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CAPÍTULO III EQUILÍBRIO INTERNO SOLICITAÇÕES INTERNAS

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Academic year: 2021

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CAPÍTULO III

EQUILÍBRIO INTERNO – SOLICITAÇÕES INTERNAS I. EQUILÍBRIO INTERNO

No capítulo 2 centramos nossa atenção no equilíbrio externo dos corpos, ou seja, não consideramos a possibilidade de deformação dos corpos, considerando-os como rígidos. Nestes problemas, é conhecido o sistema de cargas ativas que atua na estrutura e devemos calcular as cargas reativas capazes de manter o corpo em equilíbrio. As cargas reativas ou reações vinculares são determinadas com a aplicação das equações fundamentais da estática. Nestes casos o número de equações de equilíbrio deve ser no mínimo igual ao número de reações a serem calculadas. Estudamos os casos estaticamente determinados ou ISOSTÁTICOS, estruturas em que as equações da estática são necessárias e suficientes para a definição do equilíbrio.

Se estivermos diante de uma estrutura com carregamento plano, as equações da estática se resumem em:

ΣΣΣΣFx = 0 ΣΣΣΣFy = 0 ΣΣΣΣ Mz = 0 De uma maneira geral podemos dizer que:

1. O equilíbrio não leva em conta o modo como o corpo transmite as cargas para os

apoios.

2. O corpo quando recebe carregamento vai gradativamente deformando-se até

atingir o equilíbrio, onde as deformações param de aumentar (são impedidas internamente), gerando solicitações internas.

3. O equilíbrio ocorre na configuração deformada, que admitimos ser bem próxima

da inicial (campo das pequenas deformações).

Pretende-se analisar quais os efeito que a transmissão deste sistema de cargas externas aos apoios provoca nas diversas seções que constituem o corpo em equilíbrio.

Para tanto, supõe-se o corpo em equilíbrio, sob efeito de um carregamento qualquer. Se este corpo é cortado por um plano qualquer (a-a), rompe-se o equilíbrio pois destruímos sua cadeia molecular, na seção "S" de interseção do plano com o corpo.

F2

F3 F1

(2)

Para que as partes isoladas pelo corte permaneçam em equilíbrio, deve-se aplicar , por exemplo, sobre a parte da esquerda, a ação que a parte da direita exercia sobre ela ou seja, resultante de força (

R

) e resultante de momento (Mz ouM ). O mesmo deve ser feito com a

parte da direita. cujas resultantes estão também representadas. R - Resultante de forças da parte retirada

M - Resultante de momentos da parte retirada

As resultantes nas seções de corte de ambos os lados devem ser tais que reproduzam a situação original quando as duas partes forem ligadas novamente, ou seja, pelo princípio da ação e reação devem ser de mesmo módulo, mesma direção e sentidos opostos.

R e M são as resultantes das solicitações internas referidas ao centro de gravidade da seção

de corte da barra.

Quando pretende-se conhecer os esforços em uma seção S de uma peça, deve-se cortar a peça na seção desejada, isolar um dos lados do corte (qualquer um ). Pode-se dizer que no centro de gravidade desta seção devem aparecer esforços internos (resultante de força e de momento) que mantém o corpo isolado em equilíbrio.

Estes esforços representam a ação da parte retirada do corpo.

Em isostática a seção de referência adotada será a seção transversal das peças em estudo e estes esforços internos devidamente classificados se constituem nas solicitações internas.

II. CLASSIFICAÇÃO DAS SOLICITAÇÕES

Para que se facilite a observação e sua determinação, os esforços internos estão associados às deformações que provocam e se classificam de acordo com elas.

Sabe-se também que um vetor no plano pode ser decomposto segundo 2 direções escolhidas e adotam-se como referência 3 direções perpendiculares entre si no espaço (x,y,z).

Observe que escolhemos 3 direções perpendiculares entre si com a seguinte característica: 2 direções contidas pela seção de corte e a terceira perpendicular à seção de corte.

Vamos decompor os vetores resultantes R e M segundo estas direções escolhidas e teremos:

F1 F2 F2 F4 x y z

R

Mz

(3)

Denominamos as componentes da seguinte maneira:

→ N - Esforço Normal

→ Q - Esforço Cortante

→ M - (Mz ) - Momento Fletor

Cada solicitação conforme já vimos tem associada a si uma deformação: A. ESFORÇO NORMAL (N) :

Podemos definir esforço normal em uma seção de corte como sendo a soma algébrica das componentes de todas as forças externas na direção perpendicular à referida seção (seção transversal), ou seja, todas as forças de um dos lados isolado pelo corte na direção do eixo x. O efeito do esforço normal será de provocar alongamentos ou encurtamentos na peça, mantendo suas seções transversais planas e paralelas.

O esforço normal será considerado positivo quando alonga a fibra longitudinal e negativo no caso de encurtamento. F1 F2 F2 F4 x y z

R

M

N

Q

N (+) N (+) L L+ L N (-) N (-) L L- L

(4)

B. ESFORÇO CORTANTE (Q) :

Pode-se definir esforço cortante em uma seção de referência como a soma vetorial das componentes do sistema de forças de um dos lados do corte (referência), sobre o plano da seção considerada.

O efeito do esforço cortante é o de provocar o deslizamento linear, no sentido do esforço, de uma seção sobre a outra infinitamente próxima, acarretando o corte ou cisalhamento da mesma.

O esforço cortante (Q) será positivo, quando calculado pelo somatório das forças situadas à esquerda segue o sentido arbitrado para o eixo e quando calculado pelo somatório das forças à direita for contrário ao eixo.

C. MOMENTO FLETOR (M) :

Pode-se definir momento fletor em uma seção como a soma vetorial dos momentos provocados pelas forças externas de um dos lados da seção (tomada como referência), em relação à um eixo nela contido (eixo z).

O efeito do momento fletor é o de provocar o giro da seção, em torno de um eixo contido pela própria seção.

As fibras de uma extremidade são tracionadas enquanto que na outra são comprimidas (as seções giram em torno do eixo na qual se desenvolve o momento, mas permanecem planas).

O momento fletor M é considerado positivo quando traciona as fibras de baixo da estrutura. III.CÁLCULO DAS SOLICITAÇÕES INTERNAS EM SISTEMAS COM CARREGAMENTO

PLANO – MÉTODO DAS SEÇÕES

Conforme já vimos, se cortarmos uma estrutura por uma seção, nesta seção devem aparecer esforços que equilibrem o sistema isolado (solicitações internas).

Vamos tratar de estruturas sujeitas à carregamento plano onde os esforços desenvolvidos são o esforço normal N (ΣΣΣΣFx), o esforço cortante Qy (ΣΣΣΣFy) ou simplesmente Q e o momento

(5)

O “MÉTODO DAS SEÇÕES” consiste em:

1. Cortar a peça na seção desejada e isolar um dos lados do corte (qualquer um), com

todos os esforços externos atuando.

2. Na seção cortada devem ser desenvolvidas solicitações que mantém o sistema isolado

em equilíbrio. Arbitramos as solicitações possíveis de serem desenvolvidas (N, Q e M) com suas orientações positivas. Estas solicitações são os valores que devemos determinar.

3. Aplicando as equações de equilíbrio, por exemplo, em relação à seção cortada,

determinamos os valores procurados. Observe-se que as solicitações a serem determinadas são em número de 3 e dispomos também de 3 equações de equilíbrio, podendo-se então formar um sistema de 3 equações com 3 incógnitas.

Exemplo:

Calcule as solicitações desenvolvidas na seção intermediária da viga abaixo.

VA = VB = q l.2

(6)

Aplicando as equações de equilíbrio, teremos: ΣFx = 0 ∴ N = 0 Σ Fy = 0 ∴ Q−−−−q l q l. ++++ . ==== 2 2 0 ∴ Q = 0 Σ MS = 0 ∴ M++++ q l l. . −−−− q l l. . ==== 2 4 2 2 0 Ms = q l.82 Exercícios:

1. Uma barra está carregada e apoiada como mostra a figura. Determine as forças axiais

transmitidas pelas seções transversais nos intervalos AB, BC e CD da barra:

R: NAB = - 60 kN

NBC = + 60 kN

NCD = + 10 kN

2. Três cargas axiais estão aplicadas a uma barra de aço como mostra a figura. Determine

os esforços normais desenvolvidos nas seções AB, BC e CD da barra.

R : NAB = - 25 kN NBC = +50 kN NCD = - 50 kN 40 kN 50 kN 10 kN 40 kN

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3. Determine as solicitações internas desenvolvidas na seção a-a’ da barra da figura abaixo: R: N = 300 kN Q = - 500 kN M = -3600 kN.cm R: N= 1,96 kN M = 0, Q = 0

4. Determine as solicitações na seção a-a’ da barra abaixo:

R : N = 225 N Q = -139,71 N (↓)

M = + 95,91 N.m (hor)

5. Para a viga da figura abaixo determine as reações externas de vínculo e as solicitações

internas transmitidas por uma seção transversal `a 75 cm do apoio A.

R : 500 kN 300 kN 8 cm 16 cm 12 cm 32 kN 10 kN/m 4 m 1,5 m

(8)

6. Para a viga abaixo, determine as reações de apoio e as solicitações internas em uma

seção à 2 m do apoio esquerdo.

R: VA = 21 kN (↑)

VB = 9 kN (↑)

N = 0

Q = 11 kN (↑)

M = 14 kN.m (anti)

7. Determine as solicitações internas transmitidas pela seção a-a da barra em L mostrada

abaixo:

R: N = 250 lb (↑)

Q = 250 lb (←)

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