O Reestudo das Assertivas que Kardec usou para compor o ESE.
Vigésima primeira assertiva: Mateus, 5;31
&32- *329
(*) Os asteriscos indicam que tais versículos têm relação com o assunto tratado pelo Autor, se bem que não citados na obra.
31
Também foi dito: Quem repudiar sua mulher, dê-lhe carta de
divórcio.
32
Eu, porém, vos digo que todo aquele que repudia sua mulher, a
não ser por causa de infidelidade, a faz adúltera; e quem casar com a
repudiada, comete adultério.
Evangelho Segundo o Espiritismo.
Pág. *329.
329
CAPÍTULO XXII
NÃO SEPAREIS O QUE DEUS JUNTOU
Indissolubilidade do casamento.
- Divórcio.
Indissolubilidade do casamento
1. Também os fariseus vieram ter com ele para o tentarem e lhe disseram:
Será permitido a um homem despedir sua mulher, por qualquer motivo?
Ele respondeu:
Não lestes que aquele que criou o homem desde o princípio os criou macho e fêmea
e disse:
- Por esta razão, o homem deixará seu pai e sua mãe e se ligará à sua mulher e não
farão os dois senão uma só carne?
- Assim, já não serão duas, mas uma só carne.
Não separe, pois, o homem o que Deus juntou.
Mas, por que então, retrucaram eles, ordenava Moisés que o marido desse à sua
mulher um escrito de separação e a despedisse?
- Jesus respondeu:
Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés permitiu despedísseis vossas
mulheres; mas, no começo, não foi assim.
- Por isso eu vos declaro que aquele que despede sua mulher, a não ser em caso de
adultério, e desposa outra, comete adultério; e que aquele que desposa a mulher
que outro despediu também comete adultério.
(S. MATEUS, cap.XIX, vv. 3 a 9.)
2. Imutável só há o que vem de Deus.
Tudo o que é obra dos homens está sujeito a mudanças.
As leis da Natureza são as mesmas em todos os tempos e em todos os países.
As leis humanas mudam segundo os tempos, os lugares e o progresso da inteligência.
No casamento, o que é de ordem divina é a união dos sexos, para que se opere a
substituição dos seres que morrem; mas, as condições que regulam essa união são de tal
modo humanas que não há, no inundo inteiro, nem mesmo na cristandade, dois países
onde elas sejam absolutamente idênticas, e nenhum onde não haja, com o tempo,
Daí resulta que, em face da lei civil, o que é legítimo num país e em dada época, é
adultério noutro país e noutra época, isso pela razão de que a lei civil tem por fim
regular os interesses das famílias, interesses que variam segundo os costumes e as
necessidades locais.
Assim é, por exemplo, que, em certos países, o casamento religioso é o único legítimo;
Noutros é necessário, além desse, o casamento civil;
Noutros, finalmente, este último casamento basta.
Mas, na união dos sexos, a par da lei divina material, comum a todos os seres vivos, há
outra lei divina, imutável como todas as leis de Deus, exclusivamente moral:
A lei de amor.
Quis Deus que os seres se unissem não só pelos laços da carne, mas também pelos da
alma, a fim de que a afeição mútua dos esposos se lhes transmitisse aos filhos e que
fossem dois, e não um somente, a amá-los, a cuidar deles e a fazê-los progredir.
Nas condições ordinárias do casamento, a lei de amor é tida em consideração?
De modo nenhum.
Não se leva em conta a afeição de dois seres que por sentimentos recíprocos, se atraem
um para o outro, visto que, as mais das vezes, essa afeição é rompida.
O de que se cogita, não é da satisfação do coração e sim da do orgulho, da vaidade,
da cupidez, numa palavra: de todos os interesses materiais.
Quando tudo vai pelo melhor consoante esses interesses, diz-se que o casamento é de
conveniência e, quando as bolsas estão bem aquinhoadas, diz-se que os esposos
igualmente o são e muito felizes hão de ser.
Nem a lei civil, porém, nem os compromissos que ela faz se contraiam podem suprir a
lei do amor, se esta não preside à união, resultando, frequentemente, separarem-se por
si mesmos os que à força se uniram; torna-se um perjúrio, se pronunciado como
fórmula banal, o juramento feito ao pé do altar.
Daí as uniões infelizes, que acabam tornando-se criminosas, dupla desgraça que se
evitaria se, ao estabelecerem-se as condições do matrimônio, se não abstraísse da única
que o sanciona aos olhos de Deus: a lei de amor.
Ao dizer Deus:
"Não sereis senão uma só carne",
E quando Jesus disse:
"Não separeis o que Deus uniu",
Essa palavra se deve entender com referência à união segundo a lei imutável de Deus e
não segundo a lei mutável dos homens.
Filhodobino reflete:
Esta bendita doutrina Espírita, tem todas as ferramentas
argumentativas, que enunciam e disciplinam o pensamento das individualidades, no caminho evolutivo de suas individuações no contesto sócio-familiar, sociocultural, sem alguém perder o foco, na fé que anima seu coração, e produzir perfeita compreensão para minorar tantas rusgas, desavenças, ódios, e permissão de expressões abusivas da dificílima relação humana, na carne.
Tanto quanto a ciência, em citação especial, a psicologia psico-cognitiva e as variáveis dos comportamentos nas suas comprovações e teses, bem como nas suas imprevisíveis expressões, quanto o Espiritismo bem sentido e bem compreendido, exaltando a individualidade criadora do filho de Deus, quanto a compreensão da sua evolução naturalmente assistida, o encaminhando amorosamente rumo à sua individuação produzem filhos de Deus em aperfeiçoamento de seus psiquismos e envida motivos razoáveis e indiscutíveis, ao bom relacionamento na vida familiar, urdindo e tecendo aprendizados que somente às duras penas até então foram sendo sedimentados pela espécie humana. O respeito pelas individualidades é o argumento da razão para justificar com lógica e praticidade, pelo argumento de que é melhor fazer o que temos que fazer evitando a dor, garante que indivíduos totalmente diferentes consigam convivência pacífica e harmoniosa, no evolver da impermanência da vida nos conduzindo naturalmente
assistidos, resume de forma amorosa, qual o primor do amor de Deus em cada um de nós, já alojado nos nossos corações, pela ação da criação da Luz do primeiro dia da criação, e inexoravelmente nos proporcionará uma nova era na regeneração com um nível maior de compreensão pelos diferentes e pelas diferenças, fundamentais para nossa evolução como seres aprimorados no amor e pelo amor.
Somente o amor (aquele amor que está assentado em cada um de nós aguardando que a fuligem da ignorância, do instinto, e da crueldade) seja espanado pelas nossas ações em prol um do outro constitui de per-si a lógica tão parafraseada e tão pouco entendida que diz:
“O que Deus uniu ninguém é capaz de separar”. E Deus une unicamente pelo amor...
Louvado seja o nosso Senhor Jesus o Cristo de Deus, que nos guia nos exemplos do amor incondicional e individuador, pela abnegação de nós mesmos em favor do nosso próximo sempre bastante próximo de nós mesmos.
A magia que naturalmente nos conduz à evolução via fomentos denominados:...
A inocência e a Paixão...
Todos nós humanos, tacitamente percebemos, conhecemos, sentimo-nos nelas envolvidos, mas sempre há quem delas abuse e as use para serem
artífices de dores e espinhosas experiências, no produzir do sofrer para aprender... O que se pode fazer?
Enquanto ainda restar um fio de ignorância entre nós, ainda veremos muitas manchetes enunciadoras de fraticidos empenhos e outrens que utilizam como meios de marketing para obterem desairosas audiências nos meios de comunicação, como que estimulando néscios e pouco
evoluídos às práticas do desamor. Espíritas, instruí-vos...
Espíritas, amai-vos uns aos outros como Deus vos ama e sempre amará, por sua imutável lei é fiel à suprema e magna justiça. E, amou-nos de tal maneira que nos deu seu filho para o imolarmos na cruz, e o seu retorno já se deu, poucos se deram conta, mas Ele se encontra entre nós,
separando os bodes das ovelhas, (pelo cheiro)... I N O C Ê N C I A.
O mais durável dos mais ativos olores, a inocência reveste como anjo, uma creaturinha de Deus, esquecida das mazelas passadas, a renascer muitas vezes dentre as próprias vítimas do passado, para na
consanguinidade e pela magnâmica atuação do mais puro amor que educa conforme a escolha do livre arbítrio do educando, a inocência doura criaturas com meiguice, doçura, brandura, força-dependente, mas valente para preparar-se durante sete a dez anos para as lutas
regeneradoras do viver na carne. Todos nós temos perfeito
conhecimento tácito da inocência, mas palavras não servem para enunciar com precisão e lógica desse evento que a nós todos envolve. Daí, a única nomenclatura plausível... Magia.
P A I X Ã O.
Diferentemente da inocência é fogo, para apurar sentimentos, vontades diferentes aproximando dois seres desconhecidos entre si, até que se purgue em amor, aprendizado, e se repetirão as dores abandonas as beiradas de cada estrada da vida, até que o conserto fique melhor que o soneto e tudo se torne em amor.
Quatro eventos na vida de cada um:
A inocência é magia, pois tacitamente, onde falta unanimidade, posto que seja à feição de relatividade... Se funda na consanguinidade, e pela doação livres de corações que se tornarão afins.
A Paixão aproxima diferentes fora da consanguinidade, regem
vontades, desejos, ilusões, ciúmes, ódios, mas é magia posta à prova pela relatividade e obediente livre arbítrio, jamais é imposta a outrem, mas tem por objetivo principal, desde que não haja abusos e desrespeitos às individualidades, unir famílias espirituais estranhas entre si, seja pela dor, seja pelo amor.
Morte da Carne é milagre, pois a todos é afeita inexoravelmente,
propicia reconvivência plena em Espírito, dos que dantes encontravam-se encarnados.