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Relatório de Atividade Profissional: docência, desporto autárquico e associativo, Celorico a Mexer. caraterização da aptidão funcional dos utentes do programa “Celorico a Mexer”, do concelho de Celorico de Basto

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Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

2º CICLO EM ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

NOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

Relatório de Atividade Profissional

Docência, Desporto Autárquico e Associativo,

Celorico a Mexer

Caraterização da aptidão funcional dos utentes

do programa “Celorico a Mexer”

,

do concelho de

Celorico de Basto

Mestrando – Paulo Jorge Teixeira Mesquita Nogueira

Orientadores – Maria Paula Gonçalves da Mota

– Paulo Alexandre Vicente dos Santos João

(2)

UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

RELATÓRIO DE ATIVIDADE PROFISSIONAL PARA

OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE

2º CICLO EM ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA NOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

Orientadores: Professora Doutora Maria Paula Gonçalves da Mota

Professor Doutor Paulo Alexandre Vicente dos Santos João

Paulo Jorge Teixeira Mesquita Nogueira

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i

Dissertação elaborada com vista à obtenção do grau de Mestre em

Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário, ao abrigo

do artigo 16.º do Decreto -Lei n.º 74/2006, de 24 de Março, com as

alterações introduzidas pelos Decretos-Leis n.ºs 107/2008, de 25 de

Junho, e 230/2009, de 14 de Setembro, sob a orientação da Profª. Dra.

Maria Paula Gonçalves da Mota e do

Profº Dr. Paulo Alexandre Vicente dos Santos João.

(4)

I

Agradecimentos:

A concretização deste documento, importante para o culminar desta etapa a nível pessoal e profissional, mesmo tratando-se de um trabalho de caráter individual, a sua realização não seria possível sem a participação, colaboração, orientação e incentivo de algumas pessoas. Desta forma, gostaria de expressar a minha gratidão e obrigado a todos aqueles que contribuíram para a realização deste documento:

Aos meus orientadores, Professora Doutora Paula Mota e Professor Doutor Paulo Vicente, por terem aceitado orientar-me, pela competência científica no acompanhamento do trabalho, pela disponibilidade e generosidade reveladas ao longo do percurso deste trabalho.

À Rita Miguel, pelo apoio, incentivo, motivação, paciência e por ser companheira nesta etapa da minha vida. O meu obrigado! Para sempre!

Aos meus idosos, que voluntariamente realizaram as provas com afinco, empenhamento, preocupação e entrega total. Pelo contributo que ofereceram a este estudo no enriquecimento a nível humano e do ponto de vista científico. Pela amizade, carinho, pelas palavras de ensinamentos e experiência e sobretudo, pela oportunidade de partilhar bons momentos convosco. O meu obrigado!

A todos os meus colegas professores, do departamento de desporto do Município de Celorico de Basto, Nuno Freitas, Nuno Magalhães, João Oliveira, Sandra Novais, Vera Pereira, Hélder Carvalho, e Domingos Silva. Pela partilha da experiência e conhecimentos que marcaram este meu percurso profissional relatado neste documento. Para além do prazer de ter usufruído da vossa amizade. Ao gabinete da Coordenação Municipal do Desporto e da Cultura, nas pessoas do David Pinto, Artur Bastos, Nuno Lopes e Ricardo Sousa, pelo auxílio, disponibilidade e ajuda na realização de todas as etapas deste trabalho.

Ao Sr. Presidente da Câmara Municipal, Dr. Joaquim Mota e Silva, ao Sr. Vereador do Pelouro do Desporto, Prof. Carlos Peixoto, aos meus Coordenadores, Dr. Peixoto Lima, Dr. Pedro Teixeira e Dr.ª Maria José Marinho e a todos os colegas que trabalharam em colaboração comigo, por todo o apoio que me foi dado, em termos de relacionamento pessoal, de transmissão de conhecimentos profissionais e de contribuição para o melhor desempenho no desenvolvimento do trabalho.

A todos os intervenientes do Programa “Celorico a Mexer”, Dr.ª Helena Martinho Costa, Coordenadora dos Serviços Sociais, Dr.ª Natália Alves e Dr. Pedro Moreira, Dr.ª Anabela Freitas, Dr.ª Célia Lima, Dr.ª Patrícia Meireles, Dr. Hugo Martins, Dr.ª Carla Moura, Dr.ª Ana Simões, Dr.

(5)

II

Rui Pinto e Dr.ª Sílvia Cunha e a Sr.ª Enfermeira Cristina Moreira. A todos eles, o meu sincero agradecimento pela dedicação e contribuição na realização deste trabalho.

Aos meus pais, por todo aquilo que eles representam para mim, e todo o incentivo e ajuda sempre demonstrada para poder alcançar esta etapa da minha vida. Sereis sempre o meu leme!

A todos aqueles que possam não estar aqui registrados e tenham contribuído de alguma forma para este trabalho, o meu obrigado!

(6)

III

Índice:

Agradecimentos: ... I Índice de Quadros ... VI Índice de Figuras ... VII RESUMO: ... VIII Abstract ... IX Abreviaturas: ... IX

Introdução ... 1

Parte I ... 2

1. Enquadramento Legal do Relatório de Atividade Profissional ... 2

2. Percurso Académico ... 3

3. Formação Complementar ... 4

4. Docência ... 5

4.1 Docência no Pré-Escolar ... 5

4.1.1. A Educação Física – Motora no Contexto da Educação Pré-Escolar ... 5

4.1.2. Caraterização do Infantário da Vila (Celorico de Basto) ... 6

4.1.3. Atividades, Tarefas e Funções Desenvolvidas ... 6

4.2. Docências no 2º Ciclo: ... 7

4.2.1 Experiências no 2º Ciclo: ... 7

4.2.2. Atividades desenvolvidas: ... 8

4.2.3. Cargos Desempenhados: ... 8

4.2.4. Metodologias e Estratégias no Processo Ensino-Aprendizagem no 2º Ciclo ... 10

4.2.5. Considerações Finais Relativas ao 2º Ciclo: ... 11

4.3. Docência na Atividade de Enriquecimento Curricular (AEC) ... 12

4.3.1. O contexto da Atividade Física e Desportiva (AFD) como (AEC): ... 12

4.3.2. Caraterização do Agrupamento de Escolas de Celorico de Basto ... 13

4.3.3. Mudanças e Evolução da AFD ... 14

4.3.4. Experiencias e Realidade Escolar ... 15

4.3.5. Planificação ... 16

4.3.6. Intervenção e Estratégicas Adotadas ... 18

5. Desporto... 19

5.1. Desporto na Autarquia: ... 19

5.2.1. Percurso Desportivo na Modalidade de Basquetebol:... 20

5.2.2. Condições Gerais de Treino ... 21

5.2.3. Qualidade das Competições ... 21

(7)

IV

5.3. Percurso Desportivo na Modalidade de Futsal ... 22

5.3.1 Condições Gerais de Treino ... 23

5.3.2. Qualidade das Competições ... 23

5.3.3. Apreciação do Trabalho Desenvolvido ... 23

5.4. Eventos Desportivos Promovidos pelo Município ... 24

5.5. Desporto Associativo ... 25

5.5.1. Caraterização da Associação ... 25

5.5.2. Percurso Desportivo na Modalidade de Futebol ... 25

5.5.3. Condições Gerais de Treino ... 26

5.5.4. Qualidade das Competições ... 26

5.5.5. Apreciação do Trabalho Desenvolvido ... 27

6. Terceira Idade – Projeto Celorico a Mexer ... 27

6.1. Caraterização do Concelho de Celorico de Basto ... 27

6.2. Objetivos e Valências do Projeto “Celorico Amigo”- Celorico a Mexer ... 28

6.3. Atividades e Intervenção na Área da Atividade Física ... 29

6.4. Apreciação da Intervenção no Projeto Celorico a Mexer ... 29

7. Reflexão Critica sobre as Atividades Realizadas e Perspetivas de Futuro ... 30

Parte II ... 33

8. Caraterização da aptidão funcional dos utentes do progrma “Celorico a Mexer” do concelho de Celorico de Basto ... 33

8.1. Introdução ... 33

8.2. Revisão da literatura ... 34

8.2.1. Alteração das Capacidades Funcionais do Idoso ... 34

8.2.2. Composição Corporal ... 34

8.2.3. Força e Resistência Muscular ... 35

8.2.4. Flexibilidade ... 36 8.2.5. Mobilidade Física ... 37 8.2.6. Componente Cardio-Respiratória ... 38 8.3. Metodologia ... 39 8.3.1. Amostra ... 39 8.3.2. Procedimentos ... 39

8.3.3. Sequência na aplicação dos testes ... 40

8.3.4. Instrumentos: ... 41

8.3.5. Procedimentos estatísticos ... 45

8.4. RESULTADOS ... 45

(8)

V 8.6. Conclusão ... 52 9. Bibliografia: ... 53 10. Anexos: ... 65 Anexo I ... 65 Anexo II ... 70 Anexo III ... 71 Anexo IV ... 72

(9)

VI

Índice de Quadros

Quadro 1 - Percurso desportivo na modalidade de basquetebol. ... 20

Quadro 2 - Percurso desportivo na modalidade de futsal. ... 22

Quadro 3 - Percurso desportivo na modalidade de futebol... 25

Quadro 4 - Descrição do Protocolo da Bateria de teste de Rikli e Jones ... 42

Quadro 5 - Análise descritiva das variáveis antropométricas, hemodinâmica e saúde atual. ... 45

Quadro 6 - Análise descritiva das variáveis antropométricas, hemodinâmicas e saúde atual dos homens e mulheres ... 46

Quadro 7 - Análise comparativa das variáveis dos parâmetros físicos entre homens e mulheres ... 47

Quadro 8 - Correlação dos parâmetros físicos com as variáveis Sexo, Idade, Antropométricas, Hemodinâmicas e Saúde Atual... 48

(10)

VII

Índice de Figuras

Figura 1 - Rede Escolar do Concelho de Celorico de Basto ... 13 Figura 2 - Percentagem do pessoal discente com apoio da ação social escolar ... 14 Figura 3 - Localização Geográfica do Concelho de Celorico de Basto ... 28

(11)

VIII

RESUMO

Este documento visa relatar as atividades desenvolvidas ao longo da carreira profissional, através duma descrição critica e reflexiva das minhas dificuldades, incertezas e inquietações, mas também as estratégicas, intervenções e soluções presentes em todo este percurso.

Ao chegar ao final desta etapa da minha formação, e considerando este processo como um acumular de instrução para a minha intervenção futura, foram as várias áreas em que recolhi formação e experiência e transformei a minha atuação diária.

Seguindo as linhas orientadoras para a elaboração de relatórios de atividade profissional, o presente documento será organizado numa primeira parte, onde vai focar as três áreas de intervenção; Professor na área da Educação Física; Treinador das modalidades basquetebol, futsal e futebol e técnico de desporto no contexto da Terceira Idade.

Relativamente à segunda parte do trabalho, e com o intuito de enriquecer o presente documento, será apresentado um estudo com o objetivo de caraterizar a aptidão funcional dos utentes de ambos os sexos, do concelho de Celorico de Basto, participantes no projeto Celorico a Mexer, e ainda, analisar de que forma o nível de aptidão física está associado á perceção de saúde desses utentes. Participaram no estudo um total de 279 utentes, 237 do sexo feminino e 42 do sexo masculino. Como instrumentos de medida, utilizou-se um questionário de anamnese, dados Hemodinâmicos e Antropométricos e a bateria de Testes Rikli e Jones. Na análise dos dados, optou-se pela estatística descritiva, comparativa e coeficiente de correlação, através do t-test, teste Mann-Whitney e correlação de Spearman (rho). Os principais resultados evidenciaram que as mulheres têm uma melhor aptidão física do que os homens, mas estes tendem a percecionar a sua saúde como mais positiva do que as mulheres. As conclusões alcançadas, para o total da amostra, apresentaram valores considerados de excesso de peso e distribuição de gordura dentro da zona de risco para a saúde, tendo os homens apresentado um valor médio do perímetro da cintura e RCA maior do que as mulheres e uma menor aptidão física, no entanto consideram a sua saúde atual melhor de que as mulheres, mesmo quando comparados com utentes da mesma idade, revelando que a melhor aptidão física evidenciada pelas Mulheres não teve influência numa melhor perceção do estado de saúde.

PALAVRAS-CHAVE: ATIVIDADE PROFISSIONAL; PROFESSOR; TREINADOR; TÉCNICO DE DESPORTO; EXERCÍCIO FÍSICO PARA IDOSOS.

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IX

Abstract

This document aims to describe the activities developed throughout my professional career, through a critical and reflective description of my difficulties, uncertainties and concerns, but also strategies, interventions and present solutions during this course.

Approaching the end of this stage of my training and considering this as the process where I accumulated knowledge for my future intervention, there were several areas of training and experience that enriched my daily activities.

Following the guidelines to prepare the professional activity report, this document will be organized in the first part, which will focus on three intervention areas; professor of physical education; coach of basketball, futsal and football and sports technician for Third Age.

In the second part of the work, and in order to enrich this document, will be presented a study whose purpose is to characterize the functional ability, for both sexes, of users of the project Celorico a Mexer, in Celorico de Basto and also analyze how the level of physical ability is associated to perception of health of those users. Where a total of 279 users, 237 female and 42 male. As measuring instruments, were used an anamnese questionnaire, Hemodynamic and Anthropometric data and the battery of tests Rikli and Jones. For data analysis, it was used descriptive, comparative statistics and correlation coefficient, through t-test, Mann-Whitney test and Spearman correlation (rho).

The main results showed that women have a better physical ability compared to men, but these tend to look to their health in a more positive way than women. The conclusions reached for the total sample, showed values of overweight and fat distribution within the risk zone for health; men presented an average value of waist circumference and RCA higher than women and a lower physical ability, but consider their current health better than women, even when compared with seniors of the same age, revealing that the best physical ability showed by women had no influence in a better perception of health status.

KEYWORDS: PROFESSIONAL ACTIVITY; PROFESSOR; COACH; SPORTS TECHNICIAN; PHYSICAL ACTIVITY FOR THE ELDERLY.

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X

Abreviaturas

2.44 metros – Sentado, caminhar 2.44 e voltar a sentar; ABB – Associação de Basquetebol de Braga;

ABV – Associação de Basquetebol de Viana; ACSM – American College Sport of Medicine; AEC – Atividade de Enriquecimento Curricular; AFB – Associação de Futebol de Braga;

AFCB – Associação de Futsal de Celorico de Basto; AFD – Atividade Física e Desportiva;

AVD`s – Atividades de Vida Diária; BTT – Bicicleta Todo Terreno

CAE – Centro Administrativo de Educação; CDC – Clube Desportivo Celoricense; Cm – Centímetros;

CRUP – Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas; DP – Desvio Padrão;

Idade/Saúde – Comparando-se com as pessoas da sua idade, como acha a sua saúde?; IMC – Índice de Massa Corporal;

ISCE – Instituto Superior de Ciências Educativas; Kg – Quilograma;

Km2 – Quilómetros Quadrados;

Levantar/Sentar – Levantar e sentar na cadeira; m – Metros;

m2 – Metros Quadrados;

mmHg – Milímetros de Mercúrio;

N - Frequência de Indivíduos; NIH - National Institutes of Health

;

P – Significância;

P. Anca – Perimetro de Anca; P. Cintura – Perimetro da Cintura;

(14)

XI

PAD – Pressão Arterial Diastólica; PAS – Pressão Arterial Sistólica;

RAP – Relatório de Atividade Profissional; RCA – Rácio da Cintura e Anca;

Saúde Atual – Como considera a sua saúde atual; SDC - Surgeon General Report;

SPSS – Statistical Package for the Social Sciences;

t – t – teste;

UTAD – Universidade de Trás os Montes e Alto Douro; VO2 máx. – Consumo Máximo de Oxigénio;

WHO – World Health Organization;

(15)

1

Introdução

O presente documento surge com o objetivo de alargar e complementar conhecimentos, no âmbito do plano de recomendação do CRUP, na Universidade de Trás dos Montes e Alto Douro, no ciclo de estudo referente ao grau de Mestre, no ensino da Educação Física nos ensinos básicos e secundários. A elaboração deste trabalho têm a função de documentar e relatar, através de uma reflexão descritiva e crítica o desenvolvimento das práticas profissionais de professor, técnico de desporto e treinador realizadas ao longo do meu percurso académico e profissional.

Partindo deste pressuposto, este trabalho apresenta duas partes:

A primeira visa descrever as minhas práticas profissionais, encontrando-se subdividida em 3 partes: 1. Docência, onde é descrita a minha intervenção como professor na área da Educação Física, a

nível do ensino no pré-escolar, 2º ciclo e nas Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC`s); 2. Desporto, relatando o meu papel como treinador/Coordenador no desporto autárquico, nas modalidades de basquetebol e futsal e no desporto associativo, a nível da modalidade de futebol;

3. Projeto Celorico a Mexer, descrevendo a experiência e particularizando a minha intervenção no contexto da Terceira Idade.

Relativamente à segunda parte, é apresentado um estudo onde se propõe caraterizar a aptidão funcional de utentes do programa “Celorico a Mexer”, de ambos os sexos, e residentes no Concelho de Celorico de Basto e ainda, analisar de que forma o nível de aptidão física está associado à perceção de saúde de idosos. Este estudo enquadra-se na importância do Projeto Celorico a Mexer representa para a população idosa do concelho, na relevância destes projetos no combate do fenómeno social da velhice e na significância deste tema no meu percurso e exercício profissional.

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2

Parte I

1. Enquadramento Legal do Relatório de Atividade Profissional

O relatório de atividade profissional na Universidade de Trás os Montes e Alto Douro (UTAD), enquadra-se no contexto legal, respeitando as exigências legais e institucionais, com base na legislação, do artigo 20.º do Decreto-lei n.º 74/2006, de 24 de março, alterado e republicado pelo Decreto-lei n.º 107/2008, de 25 de junho, e alterado pelo Decreto-lei n.º 230/2009, de 14 de setembro. A aquisição do grau de mestre pelos licenciados Pré-Bolonha, através da aplicação da recomendação do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) na UTAD, realizou-se no âmbito das seguintes orientações:

Artigo1.º

É criado na Universidade um regime excecional de admissão aos 2.ºs ciclos (mestrados) destinado apenas a candidatos detentores de licenciaturas concluídas ao abrigo do sistema de graus anterior ao “processo de Bolonha”.

Artigo 2.º

Os licenciados Pré-Bolonha que pretendem obter o grau de mestre num curso de 2.º ciclo que se situe na mesma área científica da sua formação de licenciatura podem requerer avaliação da possibilidade de creditação automática na componente letiva do referido mestrado, distinguindo-se as seguintes situações:

b) Na situação dos licenciados Pré-Bolonha que pretendem obter o grau de mestre num curso de 2.º ciclo que se situe na mesma área científica e que possuam mais de 5 anos de experiência profissional relevante, podem requerer avaliação da possibilidade de creditação automática na componente letiva do referido mestrado. Na componente não letiva, poderão optar entre fazer um relatório detalhado da sua atividade profissional ou fazer uma dissertação, sendo sempre objeto de prova pública.

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3

2. Percurso Académico

Desde que tenho memórias que revejo-me em ambientes de atividades físicas, desde jogar Futebol, na rua com os meus colegas, longos passeios e percurso de montanha de bicicleta, brincadeiras e jogos com a natureza como plano de fundo.

Na Escola as horas de recreio eram passadas entre competições inter-turma de Futebol e jogos variados como as caçadinhas, corridas de estafetas, STOP com bola, entre outras brincadeiras. Os anos passaram e a Escola e a rua fizeram sempre parte do meu mundo desportivo.

Desde do 5º ano era sempre assíduo nos torneios inter-turma de Futebol e nas mais variadas provas de Atletismo promovidas pelo grupo de professores de Educação Física.

Com o completar dos meus 12 anos, iniciei o meu percurso de atleta federado em Futebol de 11,começando esse trajeto no escalão de iniciados do Clube Desportivo Celoricense (CDC), onde permaneci até o escalão de Juniores, completando um conjunto de 5 épocas consecutivas na prática deste desporto.

Terminando o 12º ano de escolaridade, e em concordância com todas as experiências desportiva da minha infância e adolescência, tomei a decisão de abraçar a profissão de Professor na área de desporto, e inscrevi-me no Instituto Superior de Ciências Educativas (ISCE) de Felgueiras, no curso de Professores do Ensino Básico, 2º Ciclo, na Variante Educação Física.

Deu-se início ao meu percurso académico, num curso de desporto de 4 anos curriculares e com estágios integrados a partir do segundo ano.

Chegou o 2º ano do curso e com ele, realizou-se o meu primeiro contato com o ensino em contexto de estágio no infantário de Margaride, em Felgueiras. Essa realidade de ensino consistia na aplicação de sessões de expressão físico-motora em crianças, com idades compreendidas entre os 3 e os 6 anos, uma vez por semana.

No ano curricular seguinte, a experiência consistia na aplicação de aulas de expressão físico-motora, a uma turma do 2º ano de escolaridade da EB1 de Lustosa, sediada no concelho de Lousada.

No último ano do curso o estágio realizou-se no âmbito do 2º Ciclo, na Escola EB 2 e 3/s de Celorico de Basto, centrada numa turma do 5º ano que ficou ao meu encargo e do meu colega de estágio, ao longo de um ano letivo para a aplicação das aulas de Educação Física e todas as tarefas e funções aderentes. Todas estas experiências adquiridas em contexto de estágio causaram grandes mudanças, mas também me fizeram sentir que estava a passar a fase de aluno para o Professor. Foram anos de múltiplas aprendizagens trazidas através das análises dos orientadores, ajudando-me a ultrapassar os aspetos onde tinha dificuldades e onde a prática evidenciava essas mesmas falhas, que fui corrigindo.

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4

3. Formação Complementar

No meu entender ser Professor é um processo contínuo de crescimento e formação profissional. Existindo sempre uma necessidade de procura de conhecimento e atualização perante a realidade do mundo profissional.

Dada esta minha visão, senti sempre uma permanente necessidade de atualização nas várias áreas desportivas, na procura de poder acrescentar algo mais a minha formação pessoal e enriquecer o meu currículo profissional.

Durante e após o término da minha licenciatura frequentei diversas formações, Workshops, conferências e ainda me propôs a realizar vários cursos complementares, que passo a mencionar:

 Em 2002, curso de Treinadores de Futebol Nível I, organizado pela Federação Portuguesa de Futebol;

 No ano 2003, curso de Treinadores de Ténis Nível I, organizado pela Federação Portuguesa de Ténis;

 Em 2005, curso de Treinadores de Basquetebol Nível I, Organizado Pela Federação Portuguesa de Basquetebol;

 Também em 2005, Curso de Técnico de Cultura Física Nível I, Promovido pela Federação Lusa de Cultura Física;

 Em 2010, curso de Atividade Física para Idosos, promovido pela entidade PromoFitness;

 No mesmo ano, curso de Formação de Técnicos de Marcha e Corrida, promovido pelo Programa Nacional de Marcha e Corrida.

 No ano 2012, através da via académica adquiri a Cédula de Treinador de Voleibol Grau I, atribuída pelo Instituto Português do Desporto e Juventude;

Relativamente a formações, conferências e Workshops, tenho a referenciar os seguintes:

 Formação de Monitores e Animadores de Minibasquete credenciada pela Federação Portuguesa de Basquetebol;

 Participação na Escola EB 2,3 de baguim na Ação de Formação “Aeróbica na Escola”;

 Participação na Escola EB 2,3 Caíde de Rei na Ação de Formação de Golfe;

 Participação na Escola EB 2 e 3/s de Celorico de Basto na Ação de Formação “A importância da atividade física no desenvolvimento da criança”;

 Participação na Escola EB 2,3 de Penafiel nº 3 na Ação de Formação “Voleibol – da Escola para a competição”;

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5

4. Docência

4.1 Docência no Pré-Escolar

4.1.1. A Educação Física – Motora no Contexto da Educação Pré-Escolar

A Educação Física é a área que promove o movimento do corpo, e ao mesmo tempo, concebe o amadurecimento global do ser humano. Para tal, a Educação Física estabelece um conjunto de objetivos fundamentais para a formação dos alunos. Esses objetivos suportam um conjunto de exercícios que visam desenvolver diversas capacidades indispensáveis para a vida ativa e saudável. Para Neves (2002), a Educação Física assume um papel nas escolas portuguesas de formação, saúde e cidadania. Formação pelo seu papel de formação das crianças, estimulando e desenvolvendo as capacidades motoras, socio-afetivas e cognitivas. De saúde pelo papel de um estilo de vida ativa promovida por hábitos, atitudes e práticas desenvolvidas na escola. E cidadania devido a Educação Física oferecer as crianças uma multiplicidade de atividades físicas e desportivas, a que alguns dificilmente teriam acesso.

Neste sentido, a Educação Física incorpora o currículo da Educação do Pré-Escolar, a área de Expressão e Comunicação, sendo identificada por Domínio da Expressão Motora.

As crianças quando iniciam o seu percurso no Pré-Escolar, não se apresentam como uma tabua rasa, já possuem alguns requisitos motores básicos e experiências de vida. Devendo a área de Domínio da Expressão Motora proporcionar situações de exercício de motricidade global e fina, provocando uma melhor utilização e melhor domínio do seu próprio corpo (Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar, 1997).

De salientar ainda que, as crianças em idade Pré-Escolar produzem grandes progressos a nível das competências motoras grossas, que envolvem os músculos maiores, tais como correr e saltar, e igualmente nas competências motoras finas, produzidas por músculos pequenos e a coordenação olho-mão, no desenvolvimento de atividades como abotoar e desenhar (Papalia, Olds e Feldmam, 2001).

Por estes subpostos, as crianças devem executarem uma variedade de exercícios que desenvolvam a psicomotricidade, tomando consciência de si ao utilizarem o seu corpo e aperceberem-se das suas potencialidades e limites. Os momentos de expressão motora devem igualmente promover a interação desenvolvendo capacidades transversais e de formação de conceitos.

Consequentemente o professor deve proporcionar situações de exploração pela criança, do corpo e do movimento no espaço e no tempo, para que movimentos inicialmente rudimentares, após executados variadas vezes, possam ser controlados de forma eficaz e automatizada, preparando as crianças para a aquisição de competências cada vez mais complexas.

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6 As atividades planeadas pelo professor devem estabelecer uma atitude exploratória através de jogos e movimentos que apelem à imaginação, confrontação, imitação, fantasia, afetos, colaboração, cooperação, ética desportiva, moral e compreensão do outro.

De acordo com Condessa (2006), as atividades devem se planeadas em alternância entra a liberdade e o controlo, a participação individual e em grupo; a estimulação e o reconhecimento de novas formas e movimento e a repetição de exercícios; situações de experiências motoras e aquisição e desenvolvimento de habilidades motoras.

Sendo assim, o trabalho desenvolvido pelo professor visa o despertar das potencialidades das crianças, relacionadas com as suas capacidades de produzir movimentos e do conhecimento que têm de si própria, promovendo habilidades percetivo-motoras, interação umas com as outras, proporcionando a aprendizagem e controlo das suas emoções e cooperação entre colegas.

4.1.2. Caraterização do Infantário da Vila (Celorico de Basto)

O infantário da vila encontrava-se integrado no Agrupamento Horizontal de Escolas da Vila, situado na freguesia de Britêlo, Concelho de Celorico de Basto, na Rua 5 de Outubro, utilizando as antigas instalações da C +S de Celorico de Basto. No edifício que se localizava-se no centro da vila, funcionava em 6 salas. Era constituído por um refeitório e uma cozinha adjacente, casas de banho para as crianças e um para os adultos, um dormitório, um pavilhão gimnodesportivo e um espaço de psicomotricidade com baloiços, túneis e balancés. O Espaço destinado à atividade física era amplo e com boas dimensões, cerca de 150 m2 (metros quadrados), com um piso em soalho, equipado com espaldares,

balizas e tabelas de basquetebol. Usufruía de uma boa luz natural e um bom pé direito de altura. Era composto ainda por dois vestuários equipados com casas de banho e chuveiros. Existia ainda uma despensa destinada à arrumação de todo o material, desde bolas variados tamanho e cores, arcos de diversas cores e vários diâmetros, varas de tamanhos e cores variadas, cordas e colchões.

4.1.3. Atividades, Tarefas e Funções Desenvolvidas

De acordo com Moreira (2004), a construção de uma planificação deve proceder a determinados processos, iniciando-se por avaliar as necessidades das crianças. Assim, levando em consideração estes requisitos procurei juntos das educadores recolher essas informações essenciais para poder construir uma planificação adequada as capacidades, potencialidades, necessidades e dificuldades dos alunos. Claro que não obtive informações completas das caraterísticas de cada criança ou de cada grupo em geral, pelo que com o decorrer do ano letivo presenciei momentos fulcrais de recolha de dados referentes essas caraterísticas pertinentes para a melhoria do ensino.

(21)

7 A cooperação da educadora de cada grupo mostrou sempre essencial para a planificação de cada aula, através da reflexão em conjunto sobre o que correu melhor ou pior, as dificuldades encontradas e os momentos bom e maus da aula, estabelecíamos os conteúdos a programar para a próxima aula, as atividades que faziam sentido ser utilizadas e os materiais e técnicas a usar. Não se tratava de aplicar a teoria à prática, mas sim produzir através da reflexão (Pereira, 2009). De fato, esta prática era primordial para o meu desenvolvimento profissional, de forma a desempenhar eficazmente a minha função, percebendo as minhas falhas e assim podendo elaborar melhor os meus próximos planos de aula.

Com estes procedimentos, apercebi-me de como proceder para a construção de uma planificação mais eficaz, exequível e adequada as necessidades e potencialidades do grupo. Ao longo do ano letivo estas informações foram aperfeiçoadas e dessa forma, fui crescendo, evoluindo e melhorando o meu perfil de professor.

4.2. Docências no 2º Ciclo

4.2.1 Experiências no 2º Ciclo

No ano letivo de 2000/01 realizei Estágio Pedagógico na Escola EB 2 e 3/s de Celorico de Basto, em Celorico de Basto, onde lecionei o 5º ano de escolaridade de Educação Física. Na Escola EB 2 e 3/s de Celorico de Basto, no ano letivo 2003/04, foi-me atribuído, um horário de 22 horas semanais constituído por 4 turmas (uma de 5º ano, uma de 6º ano, uma do 7º ano e uma Turma do 9º ano de escolaridade), uma direção de Turma, um Grupo de Competição (Desporto Escolar) de Voleibol e o Cargo de Coordenador de Diretores de Turma do 2º Ciclo. Lecionei na Escola EB 2 e 3 de Caíde de Rei, no ano letivo 2005/06, onde foi-me atribuído, um horário de 22 horas semanais constituído por 9 turmas (cinco de 2º anos, uma de 5º ano, uma do 6º ano e duas Turmas do 7º ano de escolaridade) e um Grupo de Competição (Desporto Escolar) de Futsal.

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8

4.2.2. Atividades desenvolvidas

Participei e dei o meu contributo em algumas atividades desenvolvidas nas escolas, particularmente naquelas que se relacionaram com os anos que lecionei e com o grupo disciplinar do qual fiz parte. Na Escola EB 2 e 3/s de Celorico de Basto:

- No mês de Fevereiro, colaborei na realização do torneio Tri-Bola;

- No mês de Abril, contribui, com os restantes colega de grupo, para a realização de um torneio de voleibol e participei, com a minha direção de turma, no desfile de Carnaval. - No mês de Junho, colaborei na realização dos jogos Tradicionais.

Na Escola 2 e 3 de Caíde de Rei:

- No mês de Dezembro, colaborei na realização do Corta-mato a nível escola;

- No mês de Fevereiro, participei no Corta-mato a nível do Centro Administrativo de Educação (CAE) e colaborei com os restantes dos meus colegas na realização do Cocktail de raquetes; - No mês de Maio, colaborei na semanal cultural na realização das provas de atletismo, jogos de Futsal e jogos tradicionais, ainda participei com as minhas turmas no dia da patinagem.

4.2.3. Cargos Desempenhados

4.2.3.1. Diretor de Turma

A turma da qual exerci a função de Diretor de Turma, compunha-se de 24 alunos, dos quais 13 raparigas e 11 rapazes. Neste grupo, 5 alunos eram repetentes. A turma de uma forma geral não apresentava problemas comportamentais.

A nível económico os alunos eram oriundos de famílias com algumas carências, o que era constatado através do elevado número de alunos que beneficiam do apoio da Ação Social Escolar.

O desempenho académico da turma pode ser descrita como razoável, visto que se trata de uma turma do 5º ano e só terem sido retidos três alunos;

Os alunos apresentavam alguns problemas a nível do comportamento, contudo eram alunos bastante participativos. Participaram nas atividades do Carnaval. Houve ainda participação nas atividades realizadas por várias disciplinas, e alunos inscritos em clubes existentes na escola, principalmente no Clube “Espaço Vivo” em que a maioria da turma estava inscrita. E mostraram-se sempre motivados para a realização das atividades propostas nas aulas de formação cívica.

A minha relação de Diretor de Turma com os alunos, ao longo do ano letivo, podem descrever-se como agradável, sem terem existido conflitos de qualquer espécie.

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9 Inicialmente registaram-se algumas dificuldades para estabelecer comunicação com os encarregados de educação, mas uma maior insistência junto dos alunos, levou a que estes começassem a trazer todos os impressos devidamente assinados.

De uma forma geral não se registaram casos de índole disciplinar, registando-se durante todo o ano apenas três participações por escrito: Todas à disciplina de Inglês, no segundo período do ano letivo, relativamente ao comportamento de alguns alunos na sala de aula.

Diversos alunos revelaram ao longo do ano, um elevado número de faltas a diversas disciplinas, sendo cada caso tratado conforme a situação.

A relação que estabeleci com os docentes da turma procedeu-se dentro da normalidade, não existindo dificuldades de comunicação.

No decorrer do ano letivo foram promovidas três reuniões com os encarregados de educação e estabelecida uma hora de atendimento. O número de pais e encarregados de educação presentes foi sempre elevado. No caso dos alunos com grande número de faltas, foram convocados por carta os respetivos encarregados de educação que sempre compareceram à exceção do encarregado de educação da aluna n.º 19, que nunca o fez e que também não se mostrou contatável por telefone. Mesmo havendo uma boa cooperação com os encarregados de educação, pode-se afirmar que, no entanto, foram poucos os encarregados de educação que mostram interesse pelo acompanhamento da situação escolar dos alunos.

Ao longo do ano foram registadas as faltas dos alunos, quer por via tradicional, quer por via informática. Toda a documentação relativa a faltas, bem como notas, documentos internos, cópias de atas, pautas e outros documentos considerados relevantes eram arquivadas no dossier da respetiva turma, que foi elaborado ao longo do ano letivo.

Este cargo revelou-se algo complexo dadas as características particulares da turma. Mostrou-se relevante que estes alunos fossem alvo de um acompanhamento especial, com um controle ao nível do absentismo, sendo também pedida uma maior participação e responsabilização dos Pais e dos Encarregados de Educação.

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4.2.3.2. Coordenador de Diretores de Turma do 2º Ciclo

Como Diretor de Turma da turma C do quinto ano e membro do Conselho de Diretores de Turma, fui

eleito por unanimidade seu Coordenador em reunião.

Ao longo de todo o ano letivo estive disponível para ajudar e esclarecer algumas dúvidas dos Diretores de Turma. Prestei ainda apoio aos Diretores de Turma, elaborando ofícios e modelos necessários ao seu bom desempenho e indiquei como deveriam organizar os seus dossiers. Para isso, entreguei atempadamente um documento informativo sobre o material a incluir no dossier de Diretor de Turma. Ao longo do ano, fui ainda renovando todos os documentos em falta e preparei as reuniões de avaliação de final de período. Colaborei com o Conselho Pedagógico participando, sem exceção, em todas as reuniões. Servindo, desta forma, de elo com os Diretores de Turma.

Fazendo um balanço desta experiência, não tenho dúvidas em afirmar que ser Coordenador de Diretores de Turma do 2º Ciclo foi gratificante e sobretudo muito enriquecedor em termos profissionais.

4.2.4. Metodologias e Estratégias no Processo Ensino-Aprendizagem no 2º

Ciclo

No que diz respeito ao ensino, devo referir que preparei cuidadosamente as matérias programáticas a ministrar, os planos de aula e métodos de avaliação adequados de forma a fazer uma avaliação contínua no que diz respeito aos dois domínios da avaliação: Domínio Cognitivo e Atitudes e Valores. Procurei desenvolver atividades diversificadas para os alunos de modo a que os mesmos, realizassem trabalho no seio da Educação Física na forma individual e coletiva. Na aplicação dos objetivos operacionais (exercícios) tive sempre uma orientação pedagógica do mais fácil para o mais difícil. Tive sempre a preocupação de monitorizar todas as evoluções dos alunos através de fichas de registo próprias para cada um dos domínios de avaliação.

Tentei sempre estabelecer uma progressão pedagógica nas aprendizagens das ações técnicas de cada uma das modalidades abordadas, de modo a que os alunos obtivessem o sucesso no domínio do objetivo específico.

Tive sempre a preocupação de adaptar as Unidades Didáticas às características da turma. Tomei em consideração as limitações em termos de material imóvel (instalações desportivas) adaptando as unidades de modo a que a aprendizagem dos alunos não fosse de modo algum afetada.

Procurei estabelecer uma relação de respeito, confiança e entendimento com os alunos, de modo a que existisse um ambiente apropriado às várias aprendizagens. Estive sempre atento às dificuldades dos alunos e mostrei-me, sempre que possível, disponível às suas solicitações dentro e fora da aula. Procurei sempre respeitar o aluno, tal como o seu ritmo de aprendizagem e estilo pessoal.

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11 Em todas as aulas procurei elevar ao máximo o nível de confiança de cada aluno, de modo a que não sentissem qualquer embaraço ou então “medo do ridículo” quando realizassem algum exercício. Tentei criar no seio da turma companheirismo e preocupação pelo próximo, através de atividades coletivas com situações de entreajuda.

Talvez o aspeto ao qual dei mais importância, foi a disciplina na aula, visto que apesar de tentar manter um ambiente saudável e motivador, demonstrei sempre que o rigor e a disciplina, são fatores muito importantes na disciplina de Educação Física.

De um modo geral procurei desenvolver o respeito mútuo demonstrando lealdade, espírito de tolerância e compreensão associados a atitudes de firmeza e justiça, estimulando sempre a criatividade, a livre iniciativa e participação de todos os alunos na aula.

4.2.5. Considerações Finais Relativas ao 2º Ciclo

Relembrando toda a experiência vivida por mim durante estes anos letivos no ensino contextualizado com o 2º Ciclo, considero-a extremamente positiva. Consegui estabelecer uma relação saudável com os meus alunos, proporcionando-lhes aprendizagens, acompanhadas de momentos de alegria e satisfação. Sendo que, talvez, muitos dos alunos não vivenciam estes momentos de alegria em sua casa.

Proporcionei-lhes uma aprendizagem dentro de um vasto leque de modalidades, de modo a que eles sentissem o “prazer” da prática desportiva de uma forma generalizada, atendendo sempre às particularidades de cada uma delas.

Por outro lado, a relação estabelecida entre os colegas, funcionários e órgãos de gestão foi extremamente positiva, e do meu ponto de vista, uma das melhores ao longo da minha carreira como docente. Para além de colegas de trabalho, encontrei amigos, dos quais não me irei esquecer, pois em vários momentos proporcionaram-me esclarecimentos e conselhos úteis para o desempenho da minha atividade.

Posto isto, concluo com bastante agrado que realizei todas as tarefas que me foram atribuídas com empenho e responsabilidade, sabendo contornar todos os problemas que me iam surgindo dia após dia.

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4.3. Docência na Atividade de Enriquecimento Curricular (AEC)

4.3.1. O contexto da Atividade Física e Desportiva (AFD) como (AEC)

Uma atividade de enriquecimento curricular (AEC) consiste numa atividade de carater pedagógico, que procura complementar as aprendizagens curriculares do 1º ciclo do Ensino Básico ao nível da aquisição das competências básicas na área de Desporto, Musica, Inglês, etc.

A quando a prática da atividade física, a criança realiza enumeras e diversas experiências com o seu corpo, reagindo aos multiplicos estímulos do meio que o rodeia, processando através dos sentidos toda a informação útil (tátil, visual e auditiva), através da qual vai construir uma imagem mental que vai-lhe facultar a realização de conceitos (Maria e Nunes, 2007).

A escola tem uma importância fulcral na implementação da prática desportiva nas crianças, devendo-se apetrechar-devendo-se de um modelo que devendo-seja atrativo e que realize conhecimento e competências. Na implementação deste modelo e necessário estimular a participação dos intervenientes (alunos, professores e pais), potenciar a utilização das instalações e aperfeiçoar a interação com as autarquias. Nos últimos anos temos assistido a um aumento significativo de praticantes de atividade física apoiados nos benefícios que traz para o organismo humano (Ferreira, 2004).

Os benefícios e finalidades educativas da AFD (Atividades Físicas e Desportivas) passam pelo desenvolvimento do nível funcional das capacidades motoras do aluno; aperfeiçoar a realização das habilidades motoras nos diferentes tipos de atividades; proporcionar o desenvolvimento integral do aluno, reforçar a oferta educativa a nível interdisciplinar e integrada nas restantes aprendizagens escolares; aquisição de hábitos e comportamentos de estilos de vida saudáveis e aumento dos índices de prática desportiva; fomentar o espírito desportivo e do fair-play e educar a tomada de consciência em relação à natureza numa perspetiva de preservação (Maria e Nunes, 2007).

O alcançar destes benefícios estão diretamente relacionados com o desenvolvimento dos conteúdos programáticos delineados no plano anual, com tempos letivos mínimos decretados, ausência de materiais, equipamentos escolares e infraestruturas, comprometem a aquisição da totalidade das competências e aprendizagens.

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4.3.2. Caraterização do Agrupamento de Escolas de Celorico de Basto

O Agrupamento de Escolas de Celorico de Basto localiza-se no distrito de Braga e constitui, conjuntamente com os concelhos vizinhos de Mondim de Basto, Cabeceiras de Basto e Ribeira de Pena, a região conhecida por Terras de Basto.

Neste território, o Agrupamento administra a educação pré-escolar, o 1º, 2º e 3º ciclo do Ensino Básico e Ensino Secundário através das seguintes escolas: EB 2,3/S de Celorico de Basto (escola sede), EB 2,3 de Gandarela de Basto, EB da Mota, Centro Escolar de Celorico de Basto, escolas EB e Jardim de Infância da Gandarela, Jardim de Infância de Arnoia e Canedo e, no ano letivo de 2011/12, o centro Escolar de Fermil de Basto e o Centro Escolar da Mota (Quadro 1: Rede escolar do concelho de Celorico de Basto).

Figura 1 - Rede Escolar do Concelho de Celorico de Basto

O aparelho económico tradicional de Celorico de Basto está a ser alterado a um ritmo bastante acelerado. O setor primário, outrora dominante, com a produção de vinho verde e de pecuária nas

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14 zonas de montanha, é hoje praticamente residual, passando a construção civil, o comércio e os serviços a serem os setores empregadores do concelho.

Uma parte expressiva dos familiares apresenta um nível de qualificação baixo. Beneficiam da Ação Social Escolar, 77% da população discente, sendo 54% dos alunos no escalão A e 23% no escalão B.

Figura 2 - Percentagem do pessoal discente com apoio da ação social escolar

4.3.3. Mudanças e Evolução da AFD

A implementação da AFD em contexto de AEC deu-se no ano letivo de 2006/2007.

Iniciei as minhas funções de professor da AEC da disciplina AFD nos Agrupamentos da Vila e da Mota, pertencentes ao concelho de Celorico de Basto.

A carga horária de cada turma era de 1 bloco de 90 minutos por semana. Os horários das Atividades Extra-Curriculares (AEC`s) decorriam no horário normal da turma, podendo ocorrer à primeira hora da manhã, ao meio do dia ou outros. A aula realizava-se com a presença de todos os alunos, mesmo aqueles que apresentavam autorização parental para não participarem, apesar de não realizarem a aula permaneciam com a turma.

Apesar de lecionar em dois agrupamentos distintos, com alguma distância física entre eles, as atividades decorriam sempre nas antigas instalações da C+S de Celorico de Basto ou Piscinas Municipais, quando se tratava da componente natação.

A composição do meu horário semanal era distribuído por uma média de 6 turmas por cada agrupamento, completando um total de 12 turmas e 12 blocos de 90 minutos.

Inicialmente o material à minha disposição era escasso relativamente à diversidade e também limitado em número.

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15 Em 2008 verificou-se uma alteração a nível da carga horária, com a passagem das turmas do 1º e 2º anos passarem a usufruir de 2 blocos semanais, um de 45 minutos lecionado na escola do 1º ciclo e o de 90 minutos manteve-se nas instalações da antiga C+S de Celorico de Basto e Piscinas Municipais. Com estas mudanças as minhas turmas fixaram-se todas no Agrupamento de Escolas da Vila. Contudo, os blocos de 45 minutos aplicados nas escolas do 1º ciclo, que encontravam-se distanciadas significativamente, causavam atrasos e encurtamentos das aulas devido a perda de tempo nas deslocações, dificultando ainda a utilização de determinados materiais devido ao difícil transporte e a realização ou conceção da aula estava sempre dependente das condições climatéricas por não existirem espaços cobertos adequados à prática da atividade.

Com o surgimento do Centro Escolar da Vila, decorria o ano de 2011, foram criadas melhores condições com aparecimento de instalações apropriadas à prática desportiva, material adequado para a maioria das modalidades, excluíram-se as perdas de minutos de aula por consequência das deslocações do professor e dos próprios alunos e foram implantadas condições para os alunos praticarem hábitos de higiene após a atividade física.

4.3.4. Experiencias e Realidade Escolar

No decorrer do ano 2006 iniciei a minha atividade como docente de AEC`S, o meu horário contemplava os Agrupamentos da Vila e da Mota, distribuídos por 12 turmas perfazendo um total de 24 horas semanais. Na atualidade leciono unicamente no Centro Escolar da Vila inserido na rede escolar do Agrupamento de Escolas de Celorico de Basto, tendo uma carga horária de 8 horas distribuídas por 4 turmas (três do 2º ano e uma do 4º ano de escolaridade).

Ao longo desta realidade de AEC`s de mais de nove anos sempre fui bem recebido tanto por parte da população docente e não docente, alunos e Encarregados de Educação, que desde logo disponibilizaram-se para ajudar e colaborar em tudo que fosse necessário.

No princípio desta experiência, quando constatei com a realidade escolar tomei consciência das carências, essencialmente a nível de material adequado para conseguir seguir as orientações programáticas, principalmente dos 1º e 2º anos de escolaridade.

Com as alterações das cargas horárias ocorridas no ano de 2008, com os blocos de 45 minutos aplicados nas Escolas de 1º ciclo, sedeadas nas várias freguesias da região trouxeram ainda mais dificuldades e desafios: espaços reduzidos, a céu aberto e de terra batida; material escasso e pouco diversificado e quando a meteorologia mandava ficava limitado a uma sala de soalho repleta de cadeiras e mesas. Em debate com o grupo de educação física do Município de Celorico de Basto, concluímos que a solução passaria pela aquisição de quites transportáveis de bolas, cordas, arcos, raquetes, materiais para a construção de jogos tradicionais e jogos de tabuleiros. Este conjunto de

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16 materiais era um excelente instrumento para valorizar a motricidade do aluno, desenvolvimento global e estimulação das suas capacidades.

Com o chegar dos Centros Escolares estas dificuldades dissiparam-se, mas contribuíram para o meu crescimento como professor. Aprendi com a interação com os meus colegas de grupo de Educação Física, captei e filtrei as aprendizagens a nível do controlo de comportamentos com os meus colegas titulares de turma e retive diversos conhecimentos com as resoluções dos problemas da relação professor/aluno.

4.3.5. Planificação

O planeamento da aula é indispensável para avalizar o correto desenvolvimento no processo ensino-aprendizagem, certificando o cumprimento dos objetivos estipulados pelo programa escolar, determinando que se exercitem de forma eficaz destrezas e habilidades e que as atividades propostas sejam efetivas e coerentes e proporcionem aos alunos a oportunidade de alcançar os objetivos propostos (Aranha, 2005).

No início do ano escolar, o grupo de Educação Física do agrupamento de Celorico de Basto realiza a primeira reunião de articulação vertical, para a construção do programa anual de atividades.

O grupo de professores da AFD do Município de Celorico de Basto (no qual me incluo), em concordância com o Pelouro do Desporto e Cultura, reúne igualmente no nisso de cada ano letivo para elaborar o Plano Anual de Atividades que será colocado em prática ao longo do ano, nas aulas de AFD. A construção deste plano tem em conta as necessidades dos alunos, as infra-estruturas existentes, material e recursos humanos disponíveis. Os objetivos gerais e específicos propostos são pensados tendo o cuidado o nível dos alunos, por forma a ser concretizáveis.

O Plano Anual é composto por vários desportos coletivos e individuais, distribuídos pelos períodos e respetivas unidades didáticas considerando as estações do ano, as condições climatéricas e os horários das infra-estruturas disponíveis.

O Plano Anual (anexo I) do presente ano letivo e constituído resumidamente pelas Modalidades: Natação, Futebol, Basquetebol, Ginástica (Iniciação com Deslocamentos e Equilíbrios), Atletismo, Giravolei, Jogos Lúdicos e pré- desportivos e Perícias e Manipulações.

As condicionantes referidas anteriormente levam a que todos os anos letivos o Plano Anual necessita de efetuar ajustes e revisões para consequentemente melhorar o aproveitamento dos alunos.

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4.3.5.1. Articulação Horizontal

Com fim de um aumento significativo do aproveitamento dos alunos do primeiro ciclo, realizam-se mensalmente reuniões de articulação horizontal. Os elementos presentes são todos os professores titulares de turma, professores das AEC`s, coordenador do 1º ciclo e diretor do centro escolar. A reunião têm a função de avaliar o desempenho de todos os professores e alunos das variadas turmas, verificar se os objetivos propostos foram alcançados, apreciar as atividades desenvolvidas durante o mês anterior, analisar os aspetos positivos e negativos e as melhorias que possam ser potenciadas futuramente e outros pontos de interesse para o processo ensino-aprendizagem.

Com o registo em ata deste processo, implanta-se rigor e controlo sobre as atividades propostas e realizadas e estabelece-se responsabilidades sobre o cumprimento do programa.

Mas a realização desta reunião prende-se pela principal função de construir articulações entre as várias áreas disciplinares do 1º ciclo (Estudo do Meio, Matemática, Língua Portuguesa) com as diferentes AEC`s (AFD, Música, Inglês, Expressão Dramática), em que determinados objetivos selecionados do programa seja abordado com estratégicas variadas nas diferentes AEC`s.

4.3.5.2. Articulação Vertical

É importante uma intervenção na forma de implementação e acompanhamento do projeto (AEC`s), criando-se condições que facultem a incrementação significativa da articulação do Departamento de Educação Física com os professores de AFD reforçando a ligação entre ambos e o agrupamento de Escolas.

Esta articulação um objetivo em comum com a articulação horizontal de desenvolver o aproveitamento escolar dos alunos. A articulação vertical visa uma planificação em conjunto do grupo de Educação Física do agrupamento, a fim de estabelecer objetivos graduais relativos aos diferentes ciclos de aprendizagem, criando um fio condutor e estabelecendo etapas e objetivos a ser alcançados. O objetivo desta articulação é que o aluno numa construção vertical, atinga um conjunto de aprendizagem no fim do 1º ciclo, outro no fim 2º ciclo e assim, sucessivamente até o secundário. A concretização desta articulação vertical é realizada ao longo do ano, através de uma reunião por período, para avaliação e ajustamento de algum objetivo. Os resultados atingidos e todas as outras informações da reunião que pareçam pertinentes ficam registradas em ata.

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4.3.6. Intervenção e Estratégicas Adotadas

Um dos modelos mais recentes, o modelo de aprendizagem cooperativa, revela-se eficaz na melhoria das relações raciais e étnicas em turmas multiculturais, bem como nas relações entre crianças normais e deficientes. Para além disso, apresenta-se eficiente igualmente na otimização do aproveitamento escolar do aluno (Monteiro e Monteiro, 1996).

No decorrer da minha atividade profissional, e partindo desta ideologia, sempre fui apologista deste modelo de ensino-aprendizagem inclusivo, sem divisões ou diferenças, independentemente das competências mais fortes ou mais débeis dos alunos.

A maioria das turmas que lecionei eram heterogéneas a nível das capacidades e competência, a quando a sua primeira experiência de atividade física orientada. Partindo desta realidade, adotei estratégias a nível da motivação, tais como: um clima agradável de trabalho com atividades estimulantes e interessantes; planear tarefas concretizáveis e adequadas ao nível das capacidades dos alunos, utilizando uma aprendizagem gradual e com diferentes ritmos de progressão; Proporcionar experiências de êxito aos alunos; Usar o elogio no esforço, empenho e progresso do aluno; Elogiar o comportamento adequado; Abordar positivamente os comportamentos a corrigir, reforçando primeiro o que de positivo o aluno alcançou. Igualmente, apliquei estratégias relativas ao comportamento como: completar uma explicação com uma demonstração sempre que possível; deslocar pelo espaço da aula para supervisionar a turma de forma adequada, garantindo a segurança, a boa utilização do tempo de aula e a prevenção de comportamentos menos corretos; focar a minha atenção no progresso dos alunos; distribuir a atenção por todos os alunos e realizar feedbacks descritivos e avaliativos. Relativamente a forma como comuniquei com os meus alunos, também utilizei algumas ferramentas, como: falar de forma clara, precisa e sucinta nas descrições das tarefas; estabelecer regras de funcionamento da aula; ajustar comportamentos verbais e não-verbais, como olhar para os alunos quando falava, utilizando um tom e volume de voz adequado e questionar os alunos no início e final da aula de forma a inquirir a aquisição conhecimento dos alunos. Na organização da aula, tive sempre a atenção que as tarefas estivessem relacionadas com as aprendizagens anteriores, que os alunos se organizassem em forma de “U” quando o professor falava, a arrumação do material fosse realizada por todos os alunos de forma rotativa. Conclui ao longo destes anos, que cada turma, pela sua diversidade, necessita de metodologias variadas que vão ao encontro desta panóplia de estratégias utilizadas.

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5. Desporto

5.1. Desporto na Autarquia:

O Município de Celorico de Basto tem um papel fulcral como o principal promotor do Desporto no concelho. Para desempenhar essa função ao longo dos últimos anos, dinamiza várias modalidades em diferentes escalões, como o caso do futsal, do basquetebol, do gira-volei, do andebol, do atletismo e da natação.

No desempenho deste seu papel, tem como objetivos essenciais o incentivo à prática desportiva, impulsionando o desporto com a intenção de aumentar o número de praticantes, promovendo hábitos desportivos através da implantação da competição, fomentado uma cultura desportiva no concelho. A cultura desportiva/competitiva vai gerar um aumento dos conhecimentos desportivos, um crescimento do respeito pelas regras regulamentares, espirito de grupo e da noção de Fair-Play nos seus intervenientes, que na sua maioria são crianças, adolescentes e jovens em formação desportiva e cívica.

Numa outra vertente, o Município tem uma visão associativista apoiando os vários clubes e associações do concelho.

Mostra igualmente uma grande recetividade para promover eventos e divulgações de outras modalidades que não existem para a prática no concelho.

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5.2.1. Percurso Desportivo na Modalidade de Basquetebol:

A minha primeira intervenção, a nível das modalidades no Município de Celorico de Basto realizou-se no basquetebol, prolongando-se ao longo de nove épocas. Essa minha experiência concretizou-se nos vários escalões da modalidade, tanto no género feminino como masculino e em diferentes competições distritais, como o quadro 2.1 seguinte resume:

Quadro 1 - Percurso desportivo na modalidade de basquetebol.

Épocas Escalões Competições

2003/2004

Cadetes Masculinos

Minis

- Campeonato Distrital de Cadetes Masculinos da Associação de Basquetebol de Braga (ABB);

- Taça do Minho em Cadetes Masculinos da Associação de Basquetebol de Braga e Associação de Basquetebol de Viana (ABV);

- Campeonato Distrital de Minis da ABB;

- Participação em Várias Concentrações Regionais e Distritais de Minis.

2004/2005 Iniciados Masculinos

- Campeonato Distrital de Iniciados Masculinos da ABB; - Torneio de Encerramento de Iniciados Masculinos da ABB;

2006/2007 Cadetes Masculinos - Campeonato Distrital de Cadetes Masculinos da ABB; - Taça do Minho de Cadetes Masculinos da ABB/ABV

2007/2008 Cadetes Femininos - Campeonato Distrital de Cadetes Femininos da ABB; - Taça do Minho de Cadetes Femininos da ABB/ABV

2008/2009 Cadetes Masculinos - Campeonato Distrital de Cadetes Masculinos da ABB; - Taça do Minho de Cadetes Masculinos da ABB/ABV

2009/2010 Juniores B Masculinos - Campeonato Distrital de Juniores B Masculinos da ABB; - Taça do Minho de Juniores B Masculinos da ABB/ABV.

2010/2011

2011/2012 Juniores B Femininos

- Campeonato Distrital de Juniores B Femininos da ABB; - Taça do Minho de Juniores B Femininos da ABB/ABV

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5.2.2. Condições Gerais de Treino

As sessões de treinos duravam aproximadamente 90 minutos decorrendo na pré-época em 3 vezes semanais e no período competitivo apenas realizavam-se 2 sessões semanais de treino. Digo apenas, porque a disponibilidade do pavilhão em tempo letivo, era diminuta e impossibilitava a realização de mais do que 2 sessões semanais de treino, criando aqui um handicap para o atingir o número ideal de tempo treino.

O espaço de treino no período letivo também tinha de ser partilhado com outro escalão existindo apenas uma tabela para cada. Estes obstáculos impediam a realização de alguns objetivos mais específicos de treino como as transições defensivas-ofensivas e o jogo de profundida entre outras, sendo essas dificuldades reveladas em jogo.

Quanto ao restante material como bolas, sinalizadores e coletes existiram sempre em varias cores, tamanho e número ideal para todos os atletas.

5.2.3. Qualidade das Competições

Tendo como referencia o quadro 2.1 podemos verificar que as competições englobavam todos os clubes a nível da região do Minho, com maior história na Modalidade e com as formações mais enraizadas, melhor organizadas e dinamizadas, nesta região do Pais. Além do que estes clubes estão sediados em zona populacionais mais numerosas, onde existem elevadas percentagem de atletas para captar para a Modalidade. Esses aspetos revelavam-se na boa qualidade da maioria das equipas. A organização da competição pela ABB deixava algo desejar, principalmente no contexto da arbitragem, pela frequente falta de assiduidade aos jogos que obrigavam aos treinadores e dirigentes das equipas visitadas, a improvisar com árbitros recrutados da bancada ou até mesmo da própria equipa, diminuído assim o rigor e o nível da competição.

Outra das dificuldades vivenciada pela nossa equipa relacionada com o quadro competitivo, principalmente nas participações nas Taças do Minho, eram as deslocações demasiadas longas, que revelavam-se cansativas e dispendiosas.

5.2.4. Apreciação do Trabalho Desenvolvido

Através da capacidade de reflexão sobre o trabalho por mim desenvolvido nesta Modalidade consegui transpor as dificuldades que o treino e o jogo apresentava-me. A baixa percentagem de atletas que usufruíram de formação inicial no escalão de Minis e os diferentes níveis de capacidades dos atletas relativamente aos aspetos técnicos e táticos da modalidade, impuseram-me a realização de trabalho individualizado para colmatar as lacunas. A falta de assiduidade de alguns atletas, principalmente no

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22 período de testes, mas que coincidia com jogos importantes, foi ultrapassada através de um dialágio com os esses atletas consciencializando-os que com uma boa organização dos estudos essas faltas podiam ser evitadas e assim a equipa não sair prejudicada. Foram implantadas regras de organização do treino que permitiram elevar o tempo efetivo de exercitação. Potenciou-se os hábitos de concentração, rigor e empenhamento no treino, tal como no jogo. Elevou-se o espirito de equipa através de alguns jogos/brincadeiras em contexto de treino. Demonstrei sempre grande exigência no cumprimento das regras de Fair Play. Com equipas que apresentavam um nível competitivo elevado era essencial manter a motivação e para isso estabeleci meta e objetivos alcançáveis para o grupo. No geral acho que o trabalho por mim desenvolvido nesta Modalidade revelou-se positivo e apresentou sempre uma evolução crescente na qualidade da equipa e nos resultados alcançados. Na minha componente pessoal revelou-se uma experiência gratificante a nível profissional e muito enriquecedora para as minhas capacidades como treinador.

5.3. Percurso Desportivo na Modalidade de Futsal

O meu percurso no futsal iniciou-se na equipa sénior feminina da Associação de Futsal de Celorico de Basto (AFCB), apoiada pelo Município. Mais tarde, tive o privilégio de participar na implantação de um projeto de formação de futsal, que tem decorrido ao longo das épocas que o quadro 2 seguinte refere:

Quadro 2 - Percurso desportivo na modalidade de futsal.

Épocas Escalões Competições

2011/2012 Séniores Femininos

- Campeonato Distrital de Futsal de Séniores Femininos da Associação de Futebol de Braga (AFB);

- Taça de Portugal de Futsal de Séniores Femininos.

2012/2013

Benjamins Masculinos

Séniores Femininos

- Campeonato Distrital de Futsal de Benjamins Masculinos da AFB;

- Participação no Torneio Mondim Cup e Liga Zon Kids. - Campeonato Distrital de Futsal de Séniores Femininos da Associação de Futebol de Braga (AFB);

- Taça de Portugal de Futsal de Séniores Femininos.

2013/2014 Benjamins Masculinos

- Campeonato Distrital de Futsal de Benjamins Masculinos da AFB;

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5.3.1 Condições Gerais de Treino

O tempo de treino tanto nos séniores femininos como nos escalões de formação variavam entre os 70 a 90 minutos. Relativamente ao número de treinos semanais existia igualmente a condicionante da disponibilidade do pavilhão, como acontecia no basquetebol, que impedia a realização de mais de 2 treinos semanais. Quanto à distribuição do espaço, no caso dos séniores femininos não existia qualquer condição, porque no horário de treino o pavilhão estava disponível na sua totalidade. Por outro lado, os escalões de formação tinham obrigatoriamente de articular o espaço, dividindo- o em três partes. Estes condicionalismos, aliados a um número elevado de atletas obrigava os treinadores a organizar os seus treinos de forma limitada, não podendo exercitar alguns momentos do jogo. O material mostrava-se igualmente escasso para o grande número de atletas, faltando bolas, coletes e até mesmo sinalizadores, para a construção dos exercícios.

5.3.2. Qualidade das Competições

O quadro competitivo dos séniores femininos apresentava um nível altíssimo, devendo-se a não existência de um campeonato a nível nacional e militarem as melhores equipas séniores femininas na AFB, inclusivamente a equipa campeã nacional de séniores femininos de futsal, constituída por várias jogadoras da seleção nacional. A maioria das equipas com as quais competíamos exibiam um nível em termos técnicos e táticos superiores às minhas atletas e tinham uma diferença em termos de anos de formação na modalidade substancial. As competições nos escalões de formação na AFB apresentam-se bem organizada, com equipas de arbitragem assíduos, competentes e com uma componente pedagógica sempre presente que deve ser realçada. O nível das equipas revela-se heterogéneo devido à militância de algumas equipas com historial no futsal e com formação enraizada e outras que ainda encontram-se no início de um projeto de formação, tal como é o nosso caso.

5.3.3. Apreciação do Trabalho Desenvolvido

A intervenção por mim realizada no âmbito do futsal sénior feminino revelou-se construtiva para as minhas competências, impulsionadas pelo elevado nível de capacidades das equipas que componham a competição. O grau de exigência da competição elevou o meu conhecimento do jogo e fez com que adquire-se um conjunto de ferramentas essenciais, para ultrapassar essas dificuldades apresentadas pela qualidade das equipas.

O projeto iniciou-se com o objetivo de construir uma base de formação da modalidade Futsal no concelho, para isso, havia a necessidade de efetuar uma captação de atletas dentro das idades e capacidades corretas. No final da temporada esse objetivo foi atingido na sua plenitude, com um

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Figura 1 - Rede Escolar do Concelho de Celorico de Basto
Figura 2 - Percentagem do pessoal discente com apoio da ação social escolar
Figura 3 - Localização Geográfica do Concelho de Celorico de Basto

Referências

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