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Rede de Avaliação e capacitação para implementação dos Planos Diretores Participativos. 1. Caracterização sócio-demográfica e econômica do Município.

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Academic year: 2021

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Rede de Avaliação e capacitação para implementação dos Planos Diretores Participativos

Nome do Pesquisador: Ana Paula Casassola Gonçalves contato: anacasassola@gmail.com; 94565145

Município: São Francisco de Itabapoana Número da Lei: 228/2006 de 10/10/2006 Estado: Rio de Janeiro

A) Informações gerais do município

1. Caracterização sócio-demográfica e econômica do Município. a) População urbana e rural e sua evolução nos últimos 20 anos.

São Francisco de Itabapoana possuía uma população urbana de 22.419 habitantes em 2007 e rural de 22. 056 habitantes nesse mesmo ano. Nos dados de 1991 esse município não foi contabilizado pois ainda pertencia a São João da Barra1. Pelos dados de 2007 constata-se que esse município ainda é essencialmente rural pois não está dentro do contexto da maior parte das cidades brasileiras onde a grande maior parte da população é urbana. Além disso comparando essas informações mais atuais com os dados de população total da tabela seguinte, percebe-se que houve desde a década de 70 uma relativa estagnação do crescimento populacional.

Evolução da População total do município por década

1940 1950 1960 1970 1980 1991 1996

28.760 32.301 36.720 39.883 35.932 38.714 39.309

Fonte: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, Censos Demográficos e Contagem da População - 1996.

b) Evolução da PEA por setor nos últimos 10 anos:

A população economicamente ativa do município em 2000 era de 17.201 habitantes contabilizando 51,55% da população o que está abaixo da média brasileira que é de 56, 58% para esse mesmo ano.

(2)

c) estratificação da população por renda e sua evolução nos últimos 10 anos. .

Tabela 2- Famílias residentes em domicílios particulares por classes de rendimento nominal mensal familiar per capita e tipo de

composição familiar

Tipo de composição familiar = Total

Brasil e Município Classes de rendimento nominal mensal familiar per capita Variável X Ano Famílias residentes em domicílios particulares (Unidade) Famílias residentes em domicílios particulares (Percentual) 1991 2000 1991 2000 Brasil Total 37.502.539 48.262.786 100 100 Até 1/8 de salário mínimo 1.963.043 1.056.745 5,23 2,19 Mais de 1/8 a 1/4 de salário mínimo 4.307.535 2.745.422 11,49 5,69 Mais de 1/4 a 1/2 salário mínimo 7.151.845 6.755.271 19,07 14 Mais de 1/2 a 3/4 de salário mínimo 5.046.524 5.015.268 13,46 10,39 Mais de 3/4 a 1 salário mínimo 3.235.647 6.086.378 8,63 12,61 Mais de 1 a 1 1/4 salários mínimos 2.507.377 2.983.122 6,69 6,18 Mais de 1 1/4 a 1 1/2 salários mínimos 1.850.469 2.972.744 4,93 6,16 Mais de 1 1/2 a 2 salários mínimos 2.376.343 4.343.415 6,34 9

(3)

Mais de 2 a 3 salários mínimos 2.716.150 4.392.959 7,24 9,1 Mais de 3 a 5 salários mínimos 2.145.638 3.939.006 5,72 8,16 Mais de 5 a 10 salários mínimos 1.468.582 3.003.127 3,92 6,22 Mais de 10 salários mínimos 750.638 1.903.737 2 3,94 Sem rendimento 1.074.683 3.065.591 2,87 6,35 Sem declaração 908.065 - 2,42 - São Francisco de Itabapoana - RJ Total - 12.331 - 100 Até 1/8 de salário mínimo - 271 - 2,19 Mais de 1/8 a 1/4 de salário mínimo - 1.102 - 8,93 Mais de 1/4 a 1/2 salário mínimo - 3.153 - 25,57 Mais de 1/2 a 3/4 de salário mínimo - 2.027 - 16,44 Mais de 3/4 a 1 salário mínimo - 1.999 - 16,21 Mais de 1 a 1 1/4 salários mínimos - 607 - 4,92 Mais de 1 1/4 a 1 1/2 salários mínimos - 585 - 4,74 Mais de 1 1/2 a 2 salários mínimos - 602 - 4,88

(4)

Mais de 2 a 3 salários mínimos - 536 - 4,35 Mais de 3 a 5 salários mínimos - 253 - 2,05 Mais de 5 a 10 salários mínimos - 199 - 1,61 Mais de 10 salários mínimos - 168 - 1,36 Sem rendimento - 830 - 6,73 Sem declaração - - - -

De acordo com a tabela podemos dizer que o município possui um índice de pobreza semelhante com o nacional no que se refere aos estratos mais baixos de renda, sendo que sua população se concentra mais em mais de um quarto a meio salário mínimo e mais de ½ a ¾ de salário mínimo e mais de ¾ a um salário mínimo. Isso significa que o município tem uma renda per capita abaixo da média nacional.

d)Déficit habitacional e déficit de acesso aos serviços de saneamento ambiental

Com relação ao déficit habitacional, o município não se encontra na contagem do aplicativo fornecido nem em tabela do IBGE. Com relação ao abastecimento de água podemos dizer que o Município está muito abaixo da média nacional de abastecimento em rede geral (23,63 % de domicílios, média nacional é 77, 82% de domicílios) e rede geral em pelo menos um cômodo (22,56% de domicílos, média nacional é de 72,92 % de domicílios. A maior parte da população possui poço ou nascente na propriedade (74,89%) mas apenas 48,57% possui poço ou nascente na propriedade canalizada em pelo menos um cômodo. Com relação aos índices rurais de captação de água eles também estão muito abaixo da média nacional. Em rede geral por exemplo somente 0,5 % dos domicílios tem acesso contrastando com 3% da média nacional.

Tabela 3 - Domicílios particulares permanentes e Moradores em Domicílios particulares permanentes por situação e abastecimento de água

Ano = 2000

(5)

Município do

domicílio abastecimento de água

Domicílios particulares permanentes (Unidade) Domicílios particulares permanentes (Percentual) Moradores em domicílios particulares permanentes (Pessoas) Moradores em domicílios particulares permanentes (Percentual) Brasil Total Total 44.795.101 100 168.370.893 100 Rede geral 34.859.393 77,82 127.682.948 75,83 Rede geral - canalizada em pelo menos um cômodo 32.666.044 72,92 118.432.944 70,34 Rede geral - canalizada só na propriedade ou terreno 2.193.349 4,9 9.250.004 5,49 Poço ou nascente (na propriedade) 6.976.877 15,58 28.074.483 16,67 Poço ou nascente (na propriedade) - canalizada em pelo menos um cômodo 3.973.047 8,87 14.940.615 8,87 Poço ou nascente (na propriedade) - canalizada só na propriedade ou terreno 569.401 1,27 2.315.903 1,38 Poço ou nascente (na propriedade) - não canalizada 2.434.429 5,43 10.817.965 6,43 Outra forma 2.958.831 6,61 12.613.462 7,49 Outra forma - canalizada em pelo menos um cômodo 493.842 1,1 1.887.131 1,12 Outra forma - canalizada só na propriedade ou terreno 145.073 0,32 610.696 0,36

Outra forma - não canalizada 2.319.916 5,18 10.115.635 6,01 Urbana Total 37.334.866 83,35 137.015.685 81,38 Rede geral 33.512.266 74,81 122.102.799 72,52 Rede geral - canalizada em pelo menos um cômodo 31.696.176 70,76 114.559.080 68,04 Rede geral - canalizada só na propriedade ou terreno 1.816.090 4,05 7.543.719 4,48

(6)

Poço ou nascente (na propriedade) 2.663.255 5,95 10.399.507 6,18 Poço ou nascente (na propriedade) - canalizada em pelo menos um cômodo 1.783.132 3,98 6.709.484 3,98 Poço ou nascente (na propriedade) - canalizada só na propriedade ou terreno 209.058 0,47 848.717 0,5 Poço ou nascente (na propriedade) - não canalizada 671.065 1,5 2.841.306 1,69 Outra forma 1.159.345 2,59 4.513.379 2,68 Outra forma - canalizada em pelo menos um cômodo 287.081 0,64 1.085.154 0,64 Outra forma - canalizada só na propriedade ou terreno 68.259 0,15 277.605 0,16

Outra forma - não canalizada 804.005 1,79 3.150.620 1,87 Rural Total 7.460.235 16,65 31.355.208 18,62 Rede geral 1.347.127 3,01 5.580.149 3,31 Rede geral - canalizada em pelo menos um cômodo 969.868 2,17 3.873.864 2,3 Rede geral - canalizada só na propriedade ou terreno 377.259 0,84 1.706.285 1,01 Poço ou nascente (na propriedade) 4.313.622 9,63 17.674.976 10,5 Poço ou nascente (na propriedade) - canalizada em pelo menos um cômodo 2.189.915 4,89 8.231.131 4,89 Poço ou nascente (na propriedade) - canalizada só na propriedade ou terreno 360.343 0,8 1.467.186 0,87

(7)

Poço ou nascente (na propriedade) - não canalizada 1.763.364 3,94 7.976.659 4,74 Outra forma 1.799.486 4,02 8.100.083 4,81 Outra forma - canalizada em pelo menos um cômodo 206.761 0,46 801.977 0,48 Outra forma - canalizada só na propriedade ou terreno 76.814 0,17 333.091 0,2

Outra forma - não canalizada 1.515.911 3,38 6.965.015 4,14 São Francisco de Itabapoana - RJ Total Total 11.663 100 40.911 100 Rede geral 2.756 23,63 9.590 23,44 Rede geral - canalizada em pelo menos um cômodo 2.631 22,56 9.090 22,22 Rede geral - canalizada só na propriedade ou terreno 125 1,07 500 1,22 Poço ou nascente (na propriedade) 8.674 74,37 30.638 74,89 Poço ou nascente (na propriedade) - canalizada em pelo menos um cômodo 5.627 48,25 19.870 48,57 Poço ou nascente (na propriedade) - canalizada só na propriedade ou terreno 305 2,62 1.043 2,55 Poço ou nascente (na propriedade) - não canalizada 2.742 23,51 9.725 23,77 Outra forma 233 2 683 1,67 Outra forma - canalizada em pelo menos um cômodo 37 0,32 126 0,31 Outra forma - canalizada só na propriedade ou terreno 5 0,04 12 0,03

(8)

Outra forma - não canalizada 191 1,64 545 1,33 Urbana Total 5.527 47,39 19.088 46,66 Rede geral 2.698 23,13 9.369 22,9 Rede geral - canalizada em pelo menos um cômodo 2.579 22,11 8.899 21,75 Rede geral - canalizada só na propriedade ou terreno 119 1,02 470 1,15 Poço ou nascente (na propriedade) 2.709 23,23 9.367 22,9 Poço ou nascente (na propriedade) - canalizada em pelo menos um cômodo 2.049 17,57 7.101 17,36 Poço ou nascente (na propriedade) - canalizada só na propriedade ou terreno 84 0,72 272 0,66 Poço ou nascente (na propriedade) - não canalizada 576 4,94 1.994 4,87 Outra forma 120 1,03 352 0,86 Outra forma - canalizada em pelo menos um cômodo 21 0,18 66 0,16 Outra forma - canalizada só na propriedade ou terreno 5 0,04 12 0,03

Outra forma - não canalizada 94 0,81 274 0,67 Rural Total 6.136 52,61 21.823 53,34 Rede geral 58 0,5 221 0,54 Rede geral - canalizada em pelo menos um cômodo 52 0,45 191 0,47

(9)

Rede geral - canalizada só na propriedade ou terreno 6 0,05 30 0,07 Poço ou nascente (na propriedade) 5.965 51,14 21.271 51,99 Poço ou nascente (na propriedade) - canalizada em pelo menos um cômodo 3.578 30,68 12.769 31,21 Poço ou nascente (na propriedade) - canalizada só na propriedade ou terreno 221 1,89 771 1,88 Poço ou nascente (na propriedade) - não canalizada 2.166 18,57 7.731 18,9 Outra forma 113 0,97 331 0,81 Outra forma - canalizada em pelo menos um cômodo 16 0,14 60 0,15 Outra forma - canalizada só na propriedade ou terreno - - - -

Outra forma - não canalizada

97 0,83 271 0,66

Com relação ao tratamento de esgoto, podemos dizer que o município possui uma situação muito ruim. A média do município para rede geral de esgoto é 0,4 % enquanto a média nacional é de 47,24% de domicílios. Não ter banheiro ou vala corresponde a 10% dos domicílios que está um pouco acima da média nacional. O principal tratamento de esgoto tanto na área urbana como rural é a fossa rudimentar (39,54% dos domicílios e 41,96% respectivamente. A média do município para os domicílios na área rural que não tem banheiro também é maior que a nacional.

Tabela 4 - Domicílios particulares permanentes e Moradores em Domicílios particulares permanentes por situação e tipo do esgotamento sanitário

Ano = 2000

(10)

Município do

domicílio esgotamento sanitário

Domicílios particulares permanentes (Unidade) Domicílios particulares permanentes (Percentual) Moradores em domicílios particulares permanentes (Pessoas) Moradores em domicílios particulares permanentes (Percentual) Brasil Total Total 44.795.101 100 168.370.893 100 Rede geral de esgoto ou pluvial 21.160.735 47,24 74.721.700 44,38 Fossa séptica 6.699.715 14,96 24.877.530 14,78 Fossa rudimentar 10.594.752 23,65 42.156.836 25,04 Vala 1.154.910 2,58 4.625.992 2,75 Rio, lago ou mar 1.110.021 2,48 4.376.438 2,6 Outro escoadouro 369.660 0,83 1.521.952 0,9 Não tinham banheiro nem sanitário 3.705.308 8,27 16.090.445 9,56 Urbana Total 37.334.866 83,35 137.015.685 81,38 Rede geral de esgoto ou pluvial 20.913.956 46,69 73.759.596 43,81 Fossa séptica 5.984.551 13,36 22.146.361 13,15 Fossa rudimentar 7.482.258 16,7 29.425.406 17,48 Vala 816.951 1,82 3.223.912 1,91 Rio, lago ou mar 827.843 1,85 3.219.940 1,91 Outro escoadouro 236.439 0,53 943.817 0,56 Não tinham banheiro nem sanitário 1.072.868 2,4 4.296.653 2,55 Rural Total 7.460.235 16,65 31.355.208 18,62

(11)

Rede geral de esgoto ou pluvial 246.779 0,55 962.104 0,57 Fossa séptica 715.164 1,6 2.731.169 1,62 Fossa rudimentar 3.112.494 6,95 12.731.430 7,56 Vala 337.959 0,75 1.402.080 0,83 Rio, lago ou mar 282.178 0,63 1.156.498 0,69 Outro escoadouro 133.221 0,3 578.135 0,34 Não tinham banheiro nem sanitário 2.632.440 5,88 11.793.792 7 São Francisco de Itabapoana - RJ Total Total 11.663 100 40.911 100 Rede geral de esgoto ou pluvial 47 0,4 159 0,39 Fossa séptica 160 1,37 565 1,38 Fossa rudimentar 9.505 81,5 33.364 81,55 Vala 193 1,65 713 1,74 Rio, lago ou mar 432 3,7 1.603 3,92 Outro escoadouro 86 0,74 309 0,76 Não tinham banheiro nem sanitário 1.240 10,63 4.198 10,26 Urbana Total 5.527 47,39 19.088 46,66 Rede geral de esgoto ou pluvial 46 0,39 156 0,38 Fossa séptica 133 1,14 461 1,13 Fossa rudimentar 4.611 39,54 15.848 38,74 Vala 79 0,68 284 0,69 Rio, lago ou mar 427 3,66 1.584 3,87

(12)

Outro escoadouro 24 0,21 84 0,21 Não tinham banheiro nem sanitário 207 1,77 671 1,64 Rural Total 6.136 52,61 21.823 53,34 Rede geral de esgoto ou pluvial 1 0,01 3 0,01 Fossa séptica 27 0,23 104 0,25 Fossa rudimentar 4.894 41,96 17.516 42,81 Vala 114 0,98 429 1,05 Rio, lago ou mar 5 0,04 19 0,05 Outro escoadouro 62 0,53 225 0,55 Não tinham banheiro nem sanitário 1.033 8,86 3.527 8,62

Com relação ao destino do lixo, podemos dizer também que a situação do município é precária. Apenas 35,15% dos domicílios possuem lixo coletado do total da população de São Francisco contrastando com a média do total nacional que corresponde a 79,01%. O principal destino do lixo no município é a queima na propriedade (52,65% dos domicílios). O índice do que é jogado em terreno baldio ou logradouro também está acima da média nacional (8,33% dos domicílios).

Tabela 5 - Domicílios particulares permanentes e Moradores em Domicílios particulares permanentes por situação e destino do lixo

Ano = 2000 Brasil e Município Situação do domicílio Destino do lixo Variável Domicílios particulares permanentes (Unidade) Domicílios particulares permanentes (Percentual) Moradores em domicílios particulares permanentes (Pessoas) Moradores em domicílios particulares permanentes (Percentual)

Brasil Total Total 44.795.101 100 168.370.893 100

(13)

Coletado por serviço de limpeza 33.263.039 74,26 120.542.400 71,59 Coletado em caçamba de serviço de limpeza 2.130.292 4,76 8.126.515 4,83 Queimado (na propriedade) 5.029.000 11,23 21.073.667 12,52 Enterrado (na propriedade) 521.785 1,16 2.048.206 1,22 Jogado em terreno baldio ou logradouro 3.102.584 6,93 13.344.612 7,93 Jogado em rio, lago ou mar 193.505 0,43 877.570 0,52 Outro destino 554.896 1,24 2.357.923 1,4 Urbana Total 37.334.866 83,35 137.015.685 81,38 Coletado 34.401.517 76,8 124.858.017 74,16 Coletado por serviço de limpeza 32.429.248 72,39 117.335.606 69,69 Coletado em caçamba de serviço de limpeza 1.972.269 4,4 7.522.411 4,47 Queimado (na propriedade) 1.430.331 3,19 5.951.876 3,53 Enterrado (na propriedade) 117.819 0,26 469.518 0,28 Jogado em terreno baldio ou logradouro 1.180.177 2,63 4.908.719 2,92

(14)

Jogado em rio, lago ou mar 121.794 0,27 509.534 0,3 Outro destino 83.228 0,19 318.021 0,19 Rural Total 7.460.235 16,65 31.355.208 18,62 Coletado 991.814 2,21 3.810.898 2,26 Coletado por serviço de limpeza 833.791 1,86 3.206.794 1,9 Coletado em caçamba de serviço de limpeza 158.023 0,35 604.104 0,36 Queimado (na propriedade) 3.598.669 8,03 15.121.791 8,98 Enterrado (na propriedade) 403.966 0,9 1.578.688 0,94 Jogado em terreno baldio ou logradouro 1.922.407 4,29 8.435.893 5,01 Jogado em rio, lago ou mar 71.711 0,16 368.036 0,22 Outro destino 471.668 1,05 2.039.902 1,21 São Francisco de Itabapoana - RJ Total Total 11.663 100 40.911 100 Coletado 4.100 35,15 14.329 35,02 Coletado por serviço de limpeza 3.878 33,25 13.529 33,07 Coletado em caçamba de serviço de limpeza 222 1,9 800 1,96 Queimado (na propriedade) 6.141 52,65 21.916 53,57

(15)

Enterrado (na propriedade) 226 1,94 737 1,8 Jogado em terreno baldio ou logradouro 971 8,33 3.145 7,69 Jogado em rio, lago ou mar 78 0,67 278 0,68 Outro destino 147 1,26 506 1,24 Urbana Total 5.527 47,39 19.088 46,66 Coletado 3.602 30,88 12.475 30,49 Coletado por serviço de limpeza 3.457 29,64 11.942 29,19 Coletado em caçamba de serviço de limpeza 145 1,24 533 1,3 Queimado (na propriedade) 1.491 12,78 5.194 12,7 Enterrado (na propriedade) 71 0,61 235 0,57 Jogado em terreno baldio ou logradouro 247 2,12 782 1,91 Jogado em rio, lago ou mar 71 0,61 246 0,6 Outro destino 45 0,39 156 0,38 Rural Total 6.136 52,61 21.823 53,34 Coletado 498 4,27 1.854 4,53 Coletado por serviço de limpeza 421 3,61 1.587 3,88

(16)

Coletado em caçamba de serviço de limpeza 77 0,66 267 0,65 Queimado (na propriedade) 4.650 39,87 16.722 40,87 Enterrado (na propriedade) 155 1,33 502 1,23 Jogado em terreno baldio ou logradouro 724 6,21 2.363 5,78 Jogado em rio, lago ou mar 7 0,06 32 0,08 Outro destino 102 0,87 350 0,86

2. Localização do município em tipologia

O município se enquadra na tipologia H (Centros urbanos em espaços rurais com elevada desigualdade e pobreza) do tipo 8 (Centros urbanos em espaços rurais consolidados mas de frágil dinamismo recente e moderada desigualdade social) devido às suas características rurais, dados da população economicamente ativa e a própria importância que é dada no Plano Diretor para alguns ramos específicos da economia priorizando o turismo como fonte de renda e de investimento.

3. Diagnóstico do Plano Diretor

Não tivemos acesso a nenhum tipo de diagnóstico do Plano, nem seus anexos ou mapas delimitadores de Zonas de Habitação de Interesse Social, Zonas de Proteção Ambiental etc. O único tipo de mapa ao qual tivemos acesso se refere à divisão do município em distritos e suas principais rodovias. Esse material não foi utilizado na avaliação do Plano.

4. Verificar se o município já possuía Plano Diretor antes da elaboração deste.

O município não possuía Plano Diretor antes da elaboração deste. É importante ressaltar que durante as oficinas foi levantada a questão que São Francisco de Itabapoana não teve assessoria técnica nem recursos específicos para a elaboração do Plano.

5. Estratégia econômica sócio territorial para o desenvolvimento do município

O Plano fala de desenvolvimento econômico como um dos princípios mais gerais levando em consideração a importância da qualidade ambiental e a redução das desigualdades.

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O Plano não define muito bem como esses temas tidos como prioritários se relacionam com os objetivos mais específicos como por exemplo uma definição melhor do que seria o “sistema produtivo” e sua relação com o desenvolvimento econômico. Existe uma certa predominância do tema da diversificação da economia local favorecendo a oferta de emprego e de geração de renda assim como o desenvolvimento da atividade turística. O Plano também menciona o fortalecimento dos pólos produtivos entretanto sem muita cautela não prevendo os impactos sociais e urbanos do arranjo produtivo local no qual o município se insere por exemplo. E apesar do plano possuir claramente várias diretrizes territoriais do estatuto da cidade, legitimando vários de seus instrumentos, e também além do Plano possuir um cuidado considerável com a questão patrimonial histórica e cultural, não há uma relação muito clara entre esses temas do Plano e o desenvolvimento econômico. Esses temas são tratados “setorialmente”.

Linguagem do Plano

O Plano não faz um glossário ou documento explicativo, entretanto, a linguagem não é excessivamente técnica.

Relação do Plano diretor com orçamento municipal

O Plano define prioridades de investimento somente no sentido que estabelece que o Plano Plurianual e as diretrizes orçamentárias deverão incorporar as diretrizes definidas no Plano Diretor.

Relação entre Plano Diretor e o PAC ou outros grandes investimentos. Não se aplica.

B.Acesso à Terra urbanizada I) Função social da propriedade

1. O Plano estabelece como objetivo ou diretriz o cumprimento da função social da propriedade? De que forma?

Apesar do Plano tratar de diversos instrumentos do Estatuto da Cidade que têm por objetivo garantir a função social da propriedade como por exemplo parcelamento, edificação ou utilização compulsórios, IPTU progressivo no tempo, desapropriação com pagamento em títulos, direito de preempção, outorga onerosa do direito de construir, etc, em nenhum momento o Plano trabalha explicitamente com esse conceito de “função social da propriedade”. Trata do “interesse coletivo” e da “inclusão social” enquanto premissas e da necessidade da redistribuição dos investimentos públicos e de serviços e equipamentos urbanos e coletivos de modo a promover a justiça social. Isso não significa que a função social da propriedade não esteja contemplada. Ela está de alguma forma presente na descrição dos instrumentos mencionados do Estatuto da Cidade mas fora de um contexto de reforma urbana.

II. Controle do Uso e Ocupação do Solo

1. O Plano estabelece macrozoneamento? Da zona urbana e rural?; 2. Estão definidos os objetivos do macrozoneamento? Quais?

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O Plano estabelece um macrozoneamento distinguindo Zona Urbana de Zona Rural. São objetivos da Macrozona Rural: compatibilização do uso e da ocupação rural com a proteção ambiental, especialmente à preservação das áreas de mananciais destinados à captação para abastecimento de água; estímulo às atividades agro-pecuárias que favoreçam a fixação do trabalhador rural no campo; atualização das informações relativas à Área Rural, inclusive com o seu mapeamento e o levantamento de dados sobre o domínio fundiário e controle da agricultura da cana-de-açúcar, especialmente referente às técnicas agrárias de irrigação e de queimadas. (artigo 110) Há de se ressaltar nessas diretrizes a idéia de fixação do trabalhador rural no campo que de certa forma significa que o êxodo rural foi encarado como algo negativo o que talvez signifique uma certa incapacidade da Zona Urbana de absorver a migração do meio rural. Além disso, no parágrafo único desse artigo nos chamou a atenção a implantação de um cinturão verde envolta da área urbana “permitindo a convivência das atividades agrícolas à proximidade da ocupação urbana”. Essa diretriz não ficou muito clara pra nós pois um “cinturão verde” também pode ter um sentido de segregação espacial. No artigo 108 quando há o estabelecimento de subdivisão em macrozonas e no artigo 112, não fica claro o que seria a Macrozona de Manejo Sustentável. Somente quando lemos as diretrizes dessa Macrozona é que percebemos que se trata de uma área onde existe uma preocupação de preservação ambiental mas na sua definição isso não está explícito: “Art.112. A macrozona de Manejo Sustentável é constituída pelo cinturão ao longo dos limites da Área Urbana do Município e de municípios vizinhos” Um aspecto positivo no Macrozoneamento Rural se refere no apoio à educação ambiental no meio rural e na implementação de programas de esclarecimentos aos produtores rurais pra proteção ambiental.

Com relação ao Macrozoneamento da Área Urbana, os objetivos foram constituídos da seguinte forma: adequação da legislação urbanística às especificidades locais; adensamento controlado nas áreas com maior potencial de infra-estrutura urbana; controle ao adensamento nos bairros onde o potencial de infra-estrutura urbana é insuficiente; restrição à ocupação nas áreas de mananciais, de captação de água para abastecimento da Cidade e de recarga dos aqüíferos de São Francisco de Itabapoana; controle à ocupação nas áreas não servidas por redes de abastecimento de água e esgotamento sanitário, evitando altas densidades populacionais; requalificação dos bairros; incentivo à ocupação dos vazios urbanos situados em áreas com infra-estrutura urbana; descentralização de atividades, ordenando centros de comércio e serviços na Cidade; compatibilização do adensamento ao potencial de infra-estrutura urbana e aos condicionantes ambientais e promoção de um sistema eficiente de acompanhamento da dinâmica urbana.

O Plano não esclarece o que seria a “requalificação dos bairros”.

3. O macrozoneamento está demarcado em mapas? Delimitado por perímetros?

O Macrozonemanto não está demarcado em mapas delimitado por perímetros. Existe uma identificação de área urbana nos mapas mas não do macrozoneamento.

4. Além do Macrozoneamento o plano estabelece alguma outra forma de regulação do uso e ocupação do solo ou remete a uma revisão/elaboração de lei de uso e ocupação do solo?

O Plano prevê definição de Zonas de Interesse Ambiental e Paisagístico com padrões específicos para preservação e recuperação (artigos 28 e 32); fala da criação de unidades especiais de preservação cultural com definição de diretrizes e regulamentação urbanística

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(artigos 40 e 49) e de Zonas Especiais de Preservação Cultural (artigo 43) e trata das Zonas Especiais de Interesse Social (artigos 91 a 104).

III) Perímetro Urbano e Parcelamento do Solo

1. O Plano estendeu (ou diminuiu) o perímetro urbano? Criou alguma regra para a extensão do perímetro? Qual?

O Plano não trata diretamente sobre a extensão do perímetro urbano apenas da intensificação do adensamento em determinadas áreas e da integração de determinados vazios urbanos.

2. O plano incluiu regras para o parcelamento do solo urbano ou remeteu para legislação específica? Criou regras específicas para parcelamento de interesse social? Com relação ao parcelamento do solo o Plano menciona apenas o parcelamento, edificação ou utilização compulsórios (artigo 129) como instrumento de indução ao desenvolvimento urbano das Zonas de Adensamento controlado e de Estruturação urbana. Além disso o Plano menciona o parcelamento em Zonas Especiais de Interesse Social 1(artigo 97) que é definido mediante aprovação de Plano de Urbanização por ato do Poder Executivo e menciona lei municipal sobre parcelamento do solo urbano que deverá contemplar parâmetros específicos para dimensionamento dos lotes, bem como para exigências mínimas de infra-estrutura urbana e de equipamentos urbanos e comunitários nos empreendimentos nas Zonas Especiais de Interesse Social 2 (artigo 103)

3. Identificar a previsão de área de expansão urbana e sua definição .

O Plano não prevê em mapa área de expansão urbana e também não trabalha com esse conceito no texto. Trabalha sim com os conceitos de adensamento, reestruturação e reintegração.

IV) Coeficientes e Macrozonas

1) Verificar quais são os tipos de zona e/ou macrozonas definidas no Plano MACROZONAS RURAIS:

a) macrozona agrícola: é constituído por áreas com predominância de cultura extensiva, destinadas às atividades rurais e à implantação de equipamentos urbanos ou estabelecimentos de grande porte, como aterro sanitário, estação de tratamento de água e de efluentes líquidos e agroindústria.

b) macrozona de manejo sustentável: é constituída pelo cinturão ao longo dos limites da Área Urbana do Município e de municípios vizinhos.

MACROZONAS URBANAS:

a)macrozona de Adensamento Controlado: é constituída por áreas com boas condições de acessibilidade e mobilidade e presença de vazios urbanos, em bairros de ocupação consolidada passíveis de adensamento, que embora dotadas de infra-estrutura urbana, necessitam de melhoramento ou redimensionamento; por áreas em bairros de ocupação

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consolidada, que embora dotadas de infra-estrutura urbana insuficiente ou subdimensionada, são passíveis de adensamento condicionado a melhorias na acessibilidade e mobilidade e nos sistemas de saneamento básico (artigo 115).

b) A macrozona Prioritária para Implantação de Infra-Estrutura Urbana: é constituída por áreas de intensa ocupação, com potencial de acessibilidade e mobilidade, que deverão prioritariamente ter implantados sistemas de infra-estrutura urbana, especialmente redes de água e esgoto (artigo 116).

c) A macrozona de Restrição à Ocupação: é constituída por áreas de preservação permanente; áreas de fragilidade ambiental com deficiências de infra-estrutura urbana e baixa intensidade de ocupação urbana; áreas de fragilidade ambiental que necessitam de restrição ao uso e à ocupação urbana para se compatibilizarem à capacidade de suporte físico natural; áreas em situação de risco ambiental; áreas com restrições legais ou institucionais à ocupação urbana. (artigo 117)

d) macrozona de Estruturação Urbana que tem por finalidade principal integrar áreas urbanas fragmentadas da Cidade

e) A macrozona de Expansão Intensiva: é constituída por áreas de baixa intensidade de ocupação ou áreas subutilizadas nos interstícios de áreas ocupadas.

ZONAS ESPECÍFICAS

a) Zonas de Interesse Ambiental e Paisagístico: (ZIAPs) são as áreas de especial importância ambiental, em face de sua relevante contribuição para o equilíbrio ecológico. (artigo 31)

b) Zonas Especiais de Preservação Cultural (ZEPs): são áreas de relevante interesse cultural por constituírem no Município de São Francisco de Itabapoana expressões arquitetônicas ou históricas do patrimônio cultural edificado, compostas por conjuntos de edificações e edificações isoladas; suporte físico de manifestações culturais e de tradições populares, especialmente a música e a dança folclórica, a culinária e o artesanato. (artigo 43)

c) Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS): Serão tratadas no capítulo seguinte.

2 e 3. Definição de Coeficientes de Aproveitamento; Definição do que é subutilização, não utilização e terreno vazio.

O artigo 107 remete à lei de parcelamento do solo, a e do uso e ocupação do solo como algo complementar ao Plano Diretor. No Plano só há a definição do coeficiente de aproveitamento para delimitar o conceito de “não edificado” que segundo o mesmo é todo imóvel com coeficiente de aproveitamento igual a zero e com área igual ou superior a 360 m2, e para definir “imóvel subutilizado” que o parágrafo 2º do artigo 129 menciona que haverá uma delimitação de coeficiente mínimo mas não encontramos essa referência. Essa categoria de imóvel foi definida então como todo tipo de edificação que tenha no mínimo 80% de sua área construída sem utilização há mais de 5 anos. Entretanto isso não é um coeficiente de aproveitamento o que significa que este não foi definido para o conceito de imóvel sub utilizado. Esses são os critérios para parcelamento, edificação ou utilização compulsórios nas Zonas de Adensamento Controlado e de Estruturação Urbana. Nas demais Zonas os critérios são mais genéricos sem uma definição construtiva e/ou física.

4. Definição de como se calculam os coeficientes de aproveitamento. Não está definido.

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5. Definição das macrozonas e/ou zonas e seus coeficientes e/ou parâmetros de utilização.

Vide número 1

6. Identificar o estabelecimento de zoneamento e políticas específicas para as áreas centrais e sítios históricos.

O Plano não menciona políticas específicas para as áreas centrais. Com relação aos sítios históricos fazem parte da política de patrimônio cultural do Plano: fortalecer a identidade e diversidade cultural no Município pela valorização do seu patrimônio cultural, incluindo os bens históricos, os costumes e as tradições locais; considerar a relevância do patrimônio cultural do Município como instância humanizadora e de inclusão social; integrar as políticas de desenvolvimento do turismo e cultural, gerando trabalho e renda para a população; implementar a gestão democrática do patrimônio cultural.

O Plano também menciona enquanto diretrizes gerais de Patrimônio a aplicação de instrumentos da política urbana que possibilitem incentivar a preservação de bens históricos; a criação de unidades especiais de preservação cultural, com definição de diretrizes e regulamentação urbanística para cada uma delas; constituição de parcerias com a população local e a iniciativa privada para controle, monitoramento e execução de obras no patrimônio cultural edificado; criação de um programa de educação patrimonial voltada para o conhecimento e valorização de bens históricos, costumes e tradições locais; criar benefícios para conservação do patrimônio cultural e estímulo à instalação de atividades turísticas, mediante aplicação de instrumentos da política urbana e de incentivos fiscais, etc. Com relação a esse item houve uma preocupação de relacionar política urbana com a preservação do Patrimônio sendo que até alguns dos instrumentos do Estatuto da cidade foram mencionados como instrumentos de “preservação” como a transferência do direito de construir, operações urbanas consorciadas etc.

Em contraposição a isso, mais uma vez o turismo foi apontado como alternativa econômica conciliadora de desenvolvimento e preservacionismo, entretanto de forma muito genérica. No nosso ponto de vista deveria haver um detalhamento maior sobre essa relação.

7. Identificar o estabelecimento de zoneamento específico para áreas de proteção ambiental.

Com relação as áreas de proteção ambiental, existem as ZIAPs( Zonas de Interesse Ambiental e Paisagístico) e as Zonas de Manejo Sustentável na área rural. Dentre as principais diretrizes de algumas ZIAPs podemos citar: aproveitamento do potencial turístico e de lazer; apoio à população residente para desenvolvimento de atividades relacionadas à pesca e ao turismo mediante a implementação de programas e projetos de melhoria produtiva; adequação das intervenções urbanísticas à preservação ambiental; estudo para operação urbana consorciada visando à implantação de um porto de pesca e lazer na desembocadura do rio GUAXINDIBA; apoio à população residente para desenvolvimento de atividades relacionadas à pesca artesanal mediante a implementação de programas e projetos de melhoria produtiva de forma sustentável; participação da população local nas intervenções efetuadas na área. (artigos 31 ao 38)

Com relação a Macrozona de Manejo Sustentável selecionamos como principais diretrizes: apoio ao desenvolvimento de atividades relacionadas à agricultura familiar de base agroecológica, especialmente para abastecimento da Cidade; adoção de mecanismos de

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controle da expansão urbana e de atividades relacionadas à cultura expansiva; compatibilização do uso e ocupação do solo à preservação das áreas protegidas por legislação especial. (artigo 112)

Em ambas Zonas percebemos a intenção de se agenciar a política urbana com a política de proteção ambiental entretanto isso fica restrito a diretrizes genéricas, não há um detalhamento nesse sentido. Com relação aos ZIAPs mais uma vez o turismo surge como alternativa importante sem detalhar quais seriam seus impactos nas áreas protegidas.

V. ZEIS

1. Definição de tipos de ZEIS.

Na definição mais genérica do Plano, Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) são as áreas públicas ou privadas, destinadas a segmentos da população em situação de vulnerabilidade social, prioritárias no atendimento a programas e projetos habitacionais. (artigo 91)

O Plano ainda diferencia ZEIS 1 e ZEIS 2. Zonas Especiais de Interesse Social 1 (ZEIS 1 ) serão constituídas nos locais já ocupados por segmentos da população, caracterizados como assentamentos precários. Zonas Especiais de Interesse Social 2 (ZEIS 2) são as áreas vazias ou subutilizadas, destinadas prioritariamente à promoção da habitação de interesse social, especialmente para reassentamento da população residente em situação de risco. (artigos 92 e 93)

2. Definição da localização em mapa, ou coordenadas ou descrição de perímetro Não tivemos acesso ao mapa mencionado no artigo 100 do Plano que delimita as ZEIS

3. Definição da população que acessa os projetos habitacionais nas ZEIS.

Com relação à habitação de interesse social mais genericamente o Plano faz a seguinte delimitação sobre a população: “Habitação de interesse social é a habitação para os segmentos da população em situação de maior vulnerabilidade social, abrangendo:

I – famílias em situação de miséria absoluta, residentes em assentamentos precários, em unidades, sujeitas à desocupação ou sem condições de habitabilidade, incapazes de arcar com quaisquer ônus financeiros com a moradia;

II – famílias cujas capacidades aquisitivas possibilitam arcar com um dispêndio irregular e insuficiente com a moradia, que sem subsídios permite residência apenas em assentamentos precários;

III – famílias residentes ou não em assentamentos precários cujas capacidades aquisitivas possibilitam arcar com um dispêndio regular com a moradia, por meio de financiamentos especiais, menos oneroso que os praticados no setor privado.

§2º. Considera-se assentamento precário a ocupação urbana que possui pelo menos uma das seguintes características:

I – irregularidade urbanística e dominial, em decorrência da ausência ou insuficiência de infra-estrutura urbana e de equipamentos urbanos e comunitários, assim como ausência de título em nome do possuidor correspondente ao imóvel;

II – insalubridade, por falta de saneamento básico;

III – inadequação da moradia, pela execução com materiais construtivos ou com área de construção abaixo de padrões mínimos de habitabilidade;

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a) sujeitas a enchentes e linhas de drenagem natural; b) em terrenos turfosos impróprios para construção; c) sob as redes de alta tensão;

d) junto ao local de destino final de resíduos sólidos.”(artigo 84)

Nesse aspecto da delimitação da população há um lado positivo em se manter uma definição generalizável na medida em que são muitas as formas de irregularidade urbana e muitas as formas de precariedade também. De certa forma o Plano teve atenção com a relação da irregularidade com saneamento e infra-estrutura urbana. Na delimitação das ZEIS 1 há uma outra exemplificação do que deve ser considerado como assentamentos precários: “I – sob pontes, faixas de servidão de linhas de transmissão de energia elétrica em alta tensão, ou nas faixas non aedificandi e de domínio de vias públicas;

II – sobre fontes ou nascedouros de rios ou cursos d´água naturais, e faixas de amortecimento de vegetação nativa;

III – em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem prévia adoção das medidas de saneamento ambiental.” Enquanto que na delimitação das ZEIS 2 não há uma definição do que seja “população residente em situação de risco”. Obviamente que isso não torna essa lei “desaplicável” entretanto a utilização de diversas terminologias para designar as mesmas situações pode levar a problemas na aplicação da lei como por exemplo tratar “população residente em situação de risco” e “assentamentos precários”como sinônimos. Ainda mais levando em consideração que a definição para assentamentos precários da ZEIS 1 é diferente da definição de assentamentos precários mais genérica do artigo 84.

4. Definição de tipologias habitacionais em ZEIS.

Com relação à tipologia há uma importância que é dada aos métodos construtivos e materiais locais (artigo 89) além da priorização da autoconstrução ou mutirão remunerado com mão de obra local como soluções de processos construtivos. Isso significa dizer que o Plano favorece soluções habitacionais que possuem uma tipologia diferente do que já foi consagrado como uma tipologia dos conjuntos do Banco Nacional de Habitação por exemplo e que o Plano deixa aberta a possibilidade de formas alternativas de construção.

5. A remissão para lei específica.

O Plano não trata de lei específica complementar para criação de novas ZEIS

6. Caso as ZEIS já estejam demarcadas em mapas, identificar qual é o percentual da zona definido no plano.

Não tivemos acesso aos mapas das ZEIS

7. Verificar se existem definições de investimentos em equipamentos sociais nas ZEIS, tais como investimentos em educação, saúde, cultura, saneamento, mobilidade, etc. No artigo 91 como primeira diretriz para delimitação de uma nova ZEIS está definido: “garantia da constituição de assentamentos urbanos sustentáveis, com respeito ao saneamento ambiental e garantia à infra-estrutura urbana, aos transportes e demais serviços públicos, ao trabalho e lazer das comunidades envolvidas, com oferta de equipamentos urbanos e comunitários adequados aos interesses e necessidades da população”. Entretanto não há a explicitação da quantificação do que seria uma oferta adequada de equipamentos urbanos e comunitários.

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VI- Avaliação geral do zoneamento em relação à terra urbanizada

1. Qual o significado do zoneamento proposto sob o ponto de vista do acesso à terra urbanizada? (ou seja, procure avaliar o zoneamento, buscando identificar em que porções do território, de acordo com os parâmetros estabelecidos pelo zoneamento se favorece o acesso à terra urbanizada pelas classes populares ou, pelo contrário, se favorece a utilização das s áreas pelos empreendimentos imobiliários voltados para classes médias e altas). Para fazer esta leitura, atentar para as seguintes características: tamanhos mínimos de lote, usos permitidos (incluindo possibilidades de usos mistos na edificação) e possibilidade de existência de mais de uma unidade residencial no lote.

Nos objetivos para ordenação do uso e ocupação do solo, não existe o conceito de garantir a função social da propriedade mas sim “promover a integração de toda a população aos benefícios decorrentes da urbanização” (artigo 105)

Existe uma idéia forte no Plano de adensamento controlado e controle do adensamento mas como não tivemos acesso aos mapas não pudemos avaliar até que ponto essas idéias são contraditórias. Conjugado a esses conceitos também há uma menção de coibição da ocupação e do uso irregulares.

O “adensamento controlado” é propugnado para a Zona de adensamento controlado que consiste basicamente por áreas em boas condições de acessibilidade, mobilidade e de infra-estrutura urbana e que têm a possibilidade, segundo o Plano, de serem adensadas utilizando-se alguns dos instrumentos do Estatuto da Cidade. Tanto com relação à utilização da outorga onerosa do direito de construir como com relação ao parcelamento, edificação e utilização compulsórios mencionados na delimitação dessa zona, não existe uma projeção para o adensamento para que não ocorra um processo de valorização imobiliária e gentrificação do espaço urbano.

Com relação à macrozona prioritária para implantação de infra-estrutura urbana, existe menção tanto à criação de Zonas de Interesse Ambiental e Paisagístico como de operações urbanas consorciadas para implantação de pólos de comércio, de serviços e de turismo. Também não há uma preocupação com a valorização imobiliária que essas intervenções podem repercutir apesar de serem previstas ZEIS para essa zona.

O mesmo ocorre para macrozona de restrição à ocupação onde é permitida a outorga do direito de construir e a instituição de Zonas de Interesse Ambiental e Paisagístico.

O parcelamento, edificação e utilização compulsórios são previstos para a zona de adensamento controlado e para a zona de estruturação urbana mas não são previstos para a macrozona de expansão intensiva que, segundo o plano, se trata de uma zona “constituída por áreas de baixa intensidade de ocupação ou áreas subutilizadas nos interstícios de áreas ocupadas” (artigo 119). Isso nos pareceu algo contraditório com a diretriz que foi definida para essa macrozona, a saber: “I – evitar aumento nos custos de infra-estrutura urbana em decorrência de uma expansão extensiva da Cidade;

II – favorecer a integração entre as áreas já ocupadas;

III – evitar grandes deslocamentos para a população residente na periferia.”

Pela nossa avaliação as zonas que provavelmente são destinadas a população pobre são a macrozona prioritária para implantação de infra-estrtura e a macrozona de estruturação

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urbana por se tratarem de zonas carentes de infra-estrutura e/ou desintegradas do restante da cidade.

Não existe menção aos tamanhos mínimos dos lotes no Plano e há a descrição de usos apenas em algumas zonas como: manutenção ou incentivo de uso residencial na macrozona de adensamento controlado; incentivo à atividade de turismo, de artesanato, agricultura familiar e áreas de lazer e “estímulo às atividades econômicas compatíveis com a proteção ambiental” na macrozona de restrição à ocupação; incentivo ao uso residencial na macrozona de expansão intensiva.

Há de se ressaltar que a palavra “incentivo” como forma de delimitar um uso abre a possibilidade que o macrozoneamento deixe de existir na realidade de produção do município uma vez que nem ao menos está claro o que significa “incentivar” determinado uso.

Com relação mais especificamente à política habitacional ao mesmo tempo que há a definição de ZEIS e de que há a necessidade de regularização urbanística e fundiária, há também a idéia de contenção do êxodo rural (artigo 80) o que significa que a área urbana do município talvez não tenha estrutura para receber movimentos migratórios. A “conteção do êxodo rural” ou ainda, a minimização “dos efeitos negativos causados na cidade pela migação de população pobre das áreas rurais” (artigo 85) também podem significar segregação social dependendo de como sejam estabelecidas as ZEIS.

2. Avaliar este zoneamento do ponto de vista quantitativo ( percentual do território urbanizável destinado ao território popular frente ao percentual de população de baixa renda no município) e qualitativo ( localização deste território no município) Não se aplica pois não tenho dado do território urbanizável.

VII- Instrumentos de Política Fundiária

1. Para cada um dos instrumentos de políticas de solo listados abaixo, é necessário verificar:

Parcelamento, Edificação ou utilização compulsórios, e IPTU progressivo no tempo.

- Identificar se os instrumentos listados abaixo estão apenas listados/mencionados ou se sua forma de aplicação específica no município está prevista.

Aplica-se ao solo urbano não edificado terrenos e lotes urbanos com área igual ou superior a 360 m² (trezentos e sessenta metros quadrados) cujo coeficiente de aproveitamento do terreno verificado seja igual a zero, desde que seja legalmente possível a edificação, pelo menos para uso habitacional. Considera-se solo urbano subutilizado terrenos e lotes urbanos com área igual ou superior a 360 m² (trezentos e sessenta metros quadrados), onde o coeficiente de aproveitamento de terreno não atingir o mínimo definido nesta Lei, excetuando: a) imóveis utilizados como instalações de atividades econômicas que não necessitam de edificações para exercer suas finalidades; b) imóveis utilizados como postos de abastecimento e serviços para veículos; c) imóveis onde haja incidência de restrições jurídicas, alheias à vontade do proprietário, que inviabilizem atingir o coeficiente de aproveitamento mínimo. Considera-se solo urbano subutilizado todo tipo de edificação que tenha, no mínimo, 80% (oitenta por cento) de sua

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área construída sem utilização há mais de 5 (cinco) anos, ressalvados os casos em que a situação decorra de restrições jurídicas.

No caso das Operações Urbanas Consorciadas, as respectivas leis poderão determinar regras e prazos específicos para a aplicação do parcelamento, edificação e utilização compulsórias. As obrigações de parcelamento, edificação ou utilização previstas serão transferidas em caso de transmissão do imóvel nos termos da legislação federal aplicável. Fica facultado aos proprietários dos imóveis de que trata este artigo propor ao Poder Executivo Municipal o estabelecimento de Consórcio Imobiliário. A progressividade das alíquotas será estabelecida na lei municipal específica prevista no artigo 131 desta Lei, observando os limites estabelecidos na legislação federal aplicável.

É vedada a concessão de isenções ou de anistias relativas ao IPTU progressivo no tempo.

- Caso esteja especificado sua forma de aplicação, identificar se esta é remetida à legislação complementar específica ou se é autoaplicável através do próprio plano.

Lei municipal específica deverá estabelecer, entre outras regras:

I – prazo e a forma para apresentação de defesa por parte do proprietário; II – casos de suspensão do processo;

III – órgão competente para, após apreciar a defesa e decidir pela aplicação do parcelamento, ocupação ou utilização compulsória do imóvel.

- Se foi remetido para uma lei específica, se foi ou não definido um prazo para sua edição/regulamentação e qual é este prazo.

Não prevê prazo para regulamentação.

- Se é autoaplicável, identificar se está definido o perímetro aonde a lei se aplica (se esta definição faz parte de mapa anexo ao plano e/ou descrição de perímetro).

Zonas de Adensamento Controlado e de Estruturação Urbana.

- Identificar se a utilização do instrumento está explicitamente vinculada a um objetivo/estratégia do plano ou a seu macrozoneamento. Qual?

Incentivo à ocupação dos vazios urbanos situados em áreas com infra-estrutura urbana. Macrozona de Adensamento controlado: I – potencializar o uso da infra-estrutura urbana instalada na Cidade com a ocupação dos vazios urbanos;

II – valorizar e ampliar a oferta de áreas para o adensamento urbano;

III – aproveitar as potencialidades da Cidade para a ocupação urbana condicionando o adensamento a melhorias na infra-estrutura urbana.

- Caso autoaplicável, identificar se está previsto um prazo de transição entre a norma atual vigente e o novo plano.

Não há previsão.

- Identificar se estão definidos prazos para o monitoramento do instrumento;

Não há previsão.

- Identificar se estão definidos prazos para revisão dos instrumentos.

Não há previsão.

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Não há previsão.

- Identificar se está definido o procedimento para sua utilização.

Lei municipal específica deverá estabelecer, entre outras regras:

I – prazo e a forma para apresentação de defesa por parte do proprietário; II – casos de suspensão do processo;

III – órgão competente para, após apreciar a defesa e decidir pela aplicação do parcelamento, ocupação ou utilização compulsória do imóvel.

- No caso de envolver pagamentos de contrapartida, identificar se estão definidos critérios de isenção.

Lei municipal incluirá critérios para que órgão competente para, após apreciar a defesa e decidir pela aplicação do parcelamento, ocupação ou utilização compulsória do imóvel.

- Identificar se está especificada a fórmula de cálculo da contrapartida.

Não prevê.

- Identificar para onde vão os recursos.

Não prevê.

- Identificar qual a destinação dos recursos e suas finalidades

Finalidade: ocupação de vazios urbanos.

- Identificar quem é responsável pela gestão dos recursos.

Não identificado.

- Identificar se o Plano diretor prevê ou define lei específica para o instrumento em questão.

Prevê, como mencionado antes: Lei municipal específica deverá estabelecer, entre outras regras:

I – prazo e a forma para apresentação de defesa por parte do proprietário; II – casos de suspensão do processo;

III – órgão competente para, após apreciar a defesa e decidir pela aplicação do parcelamento, ocupação ou utilização compulsória do imóvel.

- Identificar se estão definidos prazos.

Não estabelece prazos.

Outorga Onerosa (de direitos de construção ou alteração de usos)

- Identificar se os instrumentos listados abaixo estão apenas listados/mencionados ou se sua forma de aplicação específica no município está prevista.

O direito de construir poderá ser exercido acima do coeficiente de aproveitamento básico do terreno até o limite estabelecido pelo coeficiente de aproveitamento máximo do terreno mediante contrapartida a ser prestada pelo beneficiário. Entende-se coeficiente de aproveitamento do terreno como a relação entre a área edificável estabelecida por lei municipal e a área do terreno.

Os coeficientes de aproveitamento básico e máximo do terreno para as Macrozonas de Adensamento Controlado e de Restrição à Ocupação definidos em Anexo do plano. A aplicação da outorga onerosa será admitida apenas nas edificações que apresentem

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condições de abastecimento de água e de esgotamento sanitário aprovadas pela concessionária de água e esgoto de São Francisco de Itabapoana.

O Poder Executivo Municipal enviará à Câmara Municipal projeto de Lei para implementação da outorga onerosa do direito de construir.

- Caso esteja especificado sua forma de aplicação, identificar se esta é remetida à legislação complementar específica ou se é autoaplicável através do próprio plano.

Remete para lei municipal específica.

- Se foi remetido para uma lei específica, se foi ou não definido um prazo para sua edição/regulamentação e qual é este prazo.

Não é previsto prazo.

- Se é autoaplicável, identificar se está definido o perímetro aonde a lei se aplica (se esta definição faz parte de mapa anexo ao plano e/ou descrição de perímetro).

Macrozonas de Adensamento Controlado e de Restrição à Ocupação.

- Identificar se a utilização do instrumento está explicitamente vinculada a um objetivo/estratégia do plano ou a seu macrozoneamento. Qual?

Na macrozona de Adensamento Controlado tem por finalidade:

I – potencializar o uso da infra-estrutura urbana instalada na Cidade com a ocupação dos vazios urbanos;

II – valorizar e ampliar a oferta de áreas para o adensamento urbano;

III – aproveitar as potencialidades da Cidade para a ocupação urbana condicionando o adensamento a melhorias na infra-estrutura urbana.

§2º. São diretrizes para a macrozona de Adensamento Controlado: I – manutenção ou incentivo ao uso residencial;

II – destinação da orla marítima ao lazer público e turismo;

III – melhorias no sistema de abastecimento d'água e esgotamento sanitário;

IV – requalificação das áreas mais afastadas da orla marítima, com incentivo à renovação urbana e aos usos residencial, comercial e de serviços;

V – verticalização compatibilizada com o conforto ambiental.

A instituição da macrozona de Restrição à Ocupação tem por finalidades: I – compatibilizar o uso e a ocupação urbana à proteção ambiental; II – garantir a qualidade da paisagem urbana;

III – preservar ocupações tradicionais.

São diretrizes para a macrozona de Restrição à Ocupação: I – incentivo às atividades de turismo cultural e lazer;

II – prioridade na implantação de sistemas de esgotamento sanitário adequados às características do meio físico;

III – integração dos projetos urbanísticos aos recursos naturais existentes; IV – preservação e valorização paisagística dos espaços litorâneos; V – garantia do acesso público à praia e a lagoa;

VI – preservação dos ecossistemas de suporte à atividade pesqueira – mangues e arrecifes;

VII – adoção de faixa sanitária ao longo dos recursos hídricos superficiais, para implantação de interceptores e arborização adequada;

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VIII – incentivo às atividades de artesanato, agricultura familiar de base agroecológica, pesca e turismo sustentável.

- Caso autoaplicável, identificar se está previsto um prazo de transição entre a norma atual vigente e o novo plano.

Não é autoaplicável e não é previsto regra de transição.

- Identificar se estão definidos prazos para o monitoramento do instrumento;

Não previsto.

- Identificar se estão definidos prazos para revisão dos instrumentos.

Não previsto.

- Identificar se está definido quem aprova a sua utilização.

Não define claramente. Parece remeter ao executivo.

- Identificar se está definido o procedimento para sua utilização.

Ato do Poder Executivo Municipal regulamentará o procedimento administrativo para aprovação da outorga onerosa do direito de construir.

- No caso de envolver pagamentos de contrapartida, identificar se estão definidos critérios de isenção.

Os imóveis incluídos em Zonas Especiais de Interesse Social estarão isentos da cobrança de outorga onerosa do direito de construir. Ato do Poder Executivo Municipal regulamentará o procedimento administrativo para aprovação da outorga onerosa do direito de construir.

- Identificar se está especificada a fórmula de cálculo da contrapartida.

Não especificada a fórmula de cálculo, remete para lei específica.

- Identificar para onde vão os recursos.

Não define, provavelmente para fundo municipal, gerido pelo executivo.

- Identificar qual a destinação dos recursos e suas finalidades

Os recursos auferidos com a adoção da outorga onerosa do direito de construir serão aplicados preferencialmente para: I – composição do Fundo Municipal de Habitação; II – aquisição de terrenos destinados à promoção de habitação de interesse social; III – melhoria da infra-estrutura urbana nas áreas de maior carência na Cidade.

- Identificar quem é responsável pela gestão dos recursos.

Não define.

- Identificar se o Plano diretor prevê ou define lei específica para o instrumento em questão.

Lei municipal estabelecerá as condições a serem observadas para as concessões de outorga onerosa do direito de construir, determinando, entre outros itens: I – fórmula de cálculo para a cobrança da outorga onerosa do direito de construir; II – casos passíveis de isenção do pagamento da outorga; III – contrapartidas do beneficiário; IV – competência para a concessão.

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- Identificar se estão definidos prazos.

Não define prazo.

ZEIS

- Identificar se os instrumentos listados abaixo estão apenas listados/mencionados ou se sua forma de aplicação específica no município está prevista.

Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) são as áreas públicas ou privadas, destinadas a segmentos da população em situação de vulnerabilidade social, caracterizadas nesta Lei, prioritárias no atendimento a programas e projetos habitacionais.

Na instituição das ZEIS, serão observadas as seguintes diretrizes:

I – garantia da constituição de assentamentos urbanos sustentáveis, com respeito ao saneamento ambiental e garantia à infra-estrutura urbana, aos transportes e demais serviços públicos, ao trabalho e lazer das comunidades envolvidas, com oferta de equipamentos urbanos e comunitários adequados aos interesses e necessidades da população;

II – gestão democrática dos procedimentos destinados à identificação das áreas sujeitas à instituição de ZEIS, por intermédio da participação da população envolvida e de associações representativas da comunidade, para a execução e acompanhamento dos planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano local;

III – cooperação entre os governos, iniciativa privada e demais segmentos da sociedade no processo de urbanização;

IV – adequação dos procedimentos de urbanização com os instrumentos de política tributária municipal, facilitando a permanência da população nos assentamentos urbanizados.

As prioridades de atuação nas Zonas Especiais de Interesse Social serão definidas no processo de planejamento e implementação dos programas habitacionais.

Zonas Especiais de Interesse Social 1 (ZEIS 1 ) serão constituídas nos locais já ocupados por segmentos da população, caracterizados como assentamentos precários. São passíveis de reassentamento para garantir a segurança de vida ou a preservação ambiental, as moradias nas seguintes localizações:

I – sob pontes, faixas de servidão de linhas de transmissão de energia elétrica em alta tensão, ou nas faixas non aedificandi e de domínio de vias públicas;

II – sobre fontes ou nascedouros de rios ou cursos d´água naturais, e faixas de amortecimento de vegetação nativa;

III – em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem prévia adoção das medidas de saneamento ambiental.

Zonas Especiais de Interesse Social 2 (ZEIS 2) são as áreas vazias ou subutilizadas, destinadas prioritariamente à promoção da habitação de interesse social, especialmente para reassentamento da população residente em situação de risco.

Referências

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