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com fundamento no artigo 5º, LXIX, da Constituição da República Federativa do Brasil e na Lei de 2009, impetrar o presente

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBU-NAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DE GOIÁS – SINTEGO/GO, inscrito no CNPJ/MF sob o nº. 25.107.087.0001-21, com sede na Rua 236, nº 230, Setor Coimbra, Goiânia – GO, CEP: 74.535-030, vem, respeitosamente à presença de V. Exª., por intermédio de seus advo-gados infra-assinados, com escritório estabelecido à Rua 236, n˚ 230 - Setor Coimbra - CEP 74535-030, vem respeitosamente à presença de Vossa Exce-lência, com fundamento no artigo 5º, LXIX, da Constituição da República Federativa do Brasil e na Lei 12.016 de 2009, impetrar o presente

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR

Contra ato ilegal cometido por:

- GOVERNADOR DO ESTADO DE GOIÁS - autoridade pública es-tabelecida em Palácio das Esmeraldas s/n - Praça Pedro Ludovico Teixei-ra - Centro.

- ESTADO DE GOIÁS - na pessoa de seu Procurador Geral do Estado, estabelecido em Goiânia, à Praça Pedro Ludovico Teixeira, n˚ 26 - Cen-tro.

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DOS FATOS

O autor é entidade sindical legalmente constituída, inscrita regularmente no Ministério do Trabalho, conforme documentos anexos e representa os trabalhadores em Educação no Estado de Goiás e nos diver-sos municípios do Estado, constituídos de professores e agentes adminis-trativos tanto dos municípios quanto aos do Estado de Goiás.

Na presente ação civil pública, o autor atua na condição con-ferida pelo artigo 8˚, inciso III da Constituição Federal, representando os agentes administrativos educacionais do Estado de Goiás.

O Estado de Goiás concedera, no mês de julho de 2015, por intermédio da Lei 18.964/2015, reajuste aos vencimentos dos professores do Estado, na ordem de 13,01% (treze inteiros e um centésimo por cento), da seguinte forma:

a) 1º de janeiro de 2015, para os cargos de P-I e P-II e do Quadro Transitório;

b) 1º de maio de 2015, para os cargos de III e P-IV, observado que o pagamento da diferença salarial dos meses de maio e junho de 2015 será parcelado em 10 (dez) vezes, a partir do mês de agosto de 2015; II – na Tabela 02 do Quadro Permanente constante do Anexo I de que trata o inciso I, com vigência a partir de 1º de julho de 2015.

O reajuste foi concedido a título de revisão geral, conforme estabelecido pelo artigo 2˚ da referida Lei Estadual:

Art. 2º Os ganhos financeiros decorrentes desta Lei abrangem a revisão geral anual relativa à data-base de 2015.

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Assim, realizada a revisão geral anual relativa à data base de 2015 para os professores estaduais, o mesmo tratamento não tiveram os agentes administrativos educacionais das escolas públicas do Estado, por-quanto a Constituição Federal estabelece que a revisão geral entre servi-dores civis sejam feitas anualmente sem distinção de datas e índices.

Com os índices estabelecidos pela referida lei, entende o Im-petrante que a autoridade coatora violou direito líquido e certo da categoria representada pelo Impetrante ao direito de revisão geral anual, conforme estabelecido pelo artigo 37, inciso X, da Constituição Federal, com igual-dade de índices de reajustes e data.

DO DIREITO

A Lei 18.964/2015, em seu artigo 2˚, impõe a abrangência dos efeitos financeiros à REVISÃO GERAL ANUAL da data base de 2015:

Art. 2º Os ganhos financeiros decorrentes desta Lei abrangem a revisão geral anual relativa à data-base de 2015.

Trata-se de uma norma que obedece ao comando do artigo 37, inciso X da Constituição Federal, que dispõe:

X - a remuneração dos servidores públicos e o sub-sídio de que trata o § 4º do art. 39 somente pode-rão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso,

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as-segurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;

Assim é que a Constituição Federal ao prever a revisão geral anual, mediante lei específica, assegurou também que fosse feita sem dis-tinção de índices e sempre na mesma data.

A Lei Estadual 18.964/15 especifica que faz a revisão geral anual à categoria dos professores da rede pública estadual, porém, ao re-alizar a revisão geral anual relativa à data base de 2015, conforme es-tabelece o seu artigo 2˚, acabou por permitir a extensão deste mesmo índice a todos agentes administrativos educacionais do Estado de Goiás, uma vez que a Constituição determina que a revisão seja feita anualmente, sempre na mesma data e sem distinção de índices.

A omissão do poder público estadual em não editar uma lei especifica aos agentes administrativos, data venia, não constitui empecilho para determinar o reajuste concedido pela Lei 18.964/2015, na mesma da-ta, visto que qualquer lei que se edite, deverá ter o mesmo reajuste e a mesma data, porque a Constituição Federal determinou o mesmo tratamen-to, sem distinção de índices e de data.

O STF já adotou o mesmo entendimento, o de estender o benefício dado por uma lei a outros servidores para assegurar a igualdade de datas e de índices, conforme estabelecido pela SUMULA VINCU-LANTE N˚ 51:

O reajuste de 28,86%, concedido aos servidores mi-litares pelas Leis 8622/1993 e 8627/1993, estende-se aos estende-servidores civis do poder executivo, obestende-ser- obser-vadas as eventuais compensações decorrentes dos

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re-ajustes diferenciados concedidos pelos mesmos di-plomas legais.

A jurisprudência que segue a súmula ou os seus precedentes jurisprudenciais mencionam claramente essa extensão:

"Ementa: (...) Ao julgar o RMS 22.307, o Plenário desta Corte decidiu, por maioria, que as Leis nºs 8.622/93 e 8.627/93 concederam revisão geral de vencimentos aos servidores públicos, da ordem de 28,86%, nos termos do inciso X do art. 37 da Carta de Outubro (redação anterior à EC 19/98). Posteri-ormente, ao apreciar os embargos de declaração o-postos (RMS 22.307-ED), entendeu, também por maio-ria, que deveriam ser compensados, em cada caso, os índices eventualmente concedidos pela própria Lei nº 8.627/93. Tal decisão autoriza concluir que a citada revisão, sendo geral, na forma do dispositi-vo constitucional em apreço (cuja redação originá-ria não comportava distinção entre civis e res), é devida, por igual, aos servidores

milita-res, também com a mencionada compensação." (RE

445018 AgR, Relator Ministro Carlos Britto,

Primei-ra Turma, julgamento em 29.6.2005, DJe de 21.10.2005)

"(...) para chegar-se ao índice de 28,86%, que foi tido como correspondente ao reajuste geral concedi-do a toconcedi-do o funcionalismo, civil e militar, e, como tal, aplicado aos servidores do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, dos servidores do Tribunal de Contas da União e do Ministério Público Federal, considerou-se a média percentual resultante da ade-quação dos postos e gradações dos servidores mili-tares. Melhor exame da Lei nº 8.627/93, entretanto, revela que não apenas os servidores militares re-sultaram por ela beneficiados, por meio da 'adequa-ção dos postos e gradações', mas também nada menos que vinte categorias de servidores civis, contem-plados pelo eufêmico 'reposicionamento' previsto em seus artigos 1º e 3º, entre elas a dos 'servidores do Plano de Classificação de Cargos das Leis nº 5.645/70 e 6.550/78'. Assim, conforme enfatizou o em. Ministro Octavio Gallotti, quando do julgamento ora embargado, 'não houve... uma singela extensão, a servidores civis, de valores de soldos de milita-res', o que a jurisprudência do STF não tolerava, mas a extensão de reajuste concedido aos militares e a numerosíssimas carreiras do funcionalismo ci-vil. Trata-se de circunstância que não se pode dei-xar de ter em conta, quando se cuida de estender o

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percentual de 28,86% às categorias funcionais que

restaram excluídas da revisão geral." (RMS 22307

ED, Relator Ministro Marco Aurélio, Relator para

acórdão Ministro Ilmar Galvão, Tribunal Pleno, jul-gamento em 11.3.1998, DJ de 26.6.1998)

A SUMULA 339 do STF, portanto, não se aplica ao caso, visto que existe uma lei estadual, em caso concreto, que estabelece o mes-mo índice de reajuste (13,01%), porém, com datas distintas, cabendo ao Poder Judiciário, como na hipótese verificada na SUMULA VINCU-LANTE 51 do STF, também a estender aos agentes administrativos o mesmo índice concedido aos professores PIII e PIV (artigo 1˚, inciso I, let-ra ―a‖ da Lei 18.964/2015), determinando o reajuste de 13,01%, retroativos à data de janeiro de 2015.

DO PEDIDO

POSTO ISSO, requer seja o mandamus julgado procedente , a fim de determinar ao Estado de Goiás, estender o índice de revisão geral anual dos agentes administrativos educacionais, regidos pela Lei 13.910/2001, concedidos pela Lei Estadual 18.964/2015, na ordem de 13,01%, retroativos a janeiro de 2015, conforme determina o artigo 37, in-ciso X, da Constituição Federal.

Requer a notificação da autoridade coatora para, no prazo de 10(dez) dias, apresentar apresentar suas informações

Requer a citação do réu, no endereço indicado, para o fim de apresentar resposta, no prazo legal, sob pena de ser considerado revel.

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Valor da causa — R$ 1.000,00

NESTES TERMOS

PEDE DEFERIMENTO.

Goiânia-GO, 07 de 7dezembro de 2015

Carlos Eduardo Ramos Jubé

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