ESTUDO DAS CAUSAS QUE IMPACTAM NA ATRAÇÃO E EVASÃO DE ALUNOS DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA UFTM
GT7 - ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL
Reuniram-se no dia vinte de outubro de dois mil e quinze, às quatorze horas, na sala 303 do Centro Educacional da UFTM, para a segunda reunião do Grupo de Trabalho - Assistência Estudantil (GT7), visando estudar as causas, relacionadas à assistência estudantil, que impactam na atração e evasão de alunos dos cursos de graduação da UFTM. Participaram da reunião:
• Adriana Cristina de Araújo (Fisioterapia / ICS)
• Camila Naves Arantes (Divisão de Programa de Auxílios da PROACE)
• David Calhau Jorge (ICTE)
• Débora Viviane Teles Magalhães Gontijo (Seção de Acompanhamento Pedagógico da PROACE)
• Diego de Morais Batista (Depto. Assistência Estudantil / PROACE)
• Fernanda Oliveira Borges (Seção de Acompanhamento Pedagógico da PROACE)
• Flávia Cristina Zanquetta Rodrigues (ICS)
• Jeferson Matheus Gomes Oliveira (DTI)
• Marcelo Henrique Pereira (Divisão de Programa de Auxílios da PROACE)
• Marina Cardoso de Oliveira (Dep. Psicologia / IELACHS)
• Mireille Alves Gazotto (Setor de Serviço Social da PROACE)
• Pedro Donizete Colombo Júnior (Professor ICENE)
• Sandra Eleutério Campos Maartins (PROACE)
• Tenisziara de Moura Ferreira (Seção de Acompanhamento Pedagógico da PROACE).
O servidor Diego iniciou a reunião solicitando que cada membro presente se apresentasse e, logo após, sugeriu que a primeira ação a se fazer, para que o trabalho do grupo começasse, era entender o que é a PROACE e a Assistência
Estudantil. Foi apresentado um breve histórico de como surgiu a Assistência Estudantil na UFTM e como se chegou à estrutura atual do Departamento de Assistência Estudantil da PROACE, composto por seis setores: Núcleo de Assistência Estudantil em Saúde, Divisão de Programa de Auxílios, Núcleo de Acessibilidade, Seção de Acompanhamento Pedagógico da PROACE, Serviço Social da PROACE e Núcleo de Esporte Universitário.
Os principais projetos e programas da Assistência Estudantil foram apresentados e, após, foi discutida e ressaltada a importância de seu conhecimento, além do esclarecimento de que a Assistência Estudantil não é apenas Programa de Auxílios Financeiros, mas algo maior, que tenta amparar os alunos, em suas várias outras necessidades que refletem na permanência e conclusão dos cursos em que se matricularam.
O documento "Diagnóstico quanto à evasão e baixa atração de alunos na UFTM", produzido pela PROPLAN, foi analisado quanto ao item 2.1. Assistência Estudantil, e algumas informações foram retificadas/esclarecidas:
Item "2.1.1 NAE": O NAE - Núcleo de Assistência Estudantil, deixou de existir no organograma da universidade, como setor, em novembro de 2014. O item deve referir-se ao NAES - Núcleo de Assistência Estudantil em Saúde, criado nesse mesmo mês e ano, onde estão concentrados os serviços relacionados à atenção à saúde do estudante.
Item "2.1.2 Auxílios, RU's e Alojamento / Situação atual:alunos egressos de outras regiões não contam com alojamento": A oferta de alojamentos deve ser cuidadosamente analisada e discutida, pois gera alto custo de manutenção e algumas experiências, como a vivenciada pela UFU, recente e atualmente, mostra certo desinteresse de alunos por tal condição de moradia. Hoje é oferecido, através do Programa de Auxílios Financeiros, o Auxílio Moradia, no valor de duzentos e cinquenta reais, aos alunos migrantes que comprovaram sua situação de vulnerabilidade socioeconômica através de avaliação feita pelo Setor de Serviço Social da PROACE. No caso dos alunos cotistas dos grupos G1 e G2 (grupos que implicam renda per capita familiar inferior a um salário mínimo e meio), um edital específico é oferecido, o qual agiliza o ingresso desses alunos no Programa de Auxílios Financeiros, tendo em vista que esses alunos já comprovaram, no ato da matrícula, sua condição de renda.
Item "2.1.2 Auxílios, RU's e Alojamento / Situação atual:alunos de baixa renda, priorizados pelo SISU, reclamam que o Restaurante Universitário cobra
valores altos pela refeição, e a Unidade Abadia ainda não conta com RU": Todos os alunos de baixa renda, desde que comprovada a situação pela avaliação do Setor de Serviço Social da PROACE, podem ser considerados como usuários do Restaurante Universitário a custo zero, pois recebem, por dia letivo, o valor de duas refeições cobradas pelo restaurante, podendo o aluno escolher utilizar o dinheiro no restaurante ou em outro lugar. Atualmente, mais de mil cento e oitenta alunos recebem esse benefício.
Item "2.1.2 Auxílios, RU's e Alojamento / Situação atual:número de beneficiados pelos auxílios é insuficiente, considerando-se o novo perfil de alunos priorizados pelo SISU. Há constantes atrasos nos repasses dos auxílios": A partir do mês de novembro de 2015, mais de mil e duzentos alunos estarão incluídos no Programa de Auxílios Financeiros, sendo que, de acordo com a avaliação do Setor de Serviço Social da PROACE, que classifica os alunos em classes socioeconômicas de A a E, todos os alunos das classes C,D e E (as mais vulneráveis) que solicitaram ingresso no Programa de Auxílios Financeiros, estão sendo atendidos. No ano de 2015, houvera apenas dois meses de "atraso" do pagamento dos auxílios (janeiro e julho). O atraso se deve ao período de férias e à necessidade de os alunos entregarem documento que comprova a atividade acadêmica durante esses períodos, o que acarreta em mais tempo para emissão da solicitação de pagamento. A agilidade para o não atraso dos pagamentos se deve à priorização da universidade para pagamentos de auxílios, dentre as demais despesas da IFE, e a boa relação de trabalho com o DOF, em que foram utilizados procedimentos que agilizam o trabalho realizado, através de melhores formatos dos dados da lista de solicitação de pagamento e datas específicas de envio dessas. Cabe ressaltar, porém, que a situação, a partir do ano de 2016, pode ser alterada, uma vez que o país encontra-se em crise, o que pode impactar diretamente na renda das famílias, e porque haverá corte de recursos (devido à não continuidade de recebimento do "bonus" financeiro do PNAES às universidades que aderiram 50% de cotas para as vagas disponibilizadas).
De acordo com a previsão de evolução do Programa de Auxílios Financeiros, levando em consideração alguns aspectos, como reajuste do transporte urbano, aumento do número de cotistas matriculados e já prevendo a concessão do Auxílio Permanência apenas para as classes D e E (as mais vulneráveis), chegou-se a um valor aproximado de gastos com o Programa, para 2016, de quatorze milhões de reais. A previsão de disponibilidade orçamentária
para toda a Assistência Estudantil, incluindo o Programa de Auxílios Financeiros, é de apenas oito milhões.
Analisando todas essas questões, o grupo conseguiu perceber e apontar algumas ameaças/pontos fracos ao desempenho da Assistência Estudantil e alguns nortes que podem direcionar ações para combate à evasão, ligada à Assistência Estudantil:
Situação 1: Falta de conhecimento sobre a Assistência Estudantil da parte de alunos e servidores da IFE.
Sugestões: Institucionalizar o projeto PROACE em Sala de Aula (Projeto que divulga as ações da Assistência Estudantil nos primeiros períodos dos cursos), indicando inclusive, no calendário acadêmico, as datas do início de cada semestre letivo destinadas a sua execução, para que não haja oposição do professor à solicitação de uma apresentação durante horário de aula (sugeriu-se que o coordenador de cada curso acompanhasse o projeto). Criar novas campanhas/ferramentas de divulgação.
Situação 2: Falta de dados para melhor monitoramento das causas de evasão.
Sugestões: Estudo e monitoramento a partir de três momentos de coleta de dados: no primeiro período, durante a apresentação do projeto PROACE em Sala de Aula, com a utilização de clickers, o que agiliza a coleta de dados e a torna mais dinâmica e atrativa (quais os fatores que poderão influenciar na desistência/abandono do curso). No caso de abandono/transferência ou trancamento, que deverá ser feito pelo próprio aluno ou por algum servidor que o contactar (quais fatores contribuíram para essa decisão) e, no último período do curso (quais fatores contribuíram para a permanência e conclusão do curso, bem como quais foram as ameaças enfrentadas durante o curso).
Situação 3: Demora no atendimento de alguns projetos/programas da Assistência Estudantil.
Sugestões: Melhores condições de recursos, financeiros, físicos e humanos para a Assistência Estudantil, contribuindo para mais agilidade e ampliação dos atendimentos.
Situação 4: Previsão de falta de verba suficiente para atender o Programa de Auxílio Financeiro em 2016.
Sugestões: Deverá ser melhor debatido, entretanto, em situação extrema, caso não haja captação de outros recursos, alguns alunos serão cortados do Programa, de acordo com a avaliação socioeconômica.
A próxima reunião foi agendada para o dia três de novembro, no DTI, às quatorze horas, em que os membros apresentarão, caso encontrem, novas sugestões e informações a respeito do que foi debatido. Diego ficou responsável por produzir e encaminhar à PROPLAN o presente relatório, além de encaminhar à servidora Marina, para análise, os questionários já aplicados em pesquisas feitas com discentes, que resultará posteriormente em um novo formulário, sugerido na "Situação 2".
