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Padrões de migração de duas espécies de aves (Elaenia chilensis e Turdus amaurochalinus) presentes no Nordeste Brasileiro.

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Centro de Biociências

Graduação em Ciências Biológicas

Departamento de Botânica e Zoologia

PRISCILA DE CASTRO STEDILE

Padrões de migração de duas espécies de aves (Elaenia

chilensis e Turdus amaurochalinus) presentes no Nordeste

Brasileiro.

Natal/RN

2017

(2)

2 PRISCILA DE CASTRO STEDILE

PADRÕES DE MIGRAÇÃO DE DUAS ESPÉCIES DE AVES (ELAENIA

CHILENSIS E TURDUS AMAUROCHALINUS) PRESENTES NO NORDESTE

BRASILEIRO.

Trabalho de conclusão do curso de graduação em Ciências Biológicas, Centro de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Biológicas, sob orientação do professor Mauro Pichorim.

APROVADA EM 30/11/ 2017

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________________________ Prof. Dr. Mauro Pichorim

Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Orientador)

_______________________________________________________________ Dr. Guilherme Santos Toledo de Lima

(Membro)

_______________________________________________________________ Me. Marcelo Câmara Rodrigues

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3

Agradecimentos

Ao meu orientador Mauro Pichorim, pela paciência, suporte e tudo que me ensinou em todos esses anos de laboratório.

Aos integrantes do LabOrnito, pela parceria, conhecimento partilhado, os momentos de dificuldade e felicidades vividos em campo e fora dele.

Meus amigos que colaboraram de forma direta ou indireta para chegar até aqui, sendo com palavras de apoio ou até mesmo com momentos de descontração para desopilar o estresse. Em especial minha amiga Isadora Carletti, que me ajudou na revisão desse trabalho e sempre acreditou que eu conseguiria terminá-lo a tempo.

A minha família pelo encorajamento, carinho e amor nesse e em todos os momentos de minha vida.

Ao Centro de Lançamento da Barreira do Inferno – RN, por permitir o trabalho na área e ao CNPq pelo apoio financeiro, sem isso nenhuma pesquisa científica é viável.

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4

Resumo

Migração se caracteriza pelo deslocamento sazonal realizado por uma população animal, da sua área de reprodução para áreas de alimentação e descanso. Buscando então entender os padrões de presença e ausência de aves migrantes, foram analisados nesse trabalho dados das espécies Elaenia chilensis (n = 1034) e Turdus amaurochalinus (n = 423) coletados no período de julho de 2010 a novembro de 2014 no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (Parnamirim, RN). Foi utilizando o método de captura por redes de neblina com o intuito de aferir quando essas espécies, que a princípio são apenas migrantes na região Nordeste, estão na área. A Elaenia chilensis frequentou a área principalmente entre março e junho, tanto para adultos como para jovens, com alguns indivíduos sendo capturados em outros meses do ano. Nesta espécie ocorreram poucas recapturas, mostrando um padrão de migração bem definido, visto que os mesmos indivíduos não permanecem por muito tempo na área. O Turdus

amaurochalinus foi mais capturado entre junho e setembro, no entanto a espécie está presente

o ano inteiro na região, exibindo também jovens e recapturas constantes, o que indica que a espécie possui uma população residente na região. Tendo isso em vista, mais estudos são necessários para explicar melhor o padrão de migração dessa última espécie.

Palavras-chave: Migração; Elaenia chilensis; Turdus amaurochalinus; Passeriformes; conservação.

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5

Abstract

Migration is characterized by seasonal displacement by an animal population, from its breeding area to feeding and resting areas. In order to understand the patterns of presence and absence of migratory birds, data from the species Elaenia chilensis (n = 1034) and Turdus amaurochalinus (n = 423) were collected from July 2010 to November 2014 in the Barreira do Inferno Launch Center (Parnamirim, RN). It was used the method of capture by mist-nets in order to verify when these species, which at first are only migrants in the Northeast region, are in the area. Elaenia

chilensis frequented the area mainly between March and June, for both adults and juvenil, with

some individuals being captured in other months of the year. In this species, few recaptures occurred, showing a well defined migration pattern, since the same individuals did not remain for a long time in the area. The Turdus amaurochalinus was most captured between June and September, however the species is present year-round in the area, also exhibiting juvenil and constant recaptures, indicating that the species has a population resident in the area. With this in view, further studies are needed to better explain the migration pattern of the latter specie.

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6

Lista de Figuras

Figura 1 –Área de estudo sobre padrões de migração de Elaenia chilensis e

Turdus amaurochalinus no nordeste do Brasil, localizada no estado do Rio

Grande do Norte, município de Parnamirim, no Centro de Lançamento Barreira do Inferno (CLBI) entre os anos de 2010 e 2014 (imagens adaptadas de Wikipedia e Google Maps), com as 11 trilhas utilizadas marcadas na vegetação de restinga.

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Figura 2 – Espécies estudadas: Elaenia chilensis (superior) e Turdus

amaurochalinus (inferior). (Fonte: acervo pessoal e https://www.flickr.com/photos/81124164@N00/5612415143)

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Figura 3 - Esquema de captura de aves no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno para o monitoramento de aves migratórias realizado entre 2010 e 2014; sendo o plote central em amarelo trabalhado nos quatro finais de semana dos meses de fevereiro, maio, agosto e novembro; E plotes laterais azul, vermelho, roxo e bege trabalhados em dupla num final de semana dos meses de janeiro, março, abril, junho, julho, setembro, outubro e dezembro.

18

Figura 4 – Procedimentos de campo: rede ornitológica armada (A); ave capturada na rede (B) manipulação de espécime em acampamento (C); ave sendo solta no local de captura (D). (Fonte: acervo pessoal)

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Figura 5 – Taxa de captura (capturas/rede*dia) em função ao esforço amostral dos adultos, jovens e recapturas de Elaenia chilensis entre os anos de 2011 a 2014 em todos os meses trabalhados; e somatório da taxa de captura para adultos, jovens e recapturas dos anos de 2011 a 2014 em todos os meses trabalhados.

21

Figura 6 - Taxa de captura (capturas/rede*dia) em função ao esforço amostral dos adultos, jovens e recapturas de Turdus amaurochalinus entre os anos de 2010 a 2014 em todos os meses trabalhados; e somatório da taxa de captura para adultos, jovens e recapturas dos anos de 2010 a 2014 em todos os meses trabalhados.

22

Figura 7 – Média mensal com desvio padrão da taxa de captura (capturas/rede*dia) dos adultos e jovens de Elaenia chilensis entre os anos 23

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7 de 2011 a 2014 para todos os meses trabalhados (acima) e Turdus

amaurochalinus entre os anos de 2010 a 2014 (abaixo) para todos os meses

trabalhados.

Figura 8 – Comparativo da taxa de captura (capturas/rede*dia) de adultos e jovens de Elaenia chilensis entre os anos de 2011 a 2014 para todos os meses trabalhados (acima) e Turdus amaurochalinus entre os anos de 2010 a 2014 para todos os meses trabalhados (abaixo).

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8

Lista de Tabelas

Tabela 1 – Comparativo capturas de Turdus amaurochalinus em outras regiões do país: Restinga de Maricá (RJ) - Gonzaga et al. 2000; Restinga de Jurubatiba (RJ) - Alves et al. 2004; Ilha Grande (RJ) – Alves et al. 2007; Cerrado de Brasília (DF) - Marini et al. 2007; Três Lagoas (MS) - Piratelli 1999; Belo Horizonte (MG) - Marini et al. 2005; Caatinga de Jaíba (MG) - Marini et al. 2007.

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Sumário

Resumo...04 Abstract...05 Lista de Figuras...06 Lista de Tabelas...08 1. Introdução...10 2. Método...13 3. Resultados...19 4. Discussão...26 5. Referências...29

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Introdução

Migração é o termo utilizado para definir o deslocamento direcional em massa de indivíduos de uma determinada espécie de uma região geográfica para outra que se repete periodicamente (Begon 1995). Em sentido literal, a migração se caracteriza pelo deslocamento anual realizado sazonalmente por uma população animal que se desloca da sua área de reprodução para áreas de alimentação e descanso (Alerstam e Hedenström 1998; CEMAVE 2017). A repetição desse ciclo, tem como causa a oferta de alimento sazonalmente disponível (Sick 1983). Sick (1983) resume os movimentos migratórios na América do Sul das seguintes formas: 1) migrações neárticas (aves provenientes do hemisfério norte); 2) migrações austrais (aves que se deslocam para o norte a partir do hemisfério sul, havendo dentro do continente diversas migrações a partir da parte meridional em direção ao norte); 3) deslocamentos em resposta à sazonalidade de recursos hídricos e tróficos (tais como florações e frutificações), que incluem movimentos regionais, locais ou parciais; 4) deslocamentos nos Andes e nas cadeias de montanhas do sudeste do Brasil, produzindo migrações altitudinais importantes.

As características que influenciam o movimento migratório das aves ainda são pouco conhecidas. Algumas hipóteses propostas por Boyle (2010) acerca das migrações altitudinais podem explanar o intuito dos deslocamentos de curta distância em migrantes Passeriformes frugívoros. A primeira hipótese é a de restrição de frutos, em que aves que se encontram em áreas mais elevadas durante o período reprodutivo, migram para baixas altitudes durante a época não reprodutiva, acompanhando a maior disponibilidade de alimentos em cada habitat. Este movimento acontece porque as aves necessitam de maior quantidade de recursos energéticos durante o fim do período reprodutivo e os frutos, ricos em carboidratos, fornecem a energia útil para os indivíduos sobreviverem e os jovens crescerem (Boyle 2010).

Outra hipótese é a da limitação de proteínas, a qual sugere que os indivíduos mantêm-se em áreas mais elevadas durante o período reprodutivo devido à maior abundância de invertebrados nestas áreas, enquanto que na

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11 época não reprodutiva a oferta é maior em baixas altitudes (Boyle 2010). Assim, sugere-se que as aves migram seguindo a maior disponibilidade de invertebrados, os quais são fonte de proteínas, recurso muito requisitado pelas fêmeas durante a época reprodutiva para a produção de ovos e alimentação dos filhotes (Boyle 2010).

Migrações regionais, locais ou parciais são complicadas de serem identificadas devido ao pequeno número de observações em áreas distintas, à dificuldade de detectar a origem da migração e à existência de migrações em que apenas parte da população de desloca, nesses casos a aferição da abundância populacional se faz necessária (Alves 2007). Espécies de Elaenia são conhecidas por esses tipos de migração (Medeiros e Cavalcanti 1987, Cavalcanti 1990).

A família Turdidae apresenta migrações altitudinais e de grande escala, populações meridionais migram à procura de regiões setentrionais mais quentes, depois da reprodução (Sick 1997). Não se sabe a origem dos sabiás migrantes, mas considera-se que sejam provenientes do sul e das terras altas adjacentes. O Turdus amaurochalinus, espécie classificada como migratória, é capturada facilmente em áreas abertas e, pode ser objeto de estudo para acompanhamento em diferentes regiões de forma a entender melhor seus movimentos (Alves 2007).

Sick (1966) classifica Turdus amaurochalinus como uma espécie típica de cerrado, mas é encontrada em quase todo o Brasil, aparecendo em determinada época do ano apenas em algumas áreas, enquanto em outras os indivíduos migrantes obscurecem as populações residentes (Sick 1997). Conforme estudos, esta espécie possui um período restrito em áreas abertas como restingas. Gonzaga et al. (2000) registraram a espécie na restinga de Maricá (RJ), entre abril e julho, enquanto na restinga de Jurubatiba está presente entre abril e agosto e ocasionalmente em dezembro, com capturas ressaltadas no inverno, entre julho e agosto (Alves et al. 2004). Marini e colaboradores (2007) registraram esta espécie em período mais restrito, em maio e entre agosto e outubro no Cerrado de Brasília. A espécie também foi observada entre 1994 e 1996 em praticamente todos os meses, na região de Três Lagoas, Mato Grosso do Sul (Piratelli 1999). Porém, entre 1995 e 1999, Marini e colaboradores (2005)

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12 capturaram indivíduos entre maio e dezembro, próximo a Belo Horizonte (MG) em Floresta Atlântica. Ademais, no norte de Minas Gerais na caatinga de Jaíba, foram capturados T. amaurochalinus em março e novembro (Marini et al. 2007).

O bioma Mata Atlântica ocupa uma área de 1.110.182 Km², corresponde 13,04% do território nacional e que é constituída principalmente por mata ao longo da costa litorânea que vai do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE). A Restinga faz parte do domínio da Mata Atlântica, caracteriza-se por ocorrer em áreas de solo arenoso variando desde uma vegetação arbustiva até florestas de porte mais baixo à medida que se afasta da orla marítima (Azevedo 2014). Os grupos botânicos e zoológicos, incluindo avifauna, das restingas são formados por espécies provenientes de outros ecossistemas ou biomas, especialmente da Mata Atlântica (Gonzaga et al. 2000, Reis & Gonzaga 2000).

Como objetivo desse trabalho temos o levantamento dos dados coletados no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) em Parnamirim, RN, das espécies Elaenia chilensis e Turdus amaurochalinus, dois migrantes ocorrentes nessa região, com intuito de averiguar o modelo de ausência e presença, ou seja, os meses que essas espécies ocorrem em maior abundância, e assim seus possíveis padrões de migração para a área estudada.

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Métodos

O estudo foi feito no Centro de lançamento da Barreira do Inferno – Parnamirim, RN (05°54’S, 35°10’W; 1800 há; Figura 1). Essa área tem vegetação tropical costeira de restinga, Mata Atlântica (Scarano 2002) e é classificada como floresta semi-decídua de terras baixas (Cestaro 2002). De acordo com o sistema de classificação de Koppen (1936), o clima da região é tropical e úmido, com verões secos (setembro a fevereiro) e invernos chuvosos (março a agosto) (IBAMA 2003).

A espécie Elaenia chilensis (guaracava-de-crista-branca - Figura 2) é uma ave da ordem Passeriforme, família Tyrannidae, que mede aproximadamente 15 cm, possui a cabeça e dorso pardo-oliváceos, peito pardo-claro e as penas do topete em sua maioria de cor branca. Habita florestas temperadas, regiões subtropicais ou tropicais úmidas de grandes altitudes, matagal tropical ou subtropical de altitude e florestas secundárias degradadas (Wiki Aves 2016). Distribui-se da Colômbia até a Terra do Fogo, ao longo dos Andes, passando por Uruguai, Paraguai e Brasil. Reproduz-se no sul da Bolívia, norte da Argentina, Terra do Fogo e Chile de novembro a fevereiro (Alves 2007). Migra entre fevereiro e março para o norte transitando pela costa Atlântica até a Amazônia, passando o inverno no norte do Brasil (Alves 2007).

Turdus amaurochalinus (sabiá-poca – Figura 2) é outra ave da ordem

Passeriforme, da família Turdidae, mede, em média, 22 cm, tem cabeça achatada, parecendo que o bico está no mesmo plano da testa, pernas cor-de-avelã, papo branco com riscos que diferem conforme o indivíduo, alguns aparentam ter uma gola branca separando os riscos do peito (Collar 2017). Ao saírem dos ninhos, os jovens possuem penas com pontos marrom-oliváceas no peito e barriga, como também as costas e asas pontilhadas de marrom claro. Indivíduos juvenis ou adultos têm o bico escuro ou com diferentes proporções de amarelo, já no período reprodutivo apresentam bico amarelo vivo (Wiki Aves 2016). Essa espécie ocorre do Peru ao centro da Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil. Seu período migratório vai dos meses de maio a agosto (Clements 2017).

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14 Os dados coletados nesse trabalho foram obtidos através do método de capturas-marcação-recaptura, com o auxílio de redes de neblina de 18 metros de comprimento e três metros de altura. As redes foram distribuídas em um plote de 500 x 500 m, mantendo a distância de 50 m entre si (Figura 3).

As capturas formam feitas de julho de 2010 a novembro de 2014, trabalhando em 36 redes em um final de semana para os meses de janeiro, março, abril, junho, julho, setembro, outubro e dezembro, enquanto nos meses de fevereiro, maio, agosto e novembro eram trabalhados todos os finais de semana com 49 redes por final de semana (Figura 3-tabela). O esforço amostral diário foi de seis horas, começando sempre ao amanhecer, com seis revisões por dia trabalhado.

As coletas intensivas foram feitas no plote central, onde trabalhamos em 25 redes nos sábados e em 24 redes nos domingos. Já os plotes laterais, com 18 redes por plote, foram trabalhados em pares nos outros meses (Figura 3-tabela), deixando assim o plote central em repouso das capturas intensas, com o intuito de evitar o aprendizado dos indivíduos residentes, em relação as redes colocadas. Os espécimes capturados foram identificados e marcados com anilhas metálicas numeradas disponibilizadas pelo CEMAVE/ICMBio e soltas no local de captura na próxima revisão das redes (Figura 4).

Para análise, primeiramente foram separados, do banco de dados de alinhamento CLBI do Laboratório de Ornitologia da UFRN, todos os migrantes capturados nessa região, selecionando assim as espécies de maior ocorrência,

Elaenia chilensis (n = 1034) e Turdus amaurochalinus (n = 423). A partir daí,

foram analisados o número de adultos e jovens capturados e as recapturas dos mesmos, gerando gráficos para uma melhor visualização dos dados coletados.

A área estudada é considerada restinga e nela já foram capturadas as espécies migrantes: Elaenia chilensis; Elaenia spectabilis; Myiarchus swainsoni;

Turdus amaurochalinus e Turdus flavipes; dentre eles escolhemos as espécies Elaenia chilensis e Turdus amaurochalinus como foco desse trabalho, por serem

as espécies com maior número de dados a serem analisados.

Para estimar o esforço amostral foi levado em conta o número de capturas por mês e a quantidade total de redes trabalhadas nos dias que houveram as

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15 capturas, devido ao número de redes por dia ser diferente, tendo assim uma taxa de captura (capturas/rede*dia) estimada para as duas espécies.

Ainda trabalhando com a taxa de captura, foram analisados o somatório e a média das capturas/recapturas dos anos trabalhados, podendo assim visualizar o montante dos dados e os padrões de presença/ausência das espécies na área.

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16 Figura 1 –Área de estudo sobre padrões de migração de Elaenia chilensis e

Turdus amaurochalinus no nordeste do Brasil, localizada no estado do Rio

Grande do Norte, município de Parnamirim, no Centro de Lançamento Barreira do Inferno (CLBI) entre os anos de 2010 e 2014 (imagens adaptadas de Wikipedia e Google Maps), com as 11 trilhas utilizadas marcadas na vegetação de restinga.

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17 Figura 2 – Espécies estudadas: Elaenia chilensis (superior) e Turdus

amaurochalinus (inferior). (Fonte: acervo pessoal e https://www.flickr.com/photos/81124164@N00/5612415143)

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18 Figura 3 - Esquema de captura de aves no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno para o monitoramento de aves migratórias realizado entre 2010 e 2014; sendo o plote central em amarelo trabalhado nos quatro finais de semana dos meses de fevereiro, maio, agosto e novembro; E plotes laterais azul, vermelho, roxo e bege trabalhados em dupla num final de semana dos meses de janeiro, março, abril, junho, julho, setembro, outubro e dezembro.

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19 Figura 4 – Procedimentos de campo: rede ornitológica armada (A); ave capturada na rede (B) manipulação de espécime em acampamento (C); ave sendo solta no local de captura (D). (Fonte: acervo pessoal)

A B

D C

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Resultados

Dentre os migrantes encontrados no banco de dados de alinhamento CLBI do Laboratório de Ornitologia da UFRN (Elaenia chilensis; Elaenia

spectabilis; Myiarchus swainsoni; Turdus amaurochalinus; Turdus flavipes)

foram escolhidos a espécie Elaenia chilensis com um montante de 1034 indivíduos capturados, sendo 834 adultos e 200 jovens (74 recapturas), e o

Turdus amaurochalinus com 423 espécimes, tendo este 404 adultos e 19 jovens

capturados (64 recapturas), alguns com recapturas regulares. Em nossa análise de dados levando em conta o ano, mês e quantidade de redes utilizadas (Figuras 5 e 6), podendo assim representar a taxa de captura das espécies para cada ano, como também a soma dessas taxas para os anos amostrados.

O período em que ocorreu maior incidência da espécie Elaenia chilensis foi entre março e junho, com poucos indivíduos sendo capturados nos outros meses (Figura 7). Também é possível notar que as recapturas foram restritas para esse mesmo período, podendo assim considerá-las dentro do padrão de migração, isso é, com intervalos menores de um mês (Figura 5).

A presença de Turdus amaurochalinus na área foi mais diluída entre os meses, com capturas no ano inteiro, mas com maior número de indivíduos no período de junho a setembro (Figura 5). Essa falta de padrão também é reforçada pelo grande número de recapturas durante o ano inteiro, incluindo recapturas de indivíduos anualmente e até mensalmente, o que nos leva a crer que parte da população reside na área estudada.

Em Elaenia chilensis ocorreu um aumento considerável de capturas no ano de 2013 nos meses de março e abril, que são considerados meses iniciais de chuva na região, e o início do período de migração dessa espécie (Figura 6). Para Turdus amaurochalinus aumento igualmente se deu no ano de 2013, mas nos meses de julho a setembro, que também está dentro do período de chuva, e do padrão de migração da espécie (Figura 7). Portanto, é bem provável que o ano de 2013 tenha tido condições favoráveis para migração das duas espécies.

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21 Figura 5 – Taxa de captura (capturas/rede*dia) em função ao esforço amostral dos adultos, jovens e recapturas de Elaenia chilensis entre os anos de 2011 a 2014 em todos os meses trabalhados; e somatório da taxa de captura para adultos, jovens e recapturas dos anos de 2011 a 2014 em todos os meses trabalhados.

0 0,2 0,4 0,6 0,8

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 2011 N °cap /n °re d es *d ia

Taxa de captura 2011 - Elaenia

chilensis

Adultos Jovens Recapturas

0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 2012 N °cap /n °re d es *d ia

Taxa de captura 2012 - Elaenia

chilensis

Adultos Jovens Recapturas

0 1 2 3 4 5

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 2013 N °cap /n °re d es *d ia

Taxa de captura 2013 - Elaenia

chilensis

Adultos Jovens Recapturas

0 0,5 1 1,5 2 2,5

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 2014 N °cap /n °re d es *d ia

Taxa de captura 2014 - Elaenia

chilensis

Adultos Jovens Recapturas

0,0 1,0 2,0 3,0 4,0

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

N °cap /n °re d es *d ia Meses

Taxa de captura: 2011-2014

(22)

22 Figura 6 - Taxa de captura (capturas/rede*dia) em função ao esforço amostral dos adultos, jovens e recapturas de Turdus

amaurochalinus entre os anos de 2010 a 2014 em todos os meses trabalhados; e somatório da taxa de captura para adultos, jovens

e recapturas dos anos de 2010 a 2014 em todos os meses trabalhados.

0,0 0,5 1,0 1,5

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

N °cap /n °re d es *d ia Meses

Taxa de captura: 2010-2014

Adultos Jovens Recapturados 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25

Jul Ago Set Out Nov Dez 2010 N °cap /n °re d es *d ia

Taxa de captura 2010 - Turdus

amaurochalinus

Adultos Jovens Recapturas

0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 2011 N °cap /n °re d es *d ia

Taxa de captura 2011 - Turdus

amaurochalinus

Adultos Jovens Recapturas

0,0 0,5 1,0 1,5 2,0

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 2012 N °cap /n °re d es *d ia

Taxa de captura 2012 - Turdus

amaurochalinus

Adultos Jovens Recapturas

0,0 0,5 1,0 1,5

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 2013 N °cap /n °re d es *d ia

Taxa de captura 2013 - Turdus

amaurochalinus

Adultos Jovens Recapturas

0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 2014 N °cap /n °re d es *d ia

Taxa de captura 2014 - Turdus

amaurochalinus

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23 Figura 7 – Média mensal com desvio padrão da taxa de captura (capturas/rede*dia) dos adultos e jovens de Elaenia chilensis entre os anos de 2011 a 2014 para todos os meses trabalhados (acima) e Turdus amaurochalinus entre os anos de 2010 a 2014 (abaixo) para todos os meses trabalhados.

-1 -0,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Tax a d e ca p tu ra mé d ia Meses

Média mensal - Elaenia chilensis

-0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Tax a d e ca p tu ra mé d ia Meses

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24 Figura 8 – Comparativo da taxa de captura (capturas/rede*dia) de adultos e jovens de Elaenia chilensis entre os anos de 2011 a 2014 para todos os meses trabalhados (acima) e Turdus amaurochalinus entre os anos de 2010 a 2014 para todos os meses trabalhados (abaixo).

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

N °cap /n °re d es Meses

Capturas Elaenia chilensis 2011-2014

2011 2012 2013 2014 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

N °cap /n °re d es Meses

Capturas Turdus amaurochalinus 2010-2014

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Discussão

Os resultados encontrados para Elaenia chilensis sugerem um padrão de migração bem definido, sendo esse no período de março a junho, com poucos indivíduos sendo capturados/recapturados em outros meses. Dado que, a área de estudo apresenta outras espécies de Elaenia, sendo elas E. chiriquensis, E.

cristata, E flavogaster e E. spectabilis, e devido as características similares

dessas espécies, pode ocorrer identificação errada de alguns espécimes, explicando assim essas capturas fora do padrão.

O padrão de migração, encontrado nesse trabalho, se inicia no período de chuva da área de estudo. No Parque Nacional Catimbau (PB) também foi observado um aumento na abundância de Elaenia chilensis no período de chuva (Sousa et al. 2012). Do mesmo modo, Ruiz-Esparza et al. (2011) encontraram a espécie no período de março a julho, na Serra da Guia (SE), também considerado o período chuvoso da região. Esses fatos favorecem o entendimento de que a espécie procura áreas úmidas no seu trajeto de migração, isso é, se aproveita dos recursos provenientes desse período.

Para Turdus amaurochalinus a visualização de um padrão foi mais difícil, devido à espécie ter sido capturada em todos os meses do ano. Mesmo assim, foi possível aferir um aumento da população entre os meses de junho a setembro, quando considerado a média da taxa de captura de cada mês (Figura 6). Quando analisado anualmente, esse padrão se apresenta enviesado pelo grande número de capturas no ano de 2013, enquanto que nos outros anos as capturas se mostraram relativamente baixas, não colaborando para elaboração de um padrão de migração bem definido, ou seja, uma variação interanual parecida (Figura 8).

Comparando com os dados de outros autores, a ausência de um padrão definido para a espécie Turdus amaurochalinus é comum, sendo este também capturado o ano todo em outras regiões do país (Piratelli 1999). Todavia, a compilação dos dados mostra uma frequência de capturas entre abril e agosto para diferentes autores (Gonzaga et al. 2000; Alves et al. 2004; Marini et al.

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26 2005), o que se enquadra, em parte, no padrão encontrado nesse trabalho (Tabela 1).

As duas espécies apresentam jovens capturados, mostrando assim uma provável migração de indivíduos jovens e reprodução na região. Os poucos jovens presentes na amostra de T. amaurochalinus estão nos meses de abril, maio, junho, agosto e novembro, e apesar de serem menos de 5% da amostra, o não enquadramento no padrão de migração encontrado no trabalho deixa em aberto a possibilidade de reprodução na região. Ninhos dessa espécie já formam encontrados em região de caatinga (Cavalcanti et al 2016; Pichorim, dados não publicados), colaborando com essa hipótese. Já para a espécie E. chilensis, foram capturados de fevereiro a junho, justo os meses aqui considerados como período de estadia na área, colaborando para a hipótese de jovens migrantes.

Em relação às recapturas, alguns Indivíduos de Turdus amaurochalinus são constantemente recapturados, tanto em meses quanto anos diferentes, o que contribui para a hipótese de uma população residente na região.

Em conclusão, podemos dizer que a espécie Elaenia chilensis é um migrante presente na área estudada, nos meses de março a junho, já a espécie

Turdus amaurochalinus, possui migrantes, provavelmente entre os meses de

junho a setembro, mas também possui uma população residente, que ofusca esse padrão de migração. Todavia, mais estudos como monitoramento da dinâmica populacional na região nordeste do Brasil devem ser feitos para a melhor compreensão dos padrões de migração e de fonte/dreno dessas espécies.

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27 Tabela 1 – Comparativo das capturas de Turdus amaurochalinus em outras regiões do país: Restinga de Maricá (RJ) - Gonzaga et al. 2000; Restinga de Jurubatiba (RJ) - Alves et al. 2004; Ilha Grande (RJ) – Alves et al. 2007; Cerrado de Brasília (DF) - Marini et al. 2007; Três Lagoas (MS) - Piratelli 1999; Belo Horizonte (MG) - Marini et al. 2005; Caatinga de Jaíba (MG) - Marini et al. 2007.

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Restinga CLBI (RN) X X X X X X X X X X X X Restinga de Maricá (RJ) X X X X Restinga de Jurubatiba (RJ) X X X X X X Ilha Grande (RJ) X X X X Cerrado de Brasília (DF) X X X Três Lagoas (MS) X X X X X X X X X X X X Belo Horizonte (MG) X X X X X X X X Caatinga de Jaíba (MG) X X

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