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Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Modelagem de mortalidade natural e superdispersão em dados entomológicos

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Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”

Modelagem de mortalidade natural e superdispersão em dados

entomológicos

Mariana Ragassi Urbano

Tese apresentada para obtenção do título de Doutor em Ciências. Área de concentração: Estatística e Experimentação Agronômica

Piracicaba

2012

(2)

Bacharel em Estatística

Modelagem de mortalidade natural e superdispersão em dados entomológicos

Orientadora: Prof ª. Drª. CLARICE GARCIA BORGES DEMÉTRIO

Tese apresentada para obtenção do título de Doutor em Ciências. Área de concentração: Estatística e Experimentação Agronômica

Piracicaba 2012

(3)

DadosInternacionais de Catalogação na Publicação DIVISÃO DE BIBLIOTECA - ESALQ/USP

Urbano, Mariana Ragassi

Modelagem de mortalidade natural e superdispersão em dados entomológicos / Mariana Ragassi Urbano.- - Piracicaba, 2012.

117 p: il.

Tese (Doutorado) - - Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, 2012. 1. Modelos mistos 2. Bioensaios 3. Análise de dados 4. Modelos lineares generalizados 5. Mortalidade natural I. Título

CDD 519.5 U72m

(4)

Dedicat´oria

A Deus,

pois sem Ele nada teria acontecido.

Aos meus pais,

Jos´e Adilso Urbano e Maria Luiza Ragassi Urbano, e

a minha irm˜a N´adia Ragassi Urbano, que se doaram por

inteiro e muitas vezes renunciaram aos pr´oprios sonhos para que eu pudesse realizar o meu.

Aos meus orientadores,

Profa. Dra. Clarice Garcia Borges Dem´etrio e Prof.

John Hinde, por sempre me ajudarem, por abrirem muitas

(5)
(6)

AGRADECIMENTOS

Desejo manifestar os meus agradecimentos, aos meus pais, Jos´e Adilso

Ur-bano e Maria Luiza Ragassi UrUr-bano, e a minha irm˜a N´adia Ragassi Urbano, o incentivo,

a valoriza¸c˜ao de minhas decis˜oes pessoais e profissionais, a ajuda em todos os momentos,

e a alegria de tˆe-los ao meu lado sempre.

`

As minhas tias Maria da Gra¸ca Urbano, Helena Maria Urbano, Lucr´ecia

Fernanda Ragassi e Maria Henriqueta Urbano Salviato, `as minhas av´os, Rita de C´assia

Ragassi e Aparecida Ventura Urbano, e avˆos Luiz Paulino Urbano (in memoriam) e Pedro

Luiz Ragassi (in memoriam), o incentivo, o amor incondicional e o apoio em todas as horas. `

A Profa. Dra. Clarice Garcia Borges Dem´etrio, a compreens˜ao, a paciˆencia,

a exigˆencia nesses 6 anos de conv´ıvio, por tudo que me ensinou, e por todas as

oportuni-dades que me deu, e principalmente, a orienta¸c˜ao na elabora¸c˜ao deste trabalho, e por sua

for¸ca admir´avel em sempre querer o aprimoramento do Departamento.

Ao Prof. John Hinde, a valiosa orienta¸c˜ao durante a minha estada em

Galway, por tudo que me ensinou, pela paciˆencia e amizade, e pelo prazer de trabalhar

ao seu lado.

Aos professores Dr. Silvio Sandoval Zocchi e Dra. Roseli Aparecida Leandro,

por terem sido meus professores, e pela amizade.

Ao Prof. Dr. Gauss Moutinho Cordeiro, que n˜ao participou diretamente

da elabora¸c˜ao desse trabalho, mas com quem sempre aprendi v´arias coisas durante todo

o per´ıodo de p´os gradua¸c˜ao.

Ao meu amigo Rodrigo Rossetto Pescim, por sempre estar disposto a me ajudar, aos nossos momentos tristes e felizes que sempre se encerraram em pizzas ou pub-crawl, e apesar de sermos muito diferentes, isso nunca foi um empecilho para nossa amizade.

Ao meu amigo Everton Batista da Rocha, pelo seu jeito irreverente, e pelas

nossas hist´orias e risadas inesquec´ıveis e ao meu amigo Pedro Henrique Ramos Cerqueira,

pela sua amizade, pelas conversas e situa¸c˜oes engra¸cadas, e aos demais colegas de estudo

do mestrado e do doutorado.

Aos meus amigos jauenses Andr´e Ferruchi, Diego Bonfante Zago e Camila

(7)

Aos meus amigos Ana Julia Righetto e Luiz Ricardo Nakamura pela

con-vivˆencia agrad´avel, e minha amiga Elizabeth Hashimoto, que desde os tempos de

gra-dua¸c˜ao sempre me ajudou.

`

As minhas amigas que conheci em Galway, Caroline Forde, Clionadh O’

Keeffe, Emma Br¨annlund, Erika Zanotti, Andrea Torres Glez-Zabaleta, Maria Garc´ıa

Flores e Christina Folsom, por terem tornado a minha estada l´a muito mais agrad´avel.

Aos professores do Departamento de Ciˆencias Exatas da ESALQ/USP, Dr.

Carlos Tadeu dos Santos Dias, Dr. D´ecio Barbin, Dra. Sˆonia Maria Stefano Piedade,

Dr. Edwin Moises Marcos Ortega, Dra. Taciana Villela Savian e Dr. Idemauro Antonio

Rodrigues de Lara.

Aos funcion´arios do Departamento de Ciˆencias Exatas da ESALQ/USP,

Solange de Assis Paes Sabadin, Jorge Alexandre Wiendl e Eduardo Bonilha, os aux´ılios

permanentes, mas, principalmente, `a secret´aria Luciane Braj˜ao, por toda sua ajuda

fun-damental no meu processo de pedido de bolsa sandu´ıche. `

A Coordena¸c˜ao de Aperfei¸coamento de Pessoal de N´ıvel Superior (CAPES),

e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient´ıfico e Tecnol´ogico (CNPq) o aux´ılio

(8)

SUM ´ARIO RESUMO . . . 9 ABSTRACT . . . 11 LISTA DE FIGURAS . . . 13 LISTA DE TABELAS . . . 17 1 INTRODUC¸ ˜AO . . . 19 2 DESENVOLVIMENTO . . . 23

2.1 Revis˜ao Bibliogr´afica . . . 23

2.1.1 Modelos lineares generalizados . . . 23

2.1.2 Algoritmo EM . . . 28

2.1.3 Modelos lineares generalizados mistos e procedimento de estima¸c˜ao dos parˆametros, usando-se o algoritmo EM . . . 30

2.1.4 Ensaio do tipo dose-resposta . . . 34

2.1.5 Mortalidade natural . . . 35

2.1.6 Mortalidade natural e fator de heterogeneidade . . . 36

2.1.7 Teste da raz˜ao de verossimilhan¸cas e AIC . . . 36

2.1.8 Gr´afico semi-normal de probabilidade com envelope de simula¸c˜ao . . . 37

2.2 Metodologia . . . 39

2.2.1 Mortalidade natural e efeito aleat´orio - desenvolvimento do modelo . . . 39

2.2.2 Ajuste do modelo binomial que leva em conta a ocorrˆencia de mortalidade natural . . . 40

2.2.2.1 Estima¸c˜ao dos parˆametros, usando-se o algoritmo de Newton Raphson . . . . 40

2.2.2.2 Estima¸c˜ao dos parˆametros, usando-se o algoritmo EM . . . 42

2.2.3 Ajuste do modelo binomial que leva em conta a ocorrˆencia de mortalidade natural e a inclus˜ao de um efeito aleat´orio no preditor linear . . . 45

2.2.3.1 Estima¸c˜ao dos parˆametros, usando-se o algoritmo Newton Raphson-EM . . . 46

2.2.3.2 Estima¸c˜ao dos parˆametros, usando-se o algoritmo EM em duas etapas . . . 49

2.2.4 Dose efetiva . . . 52

2.2.4.1 Modelo binomial com ou sem, mortalidade natural . . . 52

2.2.4.2 Modelo binomial com ou sem, mortalidade natural e efeito aleat´orio . . . 53

(9)

2.2.6 Verifica¸c˜ao de ajuste dos modelos, usando o gr´afico semi-normal de

probabi-lidade com envelope de simula¸c˜ao . . . 56

2.2.6.1 Modelo padr˜ao de mortalidade natural . . . 56

2.2.6.2 Modelo de mortalidade natural com fator de heterogeneidade . . . 57

2.2.6.3 Modelo de mortalidade natural com efeito aleat´orio . . . 58

2.2.7 Aplica¸c˜ao da metodologia proposta a trˆes conjuntos de observa¸c˜oes . . . 59

3 RESULTADOS E DISCUSS ˜AO . . . 67

3.1 Granulov´ırus para controle de tra¸ca da batata . . . 67

3.2 Granulov´ırus formulado para controle de larvas de tra¸ca da batata . . . 79

3.3 Esporos de Nosema para controle de lagartas de Diatraea saccharalis . . . 83

4 CONSIDERAC¸ ˜OES FINAIS . . . 93

REFER ˆENCIAS . . . 95

(10)

RESUMO

Modelagem de mortalidade natural e superdispers˜ao em dados entomol´ogicos

Para dados provenientes de bioensaios entomol´ogicos, na maioria das vezes,

´

e necess´ario levar em considera¸c˜ao a ocorrˆencia de mortalidade natural e a

superdis-pers˜ao. Para incorporar a mortalidade natural, pode-se utilizar a f´ormula de Abbott,

que associada ao modelo binomial, caracteriza o modelo padr˜ao de mortalidade natural.

Modelos padr˜oes de superdispers˜ao incluem os modelos beta-binomial, log´ıstico normal,

misturas discretas e o uso do fator de heterogeneidade. Como alternativa aos modelos

padr˜ao de mortalidade natural, e de mortalidade natural com o fator de heterogeneidade,

foi desenvolvido o modelo de mortalidade natural com a inclus˜ao de um efeito aleat´orio

no preditor linear, para melhor acomodar a superdispers˜ao. Para obter as estimativas

dos parˆametros desse novo modelo, foram usados os algoritmos de Newton Raphson e

EM. Para a verifica¸c˜ao dos ajustes dos modelos foram usados gr´aficos semi-normais de

probabilidade com envelopes de simula¸c˜ao, e para realizar a compara¸c˜ao entre os modelos

foram utilizados o teste da raz˜ao de verossimilhan¸cas e o crit´eiro AIC. A seguir, foram

cal-culadas as estimativas das doses efetivas. Os procedimentos foram todos implementados

no software R. Como aplica¸c˜ao, foram analisados trˆes conjuntos de dados, provenientes de

ensaios entomol´ogicos. Para os trˆes conjuntos de dados, concluiu-se que o modelo de

mor-talidade natural com efeito aleat´orio ´e superior aos procedimentos padr˜oes, geralmente,

utilizados.

Palavras-chaves: Algoritmo de Newton Raphson; Algoritmo EM; Bioensaio; Efeito

aleat´orio; Modelos lineares generalizados; Modelos lineares generalizados mistos;

(11)
(12)

ABSTRACT

Modelling natural mortality and overdispersion in entomologic data When fitting dose-response models to entomological data it is often

necessary to take account of natural mortality and/or overdispersion. The standard

approach to handle natural mortality is to use Abbott’s formula, which allows for a constant underlying mortality rate. Standard overdispersion models include beta-binomial models, logistic-normal, discrete mixtures and the use of the heterogeneity factor. We extend the standard natural mortality model and include a random effect to handle the overdispersion. To obtain the parameters estimates of this new model, two algorithms were used: the Newton Raphson and the EM. For the application, were used three data sets. We introduce the likelihood ratio test, effective dose, and simulated envelope for the natural mortality model with a random effect. The procedures are implemented in the R system. For the three the data sets studied, a significant further improvement in the fit is possible by using the random-effect model.

keywords: Bioassay; EM algorithm; Generalized linear models; Generalized linear mixed models; Natural mortality; Newton Raphson algorithm; Random effect

(13)
(14)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Gr´afico das propor¸c˜oes de mortalidade de larvas de Phthorimaea

oper-culella nas batatas versus o logaritmo na base 10 das concentra¸c˜oes do

granulov´ırus PhopGV (OBs/ml) . . . 61

Figura 2 - Gr´afico das propor¸c˜oes de mortalidade de larvas de Phthorimaea

oper-culella nas batatas versus o logaritmo na base 10 das concentra¸c˜oes de

formula¸c˜ao viral (OBs/grama) . . . 63

Figura 3 - Gr´afico das propor¸c˜oes de mortalidade de lagartas de Diatraea

saccharalis nas placas de Petri versus o logaritmo na base 10 das

con-centra¸c˜oes de esporos de Nosema/ml em solu¸c˜ao salina . . . 65

Figura 4 - Gr´aficos semi-normais de probabilidade com envelopes de simula¸c˜ao,

considerando-se o modelo binomial padr˜ao, utilizando-se as fun¸c˜oes de

liga¸c˜ao log´ıstica (a) e complemento log-log (b) . . . 68

Figura 5 - Gr´aficos das propor¸c˜oes de mortalidade de larvas de Phthorimaea

oper-culella nas batatas versus o logaritmo na base 10 das concentra¸c˜oes do granulov´ırus PhopGV (OBs/ml) e curvas ajustadas, considerando-se o

modelo binomial padr˜ao, utilizando-se as fun¸c˜oes de liga¸c˜ao log´ıstica (a)

e complemento log-log (b) . . . 68

Figura 6 - Gr´aficos semi-normais de probabilidade com envelopes de simula¸c˜ao

considerando-se os modelos I (a), II (c) e III (e), utilizando-se a fun¸c˜ao

de liga¸c˜ao log´ıstica, e os modelos I (b), II (d) e III (f), utilizando-se a

fun¸c˜ao de liga¸c˜ao complemento log-log . . . 69

Figura 7 - Gr´aficos das propor¸c˜oes de mortalidade de larvas de Phthorimaea

oper-culella nas batatas versus o logaritmo na base 10 das concentra¸c˜oes do granulov´ırus PhopGV (OBs/ml) e curvas ajustadas, considerando-se o

modelo binomial padr˜ao, utilizando-se as fun¸c˜oes de liga¸c˜ao log´ıstica (a)

e complemento log-log (b) . . . 70

Figura 8 - Gr´aficos semi-normais de probabilidade com envelopes de simula¸c˜ao para

os modelos IV (a), VI (c) e VIII (e) utilizando-se a fun¸c˜ao de liga¸c˜ao

log´ıstica, e para os modelos IV (b), VI (d) e VIII (f), utilizando-se a

(15)

Figura 9 - Gr´aficos das propor¸c˜oes de mortalidade de larvas de Phthorimaea

oper-culella nas batatas versus o logaritmo na base 10 das concentra¸c˜oes do granulov´ırus PhopGV (OBs/ml) e curvas ajustadas para os modelos IV

e VIII, utilizando-se as fun¸c˜oes de liga¸c˜ao log´ıstica (a) e complemento

log-log (b) . . . 77

Figura 10 - Gr´aficos semi-normais de probabilidade com envelopes de simula¸c˜ao,

considerando-se o modelo binomial padr˜ao, utilizando-se as fun¸c˜oes de

liga¸c˜ao log´ıstica (a) e complemento log-log (b) . . . 80

Figura 11 - Gr´aficos das propor¸c˜oes de mortalidade de larvas de Phthorimaea

oper-culella nas batatas versus o logaritmo na base 10 das concentra¸c˜oes de

formula¸c˜ao viral (OBs/grama) e curvas ajustadas, considerando-se o

mo-delo binomial padr˜ao, utilizando-se as fun¸c˜oes de liga¸c˜ao log´ıstica (a) e

complemento log-log (b) . . . 80

Figura 12 - Gr´aficos semi-normais de probabilidade com envelopes de simula¸c˜ao para

os modelos I (a), II (c) e III (e) utilizando-se a fun¸c˜ao de liga¸c˜ao log´ıstica,

e para os modelos I (b), II (d) e III (f), utilizando-se fun¸c˜ao de liga¸c˜ao

complemento log-log . . . 82

Figura 13 - Gr´aficos das propor¸c˜oes de mortalidade de larvas de Phthorimaea

oper-culella nas batatas versus o logaritmo na base 10 das concentra¸c˜oes de

formula¸c˜ao viral (OBs/grama) e curvas ajustadas para os modelos I e III,

utilizando-se as fun¸c˜oes de liga¸c˜ao log´ıstica (a) e complemento log-log (b) 84

Figura 14 - Gr´aficos semi-normais de probabilidade com envelopes de simula¸c˜ao,

considerando-se o modelo binomial padr˜ao, utilizando-se as fun¸c˜oes de

liga¸c˜ao log´ıstica (a) e complemento log-log (b) . . . 86

Figura 15 - Gr´aficos das propor¸c˜oes de mortalidade de lagartas de Diatraea

saccharalis nas placas de Petri versus o logaritmo na base 10 das

concen-tra¸c˜oes de esporos de Nosema/ml em solu¸c˜ao salina e curvas ajustadas

considerando-se o modelo binomial padr˜ao, utilizando-se as fun¸c˜oes de

(16)

Figura 16 - Gr´aficos semi-normais de probabilidade com envelopes de simula¸c˜ao

considerando-se os modelos I (a), II (c) e III (e), com fun¸c˜ao de liga¸c˜ao

log´ıstica, e para os modelos I (b), II (d) e III (f), com fun¸c˜ao de liga¸c˜ao

complemento log-log . . . 87

Figura 17 - Gr´aficos das propor¸c˜oes de mortalidade de lagartas de Diatraea

saccharalis nas placas de Petri versus o logaritmo na base 10 das

concen-tra¸c˜oes de esporos de Nosema/ml em solu¸c˜ao salina e curvas ajustadas

considerando-se os modelos I e III, utilizando-se as fun¸c˜oes de liga¸c˜ao

(17)
(18)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Concentra¸c˜oes do granulov´ırus PhopGV (OBs/ml) (di), n´umero de larvas

mortas (yij) e n´umero total de larvas (mij) . . . 60

Tabela 2 - Estimativas de m´axima verossimilhan¸ca (E.M.V.) dos parˆametros (Par.)

e erros padr˜oes estimados (e.p.), considerando-se os modelos I, II e III,

utilizando-se a fun¸c˜ao de liga¸c˜ao log´ıstica . . . 71

Tabela 3 - Estimativas de m´axima verossimilhan¸ca (E.M.V.) dos parˆametros (Par.)

e erros padr˜oes estimados (e.p.), considerando-se os modelos I, II e III,

utilizando-se a fun¸c˜ao de liga¸c˜ao complemento log-log . . . 71

Tabela 4 - Valores das estat´ısticas: −2 logaritmo da fun¸c˜ao de verossimilhan¸ca

(−2 log ˆΛ) e AIC, considerando-se os modelos IV, V, VIII e IX,

utilizando-se a fun¸c˜ao de liga¸c˜ao log´ıstica . . . 73

Tabela 5 - Valores das estat´ısticas: −2 logaritmo da fun¸c˜ao de verossimilhan¸ca

(−2 log ˆΛ) e AIC, considerando-se os modelos IV, V, VIII e IX,

utilizando-se a fun¸c˜ao de liga¸c˜ao complemento log-log . . . 73

Tabela 6 - Estimativas de m´axima verossimilhan¸ca (E.M.V.) dos parˆametros (Par.)

e erros padr˜oes estimados (e.p.), considerando-se os modelos IV, VI e

VIII, utilizando-se a fun¸c˜ao de liga¸c˜ao log´ıstica . . . 73

Tabela 7 - Estimativas de m´axima verossimilhan¸ca (E.M.V.) dos parˆametros (Par.)

e erros padr˜oes estimados (e.p.), considerando-se os modelos IV, VI e

VIII, utilizando-se a fun¸c˜ao de liga¸c˜ao complemento log-log . . . 74

Tabela 8 - Estimativas de m´axima verossimilhan¸ca (E.M.V.) dos parˆametros (Par.)

e erros padr˜oes estimados (e.p.), considerando-se os modelos V, VII e

IX utilizando-se a fun¸c˜ao de liga¸c˜ao log´ıstica . . . 74

Tabela 9 - Estimativas de m´axima verossimilhan¸ca (E.M.V.) dos parˆametros (Par.)

e erros padr˜oes estimados (e.p.), considerando-se os modelos V, VII e

IX, utilizando-se a fun¸c˜ao de liga¸c˜ao complemento log-log . . . 75

Tabela 10 -Estimativas das doses efetivas ( dDE100p), nas escalas original e

lo-gar´ıtmica, considerando-se os modelos I, III, IV e VIII, utilizando-se

(19)

Tabela 11 -Estimativas das doses efetivas ( dDE100p), nas escalas original e lo-gar´ıtmica, considerando-se os modelos I, III, IV e VIII, utilizando-se

a fun¸c˜ao de liga¸c˜ao complemento log-log . . . 78

Tabela 12 -Estimativas de m´axima verossimilhan¸ca (E.M.V.) dos parˆametros (Par.)

e erros padr˜oes estimados (e.p.), considerando-se os modelos I, II e III,

utilizando-se a fun¸c˜ao de liga¸c˜ao log´ıstica . . . 81

Tabela 13 -Estimativas de m´axima verossimilhan¸ca (E.M.V.) dos parˆametros (Par.)

e erros padr˜oes estimados (e.p.), considerando-se os modelos I, II e III,

utilizando-se a fun¸c˜ao de liga¸c˜ao complemento log-log . . . 81

Tabela 14 -Estat´ısticas: −2 logaritmo da fun¸c˜ao de verossimilhan¸ca (−2 log bΛ) e

AIC considerando-se os modelos I e III, utilizando-se as fun¸c˜oes de

liga¸c˜ao log´ıstica e complemento log-log . . . 83

Tabela 15 -Estimativas das doses efetivas ( dDE100p), nas escalas original e

lo-gar´ıtmica, considerando-se os modelos I e III, utilizando-se as fun¸c˜oes

de liga¸c˜ao log´ıstica e complemento log-log . . . 85

Tabela 16 -Estimativas de m´axima verossimilhan¸ca (E.M.V.) dos parˆametros (Par.)

e erros padr˜oes estimados (e.p.), considerando-se os modelos I, II e III,

utilizando-se a fun¸c˜ao de liga¸c˜ao log´ıstica . . . 88

Tabela 17 -Estimativas de m´axima verossimilhan¸ca (E.M.V.) dos parˆametros (Par.)

e erros padr˜oes estimados (e.p.), considerando-se os modelos I, II e III,

utilizando-se a fun¸c˜ao de liga¸c˜ao complemento log-log . . . 88

Tabela 18 -Estat´ısticas: −2 logaritmo da fun¸c˜ao de verossimilhan¸ca (−2 log ˆΛ) e

AIC considerando-se os modelos I e III, utilizando-se as fun¸c˜oes de

liga¸c˜ao log´ıstica e complemento log-log . . . 89

Tabela 19 -Estimativas das doses efetivas ( dDE100p), nas escalas original e

lo-gar´ıtmica, considerando-se os modelos I e III, utilizando-se as fun¸c˜oes

(20)

1 INTRODUC¸ ˜AO

Segundo Collett (2003), modelos para resposta na forma bin´aria e binomial,

foram, originariamente, desenvolvidos pela necessidade de an´alise de dados de um tipo

de experimento, conhecido como ensaio biol´ogico ou bioensaio (FINNEY, 1980). Para a

realiza¸c˜ao de um bioensaio, diferentes concentra¸c˜oes de determinado est´ımulo s˜ao

aplica-das a grupos de indiv´ıduos, e o n´umero de indiv´ıduos em cada grupo que respondem ao

est´ımulo ´e registrado. Esses valores podem ser considerados como observa¸c˜oes de uma

vari´avel resposta que segue distribui¸c˜ao binomial.

Grande parte da metodologia referente aos bioensaios foi desenvolvida por

David John Finney, que realizou o processo de estima¸c˜ao de registros individuais da rela¸c˜ao

entre dose e resposta quantal (FINNEY, 1947a), descreveu os princ´ıpios do bioensaio

(FIN-NEY, 1947b), desenvolveu os passos para a estima¸c˜ao dos parˆametros das distribui¸c˜oes

de tolerˆancia (FINNEY, 1949) e a estima¸c˜ao da dose letal 50 para o modelo log´ıstico

(FINNEY, 1952) e discutiu como alguns aspectos do bioensaio auxiliaram a pr´atica da

inferˆencia estat´ıstica (FINNEY, 1979).

Em muitos bioensaios, a resposta da unidade experimental pode n˜ao ocorrer

somente devido ao est´ımulo que foi aplicado. Em um bioensaio entomol´ogico, em que os

indiv´ıduos s˜ao insetos, e o est´ımulo a ser aplicado, pode ser determinado inseticida, alguns

insetos podem morrer durante o per´ıodo experimental, mesmo quando n˜ao s˜ao expostos ao

inseticida, ou os insetos que foram expostos podem morrer devido a causas desconhecidas,

e n˜ao devido ao inseticida. Em situa¸c˜oes como essa, os indiv´ıduos apresentam resposta

natural ou mortalidade natural. Para a aplica¸c˜ao de m´etodos padr˜oes, como, por exemplo,

a utiliza¸c˜ao do modelo binomial, a mortalidade natural n˜ao deve ser maior do que 10% e,

preferivelmente, n˜ao mais do que 5%, representando, ocasionalmente, um indiv´ıduo fraco

no grupo. Quando a mortalidade natural excede esse valor, ´e necess´ario ser levada em

considera¸c˜ao, e, geralmente, utiliza-se a f´ormula de Abbott (ABBOTT, 1925).

A f´ormula de Abbott foi utilizada em diversos trabalhos, por exemplo,

Fin-ney (1944) usou o modelo probito para analisar dados de toxicidade que apresentavam

mortalidade nos controles, e Hoekstra (1987) mostrou a superioridade de m´etodos de

an´alise que consideram a mortalidade natural em rela¸c˜ao aos que n˜ao a consideram.

Faddy et al. (2009) desenvolveram um modelo estoc´astico bivariado, para preda¸c˜ao e

(21)

Fenlon e Faddy (2006).

Em um bioensaio, al´em da ocorrˆencia de mortalidade natural, os dados,

geralmente, exibem variabilidade de grupo a grupo de indiv´ıduos, como resultado de

va-ria¸c˜ao n˜ao explic´avel entre os indiv´ıduos que pertencem ao mesmo grupo. Assim sendo,

´e necess´ario estender o modelo, para que leve em considera¸c˜ao esse efeito, incluindo um

ou mais parˆametros adicionais. A varia¸c˜ao adicional, pode ser atribu´ıda a vari´aveis

ex-planat´orias relevantes, que n˜ao foram levadas em considera¸c˜ao durante a realiza¸c˜ao do

bioensaio, ou, devido `a inclus˜ao no modelo de certas vari´aveis que n˜ao foram

adequada-mente medidas ou controladas. Todas essas poss´ıveis causas, entre outras, podem gerar

um fenˆomeno conhecido como superdispers˜ao (HINDE e DEM´ETRIO, 1998). Dentre as

metodologias dispon´ıveis para a an´alise de dados que apresentam mortalidade natural,

muito pouco foi desenvolvido sobre a ocorrˆencia conjunta de mortalidade natural e

su-perdispers˜ao. Para contornar esse problema, na maioria das vezes, s˜ao utilizados modelos

de quase-verossimilhan¸ca, como, por exemplo, os usados por Raymond et al. (2006) e

Mascarin et al. (2010). Uma alternativa, para acomodar a superdispers˜ao, ´e a inclus˜ao

de um efeito aleat´orio no preditor linear, isto ´e, modelos mistos podem ser utilizados para

levar em conta a superdispers˜ao (COLLETT, 2003).

O objetivo principal deste trabalho foi incluir um efeito aleat´orio no preditor

linear do modelo padr˜ao de mortalidade natural, para melhor acomodar a variabilidade

que ocorre nas respostas, enquanto se estima, conjuntamente, a mortalidade natural.

Para realizar a estima¸c˜ao dos parˆametros do modelo com, e sem efeito

aleat´orio, foi usado o m´etodo da m´axima verossimilhan¸ca, utilizando-se o algoritmo EM

(DEMPSTER et al. 1977) usado na an´alise de dados de bioensaios que apresentam

mortalidade natural por Barlow e Feigl (1985), e o algoritmo de Newton Raphson

des-crito em Finney (1980). Utilizando-se o algoritmo EM, s´o s˜ao obtidas as estimativas dos

parˆametros, e para o c´alculo da matriz de variˆancias e covariˆancias das estimativas dos

parˆametros, algum m´etodo auxiliar deve ser utilizado, como os m´etodos de Louis (1982)

e de Oakes (1999). Por outro lado, o algoritmo de Newton Raphson al´em das estimativas

dos parˆametros, fornece, diretamente, a matriz de variˆancias e covariˆancias das estimativas

dos parˆametros. Os dois algoritmos de estima¸c˜ao levam aos mesmos resultados.

Como ilustra¸c˜ao, foram feitas an´alises para trˆes conjuntos de dados,

(22)

morta-lidade natural com fator de heterogeneidade e de mortamorta-lidade natural com efeito aleat´orio

no preditor linear. Para verificar o ajuste dos modelos, foram usados gr´aficos semi-normais

de probabilidade com envelopes de simula¸c˜ao, e para comparar os modelos, foram

utili-zados o teste da raz˜ao de verossimilhan¸cas e o crit´erio AIC. A seguir, foram calculadas as

(23)
(24)

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Revis˜ao Bibliogr´afica

2.1.1 Modelos lineares generalizados

Nelder e Wedderburn (1972) desenvolveram a teoria dos modelos lineares

generalizados, que s˜ao uma extens˜ao dos modelos lineares cl´assicos. De forma diferente

dos modelos normais lineares, n˜ao s˜ao necess´arias as pressuposi¸c˜oes de normalidade e

homocedasticidade para a vari´avel resposta, que deve pertencer `a fam´ılia exponencial

de distribui¸c˜oes, mas assim como nos modelos normais lineares, as observa¸c˜oes devem

ser independentes, e trabalha-se com os dados em sua forma original, ou seja, n˜ao h´a

necessidade de fazer transforma¸c˜oes (MCCULLAGH e NELDER, 1989).

Um modelo linear generalizado tem dois componentes e uma rela¸c˜ao

funci-onal entre eles (CORDEIRO e DEM´ETRIO, 2007):

i) Componente aleat´orio do modelo: a vari´avel resposta ´e representada por um

con-junto de vari´aveis aleat´orias independentes Y1, ..., Yn com distribui¸c˜ao que pertence

`

a fam´ılia exponencial de distribui¸c˜oes de m´edias µ1, ..., µn ou seja, E(Yi) = µi,

i = 1, 2, ..., n;

ii) Componente sistem´atico: ´e constitu´ıdo pelas vari´aveis explicativas que entram na

forma de uma soma linear de seus efeitos

ηi = p

j=1

xijβj = xTi β ou η = Xβ

em que X=(x1, ..., xn)T ´e a matriz do modelo com elementos xi = (x11, . . . , xip)T,

β=(β1, ..., βn)T ´e o vetor de parˆametros e η=(η1, ..., ηn)T ´e o preditor linear;

iii) Fun¸c˜ao de liga¸c˜ao: relaciona o componente aleat´orio ao componente sistem´atico,

isto ´e,

ηi = g(µi),

sendo g(·) uma fun¸c˜ao mon´otona e diferenci´avel, que determina a escala em que

a linearidade ´e suposta. Os parˆametros β1, ..., βp n˜ao s˜ao sujeitos a restri¸c˜oes, e,

portanto, g(µi) pode assumir qualquer valor em (−∞, ∞), e assim, a forma da

(25)

varia¸c˜ao de µi = E(Yi). Para observa¸c˜oes estritamente positivas como no caso de

contagens, a m´edia deve ficar restrita a (0,∞) (HINKELY et al. 1991). Utiliza-se

g(µi) = ηi =

p

j=1

xijβj, (1)

para descrever a rela¸c˜ao entre os componentes do modelo linear generalizado, sendo

g(·) a fun¸c˜ao de liga¸c˜ao e ηi o preditor linear associado a Yi.

Seja a vari´avel aleat´oria Yi, cuja fun¸c˜ao densidade de probabilidade para o

caso cont´ınuo, ou fun¸c˜ao de probabilidade para o caso discreto, que pode ser escrita na

forma: f (yi; θi, ϕ) = exp { ϕ−1[yiθi− b(θi)] + c(yi, ϕ) } , (2)

sendo b(·) e c(·) fun¸c˜oes conhecidas e ϕ > 0, considerado conhecido. A classe de modelos

de dispers˜ao exponencial (JORGENSEN, 1997) inclui situa¸c˜oes em que ϕ ´e desconhecido.

Em (2), tem-se a fam´ılia exponencial na forma canˆonica, com parˆametro

canˆonico ou natural θi. Se a fun¸c˜ao de liga¸c˜ao for escolhida de tal forma que g(µi) = θi =

ηi, o preditor linear modela diretamente o parˆametro canˆonico θi, e a fun¸c˜ao de liga¸c˜ao ´e

denominada canˆonica e os modelos correspondentes s˜ao modelos canˆonicos.

O valor esperado e a variˆancia de Yi com distribui¸c˜ao pertencente `a fam´ılia

(2) s˜ao

E(Yi) = µi = b′(θi) e Var(Yi) = ϕb′′(θi), (3)

em que ϕ ´e um parˆametro de dispers˜ao do modelo, e seu inverso ϕ−1, uma medida de

precis˜ao.

A fun¸c˜ao que relaciona a m´edia µi com a variˆancia ´e denotada por b′′(θi) =

V (µi), denominada fun¸c˜ao de variˆancia. Note que as distribui¸c˜oes da fam´ılia exponencial

tˆem rela¸c˜ao conhecida entre a m´edia e a variˆancia, denotada por:

Var(Yi) = ϕV (µi).

Como exemplo de distribui¸c˜ao pertencente `a fam´ılia exponencial, tem-se a

distribui¸c˜ao binomial. Se a vari´avel aleat´oria Yi tem distribui¸c˜ao binomial B(mi, πi), com

probabilidade de sucesso πi, ent˜ao, sua fun¸c˜ao de probabilidade ´e expressa por

P (Yi = yi) = ( mi yi ) πyi i (1− πi)mi−yi, yi = 0, 1, 2, ..., mi, (4)

(26)

em que 0 < πi < 1, e mi ´e um inteiro positivo.

Desenvolvendo-se (4), obt´em-se

f (yi; πi) = exp [ log ( mi yi ) + yilog πi + (mi− yi) log(1− πi) ] , = exp [ yilog ( πi 1− πi ) + milog(1− πi) + log ( mi yi )] ,

e, comparando-se com (2), tem-se: ϕ = 1, θi = log

( πi 1− πi ) = log ( µi mi− µi ) ⇒ µi = mieθi (1 + eθi), b(θi) =−milog(1− πi) = milog(1 + e θi), e c(y i; ϕ) = log ( mi yi ) .

Portanto, a distribui¸c˜ao binomial pertence `a fam´ılia exponencial de

distri-bui¸c˜oes, com E(Y ) = b′(θ) = me

θi 1 + eθi = µi, Var(Yi) = ϕb ′′ i) = mieθi (1 + eθi)2 = µi mi (1− µi) = V (µi).

Para a estima¸c˜ao dos parˆametros lineares β1, ..., βp do modelo linear

genera-lizado, o m´etodo mais comumente utilizado ´e o da m´axima verossimilhan¸ca. O logaritmo

da fun¸c˜ao de verossimilhan¸ca como fun¸c˜ao apenas de β (considerando-se o parˆametro de

dispers˜ao ϕ conhecido) dado o vetor Y de observa¸c˜oes, ´e definido por (CORDEIRO e

DEM´ETRIO, 2007): l(β) = ϕ−1 ni=1 [yiθi− b(θi)] + ni=1 c(yi, ϕ), em que θi = q(µi), µi = g−1(ηi) e ηi = ∑p r=1xirβj.

O vetor escore ´e formado pelas derivadas parciais de primeira ordem do

logaritmo da fun¸c˜ao de verossimilhan¸ca, em que

Uj = ∂l(β) ∂βj = ni=1 dli dθi dθi dµi dµi dηi dηi dβj = ni=1 ϕ−1[yi− b′(θi)] 1 dµi dθi dµi dηi xij, = ni=1 ϕ−1(yi− µi) 1 V (µi) dµi dηi xij, (5) pois E(Yi) = µi = b′(θi) e dµi dθi = V (µi).

A estimativa de m´axima verossimilhan¸ca, ˆβ, do vetor de parˆametros β ´e

obtida, igualando-se Uj = 0 para j = 1, ..., p. Como na maioria das vezes, as equa¸c˜oes

Uj = 0 s˜ao equa¸c˜oes n˜ao lineares, elas s˜ao resolvidas numericamente, utilizando-se o

(27)

O objetivo, ´e obter a solu¸c˜ao do sistema de equa¸c˜oes Uβ = [ dl(β) ] = 0 e,

utilizando-se a vers˜ao multivariada do algoritmo de Newton-Raphson, tem-se:

β(r+1) = β(r)+ (I−10 )(r)U(r),

em que β(r)e β(r+1) s˜ao os vetores de parˆametros estimados nos passos (r) e (r + 1), U(r)

o vetor escore, ou seja, o vetor de derivadas parciais de primeira ordem de l(β), com

elementos ∂l(β)/∂βj, avaliados no passo (r) e (I−10 )(r) a inversa da matriz de derivadas

parciais de segunda ordem de l(β), com elementos−∂

2l[β(r)]

∂βj∂βk

, avaliada no passo (r).

Quando as derivadas de 2a ordem s˜ao obtidas facilmente, o algoritmo de

Newton-Raphson ´e bastante ´util. Acontece, por´em, que isso nem sempre ocorre, e no caso

dos modelos lineares generalizados, usa-se o algoritmo escore de Fisher que, em geral, ´e

mais simples (coincidindo com o algoritmo de Newton-Raphson no caso das fun¸c˜oes de

liga¸c˜ao canˆonicas). Esse algoritmo envolve a substitui¸c˜ao da matriz de derivadas parciais

de 2a ordem pela matriz de valores esperados das derivadas parciais, isto ´e, a substitui¸c˜ao

da matriz de informa¸c˜ao observada, I0, pela matriz de informa¸c˜ao esperada de Fisher, K.

Logo,

β(r+1) = β(r)+ (K−10 )(r)U(r), (6)

sendo que K tem elementos dados por

κt,s=−E [ 2l(β) ∂βt∂βs ] = E [ ∂l(β) ∂βt ∂l(β) ∂βs ] ,

que ´e a matriz de covariˆancia dos Uj′s.

Multiplicando-se ambos os membros de (6) por K(r), tem-se

K(r)β(r+1) = K(r)β(r)+ U(r). (7)

Assim, usando-se (5), obt´em-se

κt,s = E(UtUs) = ni=1 1 ϕ2E(Yi− µi) 2 1 [V (µi)]2 ( dµi dηi )2 xitxis, = ni=1 1 ϕ2ϕV (µi) 1 [V (µi)]2 ( dµi dηi )2 xitxis, = ni=1 1 ϕ 1 V (µi) ( dµi dηi )2 xitxis.

(28)

Logo, a matriz de informa¸c˜ao de Fisher para β tem a forma

K = ϕ−1XTWX,

sendo W = diag{w1, ..., wn} uma matriz diagonal de pesos com elementos wi =

1 V (µi) ( dµi dηi )2 .

O vetor escore U = U(β) com componentes em (5) pode, ent˜ao, ser expresso

na forma U = ϕ−1XTWG(y− µ), com G = diag ( 1 1 , ..., 2 2 ) = diag[g′(µ1), ..., g′(µn)]. Substituindo K e U em (7), tem-se XTW(r)(r+1) = XTW(r)(r)+ XTW(r)G(r)(y− µ(r)), ou, ainda, XTW(r)(r+1) = XTW(r)(r)+ G(r)(y− µ(r))].

Definindo-se a vari´avel dependente ajustada z = η + G(y− µ), tem-se

XTW(m)(r+1) = XTW(r)z(r),

ou ainda,

β(r+1) = (XTW(r)X)−1XTW(r)z(r).

O processo iterativo, inicia-se, especificando-se uma estimativa inicial β(0)

que, sucessivamente, ´e alterada at´e a convergˆencia ser obtida. Cada observa¸c˜ao pode ser

considerada como uma estimativa do seu valor m´edio, isto ´e, ˆµi = yi e, portanto,

ˆ

ηi = g(ˆµi) = g(yi).

Usando-se ˆη como a vari´avel dependente e X, a matriz do modelo, obt´em-se

o vetor β(0). A seguir, o algoritmo de estima¸c˜ao pode ser resumido nos seguintes passos

1) obter as estimativas η(r)i = pj=1 xijβ (r) j e µ(r)i = g−1 ( ηi(r) ) ;

(29)

2) obter a vari´avel dependente ajustada zi(r) = ηi(r)+ ( yi− µ (r) i ) g′ ( µ(r)i ) e os pesos w(r)i = 1 V (µi) ( dµi dηi )2 ; 3) calcular β(r+1)=(XTW(r)X)−1XTW(r)z(r),

voltar ao primeiro passo com β(r) = β(r+1) e repetir o processo at´e a convergˆencia,

obtendo-se ˆβ = β(r+1).

Para verificar a convergˆencia, um crit´erio a ser utilizado pode ser

pi=1 ( β(r+1)j − β(r)j β(r)j )2 < ξ,

sendo que ξ ´e um valor suficientemente pequeno. Na maioria das vezes, esse algoritmo ´e

robusto e converge rapidamente.

2.1.2 Algoritmo EM

A utiliza¸c˜ao de algoritmos iterativos para a solu¸c˜ao de sistema de equa¸c˜oes

n˜ao-lineares, como o de Newton-Raphson ou o escore de Fisher, j´a estava bem estabelecida

na d´ecada de 70. Entretanto, em situa¸c˜oes que envolviam dados incompletos, a utiliza¸c˜ao

desses algoritmos para realizar a estima¸c˜ao dos parˆametros era comprometida, pois para

esses algoritmos tradicionais poderem ser utilizados, n˜ao pode haver dados incompletos.

Dessa forma, outro algoritmo computacional tornava-se necess´ario.

Dados incompletos podem ser considerados dados faltantes, truncados,

cen-surados, provenientes de misturas de popula¸c˜oes, dentre v´arios outros tipos. Levando-se

esses aspectos em considera¸c˜ao, Dempster et al. (1977) propuseram um algoritmo

unifi-cado, denominado algoritmo EM, para obter as estimativas de m´axima verossimilhan¸ca

de dados incompletos. O nome “EM”, deve-se `as duas fases iterativas do algoritmo: a

fase E consiste em estimar os dados incompletos e a fase M maximiza a fun¸c˜ao de

ve-rossimilhan¸ca que considera as estat´ısticas suficientes dos dados completos. O processo

(30)

A originalidade desse m´etodo se deve `a sua simplicidade, e ao grande

espec-tro de aplica¸c˜oes do algoritmo (que v˜ao bem al´em do caso espec´ıfico das distribui¸c˜oes da

fam´ılia exponencial) e das fortes propriedades de convergˆencia que o m´etodo apresenta.

No mesmo artigo, s˜ao descritos alguns exemplos de modelagem envolvendo

i) dados perdidos para amostras multinomiais, modelos lineares com distribui¸c˜ao

nor-mal e amostragem de popula¸c˜ao normal multivariada;

ii) dados agrupados, censurados e truncados;

iii) mistura finita de popula¸c˜oes;

iv) estima¸c˜ao de componentes de variˆancia em modelos mistos;

v) substitui¸c˜ao do algoritmo de m´ınimos quadrados reponderados iterativamente, na

presen¸ca de dados incompletos.

Descri¸c˜ao do algoritmo EM

Seja x o vetor de dados completos, f (x; δ) sua fun¸c˜ao densidade de

probabi-lidade, y o vetor de dados incompletos e g(y; δ) a fun¸c˜ao densidade de probabilidade de y.

S˜ao considerados dois espa¸cos amostrais, ΩX (espa¸co amostral para os dados completos)

e ΩY (espa¸co amostral para os dados incompletos). ´E assumida a rela¸c˜ao de y→ y(x) de

X a ΩY. Assim sendo, a fun¸c˜ao densidade de probabilidade de y, g(y; δ), ´e denotada

por (DEMPSTER et al., 1977)

g(y; δ) =

∫ ΩY (y)

f (x; δ)dx, (8)

em que ΩY(y) ´e uma sub-amostra do espa¸co de ΩX. Se f (x; δ) for uma distribui¸c˜ao

discreta, a integral em (8) ´e substitu´ıda por um somat´orio.

Sejam lc(δ; x) = log f (x; δ) o logaritmo da fun¸c˜ao de verossimilhan¸ca,

baseado nos dados completos, e l(δ; y) = log(y; δ) o logaritmo da fun¸c˜ao de

verossimi-lhan¸ca, baseado nos dados incompletos. O objetivo do algoritmo EM ´e encontrar a

esti-mativa de m´axima verossimilhan¸ca de δ.

Utilizando-se o algoritmo EM, realiza-se a maximiza¸c˜ao de l(δ; y),

(31)

observ´aveis, s˜ao substitu´ıdos pela esperan¸ca condicional, dados as observa¸c˜oes e os

valo-res correntes dos parˆametros,

δ(r+1) = E[lc(δ; x)|y, δ(r)]. (9)

A equa¸c˜ao (9) pode ser resolvida, usando-se os passos E e M, que se seguem.

Passo E: calcular a esperan¸ca condicional do logaritmo da fun¸c˜ao de

ve-rossimilhan¸ca dos dados completos, lc(δ; x), dados o vetor de observa¸c˜oes y e os r-´esimos

valores tempor´arios do parˆametro δ(r):

Q(δ; δ(r)) = E[lc(δ; x)|y, δ(r)].

Passo M: encontrar δ(r+1) para maximizar Q(δ; δ(r)), obtido no passo E:

Q(δ(r+1); δ(r))≥ Q(δ; δ(r)).

Os passos E e M s˜ao repetidos at´e a convergˆencia ser obtida, isto ´e, at´e que

a diferen¸ca entre lc(r+1); x) e lc(r); x) seja neglig´ıvel.

2.1.3 Modelos lineares generalizados mistos e procedimento de estima¸c˜ao dos

parˆametros, usando-se o algoritmo EM

Ap´os realizar o ajuste de um modelo linear generalizado a determinado

conjunto de observa¸c˜oes, como, por exemplo, o ajuste de um modelo binomial, se forem

inclu´ıdas todas as vari´avies explanat´orias consideradas importantes, ainda assim a

va-ria¸c˜ao residual poder´a ser maior do que a varia¸c˜ao que pode ser acomodada pelo modelo.

Isso poder´a indicar a ocorrˆencia de superdispers˜ao (HINDE e DEM´ETRIO, 1998).

Den-tre v´arias das poss´ıveis causas da superdispers˜ao, duas delas podem ser o processo de

realiza¸c˜ao do experimento e o processo de coleta dos dados. Quando ocorre a

superdis-pers˜ao, devem-se procurar vari´aveis explanat´orias adicionais, ou incluir no modelo uma

fonte adicional de varia¸c˜ao que a acomode. Segundo Collett (2003), uma das maneiras de

se acomodar a superdispers˜ao ´e incluir um efeito aleat´orio no modelo.

Nos modelos mistos normais, os componentes aleat´orios s˜ao adicionados no

modelo da mesma forma que os efeitos fixos. A interpreta¸c˜ao de um efeito como sendo

fixo, ou aleat´orio, depende do objetivo da an´alise. Se os n´ıveis particulares de um fator

(32)

se for verificado que os n´ıveis do fator s˜ao uma sele¸c˜ao aleat´oria de uma popula¸c˜ao com

determinados n´ıveis, assume-se que o fator ´e aleat´orio. Dependendo do contexto, o mesmo

fator pode ser considerado fixo ou aleat´orio. Para o modelo normal misto, assume-se que a

distribui¸c˜ao do vetor de resposta Y, condicional ao efeito aleat´orio Z, possui distribui¸c˜ao

normal,

Y|Z ∼ N(Xβ + Z, γ2I)

em que β ´e o vetor de efeitos fixos associado a matriz de delineamento X e γ2I a matriz

de variˆancias e covariˆancias do modelo.

Na teoria de modelos lineares generalizados, quando se deseja melhor

aco-modar a variabilidade presente nas observa¸c˜oes, uma das alternativas ´e incluir um efeito

aleat´orio no preditor linear. Assim, por exemplo, se Yi representa a vari´avel aleat´oria

umero de sucessos em mi ocorrˆencias e Zi∗ um efeito aleat´orio no preditor linear, tem-se

que Yi|Zi∗ ∼ Binomial(mi, πi), e ηi = logit(πi) = log ( πi 1− πi ) = xTi β + zi∗.

Na maioria das vezes, sup˜oe-se que o efeito aleat´orio Zi segue distribui¸c˜ao

normal com m´edia zero e variˆancia σ2, em que σ2´e desconhecido. Outra forma de nota¸c˜ao,

´

e substituir Zi por σZi, em que se sup˜oe que Zi segue distribui¸c˜ao normal padr˜ao, isto ´e

ηi = xTi β + σzi = g(µi), (10)

em que g(·) ´e a fun¸c˜ao de liga¸c˜ao.

Se o efeito aleat´orio Zina express˜ao (10) fosse conhecido, e n˜ao apenas a sua

distribui¸c˜ao, o parˆametro σ poderia ser estimado conjuntamente com β, de maneira

con-vencional, correspondendo a ajustar um modelo, considerando-se Z uma vari´avel aleat´oria

extra. Normalmente, Zi ´e desconhecido e o problema torna-se um candidato para o uso

do algoritmo EM (ANDERSON e HINDE, 1988; AITKIN et al. 2009).

Sejam δ = (β, σ), o vetor de parˆametros de interesse, e δ(r) = (β(r), σ(r))T,

o vetor das estimativas dos parˆametros na r-´esima itera¸c˜ao. Os passos para a realiza¸c˜ao

do algoritmo EM s˜ao:

Passo E: Calcular Q(δ(r)) = E[log f (y, z|δ)|y, δ(r)],

Passo M: Escolher δ(r+1) para maximizar Q(δ(r)).

Considerando-se apenas uma ´unica observa¸c˜ao Yi e um efeito aleat´orio Zi,

Q(δ(r)) =

−∞

(33)

em que f (zi|yi, δ(r)) = f (yi|zi, δ(r))f (zi) ∫ −∞f (yi|zi, δ(r))f (zi)dzi , ou seja, Q(δ(r)) = ∫ −∞ log f (yi, zi|δ) f (yi|zi, δ(r))f (zi) ∫ −∞f (yi|zi, δ(r))f (zi)dzi dzi = ∫ 1 −∞f (yi|zi, δ(r))f (zi)dzi −∞ log f (yi, zi|δ)f(yi|zi, δ(r))f (zi)dzi = s−1 −∞ log f (yi, zi|δ)f(yi|zi, δ(r))f (zi)dzi, (11) em que s = −∞ f (yi|zi, δ(r))f (zi)dzi,

´e uma fun¸c˜ao de δ(r) e n˜ao de δ. Assumindo-se que se podem derivar os elementos que

constituem a integral em (11), para o v-´esimo elemento de δ, o passo M fica

∂Q(δ(r)) ∂δv = s−1 −∞ ∂ log f (yi, zi|δ) ∂δv f (yi|zi, δ(r))f (zi)dzi, sendo que

log(yi, zi|δ) = log[f(yi|zi, δ)f (zi)] = log f (yi|zi, δ) + log f (zi).

Se a distribui¸c˜ao de Zi ´e conhecida e sem parˆametros desconhecidos,

log f (zi) ´e independente de δ, e, portanto,

∂Q(δ(r)) ∂δv = s−1 −∞ log f (yi|zi, δ) ∂δv f (yi|zi, δ(r))f (zi)dzi. (12)

A integral em (12) n˜ao tem solu¸c˜ao anal´ıtica e h´a necessidade de se usar um

m´etodo de integra¸c˜ao num´erica. Em particular, como Zi tem distribui¸c˜ao normal padr˜ao

pode-se utilizar o m´etodo de quadratura Gaussiana (STROUD e SECREST, 1966), com

K-pontos Z1, . . . , Zke pesos associados α1, . . . , αk. Isso consiste em se substituir a integral

em (12) por uma soma, isto ´e,

∂Q(δ(r)) ∂δv Kk=1 αkf (yi|zk, δ(r)) ∑K k=1αkf (yi|zk, δ(r)) ∂ log f (yi|zk, δ) ∂δv = Kk=1 wik ∂ log f (yi|zk, δ) ∂δv , (13) em que wik = αkf (yi|zk, δ(r)) ∑K k=1αkf (yi|zk, δ(r)) , (14)

(34)

ao as probabilidades “a posteriori” de Zk dados Yi e δ(r).

Realizar a maximiza¸c˜ao de Q(δ(r)) em (13) ´e equivalente a maximizar uma

soma ponderada dos logaritmos da fun¸c˜ao de verossimilhan¸ca da distribui¸c˜ao condicional

da vari´avel resposta, dada a vari´avel de mistura (efeito aleat´orio Zi). Para a classe dos

modelos lineares generalizados, a vari´avel aleat´oria Yi tem fun¸c˜ao densidade de

probabili-dade, para o caso cont´ınuo, ou fun¸c˜ao de probabilidade, para o caso discreto, da seguinte

forma f (Yi = yi; θi, ϕ) = exp { ϕ−1[yiθi− b(θi)] + c(yi, ϕ) } i = 1, 2, . . . , n. (15)

Para estender (15), por meio da inclus˜ao de um efeito, assim como em (10),

deve-se considerar θi como fun¸c˜ao de σ e Zi. Logo,

log f (y|z) = ϕ−1

n

i=1

{[yiθi− b(θi)] + c(yi, ϕ)} . (16)

Derivando-se (16) em rela¸c˜ao a δ, obt´em-se

∂ log f (y|z) ∂δv = ϕ−1 ni=1 [ yi ∂θi ∂δv ∂b(θi) ∂δv + ∂c(yi, ϕ) ∂δv ] = ϕ−1 ni=1 [ yi ∂θi ∂δv ∂b(θi) ∂δv ] . (17)

Substituindo-se (17) em (13), e igualando-se a zero, obt´em-se

ni=1 Kk=1 wik ∂θi ∂δv [yi− b′(θi)] = 0. (18)

Nota-se que (18) representa uma soma ponderada das fun¸c˜oes escores de

um modelo linear generalizado padr˜ao. Portanto, segundo Hinde (1982) o processo de

estima¸c˜ao, procede, ajustando-se um modelo linear generalizado ponderado com pesos

wik aos dados expandidos (K-c´opias dos dados originais). Esses pesos s˜ao fun¸c˜oes de Zk,

Yi, σ e β, e devem ser estimados iterativamente.

Logo, para se estimarem os parˆametros, utilizando-se o algoritmo EM,

de-vem ser seguidas as etapas:

1- Encontrar as estimativas de β ignorando-se Z, e ajustar um modelo linear

(35)

2- Expandir K vezes o vetor de observa¸c˜oes e a matriz X, isto ´e, y = [yT, yT, . . . , yT]T e X = [XT, XT, . . . , XT]T. Expandir z

k, n vezes, isto ´e, z =

[z1, z1, . . . , z1, z2, z2. . . , z2, . . . , zk, zk, . . . , zk]T;

3- Fornecer um valor incial para σ, sendo que Anderson e Hinde (1988) sugerem σ = 1;

4- Passo E: Calcular os pesos wik, pela express˜ao (14);

5- Passo M: Resolver (18), utilizando-se wikcomo pesos a priori no ajuste de um modelo

linear generalizado ponderado;

6- Repetir os passos (4) e (5) at´e obter a convergˆencia.

Segundo Collett (2003), o n´umero K de pontos de quadratura Gaussiana

n˜ao precisa ser maior do que 20.

2.1.4 Ensaio do tipo dose-resposta

Em v´arios experimentos, o objetivo ´e verificar a rela¸c˜ao entre a dose e

a resposta, procedimento conhecido como ensaio do tipo dose-resposta. “Dose” ´e um

termo geral que indica a magnitude de um est´ımulo (por exemplo, uma droga), aplicado a

determinado indiv´ıduo, ou a um grupo de indiv´ıduos, e a “resposta” ´e a medida do efeito

que o est´ımulo produz nesses indiv´ıduos.

Supondo que um est´ımulo ´e aplicado em diferentes doses di, i = 0, 1, . . . , D,

respectivamente, a j grupos de indiv´ıduos, sendo que j = 1, 2, . . . , ni, e cada indiv´ıduo,

responde ou n˜ao, ao est´ımulo aplicado, tal que a resposta ´e quantal (sucesso ou fracasso,

isto ´e, 1 ou 0). Ap´os um per´ıodo especificado, obt´em-se um n´umero yij de indiv´ıduos que

mudam de estado (ocorrˆencia de um sucesso) do total de mij indiv´ıduos. O exemplo mais

´

obvio ´e a morte, entretanto, quando se trabalha, por exemplo, com insetos ou larvas, pode

ser dif´ıcil decidir, precisamente, quando um inseto ou uma larva est˜ao mortos, ou talvez

quando tenham atingido um est´agio de inatividade seguido de morte. Em pesquisas

com fungicidas, a falha de um esporo em germinar ´e uma resposta quantal de grande

importˆancia, assim como em estudos sobre a potˆencia de drogas, a resposta pode ser a

cura de uma condi¸c˜ao m´orbida, sem cura parcial sob considera¸c˜ao (FINNEY, 1980).

Dados resultantes desse tipo de ensaio podem ser considerados como

(36)

aleat´oria correspondente ao n´umero de sucessos Yij tem distribui¸c˜ao binomial B(mij, πij),

definida em (4) (CORDEIRO e DEM´ETRIO, 2007).

Em um bioensaio, se o est´ımulo aplicado aos indiv´ıduos s˜ao doses variadas

de determinado pesticida, se a dose administrada for muito pequena, nenhum indiv´ıduo

responder´a, e se as doses forem altas, ser´a fatal para todos. O objetivo ´e, em geral,

determinar a dose, que ocasiona a mortalidade de 100p% dos indiv´ıduos, em que 0 < p < 1, referida como “dose efetiva”, ou, “dose letal” no caso de morte. Trevan (1927) sugeriu

o c´alculo da “dose letal mediana”, que ir´a produzir a resposta em metade da popula¸c˜ao,

denominada DE50.

2.1.5 Mortalidade natural

Segundo Collett (2003), v´arios experimentos na ´area entomol´ogica, mostram

evidˆencias de que as respostas (morte ou n˜ao dos indiv´ıduos) podem ocorrer mesmo

quando o est´ımulo n˜ao ´e administrado a determinado grupo de indiv´ıduos. Por exemplo,

quando se realiza um bioensaio, para testar a efetividade de determinado inseticida a ser aplicado em insetos, alguns insetos podem morrer durante o per´ıodo experimental, devido

a algum problema durante a execu¸c˜ao do experimento, ou devido a causas naturais. Assim,

os insetos podem morrer mesmo que n˜ao tenham recebido nenhuma dose do inseticida, e

parte dos insetos que morreram e que receberam determinada dose do inseticida, podem

n˜ao ter morrido devido `a dose de inseticida recebida. Esses insetos apresentam “resposta

natural”ou “mortalidade natural”.

A an´alise de dados de bioensaios que apresentam essa particularidade, deve

levar isso em considera¸c˜ao. Assim, assume-se que a porpor¸c˜ao ω, representa a taxa de

mortalidade natural. Para qualquer n´ıvel da dose di, a propor¸c˜ao esperada de indiv´ıduos

que morrem somente devido `a dose di, πij, n˜ao ´e diretamente observ´avel. A propor¸c˜ao

observ´avel, π∗ij, corresponde `a propor¸c˜ao ω de indiv´ıduos que morrem naturalmente e da

propor¸c˜ao (1 − ω)πij de indiv´ıduos que morrem devido `a dose di. Assim sendo, πij∗ ´e

expressa por πij =    ω i = 0, j = 1, . . . , n0 (grupo controle) ω + (1− ω)πij i = 1, . . . , D, j = 1, . . . , ni, (19)

resultado conhecido como f´ormula de Abbott (ABBOTT, 1925).

(37)

uma observa¸c˜ao de uma vari´avel aleat´oria Yij com distribui¸c˜ao binomial B(mij, πij∗), em

que πij ´e modelado como fun¸c˜ao da dose di, utilizando-se a fun¸c˜ao de liga¸c˜ao apropriada

(probito, log´ıstica ou complemento log-log). Utilizando-se a fun¸c˜ao de liga¸c˜ao log´ıstica e

um modelo linear em rela¸c˜ao `a dose di para πij, logit(πij) = β0+ β1di, a express˜ao para

πij fica πij =    ω i = 0, j = 1, . . . , n0 (grupo controle) ω + (1− ω) exp(β01di) 1+exp(β01di) i = 1, . . . , D, j = 1, . . . , ni. (20)

2.1.6 Mortalidade natural e fator de heterogeneidade

A express˜ao (20) leva em conta a ocorrˆencia de mortalidade natural, mas

se a variabilidade das respostas observadas for maior do que a variabilidade predita pelo

modelo, o ajuste n˜ao ser´a bom, mostrando ind´ıcios de que a variabilidade presente nas

observa¸c˜oes ´e maior do que a variabilidade que o modelo padr˜ao de mortalidade natural

pode acomodar, ou seja, pode estar ocorrendo superdispers˜ao (HINDE e DEM´ETRIO,

1998). Na ocorrˆencia, ou n˜ao, de mortalidade natural, o modelo binomial que leva em

conta a ocorrˆencia de mortalidade natural, seria apropriado se os indiv´ıduos em cada

grupo respondessem independentemente e com as mesmas probabilidades de morte. Se

uma das pressuposi¸c˜oes ´e violada, pode ocorrer a superdispers˜ao. Uma maneira

sim-ples de contornar esse problema, ´e calcular o fator de heterogeneidade (MCCULLAGH e

NELDER, 1989), ˆ ϕ = 1 N − p Di=0 nij=1 (yij− mijπˆ∗ij)2 mijπˆij∗(1− ˆπij∗) , (21)

em que N =Di=0ni, ´e o n´umero total de observa¸c˜oes e p ´e o n´umero de parˆametros do

modelo (p = 3 para esse modelo padr˜ao). Em seguida, essa estimativa pode ser usada para

multiplicar as variˆancias das estimativas dos parˆametros do modelo padr˜ao de mortalidade

natural. Outra alternativa seria usar o modelo beta-binomial com mortalidade natural.

2.1.7 Teste da raz˜ao de verossimilhan¸cas e AIC

Ap´os realizar o ajuste de um modelo a determinado conjunto de observa¸c˜oes,

´e necess´ario verificar se houve um bom ajuste, e se todos os parˆametros presentes no

modelo s˜ao necess´arios. Para realizar a compara¸c˜ao entre modelos, na maioria das vezes

(38)

Seja o modelo I, com preditor linear ηij = β0+ β1di, que s´o envolve efeitos

fixos. O modelo II, com preditor linear ηij = β0 + β1di + σzij ´e um modelo misto, que

envolve efeitos fixos e um efeito aleat´orio aleat´orio (Zij).

A compara¸c˜ao entre os modelos I e II, equivale ao teste da hip´otese H0 : σ2 =

0, que ´e um teste no limite do espa¸co param´etrico (MCCULLOCH et al., 2008). Seja cL1 a

fun¸c˜ao de verossimilhan¸ca maximizada sob o modelo I, e cL2 a fun¸c˜ao de verossimilhan¸ca

maximizada sob o modelo II. Logo,

−2 log ˆΛ = 2[log(cL2)− log(cL1)],

tem uma distribui¸c˜ao assint´otica que ´e uma mistura 50:50 de χ2

0 e χ21. Portanto, para um

teste com n´ıvel α de significˆancia, rejeita-se H0 se−2 log bΛ ´e maior do que 12χ21,1−α.

Outro crit´erio, que pode ser utilizado para a compara¸c˜ao de modelos, ´e o

crit´erio AIC (Akaike Information Criterion) (SAKAMOTO et al., 1986), definido por

AIC = −2 log bΛ + 2npar,

em que npar ´e o n´umero de parˆametros do modelo. Para realizar a compara¸c˜ao entre os

modelos, quanto menor for o AIC, melhor ´e o ajuste fornecido pelo modelo.

2.1.8 Gr´afico semi-normal de probabilidade com envelope de simula¸c˜ao

Ao se utilizarem o teste da raz˜ao de verossimilhan¸cas e o crit´erio AIC, s´o

´

e poss´ıvel verificar se um modelo ´e superior a outro. Entretanto, n˜ao ´e poss´ıvel concluir

se o modelo escolhido est´a bem ajustado ao conjunto de observa¸c˜oes. Para verificar se

um modelo se ajusta bem a um conjunto de observa¸c˜oes, uma das alternativas ´e analisar

os res´ıduos do modelo, utilizando-se os gr´aficos semi-normais de probabilidade com

enve-lopes de simula¸c˜ao (ATKINSON, 1985). Para o modelo binomial, os res´ıduos ordin´arios

(MCCULLAGH e NELDER, 1989) s˜ao definidos por

ˆ

rij = ˆµij

yij

mij

,

em que ˆµij s˜ao os valores ajustados do modelo.

O gr´afico semi-normal de probabilidade com envelope de simula¸c˜ao, para

qualquer modelo s´o com efeitos fixos, ´e constru´ıdo da seguinte forma (HINDE e

(39)

i) Ajustar um modelo e calcular r(ij), os valores absolutos ordenados do res´ıduo que

est´a sendo utilizado;

ii) Simular pelo menos l = 19 amostras, utilizando-se como parˆametros os valores das

estimativas dos parˆametros do modelo ajustado em i) e os mesmos valores observados

das vari´aveis explanat´orias;

iii) Reajustar o mesmo modelo para cada amostra e calcular o valor absoluto ordenado dos res´ıduos, rl(ij) , l = 1, 2, . . . , 19, i = 1, 2, . . . , D, j = 1, 2, . . . , ni;

iv) Para cada ij, calcular a m´edia, o valor m´ınimo e o m´aximo de r∗l(ij);

v) Plotar os valores de iv) e os valores de r(ij) versus os quantis da distribui¸c˜ao

semi-normal, tendo o envelope simulado como limites o n´umero m´ınimo e o m´aximo de

rl(ij) .

Se o modelo fornecer um bom ajuste, o envelope simulado ir´a conter a

grande maioria dos pontos, caso contr´ario, se muitos pontos estiverem fora do envelope

(40)

2.2 Metodologia

2.2.1 Mortalidade natural e efeito aleat´orio - desenvolvimento do modelo

Uma extens˜ao do modelo binomial que inclui um parˆametro para

mortali-dade natural, surge com a adi¸c˜ao de um efeito alet´orio no preditor linear. Esse modelo

levar´a em considera¸c˜ao a variabilidade que ocorre entre os indiv´ıduos que pertencem ao

mesmo grupo, e, conjuntamente, fornecer´a uma estimativa da propor¸c˜ao de mortalidade

natural. Assim, considerando-se que Yij ∼ Bin(mij, πij∗) e utilizando-se a fun¸c˜ao de liga¸c˜ao

log´ıstica, a probabilidade condicional πij dado Zij, de os indiv´ıduos morrerem, fica dada

por πij =    ω i = 0, j = 1, . . . , n0 (grupo controle) ω + (1− ω) exp(β01di+σzij) 1+exp(β01di+σzij) i = 1, . . . , D, j = 1, . . . , ni, (22)

em que o efeito aleat´orio Zij, ´e assumido ser uma vari´avel aleat´oria com distribui¸c˜ao

nor-mal padr˜ao, correspondendo `a varia¸c˜ao do j-´esimo grupo, que recebeu o i-´esimo n´ıvel de

dose di. A express˜ao (22) ´e bastante flex´ıvel, pois pode ser modificada para outras fun¸c˜oes

de liga¸c˜ao e para incluir outros efeitos aleat´orios, como, por exemplo, efeito aleat´orio no

n´ıvel das doses.

Para a estima¸c˜ao dos parˆametros, pelo m´etodo da m´axima verossimilhan¸ca,

para o modelo padr˜ao que inclui um parˆametro para mortalidade natural e aquele que,

al´em disso, leva em conta a superdispers˜ao por meio da inclus˜ao de um efeito aleat´orio

no preditor linear, ser˜ao usados dois algoritmos, o algoritmo EM e o de Newton Raphson.

O algoritmo EM fornece somente as estimativas dos parˆametros, e para calcular os erros

padr˜oes das estimativas dos parˆametros, algum m´etodo auxiliar deve ser utilizado, como,

por exemplo, os m´etodos de Louis (1982) ou de Oakes (1999). O algoritmo de Newton

Raphson, al´em de fornecer as estimativas dos parˆametros, fornece diretamente a matriz

de variˆancias e covariˆancias das estimativas dos parˆametros. Outro algoritmo similar

ao de Newton Raphson, que, tamb´em, pode ser utilizado para a realizar estima¸c˜ao dos

parˆametros do modelo, ´e o algoritmo escore de Fisher, que envolve a substitui¸c˜ao da matriz

de derivadas parciais de segunda ordem pela matriz de valores esperados das derivadas

parciais, mas coincide com o algoritmo de Newton Raphson no caso das fun¸c˜oes de liga¸c˜ao

canˆonica, como, por exemplo, quando ´e utilizada a fun¸c˜ao de liga¸c˜ao log´ıstica.

(41)

implemen-tados no software estat´ıstico R (R DEVELOPMENT CORE TEAM, 2012), utilizando-se

as fun¸c˜oes optim e glm para o modelo sem efeito aleat´orio. Para o modelo com efeito

aleat´orio, utiliza-se a fun¸c˜ao allvc do pacote npmlreg (EINBECK et al. 2007) do

software R, especialmente desenvolvido para estima¸c˜ao n˜ao param´etrica de m´axima

ve-rossimilhan¸ca para modelos com efeito aleat´orio. Os comandos utilizados encontram-se

no Apˆendice.

2.2.2 Ajuste do modelo binomial que leva em conta a ocorrˆencia de

mortali-dade natural

De forma reduzida, tem-se que para dados na forma de propor¸c˜oes com

mortalidade natural admite-se que Yij ∼ Bin(mij, πij∗), sendo πij∗ descrito por (19). Logo,

a fun¸c˜ao de verossimilhan¸ca para o modelo padr˜ao de mortalidade natural ´e expressa por

L(ω, β; y) = Di=1 nij=1 ( mij yij ) [ω + (1− ω)πij]yij{(1 − ω) [1 − πij]}mij−yij × n0 ∏ j=1 ( m0j y0j ) ωy0j(1− ω)m0j−y0j, (23)

em que yij, s˜ao os n´umeros de indiv´ıduos que morrem do total de mij indiv´ıduos, expostos `a

dose di, e y0j s˜ao os n´umeros de inv´ıduos que pertencem ao grupo controle, que morrem do

total de m0j indiv´ıduos. Se for utilizada a fun¸c˜ao de liga¸c˜ao log´ıstica, πij =

exp(β01di)

1+exp(β01di),

mas qualquer outra fun¸c˜ao de liga¸c˜ao pode ser utilizada. Para encontrar as estimativas

dos parˆametros do modelo, ´e necess´ario maximizar a fun¸c˜ao de verossimilhan¸ca (23). A

seguir, s˜ao apresentadas duas alternativas para a estima¸c˜ao dos parˆametros do modelo.

A primeira delas usando o algoritmo de Newton Raphson e a segunda usando o algoritmo EM.

2.2.2.1 Estima¸c˜ao dos parˆametros, usando-se o algoritmo de Newton

Raphson

O logaritmo da fun¸c˜ao de verossimilhan¸ca (23), para o modelo binomial que

(42)

dado por l(ω, β; y) = Di=1 nij=1 log ( mij yij ) + yijlog [ω + (1− ω)πij] + (mij − yij) log [(1− ω) (1 − πij)] + n0 ∑ j=1 log ( m0j y0j ) + y0jlog(ω) + (m0j − y0j) log(1− ω), (24) sendo que πij = exp(β0+ β1di) 1 + exp(β0+ β1di) .

Para encontrar os estimadores de m´axima verossimilhan¸ca dos parˆametros

ω, β0 e β1, ´e necess´ario calcular as derivadas de primeira ordem de (24), em rela¸c˜ao aos

mesmos, isto ´e, ∂l(ω, β; y) ∂ω , ∂l(ω, β; y) ∂β0 e ∂l(ω, β; y) ∂β1 ,

igualar a zero e resolver o sistema de equa¸c˜oes.

N˜ao h´a solu¸c˜ao de forma fechada para o sistema de equa¸c˜oes resultantes,

pois s˜ao equa¸c˜oes n˜ao lineares. Logo, ´e necess´ario o uso de um processo iterativo, como

o algoritmo de Newton Raphson, para encontrar as estimativas dos parˆametros. Para

implementar o algoritmo de Newton Raphson, ´e necess´ario, ent˜ao, resolver o sistema de

equa¸c˜oes      ω(r+1) β0(r+1) β1(r+1)     =      ω(r) β0(r) β1(r)     + A−1B, em que A =         2l(ω, β; y) ∂ω2 2l(ω, β; y) ∂ω∂β0 2l(ω, β; y) ∂ω∂β1 2l(ω, β; y) ∂β0∂ω 2l(ω, β; y) ∂β2 1 2l(ω, β; y) ∂β0∂β1 2l(ω, β; y) ∂β1∂ω 2l(ω, β; y) ∂β1∂β0 2l(ω, β; y) ∂β2 1         e B =        ∂l(ω, β; y) ∂ω ∂l(ω, β; y) ∂β0 ∂l(ω, β; y) ∂β1       

, sendo que A ´e a matriz Hessiana e B o vetor escore.

Para iniciar o processo iterativo, ´e necess´ario fornecer os valores iniciais ω(0),

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