R
ISCOS
B
IOLÓGICOS
NOS
S
ERVIÇOS
DE
S
AÚDE
Tanyse Galon
Contextualizando
a Temática
RISCO BIOLÓGICO
C
ONCEITOS
DA
RELAÇÃO
SAÚDE
E
TRABALHO
Medicina do
Trabalho
Saúde
Ocupacional
Saúde do
Trabalhador
M
EDICINA
DO
T
RABALHO
As relações entre saúde e trabalho eram
tratadas
apenas
por
um
campo
de
conhecimento, o da medicina;
Atuação médica com enfoque apenas na
disfunção biológica, ameaçadora da capacidade
de produção do trabalhador.
S
AÚDE
O
CUPACIONAL
Expansão industrial ocorrida com a eclosão da Segunda Guerra Mundial
(1939-1945);
Mudanças no mundo do trabalho e ampliação do conhecimento sobre as doenças
relacionadas à atividade laboral;
Mudança no viés eminentemente clínico de atuação na área;
Na análise do tema incluem-se agora aspectos do ambiente de trabalho – ambiente
torna-se campo de intervenção;
Ergonomia, Higiene do Trabalho e Toxicologia, por exemplo, somam-se à
abordagem clínica individual da Medicina;
Apesar dos avanços, mantém o trabalhador como objeto de intervenção;
Mantém preceitos como o de que o ser humano pode ser exposto a condições
insalubres desde que respeitados limites considerados aceitáveis, e que existem níveis seguros de exposição a substâncias nocivas – amianto.
S
AÚDE
DO
T
RABALHADOR
1970 – a área ganha maior enfoque – movimentos de
redemocratização do país;
Visão atenta à estrutura social e do trabalho;
Considera o ser humano enquanto inserido no processo produtivo
como um todo, na organização e na divisão do trabalho;
Caráter interdisciplinar e intersetorial;
O trabalhador deve ser também sujeito das ações de
transformação dos fatores determinantes de seu processo de
adoecimento;
Década de 80/90 – avanços na políticas públicas de saúde com o
Risco
biológico
Trabalhador
Visão positivista – Medicina do trabalho e Saúde Ocupacional
Trabalhador
Contexto
político
Contexto
histórico
Contexto
econômico
Contexto
social
Subjetividade
s
Contexto
cultural
S
AÚDE
Determinantes Sociais de Saúde
São as condições sociais em que as pessoas vivem e
trabalham ou "as características sociais dentro
das quais a vida transcorre” (Tarlov,1996)
Não é apenas a ausência de doença...
D
ETERMINANTES
S
OCIAIS
DA
S
AÚDE
Processo de
trabalho
• Instrumentos de
trabalho
• Ambiente de
trabalho
• Relações de trabalho
• Hierarquia no
trabalho
• Condição do
trabalhador
• Vida fora trabalho
Acidente de trabalho com
exposição a material biológico
Ocorre apenas por falta de
atenção do trabalhador ou
fatalidade?
Determinantes sociais
da saúde
Trabalho dos
profissionais
da área da
saúde
Riscos Físicos
Riscos
Químicos
Riscos
Ergonômicos
Riscos
Psicossociais
Adoecimento
no trabalho
Acidentes de
trabalho
Violência no
Trabalho
Riscos
Biológicos
H
ISTÓRICO
Até 1970, não havia uma preocupação sistemática com os riscos no
trabalho dos trabalhadores da saúde;
Em 1984: surgimento dos primeiros casos de transmissão ocupacional
do HIV;
CDC – Precauções Universais (PU) – Voltadas somente aos fluidos
corporais que pudessem transmitir o HIV e outros patógenos de
transmissão sanguínea;
1996 – Precauções Padrão – Fluidos corpóreos / outros agentes
biológicos além do HIV por exemplo;
Hoje – Precauções Padrão são importantes, mas não são
suficientes.
[O adoecimento do trabalhador frente ao risco biológico ainda é visto como
algo inerente aos profissionais da saúde, prevalecendo concepções mais
curativas do que preventivas. É necessário promover o acesso dos
serviços de saúde a novas tecnologias e novas propostas que priorizem
mais a prevenção do que somente a notificação e a assistência do
trabalhador quando a exposição e a contaminação já ocorreram]
M
ATERIAL
BIOLÓGICO
Sangue;
Fluidos orgânicos potencialmente infectantes:
sêmen, secreção vaginal, liquor, líquido sinovial,
líquido pleural, peritoneal, pericárdico e
amniótico;
Fluidos orgânicos potencialmente
M
ODO
DE
TRANSMISSÃO
OCUPACIONAL
DOS
AGENTES
BIOLÓGICOS
Oral-fecal;
Via respiratória (gotículas ou aerossóis);
Por contato;
Via sanguínea.
V
IA
S
ANGUÍNEA
Inúmeros agentes infecciosos podem ser
transmitidos pelo sangue;
Principal problema: HIV
Hepatite B
Hepatite C
O risco ocupacional após exposição a materiais
biológicos depende:
-
Tipo de acidente;
-
Gravidade;
-
Tamanho da lesão;
-
Presença e volume de sangue envolvido;
-
Condições clínicas do paciente-fonte;
-
Uso correto da profilaxia pós-exposição.
D
ADOS
DOS
ACIDENTES
3 milhões de acidentes percutâneos/ano com agulhas contaminadas;
2.000.000 exposições HBV, 900.000 HCV, 170.000 HIV
WHO, 2002
384.000 injúrias percutâneas ocorrem anualmente nos hospitais
americanos;
236.000 são resultantes de acidentes com material pérfuro-cortante.
International Health Care Worker Safety Center, 2001
Mundo - 2005 – 106 casos comprovados e 238 prováveis – HIV ocupacional EUA – 8700 casos / ano de Hepatite B ocupacional
Hepatite C – 1000 casos / ano EUA
R
ISCO
DE
INFECÇÃO
APÓS
EXPOSIÇÃO
OCUPACIONAL
HIV – percutânea (sangue) – 0,3%
Mucosa – 0,09%
3 : 1000
HBV – percutânea (sangue) – 6 a 30%, podendo
chegar a 60%
3 :10
HCV – percutânea (sangue) – 1,8% (0 a 7%)
A
VALIAÇÃO
DO
ACIDENTE
COM
MATERIAL
BIOLÓGICO
Tipo de exposição.
Tipo e quantidade de fluido e tecido.
Status sorológico da fonte.
Status sorológico do acidentado.
Tipo de exposição
Exposições percutâneas:
lesões provocadas por instrumentos perfurantes e/ou cortantes (p.ex. agulhas, bisturi, vidrarias).
Exposições em mucosas:
respingos em olhos, nariz, boca e genitália.
Exposições em pele não-íntegra:
por exemplo: contato com pele com dermatite, feridas abertas, mordeduras humanas consideradas como exposição de risco, quando envolverem a
presença de sangue.
Nesses casos, tanto o indivíduo que provocou a lesão, quanto aquele que foi lesado, devem ser avaliados.
A
VALIAÇÃO
DO
ACIDENTE
COM
MATERIAL
BIOLÓGICO
Tipo de fluido e tecido
Hepatites B e C: sangue é o principal veículo de transmissão;
HBV ambém encontrado no sêmen, secreção vaginal, leite materno,
líquido cefalorraquidiano, líquido sinovial, lavados nasofaríngeos, saliva e suor.
HIV: sangue, líquido orgânico contendo sangue visível e líquidos orgânicos
potencialmente infectantes (sêmen, secreção vaginal, liquor e líquidos peritoneal, pleural, sinovial, pericárdico e aminiótico).
Potencialmente não-infectantes
Hepatite B e C: escarro, suor, lágrima, urina e vômitos, exceto se tiver
sangue.
HIV: fezes, secreção nasal, saliva, escarro, suor, lágrima, urina e vômitos,
exceto se tiver sangue.
A
VALIAÇÃO
DO
ACIDENTE
COM
MATERIAL
BIOLÓGICO
A
VALIAÇÃO
DO
ACIDENTE
COM
MATERIAL
BIOLÓGICO
Quanto maior o volume de material biológico, maior a gravidade:
Lesões profundas provocadas por material cortante; Presença de sangue visível no instrumento;
Acidentes com agulhas previamente utilizadas em veia ou artéria de
paciente-fonte;
Acidentes com agulhas de grosso calibre; Agulhas com lúmen.
Maior a inoculação viral, maior a gravidade
Paciente-fonte com HIV/aids em estágio avançado; Infecção aguda pelo HIV;
Situações com viremia elevada;
A
VALIAÇÃO
DO
ACIDENTE
COM
MATERIAL
BIOLÓGICO
Status sorológico da fonte – informações de prontuário, resultados de exames laboratoriais, história clínica prévia.
Quando a fonte é conhecida:
Se não há as informações acima, realizar os exames HBsAg, Anti-HBc ,
Anti-HCV e Anti-HIV;
Teste rápido para HIV;
Recusa do teste ou impossibilidade: diagnóstico médico, sintomas e
história de situação de risco para aquisição de HIV, HBC e HCV
Fonte desconhecida:
Levar em conta a probabilidade clínica e epidemiológica de infecção pelo
HIV, HCV, HBV – prevalência de infecção naquela população;
Local onde o material perfurante foi encontrado (emergência, bloco
cirúrgico, diálise);
A
VALIAÇÃO
DO
ACIDENTE
COM
MATERIAL
BIOLÓGICO
Status sorológico do acidentado
Verificar realização de vacinação para hepatite B;
Comprovação de imunidade através do Anti-HBs;
C
ONDUTAS
APÓS
ACIDENTE
(MS)
Cuidados com a área exposta:
Lavagem do local exposto com água e sabão nos casos de exposição
percutânea ou cutânea.
Nas exposições de mucosas, deve-se lavar exaustivamente com água ou
solução salina fisiológica.
Não há evidência de que o uso de antissépticos ou a expressão do local do
ferimento reduzam o risco de transmissão, entretanto, o uso de antisséptico não é contra-indicado.
Não devem ser realizados procedimentos que aumentem a área exposta,
tais como cortes e injeções locais. A utilização de soluções irritantes (éter, glutaraldeído, hipoclorito de sódio) também está contra-indicada.
C
ONDUTAS
APÓS
ACIDENTE
(MS)
Avaliação do acidente:
Estabelecer o material biológico envolvido;
Tipo de acidente (pérfuro-cortante, contato com mucosa, contato
com pele, contato com solução de continuidade);
Conhecimento da fonte (contaminada, possibilidade ou
C
ONDUTAS
APÓS
ACIDENTE
(MS)
Orientações e aconselhamento ao acidentado:
Com relação ao risco do acidente; Possível uso de quimioprofilaxia;
Consentimento para realização de exames sorológicos;
Comprometer o acidentado com seu acompanhamento durante seis meses; Prevenção da transmissão secundária;
Suporte emocional devido estresse pós-acidente;
Orientar o acidentado a relatar de imediato os seguintes sintomas:
linfoadenopatia, rash, dor de garganta, sintomas de gripe (sugestivos de soroconversão aguda);
C
ONDUTAS
APÓS
ACIDENTE
(MS)
Notificação do acidente:
Registro do acidente em CAT (Comunicação de Acidente de
Trabalho) – notificação a INSS
Preenchimento da ficha de notificação do Sistema de Informação
de Agravos de Notificação - SINAN (Portaria n.º 777) – notificação
ao Ministério da Saúde
Registro interno do acidente (SESMT)
C
ONDUTAS
APÓS
ACIDENTE
Medicamentos anti-retrovirais
Básico – ZIDOVUDINA (AZT) + LAMIVUDINA (3TC) –
Preferencialmente combinados em um mesmo comprimido.
Expandido – AZT + 3TC + INDINAVIR OU NELFINAVIR.
Iniciar o mais rápido possível (ideal até 2hs após exposição)
Período máximo – até 72 horas
I
MPLICAÇÕES
DO
ACIDENTE
COM
MATERIAL
BIOLÓGICO
Risco de infecção;
Custos médicos;
Custos pessoais;
Aspectos legais/burocráticos;
A
TENDIMENTO
AOS
PROFISSIONAIS
QUE
SOFRAM
EXPOSIÇÃO
A
MATERIAL
BIOLÓGICO
COM
RISCO
DE
SOROCONVERSÃO
(HIV, HBV
E
HCV)
1) Avaliar a capacidade de atendimento (ex.: pessoal treinado, exames
laboratoriais) da Unidade Básica de Saúde, em cada região, e a
retaguarda de atendimento das unidades de atenção secundária (ex.:
especialistas em infectologia e/ou hepatites).
2) Estabelecer medidas de avaliação e orientação ao acidentado, orientar
as ações imediatas de investigação da fonte (se conhecida) e do
próprio acidentado.
3) Oferecer condições de atendimento imediato na profilaxia para vírus
da hepatite B e quimioprofilaxia para o vírus da imunodeficiência
humana.
4) Manter o seguimento dos acidentados com risco de soroconversão por,
no mínimo, seis meses.
5) Organizar um modelo de atendimento, privilegiando o acolhimento do
paciente e a responsabilidade de orientação junto à comunidade e ao
ambiente de trabalho.
6) Manter o Sistema de Notificação e Registro permanentemente
atualizado no Ministério da Saúde com vistas a permitir ações de
vigilância em saúde do trabalhador.
P
ROGRAMAS
DE
P
REVENÇÃO
Medidas
preventivas e
gerenciais
Treinamentos
e Educação
Controle
Médico e
Registro
Vigilância
L
EGISLAÇÃO
Norma Regulamentadora (NR) 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT)
NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (CIPA) NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual- EPI
NR 7 – Programa de Controle Médico em Saúde Ocupacional (PCMSO) NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)
NR 26 – Sinalização de Segurança.
CCIH – Comissão de Controle de Infecção Hospitalar Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho
Dispõe sobre a estruturação da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador no Sistema Único de Saúde (SUS) - RENAST
Dispõe sobre os procedimentos técnicos para a notificação compulsória de agravos à saúde do trabalhador em rede de serviços sentinela específica, no SUS
Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde
L
EGISLAÇÃO
Função dos empregadores: adaptação do ambiente de trabalho, mudança das práticas
e comportamento dos trabalhadores, fornecimento gratuito de materiais e equipamentos seguros, assistência médica, capacitação e vigilância.
Função dos trabalhadores: uso de EPIs, o correto descarte dos materiais
pérfuro-cortantes , o não re-encape de agulhas, a redução e o correto manejo dos resíduos biológicos, a lavagem das mãos antes e depois de qualquer procedimento, a
notificação e tratamento médico após acidente de trabalho e a imunização
.
Medidas ambientais e materiais: ambiente adaptado para lavagem das mãos,
descarte de érfuro-cortantes, EPIs, dispositivos de segurança.
Vigilância/Fiscalização – notificação e registro dos acidentes e doenças ocupacionais,
observação periódica do ambiente de trabalho
Educação continuada em saúde do trabalhador
LEGISLAÇÃO
Portaria nº 939, de 18 de novembro de 2008 DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA!!
As agulhas e seringas com dispositivos de segurança devem:
possuir uma capa rígida que não permita o contato direto das mãos com a
agulha;
garantir segurança durante todo o processo de manuseio; ter uma operação simples e óbvia;
ter um custo o mais reduzido possível;
Risco biológico nos serviços de
saúde brasileiros
E
STRATÉGIAS
DE
INVESTIGAÇÃO
DA
REALIDADE
BRASILEIRA
E
STRATÉGIAS
DE
INVESTIGAÇÃO
DA
REALIDADE
BRASILEIRA
Desde 2003 - São objetivos do projeto:
-criar uma base eletrônica de dados relativos ao controle e prevenção de
acidentes de trabalho com material biológico em hospitais de diferentes regiões do Brasil;
-diagnosticar a ocorrência dos acidentes ocupacionais com exposição a material biológico transmissores de infecções;
-identificar as estratégias preventivas empregadas nos hospitais;
-elaborar, implementar e avaliar estratégias preventivas baseadas em evidências científicas e adaptadas a realidade de cada hospital.
D
ISTRIBUIÇÃO DOS ACIDENTES DE TRABALHO COM EXPOSIÇÃO AMATERIAL BIOLÓGICO
,
SEGUNDO CATEGORIA PROFISSIONAL.
H
OSPITALX, R
IBEIRÃOP
RETO– SP, 2009.
Categoria profissional 2009 Nº % Auxiliar de Enfermagem Enfermeiro Auxiliar de Limpeza Técnico de Enfermagem Outro Auxiliar de Manutenção Técnico de Laboratório Médico Instrumentador Cirúrgico Fisioterapeuta Serviço Administrativo Técnico de Radiologia Total 41 15 3 2 3 0 2 3 0 1 0 0 70 58,6 21,4 4,3 2,9 4,3 0,0 2,9 4,3 0,0 1,4 0,0 0,0 100
D
ISTRIBUIÇÃO DOS ACIDENTES DE TRABALHO COM EXPOSIÇÃO AMATERIAL BIOLÓGICO
,
SEGUNDO TIPO DE EXPOSIÇÃO. H
OSPITALX,
R
IBEIRÃOP
RETO– SP, 2009.
Tipo de exposição
2009
Nº %
Percutânea
Mucosa
Pele íntegra
Total
54
16
0
70
77,1
22,8
0
100
M
EDIDAS
DE
P
ROTEÇÃO
R
ESPIRATÓRIA
Gotículas: através do contato próximo com o paciente, no qual essas gotículas podem
ser eliminadas durante a fala, respiração e tosse.
Atingem até um metro de distância, e rapidamente se depositam no chão, cessando a transmissão. Exemplos de doenças transmitidas por gotículas são caxumba,
coqueluche, pneumonia, rubéola, meningite e infecção por influenza A, B, C (CASSETTARI; BALSAMO; SILVEIRA, 2009).
Aerossóis: algumas partículas eliminadas durante a respiração, fala ou tosse se
ressecam e ficam suspensas no ar, permanecendo durante horas e atingindo
ambientes diferentes, inclusive quartos adjacentes, pois são carreadas por correntes de ar.
Procedimentos como broncoscopia, a indução de escarro e a necropsia podem expor o trabalhador a essas partículas, e doenças como o sarampo, a varicela, a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Severe Acute Respiratory Syndrome - SARS) e a
tuberculose podem ser adquiridas (CASSETTARI; BALSAMO; SILVEIRA, 2009). Uso de EPIs – Máscara N95
Máscara cirúrgica
Isolamento dos pacientes Precauções padrão
D
ISTRIBUIÇÃO DOS ACIDENTES DE TRABALHO SEGUNDO MATERIALBIOLÓGICO ENVOLVIDO NO ACIDENTE
. H
OSPITALX, R
IBEIRÃOP
RETO–
SP, 2009.
Material biológico envolvido no acidente 2009 Nº % Sangue Material Desconhecido Outro Soluções Intravenosas Tecidos Corporais Líquido Peritoneal Sem Informação Total 61 0 3 1 1 2 2 70 87,1 0,0 4,3 1,4 1,4 2,9 2,9 100
D
ISTRIBUIÇÃO DOS ACIDENTES DE TRABALHO COM EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO,
SEGUNDO AGENTE CAUSADOR DA LESÃO. H
OSPITALX, R
IBEIRÃOP
RETO– SP, 2009.
Agente causador da lesão 2009 Nº % Agulha Outros Escalpe Lâmina de bisturi Desconhecido Lanceta Sem informação Tesoura Broca Fio Lâmina de vidro Navalha Total 40 4 6 8 4 3 3 1 0 0 0 1 70 57,1 5,7 8,6 11,4 5,7 4,3 4,3 1,4 0,0 0,0 0,0 1,4 100
D
ISTRIBUIÇÃO DOS ACIDENTES DE TRABALHO COM EXPOSIÇÃO AMATERIAL BIOLÓGICO
,
SEGUNDO PARTE DO CORPO ATINGIDA.
H
OSPITALX, R
IBEIRÃOP
RETO– SP, 2009.
Parte do corpo atingida
2009
Nº %
Dedo da mão
Olhos
Outra área superiores
Face
Membros Inferiores
Total
50
14
5
0
1
70
71,4
20,0
7,1
0,0
1,4
100
DISTRIBUIÇÃO DOS ACIDENTES DE TRABALHO COM EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO, SEGUNDO LOCAL DO ACIDENTE. HOSPITAL X, RIBEIRÃO PRETO – SP, 2009.
Local do acidente 2009 Nº % Clínica Médica Centro Cirúrgico Clinica Cirúrgica Central de material Pediatria UETDI Outro Terapia Intensiva Ambulatório Desconhecido
Unidade de Terapia Renal Ginecologia / Obstetrícia Necrópsia
Centro de recuperação anestésica Unidade Coronariana
Medicina Nuclear Laboratórios Dermatologia
Transplante de Medula Óssea Hematologia Neurologia Oftalmologia Ortopedia Unidade de Quimioterapia Moléstias Infecciosas Almoxarifado Lavanderia Otorrinolaringologia Psiquiatria Total 13 11 6 3 2 5 3 5 6 2 4 2 1 1 2 1 1 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 70 18,6 15,7 8,6 4,3 2,9 7,1 4,3 7,1 8,6 2,9 5,7 2,9 1,4 1,4 2,9 1,4 1,4 0,0 1,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,4 0,0 0,0 0,0 0,0 100
D
ISTRIBUIÇÃO DOS ACIDENTES DE TRABALHO COM EXPOSIÇÃO AMATERIAL BIOLÓGICO
,
SEGUNDO ESQUEMA DE VACINAÇÃOCONTRA O VÍRUS DA HEPATITE
B. H
OSPITALX, R
IBEIRÃOP
RETO– SP, 2009.
Esquema vacinal
2009
Nº %
Três ou mais doses
Nenhuma dose
Desconhecido
Duas doses
Uma dose
Total
67
1
0
1
1
70
95,7
1,4
0,0
1,4
1,4
100
D
ISTRIBUIÇÃO DOS ACIDENTES DE TRABALHO COM EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO,
SEGUNDO UTILIZAÇÃO OU NÃO DEEPI
NO MOMENTO DOACIDENTE
. H
OSPITALX, R
IBEIRÃOP
RETO– SP, 2009.
Uso de EPI no momento do
acidente
2009
Nº %
Item desconhecido
Sim
Não
Total
54
10
6
70
77,1
14,3
8,6
100
H
IERARQUIA
DE
CONTROLE
DO
RISCO
BIOLÓGICO
(CDC)
Menos efetivo
Mais efetivo
•Eliminação ou substituição de materiais pérfuro-cortantes; • Engenharia de Controle(agulhas e seringas com dispositivo de segurança); • Medidas administrativas (programas de treinamento, políticas internas);
• Precauções Padrão (ex. não re-encapar agulhas); •EPIs (luvas, máscaras,
calçados fechados, óculos).
Desafios
Aprender com o passado, trabalhar o presente, construir
o futuro
A
PARTIR
DE
1990...
Precarização e intensificação do trabalho; Compõem mudanças tecnológicas e organizacionais; Alterações nos processos e relações de trabalho;
Contratos precários, temporários, aumento da jornada, exploração do trabalho a domicílio e do
trabalho infantil, aviltamento salarial e crise do movimento sindical;
Adoção de políticas de cunho neoliberal que mercantilizam serviços essenciais como a saúde e a
educação;
Enfraquecimento das instituições públicas encarregadas da vigilância dos ambientes de trabalho; Aumento de doenças relacionadas ao trabalho e criou condições
Aumento do número de acidentes causadores de incapacidade temporária / permanente ou mesmo
mortes de trabalhadores
D
ESAFIOS
Falta de integração entre os empregadores e os trabalhadores nas ações
preventivas.
A OIT preconiza que os empregadores têm a obrigação de consultar os
trabalhadores e cooperar com eles.
Promover um enfoque de sistemas de gestão de segurança e saúde do
trabalho, no qual haja a troca de informações entre os países e sejam
abordadas as limitações dos empregadores frente às exigências legais visto que o não cumprimento das normas também pode relacionar-se a
dificuldades políticas, econômicas e organizacionais desses empregadores.
Fornecimento e treinamento para uso de dispositivos de segurança nos
F
UNÇÃO
DOS
TRABALHADORES
“Quando há equipamentos e condições
ambientais seguras para os trabalhadores, o fator
“tempo” e as pressões da chefia, da equipe e da
demanda impedem que o trabalhador preze sua
saúde e bem-estar, em detrimento das
responsabilidades do cuidado a um grande
número de pacientes”.
D
ESAFIOS
• CDC - equipe adequada à proporção de pacientes;
• Mudanças organizacionais do trabalho e a necessidade de recursos
humanos, e não só da criação de normas e leis.
• Os meios de participação e voz dos trabalhadores, como os sindicatos e
outras organizações, precisam ser ativados com objetivos conjuntos para que mudanças concretas sejam feitas!
• A única maneira de se conseguir um trabalho decente em condições de
liberdade, igualdade e dignidade humana é que os profissionais de saúde tenham a oportunidade de expressar-se sobre o que estes conceitos
significam para a sua qualidade de vida
D
ESAFIOS
Nas pesquisas que realizamos junto à Rede de Prevenção de
Acidentes de Trabalho – REPAT/USP:
•
Mesmo após a implantação da NR 32, ainda persiste o manuseio
excessivo de material pérfuro-cortante e o não fornecimento e uso de
agulhas com dispositivos de segurança;
•
Concepção de que o fornecimento de EPIs é prioridade para a proteção
do trabalhador.
•
O adoecimento do trabalhador frente ao risco biológico ainda é visto
como algo inerente aos profissionais da saúde, prevalecendo
concepções mais curativas do que preventivas.
•
Torna-se necessário promover o acesso dos serviços de saúde a novas
tecnologias e novas propostas que priorizem mais a prevenção do que
somente a notificação e a assistência do trabalhador quando a
D
ESAFIOS
Recomendação da OIT Sobre o Marco Promocional para a
Saúde e Segurança no Trabalho (2006)
Promoção de uma cultura nacional de prevenção em segurança e
saúde no trabalho, na qual todos os envolvidos, o Estado, os
empregadores, os trabalhadores e toda a sociedade estejam
informados e tenham interesse pela temática
•
O tema precisa ser abordado na formação profissional dos
envolvidos!!
•
Resultados dos estudos precisam ser amplamente divulgados
dentro do cotidiano dos serviços de saúde, de uma forma que
alcance e produza resultados na saúde dos trabalhadores.
D
ESAFIOS
•
Escassez de diálogo e troca de informações entre os grandes
centros de pesquisa no assunto e os serviços de saúde.
•