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O perfil do profissional de tecnologia da informação na prestação de serviços do ambiente jurídico

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA RAFAELLA TONINI FERNANDES

O PERFIL DO PROFISSIONAL DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA PRES-TAÇÃO DE SERVIÇOS DO AMBIENTE JURÍDICO

Porto Alegre 2019

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RAFAELLA TONINI FERNANDES

O PERFIL DO PROFISSIONAL DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA PRES-TAÇÃO DE SERVIÇOS NO AMBIENTE JURÍDICO

Relatório apresentado ao Curso Tecnólogo em Gestão da

Tec-nologia da Informação, da Universidade do Sul de Santa

Ca-tarina, como requisito parcial à aprovação na unidade de apren-dizagem de Estudo de Caso.

Orientador: Prof. Me. Nilce Miranda Ayres

Palhoça 2019

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RAFAELLA TONINI FERNANDES

O PERFIL DO PROFISSIONAL DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA PRES-TAÇÃO DE SERVIÇOS NO AMBIENTE JURÍDICO

Este trabalho de pesquisa na modalidade de Estudo de Caso foi julgado adequado à obtenção do grau de Tecnólogo em Gestão da Tecnologia da Informação e aprovado, em sua forma final,

pelo Curso Superior de Tecnologia em Gestão da Tecnologia da Informação, da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Palhoça, 30 de Maio de 2019.

Prof. e orientador Me. Nilce Miranda Ayres, Gestão de Tecnologia da Informação Universidade do Sul de Santa Catarina

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AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer eu mesma pelo esforço empenhado e aos deuses que me cri-aram e suportcri-aram.

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RESUMO

O presente estudo buscou tratar sobre as características do profissional que atua pres-tando suporte no setor de Tecnologia da Informação, mais especificamente no meio jurídico. O objetivo principal é delimitar um perfil que, além de vislumbrar as principais exigências do mercado, possa lidar com demandas tecnológicas e humanas do referido ambiente corporativo. Os dados foram coletados através de uma pesquisa descritiva - qualitativa, por meio de um formulário online com questões “abertas” e analisados por meio da análise de conteúdo.

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 6 2 TEMA 7 3 OBJETIVOS 9 3.1 OBJETIVO GERAL 9 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 9 4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 9 4.1 CAMPO DE ESTUDO 9

4.2 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS 10

5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DA REALIDADE OBSERVADA 11

6 PROPOSTA DE SOLUÇÃO DA SITUAÇÃO-PROBLEMA 11

6.1 PROPOSTA DE MELHORIA PARA A REALIDADE ESTUDADA 16

6.2 RESULTADOS ESPERADOS 166

6.3 VIABILIDADE DA PROPOSTA 17

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 18

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1 INTRODUÇÃO

O mercado de TI é bastante concorrido e, apesar da profissão de Analista de TI ter uma função igual em todas as empresas, existem alguns ambientes corporativos onde a demanda do usuário final vai além da resolução de problemas corriqueiros e pertinentes ao mundo da Tecnologia. O meio jurídico é composto por usuários extremamente exigentes, que buscam um atendimento de qualidade, postura profissional impecável, além da capacidade de gerir crises que impactam diretamente no negócio, pois uma indisponibilidade de um serviço de TI pode ocasionar prejuízos incalculáveis.

O desenvolvimento deste Estudo de Caso buscou vislumbrar – dentro do recorte proposto – o perfil dos profissionais de TI inseridos no ambiente corporativo jurídico, bem como as razões da alta rotatividade desses profissionais dentro do escopo da AEJE, cujos asso-ciados trabalham com o Direito Empresarial na cidade de Porto Alegre.

O Estudo foi organizado por tópicos, começando por esta introdução, tendo um tema desenvolvido, a descrição dos objetivos, e demais procedimentos metodológicos que são obrigatórios neste tipo de trabalho, que não pretende ser uma obra final sobre o assunto. Poste-riormente são apresentados a analise da realidade observada, bem como as propostas de solução para o problema levantado.

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2 TEMA

A velocidade da evolução tecnológica é a mesma que transforma as relações profissio-nais, e não é diferente na área de TI. O perfil profissional não é mais restrito aos quesitos téc-nicos, está se tornando cada vez mais estratégico e presente nas diversas áreas do mercado. A área jurídica tem demandado - de forma crescente - os serviços de TI, pois os documentos, pro-cessos e procedimentos estão sendo digitalizados. Os operadores jurídicos, em sua grande mai-oria, possuem um conhecimento básico sobre as tecnologias, o que faz o suporte em TI funda-mental para a nova dinâmica de escritórios, cartórios e órgãos públicos.

Segundo Mollo (2016), o perfil do profissional de TI era "Tímido, introspectivo, com conversas cifradas por códigos de programação e novidades digitais que ninguém mais entende. Há um tempo atrás, este era típico de um profissional de tecnologia. Porém, este perfil está mudando e cada vez mais rápido.", este perfil não é mais suficiente para o mercado, sendo agora "(...) protagonista, o profissional de TI que quiser se destacar e ser valorizado, não poderá permanecer estático, esperando que as demandas cheguem até ele. Será necessário sair de uma posição simplesmente analítica, para uma atitude muito mais proativa e estratégica, com visão de negócio agregando competitividade à empresa."

Estas "novas habilidades" cobradas pelo mercado não estão restritas aos usuais consu-midores de Tecnologia. A área jurídica espera do profissional de TI, acima de tudo, capacidades interpessoais e de gestão, dadas as especificidades e particularidades do negócio.

De acordo com Crepeau et al. (1992) apud Moreno et al. (2009) existem algumas orien-tações (ou âncoras) que os profissionais de TI devem considerar na percepção do seu ambiente profissional, que influenciam a tomada de decisões:

a) competência gerencial e técnica; b) identidade;

c) serviço;

d) segurança e estabilidade organizacional.

Além dessas orientações, existem algumas habilidades essenciais ao profissional da TI nesses "novos tempos", pensadas por Correa (2018), são elas:

• Foco: concentrar no que é importante para realizar o trabalho com qualidade e em menos tempo;

• Atitude: capacidade de escutar, falar na hora certa, e proatividade sem medo da mu-dança;

• Empreendedorismo: conseguir enxergar além, enfrentar desafios e busca incessante de melhoria;

• Criatividade: busca de soluções inovadoras, olhando em todas as perspectivas possíveis do problema ;

• Comunicação: conseguir se fazer entender além de compreender o que é solicitado; • Curiosidade: buscar recursos inovadores que vão além do senso comum e ao mesmo tempo são estratégicos para o negócio;

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• Experiência do usuário: capacidade de perceber as necessidades e experiências que o usuário tem com a Tecnologia, podendo assim ajusta-las para uma melhor “usabilidade” das mesmas.

Vale também citar algumas “soft skills”, que nada mais são do que as habilidades se-cundárias de um profissional, citadas por Santos (2018):

• Motivação: buscar resultados para a empresa e conhecimento para a carreira; • Adaptabilidade: conseguir se adaptar às constantes mudanças do mundo moderno; • Comunicação: capacidade de interação com diversos públicos além de também

conse-guir “traduzir” termos técnicos para o usuário final;

• Colaboração: habilidade de trabalhar com todo e qualquer tipo de público;

• Networking: possuir contatos profissionais e pessoais que ajudem a promover a carreira.

A rotatividade de analistas de suporte de TI na área jurídica, segundo os RH's da Asso-ciação de Escritórios Jurídicos de POA (AEJE), é maior do que em outras áreas. Existem algu-mas características que são fundamentais para a adaptação do referido profissional nos ambi-entes onde atuam os operadores jurídicos, que são um público exigente, com demandas que vão além do suporte em questões técnicas.

Qual é o perfil do profissional de TI buscado pelos Recursos Humanos dos escritórios jurídicos da AEJE POA? Com os dados desta pesquisa, espero que seja possível entender o perfil deste profissional que está cada vez mais requisitado no meio corporativo jurídico.

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3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Identificar o perfil do profissional de Tecnologia da Informação buscado pelos es-critórios jurídicos de Porto Alegre, membros da AEJE (Associação dos Eses-critórios Jurídicos de POA).

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

A presente pesquisa possui os seguintes objetivos específicos:

• Descrever as habilidades técnicas e pessoais especificas que são buscadas pelos escri-tórios jurídicos pertencentes à AEJE de Porto Alegre;

• Analisar os pontos negativos e positivos do referido perfil profissional, comparando o com as necessidades do ambiente corporativo jurídico;

• Conhecer as características comuns que os RH's dos escritórios da AEJE buscam nos profissionais de TI.

4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 4.1 CAMPO DE ESTUDO

O estudo do presente trabalho será feito através de uma pesquisa básica, que obje-tiva explorar o tema proposto a fim de elaborar um estudo de caso DESCRITIVO, que respon-derá os questionamentos propostos, facilitando a compreensão do fenômeno estudado. Segundo Yin (2001), o estudo de caso é uma estratégia de pesquisa que compreende um método que abrange tudo em abordagens especificas de coletas e análise de dados. Este estudo contribui para uma melhor compreensão de fenômenos, processos organizacionais e afins, sendo a ferra-menta ideal para entendermos determinada decisão.

O perfil do profissional de TI que atua no meio corporativo jurídico será elaborado a partir dos dados que serão colhidos através de questionários fechados, que serão enviados para operadores do direito (advogados e funcionários) e gestores de RH dos escritórios de ad-vocacia inscritos na Associação de Escritórios Jurídicos do RS.

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4.2 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

A coleta de dados será realizada através dos instrumentos que estão descritos no quadro abaixo.

Quadro 1 – Instrumento de coleta de dados Instrumento de

co-leta de dados

Universo pesquisado Finalidade do Instrumento

Entrevista

Será realizada através de um ques-tionário qualitativo, que será envi-ado para gestores e analistas de Recursos Humanos que atuam em escritórios, que fazem parte da Associação dos Escritórios Jurídi-cos Empresariais.

Entender as características es-senciais que precisam estar pre-sentes ao perfil do profissional de TI que atua no meio jurídico.

Observação direta dos participantes

Observação direta do RH de um dos escritórios da AEJE Porto Alegre.

Entender o porquê da necessi-dade das características profissi-onais do profissional de TI inse-rido nos escritórios jurídicos. Observação direta

dos participantes

Observação direta do Analista de TI de um dos escritórios da AEJE Porto Alegre.

Entender o relacionamento entre advogado (usuário) e Analista de TI.

Entrevista oral não dirigida

Entrevista com 3 gestores de RH de escritórios de advocacia partici-pantes da AEJE.

Entender melhor o perfil de ana-lista de TI que se encaixa no am-biente corporativo jurídico. Fonte: Do autor

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5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DA REALIDADE OBSERVADA

5.1 ESTRUTURA DA ORGANIZAÇÃO

Para entender mais sobre o perfil de profissional da TI buscado pelos escritórios jurídicos, escolhi como objeto de estudo uma Associação de Escritórios Jurídicos Empresariais (AEJE), que conta com 19 escritórios no RS que atuam no Direito Empresarial. A entidade foi criada em 2013 e busca a discutir e implantar ideias e projetos que sejam construtivas para os Escritórios membros. Não há uma sede física da Associação, sendo as reuniões realizadas men-salmente em escritórios membros.

O objetivo da associação é buscar a valorização da advocacia empresarial como um todo, além da troca de experiencias e proximidade entre os escritórios, na busca de seus objeti-vos e pleitos comuns. A proximidade com entidades de classe, a busca pela real qualificação dos advogados empresariais, os desafios trazidos pela tecnologia, novas legislações que surgem e a amplitude de atuação hoje exigida da advocacia, tem sido algumas das pautas do grupo, que quer se aproximar e interagir com o mercado e sociedade.

Os escritórios que integram a AEJE têm atuação local e nacional, mas acreditam que devem focar no RS por suas especificidades e importância, reunindo a liderança, tradição experiencia e qualificação de suas bancas em um círculo virtuoso, o qual resultara em uma condição de prestar assessoria jurídica de alta qualidade ao empresariado, o que é vital para sobreviver em um mercado competitivo, globalizado e complexo.

Existe um Setor responsável pela TI em todos os Escritórios associados da AEJE, contando com analistas que resolvem demandas internas e cuidam da manutenção dos equipa-mentos informáticos. Os chamados de TI são provenientes das demandas dos advogados e de-mais funcionários administrativos, cabendo aos Setores TI cuidar de toda a infraestrutura e se-gurança envolvidos no negócio. Dos 19 escritórios, apenas 4 não contam com uma empresa terceirizada no apoio às questões de segurança (Firewall e servidor).

Vale salientar que a estrutura que comporta os equipamentos informáticos e as redes de todos os escritórios seguem os padrões de qualidade e possuem política de utilização e se-gurança, que são discutidas em reuniões da Associação, além de implantadas em conjunto.

O contato com os advogados, diretores e trabalhadores do administrativo é direto, sendo o Analista de TI responsável por lidar com a urgência que sempre acompanha as deman-das tecnológicas, e é neste momento em que – na maioria deman-das vezes – o atendimento deixa a desejar: o capital humano não está preparado para tratar situações delicadas, onde o tempo urge e a resolução do problema tem que ser rápida e certeira, sabendo contornar possíveis crises.

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5.2 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DA REALIDADE OBSERVADA

Ao entregar os questionários para os entrevistados, alguns acharam bastante inte-ressante a temática, pois é um assunto instigante, dada a experiência, nem sempre positiva, que tiveram com os funcionários da TI. Neste estudo irei focar na figura do Analista de Suporte, que está presente em todos os escritórios membros da AEJE.

A média de tempo que um Analista de Suporte fica em um escritório da AEJE é de 1,5 anos. Os três motivos mais recorrentes para a demissão são:

Mau comportamento 25%

Dificuldade no relacionamento interpessoal 60% Lentidão para resolver problemas 15%

Quadro 1 – Os três principais motivos para demissão dos Analistas de TI que atuam nos escri-tórios da AEJE

Fonte: Do autor

Conforme uma das analistas de RH disse, “é complicado lidar com um perfil tão “escasso” no mercado e ao mesmo tempo tão desafiador! Não adianta possuir o saber técnico sem saber lidar com as pessoas e seus anseios!”.

Apesar de divergir em alguns aspectos da bibliografia consultada, as caracterís-ticas do perfil que são tidas como fundamentais pelos RH’s consultados são:

Característica Número de citações durante entre-vista

Proatividade 13

Didática com o usuário 16

Boa relação interpessoal 19

Saber gerenciar crises 15

Conhecimento técnico 5

Quadro 2 – Características do perfil profissional do Analista de TI mais citadas durante as en-trevistas.

Fonte: Do autor

Fica claro que o conhecimento técnico fica em segundo plano, já que a grande mai-oria dos escritórios possuem apoio de empresas terceirizadas do setor, que geralmente tratam de problemas mais complexos. Não foi difícil perceber que o usuário de escritórios jurídicos busca um atendimento diferenciado, com foco na solução dos problemas, sem perder a capaci-dade do diálogo, e a qualicapaci-dade do atendimento.

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Um outro aspecto interessante foi a queixa sobre a falta de comprometimento que o perfil do profissional de TI recrutado pelos escritórios da AEJE costuma ter, mesmo que o processo de recrutamento e seleção seja extremamente criterioso. É nítido que o negócio deve ser bem assimilado pelo profissional, pois sua função primordial é oferecer suporte para o fun-cionamento pleno de todo aparato tecnológico.

Durante a visita em alguns dos escritórios, pude acompanhar a atuação de alguns analistas durante a resolução de problemas dos usuários. É nítida a forma “impessoal” em que advogado e analista estabelecem a comunicação. Nem sempre os anseios do usuário são perce-bidos quando há um distanciamento, uma ausência de cordialidade e confiança entre usuário e analista. Não à toa possuir “didática ao lidar com o usuário” é a segunda característica do perfil profissional mais lembrada nas entrevistas.

Entrevistei um advogado de cada escritório para ter uma visão mais ampla do rela-cionamento entre usuários e prestador de serviço interno. No total foram 19 pessoas. Segue resultado:

Característica Número de citações durante entre-vista

Proatividade 19

Boa relação interpessoal 16

Saber gerenciar crises 19

Conhecimento técnico 12

Quadro 3 – Características que os advogados valorizam em um Analista de TI Fonte: Do autor

Seguem também as respectivas características negativas:

Característica Número de citações durante entre-vista

Falta de comprometimento 19

Falta de cordialidade 16

Desorganização 19

Quadro 4 – Características negativas do perfil de um Analista de TI segundo os advogados entrevistados

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Outro aspecto bastante importante é a disponibilidade dos serviços gerenciados pela TI, que é também função primordial do Analista. Pude constatar in loco o transtorno que é causado pela queda de um sistema / internet. Foi neste momento que escutei de um advogado: “Tem vezes que todo meu trabalho é perdido por conta de queda dos serviços de internet. Impossível trabalhar assim!”. Diante desta experiência (e outras que vivi durante minha vida profissional) pode ser dizer que a indisponibilidade de serviços de TI é um “fator gerador de crise”, e impacta diretamente no desempenho do negócio, podendo causar prejuízos incalculá-veis. Saber gerir momentos de crise é imprescindível para o Analista de TI, pois todos os ser-viços de TI possuem um porcentual de indisponibilidade prevista em contrato, e o negócio não pode parar.

A proatividade pode ser definida como a habilidade de se antecipar e agir diante de um problema. Para 68,42% dos entrevistados é uma capacidade imprescindível ao Analista de TI que atende as demandas do escritório, sendo fundamental – assim como gerenciar crises -

Problema Pontos fortes Pontos fracos Justificativa Qual o perfil do

pro-fissional de Tecnolo-gia da Informação buscado pelos escri-tórios jurídicos de Porto Alegre, mem-bros da AEJE?

Proatividade Falta de comprometi-mento

Saber resolver os problemas sem ser solicitado é uma qua-lidade essencial para o perfil do profissio-nal de TI, segundo os entrevistados. Não há como desempenhar a função sem se com-prometer com o foco do negócio.

Boa relação inter-pessoal

Falta de cordialidade A relação interpes-soal se mostrou mais importante do que os conhecimentos técni-cos. Cordialidade é intrínseca às relações interpessoais.

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da TI, pois a disponi-bilidade de serviços e suporte é crítica. Conhecimento

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6 PROPOSTA DE SOLUÇÃO DA SITUAÇÃO-PROBLEMA

6.1 PROPOSTA DE MELHORIA PARA A REALIDADE ESTUDADA

Diante do exposto na descrição da realidade observada, é nítido que a dificuldade de encontrar um perfil com as skills bem fundamentadas e habilidades de relacionamento inter-pessoal não é exclusivamente do recrutador e deve ser tratado estrategicamente pelo RH.

Além dos cuidados óbvios durante a seleção e contratação, as questões cruciais le-vantadas pelos entrevistados devem ser trabalhadas em treinamentos esporádicos para o Setor TI, com níveis bem definidos, de acordo com o tempo de empresa ou necessidade.

Temas como histórico, visão e missão da empresa devem ser explicados, além de ficar bastante claro quais são as atribuições (bem como comportamento) esperadas pela em-presa. O profissional deve se sentir acolhido também, pois não é fácil trabalhar em um meio com usuários que possuem um nível de exigência maior do que a média.

Segue um roteiro das ações de treinamento pensado na situação em estudo:

1. Integração: durante o primeiro dia o funcionário conheceria as dependên-cias da empresa, sua meta, história e missão. Na oportunidade os setores fundamentais do negócio se apresentariam, mostrando onde a TI atua no desenvolvimento do trabalho das equipes / áreas do escritório;

2. Treinamento técnico: apresentação da estrutura tecnológica da empresa, treinamento específico da função e integração com equipe do Setor TI; 3. Expedientes quinzenais: criação de uma rotina de expedientes quinzenais,

onde seriam analisadas as métricas da atuação do Suporte, bem como a ava-liação de cumprimento de metas de curto e médio prazo.

6.2 RESULTADOS ESPERADOS

O que se espera com a aplicação da proposta de melhoria descrita acima é que as dificuldades relatadas pelos funcionários do RH e usuários de TI dos escritórios da AEJE sejam transpostas, sendo o Analista de Suporte um facilitador da tecnologia, traduzindo, ajudando e incrementando a estrutura do negócio de tal forma que o mesmo funcione melhor e o desempe-nho dos usuários da tecnologia seja acima do alcançado até então.

A criação de metas, estipuladas de acordo com o cargo, que irão mensurar a adap-tação e compreensão do funcionário para com o negócio. É interessante também o acompanha-mento do desempenho do Analista de forma periódica irá permitir o constante aperfeiçoaacompanha-mento do trabalho realizado, bem como possibilitar um fluxo de feedbacks, que permitirão o aumento da qualidade na prestação do serviço.

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O treinamento técnico é importante para que o Analista consiga entender de forma clara quais são os procedimentos que a empresa utiliza para a resolução de problemas, bem como lidar com as crises geradas pelas indisponibilidades dos serviços essenciais de TI.

6.3 VIABILIDADE DA PROPOSTA

Durante a minha interação com os entrevistados era perguntado sobre a viabilidade da realização ações que buscassem o desenvolvimento e integração do Analista de TI no ambi-ente jurídico e corporativo. Todos concordaram que o custo desta ação seria imensamambi-ente me-nor do que o processo de recrutar e treinar novos profissionais.

Considerando o que foi proposto no tópico anterior, pode não haver – de imediato – custos ou necessidade de investimentos, já que os treinamentos podem ser realizados pelas equipes internas, bem como o expediente quinzenal e a integração, que deve envolver todas as equipes do escritório.

É sugerido a criação de um calendário que prevê treinamentos, as imersões na em-presa e os expedientes. Noções de Gestão do Conhecimento podem ser introduzidas no cenário descrito, para fomentar a criação e gestão de informações relevantes para o desenvolvimento do Setor TI e consequentemente da empresa.

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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O intuito deste Estudo de Caso foi compreender o quais as particularidades do perfil do Analista de TI que atua em um ambiente corporativo jurídico, já que nos escritórios pesqui-sados a rotatividade do profissional é grande.

Após a compreender o ambiente das empresas pesquisadas e suas demandas inter-nas, foi possível pensar em um planejamento que possibilitasse o treinamento e integração do funcionário no ambiente corporativo.

As entrevistas e visitas demandaram um certo desprendimento de energia, o que foi desafiante, já que o ambiente corporativo jurídico tem certas peculiaridades diferentes das de-mais empresas.

Acessar e transformar as informações ditas pelos entrevistados, além de acompa-nhar o trabalho de outro analista em um meio diferente foram os obstáculos mais difíceis de transpor.

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REFERÊNCIAS

MOLLO, Gabriela. O perfil dos profissionais de TI mudou. Sua empresa está prepa-rada? 2016; Disponível em : <http://computerworld.com.br/o-perfil-dos-profissionais-de-ti-mudou-sua-empresa-esta-preparada>. Acesso em: 07/02/2019.

MORENO, Valter; CAVAZOTTE, Flavia; FARIAS, Eduardo de. Novos Desafios para o Pro-fissional de TI: Estudo de Caso de uma Empresa de Prestação de Serviços de Tecnologia

da Informação. 2007. Disponível em:

<https://www.aedb.br/seget/arquivos/arti-gos07/1090_Profissionais%20de%20TI.pdf>. Acesso em: 13 mar. 2019.

YIN, Roberto K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2ª Ed. Porto Alegre. Editora: Bo-okmam. 2001.

SANTOS, Demian dos. 8 Habilidades (Skills) essenciais para um bom Profissional de TI. 2018. Disponível em: <https://www.diariodeti.com.br/skills-para-profissional-de-ti/>. Acesso em: 13 mar. 2019.

CORREA, Rafael Murilo. Profissionais de TI: 8 habilidades indispensáveis. 2018. Disponí-vel em: <https://www.euax.com.br/2018/10/profissionais-de-ti/>. Acesso em: 13 mar. 2019.

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APÊNDICE

QUESTIONÁRIO - ESTUDO DE CASO

1 – Vocês possuem um setor específico que trata de todo o assunto de tecnologia? Identi-fique o perfil do escritório abaixo:

a) Possui um setor de TI, que conta com uma equipe, sem serviços terceirizados; b) Possui setor TI, um técnico residente e conta com serviços de terceirizadas.

2 - Quais as principais características procuradas no profissional de TI para atuar na área jurídica?

3 - Quais as características comuns em profissionais da TI que não são compatíveis com o ambiente jurídico?

4– A área jurídica, como cliente de serviços de TI, se diferencia das demais? Por quê? 5- Quais os principais problemas (mais comuns) enfrentados pelo RH dos escritórios jurídi-cos na contratação e recrutamento de profissionais da TI?

6- Qual a média (anos/meses) de permanência do profissional de TI na empresa? 7 – Qual o motivo da última demissão?

8 - Com o avanço da Tecnologia da Informação e o desenvolvimento de softwares e hardwa-res, alguns procedimentos técnicos foram simplificados e automatizados. Diante desta nova perspectiva, poderia se afirmar que as habilidades técnicas não são mais o principal atrativo no currículo de um profissional da área de TI? Caso a resposta seja positiva, escolha duas opções das áreas do conhecimento mais valorizadas no atual cenário.

A) Negociação;

B) Pensamento analítico; C) Liderança;

D) Habilidades interpessoais;

9 - Numa escala de 1 a 5, onde 1 é pouco importante e 5 muito importante, dê notas para as seguintes afirmações:

- Cordialidade e simpatia durante o atendimento; - Saber técnico;

- Capacidade de organização;

- Saber lidar com a crise com foco na resolução do problema; - Saber lidar com a crise com foco nas pessoas;

- Desenvoltura no relacionamento interpessoal;

- Capacidade de enxergar as funções estratégicas do negócio.

10 – Cite 03 características positivas e 03 negativas que qualificariam o suporte de TI dentro do escritório

Referências

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