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Pouteria Aubl. na Estação Biológica de Santa Lúcia, ES, Brasil

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OUTERIA

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UBLET

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APOTACEAE

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IOLÓGICA DE

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ÚCIA

,

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ARNALDO ZANETTI MÔNICO

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P

OUTERIA

A

UBLET

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E

STAÇÃO

B

IOLÓGICA DE

S

ANTA

L

ÚCIA

,

ES,

B

RASIL

ARNALDO ZANETTI MÔNICO

Dissertação submetida ao Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical da Universidade Federal do Espírito Santo como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Biodiversidade Tropical. Aprovada em 11/09/2014 por:

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Mônico, Arnaldo Zanetti, 1988

Pouteria Aublet (Sapotaceae) na Estação Biológica de Santa Lúcia, ES, Brasil. [São Ma-teus] 2014

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A

GRADECIMENTOS

[Foram dois anos e sete meses, um projeto de mestrado e meio (para não dizer quase dois). São muitos os agradecimentos e maior ainda o sentimento de gratidão, vou expressá-lo ao máximo aqui nesta sessão e espero não esquecer ninguém. Por favor, seja paciente ao ler pois

o texto é demasiado prolixo, todavia indispensável].

Quero fazer um agradecimento extensivo e mais que especial ao meu professor orientador Anderson Geyson Alves de Araújo: a pessoa mais importante de todas durante este meu últi-mo ano; presente nos últi-momentos mais duros da minha odisseia quase interminável ruúlti-mo à fi-nalização do meu projeto de mestrado. Muito obrigado professor Anderson por tudo o que fez por mim desde que nos conhecemos; obrigado por ter aberto a porta quando todas as outras foram fechadas; obrigado por me ouvir e acreditar em mim quando ninguém mais o fez (nem mesmo eu); muito obrigado por ter sido um orientador de verdade, por ter me ensinado taxo-nomia, por ter repartido seu conhecimento, por ter facilitado meu processo de aprendizagem afinal, é o que todo orientador deveria fazer; muito mais que isso, obrigado por ir além das obrigações de orientador, pela ponderação, pelo respeito incondicional, pela justiça, pela aten-ção, pela educaaten-ção, pela solicitude, e principalmente, pela verdadeira amizade; obrigado por saber ler TODAS as entrelinhas em TODOS os instantes e me poupar dos maiores problemas, não fosse essa sua visão aguçada, o que seria de... tudo? Obrigado imensamente por se doar por mim e pelo meu projeto, comprar minha briga e me carregar até o fim (me emociono mui-to ao escrever isso). Só Deus sabe o que eu passei ao longo deste processo de pós-graduação e é exatamente por isso que acredito que, ao me ver inteiramente combalido, Ele te colocou pra me ajudar. Sei que é impossível retribuir a altura o que tem feito, mas garanto ser também im-possível esquecer. Muito obrigado por ser a pessoa que é estou certo de que, com suas

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atitu-A Deus, por ter me dado forças pra terminar tudo isso e por posicionar todos os anjos em seus devidos lugares pra que olhassem por mim. Consolo-me, pois o Sr. é testemunha de tudo. Aos professores Luiz Fernando Duboc da Silva e Mauricio Hostim Silva, pela ajuda de sempre; por serem os únicos crentes nas minhas versões da realidade sobre toda a situação que envolveu minha troca de projeto/orientação (eram mesmo as reais, asseguro) e por terem colo-cado os seus na reta por mim. Tenho muita estimação por ambos.

Ao professor Stefan A. Schnitzer, por ter me dado a oportunidade de o conhecer, traba-lhar em seu laboratório e com sua equipe; por oferecer as melhores opções durante o estágio, como também depois dele; agradeço pelas palavras de apoio e os votos de confiança quando precisei. Professor, você é tudo aquilo que eu imaginava e ainda mais. Obrigado pela experi-ência incrível, por proporcionar os melhores momentos da minha vida acadêmica e por reali-zar meu grande sonho profissional.

As professoras Tatiana Tavares Carrijo e Valquiria Ferreira Dutra por aceitarem o convite pra compor a banca avaliadora. Tenho certeza que vão melhorar substancialmente a minha Dissertação. Apesar de não poder falar da profa. Valquiria (pois ainda não tive o prazer de co-nhecê-la), saliento a profunda identificação com a Dra. Tatiana, mesmo que tenha tido pouco contato sua visão profissional, franqueza e conduta de trabalho são mais que invejáveis.

Ao professor Fernando Jaeger Soares pela simpatia e diligência em me auxiliar com os trâmites da interface no programa Lucid e por me ajudar a publicar a minha chave interativa; pelas ideias trocadas e pelas mensagens de apoio. Sou muito grato Fernando.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) por conceder a bolsa de estudos por 24 meses e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo

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(FA-ceder autorização e apoio logístico para a realização deste trabalho dentro da Estação Biológi-ca de Santa Lúcia.

A minha irmã, Izadora Zanetti Mônico por me ajudar em campo nos dois projetos e me apoiar sempre. Estou aprendendo muito com você.

A minha namorada, Mayra Mognato Mantoan por ter se sacrificado junto comigo em campo. Por ter ficado 30 dias ininterruptos pesquisando dentro da RNV (andando 10 km de bike por dia, parando apenas aos domingos, trabalhando no calor da Muçununga, entre muitas outras dificuldades); por ter me ajudado a coletar minhas Pouteria em Santa Lúcia e não que-rer desistir mesmo tendo sido atropelada voltando de campo (sim leitor, isso também aconte-ceu!). Não é qualquer pessoa que faz esse tipo de coisa, mas foi divertido também né? Aliás, muito divertido em campo!

A Nelson Túlio Lage Pena e Joelcio Freitas por, além de serem grandes amigos, estende-rem a mão nas dificuldades a qualquer hora e sob qualquer circunstância. Obrigado Túlio por ficar vários dias seguidos em campo comigo na RNV (ainda que correndo o risco de ser devo-rado por uma Panthera onca) e valeu Joe por todo o suporte que você me deu pra fazer esse projeto cara. É nós da madeira!

Mando um salve exclusivo a dois indivíduos que exerceram um papel crucial para a fi-nalização desta Dissertação da forma como está exposta: Jorge Luiz Thomazini Malaquias e

r mim quan-do não pude... por ajudar na recuperação da minha mão depois da cirurgia (mesmo eu não tendo como voltar a escalar as Sapotaceae a tempo), por escalar as árvores por mim e ter ido a campo comigo depois de eu quebrar o mesmo dedo do pé pela segunda vez durante o

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mestra-dré (cara, obrigado demais pelos galhos que você quebrou pra mim!), Letiane, Tia Luzia (que r para se fazer pesquisa que conheço, muito por causa de todos vocês.

Ao Sr. José Luiz Molino e sua esposa Dona Lourdes (meus amigões de longa data) pela receptividade e boas conversas com que sempre me esperam na entrada da EBSL. A Teresinha Callot do Herbário MBML e todo o pessoal do Museu: Marilande, Gildo, Marquim, Tadeu Cruz, Dete, Lúcia, Leandro, Fabrício Barth,

- Bagwell Fernanda, Ingrid... ixi, e lá vai gente!

Um obrigado alegre aos vigilantes do MBML, as pessoas mais divertidas possíveis: José Wilson (grande amigo), Lula, Edimar (grande baterista), os irmãos Thomazini (bicho, que dois caras bacanas), Sergio (meu peixe, não esqueço aquela vez que você me arranjou uma marmita de graça, caramba!). Agradeço pela afeição e por vocês permitirem que eu ficasse até mais tarde (pra não dizer de madrugada... mas isso não podemos contar pros outros) traba-lhando no herbário pra conseguir terminar essa Dissertação.

A meus pais, Arnaldo Antônio Mônico e Dalgisa da Penha Zanetti Mônico (e a Rosa também sobretudo por me alimentar continuamente), por terem me ajudado nas dificulda-des, como sempre. Obrigado também mãe por ter me emprestado sua câmera fotográfica, sem a qual o guia de campo teria sucumbido. E desculpe por eu ter melado a lente dela com látex de Pouteria (não te contei mas... nem parece, né?).

A minhas tias Genoefa Mônico, Olga Mônico e Alzira Mônico de Rezende. A primeira por sempre acompanhar minhas caminhadas e aconselhar em cada passo. A segunda por

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pre-ção Irlei.

A meu acatado primo/irmão Luan Camatta Mônico e sua digníssima mulher Ana Carolina Ceron por preverem esta conquista desde o ano passado e me ajudarem a alcançá-la. Vocês são muito bons (e Jons) pra mim. Aproveito e mando um grande abraço em agradecimento ao tio da Ana residente em

Cajú (essa foi pesada) e por ter nos acolhido, Michel Ribeiro e eu, tão bem quando participa-mos do Congresso Nacional de Botânica de 2012 na sua cidade. Saudades meu caro.

A meus colegas de turma, com quem dividi vários momentos de emoções diversas. Em especial a aqueles com quem construí uma relação de amizade muito boa: Mayke Blank Costa (meu 24 favorito. Te admiro muito cara, você sabe!

bem que podia ser, risos), Mônica Lima Rodrigues Botelho (sem palavras para descrever ta-manha cumplicidade e admiração), Paula Bastos Vieira (que coração, que pessoa! Sofreu mais que eu nessa pós), Juliana Miranda Ferreira (pelas lições e gargalhadas sincronizadas, te adoro vovó obesa!), Michelle Sequine Bolzan (pela parecença na ideologia e modo de agir, saudades suas), Cristiane Alves da Silva (obrigado por me representar tão bem nas reuniões de colegia-do, boa sorte no Doc.!).

Ao pessoal do laboratório de Sistemática e Genética Vegetal: Wenia Oliveira, Jéssica

Joelcio Freitas (sim, de novo, ele merece). Aproveito para mencionar aqui os ex-colegas de laboratório e grandes amigos Wallace Barbosa e Vinicius Lopes Aledi, valeu pelas risadas e lágrimas afinal, saímos do purgatório!

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Falcão Salles? O melhor professor que tive no Ceunes e um dos melhores que existem no mundo. Gostaria de ter sido seu orientado também.

Ao pessoal da secretaria do PPGBT: Josiane Baldo, Lorena Neves Nobre, Gil (que agora está em Nova Venécia) e Weliton (desculpe amigo, não sei a grafia correta do seu nome e não consegui te encontrar no Facepoop ). Obrigado a todos vocês pelo companheirismo e por fi-carem do meu lado nas horas de dúvida e tristeza. Estão todos bem guardados aqui dentro s2.

Aos vigilantes do turno da noite do Ceunes. Em nome de todos, agradeço ao Kleber (vul-go: Klebim dedo- ) por me prestar ajuda nas fitas perigosas que rolaram tarde da noite naquele campus assombroso e no bairro Litorâneo.

A Richie Sambora por ser fonte de inspiração, alegria, admiração e grande orgulho. Obrigado Richie por você cantar, compor, tocar, fazer segunda voz como nin-guém e por gravar canções que me puseram de pé em todas as vezes que caí no decurso desta

uan Torres, David Bryan Rashbaum e Hugh McDonald.

A Arnold Alois Schwarzenegger e Jean-Claude Camille François Van Varenberg (popu-larmente conhecido como Jean-Claude Van Damme) por também serem meus modelos de inspiração, exemplos para quem trabalha duro e é determinado. Obrigado, no sério!

João Ricardo, 2014).

Em último lugar (não por acaso), muito menos importante que os outros e por obrigação, agradeço aos docentes do PPGBT (salvo parcas exceções, a maioria já supracitada) por terem contribuído (em demasia) para a completa desilusão dos meus maiores sonhos profissionais

(11)

“ Eu creio em mim mesmo.

Creio nos que trabalham comigo,

creio nos meus amigos e creio na minha família.

Creio que Deus me emprestará tudo que necessito para triunfar,

contanto que eu me esforce para alcançar

com meios lícitos e honestos...

...Creio que o triunfo é resultado de esforço inteligente, que não

depende da sorte, da magia, de amigos, companheiros duvidosos

ou de meu chefe. Creio que tirarei da vida exatamente o que nela

colocar. Serei cauteloso quando tratar os outros, como quero que

eles sejam comigo. Não caluniarei aqueles que não gosto. Não

di-minuirei meu trabalho por ver que os outros o fazem. Prestarei o

melhor serviço de que sou capaz, porque jurei a mim mesmo

triun-far na vida, e sei que o triunfo é sempre resultado do esforço

cons-ciente e eficaz. Finalmente, perdoarei os que me ofendem,

porque compreendo que às vezes ofendo os outros

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“ Ei, Mr., você sabe me dizer

qual é a desse mundo? Quem sabe isso me ajude... Eu costumava ser um sonhador mas meus sonhos se queimaram você sabe como a sorte pode mudar. Às vezes é difícil encontrar um rosto amigável me sinto um estranho à raça humana é um lugar muito, muito solitário. Eu ando sozinho na escuridão da cidade não tenho um lugar pra chamar de casa eu posso estar morrendo mas você não consegue me ouvir, a chuva de meia-noite cai... eu sou só um estranho... um estranho nessa cidade. Todos amam um vencedor, até os vencedores perderem. Ninguém gosta de um perdedor. Quando se está triste e acabado, não há dúvidas, você sabe. Eu sou apenas uma vítima da circunstância. Por favor senhor, estenda uma mão amiga

(13)

A

PRESENTAÇÃO

Esta Dissertação é apresentada subdividida em: Introdução Geral; Capítulos I, II, III e IV; e Considerações Finais. Essa conformação se deve ao propósito de facilitar o processo de submissão dos capítulos como artigos aos seus respectivos periódicos. Desta forma, cada capí-tulo segue a formatação exigida pela revista à qual será submetido e, portanto, não sendo en-quadrados nas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas ao contrário do texto introdutório e o das considerações finais.

Na Introdução Geral são levantados dados relevantes sobre os assuntos tratados pela Dissertação: a família Sapotaceae, o gênero Pouteria Aubl., a Floresta Atlântica e informações sobre a Estação Biológica de Santa Lúcia (EBSL). Como sugerido pelo título, o texto serve para introduzir o leitor aos capítulos subsequentes.

No primeiro capítulo são publicados os primeiros registros de Pouteria macrocarpa (Mart.) Dietr. para a Floresta Atlântica. Além de fotografias do exemplar herborizado e de co-letas em campo, foi confeccionada uma chave de identificação para espécies com frutos seme-lhantes, bem como dados ecológicos e de distribuição da espécie.

No segundo capítulo é descrita a espécie Pouteria samborae Mônico & Alves-Araújo

sp. nov., um novo registro para ciência. O artigo contempla a descrição, fotografias do materi-al vivo e em herbário e uma tabela de comparação com espécies morfologicamente semelhan-tes.

No terceiro capítulo é apresentado o tratamento taxonômico para as espécies de

Pou-teria registradas na Estação Biológica de Santa Lúcia (EBSL). Chave de identificação, foto-grafias detalhadas e comentários para cada táxon são exibidos.

(14)

S

UMÁRIO

LISTA DE TABELAS ... 15

LISTA DE ILUSTRAÇÕES ... 15

INTRODUÇÃO GERAL ... 19

CAPÍTULO IPOUTERIA MACROCARPA(MART.)DIETR.(SAPOTACEAE):ANEW RECORD FROM BRAZILIAN ATLANTIC FOREST ... 28

CHAVE PARA ESPÉCIES DE POUTERIA COM FRUTOS SEMELHANTES A P. MACROCARPA ... 30

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 31

CAPÍTULO II POUTERIA SAMBORAEMÔNICO &ALVES-ARAÚJO SP. NOV., A NEW SPECIES OF S A-POTACEAE FROM ESPÍRITO SANTO,BRAZIL ... 35

INTRODUÇÃO ... 36

DESCRIÇÃO DE POUTERIA SAMBORAE SP. NOV. ... 36

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 38

CAPÍTULO IIIPOUTERIA AUBLET (SAPOTACEAE) NA ESTAÇÃO BIOLÓGICA DE SANTA LÚCIA, ES,BRASIL ... 44

INTRODUÇÃO ... 47

(15)

CAPÍTULO IV−GUIA DE CAMPO PARA POUTERIAAUBLET DA ESTAÇÃO BIOLÓGICA DE SANTA

LÚCIA ... 76

APRESENTAÇÃO E ÍNDICE DE ESPÉCIES ... 79

CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 94

ANEXO −CHAVE INTERATIVA PARA POUTERIA DA ESTAÇÃO BIOLÓGICA DE SANTA LÚCIA ... 95

CD-ROM COM A CHAVE DE IDENTIFICAÇÃO, PROGRAMA LUCID E INSTRUÇÕES DE INSTALAÇÃO E USO (*BONUS: GUIA DE CAMPO EM FORMATO VIRTUAL INCLUSO) ... 95

(16)

L

ISTA DE

T

ABELAS

Tabela 1. Comparação entre Pouteria samborae Mônico & Alves-Araújo e outras duas espé-cies morfologicamente relacionadas, P. glomerata (Miq.) Radlk. e P. macrocarpa (Mart.) Di-etr.

L

ISTA DE

I

LUSTRAÇÕES

CAPÍTULO I POUTERIA MACROCARPA (MART.) DIETR. (SAPOTACEAE):ANEW RECORD FROM

BRAZILIAN ATLANTIC FOREST

Figura 1. Pouteria macrocarpa (Mart.) Dietr.: A. Ramo com folhas distribuídas na região api-cal. B. Frutos. C. Face abaxial da folha. D. Fruto em corte transversal. E. Ramo e pecíolo. F. Venações secundária, inter-secundária e terciária.

Figura 2. Distribuição de Pouteria macrocarpa (Mart.) Dietr. em verde e a localização regio-nal dos novos registros em vermelho.

CAPÍTULO II POUTERIA SAMBORAEMÔNICO &ALVES-ARAÚJO SP. NOV., A NEW SPECIES OF S A-POTACEAE FROM ESPÍRITO SANTO,BRAZIL

Figura 1. Pouteria samborae Mônico & Alves-Araújo. Holótipo (A. Z. Mônico et al. 15). Figura 2. Pouteria samborae Mônico & Alves-Araújo. A. Distribuição das folhas. B. Nervu-ras secundárias. C. NervuNervu-ras inter-secundárias. D. NervuNervu-ras terciárias reticuladas. E. Botões in

(17)

Figura 4. Distribuição conhecida para Pouteria samborae Mônico & Alves-Araújo. A área rachurada representa o estado do Espírito Santo e a área em preto representa o município de Santa Teresa.

CAPÍTULO IIIPOUTERIA AUBLET (SAPOTACEAE) NA ESTAÇÃO BIOLÓGICA DE SANTA LÚCIA,

ES,BRASIL

Figura 1. Localização da Estação Biológica de Santa Lúcia (ESBL), Santa Teresa, ES, Brasil.

Figura 2. Pouteria da Estação Biológica de Santa Lúcia a-b. Pouteria bangii T.D. Penn. a. ramo herborizado, b. frutos turbinados imaturos; c-d. P. bullata (S. Moore) Baehni c. face foliar adaxial, d. Face foliar abaxial; e-h. P. cuspidata (Ruiz & Pav.) Radlk. e. face abaxial da folha glauca, h. botões florais herborizados em detalhe; f-g. P. caimito (A. DC.) Baehni f. base foliar subcordada, g. nervuras terciárias laxo-reticuladas; i-j. P. durlandii (Standl.) Baeh-ni i. pecíolos com base intumescida, j. fruto 5-locular; k-l. P. gardneri (Mart. & Miq.) Ba-ehni k. enfoque para o comprimento dos pecíolos e base foliar assimétrica, l. enfoque para o comprimento dos pedicelos; m-n. P. guianensis Aubl. m. face foliar abaxial pilosa, n. fruto

in situ em detalhe; o. P. macahensis T.D. Penn. o. nervuras inter-secundárias inconspícuas na face abaxial da folha; p-q. P. macrocarpa (Mart.) Dietr. p. ramos esfoliantes de pecíolos longos, q. frutos de semente única; r-s. P. psammophila (Mart.) Radlk. r. distribuição das folhas na região apical do ramo, s. frutos de casca gelatinosa quando maduros; t-u. P.

(18)

reticula-R

ESUMO

Sapotaceae (Ericales) possui distribuição pan-tropical com 53 gêneros e cerca de 1.250 espé-cies, sendo Pouteria o gênero detentor de maior riqueza com ca. 200 espécies. No Brasil ocor-rem 122 espécies, das quais 52 são consideradas endêmicas. Na Floresta Atlântica são regis-tradas 36 espécies com maior expressividade e endemismo nos estados do Espírito Santo e Bahia. O presente estudo visou ampliar o conhecimento acerca de Pouteria para a Floresta Atlântica na Estação Biológica de Santa Lúcia (EBSL), Santa Teresa, ES, bem como análise de material herborizado. Foram identificados 13 táxons na EBSL: Pouteria bangii (Rusby) T.D. Penn., P. bullata (S. Moore) Baehni, P. caimito (Ruiz & Pav.) Radlk. Sitzungsber., P.

cuspidata (A. DC.) Baehni, P. durlandii (Standl.) Baehni, P. gardneri (Mart. & Miq.) Baehni,

P. guianensis Aubl., P. macahensis T.D. Penn., Fl. Neotrop., P. macrocarpa (Mart.) Dietr., P.

psammophila (Mart.) Radlk, Sitzungsber., P. reticulata (Engl.) Eyma, P. samborae Mônico & Alves-Araújo sp. nov. e P. venosa subsp. amazonica T.D. Penn. Descrições dos táxons, cha-ves de identificação, comentários e ilustrações e um guia de campo foram confeccionados. P.

macrocarpa só possuía registros para a Floresta Amazônica e surgiu como nova ocorrência para a Floresta Atlântica, demonstrando distribuição disjunta; ao passo que P. samborae ainda não havia sido descrita e constitui um novo registro científico. Os resultados obtidos reforçam ainda mais os indícios de que a área de estudo apresenta alto potencial de riqueza de espécies,

(19)

A

BSTRACT

Sapotaceae (Ericales) is a botanical family of pan-tropical distribution that comprehends 53 genera and about 1,250 species, with Pouteria being the richest genus holding ca. 200 species. In Brazil there are 122 species, of which 52 are endemic. In the Brazilian Atlantic Forest 36 species are recorded, with greater expressiveness and endemism in Espírito Santo and Bahia states. The present study aimed to enhance the understanding of the genus in the Atlantic For-est through collection campaigns in Santa Lucia Biological Station (EBSL), Santa Teresa, ES, Brazil, as well as the study of herbaria specimens. A total of 13 taxa were identified in EBSL:

Pouteria bangii (Rusby) T.D. Penn., P. bullata (S. Moore) Baehni, P. caimito (Ruiz & Pav.) Radlk. Sitzungsber., P. cuspidata (A. DC.) Baehni, P. durlandii (Standl.) Baehni, P. gardneri (Mart. & Miq.) Baehni, P. guianensis Aubl., P. macahensis T.D. Penn., Fl. Neotrop., P.

mac-rocarpa (Mart.) Dietr., P. psammophila (Mart.) Radlk, Sitzungsber., P. reticulata (Engl.) Ey-ma, P. samborae Mônico & Alves-Araújo sp. nov. e P. venosa subsp. amazonica T.D. Penn.. All taxa descriptions, identification keys, comments, illustrations and a field guide were con-fectioned. P. macrocarpa was only recorded for the Amazon Forest and has emerged as a new record for the Atlantic Forest, showing disjunct distribution patterns; whereas P. samborae constitutes a new scientific record. The results support further evidence that the study area has a high potential for species richness, both in Sapotaceae as for other taxa.

(20)

Mônico A. Z., Pouteria Aublet na Estação Biológica de Santa Lúcia

________________________________________________________________

1.

I

NTRODUÇÃO

G

ERAL

As florestas tropicais ocupam apenas 7% da superfície terrestre e possuem mais da metade da biodiversidade do planeta (Wilson & Peter 1988). A Floresta Atlântica brasileira é um representante notável destes ambientes por apresentar altos níveis de diversidade e endemismo e, ao mesmo tempo, pela intensa fragmentação de seus remanescentes (Myers et

al. 2000). O seu domínio se estende da região Sul a Nordeste do país entre os estados do Rio Grande do Sul e Ceará, definido por faixas de larguras muito variáveis ao longo da costa, que congregam aproximadamente 100.000 km² de vegetação original ou pouco alterada. Devido as suas dimensões, é caracterizada, sobretudo, pelas condições locais de clima e relevo: florestas altas e densas prosperando em terras com pluviosidade elevada; florestas de dossel mais aberto; e florestas ocorrendo em locais marcados por uma estação seca mais longa (Fundação SOS Mata Atlântica & INPE 2013).

A Floresta Atlântica abarca em torno de 20.000 espécies de plantas, com aproximadamente 40% delas consideradas endêmicas, em uma mistura de tipologias vegetais contrastantes (MMA 2000), constituindo um dos 34 hotspots mundiais de biodiversidade (Mittermeier et al. 2005). Tais áreas críticas ocupam menos de 2% da crosta, sendo a Floresta Atlântica um dos cinco hotspots mundiais mais importantes (Myers et al. 2000).

No Espírito Santo os fragmentos da Floresta Atlântica totalizam 11,07% da área total, incluindo formações secundárias - algumas bastante degradadas (Fundação SOS Mata Atlânti-ca & INPE 2011). Três formações vegetais são bem Atlânti-caracterizadas para a Floresta AtlântiAtlânti-ca no estado: as florestas de tabuleiros, encontradas nas terras baixas ao norte do Rio Doce; as restingas, distribuídas ao longo das planícies arenosas costeiras; e as matas de encosta, situa-das sobre a porção serrana ao sul do Rio Doce.

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Mônico A. Z., Pouteria Aublet na Estação Biológica de Santa Lúcia

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contexto taxonômico e com alta representatividade no Domínio da Floresta Atlântica, a famí-lia Sapotaceae desponta como táxon frequente em listas florísticas com altos níveis de inde-terminação (Peixoto & Gentry 1990; Fabris & César 1996; Thomaz & Monteiro 1997; Saiter

et al. 2011).

Sapotaceae possui 53 gêneros e cerca de 1.250 espécies (Pennington 1991; Govaerts et

al. 2001), sendo subordinada à Ordem Ericales (APG III 2009). Ocorre preferencialmente em florestas úmidas de baixas altitudes, geralmente abaixo de 1000 m, e seu principal centro de distribuição é a América tropical (Pennington 2004). A família está dividida em três subfamílias: Sarcospermatoideae, Sapotoideae e Chrysophylloideae (Swenson & Anderberg 2005).

Chrysophylloideae corresponde às tribos Chrysophyllea e Omphalocarpeae reconhecidas por Pennington (1991), sendo a segunda desmembrada e agregada à primeira. Chrysophylloideae é reconhecida como maior agrupamento dentro de Sapotaceae, sendo composta por 25 gêneros (Swenson & Anderberg 2005). Segundo Carneiro et al. (2014), no Brasil são registrados 11 gêneros e 231 espécies, dentre eles 10 gêneros e 76 espécies para a Floresta Atlântica, sendo Pouteria Aubl., Chrysophyllum L. e Manilkara Adans. os mais ricos em número de espécies.

Em relação à distribuição, a Amazônia é o Domínio que apresenta a maior diversidade das Sapotaceae (174 espécies), seguido da Floresta Atlântica (74), Cerrado (27), Caatinga (14) e Pampa (2) (Carneiro et al. 2014). Espírito Santo e Bahia são os estados com maior registro de endemismos dentro da Floresta Atlântica (Stehmann et al. 2009).

Sapotaceae é representada majoritariamente por árvores e, menos frequentemente, por 20

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Mônico A. Z., Pouteria Aublet na Estação Biológica de Santa Lúcia

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Ecologicamente, Sapotaceae se destaca pela morfologia dos frutos (que curiosamente

mestível segundo Watson 1938, apud Alves-Araújo 2012), normalmente dotados de endocarpo atrativo para a fauna (Ribeiro & Pennington Pouteria spp.) e o

Manilkara subsericea (Mart.) Dubard]. Os frutos são responsáveis pela manutenção de vários componentes da fauna, representantes de grupos e nichos distintos: aves, macacos, morcegos e até alguns roedores (Pennington 1990).

Quanto à importância econômica, o uso medicinal, embora ainda menos explorado, institui um potencial de utilização promissor para Sapotaceae, com algumas espécies sendo cultivadas para tratamento de problemas respiratórios e infecciosos (Pennington 1990; Souza & Lorenzi 2005). Entretanto, é na indústria madeireira que seu uso comercial é mais visado.

Manilkara spp., Microphollis spp. e Pouteria spp. são repetidamente procuradas por sua madeira de alta qualidade (dura e pesada) e empregadas na construção de móveis e imóveis. De acordo com a IUCN (2014), cerca de 350 espécies estão em perigo, sendo 100 delas pertencentes ao gênero Pouteria.

Pouteria (Chrysophylloideae) compreende ca. 200 espécies restritas aos Neotrópicos (Swenson et al. 2013), com seus principais centros de distribuição a Amazônia e a Floresta Atlântica. No Brasil ocorrem 120 espécies de Pouteria, das quais 52 são consideradas endêmicas (Alves-Araújo 2014). Na Floresta Atlântica são registradas 36 espécies com maior expressividade e endemismo nos estados do Espírito Santo e Bahia (Stehmann et al. 2009).

Apresenta grande variabilidade morfológica, mas se caracteriza pelo hábito predomi-nantemente arbóreo (pontuado por alguns táxons arbustivos); ausência de estípulas; flores com 4-6 sépalas livres, imbricadas e dispostas em um único verticilo e corola ciatiforme a

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Mônico A. Z., Pouteria Aublet na Estação Biológica de Santa Lúcia

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Igualmente, ainda se encontra reduzido, porém crescente, o número de estudos exclu-sivos sobre taxonomia de Pouteria no Brasil (Carneiro 1997; Alves-Araújo & Alves 2011; 2012; Alves-Araújo et al. 2014), ficando o conhecimento condicionado a trabalhos de flora e fitossociologia abrangentes ou mesmo regionais (Pennington 1990, 2006; Monteiro et al. 2007; Carneiro 2009; Alves-Araújo & Alves 2010; Fabris 2011; Alves-Araújo et al. 2014).

No Espírito Santo, embora estudos tenham apontado a importância das Sapotaceae nos índices de riqueza da flora (ex.: Peixoto & Gentry 1990; Fabris & César 1996; Saiter et al. 2011), apenas Fabris (2011) examinou a família taxonomicamente, em áreas de floresta de tabuleiros e restinga.

Pennington (1991) descreve Pouteria como dono de ampla variabilidade morfológica, apresentando difícil resolução de sua taxonomia e sistemática, baseadas primariamente em caracteres inexatos e de ampla plasticidade fenotípica, enquanto o trabalho de Swenson & Anderberg (2005) sugere este táxon como um grupo polifilético. O trabalho mais recente de Swenson et al. (2008) aponta Pouteria como um grupo restrito aos Neotrópicos, porém sem a inclusão acurada sobre espécies americanas neste estudo.

Tendo em vista a carência de informações e estudos direcionados à taxonomia local do gênero, junto à riqueza (atual e potencial) de Pouteria para a Floresta Atlântica brasileira, maiormente para a biodiversa floresta ombrófila densa da porção serrana do estado do Espírito Santo, o presente estudo visa ampliar o conhecimento acerca de Pouteria da Estação Biológi-ca de Santa Lúcia, Santa Teresa, ES contribuindo para o melhor entendimento sobre gênero dentro da Floresta Atlântica.

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Mônico A. Z., Pouteria Aublet na Estação Biológica de Santa Lúcia

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APÍTULO

I

(Check List, normas disponíveis em: <http://biotaxa.org/cl/about/submissions#authorGuidelines>)

NGD

Title:

Pouteria macrocarpa (Mart.) Dietr. (Sapotaceae): A New Record from Brazilian Atlantic Forest

Running title:

First record of Pouteria macrocarpa from Brazilian Atlantic Forest

Authors:

Arnaldo Zanetti Mônico1* and Anderson Alves-Araújo1

1 Centro Universitário Norte do Espírito Santo,Rodovia BR 101 Norte, Km. 60, Bairro

Lito-râneo, CEP 29932-540, São Mateus, ES, Brazil. Corresponding author: naldinhozm@gmail.com

Abstract:

A new record of Pouteria macrocarpa (Mart.) Dietr. (Sapotaceae), sampled for the first time in the Brazilian Atlantic Forest is presented. A detailed description, up to date nomenclature, phenology, ecological notes, images and a key to related species are included.

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Atlantic Forest encompasses about 20,000 plant species in a mixture of contrasting vegetation types, which 40% of them considered endemic (MMA 2000). It also constitutes one of 34 global biodiversity hotspots (Mittermeier et al. 2005) where Sapotaceae emerges as family always present in floristic lists with high levels of non-specific identification (Peixoto and Gentry 1990; Fabris and César 1996; Thomaz and Monteiro 1997; Saiter et al. 2011). In the Santa Lúcia Biological Station (EBSL), southern region from Brazil, important researches considering plant taxonomy and ecology have been carried out, from which several new spe-cies have been described (Baitello 2001; Mass et al. 2001; Lombardi 2004; Fiaschi and Pirani 2005; Fraga and Saavedra 2006; Goldenberg and Reginato 2006). Sapotaceae is well repre-sented in EBSL (Thomaz and Monteiro 1997; Saiter et al. 2011), where the genus Pouteria holds up to 13 species according to Mônico and Alves-Araújo (unpub. data).

Pouteria macrocarpa (Mart.) Dietr. (Figure 1) is a tree species up to 8 m tall with large ligni-fied globoid fruits (3.5 4.6 x 4.8 6.3 cm) (Figures 1b and 1d), supported by squamous branches (Figure 1e); eucamptodromous leaves arranged in the apical portion of the branch (Figure 1a), with long petioles (3.2 4.5 cm) (Figure 1e) and rectilinear secondary veins (Fig-ure 1c), rare inter-secondary (Fig(Fig-ures 1c and 1f) and tertiary oblique (Fig(Fig-ure 1f).

According to Pennington (1991), P. macrocarpa is a widely distributed in Central and South America, from Costa Rica, Colombia (1800m alt.) and Brazilian Amazon Forest. Despite its

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Five records of P. macrocarpa are known at MBML herbarium. Comprehending an estimated extent of 48,000 km² and an area of occupancy of 16,000 km² the species can be tagged as Critically Endangered [CR] for the Brazilian Atlantic Forest [Geospatial Conservation As-sessment Tool (GeoCat) (Bachman et al. 2011)].

Phenology: In EBSL fruits were collected in January, June and from August to September.

However, Pennington (1991) indicates that the species can be found flowering January to March and fructifying May, August to September and December.

Ecological notes: P. macrocarpa is often found associated to humid soils, next to water

bod-ies, and above 600 m alt.

Key to Pouteria species with lignified fruits similar to P. macrocarpa

1. Pedicels glabrous.

2. Leaves elliptic or elliptic-oblong, secondary veins parallel, rectilinear to slightly arcu-ate, inter-secondary rare, tertiary inconspicuous; pedicels 2 3 mm; seeds-1

... P. foveolata

-secondary short to moderately long, tertiary open-reticulated; pedicels 0,9 1,2 mm; seeds-several ... P. laevigata s puberulous.

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Kollmann, L. 3961 (MBML). Estação Biológica de Santa Lúcia, fr., 05.09.2001, Kollmann, L. 4512 (MBML); fr., 18.09.2002, Vervloet, R.R. 913 (MBML). Nova Lombardia, Reserva Bio-lógica Augusto Ruschi, fr., 01.08.2002, Vervloet, R.R. 620 (MBML).

Acknowledgments: We thank the staff members from Prof. Mello-Leitão Biology Museum

for all the assistance, speciallyHelio de Queiroz Boudet Fernandes, MBML curator.

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Author's contribution statement: Mônico A.Z. and A. Alves-Araújo collected the data,

wrote the text and made the analysis.

Figure 1. Pouteria macrocarpa (Mart.) Dietr.: A. Apical branch leaves. B. Entire fruits. C. Lower leaf blade. D. Hath fruit. E. Branch and petiole. F. Secondary, insecondary and ter-tiary venation.

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Figure 2. Pouteria macrocarpa (Mart.) Dietr. Distribution green location red area.

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C

APÍTULO

II

(Phytotaxa, normas disponíveis em: <http://www.mapress.com/phytotaxa/author.htm>)

Pouteria samborae Mônico & Alves-Araújo sp. nov., a new species of Sapotaceae from

Espírito Santo, Brazil

ARNALDO ZANETTI MÔNICO1 & ANDERSON ALVES-ARAÚJO1

1 Centro Universitário Norte do Espírito Santo,Rodovia BR 101 Norte, Km. 60, Bairro Lito-râneo, CEP 29932-540, São Mateus, ES, Brazil. naldinhozm@gmail.com

Abstract

A new species assigned to genus Pouteria, Pouteria samborae sp. nov. is described and illus-trated. The species is morphologically related to P. macrocarpa but differs from it by the eu-campto-broquidodromous venation pattern, petioles length, secondary veins often arcuate from base to apex, abaxial surface with prominent inter-secondary veins, tertiary ones forming

Resumo

Neste trabalho é descrita e ilustrada a espécie Pouteria samborae, um novo registro pertencen-te ao gênero Poupertencen-teria, Sapotaceae. A espécie é morfologicamenpertencen-te semelhanpertencen-te a P.

macrocar-pa, mas distingue-se pelo padrão de venação foliar eucampto-broquidódromo, comprimento dos pecíolos, venação secundária frequentemente arqueadas da base ao ápice da folha, face abaxial com nervuras inter-secundárias proeminentes, nervuras terciárias formando retículo laxo e borda das sépalas internas fimbriada.

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Introduction

Pouteria (Sapotaceae, Chrysophylloideae) comprises ca. 200 species restricted to the Neotrop-ics (Swenson et al., 2013) with its main distribution centers being Amazon and Atlantic For-est. In Brazil, of 122 registered species, 52 are considered endemic (Alves-Araújo, 2014). In the Atlantic Forest are recorded 36 species with greater expressiveness and endemism in Es-pírito Santo and Bahia states (Stehmann et al., 2009).

Pouteria shows great morphological variability but is characterized predominantly by arboreal individuals; absence of stipules; flowers with 4-6 free, imbricate sepals; tubular-ciatiform co-rolla with 4-6 lobes; stamens opposite to the coco-rolla lobes, staminodes alternate to the coco-rolla lobes; ovary 1-6-(15)-locular and seeds with presence of adaxial scar, with or without endo-sperm (Pennington, 1991). Although the same study points to a wide range of morphological variability inside the genus based upon uncertain characters, Swenson and Anderberg (2005) indicates Pouteria as a non-monophyletic group. Nevertheless, the typical calyx 4-sepal; ovary 4-locular; and staminodes-4, associated with similar leaves distribution, size and form, desig-nate a clear-cut field trait that distinguish a small species group where P. samborae is includ-ed.

Herein, descriptions and illustrations of Pouteria samborae are provided, as well as compari-sons among related species.

Taxonomy

Pouteria samborae Mônico & Alves-Araújo, sp. nov. (Figs. 1, 2, 3)

Pouteria samborae resembles P. glomerata and P. macrocarpa

length; main venation pattern, secondary and inter-secondary veins; tertiary reticulum patterns and inner se (Table 1).

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adaxial surface glabrous with hairiness on the main and secondary veins, eucampto-broquido-dromous, prominent midrib on the abaxial surface, arcuate secondary veins perpendicular to the midrib, short inter-secondary veins, tertiary veins reticulate-loose; petioles 2.1 2.4 cm long, terete, sericeous. Inflorescences 3-6-flowered. Pedicels 2 3 mm long, sericeous.; calyx 4-sepal, sepals 4 x 5 mm, arranged in double series, elliptic,

, apex obtuse, strigose on the abaxial and glabrous on the adaxial surface; corolla 4-lobed, tube ~1.5 mm long, lobes 1.9 2.0 x 1 mm, oblanceolate, margin ciliate, apex truncate, glabrous inside and outside, beige; stamens-4(-6), filaments ~2 mm long, basal-tubular inserted, anthers ~1 mm long, glabrous; staminodes-4, ~2 mm long, lanceolate, margin ciliate, apex attenuate; ovary 4-locular, densely-tomentose, style ~3 mm long, glabrous; style-head truncate. Fruits not observed.

Figure 1 Figure 2 Figure 3

Distribution and habitat:—Pouteria samborae, so far, has been registered to the wet tropical

forest of Brazilian Atlantic Coast, in Espírito Santo state (Fig. 4).

Figure 4

Phenology:—Flowers were registered in March, fruits were not seen.

Conservation status:— P. samborae is assigned as Critically Endangered [CR] (B1, B2a,

B2b(iii), and D) according to the IUCN Red List (IUCN, 2011) and the Geospatial Conserva-tion Assessment Tool (GeoCat) (Bachman et al., 2011), due to the very small extent of occur-rence (<100 km²), with just a place of occuroccur-rence and a single population; small area of

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tion pattern, while P. glomerata and P. macrocarpa hold eucamptodromous leaves. The inter-secondary veins are well developed in P. samborensis and rare or absent in the other species.

P. samborae exhibits loose-reticulated tertiary veins, however they are fine-reticulated in P.

glomerata and inconspicuous and oblique in P. macrocarpa.

Acknowledgements

We acknowledge all the staff members from the Professor Mello Leitão Biology Museum, especially, Helio de Queiroz Boudet Fernandes, curator of the herbarium MBML. We also

work and sample collection; and illustrator Joelcio Freitas (Sam) for the scientific drawing.

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(H) adaxial and (I) margin. J Corolla, stamens and staminodes. K Gyneceum. L Ovary cross sectional. Drawn from the type collection by Joelcio Freitas.

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TABLE 1: Comparison among Pouteria samborae Mônico & Alves-Araújo and two

morpho-logically related species, P. glomerata (Miq.) Radlk. and P. macrocarpa (Mart.) Dietr.

Characters

Species

Pouteria samborae Mônico & Alves-Araújo P. glomerata (Miq.) Radlk. P. macrocarpa (Mart.) Dietr. 2.1 2.4 cm 0.3 1.6 cm 2.2 4.5 cm

Venation pattern

Eucampto-broquidodromous Eucamptodromous Eucamptodromous Secondary veins Arcuate Convergent or parallel Parallel and

recti-linear Inter-secondary veins Well developed Absent or rare Usually absent

Tertiary veins Loose-reticulated Fine-reticulated Inconspicuous and, when seen, oblique

Fimbriate Smooth Smooth

Distribution Brazilian Atlantic Forest

Mexico and Central America; Argentina, Brazilian Atlantic Forest

and Paraguay.

Costa Rica, Co-lombia and

Brazi-lian Amazon Fo-rest

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C

APÍTULO

III

(Rodriguésia, normas disponíveis em: <http://rodriguesia.jbrj.gov.br>)

Pouteria Aublet (Sapotaceae) na Estação Biológica de Santa Lúcia, ES, Brasil Arnaldo Zanetti Mônico1* e Anderson Alves-Araújo1

1 Centro Universitário Norte do Espírito Santo, Rodovia BR 101 Norte, Km. 60, Bairro

Lito-râneo, CEP 29932-540, São Mateus, ES, Brasil.

Autor para correspondência: naldinhozm@gmail.com

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Resumo [Pouteria Aublet (Sapotaceae) na Estação Biológica de Santa Lúcia, ES, Brasil]

Sapotaceae (Ericales) possui distribuição pan-tropical com 53 gêneros e cerca de 1.250 espé-cies, sendo Pouteria o gênero detentor de maior riqueza com ca. 200 espécies. No Brasil ocor-rem 122 espécies, das quais 52 são consideradas endêmicas. Na Floresta Atlântica são regis-tradas 36 espécies com maior expressividade e endemismo nos estados do Espírito Santo e Bahia. O presente estudo visou ampliar o conhecimento acerca de Pouteria para a Floresta Atlântica na Estação Biológica de Santa Lúcia (EBSL), Santa Teresa, ES, bem como análise de material herborizado. Foram identificados 13 táxons na EBSL: Pouteria bangii (Rusby) T.D. Penn., P. bullata (S. Moore) Baehni, P. caimito (Ruiz & Pav.) Radlk. Sitzungsber., P.

cuspidata (A. DC.) Baehni, P. durlandii (Standl.) Baehni, P. gardneri (Mart. & Miq.) Baehni,

P. guianensis Aubl., P. macahensis T.D. Penn., Fl. Neotrop., P. macrocarpa (Mart.) Dietr., P.

psammophila (Mart.) Radlk, Sitzungsber., P. reticulata (Engl.) Eyma, P. samborae Mônico & Alves-Araújo sp. nov. e P. venosa subsp. amazonica T.D. Penn. Descrições dos táxons, chave de identificação, comentários e ilustrações foram confeccionados. P. caimito, P. durlandii e P.

reticulata exibem um continuum de distribuição neotropical. P. bangii, P. cuspidata, P.

gar-dneri, P. guianensis P. macrocarpa e P. venosa subsp. amazonica possuem um padrão de dis-tribuição disjunta entre as Florestas Amazônica e Atlântica. P. bullata, P. macahensis, P.

psammophila e P. samborae são consideradas endêmicas da Floresta Atlântica. Os resultados 45

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Mônico A. Z., Pouteria Aublet na Estação Biológica de Santa Lúcia

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Abstract [Pouteria Aublet (Sapotaceae) from Santa Lúcia Biological Station, ES, Brazil]

Sapotaceae (Ericales) is a botanical family of pan-tropical distribution that comprehends 53 genera and about 1,250 species, with Pouteria being the richest genus holding ca. 200 species. In Brazil there are 122 species, of which 52 are endemic. In the Brazilian Atlantic Forest 36 species are recorded, with greater expressiveness and endemism in Espírito Santo and Bahia states. The present study aimed to enhance the understanding of the genus in the Atlantic For-est through collection campaigns in Santa Lucia Biological Station (EBSL), Santa Teresa, ES, Brazil, as well as the study of herbaria specimens. A total of 13 taxa were identified in EBSL:

Pouteria bangii (Rusby) T.D. Penn., P. bullata (S. Moore) Baehni, P. caimito (Ruiz & Pav.) Radlk. Sitzungsber., P. cuspidata (A. DC.) Baehni, P. durlandii (Standl.) Baehni, P. gardneri (Mart. & Miq.) Baehni, P. guianensis Aubl., P. macahensis T.D. Penn., Fl. Neotrop., P.

mac-rocarpa (Mart.) Dietr., P. psammophila (Mart.) Radlk, Sitzungsber., P. reticulata (Engl.) Ey-ma, P. samborae Mônico & Alves-Araújo and P. venosa subsp. amazonica T.D. Penn.. All taxa descriptions, identification key, comments and illustrations were confectioned. P.

caimi-to, P. durlandii e P. reticulata exhibit a neotropical continuum distribution. P. bangii, P.

cus-pidata, P. gardneri, P. guianensis P. macrocarpa and P. venosa subsp. amazonica show dis-junct distribution between Amazon and Atlantic Forests. P. bullata, P. macahensis, P.

psam-mophila and P. samborae are considered endemic from Atlantic Forest. The results corrobo-46

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Introdução

Sapotaceae possui 53 gêneros e cerca de 1.250 espécies (Pennington 1991; Govaerts et

al. 2001), sendo subordinada à Ordem Ericales (APG III 2009) e dividida em três subfamílias: Sarcospermatoideae, Sapotoideae e Chrysophylloideae (Swenson & Anderberg 2005). No contexto taxonômico e com alta representatividade no Domínio da Floresta Atlântica, a família desponta como táxon frequente em listas florísticas com altos níveis de indeterminação (Peixoto & Gentry 1990; Fabris & César 1996; Thomaz & Monteiro 1997; Saiter et al. 2011). Segundo Carneiro et al. (2014), no Brasil são registrados 12 gêneros e 234 espécies, dentre eles 10 gêneros e 74 espécies para a Floresta Atlântica, sendo Pouteria Aubl.,

Chrysophyllum L. e Manilkara Adans. os mais ricos.

Pouteria Aublet (Chrysophylloideae) compreende ca. 200 espécies restritas aos Neotrópicos (Swenson et al. 2013) e seus principais centros de distribuição a Amazônia e a Floresta Atlântica. No Brasil ocorrem 122 espécies de Pouteria, das quais 52 são consideradas endêmicas (Alves-Araújo 2013). Na Floresta Atlântica são registradas 36 espécies com maior expressividade e endemismo nos estados do Espírito Santo e Bahia (Stehmann et al. 2009).

Pouteria apresenta grande variabilidade morfológica, mas se caracteriza pelo hábito predominantemente arbóreo (pontuado por alguns táxons arbustivos); ausência de estípulas; flores com 4-6 sépalas livres, imbricadas e dispostas em um único verticilo e corola ciatiforme 47

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abrangentes ou mesmo regionais (Pennington 1990, 2006; Carneiro 2009; Alves-Araújo & Alves 2010; Fabris 2011; Fabris & Peixoto 2013). No Espírito Santo, embora estudos tenham apontado a importância das Sapotaceae nos índices de riqueza da flora (ex.: Peixoto & Gentry 1990; Fabris & César 1996; Saiter et al. 2011), apenas Fabris (2011) examinou a família ta-xonomicamente, em áreas de floresta de tabuleiros e restinga.

O presente estudo visou atualizar e ampliar o conhecimento acerca de Pouteria da Es-tação Biológica de Santa Lúcia, Santa Teresa, ES, apresentando o tratamento taxonômico das espécies, chave de identificação, comentários e ilustrações.

Material e Métodos

A Estação Biológica de Santa Lúcia (EBSL), localiza-se no município de Santa Teresa,

Oeste (Figura 1). Possui área de 467,89 ha e é protegida e administrada pelo Museu de Biolo-gia Prof. Mello-Leitão, mas ainda não é reconhecida legalmente como uma unidade de con-servação.

O clima na EBSL é do tipo Cfa, segundo classificação de Köppen (1948), com inver-nos secos e verões chuvosos, temperatura anual média de 20°C e precipitação anual média de 1.868 mm, sendo Novembro e Junho os meses mais e menos chuvosos, respectivamente (Mendes & Padovan 2000). O relevo é fortemente ondulado, formando um vale com vários 48

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As coletas foram realizadas de setembro/2013 a julho/2014. O processo de herborização seguiu Bridson & Forman (1998) e o material foi depositado no Herbário MBML e duplicatas enviadas ao Herbário VIES. Consultas as duas principais coleções estaduais (VIES e CVRD) foram realizadas para aprimoramento do estudos sobre o gênero na região, além da base de dados virtual Species-Link (CRIA 2014). A terminologia utilizada para a descrição das espécies seguiu Pennington (1990), complementada por Gonçalves & Lorenzi (2007) e Alves-Araújo et al. (2014). Para os comentários sobre a distribuição geográfica dos táxons, foi utilizado o trabalho de Pennington (1990). Detalhes sobre características diagnósticas das espécies, quando não observadas em campo, seguiram as informações do coletor disponíveis nas etiquetas de coleta. As ilustrações dos táxons foram direcionadas ou restritas às peculiaridades locais das espécies estudadas. Para os itens não ilustrados, vide Pennington (1990) e Alves-Araújo et al. (2014).

Resultados e Discussão

Este estudo identificou 13 espécies ocorrentes dentro da EBSL: Pouteria bangii (Rusby) T.D. Penn., Pouteria bullata (S. Moore) Baehni, Pouteria caimito (Ruiz & Pav.) Radlk., Pouteria cuspidata (A. DC.) Baehni, Pouteria durlandii (Standl.) Baehni, Pouteria

gardneri (Mart. & Miq.) Baehni, Pouteria guianensis Aubl., Pouteria macahensis T.D. Penn.,

Pouteria macrocarpa (Mart.) Dietr., Pouteria psammophila (Mart.) Radlk., Pouteria reticula-49

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colombiana, o que pode indicar preferências das condições de temperatura e umidade especí-ficas para a sobrevivência da espécie.

As espécies Pouteria caimito, P. durlandii e P. reticulata exibem um continuum de distribuição neotropical. P. bangii, P. cuspidata, P. gardneri, P. guianensis, P. macrocarpa e

P. venosa subsp. amazonica possuem um padrão de distribuição disjunta entre as Florestas Amazônica e Atlântica. P. bullata, P. macahensis, P. psammophila e P. samborae são consi-deradas endêmicas da Floresta Atlântica.

Os resultados obtidos reforçam ainda mais os indícios de que a área de estudo apresen-ta alto potencial de riqueza de espécies, apresen-tanto para Sapoapresen-taceae quanto para outros táxons, apresen-tais como: Thomaz & Monteiro (1997), Baitello (2001), Mass et al. (2001), Lombardi (2004), Fi-aschi & Pirani (2005), Fraga & Saavedra (2006), Goldenberg & Reginato (2006) e Saiter et al. (2011).

Chave de identificação para as espécies de Pouteria da EBSL, ES, Brasil

1. Lenticelas presentes.

2. Venação broquidódroma.

3. Folhas distribuídas na região apical do ramo; pedicelos pilosos; frutos glabros ... 11. P. reticulata 3 . Folhas distribuídas ao longo do ramo; pedicelos nunca pilosos; frutos nunca

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5. Pecíolos canaliculados; corola 6-lobada; frutos pubescentes; sementes-1 globoides ... 13. P. venosa subsp. amazonica 5 . Pecíolos teretos; corola nunca 6-lobada; frutos glabros; sementes-1 nunca globoi-des.

6. Pecíolos entumecidos; margem foliar lisa; corola 5-lobada; sementes-1 lateral-mente achatadas ... 5. P. durlandii 6 margem foliar revoluta; corola 4-lobada, sementes-1 nunca lateralmente achatadas ... sementes-1. P. bangii 1 . Lenticelas ausentes.

7. Ramos esparso-pilosos a pilosos, esparso-seríceos ou tomentosos.

8. Folhas com face abaxial ferrugíneo-denso-tomentosa; estigma truncado; frutos gla-bros a esparso-pilosos ... 2. P. bullata

estigma capitado a 4-lobado; frutos velutinos ... 3. P. caimito

9. Folhas distribuídas ao longo do ramo.

10. Venação broquidódroma; folhas subcoriáceas a coriáceas; cálice 5-sépalo; fru-tos glabros ... 4. P. cuspidata

Referências

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