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O armazenamento d'água: um estudo sobre os problemas vivenciados pela população de baixa renda do município de Florânia/RN, no período da escassez e racionamento

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ - CERES DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS - DCSH

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

EVERTON MARQUES DE MEDEIROS

O ARMAZENAMENTO D’ÁGUA: UM ESTUDO SOBRE OS PROBLEMAS VIVENCIADOS PELA POPULAÇÃO DE BAIXA RENDA DO MUNICÍPIO DE

FLORÂNIA/RN, NO PERÍODO DA ESCASSEZ E RACIONAMENTO

CURRAIS NOVOS/RN 2019

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EVERTON MARQUES DE MEDEIROS

O ARMAZENAMENTO D’ÁGUA: UM ESTUDO SOBRE OS PROBLEMAS VIVENCIADOS PELA POPULAÇÃO DE BAIXA RENDA DO MUNICÍPIO DE

FLORÂNIA/RN, NO PERÍODO DA ESCASSEZ E RACIONAMENTO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração.

Orientadora: Prof.ª Dra. Andrea Cristina Santos de Jesus

CURRAIS NOVOS/RN 2019

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O ARMAZENAMENTO D’ÁGUA: UM ESTUDO SOBRE OS PROBLEMAS VIVENCIADOS PELA POPULAÇÃO DE BAIXA RENDA DO MUNICÍPIO DE FLORÂNIA/RN, NO PERÍODO DA ESCASSEZ E RACIONAMENTO

Everton Marques de Medeiros1

RESUMO

Esta pesquisa trata do tema “O armazenamento d’água: um estudo sobre os problemas vivenciados pela população de baixa renda do município de Florânia/RN, no período da escassez e racionamento” e tem como objetivo discutir sobre as dificuldades enfrentadas pelas pessoas carentes na época do racionamento, por não possuírem reservatórios ou depósitos para o armazenamento d’água. Justifica-se diante da realidade de que a qualidade, disponibilidade e acessibilidade da população à água são essenciais a sua sobrevivência conforme a Lei 8.987/95, que trata da concessão e permissão da prestação de serviços públicos. A problemática colocada é que essas pessoas, mesmo incluídas nos programas assistenciais do governo, são as que mais sofrem essas consequências. Muitas possuem suas casas através do Programa de Habitação Popular, porém são construídas com pequenos depósitos d’água com capacidade máxima de duzentos e/ou quinhentos litros. E, como se não bastasse, são construídas sem uma laje de cobertura, tornando- se um ambiente propício para o mosquito Aedes aegypti se proliferar, trazendo mais um agravo para essa população. A metodologia utilizada neste estudo partiu de uma pesquisa bibliográfica/qualitativa/descritiva com teor quantitativo, pois foi norteada por um questionário com questões abertas discutidas e analisadas, direcionado a pessoas de baixa renda do Bairro Rainha do Prado, em Florânia/RN, o que, diante dos resultados, culminou em um estudo de caso. O referido artigo teve como base as teorias de Wilhite et al (2005), Oliveira (2008), Reymão & Saber (2009), Magalhães (2016), entre outros, no sentido de compreender que no semiárido brasileiro, bem como em muitas áreas pobres do planeta, milhões de pessoas não dispõem de acesso à água potável, fato esse que não pode ser creditado à escassez ou racionamento, mas também a problemas de má gestão dos recursos hídricos, como o elevado índice de desperdícios dos sistemas de distribuição.

Palavras-chave: Armazenamento d’água. Escassez. Racionamento. Dificuldades.

1 Graduando em Administração – Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Atua como

operador de sistemas de águas e esgotos na Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte – CAERN, no município de Florânia/RN. E-mail: vevetomedeiros@gmail.com

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WATER STORAGE: A STUDY ON THE PROBLEMS EXPERIENCED BY THE LOW-INCOME POPULATION OF FLORANIA/RN, IN THE PERIOD OF SCARMS AND RATIONATION

ABSTRACT

This research deals with the theme “Water storage: a study on the problems experienced by the low-income population of the city of Florânia/RN during the scarcity and rationing period” and aims to discuss the difficulties faced by the needy people in the region. rationing season, as they do not have reservoirs or deposits for water storage. It is justified by the reality that the quality, availability and accessibility of the population to water are essential to their survival according to Law 8.987/95, which deals with the concession and permission to provide public services. The problem is that these people, even included in government assistance programs, are the ones who suffer the most. Many own their homes through the Popular Housing Program, but are built with small water tanks with a maximum capacity of two hundred and five hundred liters. And, as if that were not enough, they are built without a roof slab, making it a favorable environment for the Aedes aegypti mosquito to proliferate, bringing another problem to this population. The methodology used in this study came from a bibliographic/qualitative/descriptive research with quantitative content, because it was guided by a questionnaire with open questions discussed and analyzed, directed to low-income people of the Rainha do Prado neighborhood, in Florânia / RN, which Given the results, it culminated in a case study. This article was based on the theories of Wilhite et al (2005), Oliveira (2008), Reymão & Saber (2009), Magalhães (2016), among others, in order to understand that in the Brazilian semiarid, as well as in many areas. The world's poor, millions of people do not have access to safe drinking water, a fact that cannot be credited with scarcity or rationing, but also with problems of mismanagement of water resources, such as the high rate of waste from distribution systems.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 5

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA... 7

2.1 AS SECAS NO BRASIL... 7

2.1.1 O Nordeste e o semiárido brasileiro... 8

2.1.2 O problema das secas no Nordeste... 9

2.1.3 As causas das secas ou escassez da água... 10

2.2 O ACESSO À ÁGUA PELA POPULAÇÃO CARENTE... 13

2.3 O PROGRAMA DE ARMAZENAMENTO DE ÁGUA... 15

2.4 ESCOLHA DO MODELO DE ANÁLISE SOBRE O ARMAZENAMENTO D’ ÁGUA PARA SUBSIDIAR A PESQUISA... 18

2.5 CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DA PESQUISA... 19

3 MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA... 19

3.1 CLASSIFICAÇÃO DO ESTUDO... 19

3.2 UNIVERSO AMOSTRAL... 21

3.3 PROCEDIMENTOS PARA COLETA DE DADOS... 21

4 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS... 21

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 24

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1 INTRODUÇÃO

A água é um elemento de natureza vital. Sem ela nada teria existido, e a vida jamais se sustentaria. Dada a sua importância e a intensificação de seu uso, agregou valor econômico face ao modelo de sociedade que se adota nos últimos anos, sendo considerada como recurso hídrico. Em geral, quase todas as atividades desenvolvidas pelo ser humano carecem de água para seu êxito. O volume de água presente em nosso planeta tem sido o mesmo, pelo menos nos últimos milhões de anos. O que cresceu foi a demanda, motivada pela produtividade desenfreada e impulsionada pelo consumo. (OLIVEIRA, 2008)

Diante deste fato, o autor esclarece que tudo isso produziu o que se chama de risco de escassez, divulgado, muitas vezes, como se fosse um processo natural irreversível, excluindo muitas pessoas do direito ao acesso à água. A crise aparentemente global acaba atingindo de forma mais intensa os mais pobres. Na realidade, pessoas que vivem mesmo em regiões áridas, mas com bom poder aquisitivo, têm melhor acesso à água do que aquelas pessoas pobres.

O referido estudo apresenta como objetivo geral discutir sobre as dificuldades enfrentadas pelas pessoas carentes na época da escassez d’água, por não possuírem, em suas casas, reservatórios ou depósitos para o armazenamento. E define como objetivos específicos: motivar as pessoas a buscarem os seus direitos junto ao poder público, para justificar que, mais do que a escassez, o problema de acesso à água concentra-se na sua má gestão; sugerir um programa social de armazenamento d’água acessível para população carente; manter a população informada a respeito do uso adequado da água, para evitar o desperdício que leva ao racionamento.

O estudo justificou-se diante da realidade de que a qualidade, disponibilidade e acessibilidade da população à água são essenciais a sua sobrevivência conforme a Lei 8.987/95, que trata da concessão e permissão da prestação de serviços públicos.

Objetivando compreender melhor o desfecho da pesquisa, optou-se por algumas problematizações tais como: Por que acontecem as secas no Brasil? Por que o Nordeste é considerado uma região semiárida? Qual o problema das secas no Nordeste? Quais as causas das secas ou escassez da água no Nordeste? Como se dá o acesso à água, pela população carente? Quais os benefícios do Programa

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de Armazenamento de Agua? Como se define o Programa “Água para Todos?” Nessa perspectiva, este artigo se constituiu em quatro momentos distintos, no qual, o primeiro trata das secas no Brasil, com ênfase no Nordeste semiárido, destacando os problemas e as causas das secas ou escassez da água. O segundo discute sobre o acesso à agua, pela população carente; o terceiro fala do Programa de Armazenamento de Água, com enfoque no Programa “Água para Todos”. No quarto momento são analisados e discutidos os dados coletados para a pesquisa, através de um quadro demonstrativo; e, logo após, são apresentadas as considerações finais do autor, sugerindo possíveis soluções para o problema levantado. Por fim, são expostas as referências que nortearam o estudo.

Portanto, tudo isso demonstra que, com o crescimento populacional, a urbanização e o desenvolvimento industrial e agrícola têm-se intensificado à procura por esse recurso finito, formando expectativas de acirramento da disputa pela água, em uma crise de dimensões mundiais.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 AS SECAS NO BRASIL

O Brasil é um país muito grande e diversificado, e isso se reflete no seu clima. No mesmo momento em que pode gear no Sul e no Sudeste do país, as temperaturas podem ultrapassar os 30 graus centígrados em largas regiões do Nordeste e do Norte. As secas estão presentes em todas as regiões, de norte a sul e de leste a oeste, afetando a produção agrícola e o abastecimento d’ água. Contudo, é na região Nordeste que elas se manifestam com maior frequência e intensidade e têm impactos mais acentuados. (MAGALHÃES, 2016)

O autor argumenta que a seca pode ser vista como um desvio em relação às condições de longo prazo de variáveis como precipitação, umidade do solo, água subterrânea e vazão fluvial. A seca costuma decorrer de um índice de disponibilidade de água natural abaixo da média, devido à variabilidade climática, resultando em taxas de precipitação baixas e/ou taxas de evaporação altas.

Ainda de acordo com Magalhães (2016), é importante distinguir a seca de aridez e a seca de escassez de água. Aridez é uma característica permanente de um clima seco, enquanto que a seca é um desvio do clima de longo prazo. Seca é um fenômeno natural; já escassez de água ocorre quando a humanidade usa mais água do que há disponível naturalmente.

Para Ostrom et al (1999, apud Reymão & Saber 2009, p. 4), a relação entre meio ambiente e pobreza,

é caracterizada por uma espiral descendente, na qual as duas dimensões exercem uma influência mútua: a escassez de recursos naturais agrava o quadro de pobreza dos indivíduos, que se veem, consequentemente, incapacitados de encontrar alternativas viáveis de acesso aos recursos naturais necessários, adotando práticas nocivas ao meio ambiente que intensificam situações adversas, como o desmatamento, a desertificação e o empobrecimento dos solos para a agricultura.

Ao refletir sobre as palavras do autor, torna-se relevante salientar que o acesso limitado aos recursos naturais exerce impactos desproporcionais na vida dos indivíduos, incidindo com maior intensidade no cotidiano dos mais pobres, sobretudo dos que habitam na zona rural ou áreas urbanas periféricas, intensificando, por conseguinte, o ciclo de pobreza no qual os mesmos estão inseridos, dependentes

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que são, em maior grau, dos sistemas naturais para sua subsistência.

2.1.1 O Nordeste e o semiárido brasileiro

O Nordeste do Brasil é uma região muito grande, com 1.561.177 quilômetros quadrados, compreendendo nove estados da Federação Brasileira. Esses estados são (seguindo uma ordem geográfica de norte a sul): Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. Quando se fala de seca, inclui-se também o Norte do estado de Minas Gerais. (IBGE, 2007)

Conforme o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos – CGEE, o Nordeste não é uma região homogênea. Tem uma grande área costeira, onde estão as maiores concentrações humanas e diversas capitais (por exemplo, Natal, Fortaleza, Recife e Salvador). Chovia muito e, por isso mesmo, cresceu ali uma mata frondosa, chamada de Zona da Mata. Nessa zona costeira úmida, planta-se a cana de açúcar que, durante séculos, foi a principal atividade do Brasil-Colônia, continuando a ser plantada nos dias de hoje. O cacau também vem dessa região, a qual, nos casos de secas extremas, pode ser atingida, mas, em geral, ela está imune aos efeitos das secas, pelo menos até o presente. A parte leste da região Nordeste é chamada de Agreste, uma grande área de transição entre a zona da Mata e o Semiárido. Essa região produz gêneros alimentícios, pratica a pecuária de pequena escala e sofre com as secas. (CGEE, 2016)

O Semiárido, ou Sertão, é uma área muito extensa, que normalmente sofre com os déficits hídricos, sendo a região mais afetada pelas frequentes secas no Nordeste. No semiárido há significativa produção de alimentos - especialmente feijão, milho e mandioca - e uma pecuária tradicional, incluindo bovinos, ovinos e caprinos. Quando se fala de seca no Nordeste, normalmente se está referindo ao Sertão ou Semiárido. Trata-se de uma subregião de 982.563 quilômetros quadrados, que atravessa oito estados do Nordeste (do Ceará à Bahia) e ainda penetra pelo norte de Minas Gerais, onde vivem 22,6 milhões de pessoas. O Semiárido foi delimitado no chamado Polígono das Secas, que também envolve áreas do Agreste. (CGEE, 2016)

De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos – FUNCEME, a oeste e noroeste do Semiárido há uma ampla região, nos estados da Bahia, Pernambuco e Maranhão, que corresponde a uma extensão dos Cerrados

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do Centro Oeste do Brasil. Essa é uma região de ocupação recente e que vem dando grande contribuição para a produção de grãos, especialmente soja e milho, no país. É pouco sujeita a secas. (FUNCEME, 2015)

Ao Norte do Semiárido, no Estado do Maranhão, há uma zona de transição chamada de Pré-Amazônia onde, assim como na Zona da Mata, predomina a vegetação tropical. Semelhantemente à costa, chove muito e, embora haja uma redução da precipitação nos anos de seca no Nordeste, os efeitos sobre a produção e a sociedade são menores. Finalmente, cabe fazer referência ao bioma da Caatinga. Trata-se da vegetação tipo savana, típica da região Semiárida, embora não esteja presente em todas as partes do Semiárido. Com efeito, há certos microclimas no Semiárido, como as serras úmidas, onde o tipo de vegetação é diferente da Caatinga. Por isso, o mapa da Caatinga, que tem 826.411,28 km2, não coincide completamente com o do Semiárido nem com o do Nordeste como um todo. (FUNCEME, 2015)

2.1.2 O problema das secas no Nordeste

As secas têm tido, historicamente, grandes influências em todos os aspectos da vida do Nordeste. Embora elas aconteçam com maior intensidade no Semiárido e, em seguida, no Agreste, todas as regiões acabam sendo afetadas. Na verdade, as águas que correm dos rios para a região litorânea se originam, quase sempre, no sertão. As secas sempre existiram no Nordeste. Antes do adensamento da ocupação humana no interior da região, que começou em meados do século XVI, não havia grandes problemas, porque o ecossistema predominante, a Caatinga, era adaptado ao clima e suas variações periódicas. Somente nos casos de secas extremas, as antigas e esparsas populações indígenas eram atingidas e migravam em direção ao litoral, conforme informam cronistas dos primeiros anos da colonização portuguesa. Contudo, depois que os colonizadores penetraram o sertão e começaram a modificar a paisagem, com o estabelecimento de fazendas e com o desmatamento para a criação de gado e para a produção de alimentos, aumentou muito a vulnerabilidade às secas. (CGEE, 2016)

Ao longo da história, foram registradas várias grandes secas. A maior de todas, em 1877-1879, que dizimou metade da população e quase todo o rebanho bovino. Antes disso, outras grandes secas registradas causaram grandes impactos,

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coincidindo com o aumento da densidade de ocupação dos colonizadores no interior nordestino. Depois de 1877, outras grandes secas se seguiram: 1900, 1915, 1919, 1932, 1958, 1979-83, 1987, 1990, 1992-93, 1997-98, 2002-03, 2010-2015. (CGEE, 2016)

2.1.3 As causas das secas ou escassez da água

As causas das secas são climáticas. O clima do Nordeste é muito influenciado pelo fenômeno El Niño e pelas temperaturas da superfície do Oceano Atlântico. Além disso, também sofre influência de frentes frias que vêm do sul e de ventos que trazem umidade do Atlântico. Em geral, as secas estão associadas ao fenômeno El Niño, o que resulta, em geral, em precipitações menores do que a média histórica na região semiárida, que é de cerca de 800 mm por ano. Apesar de uma precipitação anual média relativamente alta, ela é concentrada em poucos meses do ano. Além disso, os níveis de evapotranspiração ultrapassam os dois mil milímetros por ano. Isto, associado aos solos rasos sobre uma base cristalina em grande parte do Semiárido, resulta em rios intermitentes (WILHITE et al, 2005).

Nos casos de seca extrema, a queda na precipitação é superior a 50%. Como a região semiárida é uma região de fronteira climática, qualquer redução em relação à média pode provocar grandes impactos. Antes, o ecossistema, intocado pela ação humana, era resiliente e adaptado a essas variações. A nova situação, que se criou com a ocupação, com a interferência humana no uso da terra, tornou a região mais vulnerável. Uma seca significa falta de água para a agricultura, para o consumo humano, para os animais domésticos e selvagens. (WILHITE et al, 2005)

Os impactos também são econômicos (com a perda da safra agrícola e com a mortandade de animais), sociais (com o aumento do desemprego e a fome e, em casos extremos, com a morte de pessoas, que muitas vezes buscam emigrar na esperança de encontrar lugares melhores) e ambientais (com a mortandade de animais silvestres, a exaustão de fontes de água, a degradação ambiental e a desertificação, especialmente onde, antes, houve interferência humana com o desmatamento para diversos fins. (WILHITE et al, 2005)

Conforme os autores, o problema é que, na história do Nordeste e do Semiárido, particularmente, o problema da seca é esquecido quando o fenômeno passa. As pessoas voltam a povoar o Sertão, a aumentar o uso do solo para a

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pecuária, a agricultura e a extração de lenha. A produção agrícola aumenta e o problema da seca é esquecido, até que nova seca se estabeleça e comece tudo de novo. Acontece o que se convencionou chamar de “ciclo hidrológico”. Na verdade, a seca e a semiaridez são componentes permanentes do cenário do interior do Nordeste. São as atividades humanas que precisam se adaptar às condições do Semiárido, e não o contrário.

A realidade é que uma parcela significativa da população começa a se preocupar com a questão da água, temerosos de que ela possa um dia acabar. E essa preocupação está assentada em alertas feitos pela comunidade científica mundial de que o mundo, em breve, enfrentará uma grande crise hídrica. Porém, há de se explicar melhor o que significa essa possibilidade de acabar a água.

É fato que as pessoas falam da possibilidade de escassez como se a água fosse diminuir em termos do volume presente na natureza. Esse discurso equivocado toma conta, inclusive, da mídia, principal influenciadora da opinião popular. No entanto, o equívoco está centrado na ideia de escassez como diminuição do volume total de água. Os cientistas garantem que a água não irá acabar. A problemática é muito mais complexa. A escassez, nestes termos, significa que as pessoas terão menos acesso à água, ou que ela não será suficiente para suprir, inclusive, as necessidades básicas das pessoas. (TOMAZ, 2001)

O Relatório de Desenvolvimento Humano da ONU (2006, p. 137) apresenta um dado científico bastante esclarecedor, estabelecendo uma análise comparativa entre o crescimento populacional e o consumo da água. Segundo o Relatório, “nos últimos cem anos, a população quadruplicou, enquanto o consumo da água cresceu sete vezes”. Se levar em conta que a quantidade de água disponível é sempre a mesma, ou pelo menos tem sido a mesma nos últimos três milhões de anos, e que o consumo tem crescido em face de razões múltiplas, todas elas ligadas ao aumento populacional, ao modo de produção e apropriação dos recursos naturais, torna-se fácil a compreensão de que a água está se tornando cada vez mais escassa.

O referido Relatório conclui que “à medida que o mundo vai se enriquecendo, também vai se tornando mais sedento por água”. A produção cada vez maior conduz a um aumento da pressão por captação de água - e de outros recursos naturais, pois em todos os setores produtivos a água se faz presente. (RDH-ONU 2006, p. 138)

Um exemplo clássico do aumento do consumo de água pelas atividades humanas é a agropecuária que, no caso brasileiro, consome 69% do total de água

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retirada dos mananciais, enquanto que o abastecimento doméstico consome 21%, e a indústria em geral, apenas 18%. Esses dados da Agência Nacional de Águas – ANA - citados por Santos (2008), indicam que a agricultura consome este volume de água em face dos sistemas de irrigação das lavouras para um aumento da produção de alimentos. Logo, não é difícil imaginar que, em breve, esse percentual deverá ser ainda maior, haja vista que a produção de alimentos deve acompanhar o crescimento populacional.

Conclui-se, conforme o autor, que o aumento do consumo de água no planeta, em face das razões acima apresentadas, tem provocado um debate internacional na tentativa de encontrar soluções para minimizar a crise e garantir o acesso à agua em quantidade e de boa qualidade para todos. A escassez da água não é um caminho irreversível para a humanidade. Práticas de conservação e reutilização, além do aproveitamento da água da chuva, se forem incentivadas, poderão produzir um grande excedente de água potável destinado apenas ao consumo humano, sendo as outras destinadas a outras atividades que não requeiram a sua potabilidade.

A escassez da água é resultado do modelo econômico de produção e consumo. Não bastam apenas ações domésticas, como fazer acreditar na mídia e em outros meios de divulgação que estão sob o domínio e controle dos grandes grupos econômicos, mas sim ações concretas de governos e políticas bem definidas que reconheçam que a água é um direito humano básico. Outra questão preocupante, que exerce uma influência direta na escassez da água, são as alterações climáticas que representam uma ameaça sem paralelo ao desenvolvimento humano. Cientistas do mundo apontam o aquecimento global como uma causa direta de alteração de ciclo hidrológico, causando secas prolongadas e desabastecimento dos reservatórios naturais, comprometendo, principalmente, a agricultura. (PNDU-ONU, 2004, p. 28)

Por fim, para afastar o mito de que a escassez da água é inerente ao nosso processo evolutivo, o Relatório de Desenvolvimento Humano (PNDU-ONU, 2004, p. 28), assim conclui que

a crise mundial no setor de água e saneamento básico poderá ser superada no espaço de uma geração. O mundo dispõe da tecnologia, dos meios financeiros e da capacidade humana para acabar de vez com a insegurança a respeito da água na vida de milhões de seres humanos. O que falta é a

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vontade política e a visão necessárias para aplicar estes recursos em prol do bem comum.

Essa visão teórica aponta que toda produção de conhecimentos e as inovações tecnológicas são capazes de garantir o avanço da produção necessária para garantir o suprimento de recursos indispensáveis para a manutenção da vida das espécies na natureza. Porém, para se atingir este estágio, a humanidade deverá promover um amplo debate sobre a finalidade dos recursos e sua disponibilidade como mecanismo de combate ao fantasma da escassez da água, principalmente com vistas a dar assistência às populações mais carentes.

2.2 O ACESSO A ÁGUA, PELA POPULAÇÃO CARENTE

A escassez física de água potável em certas regiões geográficas constitui, na verdade, apenas uma das dimensões do problema e, ainda, é a exceção à regra, isto é, as estratégias nacionais de desenvolvimento não podem negligenciar, também, a necessidade da adoção de mecanismos para a melhora da gestão dos recursos hídricos. (REYMÃO & SABER, 2009)

A esse respeito, os autores acima citados ainda argumentam que a maioria dos países possui reservas de água suficientes para satisfazer suas necessidades de consumo doméstico, industrial e agrícola, residindo, na gestão deficiente desses recursos, o cerne da situação de escassez, que atinge considerável parcela da população, especialmente a que reside nos países em desenvolvimento.

O Ministério das Cidades estima que cerca de 45% da água captada nos mananciais brasileiros em 2004 foi desperdiçada em decorrência de vazamentos na rede de distribuição, antes de chegar aos consumidores das 27 capitais estaduais do país, o que seria suficiente para abastecer 38 milhões de pessoas por dia – número mais de duas vezes superior ao total de brasileiros residentes na área urbana sem acesso à água por rede geral. (MC, 2004)

No que se refere ao Semiárido brasileiro, o Ministério das Cidades considera que os açudes construídos na região também apresentam considerável desperdício de água por evaporação, sobretudo nos períodos de seca, com consequente elevação da salinidade da água e seus previsíveis efeitos para o solo e para o consumo humano. Além disso, grande parte do sistema de irrigação disponível na região do semiárido destina-se a produções agrícolas de reduzidos valores

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agregados, com a utilização de tecnologias inadequadas, que acentuam ainda mais o desperdício da água existente, pouco contribuindo, portanto, para a redução da situação de vulnerabilidade dos habitantes da região. Tudo isso revela, mais uma vez, a importância do papel do Estado na promoção de planos de desenvolvimento sustentável nessas localidades. (MC, 2004)

Com efeito, as estatísticas disponíveis têm mostrado, em relação à questão do acesso a fontes seguras de água, a existência de uma forte relação recíproca entre a pobreza e a falta de acesso à água potável. Em nível mundial, aproximadamente um terço das pessoas sem uma fonte de água segura à sua disposição – cerca de 385 milhões de indivíduos – recebem menos de um dólar por dia. Isso significa, por outro lado, a incapacidade dessas famílias financiarem sua ligação às redes de abastecimento de água por meio de seus próprios rendimentos, com disparidades acentuadas, em decorrência de fatores tais como o local de residência das pessoas, sua etnia e seus níveis de escolaridade. (PNUD, 2006)

A partir dessas críticas, Sen (2000, apud Reymão & Saber 2009, p. 11) revela que

a água potável é fundamental para o desenvolvimento humano. Quando as pessoas se encontram privadas dela, confrontam-se com oportunidades diminuídas de realizarem o seu potencial enquanto seres humanos. Nisso se inclui os aspectos microeconômicos da pobreza, como a vulnerabilidade ao risco (de doenças, de aumento da mortalidade infantil, etc.) e a ausência de voz e participação política dos pobres.

Sendo assim, mesmo que as políticas de crescimento econômico continuem a ter impactos positivos na redução da pobreza, é fundamental que levem em consideração seus impactos ambientais, o que requer investimentos integrados, sobretudo nas comunidades mais pobres, nas áreas rurais das regiões semiáridas, reconhecendo o direito à água como essencial para a segurança humana.

Para Reymão e Saber (2009, p. 5), faz-se urgente, dessa forma,

o estabelecimento de esforços no sentido da universalização do direito humano à água, com o desenvolvimento de leis, políticas públicas e instituições que conduzam ao acesso progressivo das pessoas à água potável em quantidade satisfatória, especialmente para as populações mais carentes, rompendo com o ciclo de pobreza relacionado à falta de acesso aos recursos hídricos.

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água encontra-se desigualmente distribuído entre os países, e entre suas diversas regiões, o que demonstra a importância das políticas públicas para garantirem a infraestrutura necessária ao fornecimento de água potável para as populações carentes, visto ser ela, também, um recurso produtivo indispensável.

2.3 O PROGRAMA DE ARMAZENAMENTO DE ÁGUA

De acordo com o Deputado Estadual Paulo Guedes (2014), o Balanço do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome constatou que 750 mil cisternas já foram instaladas desde 2011, por todos os órgãos executores do Programa “Água para Todos”, no semiárido nordestino e do norte mineiro. Isso está garantindo o armazenamento de água para mais de três milhões de brasileiros que vivem em áreas severamente afetadas pela estiagem prolongada. Apenas por meio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba - CODEVASF, já são mais de 700 mil pessoas beneficiadas pelos 165 mil reservatórios de armazenamento de água de chuvas instalados nos terreiros de suas casas, dentro das ações do programa do Governo Federal. (GUEDES, 2014)

Conforme o deputado, cada cisterna instalada pode acumular até 16 mil litros de água, quantidade suficiente para suprir as necessidades básicas de uma família de cinco pessoas por períodos de estiagem de até seis meses. Nas localidades em que a estiagem tem sido mais severa, as cisternas estão permitindo que as famílias guardem, com segurança, a água provida por caminhões-pipa. Além das cisternas, outras ações dentro do Programa asseguram acesso à água para milhares de sertanejos, como a perfuração de poços, a implantação de barreiros para dessedentação animal e construção de sistemas simplificados de abastecimento de água, entre outras.

Sobre a meta definida pelo referido Programa para o período de 2011 a 2014, Campos e Alves (2014) citam o atendimento de 750 mil famílias no semiárido brasileiro, o que, naquele momento, representava um enorme desafio, visto que a estimativa de atendimento em quatro anos requereria dobrar as entregas de cisternas realizadas nos oito anos anteriores. Estabelecida essa meta, um conjunto de ações foi desencadeado visando à construção de um modelo capaz de: ampliar a escala do atendimento; construir um desenho para a coordenação dos processos, materializado, posteriormente, no Programa Água para Todos; definir a distribuição territorial das

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metas entre os atores envolvidos; formatar mecanismos de gestão e acompanhamento periódico da execução; ampliar o leque de parceiros que assumiriam o referido compromisso; e, garantir maior disponibilidade de recursos orçamentários.

Como ainda discutem os autores em evidência, para viabilizar a execução das metas previstas, foram fundamentais: a articulação dos órgãos e instituições federais com competência legal em temas como segurança alimentar e nutricional, infraestrutura hídrica e de abastecimento público de água, de saúde e meio ambiente; a articulação com estados, municípios e com a sociedade civil organizada. Mostrou-se necessária uma ação coordenada, com o envolvimento de outros órgãos do governo e a realização de reuniões no Ministério do Desenvolvimento – MDS, para formatar um programa abrangente de acesso à água. Nesse contexto, duas instâncias foram responsáveis por realizar a coordenação intersetorial do tema – o Comitê Gestor do Programa “Água Para Todos” e Sala de Situação do Programa “Água para Todos” no âmbito da estrutura de coordenação e monitoramento do Plano Brasil sem Miséria.

Considerando a diversidade de parceiros responsáveis pela execução da meta e a amplitude do desafio, foi fundamental, em um primeiro momento, organizar a atuação de cada um desses parceiros, buscando evitar a sobreposição de executores. Assim, foram definidos agrupamentos de municípios, onde cada um poderia realizar suas contratações. Essa territorialização resultou em um mosaico bem definido de distribuição das metas, considerando que cada parceiro deveria atuar nos locais preestabelecidos, na perspectiva de universalizar o atendimento naquele território. (CAMPOS e ALVES, 2014)

O Sistema de Gerenciamento da Universalização do Acesso à Água- SIGÁgua, ao cruzar informações do Cadastro Único com informações do Sistema de Gerenciamento da Universalização de Cisternas – (SIG Cisternas) 3, objetivava oferecer, via internet, a lista de famílias a serem atendidas em cada município, incluindo a localização dessas famílias, facilitando o planejamento para a mobilização e o atendimento do público-alvo do Programa, além do trabalho de Busca Ativa a ser realizado. (CAMPOS e ALVES, 2014)

Diante desse cenário, os autores acima citados acrescentam que

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Programa “Água para Todos”, tais como o Ministério da Integração Nacional, o Ministério do Meio Ambiente e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), o próprio MDS buscou novas parcerias. Foram formalizadas novas parcerias ou ampliadas parcerias já existentes com oito dos nove estados que fazem parte da região do semiárido legal, além de expandidas as ações para estados das regiões Sul, Sudeste e Norte do país. (CAMPOS e ALVES, 2014, p. 5)

Fortalecida a parceria com a “Associação Programa Um Milhão de Cisternas (AP1MC)”, os autores destacam que também foram firmadas parcerias com o Banco do Nordeste do Brasil, a partir de contrato de prestação de serviços, e firmados convênios com consórcios públicos de municípios, atores que até então não participavam do processo. A PETROBRAS, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Fundação Banco do Brasil (FBB) também aderiram ao Programa. O Ministério da Integração, por sua vez, convocou a iniciativa privada a participar, por meio de licitações públicas, nas quais as empresas ACQUALIMP e FORTLEV saíram vencedoras.

Em suma, os autores concluem que a estratégia de universalização envolveu a participação de um conjunto amplo de atores, num esforço significativo de coordenação e execução capaz de garantir o atendimento da demanda inicialmente levantada. As cisternas de placa perfaziam a maior parte da meta: 450 mil cisternas para o consumo humano, que foram construídas pelo MDS e pela FBB. Ao Ministério da Integração coube a implantação de 300 mil cisternas de polietileno, além de sistemas coletivos de abastecimento. A FUNASA entrou no Programa com uma meta complementar à atuação dos demais parceiros, implantando cisternas para consumo, tanto de placas quanto de polietileno, além da implantação de sistemas coletivos. Já o Ministério do Meio Ambiente tem como foco de atuação a implantação de sistemas dessalinizadores.

A meta associada à água de produção, definida em 76 mil unidades e distribuída entre as diversas tecnologias, foi executada, em parceria, por MDS, BNDES e PETROBRAS. O Ministério da Integração atuou, complementarmente, com kits de irrigação, pequenas barragens e outras tecnologias. Esse esforço, refletido na ampliação significativa do orçamento do Programa e, consequentemente, na ampliação dos contratos, teve como resultado a entrega de 457 mil cisternas de placas, 293,5 mil cisternas de polietileno e 88,1 mil tecnologias sociais de acesso à água para a produção de alimentos.

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2.4 ESCOLHA DO MODELO DE ANÁLISE SOBRE O ARMAZENAMENTO D’ÁGUA PARA SUBSIDIAR A PESQUISA

A análise do questionário com questões abertas voltadas para as pessoas de baixa renda da periferia do Bairro Rainha do Prado, no município de Florânia/RN, serviu de norte para o desenvolvimento da pesquisa. Os participantes apresentaram respostas bem definidas sobre as seguintes questões: Em qual bairro você mora?

Qual a importância da água no seu dia a dia? Qual a capacidade de armazenagem de água na sua residência? Quantas pessoas residem na casa? A família participa de algum Programa do Governo Federal? Qual a maior dificuldade em relação ao abastecimento de água no seu bairro, no período do racionamento?

O referido questionário seguiu o modelo proposto por Aaker et al (2001), quando o mesmo afirma que, ao responder um questionário com questões abertas, os respondentes ficam livres para responderem com suas próprias palavras, sem se limitarem à escolha entre um rol de alternativas. Para Manzato e Santos (2012), o levantamento de dados para pesquisa quantitativa por meio de questionários requer cuidado especial. Deve-se considerar que não basta apenas coletar respostas sobre questões de interesse, mas sim saber como analisá-las estatisticamente para validação dos resultados.

Conforme Chagas (2000), construir um bom questionário depende não só do conhecimento de técnicas, mas principalmente da experiência do pesquisador. Contudo, seguir um método de elaboração, sem dúvida, é essencial, pois identifica as etapas básicas envolvidas na construção de um instrumento eficaz.

Refletindo sobre a teoria de Günther (2006), na verdade, o pesquisador não deveria escolher entre um método ou outro, mas utilizar as várias abordagens, qualitativas e quantitativas que se adequam à sua questão de pesquisa. A escolha do referido modelo para subsidiar a pesquisa se deu em virtude de autores como Manzato e Santos (2012), Chagas (2000), Günther (2006), considerarem os aspectos desenvolvidos por Aaker et al (2001) como um dos mais completos.

Conforme afirma Günther (2006), as dimensões do modelo de Aaker et al (2001) são as mais abrangentes para a análise dos dados. Dessa forma, para a obtenção de resultados, bem como pela busca incessante do máximo de elementos possíveis para a obtenção de levantamento de dados satisfatórios, utilizou-se um

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quadro demonstrativo que, segundo Brandão et al (2009), é bastante adequado para a coleta, análise dos dados, discussão dos resultados e incremento da pesquisa.

2.5. CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DA PESQUISA

O Bairro Rainha do Prado localiza-se na periferia do Município de Florânia/RN, no qual residem inúmeras famílias de baixa renda. A maioria possui moradia fixa através do Plano Nacional de Habitação Popular, e é integrante dos Programas Assistenciais do Governo Federal, principalmente da Bolsa Família. Para a realização da pesquisa, o presente trabalho teve como finalidade observar e analisar in loco a questão do abastecimento de água no período do racionamento, tendo em vista a importância do uso da água para a sobrevivência da população e os problemas ocasionados pela falta de condições para o armazenamento.

No ensejo, 05 moradores deste bairro participaram deste trabalho, mostrando livremente suas respostas às questões acima apresentadas, os quais foram identificados como: M1, M2, M3, M4 e M5, como mostra o quadro demonstrativo na sequência do texto que serviu como instrumento de coleta, análise dos dados e discussão dos resultados.

3 MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA

Neste item, são apresentados os métodos e técnicas que nortearam a operacionalização deste estudo, expondo a natureza da pesquisa, os instrumentos de coleta de dados, bem como a classificação quanto à abordagem, quanto aos objetivos e quanto aos procedimentos técnicos. Os procedimentos metodológicos que foram utilizados para a realização da presente pesquisa seguiram orientações dos seguintes autores: Manzato e Santos (2012); Chagas (2000); Günther (2006), Brandão et al (2009).

3.1. CLASSIFICAÇÃO DO ESTUDO

Esta pesquisa, quanto aos fins, classificou-se como bibliográfica/qualitativo-descritiva, e quanto aos meios foi classificada como de campo e estudo de caso. Em relação à abordagem, esta pesquisa também foi classificada como quantitativa. A

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pesquisa descritiva, segundo Vergara (2003), expõe características de determinada população ou fenômeno. Porém, não tem compromisso de explicar os fenômenos que descreve, ainda que sirva de base para tal explicação. Conforme Barros e Lehfeld (2007), realizaram-se o estudo, a análise, o registro e a interpretação dos dados sem a interferência do pesquisado. Uma de suas peculiaridades está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática (GIL, 2002). O estudo também contou com a exposição de um Quadro Demonstrativo que, de acordo com Brandão et al (2009), serve de elemento constitutivo para a ampliação dos conhecimentos, apropriando-se dele para a leitura, análise e discussão dos dados e resultados.

A pesquisa classificou-se como bibliográfica, pois, conforme Gil (2002), ela foi desenvolvida a partir de um material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. “Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo que já foi escrito sobre determinado assunto”. (MARCONI e LAKATOS, 2002, p. 71)

Para Vergara (2003), o estudo de campo é uma investigação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno, ou que dispõe de elementos para explicá-lo. Gil (2002) afirma que a pesquisa de campo tende a utilizar mais técnicas de observação do que de interrogação.

Esta pesquisa consistiu em um estudo de caso que foi desenvolvido no Bairro Rainha do Prado, no município de Florânia/RN.

Duarte e Barros (2006, p. 216) definem estudo de caso como “uma análise intensiva, empreendida numa única ou em algumas organizações reais”. Para os autores, o estudo de caso é um dos métodos mais viáveis para se recolher informações acerca de um fenômeno.

Em relação à abordagem, este estudo foi classificado como quantitativo, que segundo Prodanov e Freitas (2013, p.69), “é a capacidade de traduzir, em números, opiniões e informações para classificá-las e analisá-las”. De acordo com Diehl e Tatim (2004), a pesquisa quantitativa tem o objetivo de garantir resultados e evitar distorções de análise e de interpretação, possibilitando uma margem de segurança maior quanto às inferências.

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3.2. UNIVERSO AMOSTRAL

Na concepção de Gil (2002), o universo ou população é um conjunto definido de elementos que possuem determinadas características. Neste contexto, o universo amostral desta pesquisa foi o Bairro Rainha do Prado, no município de Florânia/RN. E os sujeitos da pesquisa foi um grupo de moradores do referido bairro, totalizando 05 (cinco) colaboradores, distribuídos em ruas e residências diferentes.

3.3. PROCEDIMENTOS PARA COLETA DE DADOS

Como técnica de coleta de dados, foi utilizada a aplicação de um questionário, com uma série ordenada de perguntas padronizadas, que foram respondidas, por escrito, pelos informantes. O mesmo teve como característica o anonimato dos respondentes e, consequentemente, a liberdade de expor sus opiniões, pois as respostas dos participantes foram totalmente pessoais, de tal forma que não constituiu, de maneira alguma, influências ideológicas por terceiros. O questionário foi entregue ao morador/respondente com um prazo determinado para entrega. Houve uma adaptação ao modelo para que o mesmo se adequasse aos objetivos da pesquisa e realidade das pessoas que convivem no referido bairro.

4 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

Para descrição, análise dos dados e discussão dos resultados foi montado um Quadro Demonstrativo, no qual foram expostas as respostas dos participantes que foram identificados por M1, M2, M3, M4 e M5. Veja-se o quadro demonstrativo abaixo colocado: QUESTÕES M1 M2 M3 M4 M5 Em qual bairro você mora em Florânia/RN? Moro no Bairro Rainha do Prado, há mais de 10 anos. No Bairro Rainha do Prado, há mais ou menos 10 anos. Moro no Bairro Rainha do Prado, há 03 anos. No Bairro Rainha do Prado, há uns 05 anos. No Bairro Rainha do Prado, há uns 04 ou 05anos. Qual a importância da A água é importante. Sem ela A água é vida, por isso

não pode Ninguém pode viver sem a água. Quem vive sem a água? Ninguém. É preocupante a falta da

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água no seu dia a dia? ninguém vive. faltar em nossas casas. água em nossas casas. Qual a capacidade de armazenamento de água na sua residência? Uma caixa de 200 litros no banheiro. A casa tem uma caixa de 200 litros. Na casa tem uma caixa de 500 litros. Tem uma caixa de 500 litros. A casa tem uma caixa de apenas 500 litros. Quantas pessoas residem na casa? 05 pessoas Na minha casa moram 04 pessoas Moram 05 pessoas 03 pessoas Moram 04 pessoas A família participa de algum Programa do Governo Federal? A Bolsa Família Tenho a Bolsa Família

Bolsa Fmília Bolsa Família Recebo a Bolsa Família Qual a maior dificuldade em relação ao abastecimento de água no seu bairro no período do racionamento? É a falta de condições de ter um depósito para armazenar a água. Na casa não existe um depósito maior para guardar a água. A caixa d’água é pequena e não tenho condições de comprar outro depósito. Não tenho condições de comprar um depósito grande para colocar a água A água demora a cair nas torneiras, e a caixa é pequena, não dá para o consumo por muitos dias.

Foi feita uma avaliação do perfil dos respondentes com relação à questão “Em

qual bairro você mora em Florânia/RN?”, dos quais todos (100%) foram unânimes

em confirmar que residem no Bairro Rainha do Prado no município de Florânia/RN. Porém, é válido ressaltar que dois dos respondentes que corresponde a (40%) confirmaram que moram neste bairro há mais ou menos 10 anos. Quanto aos outros respondentes, um (20%), confirmou que mora no bairro há 03 anos, enquanto que dois (40%), responderam que moram no Bairro há uns quatro ou cinco anos. Tudo isso mostra que os mesmos foram capazes de participar da pesquisa com informações verdadeiras, pois ao residirem em um determinado local de um município durante um longo período, têm condições de conhecer de perto os problemas inerentes a ele.

Quanto à questão sobre “Qual a importância da água no seu dia a dia?”, percebeu-se que, mesmo apresentando respostas diferentes, mas com o mesmo significado, quatro participantes (80%) responderam que a água é muito importante para a vida, pois sem ela ninguém pode viver e jamais poderá faltar água nas residências, enquanto que uma pessoa (20%), respondeu que é preocupante a falta da água nas casas.

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Ao questionar com os respondentes sobre “Qual a capacidade de

armazenamento de água na sua residência?”, dois participantes (40%) deram suas

respostas confirmando que a maior capacidade de armazenamento d’ água de suas casas é uma caixa de 200 litros, pois foi esse reservatório que encontraram no banheiro da casa que receberam do governo, enquanto que três pessoas (60%), responderam que existe na casa uma caixa d’água de 500 litros. O moral da história é que essas casas foram construídas pelo poder público através do Plano Nacional de Habitação Popular, destinadas às pessoas carentes. Tudo isso mostra o quanto é preocupante o problema de armazenamento de água nas casas dessas famílias. Imagine no período de racionamento, quando o fornecimento é controlado por períodos (de quinze em quinze dias ou mais), isso sem falar que em muitos bairros, muitas vezes, a água nem chega às torneiras, devido à fraca vasão ou à questão do local do setor de distribuição. O maior problema que a população coloca é que a fatura, no final do mês, é a mesma tarifa para todos, tanto para os que não se beneficiam com a água quanto para aqueles que têm água com abundância em suas residências.

Ao perguntar sobre “Quantas pessoas residem na casa?”, dois respondentes (40%) afirmaram que residem 05 pessoas. Mais dois participantes da pesquisa (40%) responderam que moram 04 pessoas, e um (20%) afirmou que em sua residência moram 03 pessoas. Cada vez mais se percebe o quanto é importante que estas pessoas tenham mais condições de armazenamento d’água em suas residências, devido ao número de pessoas que residem na mesma casa.

Com relação à questão “A família participa de algum programa social do

governo?”, todos (100%) responderam que são assistidos pelo Programa Bolsa

Família. Tudo isso mostra que as famílias que participaram da pesquisa são realmente de baixa renda e precisam de mais assistência diante de suas necessidades, principalmente no que diz respeito ao abastecimento d’água.

No que diz respeito a “Qual a maior dificuldade em relação ao

abastecimento de água no seu bairro no período do racionamento?”, dois

participantes da pesquisa (40%) responderam, mesmo com respostas diferenciadas, mas que querem dizer a mesma coisa, que é a falta de condições de ter ou comprar um depósito para armazenar a água. Um deles (20%) respondeu que na casa não existe um depósito maior para guardar a água, e outro (20%) afirmou que a água demora a cair nas torneiras e a caixa é pequena, não dando para o consumo por muitos dias.

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Diante das dificuldades dos moradores do bairro em foco, que participaram deste estudo de caso, é interessante questionar: O Programa de Armazenamento de Água do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, “Água para Todos”, no semiárido nordestino e do norte mineiro, está mesmo garantindo o armazenamento de água para os brasileiros que vivem em áreas severamente afetadas pela estiagem prolongada?. Como afirma Oliveira (2008, p. 4), “apesar desta crise hídrica se identificar como sendo de caráter global, pesquisas e estudos apontam para uma crise que se dissemina mais rapidamente entre as pessoas pobres do que entre as ricas”.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao concluir o estudo, é possível perceber que todas as informações apresentadas neste trabalho evidenciam que a água é um elemento natural indispensável para qualquer forma de vida, pois a vida, originariamente, se desenvolveu nela e dela depende para se manter.

O fato é que a perspectiva de uma grave escassez de água em nosso planeta alarma todas as pessoas, por se tratar de um elemento cotidianamente procurado por todos os seres vivos. Contudo, as causas desta crise passam exatamente pelo modelo de organização social, política e econômica escolhido por uma minoria e imposto à maioria por um processo de desigualdade social. Este modelo capitalista leva a natureza à exaustão pela exploração demasiada e desnecessária dos recursos, tornando-os matéria-prima para um processo produtivo, cujo objetivo final é o lucro financeiro.

Por isso, é importante lembrar que neste rol de produtos que geram riquezas, a água se tornou um deles. A ameaça de escassez aumenta o preço, cresce a procura por fontes e reservas, gera especulações. É cada vez mais crescente o número de empresas que explora, desperdiça e vende água. Essa prática industrial e comercial, onde grupos contaminam, se apossam inclusive de aquíferos, inviabiliza o acesso das pessoas mais carentes a este bem de domínio público.

Nos últimos anos, está bastante claro que essa escassez da água, também denominada de crise global dos recursos hídricos, trata-se de uma crise destinada apenas à população pobre, desprovida de recursos para ter acesso à água de qualidade e na quantidade ideal para o suprimento de suas necessidades vitais.

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Os dados apontados na pesquisa dão conta de que os ricos ainda não sofrem os efeitos desta crise. A responsabilidade para amenizar as consequências da diminuição da oferta está posta exatamente nas mãos daqueles que menos têm acesso à água por aqueles que mais a consomem, quando afirmam que mudanças comportamentais devem ocorrer nas residências, como a redução do tempo de banho, ou de hábitos como lavar o carro, a calçada etc., mas jamais se fala no volume consumido pelas grandes indústrias, pelos grandes latifundiários, ou em outras atividades similares.

Na verdade, os programas de Educação Ambiental dão ênfase a ações mínimas e insignificantes de redução do consumo, enfatizando a diminuição dos gastos residenciais, quando deveria priorizar a formação para se identificar as verdadeiras causas do desabastecimento e uma possível ação coletiva para responsabilização dos agentes que consomem muita água ou dificultam o acesso das camadas populacionais mais pobres. Na realidade, a escassez não é exatamente da água, mas de políticas públicas que a garantam como bem público e possibilitem o acesso a ela por todas as pessoas.

Mediante esta realidade, sugerem-se, portanto, projetos e ações concretas de governos e políticas bem definidas que reconheçam que a água é um direito humano básico. Por isso, o ideal seria um programa social de armazenamento d’água acessível para todos, principalmente, às populações mais carentes que, na época do racionamento, sofrem as consequências dessa falta.

No tocante ao abastecimento da população do bairro em foco, na época do racionamento, deveriam ser colocados em pontos estratégicos reservatórios extras, para que as pessoas carentes da zona urbana também tivessem acesso à água no momento da crise hídrica, isto é, fossem beneficiadas pelo Programa “Água para Todos”, o qual vem beneficiando exclusivamente as pessoas da zona rural com perfuração de poços, cisternas, barreiros etc.

Ao final, conclui-se que os objetivos traçados no decorrer desta pesquisa foram alcançados com êxito e que, através dos dados obtidos, foi possível mensurar o quanto foi interessante discutir sobre o armazenamento d’água e sobre os problemas vivenciados pela população de baixa renda do Bairro Rainha do Prado do município de Florânia/RN, no período da escassez e racionamento.

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