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Prevalência de indicadores de ansiedade, estresse e depressão entre adolescentes vestibulandos concluintes do ensino médio

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Academic year: 2021

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UNIVESIDADE FEDERAL FLUMINENSE

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SOCIEDADE E DESENVOLVIMENTO REGIONAL

DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA

LAUDYANA CABRAL LAMÔNICA

Prevalência de indicadores de ansiedade, estresse e depressão entre adolescentes vestibulandos concluintes do ensino médio

Campos dos Goytacazes-RJ 2019

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UNIVESIDADE FEDERAL FLUMINENSE

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SOCIEDADE E DESENVOLVIMENTO REGIONAL

DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA

LAUDYANA CABRAL LAMÔNICA

Prevalência de indicadores de ansiedade, estresse e depressão entre adolescentes vestibulandos concluintes do ensino médio

Trabalho monográfico apresentado à Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Psicologia

Tipo de Trabalho: Relato de pesquisa Formato: Monografia no formato de artigo

ORIENTADOR: Prof. Dra.Ana Lúcia Novais Carvalho

Campos dos Goytacazes-RJ 2019

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TERMO DE APROVAÇÃO

LAUDYANA CABRAL LAMÔNICA

Prevalência de indicadores de ansiedade, estresse e depressão entre adolescentes vestibulandos concluintes do ensino médio

Trabalho de conclusão de curso aprovado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Psicologia pela Universidade Federal Fluminense.

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________ Prof. Dra. Ana Lúcia Novais Carvalho

CPS – Departamento de Psicologia / UFF – Universidade Federal Fluminense

Professora orientadora

____________________________________________ Prof. Dra. Mayra Silva de Souza

CPS – Departamento de Psicologia / UFF – Universidade Federal Fluminense

Campos dos Goytacazes 2019

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UFF - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESR - INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SOCIEDADE E DESENVOLVIMENTO REGIONAL

CPS - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA DE CAMPOS

COORDENAÇÃO DA GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

Ata da Sessão de Avaliação de Trabalho Final de Curso de Psicologia, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Psicologia.

Aos dezesseis dias do mês de julho do ano de dois mil e dezoito foram emitidos pareceres pelos membros da Banca encarregada de examinar o Trabalho Final de Curso intitulado: "Prevalência de indicadores de ansiedade, estresse e depressão entre adolescentes vestibulandos concluintes do ensino médio” do(a) discente

LAUDYANA CABRAL LAMÔNICA

, Matrícula UFF nº 214081218. A Banca

Examinadora foi constituída pelas Professoras Mayra Silva de Souza e Ana Lúcia Novais Carvalho, Orientadora e Presidente da Banca. Antes da emissão do parecer, a Presidente da Banca deu ciência aos membros das normas e procedimentos de avaliação. Desta forma, a Banca Examinadora concluiu pela sua APROVAÇÃO, atribuindo-lhe a nota 10,0 (dez). Para constar, foi lavrada a presente Ata que, lida e aprovada, vai assinada por todos os membros da Banca Examinadora e pela discente.

___________________________________________________________ Professora – Orientadora e Presidente: Ana Lúcia Novais Carvalho

___________________________________________________________ Professora: Mayra Silva de Souza

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“Se nosso pensamento fica atolado de significados simbólicos distorcidos, pensamentos ilógicos e interpretações erradas, nos tornamos, de verdade, cegos e surdos.” Aaron Beck

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Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Coordenação do curso de Psicologia/CPS, sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a lei nº 9610/98, o texto integral da obra abaixo citada, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir dessa data. Identificação da Monografia

Autor: Laudyana Cabral Lamônica E-mail:laudyanalamonica@gmail.com

Título do Trabalho: Prevalência de indicadores de ansiedade, estresse e depressão entre adolescentes vestibulandos concluintes do ensino médio.

Orientadora: Ana Lúcia Novais Carvalho

Data de Defesa: 16/07/2019

Palavras-chave: adolescência; ansiedade; depressão; estresse

Palavras-chave em língua estrangeira: adolescence; anxiety; depression; stress

____________________________________ Assinatura da autora

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Dedicatória:

A Deus por me permitir viver esta experiência e realizar-me profissionalmente.

A minha família, por serem tão presentes e acreditarem em mim, me apoiando em cada etapa deste curso, em especial, aos meus Pais, Josete e Noé, que me deram toda a estrutura para que me tornasse a pessoa que sou hoje. Às minhas irmãs, Mônica, Cristina, Noéli, Juliana e meus sobrinhos Jhonatta e Luanna por estar sempre presente, me ajudando e incentivando nesta caminhada.

Aos meus amigos e colegas de profissão, que dividiram momentos de alegria e dificuldades nesta jornada, sempre incentivando uns aos outros.

Aos profissionais da Banca que aceitaram o convite.

Agradecimentos:

À Prof. Dra. Ana Lúcia Novais Carvalho, que aceitou e me incentivou neste desafio, acreditando que eu seria capaz. Uma orientadora atenciosa e compreensiva, que se esforçou junto a mim na construção deste trabalho.

À Prof. Dra. Mayra Silva de Souza, por aceitar participar da banca examinadora. Uma profissional competente que, desde a apresentação deste projeto, fez apontamentos relevantes para que este fosse um trabalho de qualidade.

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Prevalência de indicadores de ansiedade, estresse e depressão entre adolescentes vestibulandos concluintes do ensino médio

Laudyana Cabral Lamônica e Ana Lúcia Novais Carvalho

Universidade Federal Fluminense – Instituto de Ciências da Sociedade e Desenvolvimento Regional – CPS

RESUMO: A adolescência é uma etapa da vida marcada por transformações biológicas, cognitivas, afetivas, psicológicas e sociais. Em função disso os adolescentes são mais propensos à ocorrência de transtornos emocionais. Neste contexto, o presente estudo teve como objetivo avaliar a prevalência de indicadores de ansiedade, estresse e depressão em estudantes vestibulandos concluintes do ensino médio, bem como verificar a relação destes com o processo de finalização da educação básica e inserção na vida universitária. A amostra foi composta por 96 estudantes, do 3º ano do ensino médio de instituições públicas e privadas localizadas no Estado do Rio de Janeiro que pretendiam prestar o vestibular para ingresso na universidade, com idade entre 17 a 19 anos, que responderam a quatro instrumentos: questionário sociodemográfico, Inventário de Ansiedade de Beck (BAI), Inventário de Depressão de Beck (BDI-II) e Escala de Estresse para adolescentes (ESA). A análise de dados revelou que 34,37% dos participantes apresentaram ansiedade moderada e grave, 51,04% apresentaram sintomas de depressão moderada e grave e 30,20% apresentaram queixa de estresse. As meninas, quando comparadas aos meninos, apresentaram mais frequentemente queixas de ansiedade, estresse e depressão. Os dados encontrados neste estudo sobre a influência do sexo corroboram com os estudos anteriores presentes na literatura.

Palavras-chave: adolescência; ansiedade; depressão; estresse

ABSTRACT: Adolescence is a stage of life marked by biological, cognitive, affective, psychological and social transformations. As a result, adolescents are more prone to the occurrence of emotional disorders. In this context, the present study aimed to evaluate the prevalence of anxiety, stress and depression indicators in high school students, as well as to verify their relationship with the process of finishing basic education and insertion in university life. The sample consisted of 96 students, from the 3rd year of

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high school, of public and private institutions located in the State of Rio de Janeiro, who were asked to provide entrance exams for university admission, aged between 17 and 19 years old, who answered four instruments: sociodemographic questionnaire, Beck Anxiety Inventory (BAI), Beck Depression Inventory (BDI-II) and Stress Scale for adolescents (ESA). Data analysis revealed that 34.37% of the participants presented moderate and severe anxiety, 51.04% had moderate and severe depression symptoms and 30.20% had a complaint of stress. The girls, when compared to the boys, presented more frequently complaints of anxiety, stress and depression. The data found in this study on the influence of sex corroborate with previous studies in the literature.

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Capítulo I - Adolescência e psicopatologia da adolescência

O termo adolescência, etimologicamente, é composto pelos prefixos latinos “ad”, que significa para a frente, mais dolescere, que significa crescer, com dores, o que denota tratar-se de um período de transformações, de crises, sendo as principais transformações não apenas de natureza anatômica e fisiológica, mas também de natureza psicológica, especialmente voltadas para a busca de uma identidade individual, grupal e social (Zimerman, 1999, citado por Santos e Zanini, 2011, p. 20).

Durante a Idade Média, a sociedade não reconhecia esse período especificado como adolescência, pois não faziam diferenciação entre crianças e adultos, o que marcava a transição dos jovens para o mundo adulto era a independência dos pais ou alguns ritos de passagem. Os primeiros estudos sobre adolescência iniciaram no século XV, embora essa fase não fosse considerada essencial para o desenvolvimento do indivíduo como é hoje. De acordo com Papalia Olds, e Feldman (2013), foi apenas no século XX que a dolescência foi definida como um estágio de vida separado no mundo ocidental.

No caso do Brasil, as necessidades legais referentes à saúde dos adolescentes só foram reconhecidas a partir de 1990, pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que representam a regulamentação dos direitos à saúde dos adolescentes. Para o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), instituído pela lei nº 8.069 de 13/07/1990, o adolescente é o indivíduo que se encontra na faixa etária entre 12 e 18 anos.

Papalia et al., (2013) definem a adolescência como o período que corresponde as idades entre 11 e 19 ou 20 anos, e corresponde a um período de transição no desenvolvimento que envolve mudanças físicas, cognitivas, emocionais e sociais e assume formas variadas em diferentes contextos sociais.Uma mudança física importante é o início da puberdade, o processo que leva a maturidade sexual ou fertilidade.

Wagner et al.( 2002) como citado por Silva e Zanini (2011, p. 147), “considera-se a adolescência como um momento de fragilidade para alguns indivíduos, potencializando o surgimento de eventuais crises decorrentes de mudanças físicas, psicológicas, sociais e culturais”.

As mudanças biológicas da puberdade se baseiam em um rápido crescimento em altura e peso, e chegada da maturidade sexual. Nos meninos, o principal sinal de maturidade sexual é o inicio da produção de espermatozóides e nas meninas é o

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aparecimento da menstruação. A puberdade começa quando a glândula pituitária na base do cérebro envia uma mensagem para as glândulas sexuais para aumentar sua secreção de hormônios. Nas meninas, os ovários aumentam drasticamente a produção do hormônio feminino (estrogênio). Nos meninos, os testículos aumentam a produção de andrógenos e testosterona. Pesquisas atribuem a maior emocionalidade e mau humor típico dessa fase às alterações hormonais. Outras alterações físicas provindas da puberdade referem-se à maturação dos órgãos reprodutivos, o desenvolvimento de pêlos pubianos e o desenvolvimento da voz mais grave (Papalia et al. , 2013).

Sobre o desenvolvimento cognitivo, Piaget (1964/2004) caracteriza essa fase como a da“operações formais”, onde o adolescente torna-se capaz de raciocinar de maneira abstrata e fazer juízos morais sofisticados, possuindo um novo e mais flexível modo de manipular as informações. Agora não mais limitado no aqui e agora podem utilizar símbolos para representar outros símbolos e assim aprender álgebra, cálculo, metáfora, descobrir significados mais profundos na literatura. (Papalia et al. , 2013).

Sobre o desenvolvimento afetivo, mudanças dramáticas nas estruturas cerebrais envolvidas nas emoções, no julgamento, organização do comportamento e autocontrole ocorrem entre a puberdade e o início da vida adulta. No que diz respeito às emoções, em estudos realizados com adolescentes de 11 e 13 anos mostrou que estes tendiam a usar com menor habilidade, as vias frontais para regular atividades da amígdala cerebral, localizada no lobo temporal que está envolvida nas reações emocionais e instintivas. Já os adolescentes entre 14 a 17 anos apresentavam padrões mais maduros, usando os lobos frontais, responsáveis pelo planejamento, raciocínio, julgamento, modulação emocional e controle dos impulsos. Desta forma, o desenvolvimento ainda imaturo do cérebro poderia explicar a propensão dos adolescentes a agir impulsivamente, permitindo que os sentimentos se sobreponham à razão. (Papalia et al. , 2013).

A adolescência é uma fase de inúmeras mudanças e demandas direcionadas ao indivíduo entre elas estão a da escolha profissional e preparação para o trabalho.

O processo da escolha profissional faz-se presente nesta etapa da vida. É neste momento que essa escolha se coloca em questão, e tudo está nas mãos do indivíduo, tornando-se de suma importância. Uma escolha adequada é almejada por todos, e assim assume grande importância no plano individual, já que envolve a definição das futuras experiências profissionais, significando principalmente a definição de quem ser, muito mais do que a escolha do que fazer (Bohoslavsky, 1995)

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Além disso, há uma grande cobrança da família, dos amigos e da sociedade que cobram urgência num posicionamento para o qual nem sempre o jovem está preparado.

Desde a sua criação, na década de 1950, passando por ajustes e adequações nos anos 60, a verdadeira função do vestibular deveria ser dentre outros fatores “avaliar a formação recebida pelos candidatos e sua aptidão intelectual para estudos superiores”, conforme o Art. 21 da Lei nº 5.540/68 (1968). Percebe-se um paradoxo entre o que está em teoria na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB Lei nº 9.394, 1996) e o que ocorre na prática durante o processo seletivo. Isso porque, enquanto a lei determina que o ensino médio propicie educação totalizada, de modo que o indivíduo possa exercer sua cidadania de forma crítica e consciente, na prática, o ensino focaliza seu objetivo cada vez mais na preparação da pessoa exclusivamente para participar do processo seletivo do vestibular. (Santos e Zanini, 2011, p. 147-148).

Desta forma, o útimo ano do ensino médio representa na vida do adolescente a finalização de uma etapa de conclusão de escolarização determinada pela LDB 9394/96 como educação básica como também o início de uma nova etapa, a insersão no ensino superior, tendo como porta de entrada o vestibular.

As provas dos vestibulares têm determinado a organização do ensino nas escolas fundamentais e principalmente, nas escolas de ensino médio no sentido da aprendizagem ser dissociada da real necessidade dos estudantes, enfatizando o ensino através de “macetes” e dicas para melhor responder as questões do vestibular. O ensino médio como é realizado hoje, não auxilia a preparação para a vida profissional e/ou universitária, mas apenas se preocupa em preparar o jovem para o exame Vestibular. Na maioria dos casos, nenhum destes objetivos é cumprido e o jovem se vê obrigado a freqüentar os “cursinhos pré-vestibulares”. (D‘Avila e Soares, 2003, p.108).

Os alunos atribuem uma grande importância ao vestibular em decorrência de seu desejo de obter ascensão social propiciada pela formação acadêmica, o que torna este tipo de exame um evento ansiogênico por seu papel classificatório e excludente. No período da adolescência existe uma predisposição ao desenvolvimento de quadros patológicos e fatores ambientais desfavoráveis podem ser responsáveis por desencadear alguns desses processos, levando ao desencadeamento de psicopatologias como estresse, depressão, ansiedade, fobias, comportamentos obsessivos compulsivos, consumo de bebidas alcoólicas e drogas.

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Capítulo II – Ansiedade e estresse

O processo da escolha profissional e consequentemente a realização da prova do vestibular que se faz presente nesta etapa da vida do adolescente são entendido muitas vezes por estes jovens como situações estressantes, podendo haver o desencadeamento de uma série de psicopatologias como ansiedade, estresse e depressão quando os jovens não dispõem de mecanismos internos e/ou externos para lidar com a situação extressante.

Ao voltar-se para o meio social, buscar o grupo de pares e estar aberto a novas oportunidades e experiências, o adolescente tende a estar mais exposto a diferentes situações que podem colocá-lo em risco e vulnerabilidade (Benetti et al., 2006, como citado por Patias, 2016)

Ministério da Saúde (2010), em uma abordagem sistêmica considera que a adolescência e seus riscos dependem de vários aspectos, não só da pessoa (individuais), mas também dos contextos em que o adolescente está inserido, tanto micro (família, escola, comunidade), como macrossistema (cultura, valores, etc;).

Desta forma, São muitas as explicações sobre a origem dos transtornos psicopatológicos da infância e da adolescência. Os dados científicos apontam que não existe um fator por si só que explique o porquê de certos jovens desenvolverem problemas de saúde mental, pois, somos serem biopsicossocial, mas, de modo geral, quanto maior a incidência de fatores de risco e menores forem os fatores de proteção, maiores são as chances de que um transtorno se desenvolva. (Dumas, 2011).

O modelo de ferramenta biopsicossocial é uma ferramenta de pensamento bastante útil, pois descreve os diferentes contextos de desenvolvimento nos quais a criança e o adolescente evoluem, os fatores de risco pessoais, familiares, sociais e culturais que aumentam a probabilidade de transtornos psicopatológicos, integrando as múltiplas fontes de influência que afetam o desenvolvimento humano, como a perspectiva biológica, social e cultural. (Bronfenbrenner, 1979, 1999, como citado por Dumas, 2011)

De acordo com Reis et al. (2013), “a adolescência refere-se a um período de maturação do indivíduo que sofre influências sociais, culturais e ambientais com exposição a diferentes situações de vulnerabilidade à sua saúde”.

O termo vulnerabilidade é comumente empregado para designar suscetibilidades das pessoas a problemas e danos de saúde. Há uma correlação entre a idéia de risco e de

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vulnerabilidade, no entanto cabe ressaltar que são coisas destintas, fazendo-se necessária sua distinção. O risco conecta-se à idéia de identificação de pessoas e de características que as colocam sob maior ou menor risco de exposição a eventos de saúde, com comprometimento de ordem física, psicológica e/ou social, intregarndo desta forma, a probabilidade e as chances de grupos populacionais de adoecerem e morrerem por algum agravo de saúde. Já a vulnerabilidade, tem como propósito, trazer os elementos abstratos associados e associáveis aos processos de adoecimento para planos de elaboração teórica mais concreta e particularizada. (Bertolozzi et al., 2009)

Os fatores de risco que podem aumentar a probabilidade do desenvolvimento de psicopatologias são variáveis. Para Burak (1999) como citado por Dias (2008), podem ser destacados como fatores de risco típicos dessa fase os relacionados com a educação, e o autor ainda destaca os seguintes fatores de proteção, os quais diminuem a probabilidade do desenvolvimento de psicopatologias: apoio social, elevada auto-estima, alto nível de resiliência, lócus de controle interno bem estabelecido, e família com boa comunicação interpessoal.

No Brasil, estima-se que cerca de 13% da população de crianças e adolescentes têm algum diagnóstico decorrentes de problemas de saúde mental (PSM), com tendência dos sintomas persistirem de forma crônica. Dados brasileiros preliminares sugerem que entre casos graves e crônicos, apenas 37,5% tenham recebido algum tratamento num período de cinco anos. (Fatori et al. 2018.)

Cerca de 90,0% dos transtornos mentais compõem-se de transtornos não psicóticos, em virtude de sua elevada prevalência na população geral (20,0%-30,0%), são usualmente denominados transtornos mentais comuns (TMC), caracterizados principalmente pela presença de sintomas de depressão e ansiedade, além de diversas queixas inespecíficas e somáticas. Os TMC afetam indivíduos em diferentes faixas etárias, e quando presentes em crianças e adolescentes, além de causarem prejuízo nas relações sociais afetam também o aproveitamento escolar desta população. (Lopes et al., 2016).

Os Transtornos de Ansiedade (TAs) são reconhecidos como alguns dos transtornos mentais mais prevalentes em crianças e adolescentes, encontrando-se atrás apenas do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) e do Transtorno de Conduta (Asbahr, 2004).

Estudos da Sociedade Brasileira de Pediatria mostram que após os transtornos de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) e de conduta, os transtornos ansiosos

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encontram-se entre as doenças psiquiátricas mais comuns em crianças e adolescentes, e mais de 50% das crianças ansiosas experimentarão um episódio depressivo como parte de sua síndrome ansiosa. (Asbahr, 2004).

A ansiedade inclue transtornos que compartilham características de medo e ansiedade excessivos e perturbações comportamentais relacionados. Os transtornos de ansiedade se diferenciam do medo ou da ansiedade adaptativos por serem excessivos ou persistirem além de períodos apropriados ao nível de desenvolvimento. Eles diferem do medo ou da ansiedade provisórios, com frequência induzidos por estresse, por serem persistentes. (Associação Americana de Psiquiatria [APA], 2014).

Para compreendermos os quadros em que a ansiedade é considerada patológica, precisamos diferenciar medo de ansiedade. Sobre o medo e a ansiedade, no DSM V é esclarecido que medo é a resposta emocional a ameaça iminente real ou percebida, enquanto ansiedade é a antecipação de ameaça futura, enquanto no medo está mais associado a períodos de excitabilidade aumentada necessária para luta ou fuga a ansiedade é mais frequentemente associada à tensão muscular e vigilância em preparação para perigo futuro e comportamentos de cautela ou esquiva. (APA, 2014).

Emoções como medo e ansiedade são compreendidas como normais e possuem um importante papel para a sobrevivência humana. No entanto, quando essas sensações começam a se intensificar ou se manifestar de maneira disfuncional, dificultando a vida diária e as atividades cotidianas dos sujeitos, passam a configurar um problema de saúde mental que precisa ser identificado e tratado. (Clark e Beck, 2012 como citado por Grolli et al., 2017)

A ansiedade patológica leva o paciente ao desenvolvimento de estratégias compensatórias para evitar o contato com aquilo que lhe causa temor. Além do consequente prejuízo funcional imediato, implicações de médio e longo prazo possíveis são a diminuição de autoestima e o desinteresse pela vida (APA, 2014).

De acordo com o DSM-V (APA, 2014), são classificados como transtornos de ansiedade: transtorno de ansiedade de separação, mutismo seletivo, fobia específica, transtorno de ansiedade social, transtorno de pânico, agorafobia, transtorno de ansiedade generalizada, TA devido a uma condição médica, induzido por alguma substância ou sem outra especificação, o transtorno obsessivo-compulsivo e relacionados. O Transtorno de Ansiedade de Separação é o único definido como exclusivo da infância e adolescência (APA, 2014).

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Na Psicologia, Lipp (1984, como citado por Tricolli et al., 2015) define estresse como um conjunto de reações emitidas por qualuer organismo, quando se confronta com situações que o amedronte, irrite, excite ou o faça muito feliz. A autora salienta que o estresse é um processo que começa a ocorrer quando o indivíduo é exposto a essa situação e desencadeia uma rede de reações físicas e psicológicas.

Juntamente com o estresse aparece o estressor. Pode-se chamar de estressor qualquer situação que quebre o equilíbrio interno, assim exigindo uma adaptação do indivíduo. Isso independe da natureza positiva ou negativa do fato. Algumas situações podem ser estressantes devido à sua natureza, enquanto outras situações se tornam estressantes devido à forma que elas são interpretadas (LIPP, 1996). Resumidamente, o estressor é a causa do estresse.

Em suas pesquisas, Selye (1965) pôde constatar que havia várias fontes que poderiam causar o estresse no organismo e com padrões fisiológicos semelhantes. O autor atribuiu ao processo de reação a essas fontes de estresse o nome de Síndrome de Adaptação Geral (SAG), sendo constituída de três fases: alarme, resistência e exaustão.

A fase de alarme ou alerta é a resposta inicial ao estressor, na qual se desencadeiam reações fisiológicas como aumento de pressão arterial, tensão muscular, aumento da frequência respiratória, além de uma elevação do nível de atenção e velocidade no pensamento. A fase de resistência consiste na persistência do estressor, emuma intensidade relativamente excessiva, desta forma, oorganismo tenta se acomodar e para isso passa a utilizar suas reservas adaptativas, objetivando o seu equilíbrio interno.

A fase da exaustão é quando a pessoa não possui a possibilidade de lutar ou fugir do estressor e estese perdura por um longo tempo. Nesta fase, muitas doenças ocorrem tanto na área psicológica como na área fisiológica. (Selye, 1965 como citado por Tricolli et al., 2015).

Lipp (1998, como citado por Tricolli et al., 2015) após realizar vários estudos verificou a necssidade de introduzir mais uma fase ao modelo proposto por Selye, passando assim o modelo a ser quadrifásico. A nova fase incluída recebeu o nome de quase-exaustão, pois segundo a autora, o indivíduo em fase de resitência passa por uma intensificação dos sintomas para atingir a fase de exaustão. Para Lipp (1998) a fase de quase-exaustão se caracteriza pelo enfraquecimento do indivíduo que já não consegue adaptar-se ou resistir ao estressor, porém apesar dos desgastes do sintoma o indivíduo ainda consegue trabalhar e participar a té certo ponto da sociedade.

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Desta forma, Lipp (1998) considera um modelo com quatro fases do estresse: alarme, resistência, quase exaustão e a exaustão. Ela distingue as fases pela duração da ação do estressor e por sintomas orgânicos e/ ou psicológicos que aparecem.

Paggiaro e Calais (2009), como citado por Machado et al. (2011), estudaram alunos de cursos pré-vestibulares com idade entre 18 e 21 anos. Elas aplicaram o ISSL e encontraram que mais da metade dos alunos estavam com manifestações de estresse, sendo que a maioria era de alunas do sexo feminino. Segundo Pires et al. (2002) como citado por Machado et al. (2011), devido às transformações de ordem física e psicológica que os adolescentes passam, eles são mais vulneráveis ao estresse. Fatores como a pressão dos exames escolares, a intimidação por parte dos colegas e a necessidade de autoafirmação parecem contribuir para o desencadeamento do estresse.

A maneira como o indivíduo aprendeu a lidar com as situações de conflito e a vulnerabilidade ao estresse, além da maneira que o indivíduo aprendeu a lidar com as situações de estresse, determinam a reação do indivíduo diante dos estressores que poderão ser mais ou menos adequados e eficientes. (Ellis, 1973 como citado por Tricolli et al., 2015)

Enfim, durante a fase de preparação para o vestibular, o adolescente enfrenta muitas incertezas tendo que decidir o que vai querer da sua vida, com a possibilidade de erros e acertos, além das incertezas relacionadas ao seu desempenho no dia da prova, como a forte cobrança da família e de amigos, situação que contribui para o surgimento da ansiedade e, em muitos casos, ultrapassa os limites da normalidade, causando estresse e até depressão prejudicando o desempenho do candidato.

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Capítulo III – Depressão

Atualmente a depressão em adolescentes consiste em um fenômeno complexo e multidimensional, afetando diretamente a saúde mental, a qualidade de vida e a vida social do indivíduo como um todo. Até a década de 70 acreditava-se que a depressão nessa faixa etária fosse rara ou até inexistente.

A depressão em crianças e adolescentes só foi reconhecida como problemática psiquiátrica no Brasil a partir da década de 70, sendo, nos dias atuais, considerada um importante problema de saúde pública. (Avanci et al., 2008). O Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA (NIMH) oficialmente reconheceu a existência da depressão em crianças e adolescentes a partir de 1975, e as pesquisas sobre depressão nestes períodos da vida têm atraído um interesse crescente durante as duas últimas décadas. (Bahls, 2002).

O Transtorno Depressivo Maior (TDM) consiste em uma psicopatologia recorrente, que se manifesta em diversas idades, e é caracterizada pela presença de episódios de humor deprimido por, no mínimo, um período de duas semanas. Esses episódios são definidos, principalmente, por perda do interesse ou prazer pelas atividades diárias e a presença de humor deprimido durante a maior parte do dia. Normalmente, esses sintomas são acompanhados por alterações no peso, alimentação e sono, bem como dificuldades de concentração, tomar decisões e tendência ao cansaço. Em alguns casos, pacientes deprimidos relatam que são invadidos por pensamentos de morte e, em situações extremas podem, inclusive, realizar tentativas de suicídio (American Psychiatric Association, APA, 2013).

Os principais sintomas depressivos agregam-se em quatro conjuntos de indicadores clínicos: marcadores emocionais (tristeza, isolamento, apatia, crises de choro, perda da capacidade de experimentar prazer em atividades antes consideradas agradáveis, sentimentos de desvalia e culpa inadequados e variação de humor diurno), cognitivos (distração, diminuição da capacidade de tomada de decisão, superestimação das perdas sofridas, pessimismo e desesperança), motivacionais (indiferença diante de novas situações, desinteresse por quaisquer atividades, perda de afeição por outras pessoas e baixo rendimento acadêmico) e vegetativos ou motores (fadiga, retardo psicomotor, alterações do apetite ou do peso, insônia e perda da libido). (Reppold et al,, 2003)

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Desta maneira, se faz necessário um estudo mais aprofundado sobre a depressão, principalmente na adolescência, uma vez que, psicopatologias não tratadas na infância e adolescência podem perdurar prejudicando em vários aspectos na vida adulta.

De acordo com Papalia et al. (2013), “a prevalência de depressão aumenta durante a adolescência” Uma média anual de aproximadamente 9% de adolescentes de 12 a 17 anos experimentou pelo menos um episódio depressivo maior e apenas 40% deles tinha sido tratado. As meninas adolescentes são mais propensas a ficar deprimidas do que meninos adolescentes e uma das explicações desta diferença de gênero podem estar relacionados com as alterações biológicas na puberdade. Outro possível fator é a socialização e sua maior vulnerabilidade a estresse nas relações sociais. (Papalia et al., 2013).

Segundo Bahls (2002), como citado por Benincasa et al. (2006), em adolescentes há atualmente a compreensão de que a depressão maior é comum, debilitante e recorrente, envolvendo um alto grau de morbidade e mortalidade, especialmente através do suicídio, constituindo-se em uma das principais preocupações da saúde pública e, a maioria dos casos, não é identificada nem encaminhada para tratamento. O suicídio é a terceira causa de morte entre jovens de 15 a 19 anos nos Estados Unidos. (Heron e Smith, 2007, como citado Papalia et al., 2013).

Sobre o suicídio, Baggio et al. (2009) aponta que constitui-se num importante problema de saúde pública e está entre as dez principais causas de morte na população mundial em todas as faixas etárias, ocupando o terceiro lugar no grupo com idade entre 15 e 34 anos. Entre adolescentes, os comportamentos de risco, em interação com fatores sociais e ambientais, têm gerado um aumento de mortes prematuras. Destaca-se que o comportamento suicida ocorre, muitas vezes, como reflexo de conflitos internos, sentimentos de depressão e ansiedade que acompanham a profunda reorganização física, psíquica e social que ocorre na adolescência.

No Relatório sobre a Saúde no Mundo 2001, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta a depressão como à principal causa de incapacidade em todo o mundo, ocupando a quarta posição entre as dez causas da carga patológica mundial. Até 2020, projeta-se que esteja ocupando o segundo lugar. (Avanci et al., 2008)

Alguns fatores de risco e de proteção podem contribuir para aumentar ou diminuir a incidência da depressão no contexto da adolescência.

Avanci et al. (2008), aponta que dentre os fatores sóciodemográficos de risco à depressão em adolescentes estão o sexo feminino, a baixa escolaridade dos pais e o

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baixo status sócio-econômico, caracterizados como indicadores sócio-culturais, com implicações nas relações afetivas do adolescente, nos seus valores, atitudes e crenças, interferindo no seu desenvolvimento e impactando, inclusive, a rede de apoio e suporte social.

Quanto aos fatores de risco para depressão em crianças e adolescentes, Bahls (2002) aponta que a presença de depressão em um dos pais, aumenta o risco em pelo menos três vezes, seguidos por estressores ambientais, como abuso físico e sexual e perda de um dos pais, irmão ou amigo íntimo. (Bahls, 2002)

Em contraponto a isso, a promoção da autoestima, suporte social, cooperação, autonomia, integração familiar-afetiva e auto eficácia constituem fatores protetivos em relação à doença (Brasil, 2008, como citado por Coutinho et al. 2016).

A percepção que o sujeito tem de determinada situação influenciará a maneira como ele vai lidar com tais circunstâncias.Algumas crianças e adolescentes são capazes de enfrentar e superar os eventos estressores com mais rapidez, enquanto outras experienciam efeitos negativos mais severos e de longa duração. De qualquer forma, estes eventos podem provocar conseqüências adversas à saúde e ao bem-estar social e psicológico de crianças e adolescentes. (Poletto et al., 2009)

Desta forma, o presente estudo tem como objetivo geral investigar a prevalência de indicadores de ansiedade, estresse e depressão em estudantes de escola pública e particular, na cidade de Campos dos Goytacazes – RJ que estejam cursando o 3º ano do ensino médio e pretendem prestar o vestibular e específicos compreender a especificidade da fase de desenvolvimento conhecido como adolescência, verificar a correlação de desenvolvimento de psicopatologias com a fase que antecede a realização do vestibular/ENEM, apontar a influência do sexo no desenvolvimento de ansiedade, estresse e depressão, verificar a prevalência de estresse e sua correlação com a realização do vestibular/ENEM e apontar a necessidade de maior atenção no processo de escolarização na fase de desenvolvimento da adolescência como produção de psicopatologias.

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Método

Participantes

Foi realizado um estudo descritivo quantitativo, onde participaram 96 estudantes cursando o 3º ano do Ensino Médio, sendo 46 do sexo masculino (M = 17,61 anos; DP = 0,83) e 50 do sexo feminino (M = 17,54 anos; DP = 0,65), na faixa etária de 17 a 19 anos. Os participantes eram alunos, do 3º ano do ensino médio de uma instituição de ensino público e privado no Norte do Estado do Rio de Janeiro que pretendiam prestar o vestibular para ingresso na universidade.

Tabela 1

Dados descritivos da amostra

Variável N Porcentagem (%) Sexo Masculino Feminino 46 50 47,91 52,08 Ano Escolar

3º ano Ensino Médio 96 100%

Alunos de escolas Pública Particular 47 49 48,95 51,04

Idade Média Desvio Padrão

Meninos 17,61 0,83

Meninas 17,54 0,65

Pretendem prestar vestibular

Não pretendem prestar vestibular

93 3

96,87 3,12

Qual curso pretende

1 Ciências exatas e da terra 6 6,25

2 Ciências biológicas 4 4,16

3 Engenharias 23 23.95

4 Ciências da saúde 20 20,83

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6 Ciências sociais aplicadas 23 23,95 7 Ciências humanas 6 6,25 8 Linguistica 2 2,08 9 Outros 2 2,08

Pretendem fazer para teste 10 10,41

Praticam atividade física 59 61,45

Fez algum acompanhamento psicológico durante o ensino médio 24 25 Possuem irmãos 84 87,5

Costumam ficar ansioso antes da prova

77 80,20

Faz tratamento para algum problema de saúde

22 22,91

Instrumentos

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

A participação dos adolescentes menores de 18 anos foi feito mediante assinatura de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, feita por seus pais ou responsáveis e também será assinado pelos adolescentes.

Questionário Sociodemográfico

O instrumento foi desenvolvido de acordo com as necessidades da pesquisa, para realizar a coleta de informações relevantes para a caracterização da amostra. O questionário é composto por 16 perguntas, sendo 13 de múltipla escolha e 3 abertas, abrangendo diferentes áreas da vida, como dados pessoais, situação familiar, financeira e acadêmica, bem como outros dados significativos sobre hábitos gerais e habitação.

Inventário de Ansiedade de Beck – BAI - (Beck AnxietyInventory)

Esta é uma escala para mensurar os sintomas de ansiedade, traduzida para o português. O instrumento apresenta formato de autorrelato, composto por 21 itens descritivos dos sintomas, respondidos dentro de uma escala de quatro pontos, sendo: 1)

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“absolutamente não”; 2) “levemente”; 3) “moderadamente”; 4) “gravemente”. Os escores de sintomas ansiosos para o BAI correspondem a: 0-10: sintomas mínimos; 11-19: sintomas leves; 20-30: sintomas moderados; 31-63: sintomas graves (Cunha, 2001).

A Escala de Stress para Adolescentes – ESA

A Escala de Stress para Adolescentes – ESA pode ser aplicado em adolescentes de ambos os sexos, na faixa etária dos 14 aos 18 anos de idade e tem por objetivo verificar a existência ou não de stress e a fase em que se encontra, bem como determinar o tipo de reação mais frequente, o que facilitará o controle adequado. A aplicação pode ser individual ou coletiva. Não há um tempo limite para o preenchimento do protocolo.

A Escala ESA está composta de 44 itens relacionados às seguintes reações do estresse: psicológicas, cognitivas, fisiológicas e interpessoais. Os estudos demonstram que estas reações estão relacionadas ao estresse, pois a correlação encontrada entre as reações faz supor que exista entre elas o stress como um construto subjacente.

A resposta ao item é feita por uma Escala Likert de cinco pontos e é registrada com numerais, conforme a frequência e a intensidade com que os adolescentes experimentam as reações apontadas pelos itens.

Inventário de Depressão de Beck – BDI II - (Beck Depression Inventory)

O Inventário de Depressão de Beck - Segunda Edição (BDI-II) é um instrumento de autoaplicação composto por 21 itens, cada um com quatro alternativas cujo objetivo é medir a intensidade da depressão a partir dos 13 anos até a terceira idade. A aplicação pode ser individual ou coletiva. Não há um tempo limite para o preenchimento do protocolo, mas em geral, o BDI-II requer entre 5 e 10 minutos para ser completado.

Os escores de sintomas ansiosos para o BDI correspondem a: 0-11: sintomas mínimos; 12-19: sintomas leves; 20-35: sintomas moderados; 36-63: sintomas graves (Cunha, 2001).

Procedimentos

Os participantes foram contactados em suas respectivas instituições de ensino e os interessados foram esclarecidos sobre os objetivos da pesquisa. Ao serem elucidados, assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), como condição para participação no estudo e então foram aplicados os instrumentos. Todos os documentos foram entregues e devolvidos em envelope lacrado.

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Os instrumentos foram aplicados de forma coletiva em sala de aula.

O questionário sociodemográficofoi aplicado com duração média de 10 minutos de forma coletiva.

Em seguida, foi aplicado o Inventário de Ansiedade de Beck – BAI, com duração média de 10 minutos. Posteriormente foi aplicado o Inventário de Depressão de Beck – BDI II, com duração média de 10 minutos. Por fim, foi aplicado A Escala de Stress para Adolescentes – ESA, com duração média de 10 minutos

Procedimento de Análise de Dados

Os dados dos participantes foram inseridos em planilha de Excel. Toda a análise estatística foi feita utilizando o software estatístico SPSS – Statistical Package for the Social Sciences (versão 24).

Para a análise dos dados foram realizados os seguintes procedimentos: estabelecimento de categorias; codificação, tabulação e análise descritiva dos dados.

Resultados

A distribuição dos escores dos participantes na BAI indicou que 31 vestibulandos (32,29%) apresentaram nível mínimo de ansiedade, 31 (32,29%) apresentaram nível leve, 16 (16,66%) moderado e 17 (17,70%) apresentaram ansiedade considerada grave, conforme pode ser observado na Tabela 1.

Sobre os sintomas de ansiedade, avaliados a partir do BAI, nas meninas com resultados moderado ou grave, o item (Medo que aconteça o pior e nervoso) foi o que mais frequentemente obteve escore mais elevado, cujo valor da MODA foi 2. Nos meninos nas mesmas condições, os itens foram (Tremores nas pernas), (Medo que aconteça o pior), (Palpitação ou aceleração no coração e nervoso). O valor da MODA também foi 2.

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Tabela 1 – Nível dos sintomas de ansiedade nos adolescentes de ambos os sexos:

BAI Meninas Meninos Total %

Mínimo 7 24 31 32,29

Leve 15 16 31 32,29 Moderado 13 3 16 16,66

Grave 15 2 17 17,70

Na Tabela 2, observa-se que 67 participantes o que corresponde a 69,79% dos alunos que responderam ao teste ESA atingiram escores que os classificaram como “sem estresse”. Os outros 29 particpantes, que corresponde a 30,20% dos alunos, atingiram escores que os classificaram “com estresse”. Dos 30,20% de participantes que apresentaram estresse, foram 21 meninas (42,00%) e 8 meninos (17,39%).

Tabela 2 – Participantes com e sem queixas de estresse, de acordo com o sexo: ESA Total Com

estresse % estresse Sem % Meninas 50 21 42,00 29 58,00 Meninos 46 8 17,39 38 82,60 Total 96 29 30,20 67 69,79

Na tabela 2.1, de acordo com os sintomas, observa-se que das meninas, 11 foram psicológicos (22%), 4 cognitivos (8%), 2 fisiológicos (4%) e 3 interpessoal (6%) e dos meninos 4 foram psicológicos (8,69%), 2 cognitivos (4,34%), 1 interpessoal (2,17%) e não houve nenhum participante com sintoma fisiológico.

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Tabela 2.1 – Tabela de dados com os tipos de sintomas dos participantes classificados “com estresse”: ESA Total Com

estresse % Psicológico % Cognitivo % Fisiológico % Interpessoal % Meninas 50 21 42 11 22 4 8 2 4 3 6 Meninos 46 8 17,39 4 8,69 2 4,34 0 0 1 2,17 Total 96 29 30,20 15 15,62 6 6,25 2 2,08 4 4,16

Na tabela 2.2, de acordo com os sintomas múltiplos, observa-se que 1 menina apresentou sintoma psicológico e cognitivo (4,76%), 1 menino apresentou sintoma psicológico e interpessoal (12,5%).

Tabela 2.2 – Tabela de dados com os participantes classificados “com estresse” em sintomas múltiplos:

ESA Total Com

estresse % Psicológico e cognitivo % Psicológico e interpessoal % Meninas 50 21 42,00 1 4,76 0 0 Meninos 46 8 17,39 0 0 1 12,5 Total 96 29 30,20 1 3,44 1 3,44

Na tabela 2.3, de acordo com as fases do estresse, observa-se que das meninas 6 estão na fase de alerta (28,57%), 6 na fase de resistência (28,57%), 1 na fase de quase exaustão (4,76%) e 7 na fase de exaustão (33,33%). Dos meninos 1 está na fase de alerta (12,5%), 3 na fase de resistência (37,5%), 1 na fase de quase exaustão (6,89%) e 9 na fase de exaustão (31,03%).

Tabela 2.3 – Tabela de dados com os tipos de fases dos participantes classificados “com estresse”:

ESA Total Com

estresse Alerta % Resistência %

Quase

exaustão % Exaustão %

Meninas 50 21 6 28,57 6 28,57 1 4,76 7 33,33 Meninos 46 8 1 12,5 3 37,5 1 12,5 2 25

Total 96 29 7 24,13 9 31,03 2 6,89 9 31,03

Na tabela 2.4, observa-se que 2 participantes se encontram em fases múltiplas do estresse correspondendo a 3,44% do total dos participantes com estresse, sendo que 1 menina está na fase de resistência e exaustão (4,76%) e 1 menino está na fase de resistência e exaustão (12,5%).

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Tabela 2.4 – Tabela de dados com os participantes classificados “com estresse” em fases múltiplas:

ESA Total Com

estresse Resistência e exaustão %

Meninas 50 21 1 4,76 Meninos 46 8 1 12,5 Total 96 29 2 3,44

Sobre os sintomas associados à depressão, avaliados a partir do BDI II, 49 participantes apresentaram sintomas de depressão, se considerados os resultados moderado e grave, o que corresponde a 51,04% dos participantes, sendo 37 meninas (38,54%) e 12 meninos (12,5%), isto é, uma maior predominância em meninas do que em meninos, conforme pode ser observado na tabela 3.

Tabela 3: Classificação do BDI-II por sexo

BDI-II Meninas % Meninos % Total % Mínimo 6 13,04 24 48 30 31,25 Leve 7 15,21 10 20 17 17,70 Moderado 21 45,65 8 16 29 30,20 Grave 16 34,78 4 8 20 20,83

Nas meninas com resultados moderado ou grave, os itens que mais frequentemente obtiveram as maiores notas foram as perguntas 13 (Tenho dificuldades para tomar decisões) e 18 (Quero comer o tempo todo), cujo valor da MODA foi 3. Nos meninos nas mesmas condições, os itens foram 12 (Difícil me interessar em alguma coisa) e 15 (Não tenho energia suficiente para nada). O valor da MODA FOI 3.

Discussão

Observamos em nossa amostra que em um total de 96 participantes, sendo 46 do sexo feminino e 50 do sexo masculino, a predominância de sintomas de ansiedade avaliados pelo BAI, somados os sintomas moderados e graves foram maiores em meninas, quando comparadas aos meninos. Nas meninas, 28 somados os sintomas moderados e graves, apresentaram ansiedade, isto corresponde a 45,60% da amostra de meninas e 29,16% da amostra total. Já os meninos, somando os sintomas moderados e

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graves, apenas 5 participantes apresentaram sintomas de ansiedade, isto corresponde a 10% da amostra de meninos e a 5,20% da amostra total.

Os dados encontrados neste estudo sobre a influência do sexo na presença de sintomas de ansiedade corroboram estudos como os de Rodrigues et al. (2008), que afirmam que as mulheres apresentam risco signitivamente maior para o desenvolvimento de transtornos de ansiedade ao longo da vida assim, como maior gravidade dos sintomas cronicidade e prejuízo funcional se comparado aos homens.

Em outro estudo realizado por Rodrigues et al. (2008), com 456 vestibulandos utilizando o BAI, indicou que 185 (17,7%) apresentaram ansiedade moderado e 61 (5,8%) apresentaram ansiedade considerada grave. A pesquisa mostrou uma diferença significativa mostrando que as mulheres sofrem mais de ansiedade que os homens.

Corroborando em relação ao tema, Germain et al. (2016) como citado por Grolli et al. (2017) realizaram uma investigação com alunos de ensino médio e identificaram sintomas depressivos e de ansiedade ao longo dos três anos do ensino médio. Os dados encontrados nesse estudo sobre a influência do sexo na presença de encontrou uma maior incidência de sintomas ansiosos e depressivos nas meninas do que nos meninos bem como uma associação entre uma percepção mais negativa do apoio dos amigos e da família e uma identidade vocacional menos definida.

Em relação à Escala de Estresse para adolescente (ESA), 69,79% dos alunos atingiram escores que os classificaram como “sem estresse” e 30,20% dos alunos atingiram escores que os classificaram “com estresse”. Dos alunos classificados “com estresse” a frequência de meninas com queixa de estresse foi maior do que a de meninos, sendo 42% do sexo feminino e 17,39 do sexo masculino.

Os resultados encontrados corroboram com a pesquisa de Calais, Andrade e Lipp (2003) como citado por Machado et al. (2011), que encontraram maior índice de estresse nas mulheres do que nos homens adultos jovens.

Em outro estudo realizado por Schermann et al. (2014) com 475 adolescentes de 14 a 18 anos matriculados nas 13 escolas estaduais de Ensino Fundamental e Médio da cidade de Canoas/RS. A prevalência de estresse na amostra estudada foi de 10,9 %, sendo 10,3% nos rapazes e 11,4% nas moças. Em relação às características dos adolescentes, a maioria é do sexo feminino (58,9%), possui entre 14 e 15 anos (48,6%), está cursando o ensino médio (84,2%).

Nas meninas predominou o relato de sintomas psicológicos (22%) e cognitivos (8%). Nos meninos a maior frequência foi para sintomas psicológicos (8,69%). Os

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resultados corroboram com um estudo realizado por Leal (2001) como citado por Tricolli et al. (2015) na cidade de João Pessoa/PB onde participaram 453 adolescentes com idade entre 13 e 19 anos, onde foi detectado uma maior incidência de stress no sexo feminino (61,1%) com prevalência de sintomas psicológicos, utilizando-se do Inventário de Stress para adultos de Lipp, adaptado.

Sobre os sintomas de depressão avaliados pelo BDI-II, do total de participantes, 49 apresentaram sintomas de depressão o que corresponde a 51,04% da amostra total somando meninos e meninas. O presente estudo obteve uma maior predominância de sintomas de depressão em meninas, sendo 37 participantes com sintomas moderado e grave, o que corresponde a 38,54% da amostra. Já os meninos, somente 12 participantes apresentaram sintomas moderados e graves, o que corresponde a 12,5%.

Os dados encontrados neste estudo sobre a influência do sexo na presença de sintomas de depressão corroboram com os estudos de Reppold et al. (2003) que afirma que as análises de seu estudo evidenciaram que as meninas apresentam sintomas depressivos em uma incidência significativamente maior do que seus pares masculinos.

Outro estudo afirma que é possível que a prevalência de depressão entre as meninas esteja relacionada a especificidades do funcionamento neuro-hormonal feminino e ao fato destas se sentirem mais afetadas por eventos de vida estressantes, terem maior preocupação com o autoconhecimento e, conseqüentemente, por terem maior ciência de seus estados internos (Allgood-Merten et al., 1990; Lima, 1999; Soares, 1999, como citado por Reppold et al. (2003).

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Conclusão

No presente estudo foi observado, corroborando dados da literatura, que meninas mais frequentemente apresentam queixas de ansiedade, estresse e depressão.

Os resultados escontrados apontam a importância de um acompanhamento psicológico principalmente na fase da adolescência nas escolas, uma vez que, auxiliaria em uma melhor qualidade de vida e manutenção da saúde mental destes jovens, para uma transição saudável para a vida adulta e universitária.

É necessário ampliar os estudos sobre depressão em adolescentes em razão do alto índice de depressão apresentado na presente pesquisa, sobretudo devido à gravidade da doença e os danos que ela causa à saúde dos individuos.

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Referências

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