UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO
sóclo
ECONÔMICO
DEPARTAMENTQ
DE
CIÊNCIAS
DA ADMINISTRAÇÃO
COMPARTILHAMENTO
DE TRANSPORTES
ENTRE
INSTITUIÇÕES
FINANCEIRAS
CONCORRENTES
HAMILTON
ALMEIDA
VIANNA
COSTA
ll
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO
SÓCIO
ECONÔMICO
DEPARTAMENTO
DE
CIÊNCIAS
DA
ADMINISTRAÇÃO
TRABALHO
DE
CONCLUSÃO
DE ESTÁGIO
COMPARTILHAMENTO
DE TRANSPORTES
ENTRE
INSTITUIÇÕES
FINANCEIRAS
CONCORRENTES
`HAMILTON ALMEIDA VIANNA COSTA
. Disciplina Estágio II
~
CAD
5400
T
unna
-900
Orientado por
Prof.
Raimundo
Nonato
de O.Lima
Área
de atuaçãoAdministração geral
iii
Trabalho de conclusão das atividades de estágio, desenvolvidas
na
Disciplina Estágio Supervisionado, 9a' fase,turma
900,do
Curso deGraduação
em
Administração da Universidade Federal de Santa Catarina.iv
Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi apresentado e julgado perante a
Banca
Examinadora,
que
atribuiu a nota I,Õ
ao alunoHamilton
Almeida Vianna
Costa,na
disciplina de Estágio II-
CAD
5400.Banca Examinadora;
t
Professor
R'
. . ›/K.. ato de O.Lima
rsldente ~
Professor Gilberto Morit
Membro
Professor
gado
Klaes"em
ro\
V
Este trabalho é dedicado a
Nelci,
minha
esposa e àsminhas
filhas Danielle e Michelle pela paz, estímulo ecompreensão
que
me
transmitem.Vi
AGRADECIMENTOS
-
A
Deus, pois dele tudoemana;
-
Aos meus
familiares, que tanto torceram, incentivaram e contribuíram para estemomento;
-
Aos meus
colegas e professores,que
durante todo o cursome
ajudaram e incentivaramna
minha
formação;LISTA
DE
QUADROS
SUMÁRIO
/ 1INTRODUÇÃO
2OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral 2.2 Objetivos Específicos 3REVISÃO
DA
LITERATURA
2.1 Planejamento 2.2 Parceria e aliança 2.3 Terceirização de serviços 2.4 Estrutura Organizacional2.5 Técnicas de operacionalização de serviços 2.5.1 Análise de custos
2.5.2
Orçamento
2.5.3 Sistemas de rateio 2.6 Qualidade total
2.6.1
A
qualidade e as Organizações2.6.2 Bases históricas da gestão da qualidade
2.6.3 Ferramentas
da
qualidade2.6.3.1 Ferramentas auxiliares 2.6.3.2 Ferramentas principais
3
METODOLOGIA
DO TRABALHO
4
DESENVOLVIMENTO
DO TRABALHO
4.1 Histórico 4.1.1 Filosofia e Objetivo 4.1.2Normas
e Diretrizes 4.1.3 Organização 4.1.4 Atribuições 4.2 Planejamento e controle4.2.1
Fluxograma de
planejamento e controle 4.2.2Definição do
negócio 4.2.3Missão
' 4.2.4 Princípios 4.2.5 Análisedo
ambiente 4.2.6 Objetivos ` 4.2.7 Estratégias 4.2.8 Planode
ação 4.2.9Orçamento
4.2.10Execução
4.2.11 Controle 4.3 Parceria e aliança4.4 Terceirização dos serviços
4.5 Estrutura organizacional
4.6 Operacionalização dos serviços 4.6.1 Análise dos custos
4.6.2
Orçamento
4.6.3 Sistemas
de
rateio4.7 Qualidade
na
prestação dos serviços 4.7.1 Qualidade centradano
cliente 4.7.2 Liderança4.7.3 Melhoria contínua
4.7.4 Participação e desenvolvimento dos funcionários
4.7.5 Resposta rápida
4.7.6 Qualidade
no
projeto e prevenção de problemas4.7.7
Desenvolvimento de
parcefias ~4.7.8 Orientaçao para resultados
s
ANÁLISE
õ
coNcLUsÃo
7
REFERÊNCIAS
BIBLIQGRÁFICAS
LISTA
DE
QUADROS
Quadrol
-Fluxograma de
planejamento e oontroleQuadro 2
- Análise externaQuadro
3 - Análise intemaQuadro 4
- Fichade
composição
de custosQuadro
5 -Orçamento
xi
sUMÁRIo
O
presente trabalho refere-se a elaboração deum
processo de criação eimplementação
deum
sistema compartilhado de transporte de malotes e materiais entre instituições financeirasdo
Estado de Santa Catarina, a fim de estas sejam capazes de proporcionar a seus clientes intemos
maior
tranqüilidade, segurança e agilidadeno desempenhar de
suas atividades-fim,ou
seja,operações de intermediação financeira
com
seus clientes externos.Todo
o trabalho foidesenvolvido
em
tomo
deum
referencial teórico,com
o propósito de efetuaruma
comparação
com
o cenário apresentado pelo processo,no
sentido de refletir propostas e procedimentos para a1
INTRODUÇÃO
Pressionadas pela velocidade das
mudanças
atuais, as empresas estãobuscando
responderaos
novos
desafios. Potencializar odesempenho,
diminuir os custos, aumentar a variedadede
produtos e personalizar o atendimento são
algumas
das estratégiasque
vêm
sendo adotadas para garantir a competitividade. Paradoxalmente, essa competição cada vezmais
acirrada dificulta a própria sobrevivência das empresas.Cooperação, união, parceria, Essas palavras
não
são “novidades”no
glossárioda
gestão empresarial. Entretanto, foi precisamente a intensificaçãoda
concorrência ocorrida nas últimasdécadas
que
transfonnou essas estratégias de atuaçãoem
atraentes e eficazes ferramentasde
fortalecimento das empresas
no
mercado
atual.`
“Se você não pode
vencê-lo, junte-se a ele”, dita a sabedoria popular.No
mundo,
empresas
deixam
de se relacionarcomo
rivais eaprendem
que, juntas, é possível extrairum
melhor
proveito das oportunidades e realizar excelentes negócios.E
é justamente baseado nessecenário
que
o trabalho foi realizado.'
Em
primeiro lugar, será mostradauma
revisãoda
literaturaem
que
foram elencadas idéias de diversos estudiosos sobre temascomo
planejamento estratégico, planejamento tático,planejamento operacional, parceria, terceirização, criação de novas empresas prestadoras de serviços, qualidade total e
métodos
operacionais de concretização de processos específicos, taiscomo:
orçamento, custos e sistemade
rateio.A
metodologia aplicada teve a pesquisade
campo
como
base,com
os dados secundáriosdisponíveis, já
que
neste caso, o planejamento foi realizadocom
antecedência e osnúmeros
foram
calculados de acordocom
a disponibilidade orçamentária de cada instituição financeira.Além
disso, afonna
de rateio de despesas foi previamente acordada entre os participantesde
acordo
com
orientações recebidas de suas respectivas administrações e as regras definidas porÓrgão
competente(Banco
Central eGrupo
Consultivo para Assuntosde Compensação,
sediadoem
Brasilia).Foram
realizadasalgumas
entrevistas infomiaiscom
participantes e usuários, demodo
a colher opiniões e necessidades sobre amontagem
da
linha de trabalho.A
partir daí, os dados foram compilados e,com
as informações colhidas, pode-se terum
quadro
de
viabilidade para consecução dos objetivosque
é o compartilhamentode
transportes2
O
trabalho foi concebido e realizado nas dependênciasdo
Banco
do
BrasilS/A
-
Gerência Regional de Infra-Estrutura,em
São
José (SC),Núcleo
de Logística e Processamento, localda
2
OBJETIVOS
2.1
Formulação
do
problema
Criar e implementar
um
sistema de transporte compartilhado de malotes e outros materiaisentre instituições financeiras concorrentes.
2.2
Objetivo
geralPropor a criação e
implementação
deum
sistemade
transporte compartilhado de malotes e outros materiais entre instituições financeiras concorrentesque
pennita reduzir custos,organizar e agilizar processos, proporcionando aos clientes intemos (agências)
uma
maior
comodidade
e segurançano
trânsitode
seus papéis e materiais diversos.2.3 Objetivos específicos
Definir
planejamento e controle para consecução dos objetivosdo
sistema;Propor condições
que permitam
redução nos custos e agilizaçãono
sistema de transporte;Ressaltar
que
a parceriapode
ocorrer entre organizações concorrentes;Mostrar
medidas que
pennitam
a terceirização dos serviços para alcance demaior
qualidade e agilidade;
Evidenciar a estrutura organizacional
montada
para execução dos serviços; Especificar a operacionalizaçãodo
Sistema;2
REVISÃO
DA
LITERATURA
O
desenvolvimento deum
trabalho desta natureza, requerum
aprofundamento
teóricoque
proporcione condições de se efetuar
um
diagnóstico precisodo
problema, assimcomo
oatingimento dos objetivos específicos. Logo,
em
sintoniacom
os propósitos deste trabalho, afundamentação
teórica foi elaborada a partir dos seguintes aspectos: parceria, terceirização, estrutura organizacional, custos, orçamento, sistema de rateio, qualidade total e planejamento.2.1
Planejamento
O
planejamentosempre
esteve presente nas organizações,mas
atualmentecom
as transformações cada vezmais
rápidas, elas necessitam cada vezmais
se utilizar ferramentasda
administração, principalmente o planejamento, independente
do
fim
aque
se destina.Assim,
o planejamento é ocaminho
aque
se recorre para a escolha dos objetivos e determinaçãode
como
atingi-los.
Nas
perspectivas atuais, aempresa
quenão
tiverum
planejamento de suas ações,não
terá condições de manter-seno
mercado.u
-
Assim, o planejamento é
um
assunto muito amplo,que
conceitua Oliveira (1991, p.20),como
“um
processo, desenvolvidopara
0 alcancede
uma
situaçãodesejada
de
um
modo
mais
eficiente e efetivo,com
a melhor
concentração
de
esforços e recursos pelaempresa
Para Stoner (1985, p.69), o planejamento
“é o processo a
que
recorremospara
escolher nossosobjetivos e determinar
como
os atingiremosDeste
modo,
o planejamento éum
mecanismo
de
estabelecimentode
um
estado futuro desejado,com
o delineamento dosmeios
para toma-lo realidade,O
seu processo envolveum
5
modo
de
pensar,com
questionamentos sobre oque
será feito,como
será feito,quando
será feito,para
quem,
por que, porquem
eonde
será feito.As
empresasde
uma
maneiraou
de outra, utilizam-se dealguma forma de
planejamento,podendo
ser este formalou
informal.Quanto
aos tipos de planejamento, Oliveira (idem, p.30), classificaem
três niveis hierárquicos:“a) planejamento estratégico; b) planejamento tático; e c) planejamento operacional
A
formulaçãodo
planejamento estratégico, segundo Chiavenato (1993), exige quatrofases
bem
definidas.A
primeira delas é aformulação
dos objetivos organizacionais aserem
alcançados.
Objetivos são as pretensões
ou
propósitos da empresa, os quais,tomados
em
conjunto,definem
sua própria razãode
serou de
existir (Novick, 1971,apud
Chiavenato, 1994).Podem
ser formulados inicialmenteem
termosamplos
e relativamente abstratos,como,
por exemplo,aumentar
a fatia de participaçãono
mercado
consumidor, aumentar a produçãocom
osmesmos
recursos disponíveis, diminuir custos operacionais, manter os custos financeiros e elevar o índicede liquidez da empresa.
Segundo
Chiavenato (1994), os objetivos principais daempresa
podem
ser agrupadosem
quatro categorias: o lucro, a expansão da empresa, a segurança e a
autonomia ou
interdependência.
Assim, esses quatro objetivos são aqueles
que
as organizaçõesprocuram
alcançar.Até
certo ponto, o lucro assegura os três outros objetivos.O
lucro, a segurança e aautonomia
sãobasicamente objetivos de sobrevivência da empresa, enquanto ap
expansão
éum
objetivode
crescimento empresarial.
A
segunda
fase é a análise interna das forças e limitaçõesda
empresa. Esta e 0 seu correspondente diagnóstico são o processo pelo qual o estrategistaexamina
os recursosfinanceiros/contábeis, mercadológicos, produtivos e
humanos
de toda aempresa
como
fatoresconjuntos, para verificar
com
quais relativas forças e fraquezas elapode
explorareficazmente
asoportunidades e defrontar-se
com
asameaças
e coações que o ambiente lhe apresenta.É
a análise dos fatores estratégicos, poisnenhuma
empresa
é igualmente forteem
todas as suas funções e sua6
fraquezas e cada empresa,
como
um
todo,também
apresenta as suas vantagens e desvantagens estratégicas atuais e potenciais (Glueck,apud
Chiavenato, 1994).A
terceira fase e a análise externa das alternativas estratégicas.O
propósito desta análise ambiental é ajudar aempresa na
elaboração e desenvolvimento de respostas apropriadas às situações correntes eno
planejamentodo
futuro curso de açãoda
empresa.O
problema
fundamental é saber qual a espécie de informação
que
aempresa deve
captar e processar paracompreender
quais as tendências atuais e para planejar o seu futuro (Aharoni&
Baden
apud
Chiavenato, 1994).
A
Quarta fase e aformulação
de alternativas estratégicas.A
partir dos objetivos empresariais, analisando-se as oportunidades eameaças
ambientais deum
lado e aspotencialidades e vulnerabilidades internas de outro lado, a administração
tem
nasmão
um
balizamentoque
a ajudará definirou
redefinir o seucampo
de
atuação e orientar a sua açãofutura (Chiavenato, 1994). -
O
planejamento tático é aquele realizado a nível de departamentos. Este é o conjuntode
tomada
deliberada e sistemática de decisões envolvendoempreendimentos mais
limitados, prazosmais
curtos.Em
suma, representa a 'ligação entre o planejamento estratégico e os planosoperacionais.
V
O
planejamento tático apresenta características típicasdo
planejamentocomum,
pois éum
processopermanente
e contínuo, está voltado para o futuro, preocupa-secom
a racionalidadedo
processo decisorial, visa selecionar, entre várias altemativas disponíveis,
um
determinado curso de ação, é sistêmico e interativo, é técnica cíclica e de alocação de recursos, interagedinamicamente
com
as demais funções administrativasdo
processo e éuma
técnicade
coordenação,
bem
como
demudança
e de inovação (Chiavenato, 1994).O
planejamento operacional envolve osesquemas
de tarefas e operaçõesdevidamente
racionalizadas e submetidos a
um
processo reducionista típicoda
abordagem
'de sistema fechado.É
predominantemontado
na
base de processos programáveis ecom
técnicas computacionais. Preocupa-se basicamentecom
oque
fazer ecomo
fazer, e está voltado para a otimização emaximização de
resultados. Este tipo de planejamentotem
um
caráter imediatista,uma
abrangência estritamente local e se caracteriza pelo detalhamentocom
que
estabelece as tarefas e operações.Seu problema
básico é a eficiéncia.7
2.2 Parceria e aliança
Segundo Lewis
(1992), associação éuma
palavraque
designa todo esforço conjunto entre duasou mais
empresas,ambas
visando ganharvantagem
competitivano mercado
-
gerarmais
valor.
As
associaçõespodem
assumir diversas formasou
categorias,dependendo do
objetivocomum
buscado pelas empresas edo
tipo enúmero
de agentes envolvidos (fornecedores, clientes,colaboradores, concorrentes, etc). *
Parceria e alianças são formas de associações entre duas
ou mais
empresasque
definem
a competitividadecomo
estratégia de atuação e de perpetuaçãono
mercado.Porém
essasmodalidades são tecnicamente diferentes entre si. Parceria
pode
ser consideradacom
aassociação de duas
ou mais
empresas, portempo
indeterminado,que têm
osmesmos
ideais e valores e compartilham deuma mesma
ética e princípios. Aliança seria a associaçãode
duasou
mais
empresasque reconhecem
duas diferenças essenciais,mas
estão dispostas a compartilharobjetivos temporários (Lewis, 1992).
Nesse
enfoque, ocompromisso
da parceria representa o principal objetivo para agregarvalores
em uma
empresa. Claroque
suas metaseconômicas
são objetivos consecutivos.Se
duas empresas, porexemplo decidem
atuarnum
mercado, estasatuam
com
o sentidode
preservar seus valores e qualidade de cadauma
de suas marcas.Enquanto
que, mercalogicamente, essemercado
é dividido
ou
por área geográficaou
por segmentaçãode
clientes, a estrutura logística e a cadeiade suprimentos são negociados de
forma que
a redução de custos e a otimizaçãode
processos sejam o foco principal de sua união.A
rede horizontal de cooperação introduz conceitos e práticas revolucionáriasna
gestão empresarial. Nesta inovadoramodalidade
de associação, empresas concorrentescompartilham
investimentos e beneficios coletivos. Desta forma, elas
conseguem
reduzir custos e ampliar adiversificação de seus bens
ou
serviços, deforma
a preservar a competitividade de cadauma
delas.O
que
seria inviável parauma
empresa
pode
ser viável para o conjunto delas, ecada
qual retira os benefícios proporcionais à sua participação (Lorange&
Roos, 1996).Quando
empresasdo
mesmo
setor de atividadeaglomeram-se
em
tornode
uma mesma
região geográfica, o processo passa a ser
chamado
de cluster. Sandroni (1996) dizque
“Clusters é
um
termo inglêsque
significa” blocosou
agrupamentos
utilizadoem
vários contextospara
designar8
o
agrupamento
de elementoscomuns
para
um
determinado` filn'
››
A
associação recebe muita atençãogovemamental
nas politicas regionaisde
~
desenvolvimento, pois,
além
de determinar a vocaçãoeconômica
daquela regiao, taisempresas
são fundamentais para sua estabilidadeeconômica
e social.A
rede horizontal éuma
estratégia atraente para osegmento
das empresas.Em
funçãodo
ramo
de suas atividades, elaspodem
reunir-se e buscar soluções coletivas para problemasque
a maioria delas enfrenta isoladamente-
e para os quaisnão há
uma
solução ideal viável (Lewis, 1992). 'Um
exemplo
claro desse processo é oBanco
24
Horas,que
reúne váriosbancos
concorrentes entre si.
Nessa
associação, ocorreum
fenômeno
interessante: até omomento
em
que
o cliente acessa o quiosque da rede, os bancos estão
em
franca cooperação; a partirdo
momento
em
que
o cliente usa o cartãodo
“seu”banco
para realizar a operação financeira, osbancos
voltam
acompetir
entre si.A
rede vertical de cooperação éuma
associação entre empresasde
diferentesramos de
atividades,
que
têm o
mesmo
cliente finalna
cadeia produtiva da qual participam.A
organizaçãode
agentes envolvidosem uma
cadeia produtiva, fazendocom
que
todos trabalhemcom
qualidade, competitividade e visando o cliente final, caracterizauma
rede vertical.O
maior desafio
dessa associação é fazercom
que
cadaempresa
entendaque
o seu cliente é oconsumidor do
produto final: ocomprador do
seu produto é clienteintemo da
rede vertical.Todos
têm
omesmo
cliente e é junto a ele que cadaum
buscará ser competitivo (Lorange&
Roos, 1996). '.
As
novas tecnologias da informática favorecem o surgimentode
uma
nova modalidade
deassociação: a parceria virtual.
A
popularização da Internet e os grandes portaisde
aceso à rede descortinam omundo.
Na
busca da perpetuaçãoda
empresa, o trânsito de informações-
em
quantidade e velocidade cada vez maiores-
fazem do
canal de distribuição virtualum
caminho
sem
volta.Nesse
mundo
da informáticaque
envolve bits e bytes, sites,homepages
e portais, a parceria virtual proporciona a aproximação entre produtores e consumidores, satisfaz necessidades decompra
e venda, acelera os processos e cria novas oportunidades negociais.Os
emergentes desafios aserem
enfrentados pelas empresas nospróximos
anos exigirãonovas tecnologias
de
serviços ede
gestão. Entre tais desafios, a gestãode
parcerias e alianças9
No
setor bancário, foco deste trabalho, as modalidades de associaçãopodem
serestabelecidas dependendo, apenas,
do
contexto específico dos objetivos aserem
perseguidos.A
ampliação dos
mercados
e o desenvolvimento compartilhado de novas tecnologiasdespontam
como
importantes áreas para fonnação de associações nesse segmento.Como
existemuita
similaridade nos serviços prestados e nos produtos desenvolvidos e já que a legislação
do
mercado
financeiro écomum
para todos, as parcerias e alianças tornam-se importantes fatores agregadores de valores nas diversas instituições. Associações já estão acontecendo edevem
intensificar-se na
medida
em
que
aumentam
as necessidades dos clientes, usuários e as fronteirasdo
conhecimento.V
2.3 Terceirização
de
serviçosA
terceirização é a transferência a terceiros de atividadesnão
essenciais à empresa, mediante contrato formal defomecimento
de bens e serviços. Trata-seda mais
comum
dasalianças (Lewis, 1992). V
A
partir desse conceito,além
de tantos outros elencados por diversos autores, pode-se dizerque
a terceirização éum
modelo
administrativocom
o objetivo de concentrar esforçosna
razão
de
serda
empresa,ou
seja: na sua atividade-fim. Pode-se, então transferir para terceiros, desdeque mais
capacitados e idôneos, tudo aquiloque não
fizer partedo
negócio principalda
empresa.
Girardi (1998), relaciona algumas vantagens e riscos
da
terceirizaçãoque mais
causam
impacto às empresas demodo
geral.“Vantagens:
- Racionalização de recursos: racionalização
da
estrutura organizacionalda
empresa
ea
conseqüente redução dos níveis hierárquicos e custos administrativos, reduzindo os controles,aumentando a
flexibilidade e a agilidadeda
organização, liberandoa
supervisão
para
outras atividades produtivas e otimizando o espaço fisico;-
Foco na
atividade principal: proporciona a concentraçãode
recursos liberadospara
10
Ganhos
de
custos: reduz as perdas, diminuindo o desperdício, oferecendo,por
partedo
terceiro (pelo fato de ter estrutura mais enxuta, administração mais ágil e ser
mais
especializada) de serviços mais baratos e
de mais
qualidadedo que
o disponivel dentro das empresas, contribuindopara a
melhoriada
qualidadedo produto
final
da
contratante;
Desenvolvimento econômico:
refletido atravésda
criaçãode novas
empresas
especializadas e eficazes e,
por
conseqüência, levando aum
aumento do
emprego
ede
receita
para
o Estado;Especialização
por
segmento: omercado acaba
abrindo oportunidades variadasem
cada
campo
de atuação das empresas. Inspira-asna
competitividade das empresas, exatamentepara
faze-lasmelhorar cada
vez maisem
relação à concorrência,aumentando
a competitividadeque
irá diferenciar asempresas
pela qualidade;Valorização dos recursos
humanos:
com
a terceirização, aempresa
investemais no
conhecimento especializado e ainda exige mais esforço de treinamento e desenvolvimento
profissional dos
empregados
das prestadorasde
serviço. -Desvantagens:
Desconhecimento
sobre o assunto: reflete-se junto à alta administração e sobre áreas chavesda
organização, dificultando sua implantação;Resistência e
conservadorísmon
as resistências sesobrepõem ao
novo, o conservadorismo inibe a aplicaçãode
técnicas modernas, caracterizando aspectosda
cultura de
algumas
empresas;Falta
de
parceiros competentes: a dificuldadede
se encontrar parceirosque
possam
atender às condições
de
qualidade e produtividade, exigidaspara
determinadas atividades;Aspectos culturais: dificuldade de integração das culturas
do
contratante edo
fornecedor;
Desconhecimento da
legislação: desconhecimentoda
legislação específica,ou
a falta dela, riscona
elaboração dos contratos,bem como
reclamesjurídico-trabalhistas. "ll
Após
uma
análise sobre as vantagens e desvantagens discorridas, pode-se dizer que,além da
redução
de
custos, outra razão importante existentena
terceirização é a agilidadena execução
dos serviços. Por isso, cada vezmais
ascompanhias
estão contratando empresas e se concentrandona
sua área de atuação.
Podem
ser terceirizadas todas as funçõesque não
representam o corebusiness da organização,
ou
seja, aquelas quenão
são o focodo
negócio.A
terceirização sódá
errado
quando não
é feitacom
aempresa
certa,ou
seja contratarum
serviço enão
um
profissional
tem
suas diferenças.A
empresa
não vai querer se preocuparcom
os procedimentosdo
serviço e quer a tarefa executadano
prazo certo ecom
qualidade.2.4
Estrutura
organizacionalAdministrar é sobretudo planejar e organizar a estrutura de órgãos e
de
cargosque
compõem
a empresa, e dirigir e controlar as suas atividades. Verifica-se que a eficiênciada
empresa
é muitomais do que
asoma
da eficiência dos seus trabalhadores, eque
eladeve
ser~
alcançada através
da
racionalidade. Isto é, da adequação dosmeios
(órgaos e cargos) aosfins que
se deseja alcançar.
A
preocupaçãocom
a estruturada
organização constituiuma
enorme
ampliaçãodo
objeto de estudo da Teoria Administrativa.A
microabordagem
ao nívelde
cadaoperário
como
uma
totalidadeem
relação à sua tarefa éenormemente
ampliada ao nívelda
empresa
como
uma
totalidadeem
relação à sua estrutura organizacional (Chiavenato, 1985).Após
esse rápido retrospecto, vale ressaltarque no
projeto de estágioforam
levantadosalguns pontos relativos às novas estruturas organizacionais
montadas
nas instituições financeiras eque
levaram a profundasmodificações no
seumodo
de proceder. Diante dessasafirmações
valecomentar
alguns desses tópicos,que
são: direcionamento daempresa
para os negócios estratégicos, levando ao focono
mercado; identificação e aproveitamento rápido dasoportunidades; agilidade
na
definição de prioridades estratégicas; delimitação e avaliação dosresultados pela definição clara de áreas de atuação e de responsabilidades;
melhor
gerenciamento dos recursos alocadosem
cadauma
das unidades.Para atingimento desses objetivos, vale ressaltar
que
todo esses processode
implementação
aconteceem
fases. Essas fasespodem
serchamadas de
construçãoda
visãol2
A
expressão Visão iúísrrazégica é encontradacom
grande freqüência .no referencial teórico,no
discurso e na prática dos gestores e dos consultores de empresas. Fundamental' para o-desenvolvimento
das
-organizações, por traduziruma
idéiaque
abrange »o observar eo
agir buscando antecipação frente às alterações ctonjunturais -~ proa-tividade -i, Vale a pena percebercomo
.ela se apresenta nanova
filosofia adotada pelas instituições.A
visão-.estratégica é obt-idacombase
nu-me processo onde- as unidadesbuscam
estabelecer seu posicionamento futuro e,em
seguida, as alternativasque
possibilitama
construçãodo
futurodesejado
(ABBEL,
`l995).Alinhar processos é
uma
atividade fundamental para possibilitar a transformação da empresa.Tom
por__iin_aiidad~e -.a co.ncretÍização dos obietivos -estratégicos, atravésda melhor
aplicaçãlo de recursos
em
buscada
maior satisfação das partes interessadas.Sua
efetiva consecução propicia «otitnizar as e.struturas, os recursos e a forniade
trabalharwmo
a Visão estratégica das unidades. Assim, será. possível, atender expectativas,promover
satisfação e equiparar as empresasrumo
ao
-altodesempenho
-
aquelasque obtêm
resultados edesempenho
alto sustentáveis.Reaiinhados os.. processos, custos serão otimizados
em
função da eliminaçãode
retrabalho., extin são
da du
licidadede
.esforos
etc.Os
resu'lt_ad-os tenderão a crescer._ Ç
. 13 Ç z
Após
a detinição das visões estratégicas e omapeamento
dos processos vitais, as unidades.proporäo
uma
estrutura organizacionalque
este_,i_aadequada
a consecução de seus objetivos. Terão condições de adotaruma
estrutura ágil, emcuta e. fiexivel, que lhes possibiliteuma
adaptação maisrápida as transformações ambientais (
AB
BELL, .l99_5)..2.5 'Eécnicas
de
operacionalizaçãode
serviços -Nesta. fase, as duas principais técnicas utfljzadas para
composição
dos gastoscom
o
processo serão
o
sistema. de rateio eo
orçamento elaborado parapromover
uma
correta administraçãodo
sistema,E3
2.5.1 ,Análise
dos
-enstosSegundo, Martins (i'99'8), devido ao crescimento das empresas,
com
0 conseqüenteaumento da
distância entre zo ;Admi.n.istrador ze ativos e pessoas administradas, passou acontabiiidade de custos a ser encarada
como
uma
eficiente forma de auxíliono
de*sempen.hoda
função gerencial.
Martins (1998)
também
ressaltaque
a contabilidade. de custosse
volta ~predo'min_antemente -para a indústria. Todavia,no
presente caso poderá ser utilizada aterminologia semelhante pois
mesmo
se tratando de entidades finaneeiras prestadorasde
serviços, as técnicasa serem
aplicadas são zsemeihantes.São
custosque
imediatamente se transformamem
despesas,
sem
que
haja a fase de estocagem,como
no
caso da indúStri.a de Íšens. Assim, aeecessidade
do
caicuiode
custos para as empresas fttndamenta-sena
constatação deque
este serviráde
instrumento para avaliar odesempenho
dastomadas
de decisão.'Segundo Florentino (1988), na apuração
dos
custos,não
.devem ser 'levadosem
conta somenteo que
chama
de “custos de ul1Í¿£dades'f¡s1`cas" (bens, mercadorias), mas,tambem,
os“cus'¿o.s'
de
.serv¿ç1).s"' (fretfiã, Seguro).As
'a_.tivida.des-devem
ser realizadascom
tanta eficaciaem
custos quanto possivel. Istoposto, ,Br_i_msen (3996) deciara qu-e o custo
do
,fornecedorou
.fabr.ican_te.demenor
custo., aígumasvezes, é alcançado
com
prejuizo da qualidade,do
-serviço, da.satistÍação de seusempregados
e investimentos fiituros.Por
isso, querido são .co.Iocaê;las empresas -pretstadorasde
serviçosdo
gêoero
em
competição, é fundamental a ad'equaçãodo
custo- a outros fatores, a tim de se aicançara ieticácia desejada pelo cliente,
Bnmson
(1996, p._ 28), V cita.. que“U
castade
ema
atividade me/ui 1z;›d0.s'mfaloreséíeprodução
empregados
para
ziesempenhá-ía.Os
ƒ¿ztore.sde
pr›:1d1.f.çã‹,›c(›n.s'i.s'tem
em
pe.s'.s'oa.s', máquírzas, vztzgens, suprímenz*os,s'/`..s1ema;s
de
mjbr/mrções e ozaros' recursos .-quesão
normalmente
def1om1`nado.s' elementos de custo de/:trode
um
plzmn
:ie c:›.ntes. 1LÍ.'a¿;1'a jfcnfurde
pr‹,›¿lz,1ção sig.1é11_Í,fir;ativ‹› eícíent1_`,ficáveI é 1'.m;'lz4ía'(,› no-e'z4.s't‹.› de-.
uma
ativítladeBrimson
(E996) ressalta,também, que
um
cestoé
id.entificá.vešquando
uma
relaçãode
14
Assim, .os.eusfo~s são ideufiiieados -atraves
de
cada ativi ao (D. (D 1..tz
13 se 'D 5% rn C/À C3 55? tn 53 aliza do›'¬ ID 1- -- . vzg. _ , 4. ~..
- -_ . Q. . ‹ _ - _\.~ V z _
De
acordo aindacom
Brimson
( 1.996); o_ custo,de
uma
atividade.pode
ser expressoem
volume.. .Destemodo,
pode
:ser etspecificadode
.forma dizreta, sendo conhecidocomo
da
amfídade.
No
presente trabalho, além, dos custos especificos para atividades específicas, os custosforam
também
estimados tendoem
vista .a complexidade das organizações envolvidas.De
acordocom
Leone
(I98Í)', os custos estimados sao custos predeterminados e sedestinama
resolver aiguns problemasde
controle ze planejamentoem
.situações .especiaisNesse
caso as operações realizadas
não
têm
custos disponíveis paraum
melhoracompanhamento.
Assim, será .uecessario _opt_ai" por Vestimações
que
'levemo
mais proximo possívelda
realidadedesejada. Economize-se, aí, alguns dispêndios com. recursos de pessoas e tempo. .
Como
o processo prevêeconomia
de recursoshumanos
e _.financeiro_s, vaieuma
citação deLeone
(E981, p.62):Id 5: fš lo
‹:as.!os con.s.4u . .
dos
projetos' ale vittéiliéíoäeeconrimšcrt são
sempre
estimados. Iamluímos
org.fzzme.n1!os'de
prf,›dutz›s pelas
empresas
que trabaíham dentrodo
regimede
prazzâição
por
meu/zzerâda, sejam fabricantes tou ƒ1Ímzo.sde
prestação de serviços,
são
cozzsliluíofospor
cuslos estimados.Os
rêrçamerzms empresar1Ía1`.s,do .mesmo
macio, têm.rece.izz_1..s',ó_z'e:›pe.s'as e custo..s' e.s'tima¿í‹›..s'*”.
tReto.r¬nando
ao
custeiopor
atividades, iBr.imso.o (1996) -eleucacomponentes
basicos deum
sistema de' custos por. atividades. Essa gestão de custos é baseada
em
informações por atividade,onde
são ressaitzadas as seguintes vaotageos.:Q Estabelecer metas
de
custo edesempenho
mais realistas, derivadasdo
planejamentoestratégico;
Q .l.deo.tificar desperdícios e fatores que direcionam o custo;
e
Melhorar a
qualidade das decisões .na deteiímioação dos .serviços e processosque
serão executados.Assim
,Brimson
(1996), relacionaalgumas
etapas para calcularo
custo de atividades.São
asseguintes:
l. Analise das atividades: identifica as atividades específicas e significativas
da
empresa, de maneira a estabeleceruma
base para determinação cuidadosa de seu custo e15
desempenho.
A
análise de atividadesdecompõe
um
processo grande ecomplexo
em
atividades simples, fáceis de
serem
entendidas e administradas. Existe, inclusiveum
contraste
com
os sistemas atuais de contabilidadeque proporcionam
a visibilidade dosrecursos totais
empregados
em
cada unidade organizacional,mas
não daquiloque
aunidade faz.
Análise
do
ciclode
vida: propiciauma
estrutura para administrar o custo edesempenho
de
um
produtoou
processo durante sua duração.O
ciclode
vidacomeça
com
aidentificação inicial de
uma
necessidadedo
consumidor/usuário e se estende atravésdo
planejamento, pesquisa, projeto, desenvolvimento, produção, avaliação, uso, suporte
logístico
em
operação, retirada de circulação e disposição final.O
ciclo de vida é importante para o controle de custo devido à interdependência das atividadesem
diferentes periodos de tempo. -
Custo
da
atividade: este é obtido pelo agregardo
custo de todos os recursos utilizados para realizaçãode
uma
atividade. Esses recursoscompõem-se
de
pessoas, máquinas,viagens, suprimentos, sistemas de computadores e outros.
Os
custos são expressosem
medidas
de atividade expressosem
um
plano de contas.Em
suma,medir
a eficáciade
uma
atividade requer conhecer ovolume
de produçãocomo
de seu custo.Medida
de
desempenho da
atividade: essasmedidas
são as estatísticas financeiras eoperacionais
que
medem
odesempenho
dos processos realizados pela empresa.As
medidas de
desempenho
são inter-relacionadas.Uma
reduçãono tempo
irá,com
certeza, impactar o custo, a qualidade e a flexibilidade,porque
impacta odesempenho
da
atividade.
Um
elemento importante para administrar os custos de atividades é aimplantação de
mudanças,
previamente estudadasque
melhorem
simultaneamente váriasdimensões
dedesempenho.
Análise funcional
do
negócio: esta agrega o custo total das atividadescomuns.
A
verificação
do
custeio proporciona visibilidade dos custos,que
de outra fonna, ficariam escondidos.Importante frisar
que
as atividades sãotambém
compativeiscom
o gerenciamentoda
qualidade total, pois enfatiza a qualidade perfeita nos serviços prestados.
Brimson
(1996),16
certas
na
primeira vez e trabalhar pela melhoria contínua. Assim, as atividades são processose por conseguinte, compatíveis
com
oTQM.
.3
Em
resumo, pode-se dizerque
a análisedo
custo através das atividades e a ferramentaque
permite facilitar a congruência das metas, realçar os geradores
de
custos, apoiar a melhoria continua eembasar
os sistemas de apoio a decisões.2.5.2
Orçamento
to das técnicas orçamentárias
que
norteiam o planejamento ePara
um
bom
entendimental o conhecimento das conceituações
controle
de
resultados da organização, éfundamen
colocadas por alguns autores a respeito
do
assunto. Assim,segundo
Sandroni (1996, p. 368),“Orçamento
é a previsão das quantias monetárias, que,num
'
d
fresperíodo determinado,
devem
entrar e sair os copúblicos”. -
Conforme
Sanvicente (1997, p. 213),“O
orçamento representa a expressão quantitativa,em
unidades fisicas,
medidas
de tempo, valores monetários, etc.,, ..
1
dos planos elaborados
para
0 periodo subsequente,em
gera
de doze
meses
-De
acordocom
Welsch
(1996, p. 21),enfo q ue sistemático e
formal à execução
dasresponsabilidades de planejamento,
coordenação
e controleda
administração17
“Orçamento
éum
meio
de coordenar os esforços individuaisnum
plano
deação que
se baseiaem
dados de desempenhos
anteriores e guiado
por
julgamentos racionais dos fiitoresque
inƒluenciarão o
rumo
dos negócios nofuturoDeste
modo,
após a análise e interpretação dos conceitosacima
elencados, pode-se entenderorçamento
como
a quantificaçãodo
planejamento operacional,devendo
considerar políticas, metas e estratégiasda
organização para o estabelecimento de propostas e identificação de planos de ação para cada área. Fica implícitoque
0orçamento
éum
dos principaisinstrumentos para a otimização
do
resultado da empresa.Indiscutivelmente, o planejamento e o controle,
como
funções administrativasmais
amplas,
abrangem
o contextoem
que
os orçamentos são utilizadosnuma
empresa. Neste caso, existem os planejamentos de curto prazoou
planos que são formalizados através deorçamentos
que
indicarão quantitativamente(em
unidades físicas,medidas
de tempo, valores monetários) etransfonnam
os objetivosmais amplos
em
objetivos imediatos e específicos aos diversos setores da organização (Sanvicente, 1997).j
Sanvicente (1997) ressalta, então,
que
os objetivos paraque
po planejamento seja operacionalizado,devem
convergirsempre
para amaximização do
valordo
investimento dosseus proprietários. “
Baseado
nesse enfoque,Welsch
(1996) elenca os princípios fundamentaisdo
planejamento e controle de resultados
no
sentido de demonstrarque
este éum
sistemaamplo
pormeio do
qual todos os aspectosdo
processo de administraçãopodem
ser reunidosnum
todo coordenado,em
que
ações administrativas e operaçõespodem
ser integradas. Esses principiossão:
0
Envolvimento
administrativo: o envolvimento administrativo subentende apoio,confiança, participação e orientação da administração.
Todos
os níveis administrativos,especialmente a alta administração,
devem
(1)compreender
a natureza e ascaracterísticas
do
planejamento e controle de resultados; (2) convencer-sede que
enteenfoque específico à administração é preferível à situação existente; (3) estar dispostos a
empregar
esforços intensos e sérios necessários para o seu funcionamento adequado; e (4)18
Adaptação
organizacional:um
programa
de planejamento e controle de resultadosdeve
apoiar-se
numa
sólida estrutura organizacional enum
conjuntobem
definido
de linhas deautoridade e responsabilidade. Assim, os objetivos e planos
devem
ajustar-se ehannonizar-se 'às responsabilidades organizacionais atribuídas aos diversos administradores
da
empresa. Então, a finalidade da estrutura organizacional eda
atribuição de autoridade dentro da
empresa
é o estabelecimento de condições paraque
osobjetivos da
mesma
sejam regularmente alcançados de maneira coordenada e efetiva; Contabilidadepor
áreasde
responsabilidade:como
o planejamentoem
seus aspectosmais
importantes baseia-seem
dados históricos gerados principalmente pelo sistema contábil, ecomo
o controletambém
envolve acomparação
de resultados reaisem
oposição a planos e objetivos, o sistema contábildeve
ser organizadode
acordocom
a estrutura de responsabilidadeda
empresa.Em
termosmais
diretos,deve
haverum
sistemade contabilidade por áreas de responsabilidade
-
ou
seja,um
sistema adaptadoprimordialmente às responsabilidades organizacionais para utilizar-se o planejamento e controle
de
resultados.Orientação para
objetivos: este princípio envolve a aceitação, por parteda
administração
do
conceito de administração por objetivos,ou
seja, deque
o futuroda
empresa
a longo prazo tenderá a ser favorecido pelo estabelecimento de objetivos, sub- objetivos e padrões dedesempenho
para aempresa
como
um
todo e para cadauma
de
suas principais subdivisões.
L
Comunicação
integral: acomunicação
paraum
planejamento e controleeficaz
exigeque
tanto o superior quanto o seu subordinado
possuam
amesma
noção de
responsabilidades eobjetivos.
Se
os planos de lucros forem desenvolvidosem
moldes
participatórios eem
harmonia
com
as responsabilidades atribuídas, será asseguradoum
graude
entendimentoque
seria impossível em, caso contrário.Expectativas realistas:
no
planejamento e controle de resultados, a administraçãodeve
evitar tanto
um
conservadorismo exagerado quantoum
otimismo
irracional. Paraserem
realistas, as expectativas
devem
referir-se (1) à suadimensão
temporal específica e (2) aum
ambiente externo e intemo imaginário (projetado)que
existirá durante esse periodo.Dentro dessas duas restrições, as expectativas são realistas
quando
os objetivos emetas
19
Oportunidade: deve
haverum
calendáriodefinido
para o planejamento fonnal, osrelatórios de
desempenho
e outras atividades correlatas.O
planejamento administrativodeve
ser consideradocomo
um
processo contínuoem
todos os níveis de administração.Aplicação
flexível: este princípio reconheceque
um
programa
de planejamento e controlede resultados (ou qualquer outra técnica de administração)
não
poderádominar
a empresa,e
que
o uso da flexibilidadena
execução de planosdeve
seruma
políticadefinida
para impedir a criação de “camisas-de-força” e permitir o aproveitamentode
oportunidades favoráveis,mesmo
que não
incluidasno
orçamento.Acompanhamento:
tanto odesempenho
favorável quanto o desfavoráveldevem
sercuidadosamente analisados,
com
três objetivos: (1)no
caso dedesempenho
inferior, paraimediatamente dar início a ações corretivas de sentido construtivo; (2)
no
casode
desempenho
favorável, para reconhece-lo e possivelmente permitir a transferênciade
conhecimentos a áreas semelhantes; e (3) criar condições
de melhor
planejamento econtrole
no
futuro.Como
não
poderia deixar de ser, existem algumas limitações,não
obstante as vantagensobtidas pela instalação de
um
adequado
sistema de orçamentos.Leone
(1985)propõe
algumas
delas: '
quando
os orçamentos são baseadosem
estimações existem influênciasque
interferem nas informações orçadas.Assim
a administraçãodeve
levar issoem
consideração enão
seguirrigidamente o
que
foimensurado
nessas condições;Existem
as dificuldadesno
.trabalho de motivaçãodo
pessoal. Neste caso, aeducação
passa a ter total relevância
no
propósito de enaltecer as vantagens clarasdo
processo;A
implementação do orçamento
demanda
tempo
e dispêndios.Além
do
suportemoral
porparte
da
alta administração, é fundamental a delegação de autoridade e recursos.O
acompanhamento
deve
ser constante paranão
cairno
desinteressecom
o passardo
tempo.Diante desses fatores
ficam
notórias algumas característicasdo
processo orçamentário ,tais
como
a integração dos objetivos de todas as unidades da organização; o processoorçamentário deve ser
um
processo participativo,onde
todos os gestores responsáveis por20
resultado esperado de cada unidade
da
empresa; o processo orçamentáriodeve
serum
orientadorpara obtenção de resultados
que
garantam retornos ótimos àempresa
e seus acionistas.2.5.3 Sistemas
de
rateioSegundo
Martins (1998), os custoscomuns
a vários departamentos são rateadosem
função
de
sua natureza (pelomenos
asmais
importantes)como
o próprio aluguel, a depreciação dos edificios, a energiaconsumida
e o seguro apropriado.Mas
depoisque
os custos indiretos já estiverem totalmente atribuídos aos Departamentos e se precisar passar a ratear os existentes nos de Serviços, jánão
se poderánormalmente
atribuir custo por custo.Martins (1998)
complementa
dizendoque
para a alocação dos custos indiretosde
fabricação é necessário proceder a
uma
análise de seuscomponentes
e verificaçãode
quais critériosmelhor
relacionam esses custoscom
os produtos.É
necessáriotambém
que, paraque
se proceda auma
fonna
apropriadade
rateio, se conheça detalhadamente o sistemade
produção.O
desconhecimentoda
tecnologiade
produçãopode
provocar o aparecimentode
impropriedades devulto
na
apuração dos custos. .Para o presente trabalho, visto suas peculiaridades, foi escolhido o sistema de Custeio por Departamentalização
em
funçãodo
conhecimento dos custos unitários eplenamente
identificadosos Centros
de
Custos.Deste
modo,
Martins (1998) classificaDepartamento
como
unidademínima
administrativa
ou
de produção que, para a Contabilidade de Custos desenvolve atividadeshomogêneas.
Leone
(1985)define
Departamento, Centro de Serviçoou
Centrode
Custoscomo
uma
área específica
de acumulação
de custos.Leone
(1985) ressalta,também, que
a distribuição dos custos e despesas relativos aoperacionalização dos serviços é distribuído aos respectivos Centros de Custos baseado nos dados disponibilizados pelo orçamento previsto para o período.
Assim,
a finalidadeda
distribuição é
que
os Departamentosrecebam
os custos e despesas referentes à todaprodução
21
Leone
(1985, p.375) cita então os passosque
devem
sercumpridos
para adepartamentalização dos custos e despesas de fabricação:
“I.
Preparação
deuma
relaçãode Despesas
Indiretasde
fabricação
de
todaa
fábrica. .2.
Preparação
deuma
relação das basesque
serão utilizadas,para
apropriar as diferentes despesas entre os departamentos.3.
Preparação
de várias estatísticasque
auxiliarãona
distribuição das despesas
de acordo
com
as basesestabelecidas
no
item 2.4. Departamentalização das despesas
de
fabricação reais,mediante a utilização de folhas
de
trabalho.5. Classificação das
Despesas
Indiretasde Fabricação
sobreou
subaplicadas,por
Departamento
2.6
Qualidade
totalQualidade
-
fontedo desafio
atual que surgiucom
o redescobrimentoda
importância da produção eda
gestão das operações enquanto instrumento de diferenciação e luta contra a concorrência.Segundo Teboul
(1991), a qualidadenão
cria dificultadores,pode
ser esquecida.A
qualidadedeve
ser feita de maneira impecável.A
qualidadecumpre
rigorosamente asespecificações
do
projeto, os orçamentos e os prazosde
entrega.A
qualidade é de fácil utilização,tem
resposta rápida àsdemandas
e produzum
produto altamente confiável. _O
conceito de qualidade se modifica segundo a análise de alguns autores:“Consiste
em
desenvolver, criar e fabricar mercadorias mais econômicas, úteis esatisfatórias
para
ocomprador”.
( Ishikawaapud
Teboul, 1991, p.56).“Ir
ao
encontro das exigências.As
necessidadesdevem
ser especificadas e atinge-sea qualidade
quando
essas especificações são obedecidas,sem
defeito (Crosby apud
Teboul,1991, p. 56).
~
“Aptidão
para
o uso, a qualidade servepara
criar a diferençaem
relaçaoao produto
oferecido pela concorrência (Juran
apud
Teboul, 1991, p.57).“Qualidade de
percepção
é fazer aquiloque
deve ser feito(bom
produtoou
serviçode boa
qualidade-
EFICA
CIA).A
qualidadede
fato é fazercomo
deve ser feito (produtoou
22
“Não
queremos
satisfazer o cliente,queremos
seduzí-lo,queremos que
ele vibrede
desejo!
(Tom
Petersapud
Teboul, 1991, p.59).“Minimizar as
perdas
a longoprazo
(Taguchiapud
Teboul, 1991, p.59).“A
qualidade é a capacidadede
satisfazer as necessidades, tanto nahora
da
compra,quanto à utilização,
ao melhor
custo possível, minimizando as perdas, emelhor
do que
os nossos concorrentes (Teboul, 1991, p.61).2.6.1
A
qualidade e as organizaçõesAs
empresaspassaram
a dar ênfase à qualidade dos seus funcionários, seuknow-how
e seus sistemas de produção.O
progressotem
de ser paciente e permanente, precisade
uma
mobilização intema.
Alguns
paradigmas precisaram ser revistos. Deve-se abandonar o discurso fatalista,atrasos, crises, prolongamentos, procrastinações, atacando o
problema
pela raiz, objetivando odefeito zero, a
pane
zero e o atrasozero.É
necessário criaruma
dinâmicade
progresso,transfomiando respostas de problemas
em
oportunidades, vantagens competitivas e decisivasno
mercado
externo. 'A
qualidade, o respeito aos prazos, a reduçao de folgas nosfluxos
deprodução ou
a flexibilidadenão
podem
ser decretadas, são construídos passo a passocom
determinação e visãode longo prazo.
Com
a globalização, os clientes passaram a sermais
exigentes.A
concorrênciase
tomou
aberta (global), os preçosmais
competitivos e os serviços necessitam ser praticadoscom
nível de qualidade impecável. Qualidade éuma
fonte clara e indiscutível de diferenciaçãodo
produto e serviços.
O
produtoou
serviçoque
o clientecompra
éímpar
e deve corresponder àspromessas
que
lheforam
feitas.O
clientenão
quer ter problemas enão
quer saber de riscos.Em
um
último estágio de desenvolvimento da qualidade, elanão deve mais
ser vistacomo
onerosa, ausente
ou
inesperada e simcomo
legítima, esperada e desejada.Além
da
satisfaçãodo
cliente, a qualidade deve seduzir e encantar o cliente.
Segundo
Juran (1993), a qualidade se constrói e progride deuma
forma
ascendente,com
a participação de todos os envolvidos, desde sua criação até avenda
posterior. Trata-sede
fonnar23
Deve-se
pensarem
qualidadecomo
solução, ao invés de problema, e a reviravoltado
modo
de gestão tradicionalcomeça
a partir da conformidade edo
trabalhosem
erro.O
objetivodeve
ser alcançado de primeira, assegurando ao clienteum
resultadoconforme
o prometido.Partindo deste ponto, aceita-se
somente
a excelência, a probabilidade lou
100%
de
sucesso, defeito zero.Para
que
isto aconteça, é necessário oempenho
de
todosna
empresa:um
por todos, todospor
um.
O
método
a ser usado é simples: prevenir e dominar, melhoria contínuacom uma
mobilização interna,
que não
poderá ser feitasem
o suporte incondicional e ocomprometimento
da direção.
Os
valores daempresa
devem
ser divulgados para a assimilação por todos os funcionários.Todos
devem
ser multiplicadoresda
qualidade, disseminando a missão e o processoda
empresa.A
Para a empresa, o desafio
vem
de
algumas assertivas:I
Os
chefesdão
lugar aos líderes. Importao exemplo que
o líder dá,não somente
suas ordens;l
Deve
haver interação entre osmembros
do
grupo e o lider;I Sedimentação
do comportamento
e evoluçãoda
cultura organizacionalI Nasce, então, o cliente interno.
Cada
pessoa é ouvida para o sucessoda
equipe.2.6.2
Bases
históricasda
gestãoda
qualidadeA
qualidade nasceu da produçãoem
massa, da necessidadede
fabricar peças padronizadas e intercambiáveis. Por outro lado, aRevolução
Industrial e a produçãoem
massa levam
aindústria a
uma
lógica de divisão de trabalho e de produtividade. Surge o controle de Qualidadepara garantir o intercâmbio das peças fabricadas utilizando instrumentos, aparelhos de
medição
emétodos
cada vezmais
sofisticados.Na
década del930,começou-se
a usar osmétodos
estatísticos deamostragem
ena década
del950, surgiu
uma
nova
disciplina: a confiabilidade. Era a cultura de1%
de defeito.Durante a década del960,
começou
uma
mudança
de atitude a partirda
tomada
de
consciência, dos custos cada vezmais
altosdo
controleda
qualidade, chegou-se a conclusãoque
se deveria investir
na
prevenção.A
qualidade deve ser construída desde 0 início, o departamentode qualidade passou a chamar-se Garantia de Qualidade.