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COLABORAÇÃO NA DOCÊNCIA EM UMA TURMA DE ALFABETIZAÇÃO.

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Academic year: 2021

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COLABORAÇÃO NA DOCÊNCIA EM UMA TURMA DE ALFABETIZAÇÃO.

LUCION, Jucélia Demezuk G (UNIOESTE/PIBID/CAPES/MEC), ARANHART, Leonice Tocheto G (UNIOESTE/PIBIDI/CAPES/MEC)

SILVEIRA, Luciana G (UNIOESTE/PIBID/CAPES/MEC) WENDLING, Cléria Maria (UNIOESTE/PIBID/CAPES/MEC) Orientadora

1. Introdução

Este relato de experiência tem a intenção de apresentar atividades desenvolvidas durante ações de colaboração de apoio á docência desenvolvidas enquanto bolsista do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID Pedagogia (CAPES/MEC/UNIOESTE), no ano de 2013 em uma escola municipal, localizada em Cascavel – Paraná. Com o objetivo de registrar a importância das atividades aplicadas e desenvolvidas com alunos e ressaltar as marcas positivas no estar em sala de aula.

O projeto do Curso de Pedagogia está vinculado ao O Programa Institucional da Unioeste correspondente ao Edital de 2009 Intitulado “Vivenciando a escola: incentivo a prática docente” do curso de Pedagogia, do qual participam 15 bolsistas (12 acadêmicos, 2 supervisoras de escolas municipais e uma coordenadora de área) com o objetivo de incentivar a permanência na docência dos formandos em Pedagogia. As participações nas aulas ocorrem em forma de colaboração na docência em que as acadêmicas bolsistas acompanham e auxiliam as regentes das turmas na realização das atividades cotidianas próprias do ciclo de Alfabetização. Todas as atividades são registradas no diário de bordo (Porlán e Martín, 2004), servindo de fonte de dados para compreender os elementos que compõe a aula e a docência, configurando uma importante ferramenta de reflexão sobre a ação.

De acordo com Grabauska e Bastos (2001) na tentativa de organizar a ação e suscitar a transformação de nossas práticas educacionais diárias, sugere-se uma investigação ativa emancipatória, que poderia ser uma maneira de relacionar a ciência social critica com a investigação educativa. É preciso deixar bem claro, porém, que a ciência educativa critica não é uma investigação sobre ou a cerca da educação, e sim para a educação.

O programa representa um grande investimento na formação de professores. O papel do professor como mediador não deve ser somente aquele em que ele emite

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conhecimento e o aluno recebe e sim estabelecer uma relação entre ambos. Essa configuração das aulas só pode ser compreendida no cotidiano escolar, na prática e nas relações entre teoria e prática.

Para efetivação do projeto e a construção de alicerces entre teoria e prática em Cascavel – PR foram escolhidas duas escolas municipais, utilizando como critério de seleção o baixo desempenho na avaliação no IDEB, nas quais são atendidos aproximadamente 280 alunos dos primeiros e segundos anos do ensino fundamental.

2. As ações colaborativas do PIBID

O período em que se realizaram as ações colaborativas de apoio à docência compreende os meses de fevereiro á setembro de 2013.

A atividade aconteceu em uma escola municipal localizada na região periférica de Cascavel- Paraná. A escola colabora com a formação dos futuros professores na medida em que estes colaboram com a escola no desenvolvimento de práticas melhores. As ações colaborativas desse relato foram desenvolvidas em uma turma de 25 alunos entre 7 e 8 anos, do segundo ano do ensino fundamental campo de atuação da professora em formação da autora do trabalho. A turma é composta por crianças com idade e nível adequados a série escolar, sendo que alguns apresentam dificuldades de aprendizagem.

Nos relatos analisados podemos extrair informações relacionadas a questões metodológicas da alfabetização, envolvendo uso de materiais, estratégias, organização do espaço e tempo, elementos de aprendizagem, relação dos alunos com a língua escrita, métodos de alfabetização, a saber:

As aulas iniciam com uma rotina diária de leitura do alfabeto e dos números de 0 a 100, realização de ditados baseada no método sintético (unidade menor para unidade maior).

Os alunos tem a disposição uma mesa com muitos livros infantis e são incentivados a realizar a leitura nos intervalos entre uma atividade e outra.

Durante algumas aulas foram trabalhadas as famílias silábicas, visto que algumas crianças ainda não são capazes de fazer a decodificação das mesmas e fazem a leitura mecanicamente.

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A professora entende que trabalhando com grafema e fonema com mais frequência permite que as crianças percebam a diferença entre som de uma letra e outra.

Na leitura de palavras curtas e longas os alunos tem certa dificuldade com as palavras mais longas, procedendo soletrando sílabas.

Para que essas dificuldades sejam cada vez mais raras, foram feitas atividades com as crianças, como jogo da memória, buscando incluir palavras e desenhos diferente estimulando a conexão entre signo e significante.

Atividades feitas com montagem de palavras e feitas por letras com recorte de revistas, que facilitam o aprendizado da leitura de forma criativa e prazerosa.

Assim de forma mais divertida as crianças terão mais facilidade de codificar as sílabas e formar as palavras e assim conseguir lê-las, com essas atividades diferenciadas pude observar a evolução na leitura das crianças que tem essas dificuldades.

Em relação ao reconhecimento dos números foi verificado que alguns alunos apresentam certa dificuldade, conseguindo êxito com ajuda de material concreto, que é muito utilizado nas aulas (material dourado e outros produzidos pela professora).

O trabalho com a coordenação motora acontece principalmente por meio de recorte de figuras e palavras. Nesse sentido as crianças que aprendem o manuseio da tesoura e a maneira de segurar o lápis para a escrita.

Algumas dificuldades são ressaltadas durante a cópia de textos longos, quando os alunos se perdem na continuidade do texto.

Os alunos com mais dificuldades estão sentados nas primeiras fileiras da sala com o propósito de facilitar sua apreensão do conteúdo e trabalhar a atenção, essa prática tem surtido efeito, pois o aproveitamento dos alunos tem sido cada vez maior.

3. Considerações finais;

Segundo Klein (2002) para que a aprendizagem do código escrito ocorra é essencial a apropriação deste na forma com que o homem utiliza em seu cotidiano.

O processo de alfabetização é bastante complexo. Quando o professor se limita ao método tradicional ou baseia seus trabalhos meramente em lições de cartilhas, não propicia as condições necessárias para o desenvolvimento da oralidade e para a aprendizagem da linguagem escrita de forma significativa.

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Nas situações de ensino o professor de depara com uma complexidade de elementos, alguns planejados enquanto que outras são contingenciais, exigindo do professor uma postura de juiz e guia na condução da aprendizagem dos alunos. Nas aulas observadas, percebemos que a professora utiliza-se como aporte teórico da alfabetização o método sintético não de forma pura, mas dominante. Algumas das dificuldades que os alunos apresentam são decorrentes desse caminho escolhido pela professora necessitando de outras estratégias para superação.

Como se trata de um trabalho colaborativo cabe, também ao PIBID, buscar saídas formativas e reflexivas para encontrar esse caminho, que vai muito além da apropriação teórica de outras concepções de alfabetização.

As crianças que eram estimuladas a escrever em caixa alta e em cursiva, já conseguem escrever correto na forma cursiva, mas escrevem em letras grandes, não respeitando os espaçamentos entre linhas.

As aulas expositivas fora de sala de aula são bem vindas pelos alunos. Uma atividade realizada na área externa foi relacionada á concepção do corpo, os alunos desenharam o contorno uns dos outros, depois cada um desenhou seu rosto. Percebi que essas atividades diversificadas contribuem para que as crianças se sintam motivadas e melhoram o desempenho escolar.

Busca-se aproximar os alunos dos conteúdos construídos historicamente da realidade concreta de cada sujeito. As atividades aplicadas e desenvolvidas com os alunos que acabam deixando marcas positivas, uma vez que na universidade somo preparados para os momentos em que estaremos atuando em sala de aula.

Por outro lado o compromisso do professor deve ser com o processo de formação de seus estudantes e não apenas com os conteúdos, metas que devem ser alcançadas, não pensar em suas aulas voltadas para a avaliação desse aluno, conseguir envolver o aluno, possibilitando a ele estratégias faz com que o aluno tenha motivação para aprender.

Fazer um bom planejamento dos conteúdos seja eles diários ou semanalmente, é extremamente importante e essencial, é preciso ter uma sequência em que diferentes atividades aconteçam, essas atividades podem ser coletivas ou individuais, leituras, produções de texto, é onde o professor pode sentir a necessidade de conversar com o aluno sozinho, sobre o seu aprendizado, e investigar o que o aluno esta sentindo.

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Quando o professor prepara atividades que permitam aos alunos viverem experiências de sucesso repetidas, estes podem desenvolver melhores percepções de si,que aumenta eventualmente suas chances de obter bons resultados.(Roy,1991).

Quando o professor é o mediador fundamental entre a teoria e a prática educativa. As características de trabalho profissional oferecem a professor um papel regulador e transformador de toda iniciativa externa que pretende iniciar na dinâmica das aulas. (Porlán e Martín, 2004).

Nas ações de colaboração percebemos o uso de métodos variados pela professora, que utilizou diversos materiais didáticos. A aula é composta de ações como planejamento, fundamentos teóricos e metodológicos, sendo de fundamental importância que o professor tenha conhecimentos e a compreensão desses conceitos de educação da criança.

Desenvolver uma análise do percurso que vai desde a produção dos materiais didáticos até a sua aplicação em sala de aula é fundamental para o desenvolvimento metodológico e a qualificação do futuro professor. As experiências vivenciadas possibilitaram colocar em prática as atividades diferenciadas e compreender a necessidade da mediação na relação professor-aluno.

Esse projeto possibilita a coleta de dados onde se pode perceber que a professora propõe e motiva desafios para as crianças, possibilitando a elas novos conhecimentos, utilizando-se de materiais concretos e lúdicos, como as brincadeiras, bingo de palavras, entre outros.

A possibilidade que os bolsistas tem de interferir em sala de aula, ajuda na investigação das práticas e visa ainda a melhoria do processo ensino aprendizagem das crianças, que deve ocorrer de maneira natural mas envolvente. No primeiro semestre foram realizadas aulas, em que algumas os diagnósticos serviram para guiar o planejamento. No segundo semestre foram realizadas quinzenalmente uma contação de histórias infantis, com diversas técnicas. As crianças tem grande participação e interesse, pois foge do conteúdo diário em sala de aula pela professora regente. Esse trabalho também é realizado com a participação das crianças na confecção dos fantoches em que são trabalhadas questões como, a coordenação motora fina, a participação em grupos, a reciclagem de materiais numa perspectiva de educação ambiental. Nos planejamentos também são trabalhados conteúdo sobre as histórias

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contadas permitindo uma série de atividades buscando a expressão e a comunicação das interpretações sobre as histórias e sobre o mundo, munidos de ferramentas possibilitadas pela literatura. As crianças se sentem desafiadas e querem dar o seu melhor.

Essas atividades permitem que os alunos tenham maior repertório para a elaboração de textos, nos processos de interpretação da realidade alem de criar uma rotina de leitura e expressão na escola.

As interferências com as aulas e a rotina de contação de histórias assim como as colaborações na docência das professoras regentes, tem possibilitado um melhor acompanhamento dos alunos no processo de alfabetização e permitido ao professor que está na escola um conjunto de reflexões teóricas e práticas.

As experiências vivenciadas através do PIBID possibilitou colocar em prática algumas aprendizagem obtidas teoricamente que com as reelaborações necessárias para sua implementação resultou em construção de conhecimento pedagógico materializado em atividades diferentes.

Referências

CARR, W.; KEMMIS, S. Teoria crítica de laenseñanza: lainvestigación-acción em laformaciondel professorado.Barcelona: Martinez Roca, 1988.

GRABAUSKA, C. J.; BASTOS, Fábio da P. de. Investigação educacional: possibilidade crítica e emancipatórias na prática educativa. In: MION, Rejane A.; SAITO, Carlos H. Investigação-ação: mudando o trabalho de formar professores. Ponta Grossa: Gráfica Planeta, 2001.

KLEIN, L. R. Alfabetização: quem tem medo de ensinar. 4ª ed. São Paulo: Cortez. Campo Grande: Editora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, 2002.

MION, R. A.; SAITO, C. H. Investigação-ação: mudando o trabalho de formar professores. Ponta Grossa: Gráfica Planeta, 2001.

PORLÁN, Rafael; MARTÍN, José. El diário del professor:um recurso para La investigación em el aula. 9ª ed. Sevilia: Díada, 2004.

GAUTHIER...[ et al]; POR UMA TEORIA DA PEDAGOGIA: pesquisa contemporânea sobre o saber docente. Ijui: Ed. UNIJUI,1998.

Referências

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