Medindo o custo de
vida
Índice de preços ao consumidor (IPC)
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Uma
medida do custo total
dos bens e serviços comprados
por um consumidor típico.
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No Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
– conhecido como
IPCA
– é o indicador oficial do Governo
Federal para a medição da inflação no país. Este índice é
elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) desde 1979.
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É usado para corrigir variáveis econômicas dos efeitos da
inflação.
Como o IPC é calculado
1.
Fixar a cesta de produtos: determinar quais preços
são mais importantes para o consumidor típico.
2.
Coletar os preços: coletar os preços de cada um dos
bens e serviços da cesta em cada momento.
3.
Calcular o custo da cesta: usar os dados sobre
preços para calcular o custo da cesta de bens e
serviços em diferentes momentos.
Como o IPC é calculado
4.
Escolher um ano-base e calcular o índice: designar um
ano como ano-base para servir como padrão em relação ao
qual os demais anos serão comparados.
Í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑒ç𝑜𝑠 𝑎𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑖𝑑𝑜𝑟
=
𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑎 𝑐𝑒𝑠𝑡𝑎 𝑑𝑒 𝑏𝑒𝑛𝑠 𝑒 𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜𝑠 𝑛𝑜 𝑎𝑛𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒
𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑎 𝑐𝑒𝑠𝑡𝑎 𝑛𝑜 𝑎𝑛𝑜 𝑏𝑎𝑠𝑒
× 100
5.
Calcular a taxa de inflação: a variação percentual do índice
de preços em relação a um período anterior.
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑓𝑙𝑎çã𝑜 𝑛𝑜 𝑎𝑛𝑜 2 =
𝐼𝑃𝐶 𝑛𝑜 𝑎𝑛𝑜 2 − 𝐼𝑃𝐶 𝑛𝑜 𝑎𝑛𝑜 1
O que há na cesta do IPC?
16% 42% 3% 3% 6% 7% 8% 15% Transporte Moradia Outros bens e serviços VestuárioRecreação Educação e comunicação Assistência médica Alimentação e bebidas
Cesta típica de bens e serviços, que mostra como o consumidor típico nos EUA divide suas despesas. O Bureau of Labor Statistics chama cada
porcentagem de “importância relativa” de categoria.
No Brasil, o IPCA agrega famílias com renda
mensal de 1 a 40 salários mínimos, que estejam localizadas nas seguintes regiões: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo
Horizonte, Porto Alegre, Recife, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba,
Goiânia e Brasília.
Principais índices de preços no Brasil
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No Brasil, devido à aceleração inflacionária dos anos 1980, a medição mais acurada da inflação passou a ser uma demanda social. Uma das justificativas era anecessidade de se ter um IP divulgado no último dia útil de cada mês, para corrigir, principalmente, contrato financeiros. Na época, o IPC de referência era o IGP-DI (1944) do Ibre/FGV, cuja divulgação se dava em torno do dia 15 de cada mês. Por isso, o Ibre/ FGV criou o IGP-M (1989), divulgado no final do mês, que, até hoje, é uma importante referência para os contratos em geral.
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A diferença entre estes dois IGPs é a época da coleta de dados. No resto, eles são iguais. A família IGP é composta por três índices: o IPC (com o peso de 30% e representando famílias de 1 a 33 SM nas 7 principais capitais do país), o IPA - índice de preços por atacado (60%) e o INCC – índice de preços da construção civil (10%).•
Além destes IPCs, o IBGE passou a divulgar, desde 2012, considerando dados com base em dezembro de 2009, o IPP – índice de preços ao produtor, índice utilizado em outros países, mas que ainda não havia no Brasil. O IPP abrange 1.400empresas, de 23 atividades da indústria de transformação, e coleta preços recebidos pelo produtor, isentos de impostos, tarifas e fretes. O IPP mede o custo de uma cesta de bens e serviços comprados pelas empresas, e não pelos consumidores.
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Nos EUA, o BLS calcula a estatística chamada núcleo do IPC, o que é um IPC excluindo alimentos e energia. Como os preços dos alimentos e energia mostram grande volatilidade no curto prazo, o núcleo IPC reflete melhor as tendências da inflação em andamento.Problemas do IPC
1) Tendência à substituição
: os consumidores substituem os bens que
se tornaram relativamente mais caros pelos que se tornaram
relativamente mais baratos.
Ao desconsiderar a possibilidade de substituição,
o índice superestima o
aumento
do custo de vida de um ano para o outro.
2) Introdução de novos bens
: quando um novo bem é introduzido, os
consumidores têm maior variedade de produtos para escolher, e isso
reduz o custo de manter o mesmo nível de bem-estar econômico.
Novos produtos resultam em maior variedade, a qual por sua vez torna
cada unidade monetária mais valiosa.
O consumidores necessitam de menos dinheiro para manter o mesmo
padrão de vida.
Como o IPC se baseia em uma cesta fixa de bens e serviços, ele não
reflete o aumento do valor da moeda que ocorre com a introdução de
novos bens.
Problemas do IPC
3) Mudança de qualidade não medida
: mudanças na qualidade dos
bens da cesta aumentam ou diminuem o valor do dólar.
Se a qualidade de um bem aumenta de um ano para outro, o valor da
moeda aumenta, mesmo se o preço do bem seja o mesmo.
Se a qualidade do bem diminui de um ano para outro, o valor da moeda
diminui, mesmo que o preço do bem seja o mesmo (nesse caso o IPC
subestima a mudança no custo de vida).
As mudanças de qualidade são de difícil medição.
Todos esses problemas fazem que o
IPC tenda a superestimar
aumentos do custo de vida
.
Deflator do PIB x IPC
Deflator do PIB
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Reflete os preços de bens e
serviços produzidos
internamente.
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Compara o preço de bens e
serviços produzidos
correntemente com o preço dos
mesmos bens e serviços no
ano-base.
O grupo de bens e serviços usados para calcular o deflator do PIB muda automaticamente ao longo do tempo.Índice de preços ao
consumidor
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Reflete o preço de todos os bens e
serviços comprados pelos
consumidores
Há bens que os consumidores “comuns” não compram.
Bens importados comprados pelos consumidores podem fazer parte do IPC mas não do PIB.•
Compara o preço de uma cesta fixa
de bens e serviços com o preço da
mesma cesta no ano-base.
Corrigindo as variáveis econômicas dos
efeitos da inflação
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Valores monetários em diferentes épocas: um índice de preços como o IPC
mede o nível de preços e, assim, determina o tamanho da correção de inflação.
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Fórmula para transformar valores em dólar do ano T em valores atuais:
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑎 𝑒𝑚 𝑑ó𝑙𝑎𝑟𝑒𝑠 𝑎𝑡𝑢𝑎𝑖𝑠 = 𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑎 𝑒𝑚 𝑑ó𝑙𝑎𝑟𝑒𝑠 𝑛𝑜 𝑎𝑛𝑜 𝑇 × 𝑁í𝑣𝑒𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑒ç𝑜𝑠 𝑎𝑡𝑢𝑎𝑙 𝑁í𝑣𝑒𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑒ç𝑜𝑠 𝑛𝑜 𝑎𝑛𝑜 𝑇