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ALDEIA DE CASTELO RODRIGO

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Academic year: 2021

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Edição n.º 46

OUTUBRO 2017

ALDEIA DE CASTELO RODRIGO

Uma aldeia com história – Aldeia Autêntica

AUTARQUIAS DE EXCELÊNCIA

PORTUGAL CONTINENTAL

PARTE VI

Distritos de Braga, Coimbra, Lisboa, Porto

|

ESPECIAL

Arquitetura e Construção

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► Figueira de Castelo Rodrigo concorreu às 7 Maravilhas de Portugal® - Aldeias em várias categorias com as aldeias de Castelo Rodrigo, Barca D’Alva, Almofala e Vermiosa. No final, foi a aldeia de Cas-telo Rodrigo quem alcançou a vitória na categoria Aldeias Autênticas. “O Municí-pio entendeu que a aldeia de Castelo Ro-drigo, uma aldeia realmente icónica, reu-nia as condições necessárias para poder concorrer em várias categorias. No en-tanto, concorremos à categoria de Aldeia Autêntica porque entendíamos que aí tí-nhamos alguma vantagem face às de-mais aldeias. Concorremos ainda com mais três aldeias, mas passou a aldeia de Castelo Rodrigo. Efetivamente esta aposta na autenticidade correu muito bem”, explica o presidente da câmara municipal.

A vitória alcançada pela aldeia de Caste-lo Rodrigo representa a união de vários fatores e esforços de uma equipa que desde logo se revelou essencial para aquele que viria a ser o resultado final. A primeira dúvida surgiu no momento de escolher o responsável para apadrinhar a candidatura. Mas, numa aldeia rechea-da de história surgiu a ideia de reencar-nar a figura de Pedro Jaques Magalhães, o herói da Batalha de Castelo Rodrigo, personagem que vinha a ser trabalhada noutras iniciativas organizadas pelo Mu-nicípio, como a Batalha da Salgadela. Es-ta aposEs-ta em eventos históricos repre-sentou um fator significativo para a vitó-ria da aldeia de Castelo Rodrigo. “A Bata-lha da Salgadela trouxe resultados muito positivos. Fruto desse evento acabamos

por tirar o nosso proveito. Temos vindo a revelar parte da nossa história e acaba-mos por atrair pessoas, mas também pa-ra divulgar o nosso património e a nossa gastronomia”, afirma Paulo Langrouva.

UMA ALDEIA ONDE AS RUAS RESPIRAM HISTÓRIA

Castelo Rodrigo é, de facto, uma aldeia com uma história inigualável e extrema-mente vincada. Foi nos campos de bata-lha da aldeia que se sagrou a Batabata-lha da Salgadela, uma das mais importan-tes na consolidação da independência de Portugal, a sete de julho de 1664. “Foi o nosso exército, ainda que minori-tário, mas com muita determinação, que venceu os castelhanos. O nosso pa-trimónio edificado é, também, uma mais-valia. Temos monumentos nacio-nais, como o Padrão de Pedro Jaques Magalhães, o Mosteiro de Santa Maria de Aguiar, o Palácio Cristóvão de Moura, a igreja matriz com um espólio valioso. Tudo isto ligado às nossas gentes, de rosto rugoso e de mãos calejadas, reve-lam o trabalho, a determinação e mais--valia desta população”.

UM APOIO SIGNIFICATIVO POR PARTE DO MUNICÍPIO

O Município de Figueira de Castelo Rodri-go tem assumido um papel preponde-rante na promoção e preservação da al-deia de Castelo Rodrigo. Muitas foram as intervenções por parte da autarquia, es-sencialmente ao nível do património mais degradado. “Temos um papel muito importante não só no património já

edifi-cado mas também em algum património que estava já degradado e eventualmen-te esquecido e abandonado. Por exem-plo, uma fonte romana que nós valoriza-mos com uma requalificação e recupera-ção. Na aldeia histórica fizemos uma re-qualificação de uns lavadouros com mais de 70 anos que estavam completamente degradados, recuperamos o forno comu-nitário e temos uns muros de suporte em torno da aldeia que reconstituímos, pre-servando sempre a traça original. É isso

que temos vindo a fazer e que devemos continuar. Se eu permanecer aqui isto será e continuará a ser uma imagem de marca a nível nacional”, salienta Paulo Langrouva.

UMA VITÓRIA PARA O DISTRITO

A aldeia de Castelo Rodrigo venceu nas 7 Maravilhas de Portugal® - Aldeias, mas este prémio representa uma vitória para todo o distrito da Guarda. Segundo afirma o presidente da câmara

munici-É no município de Figueira de Castelo Rodrigo que se situa uma

das vencedoras do prémio 7 Maravilhas de Portugal® - Aldeias, na

categoria Aldeias Autênticas. Muito se tem vindo a falar da Aldeia

de Castelo Rodrigo que se destaca pela sua história, património e,

acima de tudo, pela sua população. O Empresas+® esteve à

conversa com o atual presidente da câmara municipal, Paulo

Langrouva, e descobriu o que torna esta aldeia tão especial para

se sagrar vencedora de uma marca que se irá perpetuar no tempo.

CASTELO RODRIGO,

UMA ALDEIA COM HISTÓRIA

ALDEIA DE CASTELO RODRIGO

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pal, todo o território envolvente será be-neficiado. “Esta vitória foi importante pa-ra Castelo Rodrigo, mas será igualmente importante para o distrito. Estes territó-rios vão ser beneficiados, e quem vier vi-sitar a Aldeia Autêntica vai vivi-sitar os mu-nicípios que a envolvem. Todos os conce-lhos do distrito têm património valioso e fantástico. Na minha opinião devíamos trabalhar em rede, aproveitando este prémio que serve para valorizar todo o território. Ao votarem em Castelo Rodrigo também deram um voto de confiança ao distrito da Guarda. Na realidade conse-guimos fazer a divulgação de um territó-rio que não tinha a visibilidade necessá-ria e que trará retorno para este distrito”, explica o presidente.

UMA ALAVANCA PARA O TURISMO

Após a vitória nas 7 Maravilhas de Portu-gal® - Aldeias, o presidente afirma ser notório o crescimento turístico. É com vista nesse crescimento que pretendem continuar a intervir. Todas as aldeias do município possuem património valioso e revela-se essencial aproveitá-lo e torná--lo numa mais-valia turística. Nesse sen-tido, a intenção passa por aproveitar o potencial de cada uma das aldeias e promovê-las numa rede de interliga-ções. “No ano passado passaram pelo posto de turismo 60 mil pessoas. Este ano, até ao dia 31 de agosto, passaram cerca de 66 mil pessoas. Eu acredito sinceramente que vamos chegar aos 80 mil até ao final do ano”, afirma. Este au-mento é fruto de uma política cultural e de um leque de eventos realizados que têm vindo a promover Castelo Rodrigo. “Isto é benéfico porque implica um au-mento na restauração, na venda de pro-dutos endógenos e traz uma dinâmica

nova para o desenvolvimento da econo-mia local. Acredito que no próximo ano os frutos sejam ainda mais visíveis e mais reforçados”, acrescenta.

O aumento do fluxo turístico é visível, mas a implementação de medidas nesse sentido revela-se essencial. A principal necessidade que se fez sentir diz respei-to à mobilidade das massas. “Temos pro-jetado um eco parque para estacionar os autocarros fora da aldeia e vamos colo-car bicicletas elétricas para as pessoas poderem circular cá dentro. Por outro la-do, estamos a recuperar o centro de in-terpretação da Batalha da Salgadela. O nosso objetivo é ligar a história ao turis-mo”, revela o autarca.

UMA VITÓRIA

COM RESPONSABILIDADE

É notório que a implementação de um conjunto de medidas necessárias para ti-rar proveito deste prémio é essencial. E esse proveito passa por promover e divul-gar o território aproveitando a oportuni-dade que receberam. Contudo, a vitória

de Aldeia Autêntica vem trazer uma maior responsabilidade para o Município. “Este prémio representa uma maior responsa-bilidade para nós, pois temos que cuidar mais da aldeia, investir no espólio e apos-tar no turismo, é fulcral termos condições de alojamento. Temos que aproveitar a promoção. Este prémio dá-nos a respon-sabilidade para cuidar não só daquela al-deia mas também no desenvolvimento de toda a envolvente, ou seja, as outras freguesias que estão em volta. É essa a nossa responsabilidade neste momen-to”, afirma o presidente da Câmara Muni-cipal de Figueira de Castelo Rodrigo.

UM FUTURO DE PROJETOS

A marca 7 Maravilhas de Portugal® tem vindo a assumir um papel na promoção da identidade nacional e, ao mesmo tem-po, tem dado a conhecer territórios que em muitas situações não tinham a visibi-lidade necessária. No caso da aldeia de Castelo Rodrigo salienta-se a tão impor-tante Batalha da Salgadela “que ocorreu aqui e foi importante na consolidação de

Portugal. Eu penso que os portugueses também deviam estar gratos a Castelo Rodrigo e à sua população. Este feito his-tórico, que por vezes é esquecido, e esta marca reforça a autenticidade e o vínculo histórico associado à aldeia de Castelo Rodrigo”, afirma Paulo Langrouva. No futuro, e com o crescimento turístico sentido na região, o autarca espera ver em desenvolvimento o eco parque da al-deia, já que a preocupação com a mobili-dade está em primeiro plano. Por outro lado, revela ainda ser essencial o desen-volvimento da restauração e da hotelaria de excelência, numa tentativa de respon-der às necessidades presentes.

É com um agradecimento a todos os fun-cionários da Câmara Municipal de Fi-gueira de Castelo Rodrigo que tornaram a candidatura e vitória possíveis, que o presidente termina, não esquecendo ain-da todos aqueles que votaram em Caste-lo Rodrigo para vencer nas 7 Maravilhas de Portugal® - Aldeias. O convite fica: vi-sitar a Aldeia Autêntica com tanta histó-ria para contar.

“NO ANO PASSADO

PASSARAM PELO

POSTO DE TURISMO

60 MIL PESSOAS. ESTE

ANO, ATÉ AO DIA 31 DE

AGOSTO, PASSARAM

CERCA DE 66 MIL

PESSOAS. EU ACREDITO

SINCERAMENTE QUE

VAMOS CHEGAR

AOS 80 MIL ATÉ

AO FINAL DO ANO”

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► Sistelo preparou a sua candidatura a Sítio de Interesse Nacional/Monumento Nacional pela sua componente de verda-deira paisagem cultural. São os socalcos que trazem a esta antiga aldeia medieval toda a sua beleza paisagística e assumem já um fator de identidade local. “Esta bele-za não é apenas fruto da naturebele-za nem do Homem, é fruto da interação entre a natu-reza e o Homem. Só assim foi possível criar estes socalcos, ou seja, escavar a montanha e tirar rendimento dela. Isto surgiu através da cultura do milho”, expli-ca o presidente da câmara municipal. Neste sentido, as 7 Maravilhas de Portu-gal® - Aldeias veio representar uma nova oportunidade de visibilidade a Sistelo. “Sistelo é uma maravilha. Estamos a criar

condições para que os outros possam usufruir daquilo que também nós usufruí-mos”, conclui. Por outro lado, também Sérgio Rodrigues tem vindo a traçar o per-curso que lhe parece mais benéfico para a sua aldeia, sem deixar nenhuma oportuni-dade de promoção pelo caminho.

RECONHECIMENTO

COMO ALDEIA MARAVILHOSA

Ser reconhecida como uma das 7 Maravi-lhas de Portugal® - Aldeias representa partilhar um espaço com uma identidade única a nível nacional. “Esta vitória é uma mais-valia em termos culturais, pois re-presenta a possibilidade de programar iniciativas a partir deste reconhecimento. Em termos sociais, as pessoas de Sistelo

sentiram-se reconhecidas e com orgulho nas suas origens. A surpresa surgiu logo após a atribuição do prémio, pois havia um conjunto de pessoas que queriam comprar ou arrendar casa aqui. Para nós é uma grande satisfação partilhar esta zona”, afirma João Esteves.

Convictos de que a injustiça seria Sistelo não ser a vencedora na categoria de Al-deias Rurais, João Esteves e Sérgio Rodri-gues acreditaram desde o início na vitó-ria. “Sistelo como espaço rural e de bele-za única merecia esta distinção. A aldeia está, ainda, a pouco tempo de ser

reco-nhecida como Sítio de Interesse Nacio-nal, mas esperamos fazer ainda mais por Sistelo”, revela o presidente da câmara municipal. “Eu sempre acreditei que se-ríamos os vencedores, não poderia ser de outra forma. Tenho até dificuldade em explicar como me senti no momento da vitória, foi uma alegria imensa, com mo-mentos muito duros de grande ansieda-de”, acrescenta Sérgio Rodrigues.

UMA ALDEIA

DE CARACTERÍSTICAS SINGULARES

“Sistelo é o local onde o Homem conse-guiu olhar para a natureza e pensar como poderia utilizá-la melhor. Traduz calma e sustentabilidade, sendo inclusive apelida-da como ‘o pequeno Tibete português’. Proporciona acima de tudo a oportunida-de oportunida-de as pessoas sentirem este ambiente de tranquilidade e beleza, onde os habi-tantes são pessoas acolhedoras e que sa-bem receber sa-bem quem os visita”, explica João Esteves. No ponto de vista do patri-mónio natural, a aldeia de Sistelo é pre-miada pela passagem do Rio Vez, está in-cluída na Rede Natura 2000 e na Rede Mundial de Reservas da Biosfera. “A nível cultural é um sítio que tem uma grande

Às portas do Parque Natural da Peneda Gerês situa-se uma das

7 Maravilhas de Portugal® - Aldeias, a Aldeia de Sistelo.

Vencedora na categoria Aldeias Rurais e conhecida como

“o pequeno Tibete português”, Sistelo tem como imagem de

marca os socalcos trabalhados durante centenas de anos pelo

Homem. A transformar-se num Sítio de Interesse Nacional e

Monumento Nacional, esta paisagem cultural transparece o

equilíbrio entre o Homem e a natureza, que promete não deixar

ninguém indiferente. À conversa com o presidente da Câmara

Municipal de Arcos de Valdevez, João Esteves, e com o

presidente da Junta de Freguesia de Sistelo, Sérgio Rodrigues,

o Empresas+® foi descobrir as tradições e particularidades de

uma das mais belas aldeias de Portugal.

UMA UNIÃO ENTRE

O HOMEM E A NATUREZA

ALDEIA DE SISTELO

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carga romântica, há aqui a Casa do Caste-lo, construída no romantismo do século XIX. Além disso, saliento ainda a ecovia, junto ao Rio Vez com cerca de 32 quilóme-tros de extensão”, explica o presidente da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez. Por outro lado, Sérgio Rodrigues, atual presidente da junta de freguesia, afirma que a identidade da aldeia está na sua população e na união que estabelecem entre si. “Sistelo é rica em património edi-ficado, mas a sua mais-valia acaba por estar nas suas tradições, na relação en-tre as pessoas e no trabalho em comuni-dade. Esta questão dos socalcos é impor-tante não só a nível paisagístico, mas tem um valor que, acho, é dos mais im-portantes: a forma como as pessoas se uniam para trabalhar. Isto era impossível se não fosse feito em comunidade. A for-ma de relação que as pessoas foram criando é extraordinária”, acrescenta.

SISTELO, O NOVO DESTINO TURÍSTICO

Se até agora Sistelo não representava um espaço turístico, rapidamente passou a ser um dos destinos de eleição. É no sentido de preparar a aldeia para receber todos os visitantes que a autarquia e a junta de freguesia vão continuar a traba-lhar. “É óbvio que Sistelo não era um lo-cal muito visitado e há aqui uma distân-cia entre a procura e a resposta. Estamos numa aprendizagem daquilo que são lo-cais que representam um maior interes-se para os visitantes, estamos a crescer e perceber como podemos responder àquilo que é a procura por parte dos tu-ristas”, explica João Esteves. “Esta noto-riedade e o foco da atenção daquilo que são os sítios bonitos de Portugal induzem uma necessidade de alojamento e res-tauração. Há uma procura de serviços na área do turismo que poderão permitir au-mentar o rendimento, possibilitar negó-cios e criar novas oportunidades. Há um maior número de pessoas que querem in-vestir na área do turismo ou numa

segun-da residência, isto trará efeitos na agri-cultura e na pecuária e na sua otimiza-ção”, acrescenta Sérgio Rodrigues.

“ESTE RECONHECIMENTO

TRAZ ORGULHO NAS SUAS RAÍZES”

A vitória de Sistelo na categoria de Al-deias Rurais nas 7 Maravilhas de Portu-gal® - Aldeias vem influenciar a

popula-ção, quer ao nível económico, quer so-cial. “O primeiro e mais relevante é do ponto de vista social, pois isto contribui para a autoestima das pessoas da terra e de Arcos de Valdevez. Este reconheci-mento traz orgulho nas suas raízes. Do ponto de vista cultural é importante pe-los investimentos que podem vir a ser feitos na reabilitação do património

cul-tural, dos usos e tradições. Ao nível eco-nómico também já sentimos um cresci-mento. Há mais pessoas a querer visitar Sistelo, a querer ficar, a querer almoçar ou jantar, a querer comprar produtos da terra e, acima de tudo, a querer investir em Sistelo”, afirma o presidente da câ-mara municipal.

UM FUTURO DE PROJETOS

A marca 7 Maravilhas de Portugal® - Al-deias vem divulgar e preservar o patri-mónio nacional. Essa divulgação repre-senta para Sistelo a valorização do patri-mónio monumental e dos seus espaços rurais, num território em que as oportuni-dades já pareciam escassas. “Isto vem dar a conhecer uma das maiores rique-zas deste país, a ruralidade, um patrimó-nio valioso e que estava de certa forma escondido”, afirma o presidente da junta de freguesia.

No futuro, a intenção dos autarcas passa por desenvolver projetos de valorização da aldeia. “Já temos alguns em curso. Um deles é o aproveitamento da Casa do Castelo como um centro de biodiversida-de do Rio Vez. Será um espaço onbiodiversida-de, através de novas tecnologias, vamos dar a conhecer às pessoas como era esta al-deia. Este local já foi um glaciar e as pes-soas vão poder descobrir de que forma evoluiu. Ainda na Casa do Castelo vamos criar um espaço de degustação de pro-dutos locais. Além disto, esperamos ex-pandir a ecovia, melhorar a rede de tri-lhos e está em curso um projeto de valo-rização do património geológico. Preten-demos recuperar o património construí-do, como espigueiros, moinhos e edifí-cios públicos devolutos para apoio aos visitantes. Estamos a melhorar a agenda cultural e de eventos recreativos. Por úl-timo, esperamos conseguir atrair novos investimentos no setor do turismo, co-mércio e agricultura, contribuindo para a criação de emprego e rendimento e para a fixação, atração e regresso de pes-soas”, conclui João Esteves.

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► Quando Gil Nadais assume as fun-ções de presidente da câmara no ano de 2005, “a situação financeira do Municí-pio encontrava-se num estado grave. Quando chegámos à câmara municipal, esta estava com enormes dificuldades económicas. Nós pagávamos aos forne-cedores da terra a seis meses e aos em-preiteiros a dois anos”. Neste sentido, revela o autarca, foi necessário recorrer a um plano de gestão e recuperação económica, mas não só. “Não nos cingi-mos a fazer apenas uma recuperação fi-nanceira, mas toda uma reestruturação administrativa total na câmara munici-pal”. O principal foco assentou em cortar com todas as despesas desnecessárias, nomeadamente a nível de serviços. O Município decidiu executar as mudan-ças estudadas e iniciou, então, um mé-todo de digitalização por forma a agili-zar todos os processos e poupar nas despesas.

“Fomos a primeira câmara municipal do país que utilizou o cartão de cidadão para o expediente de forma interna e externa. Também introduzimos uma contabilidade analítica nos nossos processos o que exi-giu uma grande formação dos nossos co-laboradores e chefes de serviço. Atual-mente a câmara funciona na sua totalida-de com um sistema totalida-de gestão da qualida-de ISO 9001”. De acordo com o presiqualida-den- presiden-te da Câmara Municipal de Águeda, nos primeiros anos a estratégia foi, então, reorganizar e preparar a estrutura por for-ma a ter capacidade financeira para ali-cerçar o que estava planeado para ser executado.

Neste sentido, refere o presidente, foi im-portante a introdução do sistema de con-tabilidade analítica por forma a prever os valores das intervenções preparadas pelo Município. “A gestão de uma autarquia é a soma de imensos pormenores”, refere o autarca. A estratégia do executivo consis-tiu em organizar a estrutura, criar uma filo-sofia que fosse mais empresarial e confiar no cidadão, fazer com que os munícipes ti-vessem uma intervenção mais ativa nos ideais da Câmara Municipal de Águeda. Resultado deste trabalho de 12 anos é a certificação da Câmara Municipal de Águeda, pela Agência Portuguesa da Qua-lidade (APQ), com reconhecimento com quatro estrelas, relativo ao modelo de ex-celência europeu, da EFQM (European Fondation for Quality Management).

Importância do setor

da educação e apoios sociais

Em entrevista ao Empresas+®, Gil Nadais revela que houve uma grande aproxima-ção por parte da autarquia de Águeda em relação às escolas, o que resultou numa interação maior entre as entidades. O objetivo do Município estava centrado em disponibilizar um conjunto de meios e atividades para que, junto das instituições, pudesse desenvolver todos os projetos es-tudados, assumindo a autarquia todas as despesas inerentes. Numa vertente mais direcionada para as infraestruturas, a câ-mara municipal procurou construir e reabi-litar edifícios, sendo que se enquadram neste exercício oito centros educativos.

Fo-ram também requalificadas três escolas de ensino básico, segundo e terceiro ci-clos, sendo que, atualmente, em todo o concelho, apenas uma escola secundária necessita de algumas renovações. O Município de Águeda sempre teve um especial enfoque para a educação, setor de primeira importância para o desenvol-vimento de qualquer região. Segundo Gil Nadais a autarquia tem capacidade para acolher mais competências neste setor, estratégia que permitirá um acompanha-mento mais próximo das necessidades das escolas da região. “Neste momento temos uma ação em desenvolvimento, juntamente com uma empresa, de autoa-valiação. Eles têm um modelo

interessan-Pertencente ao distrito de Aveiro, Águeda é uma cidade

localizada no centro do território português, o que lhe

concede um conjunto de vantagens a nível de acessos e

atratividade. É sede de um município com mais de 47 mil

habitantes, distribuídos pelas 11 freguesias que compõem

o concelho. Águeda foi elevada a cidade em 1985

e é atravessada pelo rio do mesmo nome. O atual

presidente do município é Gil Nadais, formado em

Psicologia pela Universidade de Coimbra e que se encontra

a concluir o seu terceiro o último mandato como rosto

da Câmara Municipal de Águeda.

Águeda, onde se respira

cultura e progresso

MUNICÍPIO DE ÁGUEDA

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te em que os jovens e as crianças ava-liam o professor e posteriormente estas avaliações, feitas por todas as turmas, convergem e chegam ao coordenador do agrupamento. A ideia é executar isto em pirâmide para que o diretor do estabele-cimento obtenha um conheestabele-cimento mais concreto de todos os grupos do estabele-cimento. Existe ainda um processo de

coaching e apoio aos professores, com o

objetivo de melhorarem as suas capaci-dades”. Outro projeto “Águeda Educação +” que a autarquia tornou possível foi a integração de tablets no sistema educati-vo em Águeda. O presidente realça a ideia de que este projeto não é obrigató-rio, mas sim opcional e que, se os direto-res escoladireto-res assim entenderem, a câ-mara municipal suporta todos os custos inerentes a esta modernização educati-va. A ideia inicial seria fazer uma expe-riência com uma turma, no sentido de averiguar quais seriam os resultados, ain-da assim, o presidente teve uma agradá-vel surpresa. “Houve um diretor que per-guntou se teria de ser apenas uma tur-ma. Respondi-lhe que gostaria que hou-vesse pelo menos uma turma-piloto, mas estava aberto a apoiar um número maior de alunos. Passado algum tempo surgiu o pedido para 26 turmas”.

No que respeita à terceira idade, o presi-dente Gil Nadais afirma que a rede de IPSS do concelho de Águeda é bastante forte e existem relações muito coesas en-tre a autarquia e estas instituições. Enen-tre ampliações e construções de raiz, a câ-mara apoiou as instituições em 14 obras. “O nosso principal objetivo nesta área so-cial passa por dar o maior apoio às insti-tuições mas, sobretudo, deixar que se-jam elas a efetuar o trabalho”. Este

méto-do de delegação de competências tem funcionado de forma exímia e, acrescen-ta o presidente, orgulha-se do trabalho feito pelas instituições particulares de so-lidariedade social.

Para Gil Nadais, a questão da descentrali-zação de competências pode ser natural-mente positiva. Ainda assim, o presidente refere que é importante, para além das responsabilidades, oferecer uma ampla autonomia de resolução das questões

fundamentais ao Poder Local. “A respon-sabilização das pessoas que estão no ter-reno é fundamental. O sistema poderia ter melhores resultados se fossem atribuídas verbas para gestão aos diretores dos agru-pamentos escolares que, no final do ano letivo, fariam o balanço das contas e dos resultados. Dar-lhes-ia uma autonomia bastante maior para poder considerar e gerir melhor as contas”. Na opinião do pre-sidente da Câmara Municipal de Águeda, as pessoas que estão presentes nas insti-tuições são quem melhor conhece as mesmas e, nesse sentido, são quem me-lhor entende que medidas devem ser to-madas. Gil Nadais destaca, também, a ne-cessidade de existir um pacote financeiro e técnico associado a esta delegação de competências.

Garantir a qualidade nos serviços de água e saneamento

Inserida na rede das Águas da Região de Aveiro, entidade que gere e explora em

re-“NESTE MOMENTO TEMOS UMA AÇÃO

EM DESENVOLVIMENTO, JUNTAMENTE

COM UMA EMPRESA, DE AUTOAVALIAÇÃO.

ELES TÊM UM MODELO INTERESSANTE EM QUE

OS JOVENS E AS CRIANÇAS AVALIAM O PROFESSOR

E POSTERIORMENTE ESTAS AVALIAÇÕES, FEITAS

POR TODAS AS TURMAS, CONVERGEM E CHEGAM

AO COORDENADOR DO AGRUPAMENTO”

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gime de parceria pública os serviços de água e saneamento relativos ao Sistema de Águas da Região de Aveiro (AdRA), Águeda encontra-se bem dotada no que respeita à rede de abastecimento de águas. Apesar de a cobertura não ser total no concelho, Gil Nadais garante que está a ser desenvolvido um projeto para am-pliar a rede.

Setor empresarial distinto

Apostado em fazer do município uma refe-rência a nível empresarial, o atual executi-vo teve como principal preocupação

trans-formar Águeda num concelho exportador de empresários, e não importador. A autarquia executou uma ampliação dos parques empresariais por forma a criar condições mais vantajosas para a integra-ção de empresas no concelho. Estas ações começaram a dar resultados e, segundo Gil Nadais, algumas empresas de maior di-mensão decidiram instalar as suas estru-turas nos parques industriais sediados no concelho de Águeda. “A crise fez com que as empresas que não trabalhavam com o mercado externo ficassem mais debilita-das e algumas tiveram mesmo que

encer-rar”, explica o autarca, salientando o ca-rácter exportador das empresas e empre-sários sediados no concelho.

O concelho de Águeda é sobejamente re-conhecido pelo setor empresarial multifa-cetado que apresenta. O concelho tem no seu seio empresarial entidades que labo-ram em setores de atividade bastante dis-tintos, tendo as áreas das ferramentas, cerâmica, eletrónica, peças e moldes para o setor automóvel, construção e as indús-trias transformadoras como grande refe-rência no concelho.

Águeda respira cultura

Águeda é um município que ao longo dos tempos se foi afirmando pelos eventos cul-turais e promocionais desenvolvidos pela autarquia em parceria com a massa asso-ciativa do concelho. Um dos principais fo-cos do atual executivo centrou-se no apoio

às coletividades locais, aproveitando as-sim todo o seu potencial no desenvolvi-mento de projetos e eventos de cariz cultu-ral. Promover parcerias entre estas entida-des é também uma mais-valia que se tra-duz numa melhoria da qualidade das ativi-dades desenvolvidas durante todo o ano. A marca AgitÁgueda contribui de uma for-ma preponderante para o crescimento e melhoramento do panorama cultural da cidade. Iniciou-se no ano de 2006 e desde então tem apostado na promoção turística como forma de dar a conhecer não só a ci-dade, mas também toda a região. Os prin-cipais objetivos deste evento, que é a ima-gem de marca do município, passam pela revitalização de alguns espaços urbanos e promoção de uma melhoria na utilização sustentável dos espaços públicos, asso-ciando-se, de forma inequívoca, à dinami-zação do comércio e economia locais. Em Águeda podemos encontrar a maior la-goa natural da Península Ibérica, a Pateira de Fermentelos que, juntamente com uma vasta rede de percursos pedestres, levam o turista a encontrar excelentes paisagens naturais e a desfrutar do melhor que a na-tureza tem para oferecer.

Mensagem do autarca aos munícipes

O presidente da Câmara Municipal de Águeda, Gil Nadais, agradece a todos os munícipes por esta sequência de mandatos e deixa a garantia de que tudo fez para melhorar as condições e serviços do município. A aposta nos setores da modernização administrativa, da educação, do desporto e bem estar, do setor empresarial, da cultura e do turismo trouxeram a Águeda uma imagem palpável do que de melhor se faz no concelho a quem os visita. O autarca deseja que Águeda continue na senda do progresso e que as distinções à região prevaleçam e continuem a chegar no futuro pelas mãos do próximo presidente da câmara municipal.

“A CRISE FEZ COM QUE AS EMPRESAS QUE NÃO

TRABALHAVAM COM O MERCADO EXTERNO

FICASSEM MAIS DEBILITADAS E ALGUMAS TIVERAM

MESMO QUE ENCERRAR”

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► Quando, em 2005, Alexandre Vaz ini-cia as suas funções enquanto presiden-te da Câmara Municipal de Sátão, o seu principal foco foi tentar equilibrar o Mu-nicípio a nível financeiro. Após a execu-ção de algumas auditorias internas, o presidente concluiu que a dívida da au-tarquia era bastante elevada, o que exi-giu alguns esforços por parte da entida-de municipal para reequilibrar toda a es-trutura. Através de uma gestão extrema-mente calculada, a dívida da Câmara Municipal de Sátão encontra-se, atual-mente, estável e gerível. A redução do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) foi também um dos acertos de que Ale-xandre Vaz se orgulha, sendo que na atualidade esse valor está nos 0.3%.

As freguesias que compõem o concelho de Sátão são Águas Boas e Forles, Ave-lal, Ferreira de Aves, Mioma, Rio de Moi-nhos, Romãs, Decermilo e Vila Longa, São Miguel de Vila Boa, Sátão e Silvã de Cima. Em todo este território o setor pri-mário é de extrema relevância para o

concelho, visto que mais de 60% do ter-ritório está coberto de floresta.

Quando o autarca inicia o seu primeiro mandato depara-se com a necessidade de requalificar e criar infraestruturas no concelho. A requalificação do edifício on-de se encontra a Câmara Municipal on-de

Sátão foi outra das medidas que Alexan-dre Vaz optou por executar. Revela o pre-sidente que a infraestrutura se encon-trava num estado de elevada degrada-ção, nomeadamente no piso mais eleva-do mas, devieleva-do à intervenção realizada, atualmente as instalações estão devida-mente remodeladas, com um aspeto bastante mais modernizado, não desfa-zendo, ainda assim, todo a semblante tradicional que uma câmara municipal deve transparecer. O presidente Alexan-dre Vaz enalteceu a dificuldade de de-senvolver competências num concelho do interior, mas, ainda assim, garante o mesmo, este fator não foi obstáculo pa-ra que as melhorias ao longo dos 12 anos de mandato fossem significativas.

Localizada no distrito de

Viseu, Sátão é uma vila com

cerca de quatro mil

habitantes. Circundado pelos

rios Vouga e Paiva, Sátão é a

sede de um município

subdividido em nove

freguesias, onde residem mais

de 12 mil cidadãos.

O atual presidente

do município é Alexandre Vaz,

de 64 anos e formado em

Medicina pela Universidade de

Coimbra, que conclui no

presente ano o seu terceiro

e último mandato.

Um percurso de excelência

em prol dos munícipes

MUNICÍPIO DE SÁTÃO

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Educação e terceira idade como prioridades

Alexandre Vaz referiu em entrevista ao Empresas+® que o principal foco do Mu-nicípio relativamente ao setor da educa-ção foi criar fortes e boas relações com todas as entidades escolares do conce-lho. Uma das principais obras que foi executada pelo atual executivo foi a cria-ção da Escola EB1 de Sátão, que con-tém 14 salas e dá, desta forma, uma melhor resposta aos alunos do conce-lho. Outro dos principais projetos do pre-sidente foi a construção do jardim de in-fância de Ferreira de Aves, que disponi-biliza condições excecionais e deu uma solução importante em relação ao setor infantil. A requalificação da Escola da Abrunhosa está em planeamento e pres-tes a ser iniciada, com o suporte do pro-grama Portugal 2020.

Em relação ao apoio social, o Município de Sátão disponibiliza transporte a

to-das as crianças do jardim de infância, de uma forma totalmente gratuita. Por iniciativa própria, Alexandre Vaz iniciou um programa de ajuda na obtenção de material escolar, assim como na alimen-tação. O Município comparticipa tam-bém os alunos em 30% todas as viagens e visitas de estudo realizadas durante o ano letivo.

No que respeita ao apoio à terceira ida-de, o edil realça a qualidade das IPSS que estão presentes no concelho de Sá-tão. Para além de possuírem um vasto

conjunto de valências e condições para todos os utentes, refere Alexandre Vaz, disponibilizam ainda soluções que vão permitir um envelhecimento ativo. O Mu-nicípio forneceu um apoio não só mone-tário, mas também logístico a todas as associações sediadas no concelho de Sátão. A câmara municipal disponibiliza ainda aulas semanais, lecionadas por técnicos devidamente qualificados, a to-dos os ito-dosos do concelho, com o intuito de os manter ativos durante um maior período de tempo.

Na opinião de Alexandre Vaz as autar-quias, em algumas áreas, e muito devi-do à proximidade que têm com a popula-ção, podem ser mais competentes do que o Poder Central. “É muito mais fácil ser eu a detetar que a escola secundária tem um problema. O Poder Central

difi-cilmente se aperceberia de que algo es-tava errado. A proximidade, nestes ca-sos, ajuda a entender o que está mal e como se pode resolver esse problema”, sublinha o autarca.

Portugal é um dos países em que “as au-tarquias menos recebem do Estado, se compararmos com outros países, no-meadamente as nações europeias”. Ain-da assim, o edil revela que para a des-centralização da maior parte das com-petências é necessário que esteja asso-ciado um conjunto de meios, não só fi-nanceiros, como também de recursos humanos qualificados. Para Alexandre Vaz, as autarquias são responsáveis por uma grande parte do crescimento eco-nómico do país e geralmente os municí-pios conseguem fazer um trabalho exce-lente com fundos limitados. Esta delega-ção de competências é importante mas, segundo o autarca, deve ser bem pensa-da antes de ser executapensa-da. “A verpensa-dadei- verdadei-ra descentverdadei-ralização é aquela em que o Município, geralmente, dispõe dos meios. Tem que existir um acordo entre o Ggoverno e as câmaras municipais, onde se chegue a um consenso e se possa trabalhar nas condições mais viá-veis”, refere o edil.

Apostar nos empresários e no crescimento económico

No concelho de Sátão predominam as atividades ligadas ao setor primário e secundário. As áreas do mobiliário, têx-til, mármores, granitos, tintas e louças são as mais frequentes no concelho

sa-“A VERDADEIRA DESCENTRALIZAÇÃO É AQUELA

EM QUE O MUNICÍPIO, GERALMENTE, DISPÕE DOS

MEIOS. TEM QUE EXISTIR UM ACORDO ENTRE O

GOVERNO E AS CÂMARAS MUNICIPAIS, ONDE SE

CHEGUE A UM CONSENSO E SE POSSA TRABALHAR

NAS CONDIÇÕES MAIS VIÁVEIS”

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tense. A antiga zona industrial de Sátão ficou rapidamente completa, muito devi-do ao pouco espaço que apresentava. Nesse sentido, e sob as ordens do presi-dente Alexandre Vaz, foi criada, muito re-centemente, uma nova zona industrial. É de realçar o baixo preço dos terrenos e o facto de as infraestruturas já estarem-criadas e devidamente equipadas. No caso da venda direta, o preço do me-tro quadrado é bastante reduzido e atra-tivo, variando de acordo com diversos critérios, nomeadamente os postos de trabalho que a empresa vá criar. Outro dos incentivos que é assegurado pela Câmara Municipal de Sátão é a isenção de derrama às empresas que aqui se instalem. Na opinião de Alexandre Vaz, a não execução das obras que outrora fo-ram prometidas em relação à EN 229 são um fator negativo e que repele po-tenciais empresários. Num censo calcu-lado pelas Infraestruturas de Portugal, passam cerca de nove mil viaturas nesta via e seria, segundo o presidente, uma forma importante de fixar mais empresá-rios no concelho de Sátão.

Uma rede eficiente e completa

As coberturas das redes de água e sa-neamento, no concelho de Sátão, estão, respetivamente, bastante perto dos 98% e 96%, segundo o presidente Ale-xandre Vaz. Existe apenas uma aldeia que, de momento, não tem cobertura a nível de saneamento mas, ainda assim, as obras de instalação da rede de sa-neamento na aldeia começarão no mês de maio. Desta forma, o presidente pre-vê que as coberturas, dentro de algum tempo, atinjam valores ainda mais pró-ximos dos 100%. É de salientar que, em 2005, quando o atual executivo assu-miu funções, as coberturas rondavam valores perto dos 50%, ficando, desta forma, visível todo o trabalho executado nos últimos três mandatos por parte do executivo camarário. A renovação das Estações de Tratamento de Águas

Resi-duais (ETAR) sediadas no concelho foi outro dos projetos executados por Ale-xandre Vaz, com o apoio dos quadros comunitários.

Onde o turismo e a cultura vivem intensamente

A Casa da Cultura de Sátão é, aos olhos de Alexandre Vaz, uma das mais impor-tantes obras alguma vez feitas no conce-lho. Estas instalações são a casa da maior parte dos eventos que acontecem na região, existindo uma sala exclusiva para exposições, um posto de turismo que apoia e informa os visitantes sobre o que visitar e conhecer, um salão de reu-niões e conferências onde são recebidas pessoas e discutidos os temas mais pre-ponderantes. Este espaço é, como tantos outros, uma recuperação de uma antiga escola que estava situada bem no centro da vila de Sátão. “Esta obra veio dar uma

alma nova à própria vila, veio reanimar o setor da cultura”, sublinha o autarca. Relativamente ao setor do turismo, Sá-tão é distinguido como a “Capital do Mís-caro”. A Feira do Míscaro, evento alavan-cado pela autarquia, promove não só os restaurantes da região, mas também to-da a economia local. A gastronomia é também um dos fatores pelos quais vale a pena visitar Sátão. Os míscaros e a ca-taplana de carne, juntamente com os doces típicos, são o ex-libris da região. A praia fluvial do Trabulo foi aberta no ano transato e, para o presidente, exce-deu qualquer expectativa que pudesse ter sido criada. “Fiquei bastante impres-sionado, houve dias em que tivemos ali mais de mil pessoas. Está muito bem desenhada e equipada, para pais e fi-lhos, é uma excelente opção para turis-mo no interior do país. Foi uma excelen-te aposta”, salienta o edil.

Outra área extremamente importante é a vertente religiosa do turismo, sendo que o concelho conta com inúmeras igrejas e capelas. O presidente destaca a Capela da Nossa Senhora da Esperança, um dos ícones na região e em Portugal no que respeita ao estilo barroco. O Convento da Fraga e o Senhor dos Caminhos são ou-tros dos principais lugares a visitar.

Mensagem

para os satenses

Alexandre Vaz demonstra uma gratidão enorme para com os munícipes. “Quero agradecer imenso o voto de confiança que a população de Sátão me deu nestes três mandatos”. Numa sondagem que calculou a opinião dos satenses relativamente ao presidente da câmara, 86% da população revelou-se bastante satisfeita com a presidência de Alexandre Vaz. Apesar de não existirem mandatos totalmente perfeitos, o autarca refere que tentou ao máximo lutar pelos superiores interesses dos munícipes de Sátão e contribuir para que o concelho crescesse e melhorasse a cada mandato. “Para mim foi um orgulho ser presidente de Sátão”, refere. O percurso de Alexandre Vaz resultou em várias melhorias para o concelho de Sátão e toda a gestão feita pelo presidente do município é uma referência a nível nacional.

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► À semelhança de muitas outras terras portuguesas, Ponte da Barca tem origens remotas. Situa-se no coração do Alto Mi-nho e deve o seu topónimo à "barca" que fazia a ligação entre as duas margens do rio Lima. Aqui passavam maioritariamente os peregrinos a caminho de Santiago de Compostela, pois a ponte apenas foi cons-truída em meados do século XIV. Ponte da

Barca pertence ao distrito de Viana do Castelo, e o reconhecimento do seu valor do património natural do concelho de Pon-te da Barca não se cinge apenas à exube-rância da vida selvagem na área do Par-que Nacional da Peneda-Gerês. Ponte da Barca é muito mais que rios e ribeiros, al-bufeiras, praias fluviais, quedas de água e paisagens da Serra Amarela. Ponte da Barca é muito mais que a possibilidade de contacto direto com a natureza. O seu pa-trimónio monumental assume-se também de elevada importância. De casas senho-riais, ao Castelo e os Espigueiros do Lindo-so, à Igreja Matriz, ao Pelourinho, ao Mer-cado Pombalino, aos Mosteiros de Bra-vães, Crasto e Vila Nova de Muía, muitos são os elementos do património edificado existente no concelho.

Quem nos últimos anos contribuiu em grande escala para a melhoria do conce-lho de Ponte da Barca foi António Vassalo Abreu, o autarca que está a terminar

ago-MUNICÍPIO DE PONTE DA BARCA

ra o seu terceiro mandato à frente da câ-mara municipal.

Foram três mandatos de sucesso, onde o primeiro esteve marcado pela criação dos alicerces para dotar o município de uma excelente cobertura em domínios como a ação social e a educação; o se-gundo mandato assentou num plano estratégico para consolidar a aposta no turismo; os últimos quatro anos passa-ram por uma consolidação do trabalho efetuado.

Três mandatos,

um trabalho positivo

“Cheguei à presidência da Câmara Muni-cipal de Ponte da Barca há 12 anos, mas já sabia em que ponto se encontrava o Município, pois nos quatro anos anterio-res eu era vereador da oposição. Fui che-fe de Finanças durante vários anos até que surgiu a possibilidade de ser candi-dato ao Município de Ponte de Barca. Du-rante esses quatro anos fizemos uma boa e séria oposição. Cheguei à

presidên-Está a terminar o trabalho de António Vassalo Abreu à frente do

Município de Ponte da Barca. Foram 12 anos ao serviço da

população e do concelho com resultados visíveis, mas ainda assim

o autarca assume que haveria sempre mais a fazer. Pode-se

orgulhar por ter conferido a Ponte de Barca uma nova dinâmica.

Desde as áreas da educação e ação social, à aposta num plano

estratégico para consolidar o reforço do turismo, os seus três

mandatos consolidaram todos os setores de atuação.

Mostrar Ponte da Barca

ao Mundo

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cia em 2005 e a crise chegou ao nosso país em 2008. Durante quatro anos tive-mos um Governo com uma postura nega-tiva para com as autarquias locais, mas de qualquer forma realizei um trabalho que se vê e que me deixa orgulhoso. Apostamos forte na promoção do Parque Nacional da Peneda-Gerês, classificado como Reserva Mundial da Biosfera pela Unesco e atualmente estamos na linha da frente em vários setores.

Houve um grande trabalho na ação social e na educação, apoiando as instituições particulares de solidariedade social, es-tando agora muito bem equipados em ter-mos de creches, centros de dia, lares. Ao nível da educação, construímos exce-lentes centros escolares. Aproveitamos a nossa excelente localização geográfica, a menos de uma hora do Porto e de Vigo e apostámos muito forte no turismo, sendo hoje Ponte da Barca um destino turístico de excelência. Nos últimos dois anos fo-ram licenciadas 63 casas de turismo de habitação e turismo rural, foram inaugura-dos dois hotéis de quatro estrelas e foi ain-da reabilitado um hotel de duas estrelas. Podemo-nos orgulhar ainda de termos si-do os primeiros a ter uma Loja si-do

Cida-dão de segunda geração, desde 2010, e a primeira Loja Interativa de Turismo. Te-mos fibra ótica praticamente em todo o concelho e mais de 60% da população tem gás natural. Ao nível das acessibili-dades procuramos fazer um trabalho que ainda não está concluído. Estamos a re-por uma estrada cuja obra custa, na se-gunda fase, um milhão e 600 mil euros que está a ser executada sem fundos co-munitários. Fizemos um parque empre-sarial que está em fase de conclusão que custa praticamente um milhão de euros sem fundos comunitários. Temos uma bi-blioteca, de nível quatro, considerada uma das melhores do país. Executamos a recuperação da antiga escola primária adaptando-a a Casa da Cultura. Nela te-mos um auditório e funcionam a escola de ballet e a escola de música do municí-pio. Entre outras obras emblemáticas foi

construído um novo quartel da GNR, re-cuperamos o Castelo do Lindoso, nele in-tegrando o Polo Interpretativo do Patri-mónio, fizemos uma aposta forte na his-tória de Ponte da Barca e um trabalho que satisfez a população”, afirma.

Uma opinião muito própria

Quando hoje se fala na questão da des-centralização de competências, Vassalo Abreu lembra que já em 2001 se pronun-ciou sobre este assunto, designadamen-te na extinção da Sisa, hoje IMT e na ges-tão e cobrança dos impostos municipais pelas autarquias. “Foi num trabalho que apresentei quando concorri a Técnico de Administração Tributária Principal, e que hoje mantém atualidade.

Ao longo destes anos fiz algumas apre-sentações, já enquanto autarca. A des-centralização pode e deve acontecer,

mas, pessoalmente, entendo que antes devia haver uma regionalização. Digo muitas vezes, meio a sério meio a brincar que é muito mais longe de Lisboa a Ponte da Barca do que de Ponte da Barca a Lis-boa e que a gestão não pode nem deve ser feita por quem não conhece o país real. Mas também alerto e digo. Descen-tralizar sim, mas com transferência das competências e das verbas necessárias para a gestão. A aposta na política de proximidade é a melhor e porque acredi-tamos nisso nós fomos um dos primeiros municípios a assinar o contrato e transfe-rência do pessoal das escolas para a câ-mara municipal”, assume.

Boas infraestruturas básicas

“Quando cheguei à Câmara Municipal de Ponte da Barca, em 2005, não havia sa-neamento básico na zona histórica da vi-la. Neste momento, ainda não temos o concelho totalmente coberto, mas prati-camente temos mais de 80% de cobertu-ra”, revela o autarca.

Promover e preservar a cultura popular

“Ponte da Barca é uma terra «com Cor, com Sabor e com Tradição». Somos a ca-pital das rusgas populares. Temos a ro-maria do São Bartolomeu, que é uma das mais genuínas do Alto Minho. É famosa a FICHA TÉCNICA Propriedade, Edição, Administração e Autor: Páginautêntica – Publicações, Lda Administração, Redação e Departamento Gráfico: Rua Barros Lima, 754, 2º andar - 4300-061 Porto, Tel. 225 360 898

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noite de 23 para 24 de Agosto, onde mi-lhares de concertinas, até ao romper do dia, percorrem as ruas da vila. O concelho tem 25 freguesias, quase todas com as-sociações culturais e recreativas. Há no concelho 15 ranchos folclóricos. O próprio agrupamento de escolas tem um. Temos um movimento direcionado para o teatro, temos a escola de música, a esco-la de ballet, uma das melhores bibliote-cas do país e apoiamos ao longo do ano todas as associações. Temos uma das melhores e maiores feiras do livro do

Nor-te de Portugal, em que trazemos cá gran-des autores. Já vamos para o décimo fes-tival de música folk e o que procuramos fazer é preservar as tradições”, sublinha António Vassalo Abreu.

Procuramos envolver toda a população na discussão dos mais variados temas. Ao longo dos anos temos vindo a promo-ver essa discussão através de encontros com especialistas a que chamamos “Às Quintas na Barca”.

Ainda recentemente organizamos um en-contro onde falamos precisamente da

descentralização e dos territórios da baixa densidade com a presença do Secretário de Estado Adjunto do Ambiente, professor José Mendes, o professor Rio Fernandes, uma professora geógrafa e um professor da Universidade de Santiago de Compos-tela e tivemos um outro com a presença, entre outros especialistas do professor doutor José Pinto da Costa , que vai ter co-mo tema “Perspetivas sobre a violência”.

Potenciar o turismo

Ponte da Barca já se assumiu como um destino turístico de excelência. Prova disso é que no ano 2016 verificou-se um crescimento de visitantes na ordem dos 22%. Como afirma o autarca, Ponte da Barca é uma terra onde há cor, sabor e tradição, não faltando motivos para ser escolha dos turistas. “Ao nível de atra-ção para turistas temos condições de alojamento de excelência, desde hotéis a casas de turismo rural. Para além dos que são organizados também por em-presas, o Município tem um programa que designou de “ 12 meses 12 trilhos”. Temos ainda a Rota do Românico, com visitas aos três mosteiros Românicos do concelho, a Igreja de Bravães, o Mostei-ro de Crasto e o mosteiMostei-ro de Vila Nova do Moinho. Na zona Norte somos uma das áreas com maior arte rupestre na Serra Amarela, freguesias de Britelo e Lindoso. Na Ermida existe o Núcleo Mu-seológico da Ermida. Também o despor-to não é esquecido.

Para quem gosta de campismo, temos aquele que por vários jornais estrangei-ros especializados foi considerado o me-lhor parque em Portugal e um dos

qua-tro melhores da Europa. Trata-se do Li-ma Escap, na entrada do Parque Nacio-nal da Peneda-Gerês. Sabemos também que toda a gastronomia do Alto Minho é famosa e, por isso, a câmara municipal organiza seis fins de semana por ano: para lampreia, cozido à portuguesa, na-co à terras da Nóbrega, sarrabulho, pos-ta barrosã e cabrito à Serra Amarela. Te-mos mantido a tradição, por exemplo, através da festa das vindimas”.

Dever cumprido

Foram 12 anos ao serviço da população de Ponte de Barca com resultados visí-veis mas, ainda assim, António Vassalo Abreu assume que haveria sempre mais a fazer. “Daquilo que me propus fazer não consegui a melhoria da ligação a Braga, somos um dos poucos concelhos do Norte que não tem energia eólica, fal-ta como disse concluir o saneamento, e penso que se podia ter atraído mais in-vestimento ao nível da indústria. Foi o que ficou por fazer. Criámos condições, e Ponte de Barca ganhou uma nova dinâ-mica”, conclui o autarca.

De Ponte da Barca para o Mundo

De Ponte da Barca são os irmãos poetas Diogo Bernardes e Frei Agostinho da Cruz e ainda Fernão de Magalhães.

“Nascera à volta de 1480, na província de Entre Douro e Minho, crê-se com razões de acerto que em Ponte da Barca". (Joaquim Veríssimo Serrão, in "História de Portugal 1495-1580", volume III). Hoje, todas as dúvidas sobre a naturalidade de Fernão de Magalhães estão dissipadas e para além de Veríssimo Serrão, historiadores como o Cónego Avelino de Jesus Costa (outro ilustre barquense) e ainda recentemente o professor doutor Amândio Barros em livro publicado, o confirmam. Fernão de Magalhães, um dos mais ilustres navegadores portugueses, comandou, ao serviço do Rei de Espanha, a expedição que concluiu a primeira viagem de circum-navegação ao globo, nasceu por volta de 1480 tendo falecido em 1521 em Mactan nas Filipinas no decurso da expedição. Nascido da nobre linhagem dos Magalhães das Terras da Nóbrega (Ponte da Barca), foi Pajem da Rainha Dona Leonor. Em 1505 embarca para o Oriente na Armada de Dom Francisco de Almeida lá permanecendo até 1513. Vive durante este período em Goa, Cochim e Quiloa tendo participado em diversas expedições e incursões militares naquela parte do mundo. Após o seu regresso a Portugal voluntaria-se para a expedição que empreende a conquista de Azamor em Marrocos. Em 1517 e após um regresso conturbado à pátria em resultado de acusações que se revelaram infundadas, Magalhães decide abandonar Portugal e fixar-se em Espanha.

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► No distrito de Leiria, Ansião assume um nobre papel por se afirmar pelo seu cons-tante desenvolvimento económico e por se revelar ainda como um importante mo-tor para a geração de negócios. Não só o setor ligado à terra como também as pró-prias indústrias e o turismo têm-se eviden-ciado como pilares fundamentais na cons-tante propagação da “Marca Ansião”. Rui Novo e Rocha, no início do seu primei-ro mandato, em 2009, desafiou as gen-tes do concelho para a contínua constru-ção da sua marca. “A minha pretensão, no início deste trabalho autárquico, foi criar a 'Marca Ansião', algo que nem toda

a gente conseguia compreender. Queria para o município uma marca territorial e não a marca de um produto singular que nos fosse associado. Claro está que o ca-minho que nos levava à afirmação dessa marca teria de ser feito por todos os inter-venientes, desde as pessoas, institui-ções, empresas e a própria autarquia de Ansião. Hoje não resta qualquer dúvida de que esse caminho foi bem percorrido e considero que a 'Marca Ansião' está bem representada. As gentes de Ansião sentem orgulho em proclamar que são de cá e esse é um grande motivo de satisfa-ção para todos nós que lutamos por essa afirmação”, começa o presidente. Os últimos dois mandatos na autarquia de Ansião resultaram numa linha de continui-dade, uma vez que o atual presidente da câmara já se encontrava em funções liga-das ao Poder Local, fazendo parte dos an-teriores executivos. “Sentimo-nos pratica-mente obrigados a direcionar a nossa es-tratégia no sentido de uma grande recupe-ração financeira. A câmara municipal atra-vessava alguns problemas económicos e apresentava uma dívida de investimento

em várias áreas. O início do primeiro qua-driénio revelou-se como o momento de re-solver esse problema e direcionámos, por-tanto, muito do nosso foco para a questão financeira e para o controlo e diminuição da despesa corrente”. Foram sinalizados três vetores que, da parte do atual execu-tivo, mereceram uma atenção acrescida, sendo eles o setor da educação, o setor económico e a área da ação social.

Investimento na ação social é prioritário

A área da educação foi um dos principais alvos de investimento. Numa primeira instância, foram desenvolvidos espaços físicos que pretendiam proporcionar me-lhores condições do ponto de vista edu-cativo. “Hoje em dia, dispomos de uma sala para cada ano de escolaridade, qua-dros interativos, bibliotecas em todas as

Ansião é uma vila portuguesa do distrito de Leiria que se instala

na região do Pinhal Interior Norte. O setor secundário é aquele que

está mais patente na atividade económica do concelho, com

diversas empresas instaladas e que obedecem a indústrias

relacionadas com a cerâmica, componentes para a indústria têxtil,

alumínios, embalagens, lanifícios e argilas expandidas. Também o

turismo tem vindo, nos últimos anos, a revelar uma cada vez maior

expressão dada a riqueza natural de todo o concelho e a crescente

oferta ao nível de dormidas e atividades destinadas a visitantes

portugueses e estrangeiros. A agricultura e a plantação de certas

culturas, como o milho e o centeio, são ainda atividades

complementares que persistem, ao longo dos tempos, como um

motor da economia de Ansião. Nos últimos oito anos, Rui Novo e

Rocha, de 48 anos, foi quem conduziu o leme da autarquia com

uma missão assente em trabalhos em prol da educação, da ação

social e da própria economia do concelho. Grande esforço foi

também direcionado para a promoção da “Marca Ansião”, que

pretende ser sinónimo de qualidade de vida.

UM CONCELHO

DINAMIZADO POR TODOS

MUNICÍPIO DE ANSIÃO

Rui Novo e Rocha

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escolas, entre outras diretrizes que perfi-zeram um importante passo nesta ver-tente. No primeiro mandato, levamos a cabo a construção dos centros escolares e temos, neste momento, apenas peque-nas intervenções nesse sentido.

No respeitante ao trabalho desenvolvido em prol da terceira idade, Rui Novo e Ro-cha considera que o concelho usufrui de uma grande vantagem ao ter à disposi-ção da comunidade uma vasta rede de Instituições Particulares de Solidarieda-de Social (IPSS). “Aquilo que temos feito é um trabalho de concertação. Promove-mos o envelhecimento ativo e tePromove-mos uma rede que garante essa matéria, em parceria com as instituições instaladas no concelho. Temos pessoas singulares e famílias que estão sinalizadas e rece-bem o nosso apoio, há algumas que per-manecem nas suas casas e são os nos-sos serviços que vão ao seu encontro. Construímos o nosso caminho no âmbi-to social e temos uma equipa técnica composta por uma psicóloga e uma as-sistente social que monitorizam todas as situações passíveis de acompanha-mento”. Com os idosos, são levadas a cabo várias atividades como é o caso do Passeio dos Avós ou a iniciativa 'Conta--me Como Era', onde os mais velhos são convidados a partilhar histórias e me-mórias do passado.

Relativamente à matéria da solidarieda-de social, “já antecipávamos, solidarieda-de facto, que iríamos ter alguns problemas econó-micos que iriam retratar-se na vida das pessoas”. O autarca lamenta a falta de

ação do Poder Central e ainda a carência de uma resposta à medida das verdadei-ras necessidades das comunidades. “Entendemos que, mesmo não sendo uma competência do Município, era o momento de dar um apoio concreto aos mais desfavorecidos. Lançámos a aber-tura de uma loja solidária, bancos de vo-luntariado e um conjunto de ações ao ní-vel social tendo como objetivo o apoio a crianças, jovens e famílias”, ressalva Rui Novo e Rocha.

Fixação de empresas

e desenvolvimento da economia

“A questão económica tem vindo a ser uma das nossas principais preocupações e, na minha opinião, constitui um desafio que nunca está terminado”, ressalva o edil. “Aquilo que podemos e temos feito é, ao nível da nossa ação, estimular e captar investimento para que se criem postos de trabalho. Fizemos uma cons-tante aposta no nosso parque empresa-rial e efetivamos a sua ampliação.

Te-mos, neste momento, uma candidatura proposta para um novo aumento e conse-guimos, dessa forma, contar com cerca de 50 empresas, 500 postos de trabalho e, provavelmente, estamos num nível de negócios superior aos 70 milhões de eu-ros por ano. Queremos contrariar aquela que é a tendência para a diminuição de população nestas zonas do país, sabe-mos que o saldo natural é deficitário e, como tal, queremos captar famílias e ter condições para que tenham cá um posto de trabalho”.

No que concerne aos apoios para a fixa-ção de empresas, esses são de diversas ordens, desde os apoios com a cedência de lotes, a redução de taxas urbanísticas e muitas outras medidas favoráveis. Para além disso, é inegável a localização privi-legiada do parque empresarial de Ansião, junto ao IC8 e num claro benefício prove-niente da abertura da A13. Rui Novo e Rocha acrescenta ainda que a grande ambição do Município não assenta em “contar com unidades empresariais com grande número de trabalhadores mas sim que estas estejam consolidadas, de forma a poderem crescer e desenvolver novas oportunidades”.

A gestão moderna do concelho de Ansião

Ao longo dos últimos anos, obras de rege-neração urbana em Ansião transforma-ram a própria vila e conferitransforma-ram-lhe um as-peto moderno e urbano. Permitiram ain-da a reestruturação ain-das estruturas bási-cas do concelho e o seu parque verde, presente em qualquer cartão de visita. O autarca não hesita ao fazer referência ao facto de que o Município de Ansião é daqueles que, a nível nacional, tem um maior volume de investimento submeti-do. “Percebemos que, primeiro, devía-mos fazer o trabalho que tinha de ser fei-to. Percebendo também que havia um atraso na chegada dos apoios comunitá-rios e o que fizemos foi preparar o neces-sário. Nós últimos anos, levamos a cabo

Parque Verde do Nabão

Parque Empresarial do Camporês

“FIZEMOS UMA CONSTANTE APOSTA NO NOSSO

PARQUE EMPRESARIAL E EFETIVAMOS A SUA

AMPLIAÇÃO. TEMOS, NESTE MOMENTO, UMA

CANDIDATURA PROPOSTA PARA UM NOVO

AUMENTO E CONSEGUIMOS, DESSA FORMA,

CONTAR COM CERCA DE 50 EMPRESAS"

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todos os projetos e investimos muito na requalificação urbana e na eficiência energética. Podemos não iniciar algumas obras e projetos, mas vamos garantir que exista o financiamento para a execução futura dos mesmos.

O presidente da câmara orgulha-se por ser possível transmitir um legado onde impera uma maior disponibilidade financeira, livre de compromissos advindos de emprésti-mos. “Estamos agora autónomos financei-ramente para fazer face aos projetos que possam surgir no futuro sendo que, no iní-cio do primeiro mandato, em 2009, detetá-mos uma dívida na ordem dos 19 milhões de euros e que, ao longo destes oito anos, foi imensamente recuperada pelo que es-tamos, neste momento, nos seis milhões e meio de euros de dívida”.

Promoção turística e cultural do concelho e do Interior

As verbas para o apoio à dinamização da cultura nos concelhos revelam-se escas-sas e é nesse sentido que grande parte deste apoio advém da ação municipal. “Temos cerca de 50 associações de vá-rias naturezas que temos vindo a apoiar e aproveitamos esta rede de associativis-mo, incrementando a qualidade e, assim,

proporcionamos uma oferta cultural e tu-rística diversificada”. Rui Novo e Rocha enfatiza ainda o facto de Ansião ser moti-vo de descoberta por parte de visitantes oriundos de outras zonas do país e tam-bém do estrangeiro, “dada a beleza natu-ral do município. Há muita gente que gos-ta de cá vir para desfrugos-tar dos espaços de natureza e do ambiente puro que aqui temos. A esse nível, procedemos a uma interessante conversão de três escolas primárias em alojamentos low-cost, em locais excelentes e inseridos na natureza, projetos esses desenvolvidos pela autar-quia. Temos também dois marcos que as-sinalam a cultura do nosso país, como é o caso dos Caminhos de Fátima e dos Ca-minhos de Santiago, com passagem no nosso concelho. Desde o meu primeiro mandato, dispomos de um posto de apoio a peregrinos com vários serviços médicos e de assistência”.

Uma outra meta para a valorização de An-sião e do Interior do país passava

tam-bém pela promoção de alguns produtos endógenos, como é o caso do vinho, mel, queijo e azeite bem como alguns eventos que são relevantes e contribuem para a visibilidade do município além-fronteiras. “Queremos, sobretudo, 'vender' qualida-de qualida-de vida. Não só qualidaqualida-de qualida-de vida no que respeita às caraterísticas ambientais do nosso território mas também qualida-de qualida-de vida no sentido em que qualida- desenvolve-mos uma estratégia de consolidação de uma região no que concerne ao desporto, à cultura, à educação e ao próprio patri-mónio. Temos um conjunto de eventos atrativos para que as pessoas nos pos-sam visitar, temos modernidade e espa-ços de lazer. Tudo isso conjugado com uma matéria muito importante, a meu ver, muito trabalho, investimento, empe-nho e determinação. Só assim foi possível levar a cabo esta grande consolidação que hoje sentimos em Ansião e podemos afirmar, agora, que somos dos Municípios em Portugal que mais executam”.

Mensagem do presidente aos munícipes

“A mensagem que deixo aos munícipes de Ansião é uma mensagem de agradecimento por aquilo que têm feito pelo nosso concelho. Ao longo dos dois últimos mandatos, foi esta diretriz que quis passar enquanto presidente da autarquia. É certo que o Município tem uma parte bastante significativa de responsabilidade e deve cumpri-la bem. No entanto, considero que se engana aquele que achar que o futuro do território está única e exclusivamente nas mão do presidente da câmara e da autarquia. Aquilo que, em Ansião, foi um dos meus desígnios e que considero ter conseguido cumprir foi motivar as nossas gentes para que percebam que todos somos necessários. Não existe desenvolvimento só por parte da câmara municipal ou das empresas e torna-se urgente um bom ambiente, de partilha e parceria, entre todos aqueles que interagem no concelho. Sinto-me de consciência tranquila no que respeita ao meu desempenho enquanto presidente da câmara mas tenho também a plena noção e reconheço o empenho e trabalho de todos aqueles que, tal como eu, escolheram Ansião para viver. Resta agradecer esse empenho e a vontade de fazer mais e melhor, reconhecendo que o papel desempenhado por todos foi determinante para hoje ser possível sentirmos que vivemos num concelho moderno, com um futuro consolidado e elevada qualidade de vida. Não duvido de que, no futuro, Ansião continuará a ser altamente competitivo, sempre com a ambição de querer fazer mais e melhor por todos nós”.

Rui Novo e Rocha

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► Situado no distrito de Beja, a Vidiguei-ra é um concelho alentejano conhecido e reconhecido sobretudo pelos seus vi-nhos, de alta qualidade, um dos maiores pontos de atração da região. Com uma área de aproximadamente 316 quilóme-tros quadrados, Vidigeuira é uma das vi-las históricas de Portugal onde se pode ainda hoje encontrar vestígios da presen-ça romana, mais concretamente em São

Cucufate. Atualmente, o concelho da Vidi-gueira mantém a tradição da vinicultura, sendo mesmo um alicerce fundamental do último executivo camarário para o de-senvolvimento do concelho. Manuel Nar-ra, de 53 anos, preside a Câmara Munici-pal da Vidigueira há 12 anos, encerra em outubro de 2017 o seu ciclo como autar-ca, face ao limite de três mandatos im-posto pelo Governo. Fazendo um exercí-cio de retrospetiva, e relembrando as condições que encontrou aquando da sua eleição em 2005, o edil elogia os seus antecessores. “Felizmente, tem sido uma autarquia que ao longo de 43 anos

de democracia, nunca teve muitas com-plicações financeiras. Os meus anteces-sores tiveram cuidado e não cometeram grandes loucuras”, elogia Manuel Narra. O autarca da Coligação Democrática Uni-tária manteve a cautela e o bom senso durante a sua gestão do Município, con-seguindo diminuir a dívida que estava na ordem dos cinco milhões de euros para, aproximadamente, dois milhões de euros.

“Pioneiros

nos manuais gratuitos”

O executivo camarário de Manuel Narra apostou numa política de investimento

social, de forma a garantir as melhores condições às pessoas que optam por ficar e viver na Vidigueira. O investimento so-cial refletiu-se com forte peso no setor da educação que, nas palavras do autarca “é um dos nossos pilares essenciais”. Ainda no primeiro mandato, as escolas do pri-meiro ciclo do concelho foram todas reno-vadas e foi ainda construída uma nova es-cola básica integrada, uma aspiração com mais de 20 anos. Ainda nesta verten-te, um dos maiores registos do trabalho executado está patente na oferta de ma-nuais escolares. “Fomos pioneiros no lan-çamento de manuais gratuitos no primei-ro ciclo. O Governo implementou esse apoio recentemente, nós fazemos isso há dez anos. E esse ciclo já está fechado, agora apostamos na oferta dos manuais escolares do primeiro até ao 12º ano. Estamos a falar de cerca de 600 alunos”, assume Manuel Narra.

Eleito pela primeira vez em

2005, Manuel Narra encerra

este ano o seu percurso como

presidente da Câmara

Municipal da Vidigueira, depois

de 12 anos de luta pelos

direitos dos seus munícipes e

da sua região. Mantendo

durante três mandatos uma

situação financeira saudável, o

Município procurou investir no

concelho sempre de forma

responsável, com grande

preocupação social.

Estabeleceu como objetivo

oferecer melhor qualidade de

vida aos seus cidadãos e,

sobretudo, impedir o processo

de desertificação, facto

preocupante que se tem

registado nas regiões do

interior do país.

Doze anos a remar

contra a maré

MUNICÍPIO DA VIDIGUEIRA

Manuel Narra

“FOMOS PIONEIROS NO LANÇAMENTO DE MANUAIS

GRATUITOS NO PRIMEIRO CICLO. O GOVERNO

IMPLEMENTOU ESSE APOIO RECENTEMENTE,

NÓS FAZEMOS ISSO HÁ DEZ ANOS”

Referências

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