Ql ! SI
ST1.\T\
Em
Nuveijibro de
1805
O
GRÃO
D2
©OUT321
£3&
MEDICINA
FlílILDAlinil
B.líMhMlO
LEGITIMO DE2lg05tiul)o 3i,
aquim
3tntuitf!t c òc D. iílnria JFrcuirirUá òaillattát Oncrllar Shittuuá.,
(INalunl d'esta cidade)*
Ouo \tí medeeinimmolesa \ieentiéreau
soula-(>omonlde ITuimanilé,qifil soit penetre de res-pccl pourlocaractere s;ieiédunialheur, etqu'il
Btí nmnlre cfttiipulissaiil et genereux. Pour
smil.ijjei uno inloilunc, il faut souvent plus
de canirque de yenie; qu'il porte une bauné
eousolateur sur los plaies de 1'ame, qu'ilcher-che «til tnoycns aessuyer leslarmes,lorsqu'il ne pont lesetancher Si 1'espoir 1'abandone qud
son courace lui reste, qu'il ne cesse de
dis-pulor lavieaux dernières attemles dela mort,
qu'il eloigne lout ta qui petit anleciper les
touques heures d'une cruelle agonie, queses
inalados fassiirés par ccs dlscours quiltent
avec rnoyen dechiretueut le jour inquiet dâ
Texistence*
Alibebt»
BAHIA
TYPOCUAPHÍA
DE
EPIPHANIO PEDROSA,
18611
FMUDADE
i)EMEDICINA
DA
IIAIIIA.DIRECTOR.
E\m. Sr. Cotiselfieiro I)r. João Baptista dos Anjos.
E\m
Sr. Conselheiro l>r Vicente Ferreira de Magalhães,u:vri:*
phopriiítario*.
OS SflS DOCTOIflíS L° ANNO. MATKRl\SQUKI.ECCIONÃ.O.
,'..'"
,. i
«
li-.. IPhysicaem geral, e par<ic<ihrinenlte«»
Com Vicente FerreiradeMaglhaes. . \
^
.,,,,,,;,:„.,„.,,, j|dicina.Fn-nciíco Rodrig^c? d Sil>a. . . . Chiirica e Mineralogia.
Adiijiiiu Al.es del.imi Gordilho. . . Anitomiades-eripliva.
Z." ANNO.
Antóniode Gerqíeira Pimí-> CiimV.iorgânica.
Phvsiologia. António M.iiMiv!'!do Itomi>n. . . Botânica eZooloíh.
Adriano Aliesde l.ira.i(iordillio. . . Repetijiiode anatomiade*criptÍTa.
W." ANNO.
Elias Jes Pedrosa \nitomia geral e pathologica.
Josi deG.esSii|'-;cii'a Palhologia geral. Pliysiologia.
4." ANNO.
Cons. Manoel Ladislau Aranha Dantas. Palhologia externa.
Alexandre Jos deOucia-z Palhologiainterna.
„ ,.. ». c • )Partos, moléstias demulherespejadas
MatinasMoreira Sampaio
j meninosreci.
mnaScldos.
5." ANNO.
Alexandre Jos'' deQjteiroz Continuaçãode. Pathologia interna.
Joaquim António d'OliveiraHofelho. . Matéria medicae therapeutica.
José António de Freitas )Analomia lopo.xiphica, Medicina
opera-') lonac apparelhos.
&.° ANNO.
AntónioJoséOzorio
...
Pharmacia.Salustiáno Ferreira Souto Medicinalegal.
DomingosRodrigues Seixas
....
Hygiene, eHistoria deMedicina.AntónioJoséAlves Clinicaexterna do3."cí.nanno.
António Januário deFaria Clinica internadoli."c C."anno.
OPPOSITORES.
Rozendo AprigioPereiraGuimarães. .}
Ignacio Joséda Cunha
>.../
Pedro Ribeiro de Arauto. , . , .> Secção Aceessoria.
JoséIgnnciodc Rar-ros Pimentel . .
A
VirgílioClimacoDamazio /
José Aflbnso Paraizo deMoura
AugustoGonsalves Martins. .
DomingosCarlosdaSilva . . . . ! VSecçãoCirúrgica.
m
) Tourinho...."
1 iSantos *f _ unhaValle. . . . "(^
Pereira. ...."
1 lemetrio CyrincoAuizAlvares dosL».,
João Pedro daCunhaValle. . . ' í
^C
50 Medica.Jeronymo Sodré
SECRETARIO.
O
Eun.
Sr.
Dr.
í Incinato
Pinto da
Sllra.OFFICIAL
DA
SECRETARIA.
O
Sr.
Dr.
Thomaz
d
A
quino
Gaspar.
A Faculdade não approva, nem reprova as opiniões emíttidas nas theses sue laa
tmmmmw
m
mmm,
PRIMEIRA PARTE.
Homo
interior totus nervus, Van Helmont.EFINIR
a moléstia, emittiralgumas
opiniões á respeitodesuadivisão, sede,natureza, e etiologia,apresentar os
symptomas
que
a caracterisam, diagnostical-a, edizer qual a sua terminação, éocaminho
que temos
em
mira
percorrer, antes de encontrarmos omarco
onde
in-screveremos o seu tractamento.
Definição.
O
tétano éuma
moléstia essencialmente eáracterisada pelacon-tracção
permanente
emais
ou
menos
violenta deuma
parte,ou da
to-talidadedos
músculos
submettidos ao impérioda
vontade.Divisão
Conforme
asua
marcha tem
elle se divididoem
agudo, chronico, eintermittente. Trink
chama
recto aquelleem
que
a contracçãomuscular
—
G—
ataca os
músculos
extensores e flexores, e curvoquando
os flexores são osúnicos affectados. Muitos authores aindaadmittem
a divisão do té-tanoem
geral, parcial, e tónico;porém
a opiniãogeralmente abraçada, e acceitana
sciencia consistena
divisão do tétanoem
espontâneo,ou
idiopathico, e traumático
ou
symptomatico.Séílc.
À
anatomiapatbologicacaminhando sempre
em
busca
deum
fu-turo brilhante, no seu progredir incessante na pesquiza e indagaçãodos
factos; ainda
não
pôde
conhecer, e apreciar a verdadeira sede d'esta terrível moléstia.É um
problema
a resolver-se, e assimcom
osco-nhecimentos atéhoje adquiridos os anatomo-pathologistas consideram o tétano
como
uma
meningite rachidiana,ou
uma
myelite, sendoincon-testável
que
em
muitos casosprincipalmente de tétano traumático,tem-se verificado apresença dos
symptomas
pathognomonicos
d'estaslesõescomo
sejam injecção dos vasos,derramamento
de serosidade, piís, e até amollecimentoda
medulla. Lepelletier asseguraser a moléstiapro-duzida por
uma
inflammação
do nevriiema.Lambron
encontrouuma
inftammação na
arachnoide docerebello,cdos
lobos posterioresapresen-tando toda a substancia
da medulla
uma
cor rósea carregadamuito
manifesta.
Em
algunscasos amedulla submettidaá exame
minuciosotem
sidoachada completamente
destruidaem
grande extensão.O
Sr. Dubreílndo no
louvávelempenho
deum
perfeito conhecimento domal
,
ando, talvez
que
esta gloria lhe estava reservada, practicou a au-aem
rlesasete tetânicos,mas
depois delongo trabalho trezunica-íe lhe revelaram a presença de matéria
branca
e solida depositadaentre a arachnoide e a
medulla
espinhal, e nos outros notouapenas
congestão intensa, a qual só por só
não
constitue caracter verdadeiro essencial e univoco,porquanto
estacongestão é muitas vezesum
phe-aeno cadavérico ligado ao género de morte,que
levou ainfeliz vic-a aotumulo. Certos pathologistasadmittem
o tétanocomo
symp
to-ma
do
amollecimentoda
medulla, principalmente dos feixesanteriores } os quaes presidemaomovimento;
somenteporque
em
alguns casos esteamollecimento
tem
sidopor
elles verificado.Alguns
encontraram stase sa, asmembranas
envoltorasdo
eixo cerebro-espinhal coradasde
lelho,
sem
todavia notar-se amenor mudança
na
sua consistência.Lobstein encontrou
como
lesãoum
abcessoque
situado atrazdo
oorpo das vértebras
comprimia
amedulla.Andral
reconheceu averme-lhidãodos ganglios semilunares. Outros authores
dizem
seruma
phleg-masia quer
dasmeninges
rachidianas,quer
do nevrilema, emuitos
fi-nalmente dão por
sededa
moléstia os cordões anterioresda
medulla.Na
mór
parte dos casos porém, oexame posthumo
confessando a sua fraquezanada
revelaqu
e oriente o practico acerca do mal,nem
lhe dizonde
é a sededa
moléstia, contentando-se,na
deficiência de recursos,em
confiar ao futuro o descobrimento doestes importantes segredosda
organisação
humana.
Sendo
esta terrivel enfermidade conhecida por Hyppocrates,como
sedeprehende
de seuaphorismo
—
vulneri convidsio
superveniens lethale
—
havendo
atravessado tantos séculos, e chegado aténós
causando
milhares deestragos, cortando o precioso fio demuitas
vidas, e sacrificando grande
numero
de victimas, lastimamosnão
serperfeitamente conhecida a sua sede;
porque
entãomelhor
dirigido seriao seu tractamento.
Considerando entretanto,
que
as lesõesmais
diversasdo systema
nervoso cerebro-espinhal
teem
sido apreciadas nos tetânicos, eque
acongestão sendo
muito
frequentenão
pôde comtudo
caracterisar amo-léstia,
concluímos
com
o Sr. Grisolle,que
até o presentenão
existeno
tétano caracter anatómico
que
lhe seja constante.Reflectindo
também
que na
maioria dos casosplenamente
justifi-feados
não
existe lesãodo
encephalo,da
medulla, dos nervos e seusin-vólucros,
somos
levados ádizercom
muitos
authores,que
o tetáno éum
phenomeno
reflexo,tem
sua sedena
medulla, e portanto éuma
nevrose.
Natureza.
A
irritação inflammatoria aque
attribuia-se o tétanonão
satisfazo espirito, e
com
osconhecimentos até hoje adquiridospodemos
dizerque
esta parteda
moléstiaé aindaum
desideratumna
sciencia.Etiologia*
Myriade
de causasdá origem
ao desenvolvimentodo
tétano.A
idadenão pode
ser tidaem
pouca
consideração.As
diversasphases, pelas quàes vae passando o
homem,
não
são garantias,nem
ra-sões valiosas e poderosas
que
militemem
seu favor. Observa-se ordi-nariamenteque
a criança logo aodeixar o seio materno, ainda envolta-8-líg trismus
nascentium—
-mal das maxillaa e vulgarmentedenominada
mal
de sete dias.Um
leite demá
qualidade, bebidas indigestas, ea
compressão
do
cordão umbilical são capazes e sufficientes de, poruma
irritação sympathica, dar lugar á sua apparição.Não
se devedarmenos
importância ao trabalho deuma
dentição difficil, e á presença de vermes nosintestinos assimcomo
a introducção de corpos estranhos oque
tudo se explicaporuma
acção reflexada
medulla.O
sexonão deixa deteralguma
influencia, ena
phrasedo
Sr. Gri-solle a moléstia apparece de preferencia nas mulheres; assimcomo
lhe pareceque
os individuos fortesestam
mais predispostos;no
que não
estam
accordes muitospathologistas; os quaes consideram,como
causaspredisponentes
um
temperamento
nervoso euma
constituição fraca.As
mulheres, duranteo trabalho deum
parto laborioso e difficil,teem
suc-cumbido
ao golpe d'estamoléstia, e oSr. Fournier Pascay observouum/
casodetétano produzidoporesta causa; cessando logo depois de
termi-nado
o parto.As
influencias atmosphericas oceuparaum
lugarmuito
.
importante entre ascausas provocadoras do tétano*
Os
individuos expostosá acção deuma
temperatura assas elevada se apresentam soffrendo d'estaaffecção; emuita
vezsem
outra causaque
melhor
traduza ofacto.Quando
a temperaturaaquente
ehúmida,
como
acontecena
pas-sagem,
ou
mudança
rápida deuma
estação para outra; o tétano torna-semais
frequente principalmente nos individuosde cor preta,que
mui-tasvezes por estarem debaixo
da
só influencia d'esta causa,apparecem
tetânicos, sendo deadmirar afacilidade, tendência, e disposição d'estes" individuos a contrahiremsimilhante moléstia.
Ainda
a respeitoda
temperatura citamosum
facto observado peloSr. Larrey.
Este reconheceu
que
depoisda
batalha deMoscow,
sendoexcesrsivo einsupportavel ocalor,
houve pequeno
numero
de individuos tetâ-nicos; eque
depois da batalha deDresda
um
tempo
frio ehúmido,
suc-cedendo a grande elevação de temperatura os feridos
morreram
victi-mas
d'esta aflecção.Quanto
ao ar frio ehúmido
produzindo
o tetáno;fomos
testemu-nhas de
um
facto.Uma
preta africana tendono
braçoum
lipoma
veio ao hospital, epediuao
nosso lente de clinica para extirpal-o.Submettida
áoperação—
esta foi feitacom
muita
delicadeza epe-rícia;
ma
s a doente sendo entregue aos—9—
quiz ficar
no
hospital, ecaminhou
até a suamorada, que
eraalém
do
Campo
Grande.O
dia estava chuvoso; a doente submetteu-se áuma
marcha
forçada, a qualnão
estavaem
relaçãocom
as suas forças, vistoque
acabara de soffreruma
operação; o resultado foique
no
diase-guinte voltou ao hospital
accommettida
de tétanobem
caracterisado,do
qual
succumbiu no
dia seguinte.O
Sr. Bajon,diz,que
o tétano é frequente nos lugares visinhos,ou
banhados
pelo mar; e procura. justifiear-se, declarando que,nades-cripção feita
da
ilha deCayenna,
numa
aldeiaque
estava ao abrigodo
mar
em
virtudedeuma
vasta e expessa floresta,eram
aliidesconheci-dos os casos de tétano,
mas
depoisque
a floresta foi destruída amolés-tia tornou-se tão frequente,
como
nos pontos da ilhamais
desfavoravel-mente
situados.Além
das causas apresentadas, outrasem
grande
copia dãonasci-mento
ao tétano.As
feridas feitas porarmas
de fogo oíferecemmilha-res deexemplos, principalmente
quando
as partes molles sãodilace-radas, contundidas, elevadas a
esmagadura,
ficando d'est'artereduzi-das á papa.
Quando
um
membro
é levado pelo projéctil,quando
os tendõesrompem-se,
as aponevrosese essencialmente os nervos sãodespedaça-dos,
ou incompletamente
cortados,quando
emfim
esquirolas ósseasfe-rem
filetes nervosos ainda seobservam
osmesmos
phenomenos.
Nos
casos de
amputação
praticada principalmente nas extremidades dosmembros
o resultado quasi certo, aconsequência provável é o tétano.Independentemente
dasferidas dearmas
de fogo, outrastambém
dão
lugar aoseu apparecimento.Na
Africadizem Roche
eSanson, basta muitas vezesum
simples ferimento feitono pé
deum
pretocom
um
espinho,
um
pedaço de vidro,um
prego, emfim,, paraque
elles sejamvictimas. Entre nós suceede o
mesmo.
Entretantoporque
motivo são os indivíduos de cor preta affectadosem
maior
escala?Dependerá
isto deuma
causa orgânica, deuma
disposição congénita, até hoje segredo paraa sciencia?Poderemos
explicar pelo género de vidaque levam?
Condemnados
á toda castade misérias; vivendouma
vida cheiade
pri-vações; as regras hygienicas sendo por ellescompletamente
desconheci-das, estas infelizes creaturas
submettem-se
ásmudanças
aímosphericiíssem
amenor
reserva,equandoferidosdão
nenhuma
importância aos seusincommodos,
contentando-secom
a applicação de substancias cada-—
10—
norancia,
que
desenvolvidasno
berço, osacompanhara
até a sepultara.Em
um
caso assignalado pelo Sr. Papillaud a applicaçáo deum
vesica-tório foi seguida de tétano mortal; e o Dr. Treille tendo alguns feridos confiados aos seus cuidados, viu esta moléstia desapparecer desde omo-mento
em
que
os curativos, até então feitoscom
aguardentecampho-rada, eoutras substancias irritantes,
foram
substituídos pelo usoda
agua
simples.Nem
sempre
o tétano é relativo á intensidadeou
gravidade dasferidas.
Tem-se
visto,que
muitas vezes elle dosenvolve-seem
virtude dauma
simples escoriação, a qual passaria desapercebida esem
amenor
importância, senão sobreviesse este graveaccidente.Uma
gazetamedica
dos hospitaes de Pariz, dizque
um
abcessoganglionario aberto espontaneamente produziu o tétano.
Um
individuo entrou parao hospital tendoum
tumor
ganglionario ulcerado, e engor-gitamentosno
pescoço.Havia
decorridoum
mez
que
uma
das adenites chronicas,que
tinha a sua sede sobre o bordo posterior domusculo
sternocleido mastoide ao nivel
da
parte media, transformara-sen'um
abcesso frio, e abrira-se.O
doentea principio tinhaapplicadounicamente cataplasmas emol-lientcs, e mais tarde fios untados de ceroto simples.Na
véspera desua
entrada nohospital o doente sentiu rigesana maxilla, e este estado
pro-gressivamente
augmentou
a ponto deno
dia seguinte elle não poder aflastal-a.Queixava-se
também
dedores na nuca, e viu eontrahidos todos osmúsculos
dopescoço.A
fétida eraformada
poruma
abertura irregularcom
os bordosdescollados e lívidos.
No
diaimmediato
osincommodos
aggravaram-se
e as dores até então limitadas á nuca, estenderam-se por
uma
maior
superfície.
A
cabeça ficou voltadapara traz, e odoenteexperimentavatamanha
constricção
no
pharynge,que
não
lhe permittia deglutir a própria sa-liva.A
anciedade era extrema, o soffrimento desenhava-se no seusem-blante cyanosado,
banhado
deum
suor frio. Foisubmettido áum
trac-tamento
conveniente,mas
no terceiro dia o doente, congestionando-secada vezmais, e a contracção invadindo os
músculos
inspiradores,suc-cumbiu.
A
autopsia revelou a existência de congestão cerebralda
tétanodesenvolvido n'estas circumstancias seria produzido pela incisão
do
abcesso?A
respostaé negativa, porquanto a sua abertura foiespon-tânea;
como
a lesão tinha sua sede sobre o trajecto dos nervos dosen-timento, é possível admittir
uma
nevrite,ou desnudação
deum
nervopelo pús, epor consequência
uma
lesão consecutiva capaz de dar lugar a manifestação do tétano.Não
passa isto de simples hypothese.Tracta-va-se
de
um
tétano consecutivo áuma
feridaem
supuração, ecomo
os nervosestavam próximos
á ferida, deve o tétano deque
se tracta, serconsiderado traumático.
Na
apreciação das causas dotétano não se deve deixarem
silencio,a tristeza, o
abuso
dos prazeres venéreos, as bebidas alcoólicasem
ex-cesso, a nostalgia,uma
emoção
viva, omedo,
o resfriamento,que
muito
concorrem,ou
antes são outras tantas origensdo
tétanoes-pontâneo.
SyaBiptomãiologia.
Dous
distinctos pathologistas, os Srs.Roche
e Sanson,dizem
nào existirsymptomas, que
devam
ser consideradoscomo
prodromos do
té-tano,
porquanto
aqueles
até agora assim admittidos seapresentam
acompanhando
a muitasoutras aflecções.Somente
deve-se receiar o ap-parecimentodo
tétanoem
um
ferido,quando
a sua ulcera se tornarmuito
dolorosa, emais
aindaquando
o doente agitado de algunsmovi-mentos
convulsivos,ou
nervosos, eaccommettido
de rápido terror ees-panto desconfiar
do
seuestado. Valleix, cuja practicanão pode
sercon-testada admitte o frio, o estado de
máu
estar (malaise dos Francezes) oabatimento, a insomnia, e vertigens
como
prenúnciosda
moléstia; etambém
nós
cremos,que
todas as moléstiastem prodromos,
e semuita
vez
escapam
á apreciação do practico, éporque
este échamado
quasisempre
nos últimosmomentos,
ou
quando
a moléstia atravessando aprimeira phase de sua evolução reveste-se de
symptomas
claros, ca-racterísticos, e unívocos, os quaesinduzem
o clinico ao verdadeiro e exacto diagnostico.rhenomenos
muito
importantes dãoum
cunho
especial â moléstia.Entre elles
domina
a contracção tetânica, a qual é osymptoma
essen-cial denunciador
da
scenatrrgica,que
vae representar-seno
corpo vivo. Manifesta-se
no
pescoçoum
sentimento de rigidez, a qual tornando-semais
intensa difíiculta, e até impossibilita e aniquila osmovimentos
n'esta região.
Os
músculos
escolhidos pela moléstia parasua
sede sãoagitados por
movimentos
convulsivos, os qnaes ao principio fracos,ra-ros, e de
pouca
duraçãoassumem
gradualmente mais
energia,frequên-cia, e prolongação; ao depois contrahidos ficam rígidos e
immoveis;
op-pondo
assimuma
resistência difficil de ser superada.O
ventretensonáo
se deixa deprimir.
O
Sr.Guines
observouum
tetânico, cujo peitosof-freu tão
grande movimento
deelevação,que
as falsas costellasestavam,descollocadas e levadas para cima.
Em
alguns casos étamanha
a contracção desenvolvida nosmuseu-los aííectados,
que
ha despedaçamento, erompimento
de muitas fibrasdos
músculos
antagonistas d'aquellesem
que a contracção semanifes-ta.
Pouco
tempo
é bastante paraque
a contracção invada todo o corpo,desorte
que
osmúsculos
extensores fazendoantagonismo
aos flexores,o individuo representa, ou parece
uma
estatua,que
pode ser levantadapor
uma
de suas extremidades; fazendosuppor
ao observador,que
o corpodo doente éformado
poruma
só peça,ou
entãoque
as articula-ções soldaram-se, ou anchylosaram-se.O
calor do corpoguarda
asua
normalidade, e
também
o pulso conserva-seno
mesmo
estado.Muita
vez
porém
a pelle é quente, árida e secca.Do
lado do apparelhodiges-tivo observa-se
que
a sede augmenta,quando
acontracção dosmúsculos
do
pharynge
e esophago seoppõe
á deglutição.O
doentetem
apelile,mas
nos casos de dysphagia afome
une-se ao desejo insaciável de mi-tigar asede intensa, que, abrasando o peito ao infeliz doente,condem-na-o ao supplicio de.Tântalo, e fal-o
morrer
extorcendo-seem
horríveldesesperação!!!
Os
esphincteres convulsivamente contrahidosproduzem
a constipação de ventre,
A
emissão da urina, não sendo presidida porleis physiologicas, é
acompanhada
de estranguria, dysuria, e muitasvezes
nem
uma
gottaéexpellida, porquanto a isto seoppõe
a ischuria.Tem
se notadoque
em
alguns casos as dejecções, e a emissãoda
urina sefazem involuntariamente; devido istoá contracção forte dosmúsculos
das paredes abdominaes,
que
porseu turnoobrando
sobre os órgãos ahi contidos, força-os á expulsão das matérias n'elles encerradas.Quando
os
músculos
respiradores sãoaccommettidos
pelo tétano, e por tantoconvulsionados,
uma
asphyxialenta se estabelece.Nos
últimosinstan-tes
da
vida os batimentos do coração tornam-se tumultuosos, desorde-nados, e irregulares; talvezporque
este órgão participa da rigidez dosoutros músculos,
ou
por causa das perturbaçõesda
circulaçãoprodu-zidas pela asphyxia.
frio, e o doente
morre
empregando
imiteis esforces para respirar.A
vozquasisempre
conserva otimbre normal. A. palavra é alterada, eou-vida entrecortada pelos abalos dos
músculos
do
pharynge
e baseda
lingua.
Nem
sempre
a moléstia offereceum
quadro
tão completo,nem
cores tão carregadas.
Algumas
vezes o tétano desenvolve-se nosmúscu-los
da
maxilla, constituindo o trismoque
éa suaforma mais
ordinária.O
doente aceusa dor levena
nuca,pequena
rigidez no pescoço, ealguma
difficuldade na deglutição.Ao
depois a rigidezaugmenta,
adysphagia émais pronunciada; e a maxilla inferior
menos
livreem
seusmovimentos.
A
rigeza apodera-sepouco
apouco
dosmúsculos
levanta-dores,
que
aapproximam
gradualmenteda
superior, e a contracção n'elles desenvolvida é tão forte,que
ás vezes a lingua .é cortada, eum
ou
ma\s dentes quebrados; e será mais fácilromper
osmúsculos
que
seatacam
aos maxillares, doque
affastal-os; não obstante não serimme-diata a aproximação d'elles; visto
que sempre
existeum
pequeno
es-paço
poronde
se escoa grande quantidade de saliva viseosa, e d'este in-tervallo,ou
dovasio deixado porum
ou mais
dentes utilisa-se muitasvezeso practico para a applicação
do
medicamento.
olhar é fixo, a fronte enruga-se, as pálpebrasimmoveis
cahem
sobre o globo ocular,sem
comtudo
cobril-o.A
contracção invadindotodos osmúsculos da
face; segue-seque
abase do nariz é
puxada
para baixo e para traz.As
commissuras
dos lá-bios dirigem-se parafora.As
bochechas
retrahem-se procurando os temporaes; pelo rque
ha
uma
alteração profundana phyáionomia
do individuo.Ha
o querque
seja dehorrível e sobrenatural.
Em
sua
face estádesenhado
oespasmo
cyrJco,
eo
riso sardónico.Quando
as contracções espasmódicasoceupam
as partes anterio-resdo
tronco, e osmúsculos
flexores; a moléstia reveste aforma do
emprosthotonos; o qual attingindo o
mais
alto grau dá ao tronco oas-pecto de
um
arco de concavidade anterior.A
parede anteriordoabdómen
é tensa e applicada acolumna
ver-tebral,
que
dobra-se para adiante.As
extremidadesconvergem
para oumbigo.
A
cabeça eosmembros
são forçosa e imperiosamentecontra-tados, de
modo
que
omembro
fixa-se ao externo, os joelhosencostam
-se
á
região epigastrica, e oscalcanhares ásnádegas.Os
cotovelosno estadodeflexãoapproximam-se doshypochondrios.
—14-•» opisíhotonos; cujos
phenomenos
são diversos aosque
sepassam
no emprosthotonos assim o tronco descreveum
arco de convexidade ante-rior.Os
membros
e a cabeça ficamn'uma
extensão forcada, peloque
o doente descançasomente
sobre ella, e os calcanhares.Em
casosmenos
desenvolvidosha somente
curvadurado
tronco para traz.Paliaremos
também
deum
modo
demanifestação do tétanoconhe-cido
com
onome
detétano lateral,ou
pleurosthotonos.A
contracção én'um
dos lados do tronco, e pescoço; oque
dá
lugar áuma
curvaduralateral, de maneira
que
a cabeça vaede encontro á espádua, e o quadrildirige-separa olado correspondentedo thorax. Este é o caso
mais
raro.No
meio
detamanha
desordem; aintelligencia conserva-se intactana
continuação dos seus actos, oque
émais
uma
prova deque
a sededo
tétano
não
resideno
cérebro, porquanto se assim fora, sendo este oinstrumento de
que
se serve a intelligencia para exercer suas funcções:uma
aberração qualquer,um
desarranjo seria a consequência, vistoque
o cérebro doente e alteradonão
pode
regular eharmonicamente
trabalhar.
Diagnostico.
Reconhecer
o tétano não édifficil.O
seucomeçar
quasi constantepelo trismo; o caracter continuo, e tónico das convulsões
com
exacerba-ções dolorosas, a invasão quasi geral dosmúsculos
voluntáriospõem,
fora de duvida a existênciada moléstia.
Não
a confundiremoscom
outras nevroses,porque
cada qualtem
um
symptoma
que
lhe é peculiar;que
lhe pertence exclusivamente, eque
discriminando-a d'entre as outras moléstias estabelece o diagnosticodifferencial.
Prognostico.
E' mais
um
tumulo que
se abrepara esconderem
seu seio avic-lima offerecida
em
sacrifício?Os
estreitos, e fortes elosda
cadeiada
vida solvem se ao sopro gélido da morte!
A
sentença eternapendida dos lábios do Creadormais
uma
vez é irresistivelmentecumprida?
A
victima até entãoembalada
em
docesesperanças, luetando
com
amorte
deixa-se levar de vencida?O
tétano é quasisempre
fatal.A
sciencia conta poucos casos felizes.Quando
o tétano segueuma
marcha
aguda
uma
asphyxiavem
trocar a vida pela-13-Um
africano entrou para o hospitalaccommettido
do tétano projveniente de
umas
pancadas que
6offreu.Na
occasiãoda
visitado
medico; elle estava deitado sobre o ventre; fazendoporém
um
pequeno
esforçopara
mudar
de posição foi rápida, e instantaneamente victima deuma
asphyxia.
Mais
prompta
não seriaamorte
produzidapeloraio!!Quando
porém
otétano perduramais
dias, o doentemorre
deum
esgoto ner-^ voso.A
terminação grave émodificada, segundo o tétano é traumático,1ou
espontâneo, attribuindo-semais
perigo ao traumático,Temo§
vistoySEGUNDA
PARTE.
Toutesles fois qu'unemédication quelcen-que est vanlée dans le traitement du tétanos,
il s'éléve d'abord daus 1'esprit une juste idée
dedefiance, car peu de nous ont vu échapper á lá mort ceux qui avaient été alteints par le
tétanos traumatique.
Ce
n'est pourlant pas une raison pour netenter aucum essai et pour rejeter
comme
apocnphes les faitsde guérison cites pourdi-vers auteurs.
(Trousseau et Pidoux).
»*
Sssà^isjjW therapeuticado tétano não assentandosobrebases
bem
definidas ressente-se ainda hoje, apezar dos progressos
da
medicina,de
um
empirismo
grosseiro.Muitos e variados são os
medicamentos
até agora aconselhados,mas
denenhum
d'elles lançamão
o practicocom
amesma
confiança e segurança; assimcomo
prescreve a ipecacuanha no tractamentoda
dy-sinteria; o mercúrio
para
debellara syphilis, e o sulphato de quininana
cura das febres intermittentes.Os
pathologistasque
filiam o teiano áumaiuflammacão
sobrevindana
medulla,ou
nasmembranas
que
lhe servem de invólucro, tiverammuita
rasãoquando aconselharam
as sangrias paracombater
oele-mento
phlegmasico.Com
este intuito muitos practicos recorreram aotractamento «ntiphlegmasico; e abriram a veia aos tetânicos,
practi-cando
largas e repetidas depressões sanguíneas,sempre
porém
em
re-lação
com
as forçasdo individuo, ecom
a intensidade, emarcha
da
ex-—
18—
tensão
da columna
vertebral, cujonumero caminhando
n'uma
progres-são ascendente, excedeu a quinhentas;com
oque
tirou-sealgum
pro-veito.
O
Sr. Lisfranc teve a felicidade de no espaço de desenove dias curarum
individuoque
se apresentou soffVendo de tétano espontâneo.Para
tal acquisição fez deseno\e sangrias, e applicou setecentas ecin-coenta sanguesugas. Lepelletier foi
bem
suecedido,quando
durantedous
dias e
meio
practicou cinco sangrias deum
kilogramma
cadauma,
eé
o próprio a confessar e proclamar,
que
as sangrias abundantes ereite-radas até a desappariç ão dosaccessos
devem
oceupar o primeiro lugar entre os meios therapeuticos indicados.O
Sr. Jobert partilha damesma
opinião.
Ao
passoque
estes dãotamanha
importância á talmethôdo
de cura, outros o repellem
como
prejudicial.Berard e Denovilliers se
oppoema
estetractamento; eprocuram
jus-tificar-se, dizendo
que
a moléstia não é inflammatoria, porquantoosangueextraindo da veia nãose apresenta coberto
com
a côdea caracte-rística. Mais tardeBoyer
querendo conciliar os ânimos, e fazer desap-parecer adivergência das idéas, ensinaque
recorra-se á phlebotomiauma,
duas,ou mais
vezes;quando
o doente detemperamento
sanguí-neo
estiver plethorico; equando
houver suppressão deuma
hemorrha-TÍa supplementar considerada até então
como
salutar, porexemplo
uma
epistaxis
n'uma
mulher, cuja menstruação é difíicil;ou
uma
hemoptises benignanum
individuo,que
poruma
causa accidental viudesappare-cero fluxo
hemor
hoidal, áque
estava habituado. Seaccidentes iuflam-znatoriosameaçam
a vida do doente o practico não receie sangrai-o.O
Sr.
Andral
não hesitaem
reconhecerque
no tétanoconvém
recorrer aotractamento antiphlogistico muito rigoroso; e
que
além das sangriasge-raes, é mister a applicação de sanguesugas nâo só na região rachidiana,
mas também
leval-as a maxilla enuca.Nós
acompanhamos
aos practicosque
assim sepronunciam
era favor da sangria; e seguimos aos Srs. Ro-che e Sansón;que
exprimem
o seumodo
de pensar e proceder n'estaspalavras:
—
On
obliendraitprobablement
plus de guérisons par la mé-thode antiphlogistiqueque
par toute autre, si on l'empli>yait avecmoyn
de limiditédans cette redoutable maladie.Un
casremarquable
degué-risón,
dú evidemment
à 1'activité du trailement, aélé publié parM.
ledoucteur 1'elletier. Six saignées de deux liv eschãciineqnt étépractiquées
par
ce medeein, etle súctés a couronné sa hardiesse.Nous
n* esiterions pas a imiter cette conduite en pareille clrconstance.Dans
Ies maladies presqueconstamment
mortelles,on
doit tout tenter,peumi
que
cela—
19—
soit rationél.
Também
Hufeland havia dicto:—
Si lemalade
est en dan-ger demort
risque lout pour le sauver,même
tareputation.O
sulphato de quininaempregado
com
proveito nas febres intermít-tenles quiz estender sua acção benéfica sobre a infeliz victima dotéta-no.
O
Sr. líiiquet consideravaque
os saes de quinina nãocorrespon-diam
á espectativa desejada, ao contrario o seuemprego
eraacompa-nhado
demaus
resultedos; allribuiudo e concedendo tnda a primasia aoópio q;ie | íira clle éo
medicamento
heróico, e o remédio principal.En-tretanto existe grande
numero
de observações de tetanos tractados, ecu-rados por
meio
do sulphato de quinina.Assim
CarlosFrua
teveoccasiãode ser
chamado
para acudir aum
doente de tétano, e pol orestabeleci-do, ecurado
com
esta substancia ministrada na dose dequinzedecigram-mas.
O
Sr.Maxence
observouum
tétanocombatido
inutilmente peloópio
em
doseelevada; etambém
peloscalomelmos
e fricções por espaço de vinte dias. Deu-se então ao doente sulphato de quinina nas doses dedous
a trezgrammas
por dia, eimmediatamente houve
diminuiçãonotá-vel na contracção; e acura operou-se no fim de vinte dias.
O
tabacotem
sido aconselhado, e contaem
seu apoio alguns casosfelizes.
Applica. se esta substancia
em
clisteres sendoum
escropulo defo-lhas det;ibaço paraoito onças d agua, e augmenta-se a dose co.i
forme
os effeitosprodusidos. tntre nós alguns practicosdizem
ter obtidomuito
resultado,
dando
banhos geraescom
o cosimento dotabaco.E
um
clini-co inglez Ciuling considera- ocomo
omelhor
remédio até agoraconheci-do
paiacombater
o tétano, dizendoque
ainda não teve o desgosto deperder
um
doente todas as vezesque
este meiotem
sido administrado deum
modo
conveniente, e completo antes do enfraquecimento das for-ças vitaes.A
dose deve estarem
relaçãocom
a idade, constituirão ehá-bitos doindividuo, de
modo
que
uma
dose maior deve serdada
á aquel-les,que
indirectamenteconcorrem
para o seu deperecimento, eaniqui-lamento, usando,
ou abusando
desta substancia, im
virtudeda
acçãoestupefaciente, de
que
édotada a substanciaque
discutimos, ao seuem-prego
succcde profunda prostração; e para dar se a reacção é necessáriolevantar e sustentar as forças
do
padecente pormeio
dos tónicos. E' contraindicado aos indivíduos mui:o enfraquecidos pela moléstia, econdemnados
á extremo abatimento.Não
devemos
elevara dose,porque
—20—
Os
mercuriaes administrados externa e internamentegosam
deal-gum
conceito; tanto queTrink
considerava-os superiores ao ópio;não
obstantealguns práticos trazerem estatísticas,
mostrando que
estaspre-parações aproveitavam,
quando
eram
associadas ao tabacoou
aoópio.Os
banhos mornos,
prescriptosporBajon parecem
hoje proscriptos.Muitosindivíduos, que se
submetteram
á este tractamento,experimen-taram
os seus funestos effeitos,ou
porque as crisesaugmentavam
com
o esforço
que
faziao doente paramudar
de posição, e collocar-senoba-nho,
ou
talvez pela acçãodo
própriomeio
indicado. Muitos tetânicos sentiram-se peiores, e outros mais desditososmorreram
no
banho.Os
revulsivos sob?eo canal intestinal são
sempre
favoráveis aindaque
deumeffeito secundário. Para o Sr. Ilochouxas verdadeiras bases do
tracta-mento
são simplesmente a dieta, o repouso,uma
posição conveniente,as bebidas diluentes, clisteres emoliientes, e
banhos mornos.
Os
purgativos servem paracombater
a constipação produzida pelo ópio, equando
suspeita-se apresença de vermes nos intestinos.Os
banhos frios tiveram seus partidários, e sectários.Depois
dehaverem
exposto o corpo aacção d'agua fria, deita-se o doenten'uma
cama
bastante aquecida, e dá-se-lhe grande quantidade de ópio, eassim
continna-se por
algum tempo
até a desapparição das crises.Cornquanto
a hydrotherapia tenha estendido a sua força medicatrix a ponto de ser
lembrada
paracombater
tubérculos pulmonares; todavia estamoscon-vencidos, ou ao
menos
persuadidos deque
deveu-se ao ópio de conco-mitânciaempregado
os felizes resultados obtidos pelo Sr. Fournier Pascay.Os
sudoríficosforam
lembrados por Trink nos casosem
que
amo-léstia é devida á suppressão brusca
da
transpiração, áum
resfiiamento súbito; e Fournier Pascay diz ter curado á cinco tetânicos pormeio
de bebidas sudoríficas; não declarando quaes as substanciasempregadas.
Quando
o tétano desapparece debaixo da influencia deuma
causamais
ou
menos
enérgica, o corpo do doente banha-se deum
suor abundante; e durante este período osmúsculos
relachanvse até voltarem ao estadonormal.
Levados
por esta experiência os Srs. Berard e Denonvilliersaconselharam no tractamento
do
tétano, de preferencia, osbanhos
de—21
—
A
belladonanão passou
desapercebidano
tractamento d'esta ne-vrose.Quem
compulsar
as paginas de Matéria Medicade Trousseau ePi-loux lerá o seguinte.
Le
docteur Lenoir a publié, il ya quelques années,quatre
faits do guérison de tetanos traumatique obténue par 1'emploidela saignée, suivie decelui de bains de vapeur, et de la belladone á
«lose elevée. II
commence
par des vigoureuses saigneés, et,immédiate-ment
aprés, il fait prendre malin et soiruu
bain de vapeur dedeux
heures
au
mains.En
même
temps
il administre, dans le courant de lajournée, des doses de belladone
pour amener
un
peu de stupéfaction. IIprolonge cette medication jusqu'au
moment
on les espasmesentiè-rement dispam,
et encorequelques
jours par de lá.O
ammoniaco
foi julgado por alguns practicos,como
omeio
ma-nos infiel para debellar o tétano, equando
estemedicamento
é prefe-rido, deve-se prescrevel-oem
alta dose,podendo
ser administradameia
onça
d'elleno
espaço de vinte quatro horas;havendo
sempre
da
parteda
pessoa encarregada do doente, o cuidado de fraccionar as doses.A
pomada
mercurial applicadaem
fricções nas maxillas,no
pes-coço, e por toda a superfícieda
columna
vertebral,tem
sidoacompa-nhada
de felizes resultadosno
tractamentodo
tétano, principalmenteespontâneo.
A
potassa cáusticafoiempregada na
mesma
moléstia porAntheane
de Tours.
EUe
mergulhava
o tetânicon'um
banho
contendouma
áquatro onças de potassa cáustica.
Demorava-o
dentro d'agua ate á ap-pariçãoda
resolução dosmembros.
Repetia osbanhos por
muitos dias,até
que
osespasmos houvessem
totalmente desapparecido.O
curara trazidocomo
medicamento
contra o tétanonão
gosa aindahoje d'este previlegio. Claude
Bernardque
fezum
estudo especial d'estasubstancia
em
relação ás suas propriedades no organismo, tendo vistoque
a absorpção e acção toxicaeram
maisprompias quando
adminis-trada pelo recto ao passoque
inertesquando
ingerida no estômago; aindamais
depois desuas lindas experiências, reconhecendoque
o cu-rara tinhauma
acção especial sobre os nervosque
presidem aomovi-mento
terminando assim seexprime
—
Lecurareemployédans
le tetanos—22—
O
chloroformio,que
tantos serviçostem
prestado a cirurgia, fa-zendocom
que
o operadorcom
mão
firme, e surdo aosgemidos
de seus doentes practique operações importantes, foilembrado
n'esta afifee cão;entretanto é
um
meio
do
qual sóem
ultimo caso se deve lança/ ruão, por quanto in exlremis morbis extrema remedia exquisite óptima.Cer-cado de graves perigos ochloroformio estendendo sua acção aneslhesica
por toda aorganisação trará
em
curto espaço detempo
amorte
do
in-dividuo pormeio
deuma
asphyxia,ou
syncope.Alguns
casoslisongei-ros, piincipalmente de tétanoespontâneo, são referidos
em
abono
d'estemedicamento;
entre elles existeum
do Dr. Bargily, o qual assistiu aum
caso detétano traumático muito violento,que
cedeu ás inlialaçõesdo
chloroformio continuadas poralgum
tempo, demodo
a produziruma
anesthesia constantepor espaço de
uma
hora. Mais outroexemplo
de cura é narrado pelo Sr.Baudon;
entretantoos doentes tinham sido por algunsdias submettidos ao uso doópio, oda
belladonaem
altas doses. Certosempregam
em
vez de ihhalações, fricçõesexercidas portrez vezescom
vintegrammas
dechloroformio.Seremos sempre
muito reservados; e só nosmomentos
desespera-dosrecorreremos a chloroformisação.
O
tártaro eméticoem
dose crescida passacomo
excellentemeio
contra o tétano.
O
Sr. Valleix citaum
facto notáveldo
Dr.Ogden,
oqual tendo
dado
aum
tetânicoenormes
porções de ópio, sendoqui-nhentas gottas detinctura, e oito grãos de extracto, no decurso devinte quatro horas,
não
percebeu modificaçãoalguma
nossymptomas;
appli-cando ao depois o tártaro emético ainda associado ao ópio, e ajuntan*do-lhe quatro gottas de óleo de croton, o doente teveevacuações alvinas
abundantes, e
em
pouco tempo
ficourestabelecido.O
ópio é omedicamento
sempre
empregado no
tétano.A
tolerân-cia
do organismo
é tão extraordinária, absorvendo este preciosoremé-dio,
que
os practicoschegam
adar aosdoentes quantidades de ópioex-cessivas,
sem
comtudo
notarem osphenomenos
narcóticos,que
soem
desenvolver-se
no
estado physiologico,quando
algumas
gottasdelau-'T
uno são ingeridas pelo individuo.
Consistindo a moléstia
n'uma
excitaçãodo
systema nervoso motor,' •ecessario, para
que
elle volte ao estado normal,que
as doses sejam—23—
e a substancia dotada
da
propriedade de produzir a sedaçãodo
mesmo
systema. E' omedicamento
coroado de mais felizes resultados, e pelosSrs,
Whitte Chalmers
considerado especifico.Das
estatísticasdeCurlingconclue-se,
que
o ópio aproveita principalmente no tétano espontâneo. Trink quer,que
elle seja administrado a(
>ós curtos intervallos, a
ponto
de atlin<j:ir-se
immcdiatamente
os últimos limites prescriptos pelapru-dência.
Os
Sis. Berard e Denonvilliers dizem,que
as dosespodem
ser maiores,do que
as aconselhadasem
qualq ler outra moléstia,sem
to-davia determinarphenomenos
de envenen imento.Glater prescreveu a
um
doente setenta ecincogrammas
de ópiono
espaço
de
desesete dias.Os
Srs. Trousseau e Pidoux citamem
seu tractado detherapeuticamuitos
tetanos tractadoscom
proveito pelo ópioem
doses espantosas;eas-sim
Mouro
viu dar-seaum
doente centoe vinte grãos de ópio duranteum
dia semsobreviremaccidentestoxicos.
Chalmers
assistiuaum
doente,que
tomou
uma
onça
de tinctura thebaica nomesmo
espaço de tempo. Mur-ray citou oexemplo
deum
homem
restabelecido, depois de havertoma-do
durante muitos diasconsecutivos mais devinteoncasde laudano,sem
que
esta incrível dose produzisseimmediatamente somno,
nem
areso-lução
do espasmo.
Gloster falia deum
tetanio restabelecido depoisde
ter
tomado
trezonças de ópio. Littetoncombateu
o tétanomanifestadoem
dous meninos
de dezannos
administrando aum
no espaço deum
dia«ima onça de Iaudanoliquido eaooutro quatorzeoitavasdeextractode ópio
em
doze horas. Estasobservaçõesque acabamos
dereferirou
reproduzir,levam-nos a insistir
na
applicaçáo d'esta substancia, todas as vezesque
assim sefizer mister.
Emquanto
os accidentes persistem,ou
tornam-semais
pronuncia-dos e fortes,devemos
iraugmentando gradualmente
a dose, atéque
ellestenham
diminuído; nào cessando senão depoisque
muitos diashouve-rem
decorridosem
o apparecimento das contracções; porquantotem
sereparado,
que
muitas vezes ellas declinam para depois reapparecerem.mais
enérgicas a ponto dematar
o doente.Devemos
dar o ópio pela bocca,emquanto
a isto se não oppuser o trismo,mas
logoque
elle se manifeste, applicaremos o remédioem
clisteres, 9 pelomethodo
ender-raico, servindo-nos paraisto das soluções de continuidade,
quando
trau-mático; e dos vesicatórios se o tétano for espontâneo:
um
medico
ita-liano diz ter obtido
dous
curativosempregando
amorphina
pelo me-thodo endermico.Apezar
de tantas experiênciasque
attestama
efficacH—25-tleste medicamento, é por alguns pric irv>s considerado empírico o
uso
cio ópiono Lractamento do tétano; porque, dizem elles, parece não haverrelação
alguma
entre as modificações nrodnzidas pelos preparados the-baicos, modificaçõesque
se dão quasi exclusivamente namassa
ence-phalica, e as perturbações características do tétano, perturbações, enjoponto de partida só na medulía espinhal se deve rasoavelmente consi-derar. A' esta objecção responde o distincto practico portnguez o Dr.
Souza
Martins.—
Se reflectirmosque
as fluas secções dosystema
ner-voso central, a intracraneana, e a inlrarachidiana, com-juanto dotadas cada qual de sua acção própria, se
acham
pela anatomia e pelaphysio-logiatão
intimamente
unidas para odesempenho
da grande funeçãonervosa,
que
em
certos casos as alterações deuma
sefazem
sentir, e sepodem
medir
pelas altarações da outra: se admittirmosque
a excessiva vitalidade da parte medullar deve diminuir tanto mais, quantomaior
for a sedação da parte encephalica,
acharemos
a rasão pela qual o ópio diminuindo a vitalidade do cérebro vaè abater indirectamente as exalta-das propriedades da medulla espinhal, e operar a cura do tétano.Apontamos
outras substanciastambém
aconselhadasno
tétano,como
sejam acamphora,
omusgo,
o castoreo, e a essência de there-bentina,não
ficandono
esquecimentoa electricidade, a cauterisação e asecção do nervo
porém
oemprego
d'estes meiostem
sidosempre
unidoao
do
ópio, demodo
que
é impossível reconhecer a acção especial de cadaum
d'elles.Na
apreciação dos meiosempregados
para curar oté-tano,
não devemos
passarem
silenciouma
preparação feita pelo nosso mestre o lllm. Sr. Dr.Cunha
Valle,com
aqual mais deuma
veztem
elle colhido bons resultados.Temos
muita satisfaçãoem
leval-a ao conhe-cimento dos practicos, desejandoque
todos sejambem
suecedidosadmi-nistrando este remédio, todas as vezes
que
assim houver mister.Eis o
que
dizomesmo
Sr. Dr.Cunha
Valle.No
tractamentodo
té-tano tenho
empregado
por variasveses a tinctura do gyrasol.Em
dous casos,um
de
tétanoespontâneo, outro de traumático,em
soccorro dos quaes intervim a tempo, o resultado
tem
sido infallivel, eos doentes
que teem
suecumbido, teem sido osque
tardesubmettem-se
ao
meu
tractamento. E' notávelque
os doentes, aque
me
refiro,deno-tam
peloestado saburralda
línguamás
disposições das primeiras vias,o
que
me
tem
levado a lançarmão
do tártaro eméticoem
dose—25—
Este tenho administrado
em
cosimento misturado áum
adjuvante al-coólico,que
éordinariamente a aguardente, aomenos
emquanto
se pre-para a tinctura; para cujamaceração
são necessários pelomenos
oito dias. Esta tinctura deque sempre
tenhoem
reserva; depois dos felizessuccessos
com
ella obtidos,uma
porção sufficiente para acudir ásexi-gências repentinas,
compoem-se
proporcionalmente deuma
corolla (pé-talas e ovário) e quatro onças de aguardente forte de 24° á26
e.
De
horaem
hora administra-se ao doente, se é adulto, depoisdo
vomitório,
um
caiixde tinctura simples,ou
do cosimentobem
fortedo
gyrasol misturado
com
duas
colheres de álcool; parauma
creança adoseé a
metade menor, ou
duplo oespaço detempo
em
que
sedeveem-pregar o
medicamento.
Em
todo caso, quer se tracte deum
adulto, quer deuma
creança, quer se administre atinctura simples, quer a mistura dodecocto e do álcool, addicionouma
colherinha dejulepo almíscarado,e
mando
darbanhos
geraes prolongados e quentes,quanto
possam
sersupportados pelo doente. Estes
banhos
compoem-se
de aguardentena
dose demeio
pinto paradoze de agua. A' proporçãoque
as convulsõesdi-minuem
de intensidade,ou
espaçam mais
seus accessos,compete
aomedico
assistente modificar suas applicações.As
vezesno
decursodo
tractarnento é conveniente interrompel-o para de
novo
fazer vomitar ao doenteou
desafhr-lhe as dejecções alvinas pelo óleo de ricinoou
infusão desenne tartansada.Podem
contestar,como
já seme
tem
feito, aeffica-cia do gyrasol tiotractarnento d'essa nevrose, attribuindo-se
ou
aoálcoolou
ao julepo almiscaradoo protogonismo na cura da moléstia; a isto sótenho a responder, que, tendo traetado muitos tetânicos, não só
com
o almíscare aaguardente,como com
o ópio, o tabaco, acanabina, oether,o chloroformio
&c
,nunca
logrei asuprema
alegria,com
que
porduas
vezes
tem
coroado osmeus
esforços médicos, o incomparávelmedica-mento,
que
eu folgoem
submetter aodomínio
demeus
collegasem
pro-veito da
humanidade
paciente.Gomo
o gyrasol, muitos outros vegetaes existirãono
nosso paiz;dotados do idênticas, e diversas propriedades medicinaes,
que
prestan-do-se aos misteres denossa profissão seriam aproveitadossem que
preci-sássemos pedir ao estrangeiro as suas drogas,
que muita
vezchegam-nos
inertes.
No
exerckio de nosso sublime sacerdócio, guiadossempre
pela luz esclarecida da rasão e da observação; sendo o nossomaior
e único em-penho, soceorrer aos infelizes; lançaremosmão
de todos os recursos fornecidos pela sciencia, aindaque
nenhum
d'ellesgose o direito de in-fellibilidade; pois cornobem
disse=Alexandre
Herculano—
Infallivel so»mente
Deos.SECÇÃO
MEDICA.
DO
CASAMENTO.
1.
—
E' grande, importante e sublime a instituiçãodo
casamento. 2.—
Parajustificação basta-nos dizerque
nas bodas deCanaan
foielle
abençoado
porDeus.
3.
—
O
casamento
tem
porfim a procreaçãoda
espécie.4.
—
Nem
sempre, porém,
a procreação é o seu único movei.5.
—
Muita
vez esta missão é sacrificadaaos brazões de família, aosinteresses individuaes, e ao desejo de
accumular
fortuna.6.
—
O
casamento
moralisa ohomem.
7.
—
E' tão conhecida a influencia,que
amulher
exercesobre oho-mem
que
Madame
Stael disse:—
Os homens
serãosempre
aquilloque
asmulheres quiserem que
elles sejam.8.
—
O
casamento
entre consanguíneos é seguido demaus
resul-tados.
9.
—
As
más
consequênciasd'esta união reflectem-seno
futuro ser.10.
—
Dos
casamentos precoces,quando
oorganismo
dohomem
(não está
completamente
desenvolvido paraencarregar-se de tãogrande
funcção, e a
mulher
apta a preencher a sublime missãoda
maternidade originam-se graves moléstias.11.
—
O
rachitismo o idiotismo, a tuberculisação e a escrófula sãopartilha
da
nova existência.12.
—
Os
casamentos tardiosnão
são aconselhadospela hygiene.13.
—
Não
devemos
esperarbons
fructos deuma
arvore, cujase-mente
enfraquecidapela idade foi confiada á terrenoque
se achava nasmesmas
condições.14.
—
O
casamento
contrahido entre amulher na
primaverada
vi-da; cheia de calor rico eanimação, eo octogenário debilitado
com
ospésa
bordado
sepuiehro, éum
abuso,éum
escarneoem
faceda
sciencia.15.
—
Os
vicios deconformação
da bacia, a phthysicapulmonar,
e muitas outras affecções são outras tantas contraindicaçõesdo
casamento.16.
—
Entendemos que
a hygiene deve intervirno
acto casamento,17.
—
Todas
as vezesque
ocasamento
assim não for praticado, seráSECÇÃO
CIRÚRGICA.
DO
CENTEIO ESPIGADO
E
SUAS
APPLICAÇOES
EM
OBSTETRÍCIA.
í.
—
O
esporão do centeio éuma
alteração sobrevindano
centeiopela picadade ura insecto
denominada
—
sphacelia segetum.2.
—
A
sua manifestação émuito
frequente durante as estaçõeschuvosas.
3.
—
O
centeioespigado está collocado entre os excitantes.4.
—
Em
algumas
partesda Europa
o centeio faz grande parteda
alimentação.
5.
—
Os
indivíduos a elle submettidosexperimentam
uma
espéciede embriaguez.
6.
—
Sendo muito
prolongado o seu uso,como
alimento; appareceo esphacello.
7.
—
Entre as propriedades deque
é dotado o centeio espigado,uma
das
mais
importantesé excitar as contracções uterinas,quando
o útero.se
acha no
estado de inércia.8.
—
Muitos exemplos felizes attestam a veracidadeda
opiniãoque
acabamos
deemittir.,
9.—
As
contracções uterinas provocadas poresta substanciadesen-vohem-secom
muita presteza;porém não seguem
o typointermittentc,como
as contracções naturaes.10
—
Nos
casos de delivramento tardio,quando
a placenta setem
demorado
por muitotempo
dentro da cavidade uterina,determinando
pela sua presença hemorrhagias abundantes, e
quando
oparteiropas-sando
amão
pela região correspondente não sentir o útero contraindo,deve
immediatamente
lançarmão
do centeio espigado.H.
—
Quando
depoisde terminado o parto o útero contiver coalhos sanguíneos, aexpulsão d'elles serápromovida
pormeio do
centeioes-lo.
*2.
—
E'empregado
em
infusão, tinctura,decocção ctc.
J3.
—
O
practico deve prescrevel-ocom
muita
reserva eprudência.
-.29—
o
maior ou
menor
grau dedilatarãodo
collo do útero, os vicios decon-formação
querda
parturiente, quer dofeto,apreciados pelomedico,devem
seroutras tantas circumstancias;
que
nãodevem
passar desapercebidas, aíim deque
sejam coroados de felizes resultados os esforçosempregados
dm
bem
da
suacliente.SECÇÃO
ACCESSORIA.
TINCTURAS
ALCOÓLICAS,
1.
—
Tincturas alcoólicas são dissoluções dedifferentesmatériasno
álcool.
2.
—
O
álcool representa dous papeis importantes n'estas prepara-ções, o de dissolvente, e o de conservador.o.
—
Elle não altera a qualidade dos productos dissolvidos.4.
—
Convém
observarque
os effeitosdo
álcoolreunem-se
aosda
substancia medicamentosa; e
devemos
ter istoem
consideraçãosempre
que empregarmos
omedicamento,
deque
agora tractamos.5.—
As
substancias submettidas a acçãodo
álcooldevem
serdese-cadas e divididas.
6.
—
Estas duas condições são indispensáveis paraque
as matérias sejammais
facilmente atacadas, e as tincturas nãocontenham agua
de
vegetação.
7.—
O
contacto entrea substancia e o álcool será tantomais
de-morado,
quantomaior
difficuldadehouver da
parte dos corposem
ce-*derem
os seus principios.8.
—
O
álcoolempregado
na preparação das tincturas é degrau
variável.
9.
—
As
propriedades dissolventes das substancias são relativas aograu de concentração do álcool.
10.
—
São muitosos processos para a preparação das tincturas.11.
—
Quando
as substanciasempregadas
sãocompletamente
solu, veisno álcool, preferimos a simplesdissolução quando,porém,
não seacham
n'estascondiçõesrecorremos amaceração,adigestão e adecocção.12.
—
O
ultimo processo épouco
usado.13.
—
As
tincturas alcoólicas são simplices e compostas.HIPP0CB4TIS
APH0RIS1.
Vitabrevis, ars longa
T occasio preceps, experientia
fallax,judiei
um
dífficile.
Sect. l.a
Àph.
l.°Ad
extremosmorbos
extrema remedia, exquisite óptima. Sect. l.aAph.
6.°Somnus,
vigília, utraquemodum
excedentiamalum.
Sect. 2.a
Aph.
3.° Cibi, potus, vénus,omnia
moderata
sint.Sect. 2.a
Aph.
5.° Yulneri convuísio superveniens lethale.Sect. 5.a
Aph.
2.°Qui á tétano corripiunturin quatuor diebus pereunt, si vero
hos
effugerint, sani fiunt.
<zôíeme//cda
a
coirwncJJao
úevcJota.
c^éíunca
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