacilglicerois e mudanças negativas na composição corporal (aumento da adiposidade). Por outro lado, várias evidências comprovam que a prática regular de exercícios físicos desempenha efeitos benéficos no organismo de indivíduos. Essas provas relacionam-se com os efeitos do exercício físico sobre o sistema cardiovascular, respiratório e as funções metabólicas, geralmente deteriorados pela inatividade e o envelhecimento. Esses efeitos são geralmente acompanhados de mudanças positivas na composição corporal (queda na adiposidade). (SHARKEY, 2006)

Um outro problema que vem apresentando um severo agravamento na sociedade atual é a saúde mental. Uma grande parte dos distúrbios é de sintomas relacionados ao estresse, como a ansiedade e a depressão. O tratamento destes casos comumente envolve psicoterapia e medicação. A psicoterapia envolve longo tratamento e os psicotrópicos quase sempre apresentam efeitos colaterais, sem falar no alto custo de um tratamento psicoterápico ou medicamentoso. (REGIER, 1984

apud BARBANTI, 2002)

09

2.2.1 A ATIVIDADE FÍSICA E A SAÚDE FÍSICA E MENTAL

Figura 05: Atividade física em suas varias formas e em varias idade Fonte: Site Desportos De Ginásio

(17)

Referenciais Teóricos

AS ATIVIDADES INDOOR PREVISTAS PARA O PROJETO SÃO:

ESCALADA:

É uma técnica esportiva cujo fim é atingir o cume de uma parede ou de um muro de escalada. Variando o grau de dificuldade conforme a altura do muro de escalada. Este tipo de escalada, feitas de estruturas artificias em madeira ou concreto, é empregada principalmente como local de treino que se encontram dentro de salas (indoor). Na escalada artificial o material serve não só para segurar o desportista mas também para o ajudar na progressão, utilizando os pontos de segurança para se içar ou passar situações difíceis. Esses pontos de segurança podem distar entre si desde pouco mais de 1 metro (figura 06)

SKATEPARK:

é um ambiente recreativo construído especialmente para a prática do Skate. Podem conter half-pipes, corrimãos, caixotes, rampas de vert, pirâmides, piscinas, assim como vários outros tipos de obstáculos. (figura 07)

TÚNEL DE VENTO:

São túneis verticais que possuem uma turbina em sua base protegida por uma grade reforçada, onde as pessoas entram dentro do tubo e desenvolvendo assim o voo corporal devido grande força do vento. É utilizado para treinamentos de paraquedistas e recreação de leigos, uma simulação do salto de paraquedas dentro de ambiente controlado. (figura 08)

PAINTBALL:

individual ou em equipes, usando marcador de ar comprimido que atiram bolas com tinta colorida . O objetivo é atingir o oponente, marcando suas roupas com tinta, sem causar dano ou lesão corporal. Cada lado da disputa costuma usar uma cor diferente, tornando fácil identificar a origem do tiro. A partir daí podem encenar vários tipos diferentes de disputa: um contra um, grupo contra grupo, contagem de pontos, captura de líder, defesa de território, captura de bandeira, como em qualquer outro jogo de simulação de combate. (figura 09)

O esportes indoor, ou em outras palavras, esportes em ambientes internos, são práticas formais e não formais, que despertam os sentidos e os sentimentos, sob níveis de risco calculado. Através de manobras arriscadas e controladas, como um desafio de superação que requer habilidades extremas. São desenvolvidas em ambientes controlados, podendo ser artificiais, de lazer e de rendimento, sob controle das condições de uso dos equipamentos. (AURICCHIO, 2013)

2.3 ESPORTES EM AMBIENTES INTERNOS

10

Figura 06: Escalada

Fonte: Site Simplesmente Berlin

Figura 07: Skate Park Fonte: Site Boston Central

Figura 08: Túnel de Vento Fonte: Site RBS Direct

Figura 09: Paintball Fonte: Site My Paintball Tips

(18)

Referenciais Teóricos

Outro fator condicionante é a poluição das cidades. Segundo Sharkey (2006) O exercício aumenta o volume de ar absorvido pelos pulmões a cada minuto e uma vez que os distúrbios respiratórios relacionados à poluição frequentemente são associados à exposição, parede prudente evitar a prática de atividades físicas próximas às vias de trânsito, fumantes, áreas de poluição industrial e principalmente em áreas afetadas por fuligem, que possuem uma série de partículas que ficam presas no sistema respiratório superior. O sistema respiratório humano tem a capacidade notável de autolimpeza pela ação do mecanismo ciliar, que carrega as partículas para cima de forma que possam ser expectoradas. (SHARKEY, 2006)

O fato de ser um ambiente controlado e seguro que convida usuários mais relutantes a praticar tais atividades físicas, por ter uma maior confiança de que sua integridade física será preservada, algo que não pode ser garantido, por exemplo, em um salto de paraquedas, mas que em um simulador de voo os riscos são minimizados, então um espaço planejado, acessível, seguro e com instrutores capacitados (figura, torna-se então um ambiente perfeito. Essas atividades físicas, mesmo podendo ser

desenvolvidas externamente, possuem muitos riscos quando praticadas sem supervisão e apoio necessário. É importante para a segurança do usuário que estas atividades sejam realizadas indoor para que se possa estar em um ambiente de risco calculado. Quando realizado externamente o usuário não só perde a comodidade de um ambiente fechado, mas também põem em risco sua saúde e a de outras pessoas. (AURICCHIO, 2013)

Uma das características de um ambiente ideal para a realização destas atividades é o controle térmico do ambiente. Segundo Sharkey (2006) quando o exercício começa, o centro de regulamentação térmica do corpo aumenta o ponto usual de referência usual, e é permitido que a temperatura corporal aumente (figura 10). A elevação na temperatura depende da intensidade do exercício. Em um ambiente moderado, a temperatura aumentará cerca de 1ºC a 50% do consumo máximo de oxigênio e subirá para aproximadamente 39ºC no nível máximo. (SHARKEY, 2006)

11

Ainda segundo Sharkey (2006) essa temperatura interna durante o exercício pode ser vista como um ajuste favorável à atividade enzimática dentro dos músculos, mas em ambientes quentes e úmidos a temperatura do corpo continua a subir porque o processo de evaporação do suor é interrompido, o desempenho é gravemente prejudicado. (SHARKEY, 2006)

Figura 10: O calor e o mal estar Fonte: Site Mega Curioso

Figura 11: A importância do acompanhamento no exercício Fonte: Site GPS Brasília

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O REFERENTE CAPITULO TRAZ COMO REFERENCIA 03 PROJETOS, 02 INTERNACIONAIS E 01 NACIONAL PARA ESTUDAR E ESCLARECER POSSIVEIS ESTRATÉGIAS PARA O PARTIDO URBANO, PAISAGISTICO E ARQUITETONICO. OS REFERENCIAIS ESCOLHIDOS SEGUEM AS LINHAS DE IDÉIAS PARA A ELABORAÇÃO DO PROJETO

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Referenciais Projetuais

Os acessos e circulações não possuem marcações contrastantes com a paisagem, expressando a diretriz de um grante parque aberto onde o usuário circula livremente. Os acessos principais ao parque são através de rampas e escadas ao norte pela rua Ved Havnen e ao sul na rua Godskajen. O acesso à construção acontece por três portas laterais, destacadas em vermelho na imagem para marcar as entradas ao domo.

O projeto traz uma circulação superposta, para proporcionar uma melhor experiência ao usuário, despertando uma sensação de liberdade e amplitude. A linearidade está presente apenas na rampa, na circulação dos banheiros e estacionamento.

Arquitetos CEBRA, Glifberg + Lykke Localização Haderslev, Dinamarca Área 6000 m² Ano do projeto 2014 Fotografias Mikkel Frost

StreetDome 1500 m² Pista de Skate 4.500 m²

3.1 STREETDOME – HADERSLEV, DINAMARCA.

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“StreetDome é um parque aberto e ponto de encontro social para diferentes idades, níveis de habilidade e culturas. O projeto

começou há quase dez anos como uma iniciativa do ativista e presidente da associação SkateCity Morten Hansen, cuja visão era criar um novo pólo cultural que incorporasse uma vasta área

para a atividade e lazer local.” - CEBRA

3.1.1 ACESSOS

Figura 12: foto em 360º do projeto Fonte: Site Streetdome

Figura 13: implantação e planta baixa Fonte: Site Archdaily (modificado pelo autor)

Figura 14:Streetdome Fonte: Site Archdaily

Parque aberto de skatepark e escalada em haderslev, na Dinamarca que originou pela iniciativa da própria comunidade.

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Referenciais Projetuais

Com uma forma equivalente a um sexto de uma esfera, sua forma básica é a de um domo como o próprio nome sugere. Um domo circular e predominantemente horizontal que se mescla ao relevo para criar uma transição suave entre o skatepark e a construção.

Através da escavação do volume, criam-se marcações para os acessos laterais, mas sem um ritmo, ao contrário da relação de cheios e vazios onde as janelas circundam completamente o domo, permitindo iluminação natural durante toda a manhã e tarde.

O StreetDome conta com quatro setores, sendo que três deles são externos e um interno, que corresponde ao domo. Na área externa existe o skatepark que corresponde a maior área do projeto, o segundo ambiente corresponde aos antigos cilos que foram transformados em torres de escalada e em sua base possui equipamentos de “le parkour”; a área cultural com um pequeno anfiteatro e por fim o domo que dá continuidade ao skatepark e possui também espaço para basquete e escalada.

A definição destes espaços fica clara pela forma como se destacam na paisagem devido à característica de praça seca, mas com uma transição suave entre eles através da circulação superposta.

3.1 STREETDOME – HADERSLEV, DINAMARCA.

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3.1.2 VOLUME / MASSA

3.1.3 DEFINIÇÃO DE ESPAÇOS

Figura 15: Streetdome Fonte: Site Archdaily

Figura 16: Streetdome Fonte: Elaborado pelo Autor

Figura 17: Streetdome

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Referenciais Projetuais

O escolha de um domo como diretriz de partido, deu-se pela necessidade de um grande vão sem pilares, para que o uso dos equipamentos de seu interior não fossem afetados e houvesse maior liberdade projetual.

A fundação em concreto armado se mescla ao relevo como base de apoio para os grandes arcos em madeira lamelar colada, que formam o domo que teve seu fechamento em wood frame e vidro para maior leveza da estrutura.

3.1 STREETDOME – HADERSLEV, DINAMARCA.

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3.1.4 ESTRUTURA E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS

Com mínimas de - 5°C no inverno e máximas de 20°C no verão, a grande praça seca permite o máximo aproveitamento da luz solar, assim como na cobertura com janelas em fita que circundam completamente o domo, mas carece de elementos que barrem os ventos durante os períodos frios nas áreas externas.

Já a parte interna é possui ventilação cruzada e iluminação zenital, Suas paredes altas e fechadas permitem a proteção do frio durante o inverno.

3.1.5 CONFORTO AMBIENTAL

Figura 18: Streetdome Fonte: Site Archdaily

Figura 19 e 20: Streetdome Fonte: SiteStreetdome

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Referenciais Projetuais

3.1 STREETDOME – HADERSLEV, DINAMARCA.

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3.1.7 HIERARQUIAS ESPACIAIS

Durante o dia todo o espaço é público, sem controle de entrada e saída de usuários. A presença das portas tem como função evitar apenas possíveis vandalismos e situações de risco durante a noite, há apenas um espaço privado que se destina a serviços e depósito.

3.1.6 ZONEAMENTO FUNCIONAL

O zoneamento da área é fundamentalmente social, com um pequeno espaço destinado a serviços e funções, isso porque a construção tem um caráter público, onde buscou-se minimizar ao máximo os custos com manutenção e funcionários, algo muito importante para espaços de uso comunitário, que com cortes de verba e sem geração de renda própria acabam entrando em estado de degradação.

Figura 21: Planta Baixa

Fonte: Site Archdaily (modificado pelo autor)

Figura 22: Planta Baixa

Fonte: Site Archdaily (modificado pelo autor)

Publico

Privado

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Referenciais Projetuais

3.1 STREETDOME – HADERSLEV, DINAMARCA.

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O domo possui muitas janelas como iluminação zenital. Em contrapartida a relação com o exterior acontece através das várias portas que são generosamente grandes e horizontais com uma transição suave entre interior e exterior, através de sua circulação superposta.

As grandes portas com cerca de três metros de abertura tornam a construção permeável, desinibindo a transição entre o externo e o interno, algo muito importante, principalmente para os skatistas que circulam constantemente já que o domo é uma extensão do skatepark externo.

3.1.8 RELAÇÕES DO EDIFÍCIO COM O ENTORNO

A edificação está situada no município de Haderslev, que pertence a um condado com cerca de cinquenta mil habitantes, caracterizada como uma região com pouca verticalização e não muito densa, com algumas massas de vegetação e ruas arborizadas.

No seu entorno imediato estão alguns edifícios residenciais multifamiliares e casas unifamiliares, sendo que o Streetdome surge como um grande pano de concreto com um domo que, para quebrar o aspecto árido da praça seca, faz uso de uma cobertura verde que faz com que ele se mescle à vegetação da paisagem.

3.1.9 RELAÇÕES DO INTERIOR COM O EXTERIOR

Figura 22: Fachadas

Fonte: Site Archdaily (modificado pelo autor)

Figura 23: Streetdome Fonte: Site Archdaily

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Referenciais Projetuais

3.1 STREETDOME – HADERSLEV, DINAMARCA.

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A composição da fachada tem como elementos trapézios ligados uns aos outros e que vão diminuindo até o topo da cúpula, em uma planta circular, sendo que seu volume é uma esfera parcial do qual foram subtraídos trapézios do volume para criar as entradas.

3.1.10 ORDEM DE IDÉIAS: SIMETRIA / ASSIMETRIA

O domo é parcialmente simétrico, tendo uma cobertura simétrica com janelas em fita que criam um ritmo, mas seus acessos, feitos através de subtrações do volume, tornam a fachada assimétrica.

A planta é também completamente assimétrica, livre e organizada de forma despojada. Estas características fazem relação com a proposta dos usos e público alvo. Esta relação de assimetria, é uma forma de deixar a construção com um caráter mais livre, assim como os usos que são esportes de lazer.

3.1.11 ORDEM DE IDEIAS: TRAÇADO REGULADOR

Figura 25: Planta Baixa

Fonte: Site Archdaily (modificado pelo autor) Figura 24: Streetdome

Fonte: Site Archdaily (modificado pelo autor)

Figura 24: Streetdome Fonte: Site Archdaily

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Referenciais Projetuais

3.1 STREETDOME – HADERSLEV, DINAMARCA.

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Este projeto surpreende pela qualidade estética e funcionalidade, com estruturas e materiais adequados para os usos da construção, onde é um equipamento de escalada e simultaneamente componente do circuito do skatepark.

Outro ponto importante foi a minimização de custos de operação e manutenção. Através do programa de necessidades criou-se um espaço de lazer público que pode ser mantido por poucos funcionários e que durante a noite pode ser fechado para impedir vandalismos, mas sem tirar a permeabilidade da construção através das grandes portas e da circulação superposta.

3.1.12 PARTIDO

A ideia inicial do partido foi um volume retangular que abrigaria todos os usos em um vão livre, sem pilares que causassem conflitos durante a prática dos esportes. A forma então alterou-se para um grande domo que em seguida foi suavizado através do relevo do terreno, para que a própria construção se tornasse parte do circuito do skatepark externo, tendo suas bordas como rampas onde os skatistas pudessem praticar suas manobras.

3.1.13 MOTIVOS PARA A ESCOLHA

Figura 25: Partido Streetdome Fonte: Site Archdaily

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Referenciais Projetuais

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O volume que faz alusão a uma grande montanha, possui entradas em sua frente e sua lateral por um acesso oblíquo que cria uma perspectiva acentuada do volume para o usuário enquanto ele se direciona para a entrada (CHING, 1999), que estão bem marcadas através de grandes planos de vidro que se assemelham a rachaduras na rocha através de caminhos bem definidos pelo paisagismo que guia o usuário até as áreas sociais que são o grande salão de escalada e o hall.

O escritório New Wave Architecture projetou um centro de escalada localizado em meio à paisagem rochosa de Mazandaran, um grande potencial de escalada próximo a vila de Polur, no Irã. Com vistas para o ponto mais alto do país, uma forma fragmentada concilia arquitetura e paisagem através de grande superfícies de vidro que convidam a paisagem a visualmente invadirem o edifício, proporcionando luz natural e constituindo uma forte relação entre escaladores e o entorno natural.

3.2.1 ACESSOS

3.2 ESCALADA NEW WAVE – MAZANDARAN, IRÃ

Escritório: New Wave Architecture

Arquitetos :

Lida Almassian, Shahin Heidari

Área: 4.500m² Fotografias New Wave

Architecture

Figura 27: Planta Baixa Fonte: Site Archdaily Figura 26: Escalada New Wave

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Referenciais Projetuais

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3.2.2 CIRCULAÇÃO

As circulações sobrepostas são interligadas através de circulações horizontais e em ângulos com variações de larguras que são traçados predominantes do projeto, este traçado acaba fazendo uma relação com o design de rocha esculpida, onde uma galeria de túneis adentra a montanha. Nos halls, restaurantes e espaço para escalada estão presentes circulações superposta aos ambientes, causando uma sensação próxima a passar por uma cavidade estreita e chegar a uma grande caverna.

A forma labiríntica das circulações pode tornar confusa a orientação do usuário e inibi-lo, mas por se tratar de um equipamento para um público adepto a esportes radicais e aventuras, a forma como foram dispostas as circulações podem despertar curiosidade e fascínio ao sair de corredores que chegam a grandes espaços abertos ou de destaque.

3.2 ESCALADA NEW WAVE – MAZANDARAN, IRÃ

Figura 28: Planta Térrea

Fonte: Site Archdaily (modificado pelo autor)

Figura 29: Planta Subsolo

Fonte: Site Archdaily (modificado pelo autor)

Figura 30: Planta 2º pavimento Fonte: Site Archdaily (modificado pelo autor)

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Referenciais Projetuais

3.2.3 VOLUME MASSA

O grande volume horizontal possui formas pontiagudas que são resultado da intersecção de prismas e tetraedros para causar o efeito de rocha lascada. Através da grande massa o usuário cria uma relação visual com a montanha. Os vazios aparecem em meio às várias faces do volume como se fossem rachaduras na rocha, mantendo assim o conceito sem que se perca a funcionalidade.

Mesmo sem um padrão preciso, as faces opacas compostas de três arestas criam um ritmo ao se conectarem umas às outras, remetendo novamente ao partido. O mesmo ritmo está presente nas aberturas triangulares e nas fachadas envidraçadas compostas por uma malha de vidro triangular.

3.2 ESCALADA NEW WAVE – MAZANDARAN, IRÃ

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Figura 31: Cortes

Fonte: Site Archdaily (modificado pelo autor)

Figura 32: Escalada New Wave Fonte: Site Archdaily (modificado pelo autor)

Figura 33: Escalada New Wave Fonte: Site Archdaily (modificado pelo autor)

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Referenciais Projetuais

3.2 ESCALADA NEW WAVE – MAZANDARAN, IRÃ

3.2.4 DEFINIÇÃO DOS ESPAÇOS

Os espaços internos são definidos através de paredes opacas, onde a integração visual só ocorre com o exterior através das aberturas e fachadas envidraçadas. O centro de escalada possui inúmeros espaços, sendo eles basicamente voltados para o lazer. Existem áreas de recreação como espaço para a prática de escalada, áreas de alimentação compostas por um restaurante e áreas de relaxamento com sauna e espaço para hospedagem.

Circulações lineares articulam os ambientes compostos por circulações superpostas e que são de uso social, sendo que toda a construção possui espaços de serviços próximos aos setores sociais, mas mantendo seu caráter privado, sem que o usuário tenha acesso a estas áreas de serviço.

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Figura 34: Planta Térrea

Fonte: Site Archdaily (modificado pelo autor)

Figura 35: Planta Subsolo

Fonte: Site Archdaily (modificado pelo autor)

Figura 36: Planta 2º pavimento Fonte: Site Archdaily (modificado pelo autor)

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Referenciais Projetuais

3.2 ESCALADA NEW WAVE – MAZANDARAN, IRÃ

3.2.5 ESTRUTURAS E TECNICAS CONSTRUTIVAS

Com formas projetadas de complexa execução, tornou-se necessário uma mescla de estruturas e uso de tecnologias lógicas e moduladas para a criação de um volume que se adequasse ao partido.

Para atingir o resultado esperado, fez-se uso de uma fundação em concreto armado, estruturas metálicas como corpo da construção, steelframe para as divisões internas e painéis de fibrocimento branco para o fechamento das fachadas da edificação.

O concreto armado para fundação dá a sustentação e solidez necessárias para a fixação das treliças metálicas que dão forma ao volume. A leveza da estrutura metálica permite que a forma projetada seja executada por um melhor custo benefício, principalmente pela execução com pouco rejeito se comparado a outras técnicas construtivas. Outra razão é que outros sistemas construtivos, como o concreto armado, exigiriam estruturas mais robustas e dispendiosas, para que não ocorressem problemas estruturais, uma vez que o peso do próprio concreto é um fator negativo.

As placas de fibrocimento cumprem sua função como fechamento e complementam-se com as estruturas metálicas, além de ter um resultado estético tão satisfatório quanto outros tipos de materiais.

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Figura 37: Escalada New Wave Fonte: Site Archdaily (modificado pelo autor)

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Referenciais Projetuais

3.2 ESCALADA NEW WAVE – MAZANDARAN, IRÃ

3.2.6 CONFORTO AMBIENTAL

O terreno escolhido para a construção do projeto está localizado em uma das áreas de maior altitude do país. Uma região desértica, mas com algumas massas de vegetação. O verão é seco com médias de 30°C e inverno com neve e médias de 0°C.

As estruturas metálicas proporcionam a aplicação de materiais isolantes térmicos e acústicos, assim como painéis de fibrocimento que formam as fachadas e são da cor branca, que ajudam na reflexão da luz solar, auxiliando a diminuição das temperaturas internas durante o verão, já os vazios envidraçados permitem a iluminação natural nos grandes ambientes e insolação durante o inverno.

O movimento do ar torna-se dispensável, em função das diferenças entre as temperaturas externas e internas, tanto durante o dia quanto à noite, seja no inverno ou no verão. As aberturas devem então ser pequenas, assim como foram utilizadas no projeto. As janelas pequenas também ajudam a evitar a radiação solar direta. As paredes aglutinadas também projetam sombras umas sobre as outras, o que ajuda na diminuição da absorção de calor em alguns momentos do dia. As paredes interiores e exteriores deveriam ser espessas para retardar a absorção térmica, mas como neste projeto foram usadas placas de fibrocimento, faz-se necessário a utilização de meio de isolamento térmico como a lã de vidro ou outros meios. A cor clara do revestimento de fechamento reflete mais a radiação solar do que as cores escuras.

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Figura 41: Implantação Fonte: Site Archdaily

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Referenciais Projetuais

3.2 ESCALADA NEW WAVE – MAZANDARAN, IRÃ

3.2.7 ZONEAMENTO FUNCIONAL

O projeto surge com usos de restaurante, relaxamento e lazer para suprir o público que vem à região que é popular no Irã por possuir a maior montanha do país, famosa para a prática de alpinismo.

Tais usos demandam grandes áreas, assim como áreas técnicas e funcionais para a realização das atividades, principalmente o restaurante, que depende de uma grande área de cozinha e serviço.

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Figura 38: Planta Térrea

Fonte: Site Archdaily (modificado pelo autor)

Figura 39: Planta Subsolo

Fonte: Site Archdaily (modificado pelo autor)

Figura 40: Planta 2º pavimento Fonte: Site Archdaily (modificado pelo autor)

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Referenciais Projetuais

3.2 ESCALADA NEW WAVE – MAZANDARAN, IRÃ

Os espaços são divididos de forma clara, sem que público, semi-público e privado se confundam. A própria monumentalidade da obra, inibe o visitante que percebe que ao adentrar na construção, não estará mais em um espaço público.

O espaço público é caracterizado pela implantação em praça seca a nível da calçada e sem muros ou guaritas. A falta de controle e elementos de segurança identifica como um espaço de ir e vir a todo o público. Já a construção, um grande volume imponente com acessos bem definidos, cria uma certa inibição que faz com que quem ali entrar perceba que estará num ambiente com um certo nível de controle, caracterizando-o como semi-público/privado. Isso acontece principalmente pela escala humana não estar proporcional.

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3.2.8 HIERARQUIAS ESPACIAIS

As hierarquias espaciais são bem definidas através das circulações e definições de espaço de serviço e função, através das divisórias e portas que fazem o controle do acesso, sendo que o visitante não tem nenhum contato com estas áreas, nem na parte do restaurante existe esta relação.

Figura 45: Planta Térrea

Fonte: Site Archdaily (modificado pelo autor)

Figura 46: Planta Subsolo

Fonte: Site Archdaily (modificado pelo autor)

Figura 47: Planta 2º pavimento Fonte: Site Archdaily (modificado pelo autor)

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Referenciais Projetuais

3.2 ESCALADA NEW WAVE – MAZANDARAN, IRÃ

O entorno é completamente desértico, sendo um grande volume branco que se mescla à paisagem nevada durante o inverno e se destaca durante o verão com a reflexão do sol em meio à paisagem árida.

De dentro da construção, as fachadas com vazados em vidro permitem a contemplação da maior montanha do Irã, a Damavand, em Polur. Quem olha de fora vê as iluminações incandescentes do interior se destacar em meio à fachada branca e paisagem desértica. A grande construção é um incrível monumento no deserto, atraindo assim os turistas que por ali passam em busca de aventura.

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3.2.9 RELAÇÕES DO EDIFÍCIO COM O ENTORNO

3.2.10 RELAÇÕES DO INTERIOR COM O EXTERIOR

As entradas e janelas fazem a integração do interno com o externo, principalmente através dos visuais de destaque da paisagem. Vazios que não são apenas vitrines que marcam as entradas, mas funcionam como grandes quadros a serem comtemplados.

Figura 42: Montanha Davamant Fonte: Site Archdaily

Figura 43: Escalada New Wave Fonte: Site Archdaily

Figura 44: Escalada New Wave Fonte: Site Archdaily

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Referenciais Projetuais

3.2 ESCALADA NEW WAVE – MAZANDARAN, IRÃ

Não há presença de simetria nas fachadas, plantas e volume, algo que está relacionado diretamente ao partido, que faz referência justamente à irregularidade do solo que forma montanhas em meio às planícies.

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3.2.11 ORDEM DE IDEIAS: SIMETRIA E ASSIMETRIA

Através de triângulos, tetraedros e prismas, criou-se um grande volume que se assemelha a uma montanha, com traçados que imitam as irregularidades de uma rocha. Este mesmo traçado está presente em todos os elementos que compõem a construção, assim como em seu paisagismo, planta e implantação.

3.2.12 TRAÇADOS REGULADORES

Tem como partido a formação das montanhas, item de principal destaque da paisagem na qual o projeto está localizado e por um de seus usos ser a escalada, que é o principal atrativo da região.

Tendo a formação das montanhas como partido, iniciou-se um processo de geometrização do conceito, dando origem a um volume fragmentado composto de prismas com faces formadas por três arestas, uma alusão a uma montanha rochosa e irregular em ascendência na paisagem.

3.2.13 PARTIDO

Neste projeto está presente uma materialidade e estruturas interessantes que podem ser aplicadas no partido pela qualidade estética e funcionalidade, com estruturas e materiais adequados para os usos da construção.

Outro ponto importante é que o partido reflete a essência do local no qual o projeto foi inserido, e a paisagem que inspirou o projeto está presente na sua composição através das relações visuais criadas através das relações interno x externo.

3.2.14 MOTIVOS PARA A ESCOLHA

Figura 48: Partido Fonte: Site Archdaily

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Referenciais Projetuais

O Parque Olímpico conta com mais de 1,18 milhões de metros quadrados, fruto de uma Parceria Público Privada (PPP) entre a empreiteira Carvalho Hosken, Odebrecht, Andrade Gutierrez, Governo Federal, Governo Estadual e Governo Municipal.

A região onde está localizada a cidade olímpica é considerada propriedade de Carlos Carvalho, único acionista da Carvalho Hosken e dono de mais de 10 milhões de metros quadrados de terras na Barra da Tijuca. Esta terra é fruto de quarenta anos de especulação imobiliária, quando o empresário começou a adquirir as terras, uma aposta arriscada para a época, quando o a cidade do Rio de Janeiro crescia na direção oposta, já que as terras que ele adquiriu eram um grande areal cercado de lagoas e manguezais e distante da Zona Sul.

O projeto é fruto do concurso Internacional Parque Olímpico – Rio 2016 realizado pelo IAB-RJ. A empresa vencedora foi a AECOM, da Inglaterra, tendo o americano Bill Hanway como arquiteto responsável e em parceria com o brasileiro Daniel Gusmão. A AECOM também é responsável pelo projeto do Parque Olímpico de Londres.

O projeto que foi entregue em 2016 para as olimpíadas do Rio de Janeiro e tem uma segunda etapa de desenvolvimento chamada de legado olímpiadas sendo previstas adaptações iniciais para uso público em dois anos e conclusão em 2030.

30

As instalações serão transformadas em escolas e áreas para atletismo profissional, além de usos comerciais a serem explorados pelas empresas participantes do consórcio.

O projeto possui inúmeras falhas no âmbito socioeconômico, uma vez que os próprios investidores que terão controle da área, como fonte de ressarcimento pelo investimento inicial, deixaram claro que tem como diretriz transformar o espaço em uma nova área nobre da cidade.

3.3 PARQUE OLÍMPICO RIO – RIO DE JANEIRO, BRASIL

Figura 49: Vila Olimpica Rio Fonte: Site Archdaily

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Referenciais Projetuais

O traçado do parque é composto por um desenho orgânico que forma um eixo oblíquo central que separa duas zonas nas quais estão dispostos os usos lado a lado como se estivessem dentro de uma malha invisível.

A geometrização geral é predominantemente orgânica, mas seus volumes, que são geométricos, estão dispostos de forma paralela ao eixo curvilíneo (figura 50). Tal disposição cria inúmeros visuais enquanto o usuário percorre o caminho, visualizando as obras arquitetônicas e as paisagens de diversos ângulos.

O partido inicial dispunha de maiores conjuntos de massas que tornavam o traçado mais orgânico, mas que ao longo da execução deram lugares a canteiros modestos. As construções criam um ritmo a sua parte, estando lado a lado e levando o usuário em direção à lagoa.

Na finalização da obra muitos dos materiais que complementavam as experiências sensoriais deram lugares a materiais opacos e uma paisagem amena, mas que provavelmente venham a ser instalados ao longo dos projetos de adaptação ao legado.

Os grandes estádios são proporcionais aos seus usos, que fazem necessárias grandes infraestruturas que abriguem milhares de pessoas, assim como outros condicionantes.

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3.3.1COMPOSIÇÃO GERAL E TRAÇADO URBANO

3.2 PARQUE OLÍMPICO RIO – RIO DE JANEIRO, BRASIL

Figura 50: Vila Olimpica Rio Fonte: Site Vila Olimpica Rio

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Referenciais Projetuais

Desde as primeiras imagens divulgadas do projeto, definiu-se um eixo sinuoso como marcação de acesso principal aos usos do parque olímpico e que guia o visitante até a Lagoa de Jacarepaguá, onde o usuário chega a um espaço de convivência e contemplação da paisagem.

Muitas alterações foram feitas entre o partido, o projeto e o que foi executado. Muito se manteve em relação ao traçado principal e as formas, mas elementos como vegetações e outras características que definiam a identidade visual da vila e o apelo estético que uma olimpíada precisa, foram cortados para conseguir cumprir o cronograma em um orçamento que já ultrapassava cinco vezes o valor inicial.

O impacto visual de uma área que se destacava do seu entorno através de sua vegetação e seus materiais de cores vivas, deu lugar a uma paisagem que se destaca por um grande plano de concreto.

Para acesso durante as olimpíadas, o projeto previu um plano de mobilidade que desse acesso inclusive às outras três áreas onde algumas das modalidades das olimpíadas aconteceriam, pensando tanto no deslocamento dos turistas e moradores, quanto dos atletas. Atualmente existe um terminal BRT dentro das instalações que será transformado em estação no decorrer das adaptações do projeto legado.

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3.3.2 ACESSOS / ENTRADAS

3.2 PARQUE OLÍMPICO RIO – RIO DE JANEIRO, BRASIL

Figura 51: Acesos Vila Olimpica Rio Fonte: Site Vila Olimpica Rio

Figura 52: Vila Olimpica Rio Fonte: Site Vila Olimpica Rio

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Referenciais Projetuais

Um dos pontos fortes frisado pelo comitê que definiu o projeto como vencedor do concurso, foi a eficiência em lidar com os diferentes tipos de acessos e circulações de público, serviço, imprensa e esportistas, minimizando conflitos e melhorando a funcionalidade do projeto como um todo.

Com a grande extensão do projeto, as circulações tornam-se elementos de grande destaque, mas com os cortes realizados, perderam grande parte dos elementos que a sobressaíam na paisagem. A ausência das cores e vegetações de delimitavam os espaços públicos e acessos principais, além de dificultar a compreensão dos espaços, compromete a acessibilidade principalmente de deficientes com baixa visão que não conseguem se guiar pela falta de cores guias ou caminhos mais definidos.

O grande espaçamento da circulação e sua grande extensão, evita conflito de pedestres e ciclistas, mas também dificulta o acesso de portadores de deficiência locomotiva e visual. Como medida paliativa foi construído uma maquete tátil do local, mas não é a solução ideal.

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3.3.3 CIRCULAÇÕES

3.2 PARQUE OLÍMPICO RIO – RIO DE JANEIRO, BRASIL

3.3.4 INSERÇÃO URBANA

A área antes da implementação do projeto não possuía massas de vegetação. Era uma área alagadiça, arenosa e com banhados. Foram realizados grandes movimentos de terra para a construção da vila olímpica, assim como uma complementação da estética da paisagem, que encontra-se sem marcações efetivas de acessos e outras demarcações.

Outro aspecto a ser observado é que a vegetação ainda não teve tempo hábil para seu crescimento efetivo, principalmente pelos atrasos com a entrega do projeto, mas ainda sim ficam evidentes as modificações do projeto original, onde o atual executado possui uma área de vegetação muito abaixo dos mínimos para uma área tão grande. O projeto inicial prevê a criação de massas arbóreas, mas até a data das olimpíadas não foram executadas, talvez elas venham a ser implementadas ao longo dos anos como legado, para tornar a área mais atrativa para o público que os investidores querem atrair para recuperar o investimento.

Figura 53: Vila Olimpica Rio Fonte: Site Vila Olimpica Rio

Figura 54: Vila Olimpica Rio Fonte: SiteStreet View

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Referenciais Projetuais

Com inúmeras modificações entre o partido e o executado, a visibilidade e os elementos de composição foram se tornando opacos e sem vida. Um traçado orgânico e com vegetação abundante, com materiais vivos e coloridos, deu lugar a uma praça seca com pavimentações feitas em concreto e pisos paver

Mesmo que o partido inicial não tenha sido executado, temos um grande parque de forma orgânica que concilia e permeia as construções geométricas que foram suavizadas para harmonizar com o traçado do projeto.

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3.3.5 VEGETAÇÃO E MATERIAIS

3.2 PARQUE OLÍMPICO RIO – RIO DE JANEIRO, BRASIL

3.3.6 EQUIPAMENTOS E MOBILIARIOS

Esta grande praça seca carece de equipamentos e mobiliários, como áreas de estar, coberturas e barreiras vegetais e arquitetônicas para proteção das intempéries.

É muito desproporcional a escala das obras e do parque seco com a escala humana e as necessidades das pessoas, não oferecendo nem o mínimo para o conforto dos usuários, tornando a paisagem inóspita e nada convidativa.

A área próxima a lagoa é o único espaço que remete a uma área de estar, mas ainda faltam bancos e outros equipamentos para um melhor usufruto do espaço, que apenas possuem elementos sombreados, mas que não protegem da chuva ou do vento.

Figura 56: Partido, Anteprojeto e execução Vila Olimpica Rio Fonte: Site Vila Olimpica Rio (Modificado Pelo Autor)

Figura 55: Vila Olimpica Rio Fonte: SiteStreet View

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Referenciais Projetuais

Apesar das adversidades na execução do projeto, o partido proposto possui um traçado muito interessante e um zoneamento intuitivo com os usos disposto ao longo do eixo principal.

A materialidade também é um fator a ser levado em consideração, que são as estruturas metálicas e as estruturas de concreto pré-moldados, assim como as formas que podem ser conseguidas através delas.

Outro aspecto observado foi o do paisagismo, que não foi executado, mas que é um dos itens que mais da vida ao partido, trazendo cor e vitalidade

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3.3.7 MOTIVO DA ESCOLHA

3.2 PARQUE OLÍMPICO RIO – RIO DE JANEIRO, BRASIL

Figura 57: Vila Olímpica Rio Fonte: Site Vila Olímpica Rio

Figura 58: Vila Olímpica Rio Fonte: Site Vila Olímpica Rio

Figura 59: Vila Olímpica Rio Fonte: Site Vila Olímpica Rio

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O REFERENTE CAPITULO TRAZ UMA FORMA DE MELHOR ENTENDER A

LOCALIZAÇÃO PARA A IMPLANTAÇÃO DA PROPOSTA. FORAM LEVANTADOS INFORMAÇÕES NECESSARIAS PARA MELHOR ENTENDER A ÁREA.

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Diagnóstico da Área

Em 1773, com a abertura do caminho entre Lages e laguna

e a doação de duas sesmarias ao Capitão João da Costa Moreira em 1774, iniciou-se o processo de povoamento de Tubarão. Nesta época era conhecido como paragem do Poço Grande, nome originado pelos tropeiros que viajavam com destino à serra catarinense e que tinham a região como ponto de parada. Em 1833 passou a ser o distrito do Poço Grande do Rio Tubarão e em 7 de maio de 1836 foi criada a paróquia de Nossa Senhora da Piedade de Tubarão.

O nome da cidade deve-se ao rio Tubarão, que em tupi-guarani era chamado Tubá-Nharô, "pai feroz". Outra versão corrente relaciona ainda este nome com o de um cacique muito influente que habitava a região. Não se relaciona, de toda forma, ao peixe homônimo.

Com o início da imigração europeia o ano de 1870, a região começou a ser povoada por pessoas de diversas nacionalidade, com predomínio dos italianos e seguidos dos alemães. Mais tarde no ano de 1875 é criada a comarca de Tubarão e construída a Estrada de Ferro Dona Thereza Christina, propulsora da economia local e primeiro e principal agente de mudanças sociais do município, com a exploração do carvão e a imigração europeia. Em 1974 acontece uma grande cheia na região, que causou destruição e morte por toda a cidade.

Tubarão até hoje preserva a característica de um lugar de passagem, um lugar que intermeia diversos municípios e que fica entre a serra e o mar, principais destinos turísticos do estado. Esta característica é um fator muito importante para o desenvolvimento econômico da cidade, mas é um potencial que ainda precisa ser explorado, trazendo atrativos para que, quem esteja de passagem, interesse-se por incluir em seu roteiro um passeio pela cidade. Um exemplo de itens que exploram este potencial são o parque da Tractebel em Capivari de Baixo e o Farol Shopping.

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4.1 BREVE HISTORICO DE TUBARÃO

Figura 61, 62 e 63: Fotos Antigas de Tubarão Fonte: Arquivo Público e Histórico Amadio Vettoretti

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Diagnóstico da Área

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O Aeroporto Anita Garibaldi foi inaugurado em 1950 na

cidade de Tubarão, na área em estudo e que está localizada em frente ao Farol Shopping. Na época, eram três voos por semana.

Este empreendimento transformou o município de Tubarão num polo turístico regional, no sul do país, visto que ligado por via aérea com grandes centros, favoreceu o deslocamento de turistas, para usufruírem das estâncias hidrominerais, praias, lagos e montanhas da região, favorecendo, logicamente, o incremento de empregos diretos e indiretos.

Com o aeroporto em funcionamento, os possantes aparelhos Douglas 33 das companhias VARIG e TAC passaram a realizar vôos regulares, aumentando o intercâmbio entre a cidade de Tubarão com outras áreas do um país. O balanço inicial do movimento de passageiros foi de 650 pessoas em 25 dias de operação, perfazendo a média de 26 passageiros diários. Para padrões da época, o movimento aéreo de passageiros em Tubarão foi considerado um dos mais elevados entre as principais cidades brasileiras.

Empresas como a TAC (Transportes Aéreos Catarinense) , ligavam o município de Tubarão ao oeste catarinense, com escala em Videira, Joaçaba e Chapecó. A Cruzeiro Sul, que fazia a rota São Paulo-Rio-Porto Alegre, fazia escala cinco vezes por semana em Tubarão, no sentido norte-sul.

A decadência e o fim do aeroporto deu-se com o decréscimo no número de passageiros, bem como a abertura de novas estradas de rodagem, entre as quais a BR – 101, que passou a ligar o município aos grandes centros do país.

4.1.1 O AEROPORTO ANITA GARIBALDI

Figura 64, 65 e 66: Fotos Antigas de Tubarão Fonte: Arquivo Público e Histórico Amadio Vettoretti

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