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Nº 840 - JUNHO 2014
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Nº 840 - JUNHO 2014Notícias Bancárias
ITAÚ
Três agências em Santo
André são paralisadas
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o último dia 10 trêsagências do banco Itaú na rua Senador Fláquer no Centro de Santo André, foram paralisadas. Nesta ativi-dade os diretores do Sindicato conversaram com os bancários e com clientes explicando os motivos do fechamento das agências – manifestações acontecem em todo País como parte do Dia Nacional de Luta dos funcionários do Itaú – e entregaram material explican-do a situação explican-do banco.
Os bancários do Itaú lutam por mais contratações e fim das demissões. “Apesar do alto lucro de 2013, o banco fe-chou 2.734 postos de trabalho no ano, quando a economia brasileira gerou 1,1 milhão de novos empregos com carteira assinada”, explica Gilberto Soares, diretor do Sindicato e funcionário do Banco. “Só
no primeiro trimestre de 2014 as demissões no Itaú atingiram 733 postos de trabalho no Brasil, totalizando 2.759 nos últimos 12 me-ses. No Grande ABC o banco já demitiu 59 pessoas só neste ano”, complementa.
HSBC
Sindicato protesta contra
decisão do HSBC de
proibir torcida pelo Brasil
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a quinta-feira, 12, os diretoresdo Sindicato dos Bancários do ABC percorreram as agências do HSBC da Região entregando fitinhas verde-amarelas para os bancários e co-laram adesivos com a bandeira do Brasil com a frase “HSBC – Contra o Brasil e contra você, bancário!”.
“Nós fizemos essa atividade em protesto à decisão do banco em não permitir nenhum tipo de decoração nas agências, além de proi-bir os funcionários de trabalharem com cami-sas da seleção”, explica
Belmiro Moreira, diretor do Sindicato e funcionário do banco.
BANCO DO BRASIL
25º Congresso dos
Funcionários do BB aprova
pauta de demandas
específicas
O
25º Congresso Na-cional dos Funcio-nários do Banco do Brasil aprovou no dia 8, em São Paulo, ao final de três dias de discussões, a pauta de reivindicações específicas da Campanha Nacional dos Bancários de 2014. Participaram doencontro, realizado no Hotel Holiday Inn, 306 delegados de todo o país, dos quais 216 homens e 90 mulheres.
"O Congresso foi muito produtivo nos debates e conseguiu construir o maior número de propostas por consenso dos últimos anos sobre remuneração e condições de trabalho, saúde e previ-dência, organização do movimento e Banco do Brasil e o Sistema Financeiro Nacional", disse Otoni Lima, diretor do Sindicato e funcionário do banco.
Foram aprovadas reivindicações sobre Remuneração e Condi-ções de Trabalho, Saúde e Previdência, Organização do Movimento e Sistema Financeiro Nacional (veja detalhes de cada tema no site do Sindicato, www.bancariosabc.org.br)
Delegados aprovam apoio à reeleição de Dilma
O 25º Congresso também aprovou resolução de apoio à reelei-ção da presidenta Dilma Roussef, por avaliar que ela representa a melhor opção para os trabalhadores dentre os dois projetos que estarão em disputa na eleição de outubro.
O outro projeto representa o retorno ao governo das forças conservadoras e neoliberais, as mesmas que na década de 1990 privatizaram empresas públicas, retiraram direitos, congelaram salários e fizeram demissões em massa no BB e na Caixa, enfra-quecendo seu papel de bancos públicos voltados para o fomento do desenvolvimento econômico e social.
Além de dar o apoio, é necessário cobrar da presidenta Dilma Roussef que mude a gestão do Banco do Brasil, hoje mais voltado para o mercado tal qual o Itaú e o Bradesco, distante do seu papel de banco público, e fortaleça o seu papel de banco público.
Liberdade sindical aos bancários nos EUA
O 25º Congresso aprovou ainda uma moção para que o BB as-sine acordo de neutralidade que permita a seus funcionários nos Estados Unidos o início de processo de organização sindical e de sindicalização.
Os bancários norte-americanos não possuem sindicato e a Con-traf-CUT está trabalhando em parceria com a central sindical CWA, do setor de serviços e telecomunicações, para que os funcionários do BB criem a sua entidade sindical naquele país.
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Notícias Bancárias
CAMPANHA NACIONAL 2014
Responda à consulta da Campanha 2014
Questionário vai definir prioridades da pauta de reivindicações e está disponível também no site do Sindicato
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esta edição do Notícias Bancárias (pg.3) você encontra as questões da consulta da Campanha Nacional Uni-ficada 2014. O objetivo é que, a partir das respostas dos bancários, sejam elencadas as prioridades da categoria para pauta de reivindicações que será entregue à Fenaban. É muito importante que todos os tra-balhadores bancários participem, pois a consulta traz questões como o índice de re-ajuste mais justo e prioridades nas áreas de saúde, segurança e condições de trabalho; aborda o sistema financeiro e os juros ban-cários e temas nacionais, como a reforma política e a democratização da mídia. Não é necessário que o bancário se identifique.A pesquisa será realizada na base dos sindicatos bancários e depois os dados reu-nidos para aferição, permitindo assim um
diagnóstico nacional. O questionário – que também pode ser acessado pelo site do Sindicato, www.bancariosabc.org.br – deve ser entregue até 4 de julho.
Com esses dados em mãos, a pauta de
reivindicações começa a ser construída nos encontros estaduais e será definida na Confe-rência Nacional, que ocorre no final de julho.
Conquistas – A presença dos bancários
desde a origem da campanha tem resultado em fortalecimento da categoria com suas entidades sindicais representativas. Com isso, tem sido possível avançar a cada ano.
Em 2013, por exemplo, a campanha trouxe como conquista o aumento real nos salários pelo décimo ano consecutivo, além de crescimento na PLR. Novas conquistas, como o vale-cultura e a folga-assiduidade, também foram incorporadas à CCT. Além disso, os bancos ficaram proibidos de enviar torpedos a seus funcionários para cobran-ça de resultados, medida importante para redução do estresse e respeito à saúde do bancário.
CAIXA
O
30º Congresso Nacional dos Empre-gados da Caixa Econômica Federal (Conecef), encerrado no dia (8) no Hotel Holiday Inn, no Parque Anhembi, em São Paulo, definiu a pauta de reivindicações específicas a ser negociada com a dire-ção do banco na Campanha Nacional dos Bancários 2014 e na mesa de negociações permanentes. O ABC foi representado por 6 delegados;, Jorge Luis Furlan, Maria Rita Serrano, Adalto Pinto, Inês Galardinovic, Hugo Martins e Mayara Conti.Apoio à releição da Dilma Roussef - Os
delegados do 30º Conecef reafirmaram a estratégia de campanha nacional unificada dos trabalhadores dos bancos públicos e privados, bem como aprovaram o apoio à reeleição de Dilma Rousseff para a Presi-dência da República, como forma de buscar ampliar as conquistas sociais e impedir a volta do projeto neoliberal.
O apoio à reeleição da presidenta Dilma tem como base questões internas de inte-resse dos trabalhadores da Caixa Federal e outras de alcance nacional sobre o papel do banco público. No primeiro caso estão o aumento nas contratações durante seu go-verno – a Caixa foi o único banco a apresen-tar resultado positivo nesse quesito no ano passado -, a obtenção de conquistas como a promoção por mérito e a representação
dos empregados no conselho de administração do banco.
Além disso, na comparação com os anos do presidente Fernan-do Henrique CarFernan-doso, é preciso lembrar que o tucano privatizou quase todas as empresas públicas com sua política de Estado mínimo, neoliberal, e a Caixa só se manteve por conta das lutas dos trabalha-dores que ficaram oito anos sem reajuste e nove perdendo direitos.
A Caixa não contratou ninguém durante o governo tucano, apostando no fechamento da empresa. Com a mudança de concepção política advinda no governo Lula, à qual Dilma dá continuidade, as empresas públicas foram valorizadas e utilizadas para ajudar no desen-volvimento do País. Um bom indicativo é que a Caixa saltou de 45 mil trabalhadores no fim da década de 1990 para 104 mil.
Já na relação do banco com a sociedade brasileira é preciso destacar a implementação de ações que dependem da linha política seguida pela presidenta da República, com ênfase ao desenvolvimento social. Entre estas estão a concessão do Bolsa-Família, o pro-grama Minha Casa, Minha Vida e a abertura e ampliação de linhas de crédito populares. Iniciativas que fazem parte do projeto de melhor distribuição de renda aos brasileiros (impraticável nos anos FHC), e que estão
associadas a melhorias nas áreas de
habitação, alimentação, educação, e cujos reflexos se fazem sentir em dezenas de ou-tros segmentos. Por todas essas razões os trabalhadores definiram que não querem retrocesso mas, pelo contrário, avançar nas melhorias das condições de trabalho, o que só será possível com a reeleição da presiden-ta Dilma e a organização dos trabalhadores. Os principais itens aprovados foram: Intensificar a luta por mais contratações; Isonomia de direitos; Fim do assédio moral e melhorias no Saúde Caixa; Mais democracia na gestão da Funcef; Mais seguranças nas agências e postos; Organização do movi-mento
Veja mais detalhes site do Sindicato (www.bancariosabc.org.br)
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Presidente: Eric Nilson Lopes Francisco - Diretor de Imprensa: Elson Marcos Siraque Jornalistas Responsáveis: Irivaldo T. Cristofali (MTb 57.406) e Maria Angélica Ferrasoli (MTb 17.299)
Sede: Rua Cel. Francisco Amaro, 87 - Centro - Santo André - SP - CEP 09020-250 - Fone: (11) 4993-8299 - Fax: (11) 4993-8290 Impressão: NSA - Tiragem desta edição: 5.000 exemplares - Site: www.bancariosabc.org.br - E-mail: imprensa@bancariosabc.org.br
Redes sindicais ampliam
lutas conjuntas nos bancos
internacionais
Encontro realizado no Peru apontou problemas e
reforçou unidade para superá-los.
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ntre os dias 3 e 6 de junho aconteceu em Lima, capital do Peru, a 10ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais de Bancos Interna-cionais. Representantes das seis redes organizadas (Itaú, HSBC, Banco do Brasil, Santander, BBVA e Scotiabank) apresentaram os relatórios dos debates e os encaminhamentos com as propostas de ações sindicais. O presidente do Sindicato, Eric Nilson, participou do evento, que foi promovido pela UNI Américas Finanças e Comitê de Finanças da Coordenadoria de Centrais Sindicais do Cone Sul (CCSCS) com o apoio de sindicatos peruanos durante dois dias.Participaram 90 dirigentes sindicais de 13 países das Américas (Brasil, Peru, Uruguai, Argentina, Paraguai, Chile, Colômbia, México, Costa Rica, Jamaica, Trinidad y Tobago, Antígua e Barbados), além da Espanha. O evento foi coordenado pelo diretor regional da UNIA-méricas, André Rodrigues. Também estiveram presentes o chefe mundial da UNI Finanças, Márcio Monzane, o novo presidente da UNI Américas Finanças, Sérgio Palazzo, o presidente da UNI Amé-ricas, Ruben Cortina, e a secretária-geral da UNI AméAmé-ricas, Adriana Rosenzvaig. No primeiro dia compareceram ainda o secretário-geral da UNI Global Union, Phillip Jennings, e o presidente da Contraf-CUT e agora vice-presidente da UNI Américas Finanças, Carlos Cordeiro.
Houve também discussão de problemas comuns na América, a redução de empregos e as precárias condições de trabalho. Os bra-sileiros denunciaram ainda o horário estendido de atendimento de forma unilateral pelo banco e a abertura de agências de negócios com a retirada dos itens de segurança.
Os dirigentes sindicais definiram a realização de uma nova jor-nada internacional de luta em 2014, em data a ser confirmada pela UNI Américas Finanças.