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Fonologia sincronica e diacronica do Baniwa-Siusi : um tratamento não-linear

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Academic year: 2021

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(1)

U N I V E R S I D A D E FEDERAL DE S AN TA C A T A R I N A Centro de Comunicação e Expressão

FONOLOGIA SINCRONICA E DIACR^NICA

DO

BANíWA-SIUSi

UM TRATAMENTO N*0LINEAR

-por Maria C r i st i na V i c t o r i n o de F r a n ç a D i ss e r t aç S o a p r e s e n t a d a ao C e n t r o de C o m u n i c a ç ã o e E x p r e s s S o da U ni v e r si d a d e F e deral de S an ta C at a ri na - U FS C -, como r e q u i si to parcial para a o b t e n ç S o do grau de M e st re em L i ng ü ís ti ca

(OpçSo - L ínguas Indígenas).

(2)

Prof. Foruk Nome

Ceefdengder UFSC ’ Pós=Gfadr Linguistics

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Jean-Pièrre Angenot (UFSC's

______ ^ .

/ 2 ^

---Dr. David Lawrence Payne (SIL-Oregon)

tí-' ^v/

Profa. Dra.

Lucy

^Seki (UNICAMP)

(3)

/9o

meu pai Pedro, por incentivar constantemente minha formação

acadêmica,

à

minha mS.e Antônia,

por tentar compreender meu

trabalho e

ao meu informante Celestino,

por

ajudar

a

(4)

DEUS P R E F E R I U C O N T A R COM VOCE

Só Deus pode criar

,

Mas você pode valorizar o que Ele criou.

Só Deus pode dar a vida

,

Nas você pode transmiti-la e respeità.-la.

Só Deus pode dar

a fé,

Mas você pode dar o seu testemunho.

(5)

A B R A D E C I M E N T O S

Ê quase impossível a gr adecer nominalmente a todos a queles que contribuíram, direta ou indiretamente, para a elabor a çS o desta dissertaçSo. Q u an do se fazem os últimos retoques, ú ltimos detalhes, é como se e st i vé s s e mo s dando ¿ luz a um filho. F or am dias, noites, de s e gunda a segunda, sem a cepçSo de sábados ou feriados.

Família, amigos, colegas, professores, amigos da s oc iedade como um todo e colegas da APG - UFSC, além de, durante esses 25 meses, ter que repartir minha convivência entre Barra Bonita (SP), Porto V el ho (RO), B u a jará-Mirim (RO), SSo Babriel da C ac h o e ir a (AM) e F l o r ia nó po l is (SC), onde inúmeras amizades puderam ser seladas, todos participaram e partilharam comigo a co n clusão deste trabalho.

Portanto, esta disser ta çS o é fruto da dedicaçSo de pessoas que a c r e d i t a m e valorizam a pesquisa.

Aqui, deixo registrados meu carinho e m in ha gratidSo a al gumas p essoas em particular.

A B R A D E Ç O :

- A DEUS, PORQUE T OD AS AS C OISAS C O OPERAM PARA 0 BEM D AQ UE LE S Q UE O A MA M E PORQUE N E NH U MA FOLHA DA Ã RVORE CAI SE NAO FOR DA SUA VONTADE.

(6)

-

Aos meus pais, Pedro Victorino de França e Antónia

Marcan de França, por compreenderem minha ausência nos momentos

de dor e pesares mais difíceis de nossa famíJ ia.

- Aos meus irmãos, Maria Aparecida, Pedrinho e António

Fernando.

- Ao meu

avô,

Ricieri Marcon

<in memoriam),

pelo

incentivo.

- & Milmores, a amiga de tantos anos, por ter, inúmeras

vezest solucionado meus problemas em Porto Velho.

- Ã

ISAUR1NHA, (in memoriam).

-

A todos os meus amigos, em

parti cular

a

Valdir,

Claudete, Gabrielita, Iara, Nilcéia, Sálete, Neiva, José Carlos,

Jader, Rafael, Clóvis, D. Iria, Lucimara e Laércio.

- Ao Coordenador do Curso - Prof. Dr. Faruk Nome.

- A todos os professores do Curso.

- Ã Suzana

,

secretaria do Curso.

- Ã Associação de Pós-Graduandos da UFSC (A P G ).

-

Ao Comando da Polícia Militar do Amazonas.

-

Ao Corpo de Bombeiros de Manaus.

- Ao Batalhão de Engenharia e Construç

So

e ao BatalhSo

Especial

de Fronteira, em

SSo

Gabriel da Cachoeira <AM).

(7)

- À

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA- UNIR.

- Ño Campus Pérola do Mamaré, da Universidade Federal

de Rondônia, em Guajark-Mirim.

- Ao Alberto,

pelo amor,

pela

compreensão,

pela

paciência, pela espera e por entender minha ausência em muitos

finais de semana.

- Ao meu orientador, Prof. Dr. Jean-Pierre Angenot,

a

quem eu carinhosamente chamava

de mestre amado,

que

com

competência,

acabou

transformando

minha

orientação

num

verdadeiro curso

de

Lingüística,

indicando-me

caminhos,

sugerindo-me hipóteses,

corrigindo, ajudando-me a superar todas

as vicissi tudes desses meses, acreditando em meu trabalho,

além

da ami

zade construí da.

-

Aos

meus

i

n formantes

Sr.

Francisco

e,

principalmente, Celestino

Benjamin da Silva, pelas informaçQes

prestadas e a seriedade

com que foi

conduz

i da a coleta

dos

(8)

A B R E V I A T U R A S ÍPL la pessoa do plural 1SG la pessoa do singular 2PL 2a pessoa do plural 2SG 2a pessoa do singular 3PL 3a pessoa do plural

3SG FEM 3a pessoa do singular feminino 3SG INDEF 3a pessoa do singular indefinido 3SG NAO FEM 3a pessoa do singular nSo feminino

ABS A bs oluto ASP Aspecto CL C l as s if ic a do r COLET C o l e ti v iz ad or DEIT Deitico DEIX Déixis DEP Depend e n te DM D e co m po si çS o m orfológica

ELARN1 la E xp e di ç So L ingüistica ao Alto Rio Negro

GM B lossa do morfema INTR Intransitivo LOC Locativo NG Notas g r amaticais N O M IN Nominal izador P Processo PASS Passado PE Prefixo e s ta ti vo (Atributivo) PLUR Plural

(9)

POSS Possessivo

PRIV Pri vat i vo

PROG Progressivo

R Regra

REFL Ref lex i vo

REL R e la ci on ad or

R ESTR Restri t i vo

RM Regra M o r fo l óg i c a

T Gerald T aylor

TEM Temat i zador

TP TraduçSo do P o rt uguês

(10)

S U M A R I O

I n t ro d u ç ã o ... 003

1.0 Introdução e t n o l i n q ü i s t i c a ... 006

1.1 A familia lingüítica A r a w á k ... 006

1.2 D complexo dialetal Baníwa do I ç a n a ... 016

2.0 F on ol ogi a Sincrónica do B a n i w a - S i u s í ... ... ...025 2.1 S i s t e m a s fonológico e f o n é t i c o ...025 2.1.1 Os sons e os fonemas s i s t e m á t i c o s ... 025 2.1.1.1 C o n s o a n t e s ... 025 2.1.1.2 V o g a i s ... 026 2 .1 . 2 Os traços d i s t i n t i v o s ... 028 2 . 1. 2 Estrut u ra çã o s i l á b i c a ... 037

2.2 Prosódia: língua tonal ou. a c e n t u a i ? ... 040

2.2.1 A i m p r e s c i n d i b i 1 idade do controle morf oprosódi ...043

2 .2 . 2 C o ns id er aç Se s t i p o l ó g i c o - c o m p a r a t i vas soore a prosódia A r a w á k ... 045 2. 2 .3 D is tr ib ui çã o fonotática s up e rf ic ia l do acento " p i t c h " ... ... 047 2 .2.4 Sistema tonal s u b j a c e n t e ... 048 2.3 A n ál i se fonológica n ã o - l i n e a r ... ...050 2.3.1 Morfologia ?•: F on ol o g i a L e x i c a l ...050 2 . 3. 2 Fonologia A u t o - s e g m e n t a l ...055

2 .3 . 3 Regras lexicais e processos p ó s - l e x i c a i s ... 057

2.3.3.1 Regras l e x i c a i s ... ... ....062

2 . 3.3.2 Processos p ó s - c i c l i c o s ... 102

2 .3 . 4 N a ti v iz a çã o dos e m p r é s t i m o s ... ...112

2.3.4.1 Corpus r e p r e s e n t a t i v o ... 112

2.3.4.2 Alguns processos de codificação p e r c e p t u a l ... 113

(11)

3.0 Fonologia D i a c r ô n i c a ... 11-'

3.1 Sistemas fonológicos do Proto-Mai pure e do Bani w a - S i u s i ... 115

3.1.1 C o n s o a n t e s ... 115

3.1.2 V o g a i s ... 117

3.2 Cognatos Baniwa-Siusi dos étimos do P r o t o - M a i p u r e ... 118

3.3 Regras fonológicas de deriva d i a c r ô n i c a ... 127

3.3.1 O c l u si va s b i l a b i a i s ... 127 3.3.2 O c lu si va s a l v e o l a r e s ... 128 3.3.3 O c lu si va s v e l a r e s ... 129 3.3.4 A f ri ca d as s u r d a s ...130 3.3.5 F r i ca t i v as al veolar/al veo-palatai s ... 130 3.3.6 N a s a i s ... 130 3.3.7 L i q u i d a s ... ... 131 3.3.8 G l i d e s ... 131 3.3.9 V o g a i s ... 132 4.0 Tratamento informatizado d o c o r p u s ...145 ’ 4.1 Intergerenciamento de ' s o f tw ar es '... 145 4.2 Amostra de análise i n t e r l in ea ri za da ... ..186 4.3 Dicionário Português-Siusí ... ...206 5 . 0 A n e x o s ... ... . . 262 6.0 Referências b i b l i o g r á f i c a s ...277

(12)

RESUMO

O

presente trabalho tem por 'objetivo a apresentação de

aspectos da fonologia sincrónica e diacrónica da lingua Baniwa

i

dialeto Siusi ;, membro da ‘

familia lingüistica Maipure-Arawák. 0

primeiro capitulo situa o Baniwa dentro de seu

contexto

histórico, geográfico e etnológico. 0 segundo capitulo propSe

uma interpretação não-linear das regras fonológicas, com o uso

dos modelos auto-segmenta! e lexical. 0 terceiro estabelece as

regras de fonologia histôrico-comparativa. Num quarto capitulo é

organizado

um

mini-dicionário

extrai do

de

um

corpus

interlinearizado pelo programa IT, perfazendo um total de 2.500

entradas lexicais. Contém também

a

apresentação

de

um

intergerenciamento

de

"softwares'

(WQRD5,

SHOEBOX,

IT,

CHIWRITER), cujo roteiro poderá, ser utilizado para a descrição

de outras li nguas.

(13)

RÉSUMÉ

L'objectif du présent travail consiste à présenter les

aspects principaux de ia phonologie synchronique et diacnronique

de la langue Baniwa (dialecte Siusi ),

membre de la famille

linguistique Maipure-Arawak. Le premier chapitre situe le Baniwa

dans son contexte historique, géographique et ethnologique.

Le

second chapitre propose uma interprétation non-linéaire des

régies phonologiques, en utilisant les modèles auto-segmental

et lexical.

Le troisième établit les régies de phonologie

historico-comparatives.

Le quatrième chapitre

comprend

un

mini-dictionnaire obtenu à partir d'un corpus interlinéarisé au

moyen du programme IT, ce qui fournit un total de 2.500 entrées

lexicales. Il contient aussi la présentation d'une intégration

organisée de ‘softwares' (WORDS, SHOEBOX,

IT,... CHIWRITER),

que

pourra être utilisé pour la description d'autres langues.

(14)

INTRODUÇÃO

Durante a visita do ent2o m es trando Laércio Nora Bacelar, da UNb, no C ampus de Gua jará-lii r im (RO), em abril de 1990, para coleta de dados sobre a lingua Kanoe, sob o r i e nt a çS o do Prof. Dr. Aryori Dali' Igna Rodrigues, tive a o p o r tu n id ad e de i nteirar-me sobre as pesquisas nas áreas de línguas indígenas, desenv o lv id as no Brasil. Como eu trabal h av a numa área, cuja presença de Í ndios era constante, inclusive tivera a op o r tu n i d ad e de visitar inúmeras vezes, junto com meus alunos do curso de Letras e Pedagogia, aldeias indígenas, nos arred o re s de B u a jará-Mirim, as longas conversas com Laércio despertaram s ob r e m an e ir a meu interesse em estuda r ,s is te ma ti ca me n te , essas línguas. Assim pensando, Laércio pôs-me em contato, por telefone, com o Prof. Aryon, o qual s ug e r i u- m e a e la bo ra ç So de um projeto a ser desenvolvido na própria á r ea de G ua ja r á- Mi ri m e mais tarde exten di do ao estado de Rondônia. 0 projeto visava ao levantamento das línguas da região, o b je t i v a n d o sua situaçSo atual, como número de línguas ainda faladas, línguas extintas, número de falantes, línguas estudadas, etc.

0 Prof. Aryon e Laércio s u qe riram que partic i pa ss e de um curso de Lingüística Indígena, a nível de e s p e c i a l i z a ç S o , p ro m ov id o pelo CNPq, em Goiânia, durante o mês de julho de 1990, 0 qual, certamente, dar-me-ia subsidios para realizar o projeto e p ô r- me-ia em contato com pesquisadores e n v o lv i d o s com línguas

1 ndí g e n a s .

(15)

t ra nscriçSes f on éticas de inform an te s de duas á re as de Goiás: os indios K ra ho e os i ndios Karajá.

Ainda, como conseqüência, desse curso, o d ou to ra nd o Valdir Vegini, da U n iv e r s id a de Federal de Santa Catarina, p ôs-me a par do C urso de M es tr a do em Lingüistica, opção em Linguas Indigenas, pr o movido pela C o o r d e n a çã o de P ó s- Gr a d u aç ã o em Lingüistica, na USFC, d e s p er ta nd o -me o interesse pela idéia de poder fazer o m es trado lá.

Após s u bm e t e r- m e ao e x a m e de s e leção e ser aprovada, a U n i v er s i d ad e Federal de R o n d ô n ia - U N IR - conce de u a licença para cursar o mestrado.

0 s e gu n do t ri mestre de 1991 foi decisivo para minha formaçSo a c ad ê m i ca por duas raz3es. A primeira foi a visita à B iblioteca do M u se u Paraense E mi l io Goeldi, para a coleta de material b i bl i o gr á fi c o e a segunda, a minha part i ci paçãío na la. Ex p ed iç ão L i ng üi s t ic a ao A lt o Rio Negro (ELARN I), em São Gabriel da Cachoeira, sede do m u ni c i p i o do mesmo nome , que se localiza a p r o x i ma d a m en t e a 200 KM ao sul da fronteira B r a s i 1- C o l ô m b i a - V e n e z u e l a , e a 20 KM ao sul da linha do Equador, no E stado do Amazonas. R e g iã o d en om in a da de "Cabeça do Cachorra" pelo Exército, em função do seu formato na g eo grafia do Brasil politico. Essa expedição, quefoi promovida pelo Projeto Integrado de Pesquisas do CNPq "Class i fi ca çã o da F a m í l i a Arawák e R ec o ns t ru ç S o do Proto-Mai p u r e " , e coordenada pelo Prof. Dr. J ean-Pierre Angenot, com o u t r o s vinte e um integrantes, dentre

(16)

professores, pós-çjraduandos (doutorandos e e mestrandos) e bolsitas de iniciaçSo científica. (Anexos 1-8)

Minha e stada em SSo Gabriel, por cerca de quase très meses, deu-me a o p or t u n id a de de m anter contato direto e diário com os informantes, p e r m it i nd o- me a mpliar e aperfeiçar minhas fronteiras no c on he ci m en to das línguas indígenas, bem como, intereirar-me de alguns a s pectos da cultura dos Baníwa.

0 informante C el es t in o B e njamin da Silva, hoje da comunidade de T u n u í , mas o r i gi ná r io de Tayaçu, Médio-Içana, falava S i u s í . 0 pai era Siusí e a m3e Hohôdene. Ele tinha 18 anos e e stava prepar a nd o- se para servir o Exército. Foram elabo r ad os questionários e listas de palavras; e as informaçSes fornecidas foram, a principio, transcritas fonéticamente em cadernos, à m edida que eram s o l i ci ta da s ao informante, e, a posteriori, todo material t ranscrito foi gravado em 13 fitas magne t of ón ic as de 60 m inutos cada. Com ele pude coletar o maior número de dados sobre a língua Baníwa do Içana, o que contribuiu, sobremaneira, para a realização desta dissertaçSo, C el e stino suportou, pacientemente, horas a fio, o trabalho de fornecer-me dados e mais dados, para minha futura análise; bem como do informante Sr. F r an ci s c o Brazan. Esse informante tinha 34 anos e m orava há 20 em São Gabriel da Cachoeira. Além dos dados fornecidos por C e le st i no e Sr. Francisco, reúni dados inéditos da ELARN1 transcritos por Souza Mello (1991), França (1991), Hurko (1991), S a la z ar (1991) e Gomes et alii (1992), bem como textos de K o c h - G r e e n b e r g (1911), Taylor (1991),

(17)

N im u en d aj ú (C19273 1955) e Brüzzi (1956).

Infelizmente, por problemas financeiros, nXo pude retornar a SSo gabriel da Cachoeira, pois c on si d er o imprescindível a ida a campo pelo menos duas vezes, a fim de que o p e sq ui sa d or possa sanar dúvidas e testar hipóteses que, naturalmente, vSo s u rgindo ao longo do período da a n ál is e dos dados.

E spero poder, com esta dissertaçSo, contri bu ir para o conhecimento desta língua, assim como, para melhor c o nh ec im en t o das demais línguas aparentadas da f a m ília Arawák.

(18)

1.0 IntroduçSo e t n o l i n g üi s t i ca

1.1 A f a m i l i a l i n g ü i s t i c a A r a w á k

Desde que a A mé r ic a foi descob er ta pelos e u r o p e u s , no final do s é c ul o XV, as linguas dos povos a me ri n di os vêm sendo documentadas, a p ri nc ip io por padres, p r i n ci pa lm en te jesuitas e franciscanos, por navegadores, h i s t or ia do re s ou por a n t r o p ó l o g o s * .

Mesmo a despe it o da tentativa desses homens, de d o cu me nt ar em ou de a n a l i s a r e m essas linguas, por quase cerca

2

de 400 a no s , e sses e s tu do s r e g i s t r i n g i r a m - s e , geralmente, à e l a b o r a ç So de listas de palavras e seus respectivos significados. 0 que Mosonyi (1968) d e nomina de

'linguística de

s u p e r f í c i e

v oc a bu lá ri os de a sp ec to geralm en te deplorável, e l ab o r a do s por aficionados, traduçSes - geralmente muito de f ic ie nt es - de p a ss agens biblicas e o u tr os trechos religiosos, c a rt ilhas o ca si on ai s e, sobretudo, uma p r ol i f er aç So quase infinita de c l as s i fi ca çS es 1 ingüisticas, às vezes m u it o a m bi ci o sa s - o rg a n i za d a s com baee na comparaçSo de v o c a bu lá ri os curtos e inexatos. E, se c o ns i de r ar mo s o a v anço

primeiro antropólogo a trabalhar no Brasil foi o alemSLo Karl

von den Steinenf em 1884.

r?

"Pay

ne (1990) observa que em 400 anos

inúmeras

descriçQes

morfológicas foram acumuladas, algumas constituem—se de quadros

de paradi gmas verbais, ou listas de afixos e a descriçSo de seus

significados.

Payne ainda menciona,

como exemplo

clÁssico

elaborado por von Kinder, em 1936, a gramática

de Huitoto que

lista todas as conjugaçQes do verbo iye 'ser, estar',

em todas

as pessoas

e números em cerca de 50 configuraçSes de

tempo,

aspecto e modo.

(19)

dos estudos teóricos lingüísticos das llnguas a me ri n d ia s desenvolvidos até a década dos anos 70, defron ta r- no s- em os com um quadro bastante lamentável acerca da documentaçSo dessas llnguas. liatteson (1964), durante o XXXV C o n gr e s s o Internacional de Americanistas, no México, declara a sa t is fa ç S o com que os lingüistas receberam o registro de onze llnguas da familia Arawák: "Va tenemos a la

mano

datos a de c ua d os s obre once lenguas de la familia aruaca. D e sp u é s de tantos afíos de retraso y frustación en los e sf ue r zo s por e st a bl e ce r s u b - cl a s s if i ca cc io ne s dentro de la familia aruaca, los lingüistas recebieron con s a tisfacción estos r eg istros compilados por investigadores preparados..."

Até 1977, conforme Derbys hi re e Pullum (1991:3), das cerca de 200 llnguas amerindias ^ainda vivas na regiSo Amazônica, pratic am en te nenhuma descriçSo sintática d et al ha da ou esboços estrut u ra is puderam contribuir para o d es e nv olvimento da teoria lingüística moderna. Como destacou Seki(1991), os recentes estudos de tipologia lingüística têm registrado a presença, em llnguas indígenas, de ca r ac te rí st ic a s nSo atestadas ou raras em o utros continentes. Esses estudos tém revelado também fatos que consti t ue m e v id ên c ia s de violaçSo de princípios tido como

°Wa

i

ntroduçS.o do Handbook of Amazonian Languages,

de 1991,

volume III, Derbyshire e Pullum, fazem referência

à

ci taçSo de

dois autores,

acerca

do número de línguas

vivas da regiSo

Amazónica. Uma delas diz respeito a

Kaufman

<1990),

onde o

autor estabelece um total de 203 llnguas faladas em regi

Ses que

ele designa de Amazonia Oci dental

I,

Amazonia Dci dental

II,

Planícies do Norte, Planícies do Sul,

Brasil

Oriental,

Brasil

Nordeste, Amazonia Central

e Amazonia do Norte. A outra citaçXo

refere-se ao

trabalho de

Grimes

(1988),

cujo número de

línguas

vi was

no Brasil totaliza 201.

(20)

universais, e s t a b e l ec i do s por teorias sintát ic as ou que c orroboram as p o st u la çS es básicas e o valor e xp l an a tó r i o de certos m o delos de análise, d e mo n st r a n do assim, a relevância que tem o c on h ec im en to das línguas indígenas para o d es e nv ol v i m en t o da teoria lingüística.

Apenas para e n fa ti za r a necessidade, a u r g ê n ci a e a importância do c o nhecimento dessas línguas, é v ál id o citar a l guns t ra balhos de lingüistas que se arvoraram a estudar e ss a s línguas e depara ra m- se com carac t er ís ti ca s tipológicas raras ou inexis t e nt es no resto do mundo: trabalhos como o de Harrison (1986), sobre a língua Guajajara; Payne (1986) e Payne e Payne (1990), sobre a língua Yagua; o de R o d r i g u e s ( 1 9 9 0 ) , s ob re a lingua Tupinambá; Weir (1990), sobre Nadeb; Chapman e D erbyshire (1991), sobre P a u m a r i ; e outros nSo menos i m portantes para o d e se nv ol vi me nt o da teoria lingüística. Dentre as inúmeras familias lingüísticas da A m ér ic a do S u l , há, particularmente, urna délas, que se destaca por sua importância. Trata-se da familia Arawák. Para Meillet e Cohén (1927), a familia Arauiák é urna das mais importantes familias lingüísticas, senSo a mais importante, da A m érica do Sul. Voegelin e Voegelin (1977), declaram: "...the 'largest' of families in Equatorial division of the philum..." Mosonyi (1968), o bs er va que " . ..é a mais e x te ns a da A mé rica do Sul e que abarca o m a i o r número de línguas." Mason (1950), refere-se a ela d i zendo que p r ov a v el me nt e deve ser a mais importante da A mé r ic a do Sul, tanto pela e x tensSo como pelo número de línguas e dialetos que a compSem. Mason lista 122 línguas e d i a le to s em sua c l a s s i f i c a ç S o . Noble (1965), faz

(21)

referência a 89 linguae. Loukotka (1968), menciona 154 idiomas Arawáks. Tovar e Tovar (1984), declaram que é a família lingüistica mais extensa da A m érica do Sul. Chambe rl ai n (1913), a r ec onhece como "...one of the most widely d istributed of all the native languages of continent...". Para W is e (1987): "La familia arawaka maipurán, és decir, la 'línea principal' de la macro-fami

1

ia a r awaka es una de las más grandes y dispersas de la A mérica Latina." H of f, em 1955, ao a pr e se nt ar um e s t u d o comparativo das línguas do Caribe e Arawák cita: "The two languages, used by the greatest number of speakers, K al in a (Carib, Caribisce, Caribe, Galibi) and Lokono (Arawak) are found in lowlands of Surinam and in the countries by which it is bounded to the East and West..." K o ch - Gr ü nb e r g (1986), lista cinco grupos: Arawa, Maipuran, Chapacura, Guamo e Uro. De acordo com Ruhlen (1976) pelo menos: "...100 languages are included in the large Arawakan family..." (Anexo 09)

Para D er b ys h i r e e Pullum (1991:12): "Arawakan is thus the largest S outh American family, in number of languages as well as geographical extension."

Payne (1987) declara que a familia lingüística Arawák é co nsiderada a mais extensa familia autóctone da A m érica do Sul, levando-se em conta tanto o número de linguas conhecidas, bem como a sua e x te ns ã o geográfica.

Conforme Payne (1991a) :"La familia lingüística arawaka ha sido c onsiderada como una de las familias más e x te ns as en América Latina..."

Com relaçSo à extenção geográfica, as línguas Arawák sSo

(22)

faladas desde a A mé ri ca Central até as cabece i ra s do rio Paraguai, na A mérica d o S u l .(A ne xo 12)

Embora nSo se conheça ao certo o local onde C ol om bo desembarcou pela primeira vez nas Américas, s ab e -s e que descobriu dezenas de ilhas, dentre elas Hispaniola, dividida a tualmente entre Haiti e R e pú b li c a Dominicana. E os prime i ro s contatos travados com os nativos da regiSo foram com os T aino . Esses indios falavam uma lingua hoje extinta da familia Arawák. Os Taino, que assim se autodenominavam, e sp alhavam-se, além de no Haiti e R e pú b l i ca Dominicana, pela Jamaica, Cuba e Porto Rico. Atualmente, na A m é r i c a do Sul, os falantes da familia Arawák s3o e n c on t r a do s nos quatro e x tr e mo s do cont i n e n t e .

É conhecido que a regiSo de maior c on c en t r a çã o das línguas da família Arawák e n c o n t r a- s e á margem do Alto Rio Negro, cuja s it uaçSo h i st ór ico-social dificultou o acesso de pesquisadores à á r e a (Rodrigues, 1986). E, conseqüentemente, inúmeras dessas línguas ainda sSo t otalmente desconhecidas, a lg umas em p r oc e ss o de extinção e o ut ra s extintas. Em 1782, o missio ná ri o italiano F ilippo Salvadore Gilij, que vivia na Venezuela, designou, pela primeira vez, o nome de uma língua local, Maipure, para referir-se à família Arawák. A literatura atual tende a utilizar o termo original "maipuré" ou para r ef er ir - s e ao grupo princiapl de línguas, e empre ga r o termo "arauiaka" para referir-se à família que vincula as línguas m a ip u re com o utras línguas mais distantes.

0 termo "Arawak" foi a do ta do da língua "Arawak"

(23)

(Lokono), falada ao longo da costa das Guiarías. Embora a c la s si fi ca çS o de Gilij tenha sido b as ta nt e perspicaz, mais t arde ela foi o b s cu re ci da por outras c l a s s i f i caçSes baseadas em a sp ec t os geográficos, como a de Lorenzo Hervas y Panduro (1800), que d es co nsideraram as relaçSes mais distantes re f eridas por Gilij. Posteriormente, em 1863, Martius a p r e se n to u uma c la ssificação das línguas indígenas americanas, cuja m a ioria eram Tupi ou Jê. As o utras foram distribuídas no m e n o r número possível de grupos. Um desses foi o grupo 'Guck ou Coco', cujos m em bros possuíam termos similares para d e signar 'irmSo da m S e '. Todas as línguas Arawák, listadas por von liartius, estSo incluídas no grupo, juntamente com o grupo liacusi , uma língua Carib, além de a lg um as outras línguas re l ac io na da s de m a ne ir a muito distante com as línguas Arawák.

Steinen, em 1886, ao criticar a teoria 'Guck', apontou o fato de que muitos cognatos para coco podem ser e n contrados em Kechua, uma língua supos ta me nt e nSo relacionada. Ele d ef endeu a u ti li za ç So de termos, como por exemplo, partes do corpo, ao invés de termos culturais ( K u l t u r w õ r t e r ) , para a sua c l a ss i f i ca ç S o lingüística. Procurou d em on st ra r ainda que o grupo de G i li j, ta nt o quanto o utras línguas desconhecidas d o m i s s i o n á r i o , c om partilhavam termos de partes do corpo, e que tais p al avras r e gularmente se iniciavam com o prefixo p os s es si vo nu- ou p-. Disso resultou uma lista e xtensa de N u — Sprachen ou m embros de um grupo Nu-Aruac.

Em 1891, Bririton, embora d i v er gi ss e em determinados pontos das c la ss i fi ca çS es a n te ri or es às dele, incluiu o Taino na família Arawák. Isso veio r e pr e s en ta r um avanço

(24)

i m p o r t an t í s si m o para o d es en volvimento histórico da

noçSo de

ArawAk, porque vem demonstrar a a n ti gü id ad e da familia.

Ri v e t ,( 1924/1952) ,embora nSlo e xp l ic a ss e seus m étodos de class if i c a ç â o ,e n c a rr eg ou -s e de classificar as línguas do Novo Mundo, sendo possível deduzir de seus artigos que ele se f undamentou, principalmente, na c omparaçSo de listas lexicais, onde e l e c o ns idera que as línguas que compartilham o maior n úm e ro de palavras pertencem a um mesmo grupo. Ele a grupa os d ia l e to s da família Arawák segundo suas afinidades lingüísticas:

-Norte Ñmaz&ni co

|-dialetos

do Orenoco e

dos

afluentes setentrionai

s

do

rio Amazonas <rio Negro,

rio

Içana

,

etc..)

-outros..

F A M I L I A A R A W Ã K

-Pré-Ñndi

no

-Bol iv^ano

-Ñrauiá.

-Guinao

-Uru-Pukina

-Ta

k

a

na

C r éq ui -M on tf or t e Rivet, num e studo sobre Saraveca, em 1913, n ot aram a

ocorrência dum

grande número de cognatos e nt re o P a r e s s í , uma língua do s u l , e diversas línguas Arawák faladas ao norte do Amazonas, levando-os, por isso, a incluírem as o ut r as línguas do sul, num grupo distinto, d enominado 'P r e -A n di n e '.

Em 1952, Rivet reiterou sua classificaçSo, e mb or a o

^Neste grupo, Rivet- coloca línguas da família Ñraw&k que nS.o

é

o mesmo de Ñrati'Á (Rodrigues

,

198ó).

(25)

Taruma tenha sido e x cl u id o da familia ArawAk e algumas línguas foram i n corporadas ao grupo Pré-Andino.

G r e e n b e r g apresentou, em 1956, uma classificaçSo, onde o Arauiák é incluído numa família bem maior, o Andi no-Equator i a l , onde e n c o n t r a mo s o Macro- A ra wá k ao lado do Macro-Tucano, do T upi-Cariri e Andino. E x ceto por a lg umas línguas e grupos que, geralmente, nSo sSo incluídos na família, G r ee n be rg nSo listou os c o mp on en te s de A r a w á k . E Noble, na sua c l as sificaçSo de 1965, nSo incluiu o C h ap a cu r a- W a n ha n an aos mesmos grupos m e nc io na do s por Greenberg. (Anexos 09 e 11) Rowe (1973) a pr e se nt a um mapa das p r i n ci p ai s tribos indígenas da América do Sul. (Anexo 12) Ainda temos em Greenberg:

Proto- A ra wa ka n (lato sensu)

Arawák = Arauák (strictu sensu) Mai pure (latu sensu) — Aruá = Arawá. (Brasil)

— Chapacura (Boli via)

— U r u - Ch ip ay a (Bolívia) — Harakmbet (Peru)

A p r imeira tentativa de uma reconstrução Proto-Arawák e nc o n t ra m os em Matteson (1972):

(26)

— Harakmbet Madi (=Arawá) Proto-Shan i— K i n i-K i n do Tereno Baure Mujo A ra w ak an N e w ik i — — Ocidental Yucuna Piapoco Cauyari P ir o- Ap ur in S Oriental c B a m va 5 Tariana Palicur

— Proto-Ashen inca (Campa)

Recentemente, Valent i (1 9 8 6 ) dedicou em sua tese doutorai, intitulada "A reconstruct ion of the Proto-Arawakan - Conso n an ta l system", um apêndice, onde ela lista, num quadro, a l o ca li za çã o geográfica de 54 línguas Arawák. No entanto, esse quadro a p re s en ta uma série de discrepâncias de caráter geográfico, o r to gr áf ic o d e n o m i n a c i o n a l , além de notadas o mi s s s Se s de o rd em t a x i o n ô m i c a .

A m az ô n i a em q uatro "stocks" ( = t r o n c o ) : 1. Arawakan, na região O es te 1 2. Tukanoan, na região Oeste 2 3. Tupian, na região Central 4. Kariben, na região Norte

Payne (1991b: 489) e s t ab e l e ce u a primeira classi fi ca çã o ci e nt íf i c a da família A r a w á k - M a i p u r e , baseada no cálculo

'

’Bani va

=

Baníwa

=

Maniva.

Man

iva

=

mandioca

,

donde, Baníwa

»

cultivadores de mandioca.

Bani tua do Içana é diferente de Bani. tua do Guainia apenas falado

na Venezuela.

A classi fi ca çã o de K au fman (1990), agrupa as línguas da

(27)

e s ta t í st ic o de cognatos lexicais entre 24 línguas bem d ocume nt ad as : OCIDENTAIS: CENTRAIS: SULINAS: BOLIVIA-PARANA; PURUS : CAMPA: ORIENTAIS: PALICUR: NORTISTAS: W A P I S H A N A : CARIBENHO:

6

A R I F U N A : T A -A RAWAK CONTINENTAL: Y A V ITERO: A muesha Chami curo Paresi Waura Terêna Baure Ignaciano Pi ro Apuri nS Machi guenga Ashen i nca P a l i cur W ap i shana Gari funa Lokono Guaj i ro Yav i tero N OR T E- AMAZONICO: R E S I G A R O : R e sioaro R IO NEBRO: ftchaoa Cabivari C u rr ipaco Piapoco T a r iana Yucuna

Payne (1991b:356/490> o b s e r v a a r e speito de sua c l as si fi ca çã o que 'in conclusion, the phonological, lexical and grammatical data together support my new c l a s s i f icat ion of Maipuran languages, which .in turn give a reasoned bas is on whi ch to betai n the m o r e def i ni t i ve r e c o n s t r u c t i o n s of e a c h of the sub groups of M a i p u r a n . as sufficient material b ec om es available, and eventual

1

v a chieve a more d e fi ni t iv e r e c o ns t ru ct io n of Proto-Maipuran to s up ersede the p r el i m i n a r y r e co ns t r u ct i on done h e r e ' .

(28)

Quanto ao seguinte hipoté ti co tronco Arauták, Payne (1991b : 365) nSo se pronuncia a seu respeito:

Proto- A rauta k

— Proto-Mai p u r an - A mu esha Chami curo Campa

lianiba (=Rio Içana Baniva,

Bani uta, H o h ô d e n e , Siusí ) o u t r o s ... — ? Proto-Arawá — Proto-Guahi bo-Culi na Den i Yamamadi Paumari Guahi bo Cui ba G uayabero Puqui na Harakmbet Amarakaeri Huachipaeri

1.2 O complexo dialetal B a ni wa do Içana

N So m en o s problemático, do que a classificaçSo das linguas Arawák, parece ser o que se pode denom in ar de complexo dialetal Baniwa.

0 e m p r e g o do termo Baniuta tem ocorrido de forma confusa e incoerente. M u i to s autores têm-no confundido, ora considerando-o lingua, ora dialeto, ora no lugar de outra lingua, ora como dialeto de o u tr a lingua. Isso tem dificultado s o bremaneira a

6Payne (1991b) marcou com

"?“ alguns protos por nSo querer

ainda afirmar que sejam Arawkk.

(29)

c l a s s i ficaçSo do Baníwa, p r i n c i p a lm e nt e por causa da escassez de dados d is po ní v ei s e já analisados, uma vez que o a cesso Às regiSes onde a língua tem s o br e v i do a té aos dias de hoje, é bastante difícil.

0 B a n íw a do Içana, e n qu a nt o família Arawák do rio Içana e seus afluentes, principalmente, rio Aiari e C u i a r i , faz parte do que se conven ci o no u chamar de

Complexo

Lingüístico

Baníwa-Kurri

pako

e abrange cerca de vinte grupos diferentes,

t r ad i c io na lm en te reunidos em três grandes grupos: K a r ú ta n a (falado no baixo Içana)

- K u rr i p a k o (falado no alto Içana)

- B aníwa do Içana (falado no m é di o Içana)

B AN Í WA DO IÇANA

Karútana

Yawarete-tapúya

Yurupari-tapúya

Urubu-tapúya

Yi boya-tapúya

Arara-tapúya

Kurripako

Paku-tapúya

Tatu-tapúya

Tapiíra-tapúya

Pato-tapúya

Kuati-tapúya

Bani ma

Hohòdene

Pixuna-tapúya

1ra-tapúya

Siusi-tapúya

Kama

- tapúya

Akuti-tapúya

R o g ri g u e s (1986), a p re se n ta a lguns dos nomes grupais do Baníwa do Içana, da seguinte forma:

Língua Baníma do Içana

A d

6

.ru-mi nanei (Karútana) Adzáneni, Adyánene, Adyána

(Koripáka) A i n i - d á k e n e i , Máulieni Awádzurunai Dzawí-minanei (Karútana)

Língua Geral

A r á r a- t a p úy a T a t u -t a p ú ya K á w a -t a p ú ya A ku t í -t a pú y a

Si gni fi ca

do

Gente da arara G e nt e do tatu Ge n te da vespa Gente da cut ia Y a wa r e t é - t a p ú y a Gente da onça 17

(30)

Dzúreme, D z ú re m en e Y a bó y a- t ap ú y a B úia-t ap úy a Tapií ra-tapúya H éma-d ák en e (Koripáka) Hohôdene, Hóho K a d a u p u r i t a n a , K a t a p or í t a na P i xú na-tapúya Kapité-mnanei (Koripáka) K ua ti -t ap úy a K a rú ta n a (vide Adáru-minanei ,

D z a w i - m i n a n e i , M a p á t s e - d á k e n e i , W á d z o l i - d á k e n e i )

Koripáka, Koripáko, Kuripáka (vide Adzárieni, K a p i t é - m n a n e i , K u m a d á - m n a n e i , Payualiene)

Kumadá-mnanei, Kumándene

(Kori páka)

Mápanai, Mápa-dákenei

Mapátse-dákenei

(Karútana)

Maulieni (vide Aini-dákenei)

Morí wene

Payualiene, Padzoaliene

(Koripáka)

Wádzoli-dákenei (Karútana)

Walipéri-dákenei

G en t e da jibóia G ente da anta ? Gente do preto ? G ente do quati Ipéka-tapúya P ato-tapúya

1

r a-tapúya Y ur u pa rí -t ap úy a

S ukuri yú -t ap úy a Pakú-t a pú ya U r ub ú- ta pú ya S i u s í -t ap úy a G ente do pato G ente da abelha G e nt e do jurupari Gente da sucuri G ente do pacu Gente do urubu Gente das Pléiades

Esses g ru po s e s p a lh am -s e ao longo de toda a m ar g e m do rio Içana, no e x t r e m o norte do E stado do Amazonas, na regiSo do Alto Rio Negro. S e n d o esse um dos m o tivos de m u it o s autores denominarem a lingua de B aniwa do Içana, mas m ui t as vezes é c onfundido com o Ban i va da G u ai ni a (do grupo B a n iwa-Yavi t e r o ) da bacia do baixo O r in o co e com Corripaco, que m ui t os têm considerado um d ialeto do Baniwa, baseando-se na e x pr e s s S o para "nSo tem" Ckorripakoü ou C k u r r i p a k o U . (Anexo 13)

(31)

Segundo G a lv Xo (1959:5) "...essa é uma regiSo de fronteira, nSo no s en ti do de confinar com repúblicas vizinhas, mas no de s i g n if ic ar uma Area onde a in da se processa um e nc on tr o de culturas, a indígena e a nacional e a e m e r gê n ci a de uma nova sociedade m e st iç a e a campesina."

Oliveira (1975:1) obteve inform a çS es contraditórias, quando de sua e s ta da na reejiSo do A l t o Rio Negro, s o br e a localizaçSo e xata dos Baníwa: "Segundo a lg un s r e pr e s en ta nt es da sociedade regional envolvente, eles se e n co n tr a m ao longo do rio Içana, sendo m e sm o conhecido como o rio dos

Baníwa^

e n q u a n to que para outros as a ld ei as desses í nd i os a c h a m - s e fixadas acima de Carará-Poço, no m édio Içana. (Anexo 14)

Já em O l iv ei ra (1979), há um m a p a do Alto Rio Negro, desenhado por um í nd i o Baníwa, com as respec ti va s localizaçSes dos Bani ufa, mais detalhado que o mapa e n c on t r a do em Oliveira (1975). (AnexolS)

0 Journal de la S ociété des A m é r i canistes de Paris publicou, em 1913, um trabalho de Chambe r la in , onde o autor elaborou uma lista provisória com a n o m e nc l a t ur a e d i st ri b ui çS o das principais tribus e sub-t r i bu s do t ronco lingüístico Arawák. Das 150 tribus e s u b- tr ib us a p re s e n t a d a s por Chamberlain, 45 estSo relacionadas com o complexo dialetal Baníwa, as quais sSo:

-Adzáneni -Bani va -Cadanapurí tana -Caruzana -Coatí 19

(32)

-Ciuçi - Cu r r i- c ar r o -Dérunei -Dzáui-mi nanei -HàLma-dákeni - Hu h ú te n i - Ipéka -Iyàii ne - Izanéni -Kapi ti-minanei - K a r út a n a -Katapoli tana -Káua -Kauyarí - K o r e ka r ú -Kuatí -Kumáta-mi nanei - K um àt en e -Mabát s i- dá k en i -Maní va - M a ta p y - t a p u y o - M a u ( a )1 iueni -M a úl ie n i - M o l í ueni -Oalí peri-dá.keni -Padzóaleni -Payoarini -Quatí 20

(33)

-Siusí - Su a se ú - Su k ur iy ú- ta pu yo -Tapii ra - Ta t ú - Ta t ú- Ta pu yo -Ua i namby-tapuyo --Uari per i dáqueni -Uátsoli-dákeni -V i bóya-tapuyo - Y u r up ar y- ta pu y o

Loukotka (1935), listou catorze sub-divisgSes da familia Arawák, e no grupo da Guiana incluiu Ban i va, Siusí e Ipeca.

De acordo com a classificaçïo de N i m u e n d a j u (1 9 5 5 ) , os dialetos do Baníwa do Içana a pr es e n t am - se o r ga n i z a d o s da segui n te forma:

- B a n i w a - Içana = Baníwa = Issana = Ban iva = Maniba = Ban iba = Kohoroxitari

- Ka r út an a = Carútana * Karuzana = C ar ru za na * C ar us a n a -Adáru-minanei = A r ár a -t ap úy a = Adaru

-Dzáwi-minanei = Dzawi = Dzavi = Y aw ar et é - t ap ú ya = Y a w a r e t é = Javarete = Korekaru

-Mapátse-dákenei = M a pache = Y ur up ar í -t a p ú ya = Yuruparí = Jurupari

-Wádzoli-dákenei = Wadzoli = Uadzoli = U r u b ú- ta pú ya = Urubu - K or ipáka = Koripáko = K ur ipáka = K u rr ip a ko = C u r r i c a r o =

Cu r ip ac a = Curricuri = Coripáca = Cori paco * C u r r i p a c o = Ko r is pa co = Korripaco

(34)

- Ad y An e ne = AdzAneni = AdyAna = A d z An e ne ■ Adiana = Izaneni = T a t ú- ta pú ya = Tatu

- K a p i té-mnanei = C a pi te = K u a t i - t a p ú y a = Cuati = Cost i = Karite-minariei

-Kumad A -m n an ei = K u m A nd e n e = K u m S d e n e = Ipéka-tapúya = Ipeca = P Ato-tapúya

- P a y u al í e n e * Padzo al ie ne = P a io ar i en e = P a yu li e n e = P a l i oa ri en e = Payoarini = P a k ú - t a p úy a = Pacu

- Hé m a - dA k e n e - T a pi ir a - t ap ú ya - KA r ro = K Arru

-Unhun = Enhen

-Airii-dAkenei = MAulieni = liauryene = KAuia-tapúya - KAua = Sukurufcú

-AwAdzurunai = A k ut i -t a p ú ya = Acuti

- Dz ú re m en e = D zu re m e m e = D z úreme = Y i bó y a- t a p úy a = B úi a - t ap ú y a = B úy a - t ap ú ya =

2

iboya

- Ho h ódene = Huhúdeni = H u h ú d e n e = Hohodeni = Huhúteni = H oh odena = H ó ho = Caua

- Ka d au p ur í ta n a = K a ta p or i t a na = C a ta p o li ta ni = K a t a po li ta n i = C a da u p u ri t a n a = K ad au ap u r i ta n a

-MApa-dAkenei = MApanai = I r a - t a p ú y a = Ira

-M o rl w en e = M o r i v e n e = M or iw en e- m Au li ne = S u c u r i y ú - t a p ú y a = S uc u ri yu

- Wa l ip ér i -d A ke n e i = V a li pe ri -d Ak en i * V e ri pe ri d ak en i = Waliperi = W a r i pe r zd é k e ne = U a l i pe r ed ak en ai = S i us i - t a p ú y a =

S í u j s í = Siusi = Siuci = Seuci = S iu s y = Cumata

- P ar a i u A r a - t a p ú y a - Uç A - ta p úy a

Brüzzi (1977:33), numa de s u as listas, faz r e fe rê nc ia à B an i b A - B aniva (Baniua, BanibA, Uaniva, Maniva) dizendo: "Mais do que um tribo, é um conjunto de tribos Arwake. E m b or a se en c on t re m m em br os dessas tribos d i sp ersos em uma ou outra localidade do Uaupés, seu habitat

é

o rio Içana." Brüzzi ainda me n ciona a d i visSo a pr es e nt ad a por Curt Nimuendajú, e m

Idiomas

(35)

indígenas dal Brasili

B a n iwas Ocidentais e B a n iMas Orientais. Registramos, aqui, apenas a referência aos Baniwas ocidentais:

K ar ú ta na (Baniwa do Içana, em Santa Ana) compreendendo 4 classes :

M ap á tse-dákenei ou Vurupari tapuya, Wádzoli-dákenei ou U r u b ú - t a p u y a , Dzawi-mi nanei ou Y au ar eté-tapuya e A d a r ú - m i nanei ou A r a r a - t a p u y a .

K a d au p u r it a n a (com duas formas: Baniwa de Tunui e do M a r i u á ) . M o r iw e n e ou Sukuruzú-tapuya (Baniwa de S e r i n g a - R u p i t á ) .

Walipe r i- da k en ei ou S i ws i- t ap uy a ou E s tr el a- ta pu y a (Baniwa de Carurú-poço, rio A i a r i ).

Ho h ód en e (Baniwa do Y a n d ú - c a c h o e i r a , rio Içana).

Iiá.ulieni ou Kawa-tapuya (Baniwa do Uirá-uaçú, rio Aiari).

Payuliene ou Pakú-tapuya (Baniwa do Acuti-igarapé, rio Içana). Adyáneme, Adyána ou T at ú- t ap uy a (Baniwa de Santa Rosa, rio

I ç a n a ).

Kumadá-minánei ou Ipeka-tapuya (Baniwa de S. Pedro, rio I ç a n a ) .

Kapité-minánei ou Coati- ta pu ya (Baniwa de Camuti-poço, rio I ç a n a ).

Em 196S, Loukotka, na c la ssificaçSo do grupo Baníva, ap r es en ta duas linguas: Bani va e Y a v itero (P a r e n i ou inda Yavitano) e inclui no grupo Baré, o dialeto S i u s i , como urna das linguas do grupo (Ualiperi-dákeni ou U e r e p e r i d á k e n i ). E quanto ao grupo Ipéca, inclui Ipeca (ou K u ma d a - m i nanei ou Baniva do Rio

I ç a n a ).

Como Rodrigues (1986) observou: "as relaçSes das linguas da família Aruák entre si sSo ainda pouco conhec i da s nos seus d e t a l h e s ...Essa falta de e s tudos comparativos afeta sobretudo línguas ou grupos de linguas a que se tem a tr ib uí do filiaçSo à

(36)

familia A r u A k , mas a té agora sem a a p re s e n t a ç S o de e v id ên c ia s c l a r a s ."

Embora inúmeros p e s q u is a d o re s e s te j am e ng aj ad os em e studos h i st ór ic o-comparativos, tanto no Brasil, quanto em paises, como a Venezuela, Peru, Colômbia, Bolivia), hÀ a i nd a uma imensa colcha de retalhos a ser, minuc i os am en te , r ec on st it ui da ac e rc a do parentesco dessas linguas.

(37)

2.0 Fonologia S i n c ró n ic a do Banlwa-Siusi

2.1 Sistemas f on ético e fonológico

2.1.1 Os sons e os fonemas s i s t em át ic os

Sato a t e s ta d o s 70 sons conson a nt ai s e 23 sons vocálicos, que derivam da a p li ca çS o o r d e n a da de 35 regras lexicais e dos 17 processos pós-le xi ca is aplicados aos 15 fonemas c on sonantais e 4 fonemas v o cá l ic os que compSem o sistema s u b j a c e n t e .

Inventário dos fonemas e dos sons:

2.1.1.1 C on so an te s

S istema fonal. Siusí BIL. DENT. ALV. A-P. RETR. PAL. VEL. GLOT.

O CL U SIVAS S UR DA S P îr t • ■ kO CL U SIVAS S ON OR A S bd • ■ • • ■ A FR ICADA SURDA • • ts • • m » ■ A FR ICADA S O NORA • • dz a • • « • N ASAIS mn • • m ■ • F LA P E LATERAL • • J • ■ • • ■ A PROXIMANTES « ■ • •

A.

j UJ h C O NS OA NT ES FLUTUANTES:

C e V no 'skeletal tier' e sem a s s oc ia çS o

H = 'floating' g l o t a l , só a s s oc i a d o ao 'skeletal tier'

Enquanto que a presença de /h/ é indicada pela metâtese s eguida de a s p i raçSo/ensurdecimerito da consoante precedente e

(38)

pela coalescência /ai/ — > CeD em ves de CajD, a presença do /H/ flutuante detecta-se somente pela fusSo vocálica.

Sistema fonético Siusi BIL DENT ALV. A-P. RETR PAL. VEL . GLOT

OCLUS I VA S SURDAS P ír t • • ■ k ? O C LU SIVAS SONORAS b • • • • • • O C LU SIVAS A S PI RADAS SU ph th khA FR I C AD A S U R D A ts A F RI CADAS A S PI RADAS SU ■ ■ tsh

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• • • A F RI CA DA SONORA mdz ■ ■ • • • NASAIS m m nm n II • NASAIS SURDAS IP m

0

• • D ■ •

FLAPE LATERAL SONORO

J • • ■ • *

FLAPE LATERAL SURDO • ■

4

• ■ • APROXIMANTES SONORAS • • •i j IDAPROXIMANTES SURDAS • ■ ■ •

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J V h G BSTRUINTES P A L A T A L I Z A D A S : pJ, t', k', b», d J, p h J , th J, khJ, J*J, hJ, t ^ J , d z S

S OANTES PALATAL IZADAS s m', ipJ, jJ, JJ,

4

',

O B ST RU INTES LABIAL IZADAS s pw , tw , kw , bw , dw , phw , thw , kh~, J*~, h~, tSw , ts*w , dzw

SOANTES LABIAL IZADAS: m w , n~, p w , çiw , ç w , Jw , jw , ^w ,

(39)

S i s t em a fonoló ciico S i u s l

V OG A IS ALTAS i u

VOGAL MÉDIA e

VOGAL BAIXA a

V O GA L F L U T UA N T E V (no 'skeletal tier' e sem associaçSo)

T O N S F L U T U A NT E S ALTO Ÿ e BAIXO V (no tier tonal associado ao 's k e l e t o n ')

NSo há ditongos nem vogais longas mas só vogais breves c o n t i g u a s a s so ci a da s a um único V no 'skeletal tier'.

S i s t e m a fonético S i u s i :

V O G A I S ALTAS i u i : u : T

a

V O G A I S M ÉDIAS ALTAS e o e : o :

ë

s

V O G A I S MÉDIAS BAIXAS e

o

e: d

:

V O G A I S BAIXAS a a : 3

D I T O N G O S DECRESCENTES: ej, a j , uj, oj, ê_, 2_, Q_,

8

^

Cada vogal fonética pode ser breve ou longa, acentuada ou átona, oral ou nasal, havendo uma única vogal a c e n t u a d a ('PITCH') para cada r e al iz a çã o fonética de uma p a l a vr a fonológica.

LIMITES;

LI M I TE S FONOLÓGICOS: ##, #, #, =, -, +, *

LI M I TE S FONÉTICOS: ##, «

(40)

2.1.2. Os traços distintivos

0

c on ce i t o de traço distintivo foi incorporado pela t eoria auto-s e gm en ta l de um modo sui generis.

0

termo 'traço' é t radicionalmente usado para cobrir duas noçSes logica me nt e distintas, mas que, na prática comum, sSo f r eq ü e nt e me n t e confundidas. Uma primeira c on cepçSo dos t raços é aquela c o nh ecida como classi ficató r i a . segundo a qual os t raços s ervem para definir e, até um certo ponto, predizer as p o ss íveis classes naturais das línguas humanas, que sSo d ef i ni d a s pelas d i versas intersecçSes dos conjuntos de s e g m e nt o s p o s su i do r e s de traços +F ou -F. A s e gunda concepçSo dos traços é q u a l if i ca da de c o m p o n e n c i a l . na qual eles s e rvem para e s p e c i f i c a r as diver sa s características ou 'cues' s i mu l t â ne a s que c ompSem um determ in ad o evento a r t iculatório ou acústico.

No â mb i to da fonologia auto-segmental e x istem dois m o d e l o s teóricos o po st os que estSo, atualmente, disput an do o m e r c a d o da f on o lo gi a moderna: o m odelo conhecido como 'C l a s s - N o d e M o d e l ' (ou 'F e a t ur e- H ie rarchv M o d e l ' ) de Mohanan (1983) e C le me n ts (1985)e o outro conhecido como 'Sd í r a l - N o t e b o o k M o d e l ' (ou * R o l lodex M o d e l '). proposto no meio da d écada de 70 por H al le (1900) e por G o ld sm i t h (1976).

Na p re sente i n t e rp r e t aç S o , foi a d ot ad o o m od el o do 'caderno de espiral*.

Ambos os m o de lo s propSem que todos os traços sSo a u t o - s e g m e n t o s c ol ocados em 'tiers' separados, o que implica que a a s s i m i l a ç S o de q ua lquer traço é possível. Contudo, as duas t e or ia s divergem no que diz respeito ao tratamento das a s s i m i l a çS e s que e n vo l ve m mais do que um ú nico traço.

Referências

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