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Perfil epidemiológico dos pacientes com Sarcoma de Kaposi e fatores associados em Santa Catarina de 2000 a 2016

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA- UNISUL CAMPUS PEDRA BRANCA

CURSO DE MEDICINA

RODRIGO NUNES DE SOUZA

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM SARCOMA DE KAPOSI E FATORES ASSOCIADOS EM SANTA CATARINA DE 2000 A 2016.

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Palhoça – SC 2018

Perfil Epidemiológico dos pacientes com Sarcoma de Kaposi e fatores associados em Santa Catarina de 2000 a 2016

Epidemiological profile of patients with Kaposi's sarcoma and associated factors in Santa Catarina from 2000 to 2016

Autores

Rodrigo Nunes de Souza1, Daniel Holthausen Nunes2

1Graduando em Medicina pela Universidade do Sul de Santa Catarina, Palhoça, Brasil. rodrigondesouza21@gmail.com

2Doutor em Ciências médicas; Universidade do Sul de Santa Catarina, Palhoça, Brasil.

Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Brasil.

Autor para correspondência

D. H. Nunes

Universidade Federal de Santa Catarina.

Rua Professora Maria Flora Pausewang, Trindade, 88036800-Florianópolis, SC- Brasil.

danieldermato@gmail.com

Fonte de financiamento

Não houve fonte de financiamento.

Conflito de Interesse

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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM SARCOMA DE KAPOSI E FATORES ASSOCIADOS EM SANTA CATARINA DE 2000 A 2016.

Aluno: Rodrigo Nunes de Souza Orientador: Daniel Holthausen Nunes

Fundamentos: O Sarcoma de Kaposi é a principal neoplasia definidora de AIDS em

indivíduos infectados pelo HIV mundialmente. A prevalência do SK é de 2,4% entre todos os pacientes com AIDS no Brasil. O SK mostrou ser mais prevalente em homens HIV (+). Dentre esses, o SK incide preferencialmente em homens que fazem sexo com homens. Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico dos pacientes com sarcoma de Kaposi e HIV e os fatores associados. Método: Estudo transversal realizado com 251 pacientes diagnosticados com HIV e SK entre 2000 até 2016 em SC através da ficha de notificação/investigação SINAN-AIDS. Nível de significância de p<0,05 e intervalo de confiança de 95%. Resultados: Chance de desenvolver o SK entre os homens com relação homossexual é 9,5 vezes maior em comparação com as mulheres. Em relação ao nível de linfócitos CD4< 350, não houve diferença entre os dois gêneros. Chance de 2,4 vezes maior de desenvolver o SK em mulheres que sabiam da condição HIV (+) do parceiro. Chance de desenvolver o SK quanto ao conhecimento do fato de o parceiro sexual manter relações bissexuais é 1,2 vezes maior para o gênero masculino.

Conclusão: A transmissão do HVH8 de forma predominante por via sexual e a

prevalência da neoplasia em homens homossexuais aponta para a necessidade de uma maior atenção quanto ao tratamento adequando e uma melhor orientação sobre os cuidados com a prevenção dessa doença entre esses indivíduos. Apesar de população feminina ser menos acometida pela neoplasia, essa também necessita de cuidados e orientações adequadas pelos profissionais de saúde.

Palavras chaves: Sarcoma de Kaposi; HIV; Fatores de Risco Abstract:

Background: KS is the leading AIDS defining neoplasm in HIV Infected individuals

worldwide. The prevalence of KS is 2.4% among all AIDS patients in Brazil. SK was shown to be more prevalent in HIV (+) men. Among these, the KS focuses preferentially on homosexuals / bisexuals. Objective: To evaluate the epidemiological profile of patients with Kaposi's sarcoma and HIV and the associated factors. Method: A cross-sectional study with 251 patients diagnosed with HIV and KS between 2000 and 2016 through the SINAN-AIDS reporting / investigation form. Significance level of p <0.05 and 95% confidence interval. Results: Chance of acquiring KS among men with homosexual intercourseis 9.5 times higher compared to women. Regarding the CD4 lymphocyte level <350, there was no difference between both genders. The chance of getting KS is 2.4 times greater in women Who knew of the partner's condition. The probability of acquiring KS in the knowledge of the fact that the sexual partner

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maintains bisexual relationshipsis 1.2 times greater for the male gender. Conclusion: HVH8 transmission predominantly through sexual intercourse and the prevalence of neoplasia in homosexual men points to the need for greater attention regarding the treatment, and a better orientation on the care with the prevention of this disease among these individuals. The female population is less affected by the neoplasia, but also needs proper care and guidance by health professionals.

Key words: Kaposi's sarcoma; HIV; Risk Factors

Introdução:

O SK é a principal neoplasia definidora de AIDS em indivíduos infectados pelo HIV em nível mundial.1-4 Apesar de a compreensão da patogênese do SK relacionado à

AIDS ainda não estar totalmente esclarecida, evidências sugerem que o herpesvírus humano tipo 8 (HVH8) esteja presente em mais de 90% das lesões de SK em pacientes com AIDS.5-16 Vale destacar que, embora necessário para o surgimento do SK em

indivíduos HIV positivos, o HVH8 isoladamente não é suficiente para a iniciação e a progressão do SK.17-19 Outros fatores como a predisposição genética e a presença do

HLA D35 também estão envolvidos.17-19

As formas de transmissão do HVH8 podem ocorrer por diversas vias, dentre elas a horizontal e a vertical. A transmissão horizontal pode ser por via sexual ou por contato com saliva. 20-24 Outras vias que podem ser consideradas são a por transfusão sanguínea,

injeção de drogas ou transplante de órgãos sólidos ou de medula óssea.20-25

No Brasil, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), um total de 11,731 casos de SK foram detectados até o ano de 2009, com a prevalência de 2,4% entre todos os pacientes com AIDS. O SK mostrou ser mais prevalente em homens HIV (+) (cerca de 90% dos casos), principalmente entre aqueles que alegaram ser homossexuais ou bissexuais (cerca de 80% dos casos). 26-31 Nas

mulheres que adquiriram o HIV via transmissão sexual, o SK era quatro vezes mais comum entre aquelas que alegaram terem tido relação sexual com homens bissexuais (cerca de 90% dos casos). 5,26-28,31,32

Estudos confirmaram que em áreas onde a presença do HVH8 é mais prevalente, tanto as transmissões verticais quanto as horizontais não-sexuais são provavelmente as principais formas de transmissão do vírus. De certa maneira, isso fala a favor de a incidência em países africanos ter tido pouca diferença entre os gêneros.27

A incidência do SK em nível mundial é de 1 para cada 100000 indivíduos HIV (-), enquanto em HIV(+) essa incidência é de 2,1 para cada 100 indivíduos. Nos Estados Unidos da América (EUA), assim como no Brasil, essa incidência diminuiu devido ao

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estimulo a realização de práticas sexuais mais seguras e a introdução da Terapia Antirretroviral (TARV) entre os indivíduos HIV (+). 33

O Sarcoma de Kaposi relacionada à AIDS, ao contrário das outras formas de SK, tende a apresentar um desfecho clínico mais agressivo. 19 Porém, após a introdução da

TARV como forma de tratamento, a sobrevida em cinco anos dos pacientes passou de 14% para 83% nos indivíduos com comprometimento visceral e de 36% para 92% naqueles com comprometimento não-visceral. 34,35

Diante do exposto, fica evidente que apesar de a incidência do SK estar em decréscimo após a implementação da TARV, ela ainda é considerada uma das mais freqüentes neoplasias definidoras de AIDS no mundo. 1-4 Além disso, percebe-se que há

poucos estudos explorando os fatores associados com a ocorrência do SK em nível nacional e principalmente no estado de Santa Catarina, o qual é atualmente considerado o segundo estado em relação à taxa de detecção de AIDS no Brasil.

O presente estudo tem como objetivo avaliar o perfil epidemiológico dos pacientes com Sarcoma de Kaposi e HIV e os fatores associados à ocorrência dessa neoplasia em Santa Catarina.

Metodologia:

Foi realizado um estudo observacional com delineamento transversal para avaliação do perfil epidemiológico dos pacientes com SK e HIV (+) e os fatores associados, a partir do banco de dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) do estado de Santa Catarina (SC).

A população em estudo contemplou todos os pacientes notificados e diagnosticados com HIV e Sarcoma de Kaposi entre janeiro de 2000 até dezembro de 2016 que preencheram os critérios de definição de caso de AIDS com a presença de SK segundo a ficha de notificação/investigação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN-AIDS) [ANEXO A] fornecendo, dessa forma, um total de 251 pacientes.

As variáveis dependentes e independentes foram determinadas a partir dos dados presentes na ficha notificação/investigação do SINAN-AIDS. A variável dependente foi a presença de HIV e SK de forma concomitante e as variáveis independentes foram: sexo, raça, escolaridade,caráter das relações sexuais, contagem de linfócitos TCD4+, mortalidade/situação atual, relação sexual com pacientes sabidamente HIV/AIDS+, conhecimento sobre o fato de parceiro manter relações bissexuais, uso de drogas injetáveis, transfusão de sangue ou derivados e presença de hemofilia.

Após a coleta dos dados, um banco de dados foi elaborado no software Excel e dessa forma os registros encontrados em cada ficha de notificação foram devidamente organizados nas suas respectivas categorias. Houve divergência entre o número total de pacientes analisados para algumas categorias, pois, a partir de 2006, houve uma

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mudança no registro das variáveis presentes nas fichas de notificação e, dessa maneira, algumas categorias apresentaram divergência de análise.

Os dados foram enviados para o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Version 18.0. [Computer program]. Chicago: SPSS Inc.; 2009. Foi realizada a análise descritiva por meio das freqüências relativa e absoluta e, posteriormente, a análise bivariada comparando homens e mulheres quanto a chance de desenvolver o SK por meio da exposição sexual, ao risco devido ao nível de linfócitos CD4<350 e por fim quanto a chance em relação ao conhecimento do status do parceiro sexual HIV (+) e o fato de o parceiro manter relações bissexuais. Na análise bivariada, o teste do qui-quadrado (x²) ou exato de Fisher foram aplicados para as variáveis qualitativas com os respectivos intervalos de confiança (IC95%).

Foi testada a normalidade das variáveis quantitativas e aplicado o teste “t” de Student ou Mann Whitney. O modelo de Análise Multivariada - Regressão de Cox - foi aplicado para o ajuste do efeito independente das exposições no desfecho de interesse. O nível de significância estabelecido foi de valor de p<0,05.

Aspectos Éticos da Pesquisa

Este estudo está de acordo com os princípios éticos da Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. A coleta de dados teve início após submissão e aprovação do projeto pelo CEP da UNISUL sob o parecer consubstanciado número CAAE 2.204.070.

Resultados:

O grupo analisado foi constituído de 251 pacientes que foram notificados e diagnosticados com HIV e Sarcoma de Kaposi entre janeiro de 2000 até dezembro de 2016. As características epidemiológicas dos pacientes com AIDS e sarcoma de Kaposi são apresentados na tabela 1. Observou-se predomínio do sexo masculino (76,6%). A raça/cor de pele foi predominante branca, com 87,8% dos participantes. Quanto à escolaridade, 27,1% dos participantes possuía de 4 a 7 anos de estudo concluído, sendo essa a escolaridade da maioria dos pacientes. (tabela 1)

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Tabela 1: Aspectos sóciodemográficos de pacientes com HIV e Sarcoma de Kaposi notificados pela ficha notificação/investigação do SINAN-AIDS da Departamento de Vigilância Epidemiológica, estado de Santa Catarina, 2000-2016. . Variável N(251) % Gênero Homens 192 76,6 Mulheres 59 23,4 Raça/cor Branca 220 87,8 Não branca 31 12.2 Escolaridade Nenhuma 15 5,9 1 a 3 anos 25 10,2 4 a 7 anos 68 27,1 8 a 11 anos 45 17,8 Mais de 12 anos 23 8,9 Ignorado 75 30,1

Em relação ao caráter das relações sexuais, 48,3% dos participantes referiram que praticavam sexo apenas com homens, 39,9% apenas com mulheres e 11,8% com homens e mulheres. Ao todo, 49,3% dos pacientes não sabiam que o parceiro sexual possuía o diagnóstico de HIV/AIDS. Em relação ao fato de o parceiro sexual manter ou não relações bissexuais, 76,9% afirmaram que seus parceiros mantinham apenas relações com parceiros do sexo oposto. (tabela 2)

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Tabela 2: Aspectos das relações sexuais de pacientes com HIV e Sarcoma de Kaposi notificados pela ficha notificação/investigação do SINAN-AIDS da Departamento de Vigilância Epidemiológica, estado de Santa Catarina, 2000-2016.

Variável N(251) %

Caráter das relações sexuais

Sexo somente com homens 121 48,3

Sexo somente com mulheres 100 39,9

Sexo com homens/mulheres 30 11,8

Parceiro HIV/AIDS reconhecido

Sim 124 49,3 Não 105 41,8 Ignorado 22 8,9 Parceiro bissexual Sim 36 14,3 Não 193 76,9 Ignorado 22 8,8

Quanto à contagem dos níveis de CD4 menor que 350 cel/mm³, 74% dos pacientes apresentavam esse valor. Na variável referente à evolução/situação do paciente, 61,4% dos pacientes se encontravam vivos no momento em que os registros foram cadastrados. (tabela 3)

Tabela 3: Nível de Linfócitos TCD4/mm3 e evolução/situação de pacientes com

HIV e Sarcoma de Kaposi notificados pela ficha notificação/investigação do SINAN-AIDS da Departamento de Vigilância Epidemiológica, estado de Santa Catarina, 2000-2016. Variável N(251) % Nível CD4 < 350 cels/mm3 159 74,0 CD4>350 cels/mm3 40 18,6 Evolução/situação Vivo 154 61,4 Morto 97 38,6

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Sobre o uso de drogas injetáveis, 80,4% afirmaram que não faziam o seu uso. Enquanto 82% dos pacientes relataram que nunca haviam realizado transfusão de sangue/derivados. Por fim, 100% dos pacientes negaram história de hemofilia. (tabela 4)

Tabela 4: Aspectos relacionados à transmissão por via não sexual do vírus HVH8 de pacientes com HIV e Sarcoma de Kaposi notificados pela ficha notificação/investigação do SINAN-AIDS da Departamento de Vigilância Epidemiológica, estado de Santa Catarina, 2000-2016.

Variável N(251) % Uso de drogas injetáveis

Sim 30 12,0 Não 202 80,4 Ignorado 19 7,6 Transfusão sanguínea Sim 3 1,0 Não 205 82,0 Ignorado 43 17,0

Em relação à categoria de exposição sexual quando comparados homens e mulheres, verificou-se que o risco de adquirir o SK entre os homens com relação homossexual é 9,5 vezes maior em comparação com as mulheres. Quanto ao nível de linfócitos CD4< 350 verificou-se que não houve diferença entre o risco de adquirir SK quando comparados os gêneros masculino e feminino. (tabela 5)

Na categoria referente ao conhecimento do status do parceiro sexual sabidamente HIV(+), verificou-se um risco de 2,4 vezes maior de se adquirir o SK em mulheres que sabiam da condição do parceiro em comparação com os homens. (tabela 5)

Quanto ao risco relativo de se adquirir o SK quanto ao conhecimento do fato de parceiro sexual manter relações bissexuais, verificou-se que essa é 1,2 vezes maior para os homens quando comparados com as mulheres. Nas demais categorias de comparação entre o gênero masculino e feminino, não foram observados resultados com significância estatística. (tabela 5)

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Tabela 5: Associação entre o gênero e fatores associados ao SK de pacientes

com HIV e Sarcoma de Kaposi notificados pela ficha

notificação/investigação do SINAN-AIDS do Departamento de Vigilância Epidemiológica, estado de Santa Catarina, 2000-2016.

Variáveis N (251) Risco Relativo IC (95%) P Gênero Homem em exposição homossexual 91 9,5 3,8 28,0 0,025 Homem e Mulher CD4 <350 159 0,6 0,2 1,4 0,268

Mulher com Parceiro HIV

31 2,4 1,4 4,2 0,001

Homem com parceiro bissexual

32 1,2 1,0 1,3 0,020

Homem e mulher em uso de droga injetável

30 1,3 0,6 3,2 0,507

Homem e mulher com transfusão

sangue/derivados

3 1,5 0,1 17,9 0,704

Discussão:

A prevalência do SK em Santa Catarina foi maior entre a população masculina e principal via de contaminação foi à sexual. A grande maioria dos pacientes apresentava imunodeficiência com níveis de linfócitos TCD4 <350 e, devido a TARV, a mortalidade por essa neoplasia se tornou menos significativa. Quanto à categoria de exposição sexual, verificou-se que a chance de adquirir o SK por meio de relações homossexuais foi maior entre os indivíduos do sexo masculino. Além disso, também foi verificado que as mulheres tinham um conhecimento maior sobre o status sorológico dos seus parceiros sexuais, porém, mesmo assim, acabaram desenvolvendo a neoplasia. Ademais, os homens com parceiros bissexuais apresentaram maior chance de adquirir o SK do que as mulheres.

O fato de a população predominantemente acometida no estado de Santa Catarina (SC) ser a de homens caucasianos com uma escolaridade com mais de quatro anos de estudo, vai ao encontro da distribuição demográfica e educacional da população geral de SC em comparação aos demais estados do Brasil. 36-38 De acordo com

Haverkos et al 27, o HVH8 é mais prevalente na população do continente africano em

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significativa entre a incidência do SK em homens e mulheres neste continente. Não há estudos e nem dados na literatura sobre a prevalência do HVH8 na população brasileira e, dessa maneira, não se pode inferir sobre a verdadeira presença desse vírus no estado de Santa Catarina. Entretanto, os dados epidemiológicos encontrados na pesquisa sugerem que a prevalência do HVH8 entre a população catarinense não é tão significativa, visto que há um predomínio do SK no gênero masculino em comparação ao feminino. Além disso, vale destacar que nos países africanos, a transmissão vertical e horizontal não-sexual são as principais formas de transmissão da doença entre a população HIV(+). 27,36 Com isso deve-se ter uma maior atenção quanto à forma de

transmissão sexual do HVH8 entre os indivíduos HIV (+) de SC e uma melhor orientação sobre os cuidados na sua prática sexual.

A predominância do SK entre a população masculina mostrou resultado semelhante com o de outros estudos. 37-39 Segundo Lima et al 37, há uma maior

frequência da infecção pelo HHV 8 em homens que realizam atividade homossexual (HSH). Vale lembrar que segundo La Ferla et al 33, o SK é uma doença definidora de

AIDS em 3% dos homens homossexuais nos EUA. Apesar de TARV ter gerado uma diminuição significativa na ocorrência dessa neoplasia, sugere-se que os homens que realizam atividades homossexuais ainda necessitam de melhores orientações quanto ao tratamento e controle do HIV e também de um incentivo maior para a realização de práticas sexuais mais seguras.

Na literatura, a maioria das mulheres infectadas com SK e HIV(+) possuíam parceiros que praticavam atividades bissexuais. 5,26-28,31,32 Segundo Haverkos et al 27,

essa prevalência mostrou ser quatro vezes maior entre o gênero feminino. Entretanto, no presente estudo, esse dado não se mostrou relevante, visto que em Santa Catarina, a prevalência do SK foi maior entre os homens que possuíam parceiros bissexuais. Tal achado, diferente da literatura mundial, pode estar associado com inúmeros fatores estruturais, biológicos e comportamentais dos HSH. De acordo com o Center for Disease Control and Prevention (CDC) 40, HSH têm menor aderência ao uso de

preservativo, além de uma maior tendência ao uso concomitante de álcool e drogas durante a atividade sexual e também pelo fato que a maioria dessa população tende a ter quatro ou mais parceiros sexuais ao mesmo tempo.

No gênero feminino, o dado mais relevante foi que a maioria dessa população sabia do status sorológico HIV(+) do parceiro sexual e ainda assim houve associação com maior taxa de infecção pelo HIV e posterior desenvolvimento do SK. Saraceni et al

41 verificou em seu estudo que cerca de 57% dos pacientes com SK foram

diagnosticados depois do início da terapia. De acordo com Bohlius et al 36, o risco de

desenvolver o SK nos dois primeiros anos do inicio do uso da TARV foi cerca de três vezes maior entre as mulheres do continente africano quando comparados com as mulheres dos outros continentes, sugerindo que há uma persistência da imunodeficiência nos primeiros anos de inicio da TARV. Entretanto, no presente estudo, esse achado pode ter ocorrido devido a um viés de informação durante o preenchimento das fichas de notificação/investigação do SINAN-AIDS por parte dos

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homens HIV (+). Outro aspecto que pode explicar esse achado é que, segundo Silva CM et al 42, o gênero feminino é muito vulnerável a infecção pelo HIV, pois torna-se mais

submisso as decisões do seu marido ao longo dos anos e, com isso, tende a ter menor autonomia quanto ao uso de preservativo durante as atividades sexuais. Ademais, indivíduos casados justificam a não utilização de preservativo como forma de demonstração de confiança e fidelidade entre ambos. 43 A partir desses dados deve-se

priorizar por uma orientação adequada quanto a importância do tratamento conjunto e o uso de preservativo entre os casais HIV (+).

Em Santa Catarina, a grande maioria dos pacientes apresentou uma contagem de linfócitos TCD4 menor do que 350 celulas/mm³ no momento do preenchimento da ficha de notificação do SINAN. Estudo realizado no estado de São Paulo-Brasil identificou forte associação entre SK e contagem de T CD4+, com um risco 16 vezes maior quando abaixo de 200cel/mm3. 44 Esse fato sugere que há também uma tendência ao diagnóstico

tardio do HIV em Santa Catarina. Segundo De Boer et al 45, em um pesquisa conduzida

no continente africano com 161 pacientes, o diagnóstico tardio de HIV muitas vezes é encontrado em pacientes que buscam auxilio médico já com a presença de SK avançado. Na literatura, o uso da TARV é associado com uma diminuição significativa na incidência do SK entre os pacientes HIV(+) e também com uma redução de 80% no risco de morte por essa neoplasia. 46 No estado, esse dado é corroborado visto que a

maioria da população se encontrava viva no momento em que os registros foram visualizados. Por conseguinte, deve-se valorizar a importância do diagnóstico e tratamento precoce da infecção pelo HIV e com isso diminuir a incidência do SK entre essa população.

A baixa prevalência do SK em indivíduos que tinham apenas a presença do uso de drogas injetáveis ou histórico de transfusão sanguínea como fator de risco para o desenvolvimento da neoplasia, vai de encontro com os dados apresentados por inúmeros estudos internacionais. 20-23,24,25 Segundo esses, a transmissão do SK por via horizontal

não-sexual apresenta relevância estatística apenas em países do continente africano e do sul asiático, como a Índia, por exemplo. Estudo realizado em Uganda no ano de 2003 demonstrou que a soroprevalência do HVH8 aumenta conforme a idade do indivíduo.47

Dessa maneira, os autores verificaram que a alta ocorrência da transmissão horizontal não-sexual do HVH8 ocorreu pois a maioria dos doadores de sangue e usuários de drogas injetáveis era composta por homens adultos jovens saudáveis e com uma soropositividade para o HVH8 de aproximadamente 74%.47

Entre as limitações desse estudo, pode-se citar que houve divergência no número de indivíduos analisados nas diferentes categorias de comparação, pois houve uma mudança nos critérios de análise das fichas de notificação dos pacientes HIV (+) entre os anos de 2000 à 2006 em relação às de 2007 até 2016. Muitos dos critérios com relevância estatística para o conhecimento do perfil epidemiológico dos pacientes com SK e HIV (+) foram excluídos das novas fichas de notificação. Dessa forma, muitas medidas de prevenção e informações pertinentes deixaram de ser analisadas em grande parte dos indivíduos notificados.

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Conclusão:

Os achados encontrados no presente estudo permitem uma melhor compreensão clínica e epidemiológica dos pacientes HIV(+) com Sarcoma de Kaposi no estado de Santa Catarina. A transmissão do HVH8 de forma predominante por via sexual e a prevalência da neoplasia em homens homossexuais aponta para a necessidade de uma maior atenção quanto ao tratamento adequando e uma melhor orientação sobre os cuidados com a prevenção dessa doença entre esses indivíduos, No Brasil, onde há disponibilidade de preservativo gratuito, torna-se importante a redução das barreiras de acesso a esse meio de prevenção da infecção. A população feminina é menos acometida pela neoplasia, porém também necessita de cuidados e orientações adequadas pelos profissionais de saúde. Mais pesquisas sobre a via causal da infecção pelo HVH8 e o SK em indivíduos HIV(+) e sua associação com o gênero tornam-se necessárias para otimizar e desenvolver novas medidas de prevenção dessa neoplasia entre a população. Referências:

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