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DISCIPLINA: AMB30106 Sistema de Água II. Prof. Robson Alves de Oliveira

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(1)

DISCIPLINA: AMB30106

Sistema de Água II

Prof. Robson Alves de Oliveira

robson.oliveira@unir.br

(2)

2

(3)

3

INTRODUÇÃO

DEFINIÇÃO: a floculação é uma operação unitária

de clarificação com o objetivo de juntar partículas

coaguladas para formar flocos, de modo a

possibilitar sua separação por sedimentação ou

flotação e/ou filtração da água.

É considerada uma operação unitária por envolver apenas

fenômenos físicos de aglutinação das partículas.

(4)

4

É o processo mais utilizado para remoção de

substâncias que produzem cor é turbidez na água.

Os flocos formados por aglutinação devem ter tamanho e

densidade adequados ao processo de remoção que segue:

clarificação por sedimentação ou flotação ou filtração.

Ao contrário da sedimentação, nos processos de flotação e

filtração direta não é desejável a formação de um floco

volumoso.

(5)

5

O processo de agregação é dependente da duração e da

quantidade de energia aplicada (gradiente de velocidade).

A energia para a floculação pode ser aplicada, como na

mistura rápida, por meios hidráulicos, mecânicos e ou

pneumáticos.

A diferença entre a floculação e a na mistura rápida está

caracterizada pela intensidade, que, na floculação, é muito

menor.

(6)

6

Para as estações convencionais de tratamento a aferição

do êxito da floculação efetua-se pelas características da água

decantada: monitoramento da turbidez.

Sempre que a tecnologia de tratamento envolver o

processo de coagulação, a floculação ocorre mesmo na

ausência de uma unidade específica para tal finalidade.

O desempenho da floculação esta diretamente ligado

ao desempenho da coagulação.

(7)

7

A ineficácia da floculação aumentará a afluência de

partículas às unidades filtrantes, favorecendo a deterioração

da água filtrada e reduzindo o intervalo entre lavagens

podendo tornar o processo de potabilização antieconômico.

CINÉTICA DA FLOCULAÇÃO

Os mecanismos de floculação referem-se à forma como

o transporte das partículas desestabilizadas realiza-se

para a formação dos flocos.

(8)

8

O mecanismo predominante será função das dimensões

das partículas desestabilizadas e do crescimento dos flocos.

O transporte das partículas pode ocorrer por três

processos:

1) Devido ao movimento browniano - denominado

floculação pericinética:

Deve-se ao movimento das partículas coloidais devido ao

seu contínuo bombardeamento pelas moléculas de água.

(9)

9

A Floculação Pericinética é o primeiro processo de

formação de flocos, porém, é menos relevante.

Os primeiros contatos entre as partículas desestabilizadas

iniciam-se já na unidade de mistura rápida.

As partículas coloidais desestabilizadas chocam-se e

aglomeram-se formando flocos pequenos, com dimensão

inferior a 1 µm.

A energia propulsora da floculação pericinética é a energia

térmica do fluído.

(10)

10

2) Devido as diferenças de velocidade das linhas de

corrente do fluido em escoamento - denominado

floculação ortocinética:

As partículas estão em contato umas com as outras através

do movimento do fluído (gradiente de velocidade).

A floculação ortocinética decorre da introdução de

energia externa que fomenta a aglutinação das partículas

para a formação de flocos de maior peso.

(11)

11

Dependendo da configuração da ETA, o canal de água

floculada e outros dispositivos que conduzem água floculada

permitem que a floculação ortocinética ainda ocorra.

Esse mecanismo continua a atuar mesmo após a unidade

de floculação.

A floculação ortocinética é o único processo no qual o

profissional pode atuar de forma a otimizar a operação.

(12)

12

3) Devido as às distintas velocidades de sedimentação

dos flocos - denominado floculação por sedimentação

diferencial:

É decorrente da desuniformidade de volume e massa

específica dos flocos (presença de flocos de grande e de

pequeno tamanho).

Por causa dessa desuniformidade os flocos adquirem

distintas velocidades de sedimentação.

(13)

13

Ocorrem choques no movimento descendente na unidade

de decantação e a formação de flocos mais pesados.

Ocorre principalmente no início da unidade de decantação

quando a concentração de flocos afluente é muito elevada.

A floculação por sedimentação diferencial é relevante

para as ETAs com tecnologia convencional de

potabilização.

(14)

14

No caso da floculação pericinética,

𝐹

𝑝

, pode expressar a

variação na concentração de partículas pela seguinte relação:

𝐹

𝑝

=

𝑑𝑁

𝑑𝑡

= −

4. Γ. 𝑘. 𝜃. (𝑁)

2

3. 𝜇

[1]

em que:

𝑑𝑁

𝑑𝑡

é a variação do número de partículas primárias por unidade

de volume em relação ao tempo;

N = concentração total de partículas em suspensão no tempo (nº de

partículas/m

3

).

Γ = fator adimensional relacionado com a eficácia das colisões (nº de

colisões efetivas/nº de colisões totais; sendo que colisão efetiva é a que

provoca agregação de duas partículas)

(15)

15

κ = constante de Boltzmann [=1,385 x 10

-23

J.K

-1

];

T = temperatura absoluta [K];

μ = coeficiente de viscosidade dinâmica [N.s.m

-2

];

Após a integração e considerando N = N

o

para t = 0, obtém-se:

𝑁 =

𝑁

𝑜

1 + (

4.Γ.𝑘.𝜃.𝑁

𝑜

3.𝜇

) . 𝑡

[2]

O tempo 𝑡

1

2

(em segundos), para reduzir a concentração inicial

de partículas em suspensão (N

o

) seja reduzida a metade (N), é dada

(16)

16

𝑡

1

2

=

3. 𝜇

4. Γ. 𝑘. 𝜃. 𝑁

𝑜

[3]

Que resulta em:

𝑁 =

𝑁

𝑜

1 + (

𝑡

𝑡

1

2

)

[4]

Para uma água a 25ºC, obtém-se

𝑡

1

2

=

1,6 × 10

11

(17)

17

O processo é independente de fatores externos, a não ser a

temperatura e independe da dimensão das partículas.

Para partículas de diferentes diâmetros, D e d, Kruit (1952)

estabeleceu uma correção para a relação de tempo:

𝜃

𝑡

1

2

=

1

4

. [4 + (√

𝐷

𝑑

− √

𝑑

𝐷

)

2

] [6]

Para partículas da ordem de 0,1 µm, o fenômeno de agregação

é governado pela floculação pericinética.

(18)

18

Quando, após as aglomerações, as partículas passam a

adquirir tamanho superior a 1 µm, a formação decorre de

floculação ortocinética.

A taxa de colisões entre partículas na floculação ortocinética é definida

pela equação:

𝐹

𝑜

=

𝑑𝑁

𝑑𝑡

= −

𝐶. 𝐺

𝐹

𝜋

. 𝑁 𝑜𝑢

𝑑𝑁

𝑁

= −

𝐶. 𝐺

𝐹

𝜋

. 𝑑𝑡 [7]

G

F

é grande de velocidade durante a floculação;

N é o número de partículas;

(19)

19

Integrando essa equação entre os limites (t = 0, N = N

o

) e (t = T, N), e

introduzindo um coeficiente α de eficiência na colisão entre as partículas,

chega-se na equação de Hudson (1955):

𝜂 = 1 −

𝑁

𝑁

𝑜

= 1 − 𝑒

−𝛼

𝐶.𝐺𝐹.𝑇

𝜋

[8]

em que η representa o rendimento esperado na remoção de sólidos;

C é a concentração de partículas (%); G

F

é o gradiente de velocidade

(20)

20

Com base nesta equação conclui-se que em igualdade de

condições de gradiente e tempo de floculação, a velocidade de

floculação depende somente da concentração em volume de

floco e não do número e tamanho das partículas primárias

não depende da turbidez inicial, porém da massa de

sólidos precipitada.

Esta última expressão permite calcular o valor do gradiente

de velocidade para o qual a taxa de floculação pericinética é

igual à ortocinética.

(21)

21

𝐹

𝑝

𝐹

𝑜

=

𝜇. 𝐺

𝐹.

𝑑

3

2. 𝑘. 𝜃

[9]

Constata-se que:

As partículas de pequena dimensão necessitam de

valores de G

F

mais elevados.

No caso de partículas maiores, uma agitação fraca

é suficiente para obter uma taxa aceitável de

floculação ortocinética.

(22)

22

Modelagem da agregação e ruptura dos flocos

O modelo anterior (equação 8) não leva em consideração a

resistência e a quebra de flocos, sua massa específica e volume.

Durante a floculação, a agitação imposta ao meio líquido

promove dois efeitos simultaneamente: a agregação e a ruptura.

A agregação é resultado dos encontros das partículas

desestabilizadas, sendo que a agitação promove uma maior

taxa de encontros, formando os flocos.

(23)

23

Quanto maior o gradiente de velocidade, mais rápida é a taxa de

aglutinação de partículas, porém os flocos crescerão até um limite

máximo.

Acima deste limite as forças de cisalhamento os quebram em

partículas menores.

O tamanho máximo de um floco (em mm) seria:

𝑑

𝑚𝑎𝑥

=

𝐶

𝐺

𝐹

𝑛

[10]

(24)

24

Para flocos de hidróxidos, C geralmente varia entre 5 a 15 e n entre

0,7 e 1,2. Um valor típico de C =10 e um gradiente G

F

= 40 s

-1

, resultaria

num tamanho médio de flocos de 0,44 mm (tamanho encontrado na

prática).

A medida que o floco cresce, sua massa específica diminui e ele

se torna mais sujeito às tensões de cisalhamento hidrodinâmico

geradas pelos gradientes de velocidade.

As forças de cisalhamento são acentuadas com uma agitação

intensa ou um grande tempo de floculação, causando a degradação

parcial ou total dos flocos em poucos segundos.

(25)

25

A desagregação é caracterizada pelas condições de turbulência,

sendo calculada pela equação abaixo, em que S é o número de Sinclair

e Sindelar (número S → estabilidade do floco):

𝑆 = 𝐺

𝐹

. 𝑅𝑒

−0,5

[11]

Para águas de baixa alcalinidade e sulfato de alumínio como

coagulante, pode-se sugerir um valor como S < 0,3 s

-1

.

O gradiente de velocidade nos tanques de floculação e outras

estruturas hidráulicas de veiculação de água floculada afeta o

tamanho, a estabilidade e a desagregação dos flocos.

(26)

26

Trabalhos experimentais têm confirmado uma redução da

eficiência com o contínuo aumento do tempo de floculação.

Na prática, utiliza-se o critério de aplicar o menor gradiente

possível nos flocos já formados, geralmente inferior a 30 s

-1

.

(27)

27

Equação cinética básica (para um reator estático):

Os dois modelos anteriores (que definem o tamanho e a

estabilidade dos flocos), não levam em consideração o tempo

de floculação ou a velocidade (taxa) de formação de flocos.

O modelo geral, que integra os efeitos de agregação e

quebra de flocos é dados por:

𝑑𝑁

(28)

28

A taxa de crescimento dos flocos é definida pelo modelo de

Argaman (1971):

𝑑𝑁

𝐴

𝑑𝑡

= −𝐾

𝐴

. 𝑁. 𝐺

𝐹

[13]

A quebra é definida pelo modelo de Kaufman (1970):

𝑑𝑁

𝐵

𝑑𝑡

= +𝐾

𝐵

. 𝑁

𝑜

. 𝐺

𝐹

2

[14]

em que N = concentração remanescente de partículas primárias ao

tempo t (m

-3

);

(29)

29

K

A

= coeficiente de agregação (adimensional);

K

B

= coeficiente de quebra (s).

O termo −𝑲

𝑨

. 𝑵. 𝑮

𝑭

indica o desaparecimento de partículas

primárias para dar origem aos flocos e o termo +𝑲

𝑩

. 𝑵

𝒐

. 𝑮

𝑭

𝟐

indica o aparecimento de partículas por erosão dos flocos.

A variação do número de partículas primárias em relação ao tempo

é dada pelo somatório destes dois efeitos simultâneos.

(30)

30

𝑑𝑁

𝑑𝑡

= −𝐾

𝐴

. 𝑁. 𝐺

𝐹

+ 𝐾

𝐵

. 𝑁

𝑜

. 𝐺

𝐹

2

[14]

Integrando para (t = 0, N = N

o

) e (t = T, N), fornece:

𝑁

𝑁

𝑜

=

1 + 𝐾

𝐵

. 𝐺

𝐹

2

. 𝑇

1 + 𝐾

𝐴

. 𝐺

𝐹

. 𝑇

[15]

Equação válida para um único tanque de floculação:

Admitindo que K

A

e K

B

mantêm-se constantes em um

(31)

31

𝑁

𝑁

𝑜

=

1 + 𝐾

𝐵

. 𝐺

𝐹

2

.

𝑇

𝑚

. [∑

(1 + 𝐾

𝐴

. 𝐺

𝐹

.

𝑇

𝑚

)

𝑖

𝑚−1

𝑖=0

]

(1 + 𝐾

𝐴

. 𝐺

𝐹

.

𝑇

𝑚

)

𝑚

[16]

Com m = ∞

𝑁

𝑁

𝑜

=

𝐾

𝐵

𝐾

𝐴

. 𝐺

𝐹

+ (1 −

𝐾

𝐵

𝐾

𝐴

. 𝐺

𝐹

) . 𝑒

−𝐾

𝐴

.𝐺

𝐹

.𝑇

[17]

(32)

32

Com os gradientes normalmente aplicados na prática (entre 75

s

-1

e 30 s

-1

), o coeficiente de quebra de flocos é pequeno, da

ordem de 1000 vezes menor que o de agregação, podendo-se,

então, simplificar a equação 16 para:

𝑁

𝑁

𝑜

= (1 + 𝐾

𝐴

. 𝐺

𝐹

.

𝑇

𝑚

)

−𝑚

[18]

O gráfico a seguir apresenta a relação da eficiência da

floculação em função de T e G

F

(Libânio, Pádua, Bi Bernado).

(33)

33

O gráfico mostra a influência do número de câmaras (m) na

performance da unidade de floculação.

(34)

34

Exemplo: para G

F

da ordem de 60 s

-1

, o menor valor de T para

obter uma eficiência de remoção de 75% (N

o

/N = 4) seria da ordem

de 2000 s para uma câmara e menos que 1000 s para quatro

câmaras.

Neste trabalho os autores concluíram ainda que:

i) Os parâmetros físicos relacionados com a eficiência da

floculação são, basicamente, o tempo de floculação e a

potência aplicada à massa líquida (gradiente de velocidade);

(35)

35

ii) Há um tempo de floculação mínimo abaixo do qual as

taxas de agregação e erosão se equivalem, reduzindo a

eficiência da floculação.

iii) Um maior número de câmaras resulta em maior

eficiência para um mesmo tempo de detenção (devido à

redução do efeito de curto-circuito).

iv) Para cada tempo de detenção existe um gradiente de

velocidade a ele associado (há relação entre o número de choques

e a taxa de erosão dos flocos).

(36)

36

A tabela abaixo apresenta valores característicos dos coeficientes de

agregação K

A

e de quebra K

B

, determinados experimentalmente para

(37)

37

Sobre K

A

e K

B

podem ser feitas as seguintes considerações:

i) O coeficiente de agregação varia com a turbidez e com o tipo

de coagulante aplicado.

ii) Ele é mais elevado para coagulantes férricos e turbidezes

mais altas.

iii) Água de baixa turbidez são mais difíceis de coagular, não

sendo o processo de decantação adequado para tais águas, que

(38)

38

iv) Para valores de K

A

dessa ordem de grandeza, são mais

indicadas a flotação a ar dissolvido ou a filtração direta.

v) A filtração direta é viável quando as doses de coagulante são

suficientemente baixas, inferiores a 10 mg/L de sulfato de alumínio ou

5 mg/L de cloreto férrico.

vi) O processo de floculação pode ser otimizado conhecendo-se os

coeficientes K

A

e K

B

, que permitem prever ou fixar uma eficiência

desejada para as condições físico-químicas de uma determinada fonte

de água.

(39)

39

Existe uma relação entre o gradiente de velocidade e o tempo de

detenção → para cada tempo de floculação há um único gradiente

(40)

40

Verifica-se que para maiores tempos de floculação, associados

a gradientes de velocidade de menor magnitude, a eficiência de

remoção das partículas tende a crescer até atingir um patamar no

qual pequena melhoria é verificada.

Assim, estudos tem mostrado ser vantajosa a

utilização de uma floculação escalonada ou em cascata

(com gradientes de velocidade decrescentes do início

para o fim do tanque de floculação).

(41)

41

A tabela a seguir apresenta a relação entre o gradiente de

velocidade de floculação e o diâmetro máximo das partículas.

Gradiente de

velocidade (s

-1

)

100

50

20

10

1

Diâmetro das

partículas

0,46

0,6

0,8

1,0

2,1

Para a floculação por sedimentação diferencial observa-se a

seguinte relação:

𝑁

𝑁

𝑜

= 𝑒

−9

2

.𝐶.

𝑑

(

𝐷

𝑑

)

𝐷

[19]

(42)

42

em que D e d são os diâmetros dos flocos (D >> d), C é a

concentração volumétrica e h é a profundidade da camada de flocos.

Dessa equação, conclui-se que a eficiência de um reator em manto

de lodos será tanto maior quanto:

maiores forem a concentração de flocos e a altura do leito;

maiores forem D e a relação D/d.

Assim, reatores de manto de lodo podem ter um aumento

significativo em sua eficiência com a introdução de uma pré-câmara de

floculação, com um curto período de detenção e intensa agitação.

(43)

43

Otimização da floculação através da determinação

experimental de k

A

e k

B

.

Na otimização ou no projeto de uma ETA, a faixa de gradientes

de velocidade é muito importante.

Para uma floculação satisfatória, o gradiente de velocidade

geralmente está na faixa de 75-20 s

-1

, e o tempo de floculação

entre 20 e 40 min para a formação de um floco adequado à

decantação e de 10 a 15 min para a flotação.

A relação entre os gradientes de velocidades aplicados e o tempo

ótimo de floculação é determinada com um equipamento de Jar-Test

e apresentam-se numa equação do tipo:

(44)

44

𝐺

𝐹

. 𝑇

𝑛

= 𝐾 [20]

Por meio dos ensaios em que se faz variar o tempo de

floculação, mantendo-se constante o rotação do aparelho (G

F

constante), obtêm-se os tempos ótimos.

O tempo ótimo de floculação a um dado G

F

é aquele em que

se obtém a menor turbidez decantada.

A velocidade de floculação é função também da concentração

de partículas, assim, esse procedimento deve ser realizado para

diversas condições de água bruta.

(45)

45

De maneira geral, para um mesmo tempo de floculação:

Águas com alta concentração de matéria em

suspensão requerem menores gradientes de

velocidade;

Águas com baixa concentração de sólidos, requerem

maiores gradientes de velocidade;

Esses ensaios permitem também a determinação experimental

dos coeficientes de agregação e de quebra.

Assim, pode-se otimizar o processo de floculação em termos

de G

F

e T, conhecendo-se K

A

e K

B

, para uma dada água e

coagulante utilizado.

(46)

46

A determinação experimental de K

A

e K

B

é e feita através das

curvas de determinação do tempo ótimo de floculação a gradientes

constantes.

Para K

A

utiliza-se a seguinte equação:

𝐾

𝐴

=

1

𝐺

𝐹

. 𝑇

. 𝑙𝑛 (

1 −

𝐾

𝐵

𝐾

𝐴

. 𝐺

𝐹

𝑁

𝑁

𝑜

𝐾

𝐵

𝐾

𝐴

. 𝐺

𝐹

) [21]

Admitindo que não haja mais agregação e tampouco

desagregação de partículas primárias dos flocos após um período de

sedimentação relativamente longo.

(47)

47

A equação [21] pode ser igualada a zero, resultando na equação

de Bratby (1981):

𝐾

𝐵

𝐾

𝐴

=

1

𝐺

𝐹

.

𝑁

𝑜

𝑁

[22]

Para a determinação de K

A

e K

B

os ensaios de coagulação, são

realizados por um longo período de tempo (maior que 2h) para

diferentes tempos de agitação e gradientes de velocidade, e são

construídas figuras de (

𝑁

𝑜

𝑁

) em função do tempo de floculação,

para cada gradiente de velocidade estudado.

(48)

48

A partir deste resultado obtêm-se a relação (

𝐾

𝐵

𝐾

𝐴

), através da

equação [22].

Com os valores de (

𝐾

𝐵

𝐾

𝐴

) para cada valor de G

F

, calcula-se o

valor de K

A

e em seguida K

B

.

Os valores de KA e KB são úteis porque, além de permitirem

otimizar o processo de floculação, possibilitam avaliar a resposta

de uma água bruta a um determinado processo de clarificação.

Águas com K

A

elevados floculam com facilidade e,

geralmente, são adequadas a decantação.

Pode-se aumentar o valor de K

A

com a adição de polímeros ou

auxiliares de coagulação ou substituindo o coagulante.

(49)

49

O cloreto férrico apresenta valores de K

A

geralmente superiores

em 50-100% dos obtidos com sulfato de alumínio.

Baixos valores de K

A

indicam uma possibilidade de

filtração direta ou flotação a ar dissolvido.

Principais parâmetros intervenientes no processo de

floculação (projetos de floculadores):

1) Gradiente de Velocidade: é o parâmetro preponderante no

dimensionamento de floculadores

O princípio básico do processo de floculação é tornar possíveis

os choques entre as partículas que constituem a água em tratamento

para a formação de flocos.

(50)

50

Sabe-se que a partir de um determinado momento, os flocos

tornam-se maiores e menos densos, o que pode provocar a ruptura

dos mesmos, prejudicando a eficiência do processo.

Por este motivo, as características físicas dos flocos são

altamente dependentes dos valores do gradiente de velocidade e

tempo teórico de detenção.

A tabela seguinte apresenta as faixas usuais de valores do

gradiente de velocidade de floculadores, recomendadas pela

literatura para diversos tipos de floculadores.

(51)

51

2) Tempo de Detenção de um Floculador.

É o tempo que as partículas de fluido permaneceriam no interior

do reator, considerando que todas as partículas possuíssem a

mesma velocidade e seguissem caminhos paralelos, da entrada

até a sua saída.

Seu valor é dado pela razão entre o volume útil do reator e a

vazão de escoamento, como mostrado na equação seguinte:

𝑇 =

𝑉

𝑄

[23]

(52)

52

3) Número de Camp (Ca).

É o produto G

F

.T dos parâmetros físicos gradiente de velocidade e

o tempo de detenção de um floculador).

Este valor deve manter-se constante ao longo da

unidade de floculação, ou seja, enquanto o gradiente de

velocidade diminui ao longo da unidade, o tempo de

detenção deve aumentar.

A ordem de grandeza desse parâmetro deve variar entre 10

4

e 10

5

.

(53)

53

Águas de pouca turbidez, com baixa dose de coagulantes,

necessitam GT mais elevado e águas de alta turbidez, ao contrário,

GT, mais baixo.

Como T é consequência da vazão que esta sendo tratada em um

volume fixo do tanque de floculação, águas de baixa turbidez

necessitam de um gradiente mais elevado do que águas de alta

turbidez.

Como a turbidez pode variar em um largo intervalo numa mesma

unidade, então se deve ter condições de variar o gradiente de

velocidade.

(54)

54

 Pode-se aumentar a eficiência do processo recirculando parte

do lodo decantado ou a água de lavagem dos filtros.

Isso é feito com o objetivo de tirar vantagem do aumento da

concentração de sólidos C e de partículas de maior diâmetro,

previamente coaguladas, que ajudam a aumentar a eficiência.

Quando o tempo de floculação e a dosagem ótima do

coagulante estão fixados (em função da qualidade da água

bruta), o problema reside em fixar o valor ótimo de G

F

que

produz uma turbidez residual mínima.

(55)

55

Pode ser utilizada a equação proposta por Villegas e

Letterman (1976):

(𝐺

)

2,8

. 𝐷. 𝑇 = 4,4 × 120

6

[24]

em que G* é o gradiente de velocidade ótimo (s

-1

); D é a dosagem

de coagulante (mg/L) e T é o tempo de floculação (min).

Aplicando esta equação para um tempo de floculação de 20

minutos e para D igual a 10 e 50 mg/L, doses típicas usualmente

aplicadas a águas de pouca e de muita turbidez, resulta G* igual a

40 e 20 s

-1

, respectivamente.

(56)

56

Em águas naturais, os coeficientes podem ser diferentes,

porém, em forma geral a equação [24] pode ser escrita.

(𝐺

)

𝑛

. 𝐷. 𝑇 = 𝐾 [25]

variando n e K em função das características da água bruta.

Esses valores podem ser determinados experimentalmente com

ensaios de coagulação realizados com rotação (G) constante e

tempo de floculação variável.

Outro fator que aparece associado ao dimensionamento das

unidades e floculação é o número de Reynolds (R

e

):

(57)

57

O seu significado físico é um quociente entre forças de inércia

(u.ρ) e de viscosidade (μ/d).

Geralmente é expresso na forma da equação 26:

𝑅

𝑒

=

𝜌. 𝑢. 𝑑

𝜇

[26]

em que u é a velocidade média do fluído; d é o diâmetro do

reator; μ é a viscosidade dinâmica do fluído; ρ é massa específica

do fluído.

(58)

58

FLOCULADORES

São unidades utilizadas para promover a agregação

de partículas formadas na mistura rápida (NBR 12216).

Disposições da NRB 12216:

a) A agitação da água pode ser promovida por meios mecânicos

ou hidráulicos.

(59)

59

b) O período de detenção no tanque de floculação e os gradientes

de velocidade a serem aplicados devem ser determinados por

meio de ensaios realizados com a água a ser tratada.

c) Dependendo do porte da estação e a critério do órgão

contratante, não sendo possível proceder aos ensaios destinados

a determinar o período de detenção adequado, podem ser

adotados valores entre 20 min e 30 min, para floculadores

hidráulicos, e entre 30 min e 40 min, para os mecanizados.

(60)

60

d) Não sendo realizados ensaios, deve ser previsto gradiente de

velocidade máximo, no primeiro compartimento, de 70 s

-1

e

mínimo, no último, de 10 s

-1

.

e) Deve ser previsto dispositivo que possa alterar o gradiente de

velocidade aplicado, ajustando-o às características da água e

permitindo variação de pelo menos 20% a mais e a menos do

fixado para o compartimento.

f) Os tanques de floculação devem ser providos de descarga

com diâmetro mínimo de 150 mm e fundo com declividade

mínima de 1%, na direção desta.

(61)

61

g) Os tanques de floculação devem apresentar a maior parte da

superfície livre exposta, de modo a facilitar o exame de processo.

Considerações sobre a geometria dos floculadores:

Para as unidades com tempo de detenção mais curto é de

se esperar que as câmaras de base quadrada apresentem

desempenho inferior às de base circular.

(62)

62

Para tempos de detenção mais longos, a forma das

câmaras não interferirá significativamente na eficiência da

floculação e o desempenho da unidade será governado

pelo número de câmaras e pela disposição das

passagens.

Câmaras de seção circular predominam nas estações

pré-fabricadas, sendo as vazões para estas unidades de menor

magnitude.

(63)

63

Empregando agitadores tipo hélice e turbina, e reatores

cilíndricos e de base quadrada, verifica-se que os agitadores

tipo turbina apresentam resultados superiores quando

instalados nos reatores de base quadrada.

Sobre os tipos de unidades de floculação:

A distinção do tipo de floculador ocorre fundamentando-se

na forma de transferir energia à massa líquida (hidráulica ou

mecânica).

(64)

64

Quase como regra geral, especialmente nas regiões Sul e

Sudeste, os floculadores hidráulicos têm sido adotados para

estações de pequeno e médio porte, sendo raro o emprego da

floculação hidráulica em estações que potabilizem vazão

superior a 200 L/s

Floculadores hidráulicos:

Qualquer dispositivo que utilize a energia hidráulica

dissipada no fluxo da água através de um tanque, canal ou

canalização pode constituir um floculador hidráulico.

(65)

65

A água percorre um caminho cheio de mudanças de direção.

a) Floculador de chicanas:

chicanas horizontais (fluxo horizontal);

chicanas verticais (fluxo vertical)

Nos primeiros, a água circula com um movimento de vai e vem,

e, nos segundos, a corrente sobe e desce, sucessivamente,

contornando as diversas chicanas.

b) Floculadores hidráulicos de ação de jato: tipo "Cox" e

"Alabama".

(66)

66

Cita-se ainda o floculador em meio poroso, que teve suas

primeiras aplicações na Índia e no Brasil, na década de 1970.

Esse tipo de floculador foi recentemente aperfeiçoado na

França e nos Estados Unidos.

As principais deficiências dos floculadores hidráulicos

são:

Falta de flexibilidade para responder as mudanças na qualidade

da água.

A hidráulica e os parâmetros de floculação (tempo de floculação

e o gradiente de velocidade) são função da vazão e não podem ser

regulados independentemente (são de difícil ajuste).

(67)

67

A perda de carga pode ser significativa.

A limpeza é geralmente difícil.

Por esses motivos, para novos projetos os floculadores

hidráulicos caíram em desuso, tendo sido dada a preferência

para os tanques de floculação motorizados.

Entretanto, estudos tem mostrado que a eficiência de

alguns tipos de floculadores hidráulicos pode ser superior à

dos floculadores mecânicos, mesmo para tempos de

floculação curtos (10 ou 15 min).

(68)

68

Os tanques de floculação mecânica estão mais sujeitos a

curtos-circuitos e zonas mortas, que são praticamente

inexistentes nos canais de floculação hidráulica.

Os floculadores hidráulicos são menos sensíveis a

variações de vazão que o mecânico.

a) Floculadores hidráulicos de chicanas (de fluxo

horizontal ou vertical):

A escolha do tipo depende de razões de ordem prática e

econômica (que devem ser analisadas pelo projetista antes de

adotar este ou aquele tipo).

(69)

69

Uma recomendação geral indica o uso de floculadores de fluxo

horizontal para vazões superiores a 75 L/s, e para menores

capacidades, floculadores de fluxo vertical.

A limitação dos floculadores de fluxo vertical é função da

profundidade.

Com profundidades de até 4,5 m, pode-se usar floculadores de

fluxo vertical para capacidades de até 1000 L/s.

Em floculadores de chicanas de pequena capacidade (40 L/s

ou menos), de fluxo horizontal ou vertical, o principal problema

apresenta-se no pequeno espaçamento entre as chicanas.

(70)

70

Neste caso elas não devem ser fixas para facilitar a

construção e a limpeza.

Segundo a literatura, para estações de tratamento de

pequena capacidade, outras soluções como os floculadores

de fluxo helicoidal, o tipo “Alabama” e os floculadores em meio

poroso são melhores alternativas.

Deve ser previsto um gradiente de velocidade no início do

tanque de floculação igual a 70 s

-1

e um mínimo, para o último

compartimento, iguala 10 s

-1

.

(71)

71

O tempo de detenção no tanque ou canal de floculação

deverá estar entre 20 e 30 min, devendo, no projeto, ser

considerada a possibilidade da variação da vazão.

A velocidade da água ao longo das chicanas deve estar

compreendida entre 0.30 m/s, no início da floculação e 0.10

m/s no fim.

O espaçamento mínimo entre as chicanas deverá ser de

0,60 m (este espaçamento poderá ser menor desde que as

chicanas sejam dotadas de dispositivos para sua fácil

remoção).

(72)

72

O espaçamento máximo entre a extremidade da chicana e

a parede do canal não deve ser superior à extensão da própria

chicana nos floculadores de fluxo horizontal.

O critério equivalente nos floculadores de fluxo vertical é

manter uma profundidade da água não inferior a 3 vezes o

espaçamento entre as chicanas.

A passagem livre entre duas chicanas consecutivas deve

ser igual a 1,5 vezes o espaçamento entre duas chicanas (a

velocidade U

2

na passagem deve ser igual a 2/3 da velocidade

(73)

73

O dimensionamento pode ser feito pelas equações

propostas por Ritcher (1981):

Gradiente de velocidade:

𝐺 =

𝑄

𝐴

13 + 9𝑓

18

.

𝜌

𝜇

.

𝑚

3

𝑇

[27]

Número de chicanas entre os canais (m)

𝑚 = √

𝜇

𝜌

.

18

13 + 9𝑓

. (

𝐴

𝑄

. 𝐺)

2

. 𝑇

3

𝑜𝑢 𝑒 =

𝐿

𝑚

[28]

(74)

74

Perda de carga (∆h)

∆ℎ =

13 + 9𝑓

18. 𝑔

. (

𝑄

𝐴

)

2

. 𝑚

3

[29]

em que:

f = coeficiente da fórmula de Darcy (igual a 0,02-0,03);

Q = vazão que passa pela unidade (m

3

/s);

T = tempo de floculação no canal ou trecho considerado (s);

A = área total do canal ou trecho considerado (m

2

);

e = espaçamento entre chicanas (m);

L = comprimento do floculador (m).

(75)

75

Em floculadores de fluxo horizontal. A = H.L e, em fluxo vertical,

A = α.L, em que L é o comprimento do canal ou trecho considerado,

e H e α, a profundidade da largura do canal, em metros.

(76)

76

(77)

77

(78)

78

ETA RIBEIRÃO DA ESTIVA - FLOCULADOR DE FLUXO VERTICAL

FONTE: Prof. Dr. Roque P. Piveli e Prof. Dr. Sidney Seckler Ferreira Filho

(79)

79

ETA RIBEIRÃO DA ESTIVA - FLOCULADOR DE FLUXO VERTICAL

FONTE: Prof. Dr. Roque P. Piveli e Prof. Dr. Sidney Seckler Ferreira Filho

(80)

80

ETA DUARTINA (SABESP) - FLOCULADOR DE FLUXO HORIZONTAL

FONTE: Prof. Dr. Roque P. Piveli e Prof. Dr. Sidney Seckler Ferreira Filho

(81)

81

ETA DUARTINA (SABESP) - FLOCULADOR DE FLUXO HORIZONTAL

FONTE: Prof. Dr. Roque P. Piveli e Prof. Dr. Sidney Seckler Ferreira Filho

(82)

82

ETA SANTA ISABEL - FLOCULADOR DE FLUXO HORIZONTAL

FONTE: Prof. Dr. Roque P. Piveli e Prof. Dr. Sidney Seckler Ferreira Filho

(83)

83

ETA SANTA ISABEL - FLOCULADOR DE FLUXO HORIZONTAL

FONTE: Prof. Dr. Roque P. Piveli e Prof. Dr. Sidney Seckler Ferreira Filho

(84)

84

b) Floculadores hidráulicos de ação de jato:

São incluídos nesta classificação os floculadores de fluxo

helicoidal e os chamados floculadores "Cox" e"Alabama".

Nesses floculadores, as passagens entre as câmaras são

orifícios submersos.

As perdas de carga são calculadas pela fórmula geral:

∆ℎ = 𝐾

𝑈

2

2. 𝑔

[30]

(85)

85

O gradiente de velocidade pode ser calculado aplicando o valor

da perda de carga com o tempo de detenção segundo a equação:

𝐺 = √

𝑔. 𝜌

𝜇

.

∆ℎ

𝑇

31

A estabilidade dos flocos pode ser verificada pela equação de

Sinclair e Sindelar [11]:

i) Floculador tipo "Cox": Tipo de floculador muito utilizado

pela antiga Fundação SESP em estações de tratamento de

água do interior do estado de Minas Gerais.

(86)

86

Sua denominação deve-se ao professor norte-americano

Charles R. Cox, que foi consultor dessa Fundação, e que teria

projetado os primeiros modelos desse tipo de unidade.

Há cinco câmaras em série. As aberturas são colocadas

alternadamente embaixo e em cima e em cada lado das

câmaras, forçando a água a fazer um movimento em

zigue-zague.

A intensidade da agitação é controlada por comportas tipo

"stoplog" colocadas nas aberturas

(87)

87

A velocidade nas passagens entre as câmaras varia de 0,7

a 0,5 m/s na primeira câmara, e 0,20 a 0,10 m/s na última

câmara, e o tempo de floculação, entre 15 e 25 minutos.

(88)

88

(89)

89

ii) floculador tipo "Alabama": é constituído por compartimentos

interligados pela parte inferior através de curvas de 90º voltadas

para cima.

No interior das câmaras dos floculadores do tipo Alabama não há

a necessidade de se manter a velocidade média de escoamento

superior a 0,10 metros por segundo.

Isto porquê não há interesse em se arrastar os flocos para cima.

Este floculador tira proveito do fenômeno da floculação por

sedimentação diferencial, associada à floculação ortocinética.

(90)

90

É bom que eles desçam para o fundo da câmara, para que se

choquem com os flocos que estão sendo encaminhados para

cima e, além disto, sejam conduzidos para a passagem

seguinte.

Por esta razão os floculadores podem ter menos câmaras que

os floculadores de chicanas verticais.

São, por isto, mais fáceis de operar, no que diz respeito à

realização de limpezas e ajustes.

(91)
(92)
(93)

93

ETA ALDEIA DA SERRA - FLOCULADOR ALABAMA

FONTE: Prof. Dr. Roque P. Piveli e Prof. Dr. Sidney Seckler Ferreira Filho

(94)

94

ETA ALDEIA DA SERRA - FLOCULADOR ALABAMA

FONTE: Prof. Dr. Roque P. Piveli e Prof. Dr. Sidney Seckler Ferreira Filho

(95)

95

c) Floculadores de fluxo vertical em manto de lodos:

O lodo recém-coagulado tem a propriedade de precipitar

partículas em suspensão.

Esse é o princípio que deu origem aos floculadores em

manto de lodos, também chamados de *clarificadores de

contato, ou clarificador seguido de um nome patenteado:

Circulator; Pulsator; Permujet; Accelerator, etc.

* a mesma denominação é dada a unidade de filtração direta de fluxo

ascendente "filtros russos".

(96)

96

Essas unidades reúnem em um único tanque a floculação

e a decantação em fluxo vertical (floculadores-decantadores),

apresentando limitações de operação quanto à variação da

qualidade da água bruta.

Cada tipo de floculador apresenta vantagens e

desvantagens, que devem ser analisadas pelo projetista antes

de adotar este ou aquele tipo.

(97)

97

Testes em laboratório devem ser efetuados com a água bruta

para determinar os seus parâmetros de dimensionamento.

Sua principal forma em planta é a de uma pirâmide invertida.

Segundo a American Water Works Association (AWWA), na

coagulação com sulfato de alumínio esse tipo de floculador não é

muito eficiente.

Muitas unidades operam bem somente a cerca da metade de

sua capacidade nominal, e fracassam quando precisam operar na

sua capacidade de projeto.

(98)

98

A AWWA atribui isso a uma seleção inadequada de

parâmetros de projeto.

Entretanto, segundo Richter (2009), na América Latina

isso deve-se mais a uma operação imperfeita, por falta de

treinamento dos operadores, que necessitam ter um

conhecimento mais profundo do processo para uma

melhor operação do sistema.

(99)

99

Em sua concepção, a água bruta é descarregada próxima ao

fundo, produzindo a turbulência necessária para a floculação.

Essa turbulência é dissipada no manto de lodos, cuja tendência

é sedimentar no sentido contrário ao fluxo da água, causando

agregação dos flocos por contato entre eles.

(100)

100

Com o aporte de novas partículas trazidas pela água bruta

e de coagulante aplicado para desestabilizá-las, o manto

tende a se expandir, vertendo para o concentrador.

Do concentrador, a água é periodicamente drenada (purga)

através de uma válvula operada manualmente ou por

temporizador, com o objetivo de manter a concentração ótima

do manto de lodos e sua estabilidade.

(101)

101

O balanço entre os sólidos gerados na coagulação e o

volume que deve ser purgado é determinado pela equação:

𝑞 = 21,8 × 10

−6

.

𝐷. 𝑄

𝐶

𝑜

[32]

em que q é taxa de purga (m

3

.h

-1

);Q é a vazão de operação

(m

3

.h

-1

) e Co é a concentração no manto.

O gradiente de velocidade na floculação em manto de lodos é

dado por:

(102)

102

𝐺 = √

𝑔. 𝜌

𝜇

. √

𝐶

1 − 𝐶

.

𝜌

𝐹

− 𝜌

𝜌

. 𝑉

𝑜

[33]

em que: V

o

= Q/A é a velocidade ou taxa de escoamento

superficial (m.s

-1

);sendo Aa área horizontal do clarificador e ρ

F

a

densidade dos flocos (kg.m

-3

)

A uma dada taxa de escoamento superficial e temperatura

constante, o gradiente de velocidade é controlável apenas pela

concentração e pela densidade dos flocos.

(103)

103

A taxa de escoamento superficial varia normalmente entre 2m/h

a 4 m/h na coagulação com sulfato de alumínio.

O produto CGT para os floculadores em manto de loco

encontra-se entre 80 e 120, podendo-se considerar 100 um valor

de referência, e a concentração C do manto, entre 0,05 e 0,20.

Assim, Ca resulta entre300 e 2400, podendo-se tomar um valor

de referência igual a 1500.

(104)

104

O floculador de manto de lodos tem as seguintes vantagens:

Um desenho compacto e econômico, que exige pouco esforço

do engenheiro projetista na elaboração de um novo projeto, a não

ser pequenos aperfeiçoamentos.

Em condições operacionais adequadas pode-se obter uma boa

eficiência na clarificação com a adsorção de partículas primárias pelo

manto de lodos na floculação.

(105)

105

Em contrapartida, as principais desvantagens são:

Demora em formar um manto de lodos estável, o que pode

levar dias. Nesse período, a unidade deve ser operada com

uma taxa reduzida.

Perdem rapidamente eficiência em condições de

sobrecarga ou choque hidráulico e são sensíveis a variação

de temperatura e qualidade da água bruta, por isso

necessitam controle operacional mais rigoroso.

(106)

106

Floculadores helicoidais (também chamados de fluxo

espiral), a energia hidráulica é usada para gerar um

movimento helicoidal à água induzido por sua entrada

tangencial na câmara de floculação.

Foi idealizado pelo engenheiro argentino Mario Carcedo,

para aplicação em pequenas comunidades.

É recomendado um número mínimo de cinco câmaras em

série, entretanto, para instalações muito pequenas o projeto

pode prever apenas uma câmara de floculação.

(107)

107

Floculadores mecanizados:

Agitadores do tipo de paletas: podem ser de três tipos: paletas

de eixo vertical; paletas de eixo horizontal; paleta única, de eixo

vertical.

(108)

108

(109)

109

(110)

110

(111)

111

(112)

112

(113)

113

(114)

114

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