• Nenhum resultado encontrado

RISCOS BIOLÓGICOS NOS SERVIÇOS DE SAÚDE

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "RISCOS BIOLÓGICOS NOS SERVIÇOS DE SAÚDE"

Copied!
62
0
0

Texto

(1)

R

ISCOS

B

IOLÓGICOS

NOS

S

ERVIÇOS

DE

S

AÚDE

Tanyse Galon

(2)

Contextualizando

a Temática

(3)

RISCO BIOLÓGICO

(4)

C

ONCEITOS

DA

RELAÇÃO

SAÚDE

E

TRABALHO

Medicina do

Trabalho

Saúde

Ocupacional

Saúde do

Trabalhador

(5)

M

EDICINA

DO

T

RABALHO

As relações entre saúde e trabalho eram

tratadas

apenas

por

um

campo

de

conhecimento, o da medicina;

Atuação médica com enfoque apenas na

disfunção biológica, ameaçadora da capacidade

de produção do trabalhador.

(6)

S

AÚDE

O

CUPACIONAL

 Expansão industrial ocorrida com a eclosão da Segunda Guerra Mundial

(1939-1945);

 Mudanças no mundo do trabalho e ampliação do conhecimento sobre as doenças

relacionadas à atividade laboral;

 Mudança no viés eminentemente clínico de atuação na área;

 Na análise do tema incluem-se agora aspectos do ambiente de trabalho – ambiente

torna-se campo de intervenção;

 Ergonomia, Higiene do Trabalho e Toxicologia, por exemplo, somam-se à

abordagem clínica individual da Medicina;

Apesar dos avanços, mantém o trabalhador como objeto de intervenção;

 Mantém preceitos como o de que o ser humano pode ser exposto a condições

insalubres desde que respeitados limites considerados aceitáveis, e que existem níveis seguros de exposição a substâncias nocivas – amianto.

(7)

S

AÚDE

DO

T

RABALHADOR

1970 – a área ganha maior enfoque – movimentos de

redemocratização do país;

Visão atenta à estrutura social e do trabalho;

Considera o ser humano enquanto inserido no processo produtivo

como um todo, na organização e na divisão do trabalho;

Caráter interdisciplinar e intersetorial;

O trabalhador deve ser também sujeito das ações de

transformação dos fatores determinantes de seu processo de

adoecimento;

Década de 80/90 – avanços na políticas públicas de saúde com o

(8)

Risco

biológico

Trabalhador

Visão positivista – Medicina do trabalho e Saúde Ocupacional

(9)

Trabalhador

Contexto

político

Contexto

histórico

Contexto

econômico

Contexto

social

Subjetividade

s

Contexto

cultural

(10)

S

AÚDE

Determinantes Sociais de Saúde

São as condições sociais em que as pessoas vivem e

trabalham ou "as características sociais dentro

das quais a vida transcorre” (Tarlov,1996)

Não é apenas a ausência de doença...

(11)

D

ETERMINANTES

S

OCIAIS

DA

S

AÚDE

(12)

Processo de

trabalho

• Instrumentos de

trabalho

• Ambiente de

trabalho

• Relações de trabalho

• Hierarquia no

trabalho

• Condição do

trabalhador

• Vida fora trabalho

Acidente de trabalho com

exposição a material biológico

Ocorre apenas por falta de

atenção do trabalhador ou

fatalidade?

Determinantes sociais

da saúde

(13)

Trabalho dos

profissionais

da área da

saúde

Riscos Físicos

Riscos

Químicos

Riscos

Ergonômicos

Riscos

Psicossociais

Adoecimento

no trabalho

Acidentes de

trabalho

Violência no

Trabalho

Riscos

Biológicos

(14)
(15)

H

ISTÓRICO

Até 1970, não havia uma preocupação sistemática com os riscos no

trabalho dos trabalhadores da saúde;

Em 1984: surgimento dos primeiros casos de transmissão ocupacional

do HIV;

CDC – Precauções Universais (PU) – Voltadas somente aos fluidos

corporais que pudessem transmitir o HIV e outros patógenos de

transmissão sanguínea;

1996 – Precauções Padrão – Fluidos corpóreos / outros agentes

biológicos além do HIV por exemplo;

Hoje – Precauções Padrão são importantes, mas não são

suficientes.

(16)

[O adoecimento do trabalhador frente ao risco biológico ainda é visto como

algo inerente aos profissionais da saúde, prevalecendo concepções mais

curativas do que preventivas. É necessário promover o acesso dos

serviços de saúde a novas tecnologias e novas propostas que priorizem

mais a prevenção do que somente a notificação e a assistência do

trabalhador quando a exposição e a contaminação já ocorreram]

(17)

M

ATERIAL

BIOLÓGICO

Sangue;

Fluidos orgânicos potencialmente infectantes:

sêmen, secreção vaginal, liquor, líquido sinovial,

líquido pleural, peritoneal, pericárdico e

amniótico;

Fluidos orgânicos potencialmente

(18)

M

ODO

DE

TRANSMISSÃO

OCUPACIONAL

DOS

AGENTES

BIOLÓGICOS

Oral-fecal;

Via respiratória (gotículas ou aerossóis);

Por contato;

Via sanguínea.

(19)

V

IA

S

ANGUÍNEA

Inúmeros agentes infecciosos podem ser

transmitidos pelo sangue;

Principal problema: HIV

Hepatite B

Hepatite C

(20)

O risco ocupacional após exposição a materiais

biológicos depende:

-

Tipo de acidente;

-

Gravidade;

-

Tamanho da lesão;

-

Presença e volume de sangue envolvido;

-

Condições clínicas do paciente-fonte;

-

Uso correto da profilaxia pós-exposição.

(21)

D

ADOS

DOS

ACIDENTES

 3 milhões de acidentes percutâneos/ano com agulhas contaminadas;

 2.000.000 exposições HBV, 900.000 HCV, 170.000 HIV

WHO, 2002

 384.000 injúrias percutâneas ocorrem anualmente nos hospitais

americanos;

 236.000 são resultantes de acidentes com material pérfuro-cortante.

International Health Care Worker Safety Center, 2001

 Mundo - 2005 – 106 casos comprovados e 238 prováveis – HIV ocupacional  EUA – 8700 casos / ano de Hepatite B ocupacional

 Hepatite C – 1000 casos / ano EUA

(22)

R

ISCO

DE

INFECÇÃO

APÓS

EXPOSIÇÃO

OCUPACIONAL

HIV – percutânea (sangue) – 0,3%

Mucosa – 0,09%

3 : 1000

HBV – percutânea (sangue) – 6 a 30%, podendo

chegar a 60%

3 :10

HCV – percutânea (sangue) – 1,8% (0 a 7%)

(23)

A

VALIAÇÃO

DO

ACIDENTE

COM

MATERIAL

BIOLÓGICO

Tipo de exposição.

Tipo e quantidade de fluido e tecido.

Status sorológico da fonte.

Status sorológico do acidentado.

(24)

Tipo de exposição

 Exposições percutâneas:

lesões provocadas por instrumentos perfurantes e/ou cortantes (p.ex. agulhas, bisturi, vidrarias).

 Exposições em mucosas:

respingos em olhos, nariz, boca e genitália.

 Exposições em pele não-íntegra:

por exemplo: contato com pele com dermatite, feridas abertas, mordeduras humanas consideradas como exposição de risco, quando envolverem a

presença de sangue.

Nesses casos, tanto o indivíduo que provocou a lesão, quanto aquele que foi lesado, devem ser avaliados.

A

VALIAÇÃO

DO

ACIDENTE

COM

MATERIAL

BIOLÓGICO

(25)

Tipo de fluido e tecido

 Hepatites B e C: sangue é o principal veículo de transmissão;

HBV ambém encontrado no sêmen, secreção vaginal, leite materno,

líquido cefalorraquidiano, líquido sinovial, lavados nasofaríngeos, saliva e suor.

 HIV: sangue, líquido orgânico contendo sangue visível e líquidos orgânicos

potencialmente infectantes (sêmen, secreção vaginal, liquor e líquidos peritoneal, pleural, sinovial, pericárdico e aminiótico).

Potencialmente não-infectantes

 Hepatite B e C: escarro, suor, lágrima, urina e vômitos, exceto se tiver

sangue.

 HIV: fezes, secreção nasal, saliva, escarro, suor, lágrima, urina e vômitos,

exceto se tiver sangue.

A

VALIAÇÃO

DO

ACIDENTE

COM

MATERIAL

BIOLÓGICO

(26)

A

VALIAÇÃO

DO

ACIDENTE

COM

MATERIAL

BIOLÓGICO

Quanto maior o volume de material biológico, maior a gravidade:

 Lesões profundas provocadas por material cortante;  Presença de sangue visível no instrumento;

 Acidentes com agulhas previamente utilizadas em veia ou artéria de

paciente-fonte;

 Acidentes com agulhas de grosso calibre;  Agulhas com lúmen.

Maior a inoculação viral, maior a gravidade

 Paciente-fonte com HIV/aids em estágio avançado;  Infecção aguda pelo HIV;

 Situações com viremia elevada;

(27)

A

VALIAÇÃO

DO

ACIDENTE

COM

MATERIAL

BIOLÓGICO

Status sorológico da fonte – informações de prontuário, resultados de exames laboratoriais, história clínica prévia.

Quando a fonte é conhecida:

 Se não há as informações acima, realizar os exames HBsAg, Anti-HBc ,

Anti-HCV e Anti-HIV;

 Teste rápido para HIV;

 Recusa do teste ou impossibilidade: diagnóstico médico, sintomas e

história de situação de risco para aquisição de HIV, HBC e HCV

Fonte desconhecida:

 Levar em conta a probabilidade clínica e epidemiológica de infecção pelo

HIV, HCV, HBV – prevalência de infecção naquela população;

 Local onde o material perfurante foi encontrado (emergência, bloco

cirúrgico, diálise);

(28)

A

VALIAÇÃO

DO

ACIDENTE

COM

MATERIAL

BIOLÓGICO

Status sorológico do acidentado

 Verificar realização de vacinação para hepatite B;

 Comprovação de imunidade através do Anti-HBs;

(29)

C

ONDUTAS

APÓS

ACIDENTE

(MS)

Cuidados com a área exposta:

 Lavagem do local exposto com água e sabão nos casos de exposição

percutânea ou cutânea.

 Nas exposições de mucosas, deve-se lavar exaustivamente com água ou

solução salina fisiológica.

 Não há evidência de que o uso de antissépticos ou a expressão do local do

ferimento reduzam o risco de transmissão, entretanto, o uso de antisséptico não é contra-indicado.

 Não devem ser realizados procedimentos que aumentem a área exposta,

tais como cortes e injeções locais. A utilização de soluções irritantes (éter, glutaraldeído, hipoclorito de sódio) também está contra-indicada.

(30)

C

ONDUTAS

APÓS

ACIDENTE

(MS)

Avaliação do acidente:

Estabelecer o material biológico envolvido;

Tipo de acidente (pérfuro-cortante, contato com mucosa, contato

com pele, contato com solução de continuidade);

Conhecimento da fonte (contaminada, possibilidade ou

(31)

C

ONDUTAS

APÓS

ACIDENTE

(MS)

Orientações e aconselhamento ao acidentado:

 Com relação ao risco do acidente;

 Possível uso de quimioprofilaxia;

 Consentimento para realização de exames sorológicos;

 Comprometer o acidentado com seu acompanhamento durante seis meses;  Prevenção da transmissão secundária;

 Suporte emocional devido estresse pós-acidente;

 Orientar o acidentado a relatar de imediato os seguintes sintomas:

linfoadenopatia, rash, dor de garganta, sintomas de gripe (sugestivos de soroconversão aguda);

(32)

C

ONDUTAS

APÓS

ACIDENTE

(MS)

Notificação do acidente:

Registro do acidente em CAT (Comunicação de Acidente de

Trabalho) – notificação a INSS

Preenchimento da ficha de notificação do Sistema de Informação

de Agravos de Notificação - SINAN (Portaria n.º 777) – notificação

ao Ministério da Saúde

Registro interno do acidente (SESMT)

(33)

C

ONDUTAS

APÓS

ACIDENTE

Medicamentos anti-retrovirais

Básico – ZIDOVUDINA (AZT) + LAMIVUDINA (3TC) –

Preferencialmente combinados em um mesmo comprimido.

Expandido – AZT + 3TC + INDINAVIR OU NELFINAVIR.

Iniciar o mais rápido possível (ideal até 2hs após exposição)

Período máximo – até 72 horas

(34)

I

MPLICAÇÕES

DO

ACIDENTE

COM

MATERIAL

BIOLÓGICO

Risco de infecção;

Custos médicos;

Custos pessoais;

Aspectos legais/burocráticos;

(35)

A

TENDIMENTO

AOS

PROFISSIONAIS

QUE

SOFRAM

EXPOSIÇÃO

A

MATERIAL

BIOLÓGICO

COM

RISCO

DE

SOROCONVERSÃO

(HIV, HBV

E

HCV)

1) Avaliar a capacidade de atendimento (ex.: pessoal treinado, exames

laboratoriais) da Unidade Básica de Saúde, em cada região, e a

retaguarda de atendimento das unidades de atenção secundária (ex.:

especialistas em infectologia e/ou hepatites).

2) Estabelecer medidas de avaliação e orientação ao acidentado, orientar

as ações imediatas de investigação da fonte (se conhecida) e do

próprio acidentado.

3) Oferecer condições de atendimento imediato na profilaxia para vírus

da hepatite B e quimioprofilaxia para o vírus da imunodeficiência

humana.

4) Manter o seguimento dos acidentados com risco de soroconversão por,

no mínimo, seis meses.

5) Organizar um modelo de atendimento, privilegiando o acolhimento do

paciente e a responsabilidade de orientação junto à comunidade e ao

ambiente de trabalho.

6) Manter o Sistema de Notificação e Registro permanentemente

atualizado no Ministério da Saúde com vistas a permitir ações de

vigilância em saúde do trabalhador.

(36)

P

ROGRAMAS

DE

P

REVENÇÃO

Medidas

preventivas e

gerenciais

Treinamentos

e Educação

Controle

Médico e

Registro

Vigilância

(37)

L

EGISLAÇÃO

Norma Regulamentadora (NR) 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT)

NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (CIPA) NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual- EPI

NR 7 – Programa de Controle Médico em Saúde Ocupacional (PCMSO) NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)

NR 26 – Sinalização de Segurança.

CCIH – Comissão de Controle de Infecção Hospitalar Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho

Dispõe sobre a estruturação da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador no Sistema Único de Saúde (SUS) - RENAST

Dispõe sobre os procedimentos técnicos para a notificação compulsória de agravos à saúde do trabalhador em rede de serviços sentinela específica, no SUS

Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde

(38)

L

EGISLAÇÃO

 Função dos empregadores: adaptação do ambiente de trabalho, mudança das práticas

e comportamento dos trabalhadores, fornecimento gratuito de materiais e equipamentos seguros, assistência médica, capacitação e vigilância.

 Função dos trabalhadores: uso de EPIs, o correto descarte dos materiais

pérfuro-cortantes , o não re-encape de agulhas, a redução e o correto manejo dos resíduos biológicos, a lavagem das mãos antes e depois de qualquer procedimento, a

notificação e tratamento médico após acidente de trabalho e a imunização

 .

 Medidas ambientais e materiais: ambiente adaptado para lavagem das mãos,

descarte de érfuro-cortantes, EPIs, dispositivos de segurança.

 Vigilância/Fiscalização – notificação e registro dos acidentes e doenças ocupacionais,

observação periódica do ambiente de trabalho

 Educação continuada em saúde do trabalhador

(39)

LEGISLAÇÃO

Portaria nº 939, de 18 de novembro de 2008 DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA!!

As agulhas e seringas com dispositivos de segurança devem:

 possuir uma capa rígida que não permita o contato direto das mãos com a

agulha;

 garantir segurança durante todo o processo de manuseio;  ter uma operação simples e óbvia;

 ter um custo o mais reduzido possível;

(40)

Risco biológico nos serviços de

saúde brasileiros

(41)

E

STRATÉGIAS

DE

INVESTIGAÇÃO

DA

REALIDADE

BRASILEIRA

(42)

E

STRATÉGIAS

DE

INVESTIGAÇÃO

DA

REALIDADE

BRASILEIRA

Desde 2003 - São objetivos do projeto:

-criar uma base eletrônica de dados relativos ao controle e prevenção de

acidentes de trabalho com material biológico em hospitais de diferentes regiões do Brasil;

-diagnosticar a ocorrência dos acidentes ocupacionais com exposição a material biológico transmissores de infecções;

-identificar as estratégias preventivas empregadas nos hospitais;

-elaborar, implementar e avaliar estratégias preventivas baseadas em evidências científicas e adaptadas a realidade de cada hospital.

(43)

D

ISTRIBUIÇÃO DOS ACIDENTES DE TRABALHO COM EXPOSIÇÃO A

MATERIAL BIOLÓGICO

,

SEGUNDO CATEGORIA PROFISSIONAL

.

H

OSPITAL

X, R

IBEIRÃO

P

RETO

– SP, 2009.

Categoria profissional 2009 Nº % Auxiliar de Enfermagem Enfermeiro Auxiliar de Limpeza Técnico de Enfermagem Outro Auxiliar de Manutenção Técnico de Laboratório Médico Instrumentador Cirúrgico Fisioterapeuta Serviço Administrativo Técnico de Radiologia Total 41 15 3 2 3 0 2 3 0 1 0 0 70 58,6 21,4 4,3 2,9 4,3 0,0 2,9 4,3 0,0 1,4 0,0 0,0 100

(44)

D

ISTRIBUIÇÃO DOS ACIDENTES DE TRABALHO COM EXPOSIÇÃO A

MATERIAL BIOLÓGICO

,

SEGUNDO TIPO DE EXPOSIÇÃO

. H

OSPITAL

X,

R

IBEIRÃO

P

RETO

– SP, 2009.

Tipo de exposição

2009

Nº %

Percutânea

Mucosa

Pele íntegra

Total

54

16

0

70

77,1

22,8

0

100

(45)

M

EDIDAS

DE

P

ROTEÇÃO

R

ESPIRATÓRIA

 Gotículas: através do contato próximo com o paciente, no qual essas gotículas podem

ser eliminadas durante a fala, respiração e tosse.

Atingem até um metro de distância, e rapidamente se depositam no chão, cessando a transmissão. Exemplos de doenças transmitidas por gotículas são caxumba,

coqueluche, pneumonia, rubéola, meningite e infecção por influenza A, B, C (CASSETTARI; BALSAMO; SILVEIRA, 2009).

 Aerossóis: algumas partículas eliminadas durante a respiração, fala ou tosse se

ressecam e ficam suspensas no ar, permanecendo durante horas e atingindo

ambientes diferentes, inclusive quartos adjacentes, pois são carreadas por correntes de ar.

Procedimentos como broncoscopia, a indução de escarro e a necropsia podem expor o trabalhador a essas partículas, e doenças como o sarampo, a varicela, a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Severe Acute Respiratory Syndrome - SARS) e a

tuberculose podem ser adquiridas (CASSETTARI; BALSAMO; SILVEIRA, 2009). Uso de EPIs – Máscara N95

Máscara cirúrgica

Isolamento dos pacientes Precauções padrão

(46)

D

ISTRIBUIÇÃO DOS ACIDENTES DE TRABALHO SEGUNDO MATERIAL

BIOLÓGICO ENVOLVIDO NO ACIDENTE

. H

OSPITAL

X, R

IBEIRÃO

P

RETO

SP, 2009.

Material biológico envolvido no acidente 2009 Nº % Sangue Material Desconhecido Outro Soluções Intravenosas Tecidos Corporais Líquido Peritoneal Sem Informação Total 61 0 3 1 1 2 2 70 87,1 0,0 4,3 1,4 1,4 2,9 2,9 100

(47)

D

ISTRIBUIÇÃO DOS ACIDENTES DE TRABALHO COM EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO

,

SEGUNDO AGENTE CAUSADOR DA LESÃO

. H

OSPITAL

X, R

IBEIRÃO

P

RETO

– SP, 2009.

Agente causador da lesão 2009 Nº % Agulha Outros Escalpe Lâmina de bisturi Desconhecido Lanceta Sem informação Tesoura Broca Fio Lâmina de vidro Navalha Total 40 4 6 8 4 3 3 1 0 0 0 1 70 57,1 5,7 8,6 11,4 5,7 4,3 4,3 1,4 0,0 0,0 0,0 1,4 100

(48)

D

ISTRIBUIÇÃO DOS ACIDENTES DE TRABALHO COM EXPOSIÇÃO A

MATERIAL BIOLÓGICO

,

SEGUNDO PARTE DO CORPO ATINGIDA

.

H

OSPITAL

X, R

IBEIRÃO

P

RETO

– SP, 2009.

Parte do corpo atingida

2009

Nº %

Dedo da mão

Olhos

Outra área superiores

Face

Membros Inferiores

Total

50

14

5

0

1

70

71,4

20,0

7,1

0,0

1,4

100

(49)

DISTRIBUIÇÃO DOS ACIDENTES DE TRABALHO COM EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO, SEGUNDO LOCAL DO ACIDENTE. HOSPITAL X, RIBEIRÃO PRETO – SP, 2009.

Local do acidente 2009 Nº % Clínica Médica Centro Cirúrgico Clinica Cirúrgica Central de material Pediatria UETDI Outro Terapia Intensiva Ambulatório Desconhecido

Unidade de Terapia Renal Ginecologia / Obstetrícia Necrópsia

Centro de recuperação anestésica Unidade Coronariana

Medicina Nuclear Laboratórios Dermatologia

Transplante de Medula Óssea Hematologia Neurologia Oftalmologia Ortopedia Unidade de Quimioterapia Moléstias Infecciosas Almoxarifado Lavanderia Otorrinolaringologia Psiquiatria Total 13 11 6 3 2 5 3 5 6 2 4 2 1 1 2 1 1 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 70 18,6 15,7 8,6 4,3 2,9 7,1 4,3 7,1 8,6 2,9 5,7 2,9 1,4 1,4 2,9 1,4 1,4 0,0 1,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,4 0,0 0,0 0,0 0,0 100

(50)

D

ISTRIBUIÇÃO DOS ACIDENTES DE TRABALHO COM EXPOSIÇÃO A

MATERIAL BIOLÓGICO

,

SEGUNDO ESQUEMA DE VACINAÇÃO

CONTRA O VÍRUS DA HEPATITE

B. H

OSPITAL

X, R

IBEIRÃO

P

RETO

– SP, 2009.

Esquema vacinal

2009

Nº %

Três ou mais doses

Nenhuma dose

Desconhecido

Duas doses

Uma dose

Total

67

1

0

1

1

70

95,7

1,4

0,0

1,4

1,4

100

(51)

D

ISTRIBUIÇÃO DOS ACIDENTES DE TRABALHO COM EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO

,

SEGUNDO UTILIZAÇÃO OU NÃO DE

EPI

NO MOMENTO DO

ACIDENTE

. H

OSPITAL

X, R

IBEIRÃO

P

RETO

– SP, 2009.

Uso de EPI no momento do

acidente

2009

Nº %

Item desconhecido

Sim

Não

Total

54

10

6

70

77,1

14,3

8,6

100

(52)

H

IERARQUIA

DE

CONTROLE

DO

RISCO

BIOLÓGICO

(CDC)

Menos efetivo

Mais efetivo

•Eliminação ou substituição de materiais pérfuro-cortantes; • Engenharia de Controle

(agulhas e seringas com dispositivo de segurança); • Medidas administrativas (programas de treinamento, políticas internas);

• Precauções Padrão (ex. não re-encapar agulhas); •EPIs (luvas, máscaras,

calçados fechados, óculos).

(53)

Desafios

Aprender com o passado, trabalhar o presente, construir

o futuro

(54)

A

PARTIR

DE

1990...

 Precarização e intensificação do trabalho;

 Compõem mudanças tecnológicas e organizacionais;  Alterações nos processos e relações de trabalho;

 Contratos precários, temporários, aumento da jornada, exploração do trabalho a domicílio e do

trabalho infantil, aviltamento salarial e crise do movimento sindical;

 Adoção de políticas de cunho neoliberal que mercantilizam serviços essenciais como a saúde e a

educação;

 Enfraquecimento das instituições públicas encarregadas da vigilância dos ambientes de trabalho;  Aumento de doenças relacionadas ao trabalho e criou condições

 Aumento do número de acidentes causadores de incapacidade temporária / permanente ou mesmo

mortes de trabalhadores

(55)

D

ESAFIOS

 Falta de integração entre os empregadores e os trabalhadores nas ações

preventivas.

 A OIT preconiza que os empregadores têm a obrigação de consultar os

trabalhadores e cooperar com eles.

 Promover um enfoque de sistemas de gestão de segurança e saúde do

trabalho, no qual haja a troca de informações entre os países e sejam

abordadas as limitações dos empregadores frente às exigências legais visto que o não cumprimento das normas também pode relacionar-se a

dificuldades políticas, econômicas e organizacionais desses empregadores.

 Fornecimento e treinamento para uso de dispositivos de segurança nos

(56)

F

UNÇÃO

DOS

TRABALHADORES

“Quando há equipamentos e condições

ambientais seguras para os trabalhadores, o fator

“tempo” e as pressões da chefia, da equipe e da

demanda impedem que o trabalhador preze sua

saúde e bem-estar, em detrimento das

responsabilidades do cuidado a um grande

número de pacientes”.

(57)

D

ESAFIOS

• CDC - equipe adequada à proporção de pacientes;

• Mudanças organizacionais do trabalho e a necessidade de recursos

humanos, e não só da criação de normas e leis.

• Os meios de participação e voz dos trabalhadores, como os sindicatos e

outras organizações, precisam ser ativados com objetivos conjuntos para que mudanças concretas sejam feitas!

• A única maneira de se conseguir um trabalho decente em condições de

liberdade, igualdade e dignidade humana é que os profissionais de saúde tenham a oportunidade de expressar-se sobre o que estes conceitos

significam para a sua qualidade de vida

(58)

D

ESAFIOS

Nas pesquisas que realizamos junto à Rede de Prevenção de

Acidentes de Trabalho – REPAT/USP:

Mesmo após a implantação da NR 32, ainda persiste o manuseio

excessivo de material pérfuro-cortante e o não fornecimento e uso de

agulhas com dispositivos de segurança;

Concepção de que o fornecimento de EPIs é prioridade para a proteção

do trabalhador.

O adoecimento do trabalhador frente ao risco biológico ainda é visto

como algo inerente aos profissionais da saúde, prevalecendo

concepções mais curativas do que preventivas.

Torna-se necessário promover o acesso dos serviços de saúde a novas

tecnologias e novas propostas que priorizem mais a prevenção do que

somente a notificação e a assistência do trabalhador quando a

(59)

D

ESAFIOS

Recomendação da OIT Sobre o Marco Promocional para a

Saúde e Segurança no Trabalho (2006)

Promoção de uma cultura nacional de prevenção em segurança e

saúde no trabalho, na qual todos os envolvidos, o Estado, os

empregadores, os trabalhadores e toda a sociedade estejam

informados e tenham interesse pela temática

O tema precisa ser abordado na formação profissional dos

envolvidos!!

Resultados dos estudos precisam ser amplamente divulgados

dentro do cotidiano dos serviços de saúde, de uma forma que

alcance e produza resultados na saúde dos trabalhadores.

(60)

D

ESAFIOS

Escassez de diálogo e troca de informações entre os grandes

centros de pesquisa no assunto e os serviços de saúde.

A evolução do conhecimento fica retida dentro das universidades,

sendo objeto de discussão entre uma minoria intelectual, não

alcançando os gestores dos serviços de saúde e por conseguinte os

trabalhadores e a sociedade.

(61)

“Necessário um engajamento efetivo e

compromissado na luta em prol da saúde dos

trabalhadores, que não deve se limitar apenas à

atuação técnica, restrita à fria abordagem

clínica”.

(62)

Referências

Documentos relacionados

E que prazer saber que a expectativa de que aquele universo se preserve não sairia gorada, porque os livros de papel são estáveis, não pensam em ser outra coisa senão por dentro

A Lei 9.656/1998 define Operadora de Plano de Assistência à Saúde como sendo a pessoa jurídica constituída sob a modalidade de sociedade civil ou comercial, cooperativa,

These different uVNTR variants are associated with different transcriptional activities of the MAOA promoter, which in turn result in different levels of expression of the

É importante a observação da carga, volume e intensidade das atividades físicas realizadas pelos idosos durante o período de isolamento, a atividade física tem

O protocolo deve ser assinado tanto pelo secretário da assembleia como pelo presidente, no caso de impedimento, por outro membro da diretoria.. §12 Funções da

Ao finalizar esta pesquisa, conclui-se que para a ampliação ou construção de um novo terminal de passageiros, a escolha do conceito ou combinação dos conceitos a serem utilizados,

No O POVO, temos as páginas: O POVO Online; Esportes O POVO; O POVO Mais; Empregos & Carreiras; Buchicho; Comes & Bebes; TV O POVO; O POVO CBN; Rádio Calypso FM; Acervo O

Ficam os participantes, cientes, desde já, que não poderão utilizar de meios escusos para adquirir as notas/cupons fiscais ou comprovantes de compra para participar desta