Thiago Frank
Coordenação Estadual da Atenção Básica Departamento de Ações em Saúde Secretaria Estadual da Saúde/RSJulho/2016
Programas Essenciais para a Atenção
Programa Mais Médicos
Marcos Legais
•Medida Provisória Nº 621, de 8 de julho de 2013;
•Lei Nº 12.871, de 22 de outubro de 2013
•Medida Provisória Nº 723, de 29 de abril de 2016
• Prorroga visto temporário;
• Altera a possibilidade de atuação no Programa de brasileiros formados em
países que tem proporção de médicos por habitante menor que o Brasil.
• 18.240 profissionais
• 63 milhões de brasileiros são atendidos por profissionais do programa
• 4.058 Municípios– 73% dos municípios brasileiros
• 95% dos usuários estão satisfeitos com a atuação dos médicos (UFMG/Ipespe) • Aumento de 33% na média mensal de consultas na atenção básica
• Aumento de 32% das visitas domiciliares
• 89% dos pacientes e 98% dos gestores disseram que o tempo de espera por consulta reduziu
• em 2015 e 2016 todas as novas vagas foram preenchidas por médicos brasileiros
• apenas 5 mil deles, de um total de mais de 18 mil, são brasileiros com registro no Brasil
•
348
Municípios contemplados com o Programa –
70%
do total do estado
•
1152
profissionais –
59%
das equipes
• Programa atinge quase
4 milhões de gaúchos
(=1.152MM X 3450
pop.equipe)
Mais Médicos no Rio Grande do Sul
Ciclo Nº de Médicos % Médicos por ciclo % CRM Brasil % Intercambista
1º Ciclo 48 4,2% 33,3% 66,7% 2º Ciclo 221 19,2% 0,9% 99,1% 3º Ciclo 178 15,5% 2,8% 97,2% 4º Ciclo 372 32,3% 2,2% 97,8% 5º Ciclo 6 0,5% - 100,0% 6º Ciclo 54 4,7% 40,7% 59,3% 7º Ciclo 7 0,6% 100,0% - 8º Ciclo 20 1,7% 90,0% 10,0% 9º Ciclo 126 10,9% 100,0% - 10º Ciclo 62 5,3% 100,0% - Reserva 58 5,0% - 100,0% TOTAL 1152 100%
23%
77%
COBERTURA DE ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
- BRASIL, REGIÃO SUL, RS, SC, PR, 2011-2015
Fonte: Histórico cobertura ESF - Portal DAB. 53,41
54,84 56,37
62,48 63,72
2011 2012 2013 2014 2015
COBERTURA DE ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
- BRASIL, REGIÃO SUL, RS, SC, PR, 2011-2015
Fonte: Histórico cobertura ESF - Portal DAB.
36,5 40,27 42,24 52,22 56,42 53,41 54,84 56,37 62,48 63,72 2011 2012 2013 2014 2015 RS Brasil
COBERTURA DE ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
- BRASIL, REGIÃO SUL, RS, SC, PR, 2011-2015
Fonte: Histórico cobertura ESF - Portal DAB.
36,5 40,27 42,24 52,22 56,42 70,46 69,99 74,56 78,99 80,12 56,09 57,61 60,3 66,39 68,44 2011 2012 2013 2014 2015 RS SC PR
A ESF no Rio Grande do Sul
Quais as vantagens da ESF?
Desde 2003, foram implantadas 1.299 ESF no RS, o qual teve sua taxa de
mortalidade infantil reduzida em 33%. Outros índices de desenvolvimento,
como o IDESE, também tiveram impacto positivo.
18,7% 25,6% 28,4% 30,5% 31% 34% 35,4% 35,6% 36,5% 40,3% 42,1% 52% 15,6 10,5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 0,0% 25,0% 50,0% 75,0% 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Evolução da Cobertura Populacional por ESF - RS
Cobertura Populacional por ESF Taxa de Mortalidade Infantil
IDES
Há escassez de médicos no
Brasil?
BR: 1,8
RS: 2,23 BR: 1,8
Há escassez de médicos de
Municípios com escassez de médicos de APS
Escassez de médicos da APS no RS
2013
2014
Relembrando....
A necessidade de provimento
emergencial de médicos não é
exclusiva do Brasil
Os médicos estrangeiros são
melhores do que os médicos
brasileiros?
Os médicos estrangeiros são
melhores do que os médicos
brasileiros?
Médicos especialistas em
Medicina de Família e
Comunidade produzem
resultados melhores no
contexto da APS?
Teleconsultorias por Telefone
Atendimento ágil, gratuito
e imediato
Agiliza a tomada de decisão para
médicos e enfermeiros e auxilia na
resolução de problemas de saúde
e dúvidas em tempo real
O Mais Médicos — é importante lembrar — prevê a criação de 11,5 mil vagas de medicina no País até 2017.
A lei do Mais Médicos promoveu novas diretrizes para o curso de medicina:
• Determinou que deveria haver vaga de residência médica para todos os médicos formados;
• Antes de se formarem como especialista focal, deveriam ser especialista no todo - ou seja, especialista em Medicina de Família e Comunidade
Ex.: o médico que quiser fazer especialização em Dermatologia ou Cirurgia
plástica, por exemplo, antes tenha que fazer 1 ou 2 anos a formação em Medicina de Família atendendo na atenção básica do SUS;
• Com isso, em 2019, teríamos mais 18 mil médicos atendendo a população no SUS
165 vagas autorizadas em Novos Cursos de Graduação em Medicina no RS Novo Hamburgo Vagas autorizadas: 60 Erechim Vagas autorizadas: 55 Ijuí Vagas autorizadas: 50
O Mais Médicos prevê a criação de 11,5 mil vagas de
medicina no País até 2017.
Novas vagas de Graduação em cursos existentes
SANTA MARIA/RS Universidades Privadas: 80 PASSO FUNDO/RS Universidades Privadas: 92 Universidades Públicas: 62 CAXIAS DO SUL/RS Universidades Privadas: 30 PORTO ALEGRE/RS Universidades Privadas: 46 LAJEADO/RS Universidades Privadas: 50SANTA CRUZ DO SUL/RS
Desafios
- Faltam evidências de desfechos “duros”...
- Redução de ICSAB
- Redução de mortes evitáveis - Controle de HAS e DM
- Garantir campo de formação de qualidade
- Garantir 100% de ocupação das vagas dos programas de residência em MFC já existentes
Resultados 2º Ciclo do Programa Nacional de
Melhoria do Acesso e da Qualidade – PMAQ
Rio Grande do Sul
PMAQ
Adesão
1º ciclo (2011)
• 339 municípios aderidos
• 827 equipes de Atenção Básica
• 506 equipes de Saúde Bucal
2º ciclo (2013)
• 376 municípios aderidos
• 1260 equipes de ESF / Atenção
Básica
• 687 equipes de Saúde Bucal
• 31 NASF • 23 CEO
3º ciclo (2015)
*aguardando homologação do Ministério da Saúde 428
municípios aderidos 887 equipes de AB sem Saúde Bucal 931 equipes de AB com Saúde Bucal 123 NASF 33 CEOPMAQ
Resultados
1º ciclo (2011)
• Muito acima da média: 147 • Acima da média: 382
• Mediano ou pouco abaixo da média: 265 • Insatisfatório: 24
2º ciclo (2013)
• Muito acima da média: 112 • Acima da média: 356
• Mediano ou pouco abaixo da média: 755 • Insatisfatório: 30
18%
47% 32%
3%
Muito acima da média Acima da média
Mediano ou pouco abaixo da média Insatisfatório 9% 29% 60% 2%
Muito acima da média Acima da média Mediano ou pouco abaixo da média Insatisfatório
GT AB / GT PMAQ
• Participam SES, CRS, COSEMS,
Universidades, CES...
• PMAQ será
pauta permanente
Resultados do 2º Ciclo do PMAQ
1. Infraestrutura, gestão e apoio
2. Acesso, acolhimento e agenda da
equipe
3. Abrangência das ações e resolutividade da
atenção básica
4. Coordenação do Cuidado e Integração com a
RAS
Cenário 1 • Sala de Recepção • Consultório • Banheiro • Sala de Procedimentos • Sala de Curativo • Sala de Nebulização • Sala de Vacina Cenário 2 • Cenário 1 • Sala de dispensação de medicamentos Cenário 3 • Cenário 2 • Sala de atividade coletiva ou sala de gerência
C1
46%
C2
35%
C3
19%
C1
62%
C2
47%
C3
33%
Brasil
RS
Estrutura física das UBS
N Brasil: 24055 N RS: 1085
Informatização das UBS
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Pelo menos 1computador na UBS Impressora UBS com acesso àinternet 91,61%
80,09% 82,95% 69,60%
51,50% 50,10%
Apoio da gestão à organização do processo de
trabalho da ESF
47,6% 54,1% 54,9% 73,9% 83,4% 83,5% 85,5% 39,7% 62,0% 60,3% 84,40% 89,0% 88,5% 92,4%A equipe teve preparação para o atendimento dos usuários em sofrimento psíquico?
A Gestão utilizou critérios de risco e vulnerabilidade para definir a quantidade de pessoas sob responsabilidade da equipe? A Gestão oferece alguma atividadede educação permanente em
práticas integrativas e complementares para a equipe? Sua equipe recebe apoio institucional permanente da Secretaria
Municipal de Saúde para discutir o processo de trabalho? A Gestão disponibiliza para a equipe informações que auxiliem na
análise de situação de saúde?
A equipe de atenção básica realiza monitoramento e análise dos indicadores e informações de saúde?
A gestão apoiou a organização do processo de trabalho a partir dos padrões do PMAQ?
Brasil RS
A equipe utiliza o Telessaúde?
Disponibilidade de tecnologias
63,7% 32,7% 0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0% SC RS MG MS BA AM TO Br asi l RJ PI GO SP AL MT DF ES CE SE PE RN PR RR MA AC PB PA AP RO 798 equipes N Brasil: 29778 N RS: 1253Equipes SF (Brasil n= 24.055; RS n= 1.085) Usuários (Brasil n=114.615; RS n= 5.022)
Organização para o acesso
Horário de funcionamento - ESF
98,3% 21,60% 5,30% 3,80% 2,00% 85,60% 10,5% 3,4% 1,3% 0,00% 0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0% segunda à sexta, de manhã e à tarde Horário do
almoço Noite Sábado Domingo
ESF ESF ESB ESB
Usuários participantes no RS
87,5% consideram que o
horário de atendimento da UBS atende às suas necessidades.
35,1% gostariam que a UBS
funcionasse aos sábados, para
Usuários participantes no RS Quando precisou de um atendimento, e não estava agendado:
87,2% referiram que no momento em que foi recebido foi realizado algo para resolver o seu problema
Acolhimento à demanda espontânea – ESF
98,6% 89,80% 82,8% 96,9% 74,10% 89,7% 0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0%
A equipe realiza acolhimento à demanda espontânea nesta
unidade?
A equipe realiza acolhimento à demanda espontânea de segunda a sexta, nos turnos da manhã e tarde O usuário consegue sair da unidade
com a consulta marcada nas situações em que não seja o caso
atender no mesmo dia
Acolhimento e atendimento às urgências - ESF
Equipes de SF do RS:
98,6% referem realizar atendimento de urgências na UBS.
55,4% referem ter disponíveis os insumos para atender pessoas com hiperglicemia em Diabetes.
Usuários participantes no RS: 52,7% dos referem saber que a sua UBS atende urgências. Destes, 91% relataram que contam com a UBS em casos de urgência, caso necessitem;
Equipes SF (Brasil n= 28.866; RS n= 1.235) Usuários (Brasil n= 114.615; RS n = 5.022) 83,4% 86,2% 90,0% 93,3% 94,8% 95,5% 96,6% 92,5% 73,2% 88,1% 88,1% 89,0% 94,1% 95,8% 0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0% Casos suspeitos de dengue
Nefrolitiase Crise convulsiva Dor torácica Crise de asma Hiperglicemia em diabéticos Crise hipertensiva BR RS
Muitos usuários referem desconhecer a oferta desses procedimentos na UBS. 20,40% 52,4% 58,8% 69,5% 72,90% 78,9% 91,2% 97,20% 98,3% 98,60% 98,6% 16,50% 37,50% 42,40% 52,40% 55,30% 60,40% 80,80% 89,50% 96,90% 97,30% 97% 0,00% 20,00% 40,00% 60,00% 80,00% 100,00% Inserção de DIU Extração de unha Sutura de ferimentos Drenagem de abscesso Aplicação de penicilina na UBS Lavagem de ouvido Medicações injetáveis endovenosas Nebulização/inalação Retirada de pontos Curativos Medicações injetáveis intramusculares
BR RS
Ampliação da capacidade clínica e de cuidado
Ações ofertadas e disponibilidade
dos insumos
Realização de Procedimentos RS (N: 1253) BR (N: 29.778)
Equipes que realizam nebulização na UBS 97,20% 89,50%
Equipes que realizam nebulização E tem nebulizador e sala específica na UBS 62,30% 54,90%
Equipes que realizam curativo na UBS 98,60% 97,30%
Equipes que realizam curativo na UBS E tem sala de curativo e materiais essenciais
(soro e gaze) na UBS 51,56% 54,90%
Equipes que realizam inserção de DIU 20,40% 16,50%
Equipes que realizam inserção de DIU e que tem DIU disponível na UBS 15,72% 12,90%
Equipes que aplicam penicilina benzatina na UBS 72,90% 55,30%
Equipes que aplicam penicilina benzatina na UBS e tem a medicação na UBS 43,80% 35,50%
UBS que ofertam regularmente vacinação 86,50% 82,10%
UBS que ofertam regularmente vacinação E tem sala de vacina exclusiva, geladeira
exclusiva para vacinas na UBS 10,61% 9,06%
Equipes que coletam o Exame Papanicolau na UBS 92,90% 90,90%
Equipes que coletam o Exame Papanicolau na UBS e tem os insumos necessários
(mesa ginecológica, foco de luz, espéculo, escovinha, espátula, fixador, lamina) 78,7% 73,6%
Equipes que realizam coleta de exames de sangue na UBS 48,4% 43,7%
4. Coordenação do Cuidado e Integração
na Rede de Atenção à Saúde
A equipe de AB obtém retorno da
avaliação realizada pelos especialistas
dos usuários encaminhados?
Ordenação dos fluxos e continuidade informacional
EAB
Elustondo et al (2009) destacam dificuldades em relação à prescrição de medicamentos para pacientes acompanhados na interface da atenção primária e atenção especializada decorrentes de:
desconhecimento mútuo entre os profissionais, de níveis assistenciais separados,
variabilidade de recomendações sobre tratamento e, principalmente, pouca ou nenhuma comunicação
entre os profissionais dos dois níveis. 0% 20% 40% 60% 80% 100% RS (N=1253) Brasil (N=29778) 7,5% 10,40% 31,6% 23,60% 51,3% 42,50% 9,5% 23,40%
Sim, sempre Sim, na maioria das vezes Sim, poucas vezes Não há retorno
26,3% 28,3% 34,3% 38,5% 39,5% 49,2% 51,6% 51,8% 52,1% 56,2% 58,3% 58,6% 40,1% 33,4% 40,7% 49,6% 62,9% 66,5% 67,7% 64,0% 64,1% 64,5% 68,1% 73,1% 0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0% Outros Álcool e drogas DPOC/Asma Saúde mental Hanseníase Tuberculose Crianças menores de dois anos Diabetes mellitus Hipertensão arterial sistêmica Câncer de mama Câncer do colo do útero Pré natal
BR
n=29778 RSn=1253
A equipe utiliza protocolos para estratificação de risco para quais
situações?
34,6% das equipes AB do RS
relatam não utilizar protocolos para estratificação de risco
(Brasil: 20,6%).
Existe documento que comprove?
RS: Sim 89,7% Brasil: Sim 93,3%.
Organização para a Coordenação do cuidado
Uso de protocolos pela EAB
Desafios do PMAQ
- Número excessivo de variáveis
- Qualidade da avaliação externa é heterogênea
- Instrumento e critérios em constante transformação