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EDITORIAL

A Acta Pediátrica Portuguesa, enquanto órgão da

Sociedade Portuguesa de Pediatria, é por c ,,elência uma

instituição de debate das problemáticas da criança e do

adolescente, e também um meio privilegiado para registar

e veicular informação relevante para pediatras e outros

profissionais interessados nessas matérias.

Concederam-nos os Directores da Acta a oportunidade

de utilizar este espaço nobre da revista para fazer um

breve ponto da situação sobre alguns projectos em curso

que têm vindo a ser desenvolvidos pelas sucessivas

Direc-ções da SPP e seus colaboradores. Para o êxito destes

projectos, considerados importantes para a modernização

da SPP e a contínua melhoria das actividades

desenvol-vidas sob a sua égide, é indispensável que cada vez maior

número de pediatras tenha deles conhecimento e os passe

a utilizar, natural e progressivamente, como formas de

apoio à sua própria actividade assistencial, formativa e

de investigação. Aos objectivos anteriores há ainda que

associar uma persistente, repetida e reforçada acção

de sensibilização da qual este editorial pretende ser

uma peça.

Unidade de Vigilância Pediátrica da Sociedade

Portuguesa de Pediatria (UVP-SPP)

A UVP-SPP foi criada há cerca de um ano e meio

para promover, facilitar e desenvolver o estudo de doenças

pouco frequentes na nossa população pediátrica, permitindo

incentivar a respectiva vigilância epidemiológica e o

adequado planeamento de serviços e cuidados. Publica

um Boletim semestral de informação aos sócios da SPP

sobre a evolução e os resultados dos quatro estudos

nacionais actualmente em curso e procura estimular uma

maior exigência de aplicação de metodologias rigorosas

aos estudos desenvolvidos. A aceitação internacional da

UVP-SPP foi confirmada em 2002 através da adesão como

membro de pleno direito da International Network of

Pediatric Surveillance Units, tendo-lhe sido entregue a

responsabilidade de organizar em Portugal a reunião

mundial de 2004. Resultados provisórios dos estudos

foram já apresentados em prestigiadas reuniões

inter-nacionais (2nd INoPSU Conference/Royal College of

Paediatrics and Child Health Annual Scientific Meeting;

42 Annual Meeting of the European Society for Paediatric

Research-Utrech) e nacionais (XXVII Jornadas Nacionais

de Pediatria). Numa tentativa de facilitar e melhorar os

índices de notificação mensal dos pediatras,

tradicional-mente feita através do «Cartão láranja», funciona desde

Outubro um sistema de notificação electrónica via Internet.

Para que os pediatras passem a utilizar este novo meio

de notificação, basta enviar à SPP ou à UVP-SPP (por

e-mail, telefone, fax ou inscrito no próprio «Cartão

laranja») o seu endereço de e-mail e mensalmente receberão

no seu computador uma mensagem a solicitar a referida

notificação.

Recentemente foi enviado a todos os Presidentes das

Secções da SPP e aos Directores dos Serviços de Pediatria

do País, um convite para que utilizem o sistema instalado

e as normas da UVP-SPP e promovam novos estudos na

área da epidemiologia pediátrica. Sendo mais um estímulo

à investigação, de todos se espera a maior participação e

empenho.

Normas de Atribuição de Patrocínio Científico da

SPP a Reuniões Científicas

O prestígio que ao longo de décadas foi grangeado

pela Sociedade de todos os pediatras portugueses tem

levado a que muitas entidades e instituições solicitem à

SPP o patrocínio científico para reuniões e congressos

de modo a atestar quer a qualidade científica dos eventos,

quer a credibilidade organizativa dos promotores. A

atri-buição de uma chancela «certificadora» deste tipo deve

passar por regras mínimas de- exigência que as

orga-nizações proponentes deverão cumprir previamente à

obtenção do patrocínio da SPP. Assim foram

elabo-radas Normas da SPP que, com algum componente

inovador e passíveis de aperfeiçoamento, pretendem ser

um primeiro referencial para um nível de qualidade a

que a SPP aspira e deseja impulsionar nos que com

ela se relacionam.

Avaliação

da

qualidade científica e organizacional

das Reuniões e Jornadas da SPP

No entanto, a norma regulamentadora anterior só faz

sentido enquanto parte de uma política de qualidade a que

a própria SPP se propõe e que não poderá deixar de

incluir um contínuo exercício de auto-avaliação, de ava-

(2)

liação externa e de correcção para a melhoria. A

operacio-nalização destes aspectos faz-se com base em dois tipos

de instrumentos: a auto-avaliação quantitativa (0 a 20

valores) das reuniões e o inquérito anónimo aos

partici-pantes.

Assim, elaborou-se uma grelha para a avaliação

quantitativa de vários parâmetros de qualidade científica

e organizacional, começaram a aplicar-se os inquéritos

aos participantes nas reuniões e, fundamental,

disponibi-liza-se a informação sobre os resultados obtidos. Nesta

edição da Acta Pediátrica concretiza-se este último

aspecto com a publicação dos resultados da avaliação das

XXVII Jornadas Nacionais de Pediatria

(Carvoeiro--Algarve, Maio 2002).

Como nota final, para lá da mera enumeração dos

projectos e do convite à sua adopção por parte dos leitores,

valerá a pena realçar quatro ou cinco conceitos inclusos

no texto e que muito gostaríamos de poder eleger cada

vez mais como as linhas condutoras da acção da

Socie-dade, das suas Secções e de muitas outras realizações

individuais e colectivas que persistem em tentar levar a

pediatria portuguesa a um lugar de prestígio e respeito na

Europa e no Mundo — «modernização; organização;

responsabilização; avaliação crítica; espírito científico;

persistência» — será precido muito mais?

Mário Coelho

Direcção da SPP

(3)

ADENDA AO EDITORIAL

Relatório de Avaliação das XXVII Jornadas Nacionais de Pediatria

Carvoeiro-Lagoa, 2 a 4 de Maio de 2002 Mário Coelho *, Teresa António **, Duarte Andrez *** * Pediatra, Membro da Direcção da SPP

** Enfermeira-Chefe do Serviço de Pediatria do Hospital Dist. de Faro *** Enfermeira-Chefe Serviço de Pediatria do Hospital do Barlavento Algarvio 35 30 25 20 15 10 5 Tempos de divulgação

As XXVII Jornadas Nacionais de Pediatria tiveram lugar no ,scçO 4?" '`b•-• \`' Algarve (Carvoeiro-Lagoa) entre 2 e 4 de Maio de 2002, numa 'cs.)± organização conjunta da SPP, do Serviço de Pediatria do Hospital

Distrital de Faro e do Serviço de Pediatria do Hospital do Barlavento Algarvio.

Ao evento foram aplicadas as normas da SPP para auto-avaliação organizacional e científica (Grelha de auto-avaliação das fases de preparação e dinâmica da reunião e realização de expectativas) e um Inquérito de opinião aos participantes, cujos resultados se expõem neste relatório sumário.

A — Grelha de Auto-avaliação da SPP (0-20 valores); Classificação obtida 17,6 valores.

B — Inquérito aos Congressistas:

Distribuiram-se inquéritos a todos os congressistas inscritos, solicitando-se resposta anónima e voluntária.

Da análise descritiva obtiveram-se os seguintes dados principais: —População alvo: 239 congressistas (190 médicos; 23 enfermeiros; 26 não identificáveis).

— Devolução de inquéritos: 35,1% (N=84), com 38,4% no grupo dos Médicos e 47,8% no dos enfermeiros.

— Origem dos congressistas: Zona Norte 25%; Zona Centro 14,3%; Zona Sul 45,2%; Não identificados 15,5%.

— Acesso à informação sobre as Jornadas (Várias fontes): Folheto via postal 80%; Acta Pediátrica 18%; Internet 20,2%; Outra via 12% (especialmente por outros profissionais).

Respostas à avaliação quantitativa dos vários parâmetros:

I — Preparação da Reunião 40 35 30 25 20 15 10 5 o Meios de divulgação 45 40 35 30 25 20 15 10 5

Escolha da data das Jornadas Qualidade da informação divulgada 45 40 35 30 25 20 15 10 5 O • • Co\ 4‘9'' _O* og' 4, VII

(4)

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Apoio de Secretariado na preparação das Jornadas

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40 35 30 25 20 15 10 5 0

Interesse das comunicações 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 -0 • • 0$s oq' 45 40 35 30 25 20 15 10 5 o 45 40 35 30 25 20 15 10 5

Participação dos assistentes

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4 '' 44? II — Dinâmica da reunião

Local das Jornadas (Amenidades)

o

Realização dos objectivos

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11111 III MI

•k „9" k \g"• ç' 4,01Z' 4' Concretização de expectativas 4 t S."4 4,0 +`t'

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• q., fi .1/455 . \„ts,fi ..e.i1 lb. A 4/ S5 ' 4,° CP.'4 q'

41- 44 III — Realização de expectativas

Cumprimento do programa

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• • 4Z, •.`4' Meios audiovisuais 70 40 60 35 50 30 40 25 30 20 15 20 10 10 5

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50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 O VIII

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kts . ce "c{,1. Quantidade da informação transmitida • ‘5. k'Y o"' "S7 •4

Utilidade da reunião para a actividade profissional

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1

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IV — Identifique aspectos positivos da reunião (Principais grupos referenciados — ordem decrescente de referências):

1 — Temas interessantes e diversificados e utilidade prática das sessões (36 referências)

2 — Cumprimento de horários as sessões 3 — Local agradável, boas condições logísticas 4 — Qualidade dos prelectores

5 — Interesse da assistência

6 — Ambiente social e convívio, encontro com Colegas e oportu-nidade de troca de experiências

7 — Organização das Jornadas e funcionamento do Secretariado (9 referências)

V — Identifique aspectos negativos da reunião (Principais grupos referenciados — ordem decrescente de referência:

1 — Exiguidade das salas e insuficientes lugares sentados nas sessões simultâneas (11 referências)

2 — Sessões simultâneas com temas igualmente interessantes 3 — Espaço e tempo exíguos/inadequados para exposição e discus-são das comunicações livres e posters

4 — Organização do almoço do 1.° dia de trabalhos

5 — Alguns prelectores pouco fluentes, monótonos, sem reno-vação nos convites

6 — Temas pouco abrangentes, pouco práticos ou pouco diver-sificados

7 — Atraso na informação de retorno sobre aceitação de comu-nicações livres e posters (2 referências)

VI — Dê sugestões para próximas reuniões (Principais grupos

referenciados):

1 — Elevar nível de exigência na aceitação de comunicações livres e dos posters

2 — Divulgar protocolos/consensos apresentados e resumos de comunicações dos prelectores

3 — Introdução de novos temas, temas polémicos, áreas específicas (Neonatologia, Adolescência, Doenças alérgicas, clínica geral)

4 — Não utilizar salas em simultâneo

5 — Manter a mesma filosofia de organização destas Jornadas 6 — Maior utilização da Internet na divulgação das Jornadas 7 — Maior divulgação nos Centros de Saúde e interessar outras especialidades nas reuniões

8 — Escolher locais aprazíveis e optar por preços de inscrição mais acessíveis

9 — Cursos de temas práticos para Clínicos gerais e Curso de introdução à estatística

C - Conclusão

As XXVII Jornadas Nacionais de Pediatria decorreram com um nível qualitativo organizacional e científico muito bom (17,6 Valores). A opinião dos congressistas corrobora esta conclusão, muito em particular na apreciação que fizeram das fases de preparação e dinâmica da reunião. Se bem que a realização das expectativas criadas pela reunião tenha sido considerada bastante positiva, foram reconhecidos alguns aspectos passíveis de reflexão e melhoria futura. Os aspectos negativos identificados quase sempre deram origem a sugestões de correcção.

Deverá ser possível melhorar a organização e o grau de satisfa-ção dos congressistas em futuras reuniões com a consolidasatisfa-ção dos aspectos positivos, a inclusão progressiva de sugestões relevantes identificadas e a contínua monitorização dessas acções.

45 40 35 30 25 20 15 10 5 45 40 35 30 25 20 15 10 5

IX

Referências

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