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Recibo de Cadastro. Dados Gerais do Requerimento Inicial

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Academic year: 2021

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Recibo de Cadastro

Dados Gerais do Requerimento Inicial

Usuário: PB008463

Data do Requerimento: 04/08/2011 12:18:34 N° Requerimento: 100013124708549-3574 Status requerimento: Enviada(aguardando análise) Pedido de Liminar: Sim

Requerente(s):

HERMANO GADELHA DE SA Requerido(s):

CORREGEDORIA GERAL DA JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA-PB Advogado(s):

HERMANO GADELHA DE SA(PB008463) Complemento do Assunto:

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Excelentíssimo Senhor Presidente do Conselho Nacional de Justiça.

Eu, HERMANO GADELHA DE SÁ, brasileiro, casado, advogado, regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Paraíba, sob registro 8463, com endereço profissional na Av. Gov. Flávio Ribeiro Coutinho, nº 205, salas 501/505, Manaíra, João Pessoa – PB, venho, perante Vossa Excelência, manejar o presente PEDIDO DE PROVIÊNCIA COM

PEDIDO LIMINAR, o que faço pelas razões e fundamentos a seguir

declinados:

Na qualidade de Vice-Presidente do CESA –

CENTRO DE ESTUDOS DAS SOCIEDADES DE ADVOGADOS – SECCIONAL PARAÍBA, conjuntamente com as sociedades de

advogados integrantes da entidade mencionada, formulado junto a Presidência da nossa Corte Estadual, requerimento objetivando que

Magistrados e Serventuários do nosso Estado não

obstaculassem o pleno exercício da advocacia.

Para tanto, à época, o Excelentíssimo Senhor Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça, Desembargador Luiz Sílvio Ramalho Júnior, acolheu a pretensão ali exposta, sendo editado o

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Não obstante a existência do referido ato, sob o manto do Provimento 010/2004, as serventias e Magistrados continuam a usurparem o direito ao exercício do nosso munus, impedindo a extração de cópias de

processos em andamento ou findos.

Provocada a Corregedoria Geral de Justiça do Estado da Paraíba, a fim de que adotassem as medidas necessárias no sentido de estancar o mal, a mesma sustentou que não há impedimento ao acesso aos autos pelos Advogados, desde que observado o contido no art. 2º, do Provimento 01/2004. Assim, determinou o arquivamento do requerimento.

Diante de tal quadro, outra alternativa não há senão provocar este Colendo Conselho para adotar a medidas cabíveis.

Com grifos por mim acrescidos, vejamos o que dispõe o

art. 2º, do Provimento 010/2004:

“Art. 2º – Qualquer Advogado poderá requerer, em petição

escrita, a retirada ou vista para exame de processos

findo ou em curso, pelo prazo de dez dias, mesmo sem

procuração, obrigando-se a apresentá-la

oportunamente, nos moldes do §1º, art. 5º da Lei nº 8.906/94.”

Como se pode notar, não há como sustentar que nenhum óbice subsiste ao exercício da Advocacia, quando exigem o peticionamento

para o simples exame dos autos, extração de cópias e obrigatoriedade de juntada de procuração, ainda que em data posterior.

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Não bastasse, merecem destaque os trechos do parecer lançado pelo juiz corregedor, para indeferir a pretensão formulada pelo CESA e que redundou no arquivamento. Vejamos:

“O advogado, para exercer o seu direito de retirar os

autos da serventia, deve requerê-lo por escrito.

Tal requerimento de retirada dos autos se mostra com um mecanismo de controle de segurança pelo Magistrado, a quem cabe tal conduta, observando-se a

padronização trazida pelo Provimento 10/2004 acima, uma vez que dito requerimento só é exigido para a retirada dos autos, e não para a consulta e exame dos mesmo, guardando cristalino respeito aos art. 7º, X\III, XV e XVI, da Lei 8.906/94 retro colacionada.”

Arremata em outro trecho:

“Ora, cabe ao Juiz analisar se nos autos existem

documentos ou mesmo fatos que devem ser protegidos do conhecimento de pessoa, até quele

momento, estranha aos autos”

O parecer foi absolutamente encampado pelo Corregedor Geral de Justiça, concluindo que não há negativa de acesso, mas que

para exercitá-lo basta peticionar e juntar o instrumento procuratório posteriormente, ou seja, o exercício pleno da Advocacia deve ser precedido de tais exigências.

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Eminente Ministro, o Conselho Nacional de Justiça, com grifos por mim acrescidos, no PROCEDIMENTO DE CONTROLE

ADMINISTRATIVO N° 200710000015168 conexo aos PCAS NºS 9387 e

14401 assim se manifestou:

PROCEDIMENTO DE CONTROLE ADMINISTRATIVO – REGULAMENTO DO TRIBUNAL SOBRE ACESSO E CARGA DE AUTOS – DISTINÇÃO ENTRE ACESSO AOS AUTOS E CARGA DOS AUTOS – CONFLITO ENTRE OS

PRINCÍPIOS DA PUBLICIDADE E DA

INDISPENSABILIDADE DO ADVOGADO – AUSÊNCIA DE

MEIOS PARA O EXERCÍCIO PLENO DO DIREITO DE ACESSO AO PROCESSO – DEFERIMENTO

I. Não se confunde o acesso dos autos com a carga dos autos. O acesso significa a concretização do direito

de qualquer pessoa compulsar os autos na serventia do Tribunal, enquanto que a carga dos autos é o direito

das partes e seus representantes retirarem os autos do processo em que litigam das dependências da Corte. Precedentes do STF (AI nº 577847-PR e MC no MS 26772-DF).

II. Não se mostra razoável permitir que apenas

partes integrantes do processo possam acessar e retirar os autos das dependências da Corte, sobretudo para fins de extração de cópias.

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III. Devem os Tribunais ofertar serviço de fotocópia em suas serventias para possibilitar o direito de acesso e extração de cópias. Não disponibilizando o serviço, deverão permitir, mediante cautela idônea, a retirada dos autos, mesmo que por pessoas estranhas ao processo.

IV. Procedimento de controle administrativo a que se dá provimento para anular o ato normativo impugnado.”

Exatamente com esteio nesta decisão é que andou acertadamente a Presidência do TJPB, quando da edição do ATO 51/2010. No entanto, os Advogados vem encontrando obstáculo para o pleno exercício da função, tudo por força da Provimento 010/2004 e sua equivocada

obrigação de exigir o peticionamento para extração de cópias e juntada de procuração a posteriori.

Da decisão acima transcrita, destaco que o Conselho Nacional de Justiça vai além da observância a simples afronta ao exercício da advocacia, na medida em que, entende que o acesso aos autos para extração de cópias deve ser permitido até para pessoas estranhas , ressalvadas as hipóteses em que o processo não esteja protegido pelo segredo de justiça ou em situação assemelhada .

Já com relação a exigência de petição, também com grifos por mim acrescidos, o Conselho Nacional de Justiça assim vem se posicionando:

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“RECURSO ADMINISTRATIVO. PROCEDIMENTO DE CONTROLE ADMINISTRATIVO. PORTARIA. CARGA DOS AUTOS CONDICIONADA À PETIÇÃO FUNDAMENTADA. IMPOSSIBILIDADE. AFRONTA ÀS PRERROGATIVAS DA ADVOCACIA. ART. 7º DA LEI 8.906/94.

- Ao editar portaria que resta por modificar previsão legal, ao impor requisito ausente em lei, o Juízo requerido usurpa competência do Poder Legislativo, em afronta ao mencionado Princípio da Separação dos Poderes.

– Além desse fato, deve-se frisar que o artigo 13 da

Portaria n.º 000008-1/2009, tem o condão de inovar na ordem jurídica, dispondo contrariamente à lei vigente, de forma a restringir direitos atinentes aos advogados, apesar da natureza meramente reguladora que possui esse tipo de ato normativo infra-legal.

- Destaca-se ainda que no dia 05 de outubro do ano de 2010 foi publicada a Resolução de nº 121 do CNJ, que dispõe, entre outros temas, sobre a divulgação de dados processuais eletrônicos na rede mundial de computadores. - Voto por dar provimento ao recurso para cassar a Portaria n º 000008-1/2009, editada pela Juíza Federal da 2ª Vara Federal Criminal de Vitória - ES, em razão de a mesma afrontar disposição legal do art. 7º, XIII, da Lei nº 8.906/94.” (PROCEDIMENTO DE CONTROLE ADMINISTRATIVO N.° 0004482-69.2010.2.00.0000)

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O fato, Excelência, é que em nosso Estado, lamentavelmente, não se vem respeitando as prerrogativas legítimas do Advogado para o pleno exercício regular de seu munus, e mais grave, contra o um ato da Presidência e sob a tutela da Corregedoria.

Aliás, chegamos as raias do absurdo, na medida em que, em alguns casos, somente é permitido a extração de cópias com o acompanhamento de pessoas do serviço geral (terceirizados) absolutamente estranhos ao quadro do Judiciário. Fato público e notório diante das limitações existentes nos quadros técnicos das Unidades Judiciárias.

As medidas arbitrárias foram coibidas pela Presidência, porém a Corregedoria do Judiciário Estadual, além de não seguir o que

dispõe o ATO 51/2010, invoca e estimula a exigência de obrigações ilegais com constrangimentos indevidos, sendo lamentável algumas conclusões postas pelo parecer emitido pelo juiz-corregedor.

Os tempos são outros. A sociedade clama pelo respeito ao ordenamento jurídico. Como já afirmamos, o STF e o CNJ já estabeleceram precisas balizas para esse procedimento, não sendo possível apenas franquear o acesso aos autos àqueles que esteja habilitados, muito menos, ficarmos a mercê de pessoas estranhas ao quadro do judiciário OU ter que

peticionar e esperar que sua Excelência decida se pode ou não extrair as cópias ou quais as cópias que podem ser extraídas.

O art. 5º, LX, da Constituição, diz que “a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem”. Tal disposição é também reproduzida pelos arts. 40 e 155 do CPC, sempre ressalvados, apenas os casos de segredo de justiça, assim definidos pela lei. Não cabe ao Magistrado decidir sobre tal

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e qual cópia poderá ser extraída.

Sendo assim, qualquer argumento de que devem zelar pela segurança das informações não pode atingir a prerrogativa dos advogados – garantida por lei federal - de acessarem os autos de qualquer processo, seja ele físico ou eletrônico (não cabe ao intérprete fazer restrição que o legislador não fez), independentemente de procuração, excetuando apenas os processos sob segredo de justiça.

Tais restrições se destinam apenas a terceiros, que não sejam inscritos nos quadros da OAB. Não se pode presumir que o

advogado, quando acessa autos sem procuração, pretenda praticar fraudes. Ao contrário, normalmente, seu intuito é legítimo, qual seja o de

analisar causa previamente à aceitação de seu patrocínio, de modo a evitar falta ética pela assunção de causa moralmente condenável ou para a qual tenha impedimento ou dever de sigilo, por exemplo. Analisar os autos antes de receber procuração, portanto, é um DEVER do advogado, não apenas uma prerrogativa.

PROVIDÊNCIA URGENTE – PEDIDO DE LIMINAR

Em face da clareza meridiana contida no Provimento 10/2004, da Corregedoria Geral de Justiça da Paraíba, especificamente, o art. 2º, impõe-se a imediata CONCESSÃO DE LIMINAR para suspender a eficácia da norma.

No caso em testilha, os elementos autorizativos a sua concessão restam absolutamente presentes, bastando uma simples análise e comparação entre a norma atacada e o que vem sendo decidido reiteradamente por este Conselho.

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De plano pugno a Vossa Excelência que confira liminar para afastar as exigência de peticionamento em processo findo ou ativo ou juntada de procuração, como exige a norma em ataque.

REQUERIMENTO

Por fim, pugno que seja recebido o presente PEDIDO DE

PROVIDÊNCIA, a fim de determinar que a Corregedoria Geral de Justiça e

Magistrado no Estado da Paraíba, cumpram o que determina o ATO 51/2010 da Presidência do Egrégio Tribunal de Justiça da Paraíba, sem a exigência do cumprimento das obrigações contidas no art. 2º, do Provimento 10/2004, da Corregedoria Geral de Justiça da Paraíba OU receba o a presente como

PROCEDIMENTO DE CONTROLE ADMINISTRATIVO, para cassar a

exigência contida na norma já referenciada.

A decisão a ser adotada amolda aos regramentos contido no Estatuto da Advocacia, decisões da Suprema Corte, especialmente deste Conselho Nacional de Justiça que cuidam do tema em análise, viabilizando o exercício de uma profissão indispensável a distribuição de justiça, de forma mais ampla possível.

É o que peço e espero. De João Pessoa para,

Brasília, em 03 de agosto de 2011. Hermano Gadelha de Sá

Referências

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