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A avaliação do transportation management system (tms) nas operações logísticas de uma indústria brasileira de bebidas

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Academic year: 2021

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LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA, GESTÃO DE NEGÓCIOS E MEIO AMBIENTE MESTRADO PROFISSIONAL – SISTEMA DE GESTÃO

FÁBIO AQUINO DA SILVA

A AVALIAÇÃO DO TRANSPORTATION MANAGEMENT SYSTEM (TMS) NAS OPERAÇÕES LOGÍSTICAS DE UMA INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BEBIDAS

Niterói 2016

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LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA, GESTÃO DE NEGÓCIOS E MEIO AMBIENTE

MESTRADO PROFISSIONAL – SISTEMA DE GESTÃO

FÁBIO AQUINO DA SILVA

A AVALIAÇÃO DO TRANSPORTATION MANAGEMENT SYSTEM (TMS) NAS OPERAÇÕES LOGÍSTICAS DE UMA INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BEBIDAS

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Sistemas de Gestão da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre em Sistemas de Gestão. Área de Concentração: Sistemas de Gestão pela Qualidade Total.

Orientador:

Priscilla Cristina Cabral Ribeiro

Niterói 2016

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A AVALIAÇÃO DO TRANSPORTATION MANAGEMENT SYSTEM (TMS) NAS OPERAÇÕES LOGÍSTICAS DE UMA INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BEBIDAS

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Sistemas de Gestão da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre em Sistemas de Gestão. Área de Concentração: Organizações e Estratégia. Linha de Pesquisa: Sistema de Gestão: Qualidade Total

Aprovado em fevereiro de 2015.

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________________________ Profa. Priscilla Cristina Cabral Ribeiro, D.Sc. – Orientadora

Universidade Federal Fluminense

__________________________________________________________________ Profa. Miriam Picinini Mexas, D.Sc.

Universidade Federal Fluminense

__________________________________________________________________ Prof. Saulo Barbará de Oliviera, D.Sc. (UFRRJ)

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DEDICATÓRIA

À minha esposa Mônica, que de maneira incansável sempre esteve ao meu lado, com sua fundamental ajuda e apoio ao longo desta etapa.

À minha mãe, a Professora Maria Elenira, e à minha irmã Paula que sempre acreditaram em meus sonhos, o que me impulsionou ao longo da caminhada.

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Agradeço, sobretudo, a Deus pelo dom de minha vida e pela oportunidade do conhecimento adquirido. Sem Ele, não conseguiria chegar a este momento.

À minha orientadora, Professora Dra. Priscilla Cristina Cabral Ribeiro, com sua disponibilidade ao longo das inúmeras horas e suas assertivas colocações. Obrigado pela amizade, motivação, orientação e oportunidade de desenvolver este trabalho.

Agradeço ao amigo Leandro Nascimento e colegas de trabalho que constantemente incentivaram-me possibilitando a execução deste trabalho.

Aos professores e servidores do Latec – UFF pelo conhecimento e apoio a mim passado durante as disciplinas, e aos colegas de turma que sempre me ajudaram a manter minha motivação.

Agradeço à empresa e ao participante desta pesquisa, pois suas contribuições foram muito importantes para o resultado desta minha exploração.

Ao meu gestor Professor Dr. Saulo Cabral Bourguignon pela disponibilidade concedida para participar do curso e desenvolver este projeto.

(6)

Empresas fazem investimentos em Tecnologia da Informação (TI) com o objetivo de obter vantagens no alinhamento dos sistemas de TI ao negócio da empresa. Este alinhamento entre TI e o negocio da empresa revela o desempenho das organizações e gera um aumento de sua competitividade, além de melhorar os resultados dos projetos de implantação dessas tecnologias. As operações logísticas são outra fonte de vantagens competitivas, mas quando suportadas pelas TIs têm melhores resultados. É nesta conjuntura que o impacto dos benefícios da utilização de um Sistema de Gestão de Transporte (TMS) é estudado neste trabalho, no âmbito de uma operação logística de uma indústria de bebidas. O objetivo geral da pesquisa é avaliar a TI em uma indústria de bebidas no Brasil, em suas operações de transporte entre fábricas e centros de distribuição. Para atingir este objetivo, o método utilizado é o estudo de caso, que teve como finalidade a investigação de situações das diversas áreas do conhecimento, e desta forma obter uma visão ampla do problema estudado. Uma das respostas após a pesquisa de campo e a análise dos resultados, é identificar através dos grupos de atributos que avaliam a contribuição do TMS o seu caráter operacional para a empresa.

Palavras-Chave: Avaliação, Tecnologia da informação, Sistemas de Gestão de Transportes, Indústria de Bebidas.

(7)

Companies make investment in Information Technology (IT) to align IT system advantages to their business. Alignment between IT and company's business reveals organizations performance, steps up their competitiveness, and improves the project implementation results of these technologies. Logistics operations are another source for competitive advantage, but shows better results when supported by IT. In this work, the context of Transportation Management System (TMS) impacts is studied on a beverage industry logistics operation. The overall objective of the research is to evaluate TMS in a beverage industry in Brazil, and its transport operations between factories and distribution centers. To achieve this goal, a case study method aiming to explore situations of various knowledge areas is adopted to obtain a rich view of the problem. One answer After a field search and analysis of results , and identify through the que Attribute Groups assess the contribution to TMS His character paragraph Operating Company

.

Key Words: Assessment, Information Technology, Transportation Management Systems, Beverage Industry.

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Quadro 1 - Registros por base de consulta...21

Quadro 2 - Registros por veículos de publicação...21

Quadro 3 - Distribuição de Registro por Veículo de Publicação...22

Quadro 4 - Distribuição de Registros de Artigos por Autores...24

Quadro 5 - Núcleo de Partida para a Pesquisa Bibliográfica...28

Quadro 6 - Resumo das vantagens e das desvantagens no uso da TI em uma operação logística...39

Quadro 7 - TIs utilizadas no ciclo do pedido...52

Quadro 8 - TMS em conjunto com outras TIs na operação logística...58

Quadro 9 - Autores da revisão sobre atributos de avaliação de TIs ...65

Quadro 10 - Resumo da aplicação das respostas, sobre os aspectos do uso do TMS...75

Quadro 11 - Grau de contribuição da TI na operação logística ...77

Quadro 12 - Grau de contribuição do TMS na integração entre a operação de transportes e as demais atividades logísticas...82

Quadro 13 - Avaliação do TMS através dos atributos...85

Quadro 14 - Grau de contribuição da TI na operação logística...89

Quadro 15 - Grau de contribuição do TMS na integração entre a operação de transportes e as demais atividades logísticas ...95

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Figura 1 - Palavras-chave da pesquisa...21

Figura 2 - Fluxo de integração com uso do TMS...44

Figura 3 – O ciclo do pedido... ...48

Figura 4 – Processos-chave habilitados pelo TMS...49

Figura 5 – Programação do transporte...52

Figura 6 – Tela do modulo de emissão de notas fiscais...55

(10)

Gráfico 1A - Notas de contribuição do uso da TI para a operação logística, para os aspectos

dos quatro primeiros contextos ...81

Gráfico 1B - Notas de contribuição do uso da TI para a operação logística, para os aspectos dos demais contextos...82

Gráfico 2 – Notas do grau de contribuição do TMS na integração entre a operação de transportes e as demais atividades logísticas ...84

Gráfico 3A - Avaliação do grau de contribuição do TMS por meio dos atributos no grupo gestão...86

Gráfico 3B - Avaliação do grau de contribuição do TMS por meio dos atributos no grupo operacional...87

Gráfico 3C - Avaliação do grau de contribuição do TMS por meio dos atributos no grupo TI ... .88 Gráfico 4A- Notas de contribuição do uso da TI para a operação logística, para os quatro primeiros contextos e seus aspectos...92

Gráfico 4B- Notas de contribuição do uso da TI para a operação logística, para os três últimos contextos e seus aspectos...94

Gráfico 5 – Notas do caráter integrador do TMS nas demais atividades logísticas...97

Gráfico 6A - A avaliação do grau de contribuição do TMS no grupo gestão...99

Gráfico 6B - A avaliação do grau de contribuição do TMS no grupo operacional...100

Gráfico 6C - A avaliação do grau de contribuição do TMS no grupo TI...101

Gráfico 7A – Comparativo do grau de contribuição do uso das TIs para a operação logística...102

Gráfico 7B – Comparativo do grau de contribuição do uso das TIs para a operação logística...104

Gráfico 8 – Comparativo do grau de contribuição do TMS na integração entre a operação de transporte e as demais atividades logísticas ...106

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(12)

AVL Automatic Vehicle Location

CDs Centros de Distribuição

CRM Customer Relationship Management

EDI Eletronic Data Interchange

ERP Enterprise Resource Planning

GCS Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos

GIS Geographic Information System

GPS Global Positioning System

GSM Global System for Mobiles

JCR Journal Citation Reports

OMS Order Management Systems

PSL Prestadores de Serviços Logísticos RFCs Dispositivos de Controle

RFID Radio Frequency Identification

RTFMS Real -Time Fleet Management System

SCP Supply Chain Planning Systems

SIs Sistemas de Informação

SMS Short Message Service

TI Tecnologia da Informação

TFC Total Fleet Control

TMS Transportation Management System

WebEDi Web Eletronic Data Interchange

(13)

1 INTRODUÇÃO...15

1.1 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA...15

1.2 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO TEMA...16

1.3 OBJETIVO...18 1.3.1 Objetivo geral...18 1.3.2 Objetivos específicos...18 1.4 DELIMITAÇÃO DO TEMA...19 1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO...19 2 REVISÃO TEÓRICA...21 2.1 BIBLIOMETRIA...21

2.2 TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E LOGÍSTICA: USO, VANTAGENS E DESVANTAGENS...32

2.2.1 Gestão da informação e comunicação na integração das empresas...32

2.2.2 TI e logística: vantagens e desvantagens...34

2.3 TRANSPORTATION MANAGEMENT SYSTEM (TMS): USO, FUNCIONALIDADES E INTEGRAÇÃO...41

2.3.1 Transportation Management System, GCS, Logística e Transportes...41

2.3.2 Uso de TMS...45

2.3.3 O fluxo de informações de TI via uso do TMS (funções técnicas)...47

2.3.4 Função administrativa do TMS ...54

2.3.5 A conexão do TMS com outras TIs...56

2.4 ATRIBUTOS DE AVALIAÇÃO DE BENEFÍCIOS DA IMPLANTAÇÃO DE TIS...59

2.4.1 Atributos de avaliação de TIs...59

2.4.2 Atributos de avaliação de TMS...61

3 METODOLOGIA...67

3.1 MÉTODO E ABORDAGEM DE PESQUISA...67

3.2 TÉCNICAS DE COLETA E ANÁLISE DE DADOS...60

3.3 AMOSTRA...69

4 DESCRIÇÃO E ANÁLISE...75

4.1 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA ...75

(14)

4.3 COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS...103 5 CONCLUSÃO...111 REFERÊNCIAS ...116

(15)

1 INTRODUÇÃO

1.1 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

Segundo Gomes e Ribeiro (2014), a logística tem como atividades: serviço ao cliente, transporte, gestão de estoque, uso de tecnologias e sistemas de informações, armazenagem e localizações. Assim, a aquisição dos fluxos de informações correlatos de peças e produtos, bem como a movimentação, o armazenamento e a estocagem de materiais aumentam a lucratividade de pedidos de baixo custo elevando os níveis de rentabilidade dos serviços de distribuição aos clientes. Isso é possível devido ao planejamento, organização e controle efetivo das atividades de movimentação e armazenagem.

A velocidade na tomada das decisões é um requisito mínimo para a busca da satisfação do cliente em suas necessidades e expectativas. Desta forma, o cumprimento de exigências como prazo, rapidez na entrega e pontualidade serão aprimoradas constantemente, por influenciarem no alcance do nível de satisfação do cliente, importante objetivo do agente da cadeia de suprimentos (CHING, 2011).

Com o objetivo de atender aos clientes com rapidez, pontualidade e precisão, deve-se garantir que o controle operacional de atividades logísticas como as de armazém deve-seja ajustado e rígido, bem como a acurácia do estoque. Com base nisto, faz-se necessária a implantação de ferramentas de gestão de TI - Tecnologia da Informação como Warehouse

Management System (WMS), Transportation Management System (TMS), Enterprise Resource Planning (ERP) e Electronic Data Interchange (EDI), entre outras nesses

armazéns, o que resultará em um diferencial para a organização que as utilizam. Como grande parte das empresas ainda não utilizam essas ferramentas, problemas são refletidos diretamente no valor total da logística de distribuição, podendo haver sérias perdas ou a não utilização da plenitude do fluxo logístico disponível (MORETIN; LOTIERSO; VASCONCELOS, 2012).

Na logística, outro fator importante a ser considerado é o quanto representam, percentualmente, os custos dos transportes no seu custo total, uma vez que estes têm por si só, sem a consideração de custos agregados, os custos da utilização da distribuição escalonada e do uso do armazém, podendo representar 55,6% do custo de logística

(16)

(FRIAS; FARIAS; WANKE, 2013). Diante deste contexto, onde é conhecido que, além dos custos, se perde também em agilidade e tempo, até mesmo com atividades rotineiras no processo de logística, o uso de um sistema de informação (SI) naturalmente gerará um modelo de confiança integrado com foco nos resultados proporcionados pela automação (LAEEQUDDIN et al., 2012).

Um sistema que auxilia na atividade de controle do setor de transportes de uma empresa, é o Sistema de Gestão de Transportes (Transportation Management System -TMS). A implantação dessa TI atende a uma expressiva demanda que existe no mercado e, principalmente, apresenta duas soluções para a questão do transporte entre plantas e destas para os Centros de Distribuição (CDs). Entre os aspectos positivos pode-se citar: a indicação de quantos pallets e de que maneira estes devem compor o layout do modal; o quanto se ganha com a sincronia entre carga e descarga entre fábricas ou entre fábricas e CDs, gerando um impacto direto no custo do frete. Porém, é fundamental ficar atento à maneira pela qual esta ferramenta será implantada para que seja utilizada em sua plenitude, assim como os atributos que a avaliam, conforme será apresentado no item 2.4.2 da revisão teórica.

Este trabalho tem como problema, o uso de TMS no transporte em uma empresa de bebidas nacional que, por ter uma significativa parcela do mercado que atende bem como uma amplitude geográfica, enfrenta uma série de desafios cotidianos no transporte de sua produção de bebidas entre fábricas e entre fábrica e CD. Em um segmento de mercado como este, por elevar o nível de serviço a clientes, o uso de TIs figura como oportunidade para solução de problemas nessas atividades fundamentais.

1.2 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO TEMA

Segundo o Panorama Ilos (2014), os custos logísticos no Brasil equivalem a mais de 11,5% do PIB nacional. Na gestão destes custos, as ações governamentais e a gestão interna das empresas afetam, de forma direta, estes indicadores. Assim, a logística passa a ser infralogística (MOVIMENTAÇÕES, 2015), com foco nas organizações e na eficiência de seu planejamento interno para minimizar gargalos de infraestrutura.

(17)

Atualmente, os custos logísticos de transporte são analisados de forma segmentada, na ótica de sua composição em suprimentos, transferências e distribuição – essa última atingiu 52% do custo nacional da logística de transporte em 2014. Ao fazer uma comparação do impacto desses custos logísticos, que incluem as atividades de transporte, estoque e armazenagem, nas receitas das empresas, constatou-se que comprometem 8,7% da receita líquida das empresas brasileiras e verifica-se que essa relação tem crescido nos últimos quatro anos (PANORAMA ILOS, 2014).

Além do uso da TI para tornar as atividades logísticas mais eficientes e aumentar o nível de serviço aos clientes, no Brasil, observa-se em várias cidades medidas restritivas ao tráfego, que podem fazer com que o custo do frete seja importante na estratégia da logística. Segundo Santos, Cunha e Mateus (2012), o custo do frete e a carga transportada influenciam a receita líquida da empresa, vai impactar diretamente o seu resultado. Desta forma, este trabalho contribui identificando a contribuição do TMS através dos grupos de atributos que avaliam o impacto do uso da TI e o caráter operacional desta para a empresa.

Ainda relacionada à logística e ao nível de serviço ao cliente, a sincronização entre carga e descarga é primordial não só para o custo do transporte, mas também para evitar estoques por longos períodos. Assim, deve-se priorizar nessas operações, produtos com maior demanda, como por exemplo, produtos perecíveis, alimentos e bebidas (VILCHIS; TOVA; FLORES, 2013).

Segundo Castro (2013), a produtividade do modal de transporte utilizado para a entrega será necessariamente aumentada com o uso do TMS, uma vez que a quantidade de

pallets transportada por caminhão será melhor aproveitada, assim como a própria

arrumação dos pallets no dispositivo.

Nesse sentido, a TI pode integrar a cadeia de suprimentos, seus agentes e atividades, focando em soluções especializadas para as necessidades de melhorias na logística das empresas. Com isso, passa a ser a melhor opção, uma vez que 25% das atividades das empresas de qualquer segmento fazem parte da logística interna e o índice de eficiência pode chegar até 95% se houver uma boa gestão infralogística (MOVIMENTAÇÕES, 2015).

(18)

O uso de TIs é importante, mas deve-se focar em sua avaliação, pois sem ela os investimentos podem ser superestimados e os resultados subestimados. Assim, é necessário o levantamento de atributos para a avaliação dessa implantação. De acordo com Ribeiro e Carvalho (2013), visando aumentar as chances de sucesso ao final do processo, os executivos de TI devem definir métricas para analisar o investimento realizado e viabilizar o projeto de implantação.

Esta dissertação justifica-se pela atualização do contexto até então abordado, sendo utilizada pela academia como um tema ainda em exploração, com constantes pesquisas e estudos justificados pela dinâmica do tema. Em empresas de bebidas serão apresentadas sugestões justificando a adesão pela grande parte das empresas que não observam os aspectos positivos do uso da TI.

1.3 OBJETIVO

1.3.1 Objetivo Geral

Este trabalho tem como objetivo geral avaliar o TMS em operações de transporte entre fábricas e CDs de uma indústria de bebidas no Brasil.

1.3.2 Objetivos Específicos

- Identificar os benefícios e desvantagens do TMS nas operações de transporte; - Identificar os atributos e indicadores de avaliação de benefícios do TMS;

- Analisar os benefícios do TMS nas operações de transporte em empresas do setor de bebidas.

Questão de pesquisa:

A TI proporciona um destaque dentre as atividades que integram a empresa, principalmente na movimentação de cargas entre fábricas e CDs, desta forma surge o questionamento: Como avaliar a contribuição do TMS através das operações de transportes que compõem a logistica de maneira que melhore o nível de serviço de uma empresa de uma indústria de bebidas no Brasil?

(19)

1.4 DELIMITAÇÃO DO TEMA

Como anteriormente apresentado, a logística tem diversas atividades e nesta dissertação será tratada a atividade de transporte.

Na relação entre a logística de transporte e o TMS, será identificado um conjunto de atributos para avaliá-lo. Por conveniência foi escolhido o setor de bebidas nacional, com foco em atividades entre fábricas e entre CDs e fábricas. Dentro desta dinâmica, o TMS não será abordado no segmento da cadeia de suprimentos, mas na logística de distribuição de produtos. Será também o único foco deste trabalho, bem como sua contribuição na solução de questões tais como monitoramento do trajeto, alocação da carga em caminhão, entregas no prazo e agregação de valor.

1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO

Esta dissertação constará de 5 capítulos, formalizados da seguinte maneira:

O capítulo 1º terá como estrutura a introdução, a formulação do problema, a justificativa e relevância do tema, os objetivos gerais e específicos e a delimitação do tema.

No 2º capítulo apresenta-se a revisão teórica composta pela bibliometria, tecnologias de informação e logística: uso, vantagens e desvantagens; TMS: uso, funcionalidades e integração, atributos de avaliação de benefícios da implantação de TIs.

No 3º capítulo será abordada a metodologia, através dos métodos e abordagem de pesquisa, técnica de coleta e análise de dados e amostra.

No 4º capítulo será descrita a discussão e análise de resultados com a apresentação da empresa (dados gerais e logísticos). Os resultados serão discutidos, analisados e comparados, com base nas respostas dos entrevistados sobre a avaliação do TMS.

(20)

No 5º capítulo, conclusão, os objetivos específicos serão respondidos, as limitações do trabalho serão discriminadas e feitas sugestões de pesquisas futuras e sugestões à empresa, com as referências e o apêndice.

(21)

2 REVISÃO TEÓRICA

2.1 BIBLIOMETRIA

A bibliometria foi estruturada em sua etapas com base em Costa (2010). Este item foi realizado utilizando-se as bases de busca Scopus, Web of science e SciELO. Assim, foi possível indexar uma base que, além de artigos e teses, tem elementos como publicações em conferências e recursos textuais.

A pesquisa foi realizada, inicialmente, utilizando-se as bases selecionadas e, como critérios de entrada no sistema, palavras-chave compostas pelo cruzamento das palavras centrais, TMS e transportes, atributos e avaliações, utilizando-se para realizar a pesquisa a palavra and com as periféricas, conforme ilustrado na figura 1:

Figura 1 - Palavras-chave da pesquisa

Fonte: Elaborado pelo autor.

Para obter critérios de pesquisa mais refinados foram utilizados como filtros o tempo, onde prevaleceram as publicações mais recentes (2011 a 2015) e a leitura dos assuntos inerentes ao propósito do estudo. O resultado apresentado de imediato foram 1.299 registros, um número bem significativo. A análise está ilustrada no Quadro 1:

(22)

Quadro 1- Registros por base de consulta Artigos Quantidade deRegistros

Scopus 576

Web of science 428

SciELO 295

Fonte: Elaborado pelo o autor

Dessa forma, fez-se necessário refinar ainda mais a pesquisa acrescentando-se outros critérios de filtro, tais como: artigos de periódicos; dissertações e teses - somente em português e inglês; exclusão de artigos oriundos da área de saúde por não se relacionarem à gestão, e por fim, a manutenção de artigos com real afinidade ao tema. Assim, obteve-se como resultado os registros apresentados no Quadro 2.

Quadro 2- Registros por veículos de publicação Artigos Quantidade deRegistros

Artigo 86

Dissertações 162

Teses 63

Fonte: Elaborado pelo autor

O levantamento obteve como foco analisado somente os artigos em periódicos com maior relevância e de maior impacto no Journal Citation Reports (JCR). Desta forma, foi feita a análise bibliométrica sobre 56 registros, apresentados no Quadro 3, onde os registros estão distribuídos quanto aos JCRs utilizados. Os artigos pesquisados utilizaram as revistas como principal veículo de publicação, apesar de não ser observada uma concentração específica em um destes veículos. O Quadro 3 demonstra a distribuição dos registros

(23)

Quadro 3 – Distribuição de Registro por Veículo de Publicação

Periódicos Qtde

Gestão & Produção 11

Dissertações/ teses 8

J. Transp. Lit 6

Journal Of Business Research 6

Journal Of Technology Management & Innovation 6 European Journal Of Operational Research 4

Revista de Administração Pública 4

Tecnologistic 4

IEEE Transactions on Software Engineering 3

An International Journal 2

Industrial Management & Data Systems 2 Journal Of Information Systems and Technology Management 2

Journal of Operations Management 2

Journal of Production Economics 2

Journal of The Association for Information 2

Journal of Transport Geography 2

MISQuarterly (MISQ) 2

Organicom 2

Perspect. Ciênc. Inf 2

Rev. Adm. Contemp. 2

Revista de Ciencias Administrativas y Sociales 2

Journal of Land Use 1

American journal of engineering and applied sciences 1 Anais eletrônicos Rio de janeiro: firjan/uff 1

Bar 1

Benchmarking: An International Journal 1

Business Process Management Journal 1

Cerasis 1

Communications of the Association for Information Systems 1

Como elaborar projetos de pesquisa 1

Computers & industrial engineering 1

Conferência Aped 1

E-locução Revista Científica da Faex 1

Estatística Aplicada a Ciências Humanas 1

Estud. Av 1

Euro Journal em Transporte e Logística 1

European Journal of Radiology 1

European Simulation and Modelling Conference Proceedings 1

Expert Systems with Applications 1

Gestão Contemporânea 1

In relatório da 22ª pesquisa anual 1

(24)

Information Systems Research 1

Interações 1

International Food and Agribusiness Management Review 1 International Journal of Accounting Information Systems 1 International Journal of Economics Produção 1

J. Phys. Distrib. Logist 1

J. Production Economics 1

J. Supply Chain Logistics Management 1

Jistem J.Inf.syst. Technol. Manag 1

Jornal de Tecnologia da Informação 1

Jornal Europeu de Sistemas de Informação 1

Journal of Advanced Transportation 1

Journal of Air Transport Management 1

Journal of Engineering 1

Journal of Management Development, 1

Journal of Management Information Systems 1 Journal of Manufacturing Technology Management 1

Journal of Service Research 1

Journal of Species Lists And Distribution 1

Journal of Transport Literature 1

Ki - Künstliche Intelligen 1

Kretta 1

Logistics research 1

Maritime Economics & Logistics 1

Measuring Business Excellence, 1

Omega 1

Operations Research 1

Optimization Letters 1

Perspectivas em Gestão & Conhecimento 1

Research in Logistics & Production 1

Research in Transportation Economics 1

Research Logistics 1

Revista Contabilidade & Financas 1

Revista Contabilidade e Informação 1

Revista Contabilidade, Ciência da Gestão e Finanças 1

Revista de Administração Mackenzie 1

Revista de Ciência & Tecnologia 1

Revista de Ciência & Tecnologia 1

Revista de Gestão, Finanças e Contabilidade 1 Revista eletrônica de estratégia e Negócios 1 Revista Eletrônica de Sistemas de Informação 1 Revista Famecos Mídia, Cultura e Tecnologia 1

Revista Portugal Global 1

Sociedade, Contabilidade e Gestão 1

(25)

Supply Chain Management 1 Supply Chain Management: An International Journal2 1

Technologies2 1

Tecnologías de Información Aplicadas En La Gestión Logística En Gamarra 1

Transportation Science 1

Fonte: Elaborado pelo autor

Quanto à autoria e coautoria, percebeu–se na avaliação dos textos indexados na base qual foi a concentração dos autores e se ela existia. O resultado demonstrou que ocorreu uma limitação quanto à apresentação dos autores, que têm artigos que constam na base ISI. No Quadro 4 pode-se observar o comentário demonstrado.

Quadro 4 - Distribuição de Registros de Artigos por Autores

Autor Qtde Autor Qtde

LEE, G. 3 JIMENEZ, CLAUDIA-NELCY 1

RIBEIRO, P. C. C. 2 JUGEND, DANIEL 1

TOVA, LUIS A. R. 2 JÚNIOR, ÁLVARO L. N. 1

AGOSTINHO, O. L. 2 KIM, G; 1

DELONE, WILLIAM H. 2 KIM, K. K 1

FLORES, M. M. T. 2 KIM, MINKYUN 1

GANGULY, ABHIJIT 2 KIPPER, L. M. 1

GIL, A. C 2 KLUMB, R. 1

GUARNIERI, P. 2 KODALI, R. 1

HUEMER, LARS 2 KOH, CHANG. E. 1

MANSOURI, MOHAMMAD 2 KOHLI, R. 1

VELLOSO, V. F. 2 KOPFER, HEIKO W. 1

VILCHIS, F. L. 2 KRUGLIANSKAS, I. 1

WANKER, PETER 2 KUMAR, A. 1

YANAZE, M. H. 2 KUMAR, S. 1

ZANINELLI, T. B. 2 KURKCU, A. 1

MARCOLINI, S. 1 LADEIRA, W. J. 1

MARTÍNEZ‐LORENTE, A. R. 1 LAEEQUDDIN, M. 1 MATEUS, F. R. 1 LAGOEIRO DE OLIVEIRA, F.A. 1

MATUDA, M. 1 LAKATOS, E. M. 1

MCLEAN, E. R. 1 LAM, H.Y. 1

MICCHELUCCI, A. 1 LAMBERT, D. M. 1

MÖNCH, L. 1 LAMBERTI, E. 1

MOORES, J. 1 LAZZAROTTO, M. 1

MORANDI, C. 1 LEAL JR., I. C. 1

(26)

NUIJTEN, W. 1 LEE, C. K. M 1 PARAFOROS, D. S. 1 LEVIN, J 1 PAY, B. S. 1 LIN, C. 1 PERRONS, R. K. 1 LIPICNIK, M. 1 POPOVIC, A. 1 LOTIERSO, A. 1 PORTUGAL, L. DA S. 1 LUCIANO, E. M. 1 ROODHOOFT, F. 1 LUNKES, R. J. 1 SANTOS, H. B. 1 MAÇADA, A. C. G. 1

SARAIVA, L. A. S. 1 MACEDO, J.M.A. 1

SILVEIRA, J. M. F. 1 MACHADO ,C. M. 1 SOUTES, D. O. 1 MAGNANINI ALMEIDA, L. F. 1

SZIRBIK, NICK B. 1 MAIA, A. C. L. 1

THAYSE AKEMI, M. F. 1 MAINIERI, T. 1

THOMÉ, RALPH G. 1 MALAGOLLI, G. A. 1

VALDIVIESO, R. 1 MALLIDIS, I. 1

WOENSEL, TOM VAN; 1 MANGIARACINA, R. 1

YANG, DUIN J.H.R 1 MANICA; A. 1

YANG, H. 1 MARANDI, E. Z. 1

YENRADEE, P. 1 MARCONI, M. DE A 1

ZHANG, Q. 1 MARCUCCIB, E. 1

CAMPOS, V. B. G. 1 MARIANI, B. B. 1

KOCABASOGLU-HILLMER, C. 1 MARIOTTI, ILARIA 1 LAURINDO, F. J. B. 1 MCGINNIS, LEON F 1

LUCIANO, E. M. 1 MCKITTRICK, ALAN 1

SURESH, N. C. 1 MEDEIROS NETO, J.P. 1 TESTA, M. G. 1 MEINDL, CHOPRA, S., 1 A ARAUJO, M. P. S. 1 MEIRELLES, F. S. 1

ALI, S. 1 MELLO, C. H. P. 1

ALMEIDA, A. 1 MEXAS, MIRIAN PICININI; 1

ALTER, SUE 1 MEYER, GERBEN G. 1

ANGELS-BRASIL, A. 1 MICHELINO, F. 1

ASSUMPÇÃO, M. R. P. 1 MIKE, W. PENG 1

AZEVEDO, B. M. 1 MINGOZZI, A. 1

BALDACCI, R. 1 MONTREUIL, B. 1

BALOCCO, R. 1 MORAES FILHO, R. A. 1

BANDEIRA, R. A. M. 1 MORAIS, K. M. N. 1

BARDIN, L. 1 MORETIN, A. A. 1

BARKER, T. 1 MORGUL, E. F. 1

BATOCCHIO, A. 1 MOSTASHARI, ALI. 1

BATTAGLIA, DANIEL 1 MUSA, S. 1

BECKER ,J. L. 1 NASSAR, V. 1

BELTRAME, M. M. 1 NILESH, ANAND, M. 1

BERTE, R. S. 1 NUNES, R. M. S. 1

BHAUMIK, SUMON KUMAR 1 OLHAGER, JAN 1

(27)

BLOEMHOF, J. 1 OLIVEIRA, D. L. 1

BORCHARDT, M. 1 OLIVEIRA, G. D. 1

BORSCHIVER, S. 1 OLIVEIRA, L. K. 1

BOUZADA, M. A. C. 1 OLIVEIRA, L. S. 1

BOWERSOX, D. J. 1 ORLANDO CELSO; B. 1

BRAND, F. C. 1 OSTROM, A. 1

BRANSKI, R. M. 1 OZBAY, KAAN 1

BRODTKORB, ANDRE

RRIGLAND 1 PANG, MIN-SEOK 1

BROWN, S. 1 PARK ;JINWOO 1

BUCOURT, M. 1 PARK, J. 1

BURKHARD, K. 1 PAULILLO, L. F. O. 1

CALVO, R. W. 1 PAZ, F. J. 1

CAMACHO, GLORIA E. V. 1 PEREGO, A. 1

CAMMARANO, A. 1 PEREIRA, G. M. 1

CAMPOLONGO, M. 1 PEREIRA, GUILHERME 1

CAMPOS, V. B. G. 1 PEROTTI, S. 1 CAO, M. 1 PIRES, S. 1 CAPUTO, M. 1 PITASSI, C. 1 CARDOSO, S. C. 1 PIVA, E. 1 CARVALHO, N. L. A 1 PRAJOGO, D. 1 CARVALHO, S. 1 PRYBUTOK, V. R. 1 CASTELLANOS, O. 1 QUELHAS, O. L. G. 1 CASTRO, N. 1 RAMANATHAN, U. 1 CHAE, H.-C. 1 RAOUFI, R. 1

CHANG ,TAI-WOO 1 RIBEIRO, ROSY I.M.A. 1 CHENG, S. W.Y. 1 RICARDO, IVAN GARTNER 1

CHING, HONG YUH 1 ROBERTI, ROBERTO 1

CHOY, K.L 1 ROBINSON, ADAM 1

CLOSS, DAVID 1 ROCHA, CARLOS HENRIQUE 1

COMI, A. 1 ROCHA, JÉSSICA LOPES 1

CORRÊA, J. É. 1 RODRIGUES, MARCO 1

CORREIA, V. A. 1 ROEST, G. B. 1

COSTA, A. 1 ROHR, M.P. 1

COSTA, H. G. 1 ROMANZINI, A. P. 1

COUTO, C. 1 ROPKE, STEFAN 1

COUTO, W. W. 1 ROSSI-LAMASTRA, C. 1 CRACO, T. 1 RUDIO, F. V. 1 CUNHA, A. S. 1 RUSSO, F. 1 D´AGOSTO, M. A. 1 SACCOL, A. I. C. Z. 1 DA SILVA, F. G. F. 1 SACILOTTI, A. C. 1 DA SILVA, S. L. 1 SAGAZ, F. R. 1 DARLINGTON, R. 1 SAHAY B.S. 1 DE ALMEIDA, J. C. S. 1 SAHAY, V. 1 DE PARIS , S. R. 1 SALAZAR, L. B. 1 DE SOUZA, A. L. P. 1 SÁNCHEZ-RODRÍGUEZ, C. 1

(28)

DEKKER, R. 1 SANT'ANNA, P. R. 1

DELLAERT, N. 1 SANTOS, F. A. 1

DELONE, WILLIAM H. 1 SANTOS, S. F. 1

DEUS, R. M. 1 SANTOS, V. L. 1

DOLCI,PIETRO C. 1 SBRAGIA, R. 1

DOMINGOS, FABRÍCIO F.T. 1 SCHERER, F. L. 1

DUARTE, F. S. 1 SCHÖNBERGER, JORN 1

DÜHRING, J. C. L. 1 SCHRYEN, GUIDO 1

ELALUF- CALDERWOOD, S. 1 SCHULZ, C. 1

ESPINOSA, J. A. 1 SEE, WIN-BIN 1

ESTRIN, S. 1 SELES, B. M. R. P. 1

FARIAS, I. A. 1 SELLITTO, M. A. 1

FERREIRA, ADHEMIR 1 SENA, A. S. 1

FESTA, EDUARDO; 1 SERMAN, D. V. 1

FILLHO, OSMAR SOARES 1 SHARMA, A. K. 1

FLICK, UWE 1 SHIM, KITAE 1

FRANCISCO, M. 1 SHIN, B 1

FRIAS, L. F.M. 1 SILUK, J. C. M. 1

FYNES, BRYAN 1 SILVA, A. N. R. 1

GAJSEK, BRIGITA 1 SILVA, I. B. 1

GALANTE, O. 1 SILVA, J. F. 1

GEIGER, ALBERT 1 SIMENC, MITJA 1

GERALDES, CARLA A. S. 1 SINGH, SANAM 1

GHG, PROTOCOL 1 SLABBINCK, H. 1

GOBBO JUNIOR, J. A. 1 SMITH-DANIELS 1

GOETSCHALCKX, MARC 1 SOLIMAN, MARLON 1

GOETTEMS, L. C. M. 1 SONI, GUNJAN 1

GOMES, C. F. S. 1 SOTO, ROCÍO 1

GOMES, C. M. 1 SOUZA, HELENA A.V. 1

GONÇALVES, A. A. 1 SOUZA, V. 1

GONCALVES, B. S. 1 SPOORENDDONK, SIMON 1

GONZALEZ, D. 1 SPRENGER, R. 1

GOUL, M 1 STATHOPOULOSA, A. 1

GRANEMANN, S. R. 1 STEADIESEIFI, M. 1

GRAY, D. E. 1 STOUTHUYSEN, K. 1

GRIECO, E. P. 1 SUBRAMANIAN, N. 1

GRIEPENTROG, HW. 1 SUTTON, STEVE G 1

GROVER, V. 1 TANG, OU 1

GU, JINXIANG 1 TAVARES, ELAINE 1

GUALDA, N. D. F. 1 TAVASSZY, L. 1

GUANGMING, CAO 1 TEICHGRABER, ULF K.; 1

GUERREIRO, R. 1 TESTA, M. G. 1

GUIMARÃES COVA, C. J. 1 TITO RAMOS, L. 1

GUNASEKARAN, A. 1 TORABI, S.ALI 1

(29)

GWANHOO, LEE 1 VALERIA, E. 1 HAGEN, T. 1 VASCONCELOS, W. F. 1 HAMAD, R. 1 VASQUEZ, N. P. 1 HARRIS, I. 1 VIEIRA, K. R. O. 1 HASLE, G. 1 VIEIRA, M. L. H. 1 HATAKEYAMA, K. 1 WAHEED, K. A. 1 HATEFI, S. M. 1 WANG, H. 1 HILL A. 1 WANG, Y. 1

HO, GEORGE T.S. 1 WANKE, P. F. 1

HORNG, S. 1 WEIDONG, X. 1

HUGHES, M. 1 WEN, CCHIEH-HUA 1

HUMPHREYS, P. 1 WIENGARTEN, F. 1

IVAKI, Y. E. 1 WILHEIM, J. 1

JAEGER NETO, J. I. 1 XIA, WEN-JIE 1

JAIN, VIKRAN 1 YEOH, W. 1

JEPSEN, MADS 1 ZABINSKY, Z. 1

Fonte: Elaborado pelo autor.

Desta forma, como último filtro de seleção, para o referencial inicial, foram selecionados 51 documentos mais recentes, de maior JCR dos diferentes autores e com maior afinidade ao estudo. A seguir, no Quadro 5 serão apresentados documentos selecionados que compõem o chamado “núcleo de partida” da pesquisa, que foi utilizado em sua maioria no texto.É importante ressaltar que três dos artigos não foram citados por não aderirem ao tema proposto nesta pesquisa. 2.2 TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E LOGÍSTICA: USO, VANTAGENS E DESVANTAGENS

2.2.1 Gestão da informação e da comunicação na integração das empresas

Para Morgul et al. (2014), as empresas, via de regra, integram os sistemas de gestão com os sistemas logísticos. Esses sistemas têm como principal atribuição interligar as rotinas programadas do cotidiano da empresa a fim de criar um processo integrado, ainda que observado e avaliado em cada atividade que o compõe. Assim, um dos objetivos do sistema de gestão é permitir que ocorra a integração e o conhecimento preciso de cada atividade da logística. Como ponderado por Moretin, Lotierso e Vasconcelos (2012), a integração entre a gestão da informação e a empresa proporcionará um maior grau de gerenciamento para ambos. Segundo Michelino et al. (2014), existe uma lacuna tão significativa de valor agregado a ser preenchida pelo mercado de TI, que recomendam que as empresas que ainda não investem em TI, avaliem ao menos dois pilares, um econômico

(30)

e outro financeiro. Contudo, atualmente, já há uma parcela significativa de empresas que investem na implantação de TIs na logística, apesar de ainda existirem empresas que não aderiram a essa integração.

Segundo Kim et al. (2011), um dos motivos para essa recusa por parte das empresas, é o fato de as mesmas não terem respondido à dúvida acerca do papel real assumido pela TI, que ora se apresenta como um centro de custos, ora é vista como uma criadora de valor. Michelino et al. (2014) argumentam que a investigação é o estudo do papel desempenhado pela TI, que observa somente a vertente dos efeitos no aumento dos valores necessários para a implantação e manutenção, sem levar em conta o portfólio de tecnologia de valores agregados existentes. Esta dúvida persiste mesmo após um exaustivo debate sobre a implantação das TIs entre as empresas com a participação de pesquisadores e profissionais.

Para Lee, Spinosa e DeLone (2013), as organizações se deparam com um desafio e uma oportunidade. O primeiro está relacionado ao posicionamento da organização frente às empresas pares e o mercado, ideia esta também defendida por outros autores como Kin et

al. (2011). A segunda fica clara quando a empresa tem a eminente finalidade de criar valor,

para uma variedade significativa de empresas envolvidas na relação, com interesses na continuação da empresa enquanto negócio. Já segundo Grover e Kohli (2012), a criação de valor para o negócio de uma empresa, acontece não somente por meio do business interno, do diálogo, mas ocorre, principalmente, através da colaboração com outras organizações e clientes para terem um desenvolvimento em comum.

As empresas que dentro de sua estrutura têm na eficácia da área de logística uma relação direta para desenvolverem seus serviços e produtos e o fazem através de parcerias com empresas externas, criam uma rede colaborativa que proporciona um aperfeiçoamento no desenvolvimento deste parceiro. Assim, essas empresas devem ter um maior controle no que tange à gestão da comunicação e da informação. Há muitos interessados e envolvidos nesta relação, por ser um processo complexo, que excede a gestão dos processos internos (ZANINELLI, 2013). De acordo com Mexas, Costa e Quelhas (2013), a automatização dos processos do negócio é o que irá gerar a substituição dos sistemas legados e proporcionará uma integração dos departamentos e funções da empresa. A partir dessas parcerias, elas promovem a criação de valor para as empresas, por meio da elevação do nível de qualidade do serviço ao cliente, no uso de TIs.

(31)

Assim, manter um nível de segurança na gestão do valor de ambos, da informação e da comunicação entre as empresas parceiras de logística, é fundamental entender as diferenças entre as tarefas inerentes ao processo produtivo das empresas clientes, das atividades daquelas empresas que oferecem serviços logísticos (KOPFER e SCHÖNBERGER, 2011). Adicionado a isso, é preciso que estas tarefas fiquem centralizadas sob a responsabilidade de um único gestor ou, no máximo, de uma equipe de gestão dedicada, devido à complexidade das atividades envolvidas no processo.

Para Medeiros Neto e Moraes Filho (2013), este processo de gestão de valor, resulta na mudança das expectativas e do desempenho tradicional das empresas, que passa a ter o foco na entrega de valor para o negócio. Segundo Mexas, Costa e Quelhas (2013) e Morgul et al. (2014), a TI controlando as tarefas e seus resultados, possibilita uma maior precisão na troca de informação, levando a uma melhor comunicação entre as empresas da rede. Desta forma, quanto melhor o nível de informações, menor a possibilidade de ruídos de comunicação.

Nesse contexto e com base nos resultados obtidos em estudos, Zaninelli (2011) ressalta que, tendo em vista que cada organização tem suas especificidades e que elas devem ser consideradas para o fornecimento de produtos e serviços de qualidade, estas qualidades deixam de ser primordiais se não houver uma relação próxima entre elas. Essa colaboração é a base para atingir o sucesso da relação, que depende, também, da rapidez na troca de informação e na aplicação da comunicação entre os pares da rede. Deste modo, a intensa troca de informações entre os membros da rede fica a cargo da empresa que desenvolverá a TI, uma vez que ela contratará e gerenciará as diferentes redes formadas no curso do processo. Como argumentado por Gonzalez et al. (2013), este alinhamento entre a qualidade dos serviços e produtos para retroalimentar o sistema com os resultados apresentados, proporciona um caráter integrador do sistema, proporcionando uma melhoria contínua no processo de formação das redes.

Prajogo e Olhager (2012) e Silva, Saraiva e Salazar (2012) destacam a importância da TI na logística por permitir, em tempo real, à empresa aumentar o volume e a complexidade das informações necessárias para a comunicação com seus parceiros envolvidos no processo, gerando um aumento na qualidade das ações tomadas. Nesta ótica, Sant'anna et al. (2011) reforçam que a TI permite um processamento de maior número de

(32)

informações, de maneira mais rápida e preciso, sem restrições geográficas, o que proporcionará um melhor embasamento para o planejamento e uma previsão mais apurada.

2.2.2 TI e logística: vantagens e desvantagens

Um dos aspectos importantes e que deve ser observado, é o fato de que para cada tipo de modal logístico tem que haver um plano de ação próprio, para obter o monitoramento e controle de cada passo-chave da logística. Este controle, como fundamentado por Xia e Lee (2015) permitirá que a flexibilidade do modal seja usada em sua capacidade máxima, mas não dispensará a ação humana, embora a reduza.

Para Oliveira e Oliveira (2012) e Kim et al. (2011), ainda são poucas as pesquisas realizadas sobre valor da TI na perspectiva de capacidades organizacionais, principalmente em países emergentes, não sendo diferente no Brasil. Desta maneira, estudos no contexto brasileiro são relevantes, mas nem sempre deixam claro o valor real da TI na logística e assim têm-se aspectos positivos e negativos.

Um dos aspectos negativos, como afirmado por Chae, Koh e Prybutok (2014), é quando não se percebe a contribuição da TI para o crescimento organizacional e, como consequência, fica vulnerável a uma queda na melhoria dos processos operacionais. Esta ponderação fica clara quando não se identificam de maneira fácil, os elementos consensuais e as respectivas vantagens dissonantes da aplicação da TI na logística.

Para Nassar e Vieira (2014), o transporte de cargas realizado por meio de caminhões de um ponto a outro é uma prática recorrente na logística. Uma das características deste modal é a flexibilidade, no que se refere à definição do seu trajeto, que pode ser direto ao destino, sem paradas, ou pode deparar-se com situações que tenham necessidade de fazer novos carregamentos ou paradas intermediárias.

Se estes controles e monitoramentos não forem efetuados na maior parte do tempo, a empresa fica vulnerável a possíveis problemas ou distúrbios, que podem gerar falhas nos registros ou, até mesmo, a demora no envio de informações. Diante desta demora, as empresas envolvidas têm como resultado uma ineficácia no planejamento da atividade logística (XIA e LEE, 2015).

(33)

Segundo Domingos et al. (2013), três categorias de problemas estão presentes durante a execução dos planos logísticos, principalmente no que tange ao monitoramento e controle de cargas que se apresentam como variáveis não controláveis, por não poderem ser gerenciados diretamente pelos seus planejadores: monitoramento do trajeto, alocação da carga em caminhão errado e atraso do caminhão.

Em relação ao primeiro problema, o monitoramento do trajeto, se for realizado de maneira manual, é responsabilidade do motorista do caminhão, que poderá gerar problemas, como:

- Diferença entre os horários registrados: uma vez que o motorista desempenha outras tarefas, tais ações podem ser registradas em momentos posteriores ou, até mesmo, esquecidas, o que pode resultar na transmissão de dados equivocados ou relatórios falhos; - Demora no repasse das informações à empresa: na comunicação de problema ocorrido durante o percurso (via mensagem de texto, rádio ou telefone), pode ocorrer um atraso entre o momento da ocorrência e o momento no qual a empresa tomou conhecimento da informação, podendo assim gerar erro nas decisões a serem tomadas;

- Custos no repasse de informações: criam um alto volume de contatos entre o motorista e a empresa para comunicação de problemas, que implicariam em um aumento no custo de logística.

Quanto ao problema de alocação da carga em caminhão errado, este equívoco pode acontecer, por exemplo, no embarque de determinado lote em um caminhão da empresa. Como consequência deste erro, tem-se um desdobramento em outros problemas acumulados, sendo eles:

- Percepção tardia do erro: ao chegar ao destino e desembarcar a carga verificar-se-á, a ocorrência do equívoco no transporte de carga;

- Demora no repasse da informação à empresa: como a constatação da falha só se dará no destino, haverá demora na chegada da informação até a empresa;

- Atraso na reposição da carga: em consequência da demora em notar e repassar a informação há um atraso ainda maior para que haja a reposição da carga ao destino correto; - Dificuldade em apurar o que ocorreu com a carga correta: quais seriam os motivos que levaram ao equívoco da consolidação da carga no caminhão errado (pode ter ficado no estoque, ter sido perdida no trajeto ou, até mesmo, embarcada em outro caminhão).

(34)

Em relação ao terceiro problema, no atraso do caminhão em relação ao destino, ele pode ter como causas:

- Sucessivos atrasos que demoram a ser informados: quando há uma sucessão de problemas motivados pelo trânsito, de funcionamento do caminhão, ou climáticos, gera-se uma dificuldade maior em repassar todas as informações à empresa, ocasionando mais atrasos na entrega;

- Dificuldade em estimar o momento de chegada do caminhão ao seu destino: as combinações dos sucessivos atrasos com o recebimento tardio das informações aumentam a dificuldade em estimar quando a carga chegará ao destinatário;

- Frota presa esperando a carga chegar: a empresa deixa de se reorganizar, em um novo plano de ações para minimizar aquele gargalo, uma vez que não detém as informações necessárias para estruturar uma tomada de decisões.

Autores como Meyer et al. (2010) também apontam em seus estudos uma série de problemas semelhantes presentes na logística das empresas. Domingos et al. (2013), no entanto, optaram por tratá-los na categorização mencionada, que deve influenciar na identificação do problema, pois este ainda é um tema atual e deve ser tratado pelas empresas que buscam cotidianamente a melhora na gestão.

Segundo Velloso e Yabaze (2014), a melhora pode ocorrer por meio da agilidade na interface da comunicação com a TI atendendo às necessidades e expectativas das empresas. Os autores concluíram que seria uma grande desvantagem deixar de lado este caráter facilitador, pois ocasionaria uma dificuldade na tomada de decisões, bem como a demora na identificação das oportunidades da empresa.

Quanto aos problemas gerados pela falta das TIs na gestão das empresas, Duarte et

al. (2014) afirmam que, mediante as mudanças que vêm ocorrendo, fica evidente o impacto

e as transformações que a TI pode provocar. Desta maneira, as desvantagens pela não utilização da TI na operação logística, pode trazer impactos significativos. Isso fica muito claro quando se encontram dificuldades, como gerar relatórios que sejam bem próximos da realidade, assim como o emprego de um número alto de recursos e tempo para inventariar o armazém, o que poderá refletir em um nível de estoque acima do mínimo necessário para o bom funcionamento da operação.

(35)

Para Sena e Guarnieri (2015), a implantação com sucesso de um sistema integrado de gestão, principalmente com característica de apoio à tomada de decisão, passa, necessariamente, pelo fato de o usuário possuir o conhecimento e fazer o bom uso da ferramenta. Os autores colocam que este bom uso envolve muitas vezes uma mudança da cultura organizacional. Assim, a não utilização da ferramenta deixa vulnerável a operação logística a problemas como: falhas humanas no planejamento e dificuldade para identificar a quantidade de horas trabalhadas, muito comum nas empresas do segmento.

Segundo Morais e Tavares (2011), o benefício proporcionado pelo uso da TI que se reflete na possibilidade de agregar valor ao processo logístico da organização não é valorizado. Têm-se dificuldade na identificação de uma oportunidade ou de possíveis gargalos, e do uso de uma frota maior que a necessária para a operação, o que deve ser tratado pelas empresas para a melhorar cotidianamente sua gestão.

Os efeitos da TI na logística são a menor exposição a risco da empresa, em relação aos problemas encontrados nas operações logísticas. De acordo com Prajogo e Olhager (2012), a TI tem o caráter facilitador no que tange ao alinhamento entre a previsão das vendas e o planejamento das operações, entre os fornecedores e as empresas, permitindo uma maior e melhor integração entre eles. Para reforçar este contexto, Santos, Borschiver e Souza (2014) defendem que o uso da TI melhora o desempenho da empresa em diversos aspectos e citam, como exemplo, um sistema integrado que permite que a empresa apresente melhores respostas aos pedidos de seus clientes; melhoria do fluxo das informações; produção e controle de processos; gestão de preços; atendimento ao cliente; gestão de clientes; inventários e gestão de armazém; melhor planejamento dos recursos e redução do nível de estoque.

Como afirmam Schulz et al. (2013), o aumento da eficiência na área de transportes pode acontecer, de maneira concreta, através de uma implantação correta de SIs nesta operação. Estes sistemas ao atingirem diretamente a área de transporte podem se tornar facilitadores em planejamento logístico proporcionando informações em tempo real, previsões sobre tráfego como um todo, gargalos existentes, acidentes reais, horas de trabalho e planejamento da capacidade de transbordos.

Assim como fundamentado por Santos, Borschiver e Souza (2014) é nítido que a TI tem exercido um papel estratégico no ambiente organizacional e é avaliada como um dos elementos mais significativos neste contexto, mas é necessária a sua adequada utilização,

(36)

bem como os investimentos necessários, para levar a empresa ao alcance de resultados satisfatórios na qualidade, inovação e na flexibilidade, o que poderá ser um diferencial competitivo.

Oliveira e Hatakeyama (2012) afirmam que, de forma majoritária, a academia avalia que a associação entre o desempenho e a capacidade de TI resultam de um relacionamento direto entre TI e logística, e em seguida, surgem os reflexos dados pela relação indireta. Essa relação é composta por recursos e capacidades de TI, assimilação da TI, aplicações da TI, processos organizacionais e relacionamento orgânico da empresa, recursos e capacidades organizacionais. Assim, a organização passa a obter critérios claros e objetivos, que proporcionam uma mensuração do desempenho organizacional, no que tange à inovação da empresa e dos processos.

Maçada et al. (2012) concordam com as afirmações anteriores e afirmam que em uma visão holística e gerencial, a TI tem caráter de agregar valor ao negócio, contribuindo para a transformação organizacional, por meio de uma melhoria constante dos seus produtos e relacionamentos entre os envolvidos no processo. Além disso, há a questão dos custos, na qual a TI contribui para a possibilidade da redução destes, seja através da segmentação do número e da quantidade de veículos, seja através da distância percorrida com um roteiro flexível e ajustado, conforme a dinâmica da ocorrência dos fatos. É neste contexto que os benefícios da TI influenciam no desempenho das organizações, uma vez que o desenvolvimento e o seu contínuo sucesso são diretamente dependentes da aplicação da TI que é utilizada pelas empresas.

Segundo Nassar e Vieira (2014), quanto ao monitoramento do trajeto, as empresas do segmento enfrentam dificuldades em obter informações rápidas e precisas sobre o deslocamento dos veículos, sem um controle efetivo e monitoramento do tráfego. Uma consequência desta falta de efetividade é o fato de haver excesso de cargas nas estradas por parte das transportadoras, que comprometem a conservação das estradas e rodovias, prejudicando a segurança e o planejamento das rotas. Uma oportunidade a ser aproveitada, é a possibilidade de se obter a difusão rápida da informação do nível tático para o nível operacional a fim de se ter uma redução de possíveis ruídos na comunicação. O fato de haver uma comunicação vertical e uniforme proporciona uma redução de custos na geração e disseminação da informação.

(37)

Ainda segundo os mesmos autores, o uso de tecnologias como Identificação por Rádio Frequência (Radio Frequency Identification – RFID) na operação logística é fundamental, principalmente quando é necessário tomar decisão sobre a alocação da carga e a mensuração do prazo de entrega. Neste primeiro aspecto, destacam eles a possibilidade de se obter a informação em tempo real, o que facilita a identificação de falhas no processo, bem como a ação preventiva junto ao armazém para evitar possíveis erros no ponto de pedido do estoque para atender à demanda. Já em relação ao prazo de entrega a tecnologia proporciona a estimativa do mesmo – minimizando assim a insatisfação dos clientes. Proporciona também a definição prévia da melhor rota ser adotada flexibilizando o roteiro de maneira que não haja veículos parados na planta desnecessariamente.

De acordo com Morais e Tavares (2011), a utilização da TI na operação logística apresenta aspectos vantajosos e a não utilização aspectos desvantajosos, como colocado anteriormente e demonstrado no Quadro 6.

Quadro 6 – Resumo das vantagens e das desvantagens no uso da TI em uma operação logística.

ASPECTOS Desvantagens pela não utilização Vantagens pela utilização

Monitoramento do trajeto

Ocorre uma diferença entre os horários em que realmente acontecem as ações e os

marcados pelo motorista Segurança Demora no repasse das informações à

empresa Rapidez na difusão da informação para aoperação Aumento nos custos de geração das

informações Redução nos custos de geração dasinformações Alocação da carga

(em caminhão)

Percepção tardia de erros Identificação de erros em tempo real Demora no repasse das informações à

empresa Informação repassada em tempo real Atraso na reposição da carga Possibilita ação preventiva no armazémpara corrigir reposição

Entregas no prazo

Sucessivos atrasos que demoram a ser informados

Proporciona a estimativa do prazo de entrega

Dificuldade em estimar o momento da

chegada do caminhão ao seu destino Definição previa de rota Ter a frota presa esperando a carga chegar Evitar veículos na planta Caráter facilitador

da TI

Dificuldade em estimar as ações a serem

tomadas Planejamento das ações entrefornecedores e empresas Demora em identificar as oportunidades da

empresa TI melhora o desempenho da empresa Áreas onde se

observa os reflexos da TI

Dificuldades em gerar relatórios próximos

à realidade Melhoria do fluxo das informações Emprego de muitos recursos e tempo para

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Nível de estoque acima do mínimo

possível Redução do nível de estoque A correta

implantação de SIs

Planejamento com eventuais falhas

humanas Um melhor planejamento logístico Dificuldade de identificar a quantidade de

horas trabalhadas Horas de trabalho sendo melhoraproveitadas

Agregar valor

Dificuldade na identificação de

oportunidade Proporciona vantagens competitivas Identificação de gargalos após estes

ocorrerem Previsão de possíveis gargalos existentes A frota utilizada será acima da mínima

necessária Roteiros flexíveis e ajustados

Fonte: Elaborado pelo autor

2.3 TRANSPORTATION MANAGEMENT SYSTEM (TMS): USO, FUNCIONALIDADES E INTEGRAÇÃO

2.3.1 Transportation Management System, GCS, Logística e Transportes

Para Jugend et al. (2013), as TIs utilizadas atualmente na gestão da cadeia de suprimentos pela maioria das empresas são baseadas em uma arquitetura muito próxima, o que dificulta a obtenção de vantagens competitivas. Desta forma, a solução que as empresas encontram é a manutenção de servidores próprios, onde não ocorre a transferência da tecnologia e nenhum outro concorrente utiliza qualquer parte do software. Em uma nova proposta, as TIs são executadas em um único servidor que suporta diferentes sistemas de múltiplas organizações, fato este que gera um compartilhamento da solução, o que acaba beneficiando a todos quando uma empresa demanda alguma customização.

Segundo Festa e Assumpção (2012), quando se avaliam dados ou informações em nível estratégico, utilizando para a análise o apoio de um sistema para gerenciamento da cadeia de suprimento, este abrange todos os processos que compõem as atividades de produção e distribuição. Já em um nível tático, a TI deve fornecer dados e informações que apoiem decisões de projeto, programação de rede de instalações e controle das operações, sejam logísticas ou produtivas. Por fim, este apresenta o módulo operacional, baseado em informações do tipo transacional, com um nível elevado de detalhamento a fim de proporcionar decisões para negociação de contratos, controle gerencial, capacidade das instalações e de projeto de rede. Assim, o TMS é capaz de gerar subsídios de apoio à gestão de toda a empresa nos seus três níveis.

(39)

Os operadores envolvidos nas várias etapas da cadeia de suprimentos devem selecionar os fornecedores que atendam às especificações demandadas para o bom funcionamento da mesma. Park et al. (2010) destacam que esta seleção é um tanto complexa, por dois aspectos: o primeiro, pelo fato de os fornecedores necessitarem realizar uma avaliação ampla, que deve ter como apoio múltiplos critérios para a tomada de decisão; o segundo, pela dificuldade que os operadores têm de agrupar por serviço prestado os seus fornecedores por apresentarem diferentes especialidades, o que requer uma análise mais complexa de alguns critérios, que nem sempre serão repetidos em uma próxima análise de fornecedores.

Segundo Schryen (2013), mesmo com esta grande abrangência para o contexto organizacional de operação de logística e transportes, ainda existem muitas questões relevantes no que se refere à TI, que precisam ser atendidas conforme a evolução da necessidade dos operadores. Isto ocorre porque esta demanda tem como desdobramento facilitar a gestão de uma série de situações cotidianas, que envolvem esta operação e nem sempre são atendidas com a solução vigente, uma vez que nem todos os operadores têm em sua operação uma solução de TI.

Diante desta importância, Meyer et al. (2010) afirmam que um sistema que tem o objetivo de gerir esta operação deve ter as funcionalidades de monitoramento e controle das atividades de transportes e deve possuir três características dos benefícios do uso de TI, para evitar falhas manuais ou até mesmo distúrbios decorrentes da operação de transportes, sendo elas:

- Ausência de retorno online: o uso da TI proporciona o conhecimento do ocorrido de maneira imediata e, desta forma, favorece a tomada de decisões de maneira rápida pelos planejadores. Se for o caso, podem reavaliar ou até mesmo mudar o plano de ação, sem que aconteçam atrasos desnecessários ou informações não confiáveis;

- Falta do detalhamento de dados: para corrigir esta falta a TI deverá apresentar os dados do problema com detalhes para fornecer um retorno de qualidade que gere subsídios aos planejadores. O sistema deve apresentar informações como: tipo da carga, localização, horário e em qual estágio do processo ocorreu a falha. Desta forma, as causas poderão ser analisadas e, consequentemente, definida uma solução adequada;

- Ausência do fornecimento de soluções para os problemas recorrentes: é esperado que a TI identifique a falha e indique qual a melhor solução para a situação que ela mesma apontou

(40)

como fora do padrão. Em um caso prático, por exemplo, se uma carga for embarcada em um caminhão errado, o uso da TI deve possibilitar a verificação e o acompanhamento e se o melhor seria retornar a carga para o estoque ou efetuar o transbordo imediatamente.

O uso específico de uma combinação entre as tecnologias na cadeia de suprimentos tem gerado avanços importantes nos métodos utilizados pelas empresas. Um exemplo é a adoção do sistema TMS, que é um grande representante do uso da tecnologia e sua relação com os conceitos de gerenciamento de demanda, que tem uma relação com os elementos dentro da cadeia (RAMANATHAN; GUNASEKAHAN; SUBRAMANIAN, 2011).

Ao identificar alguns benefícios da TI, boa parte das empresas encontram meios alternativos para acompanhar o dinamismo do cenário contemporâneo, são eles: o alcance de uma redução dos custos, um aumento dos lucros, aumento do consumo, minimização dos níveis de estoque em toda cadeia de suprimentos e melhoria no nível de serviço logístico, dentre outros aspectos (NILESH et al., 2012). Uma vez acompanhadas, estas variáveis com as respectivas ações, a cadeia de suprimentos tende a ser gerida de maneira mais eficaz, proporcionando a obtenção de melhores resultados para a empresa.

Ainda neste contexto onde as empresas buscam novas formas de respostas rápidas com baixos custos organizacionais, as empresas exercem pressão sobre os fornecedores e distribuidores para que estes tenham os atributos necessários para proporcionar ao contratante a prática de baixos preços. Segundo Stathopoulosa, Valeria e Marcuccib (2012); Russo e Comi (2011) este aspecto quando atendido pelo fornecedor, proporciona uma redução do tempo gasto de ciclo do pedido.

Esta pressão deve acontecer através de uma sinergia, que envolverá os processos que compõem a operação das empresas de transporte, tornando fundamental o uso do TMS para a integração dos processos e relacionamentos entre os agentes da cadeia de suprimentos. Esta integração cria um banco de dados específico, que servirá de uma base única para a concentração de atividades como a produção, transportes, logística e distribuição de mercadorias, que são realizadas com o objetivo de obter uma vantagem competitiva (GAJSEK; LIPICNIK; SIMENC, 2012; CAMPOLONGO; MORANDI; MARIOTTI, 2010).

Além da integração entre agentes e operações, a integração entre as TIs é a base para a gestão eficaz da informação e, consequentemente, da empresa. Conforme Moretin, Lotierso e Vasconcelos (2012), o TMS desempenha a função de interligar e apoiar outras

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TIs com o ERP da empresa, fornecendo dados para a geração de informações e subsídios para diversas áreas, tais como: planejamento e controle dos processos de operação, gestão de custos, desempenho de operação e relação com fornecedores. Um dos objetivos do TMS é facilitar a tomada de decisão gerencial no nível estratégico, atuando diretamente nos níveis táticos e operacionais.

Segundo Festa e Assumpção (2012), por ser um sistema transacional, o TMS possui a capacidade de apoio às negociações dos serviços prestados, o que auxilia a execução e o monitoramento das atividades de transporte. Segundo Goettems (2014), estas atividades têm uma abrangência ampla, uma vez que o fluxo da operação de transporte compõe o ciclo do pedido, como a programação de transportes, expedição e controle de entregas. Este ciclo é a ligação entre fornecedores e clientes em uma operação logística e resulta em nível elevado de serviço, que vai desde o planejamento dos recursos, passando pelo faturamento, até o pagamento dos serviços de transportes prestados, como ilustrado na Figura 2.

Figura 2 - Fluxo de integração com uso do TMS

F onte: Goettems (2014)

O planejamento de uma operação de transporte é atividade complexa e importante por envolver ações como a alocação de frotas, horários e veículos disponíveis que definem

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um bom fluxo de produtos e recursos. Rohr (2013) reconhece que o emprego da TI, por meio de um TMS, proporciona aos gestores ganharem agilidade e precisão que os auxiliará a executar uma gestão mais eficaz para os fluxos dos recursos e produtos envolvidos na atividade do planejamento dos transportes.

Moretin, Lotierso e Vasconcelos (2012) e Festa e Assumpção (2012) reforçam que não adianta ter uma grande quantidade de dados e informações aplicadas à operação se não houver uma coordenação dessas informações proporcionando uma melhora das atividades desempenhadas pela operação. Neste contexto, surge a importância de a empresa operadora utilizar o TMS como uma ferramenta logística integradora.

De acordo com Festa e Assumpção (2012), o TMS é ferramenta que reduz os custos de transporte e agrega valor ao serviço. Auxilia também nas auditorias de fretes, no monitoramento dos custos e em negociações. Porém, para auditar fretes e monitorar custos, o sistema deve permitir que as tabelas de dados das tarifas de frete sejam inseridas em suas bases, a fim de que além de uma comparação, seja possível a obtenção de uma visão da evolução desse sistema.

Como exemplo de integração logística, o TMS permite também o lançamento contábil automático dos custos operacionais do frete e da negociação, proporcionando a atualização dos livros fiscais e do setor de contas a pagar (MORETIN; LOTIERSO; VASCONCELOS, 2012). Assim, o operador consegue ter uma previsão ajustada da rentabilidade da operação e manter os contratos mais equilibrados.

Goettems (2014) classifica como funções mais avançadas a se obter com o uso do TMS na operação logística o ciclo do pedido, o agendamento da coleta, o controle do registro de veiculo na portaria, a montagem da carga, a roteirização, a vistoria do veiculo, o inicio do carregamento, e destaca que estes devem funcionar incorporados ao ERP para a administração do transporte. Dentre os principais benefícios, o TMS assegura a rastreabilidade do pedido e a produtividade em todo o processo da operação de transporte, além de permitir ao usuário a visualização e o controle da operação logística.

Referências

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