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FACULDADE DE TECNOLOGIA EM SAUDE CIEPH VALMÁRIA DOS SANTOS LISBOA

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FACULDADE DE TECNOLOGIA EM SAUDE – CIEPH

VALMÁRIA DOS SANTOS LISBOA

O ENVELHECIMENTO SOB A ÓTICA DA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA

SÃO LUIS-MA 2015

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VALMÁRIA DOS SANTOS LISBOA

O ENVELHECIMENTO SOB A ÓTICA DA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA

Artigo apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Acupuntura da Faculdade de Tecnologia em saúde – CIEPH.

Orientador: prof. Esp. José Diniz da Silva Filho.

SÃO LUIS-MA 2015

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FACULDADE DE TECNOLOGIA EM SAUDE – CIEPH ESPECIALIZAÇÃO EM ACUPUNTURA

VALMÁRIA DOS SANTOS LISBOA

O ENVELHECIMENTO SOB A ÓTICA DA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA

Esse artigo apresentado como trabalho de conclusão de curso foi analisado pelos professores e julgado e aprovado para obtenção do grau de Especialista em

Acupuntura.

São Luís, 10 de julho de 2015

__________________________________________ Profº Esp. José Diniz da Silva Filho

Presidente da banca

____________________________________________ Profº. Msc. José Fernandes da Assunção Leite

Banca

____________________________________________ Profª. Msc. Magali Andrade Guimarães

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LISBOA, Valmária dos Santos, O envelhecimento sob a ótica da medicina tradicional chinesa. 2014. 15 p. Artigo Científico - Curso de Especialização em

Acupuntura, CIEPH. São Luís, 2015

RESUMO

Objetivo: Abordar a visão da medicina chinesa sobre o envelhecimento e os caminhos que a mesma aponta para envelhecermos de forma saudável e preventiva. Metodologia: Está embasada na pesquisa bibliográfica, com levantamentos de artigos e livros voltados para a medicina chinesa. Resultados: A medicina tradicional chinesa (MTC) oferece uma ampla gama de opções terapêuticas para cultivar a saúde e longevidade do ser humano, compreendendo que a prevenção é o caminho mais curto para a obtenção da qualidade de vida e bem estar. Conclusão: Identificou-se que a MTC apesar de milenar oferece à ciência um novo conceito de pensar sobre saúde e prevenção sendo possível envelhecermos com mais qualidade. É preciso questionar nossas verdades e conhecer outras formas de pensar sobre o envelhecimento, assim poderemos abrir novos olhares sobre a vida.

Palavras-chave: Envelhecimento, Prevenção e Medicina Tradicional Chinesa.

ABSTRACT

Objective: To approach the vision of Chinese medicine about aging and the ways that it points to grow old healthily and preventively. Methodology: It is grounded in the bibliographic search, with surveys of articles and books focused on Chinese medicine. Results: Traditional Chinese medicine (TCM) offers a wide range of therapeutic options for cultivating health and longevity of human beings, realizing that prevention is the shortest way to achieve the quality of life and well-being. Conclusion: It was identified that the TCM despite ancient science offers a new concept of thinking about health and prevention is possible to grow old with more quality. We must question our truths and other ways to think about aging, so we can open new perspectives about the life.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 6 2. ENVELHECIMENTO NA VISÃO DA MEDICINA CHINESA ... 8 3. ACUPUNTURA COMO TERAPIA COMPLEMENTAR NA PROMOÇÃO DA

SAÚDE ... 9 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 10 REFERÊNCIAS ... 12

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1. INTRODUÇÃO

A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) também conhecida como medicina chinesa (em chinês: Zhõngyí xué, ou Zhõngao xué), é a denominação usualmente dada ao conjunto de práticas de Medicina Tradicional em uso na China, desenvolvidas ao longo dos milhares de anos da sua história. Está fundamentada numa estrutura teórica sistemática e abrangente, de natureza filosófica. Tendo como base o reconhecimento das leis fundamentais que governam o funcionamento do organismo humano, e sua interação com o ambiente segundo os ciclos da natureza, procura aplicar esta abordagem tanto ao tratamento das doenças quanto à manutenção da saúde através de diversos métodos.

Atualmente são oito os principais métodos de tratamento da Medicina Tradicional Chinesa:

1. Fitoterapia chinesa (fármacos) 2. Acupuntura

3. Tuina ou Tui Ná (massagem e osteopatia chinesa) 4. Dietoterapia (terapia alimentar chinesa)

5. Auriculoterapia (tratamento pela orelha) 6. Moxabustão

7. Ventosaterapia

8. Práticas físicas (exercícios integrados de respiração e circulação de energia, e meditação como: Chi Kung, o Tai Chi Chuan e algumas artes marciais) consideradas métodos profiláticos para a manutenção da saúde ou formas de intervenção para recuperá-la.

Essas técnicas podem tratar vários sintomas do envelhecimento, aliviando dores, aumentando a vitalidade, auxiliando a memória e melhorando o estado emocional.

A MTC faz uma relação profunda entre o rim e o envelhecimento, os rins segundo Maciocia é a raiz da vida ou raiz do céu anterior, pelo motivo de que armazena a essência que é parcialmente herdada dos pais e determinada desde a concepção, acrescenta ainda que o rim tem seu aspecto yin e yang primordial, isso se explica no fato de que o rim é a fonte de yin e yang de todos os órgãos.

Na velhice, a partir dos 65 anos de idade, há um declínio de yang, redução da atividade externa e retorno ao yin. Se as pessoas aceitarem esse processo, a velhice

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pode ser um tempo de desenvolvimento interior e de contentamento (Jeremy Ross, 5, pág 40, 2003). Porém se não o aceitarem como fato natural, ela pode se tornar um tempo de frustração, amargura e depressão.

De acordo com a Medicina Tradicional Chinesa, saúde não significa ausência de doenças, mas sim o equilíbrio energético do organismo. Para se conseguir este equilíbrio, é necessário que se tenha uma vida regrada, com alimentação saudável, prática de exercícios físicos regulares, prática de meditação e o cultivo de bons sentimentos, os quais são fatores que conduzem a uma boa qualidade de vida e equilíbrio físico e mental.

O Ling shu ensina que para se evitar as influências adversas deve-se viver sabiamente, fluindo em conjunto com as quatro estações do ano, adaptando se ao frio e ao calor, harmonizando alegria e raiva, equilibrando yin e yang e uma moradia tranquila. Desta forma o homem sábio terá vida longa.

A longevidade é alcançada pela moderação na alimentação, dormindo e descansando de forma regular, trabalhando sem excessos; isto mantém o corpo unificado ao espirito. O processo de envelhecermos segundo a visão da medicina chinesa é desencadeado e muitas vezes antecipado pela falta de equilíbrio energético do sangue, da defesa do organismo, nutrição adequada e desarmonia entre o seu estado físico, espiritual e emocional. (Nakano/ Yamarura,et al 2005)

Longevidade com saúde é o que todos nós queremos e a medicina chinesa, com seus quase cinco mil anos tem muito a oferecer ao grupo da terceira idade, pois tais técnicas têm o poder de equilibrar sistemas em desarmonia, provocada por emoções como tristeza, angústia, estresse, solidão, abandono.

O envelhecimento, na visão oriental, faz parte do ciclo da vida e não deve ser considerado como sinônimo de doença. Ele pode ser retardado se reforçamos os três níveis da existência: shen, qi e jing.

A medicina chinesa é filosófica, sintética, holística, interna, conformatória, empírica, individual, preventiva, experimental, experiencial, humoral, subjetiva e natural (Tu Hsing et al.29, 2004). Por este motivo, acredita-se que o ideal é juntar a medicina chinesa e a medicina ocidental. Tal síntese pretende prover o mundo com um sistema de saúde mais completo, mais satisfatório.

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2. ENVELHECIMENTO NA VISÃO DA MEDICINA CHINESA

“O envelhecimento bem sucedido não é um privilégio, mas um objetivo a ser alcançado..., sabendo lidar com as mudanças que efetivamente acompanham o envelhecer” (PAPALEO NETTO, 1994).

O conceito de envelhecimento é tido como a perda progressiva e irreversível da capacidade de adaptação do organismo às condições mutáveis do meio ambiente. Nele, estão contidas alterações em praticamente todos os sistemas do organismo, e todas são interligadas para a diminuição da função dos indivíduos. (ROBERT, 1994). A população idosa, especificamente, cresce no mundo de forma acelerada. Sabe-se que acima dos 60 anos aumenta a incidência de afecções crônicas, muitas das vezes acarretando para o idoso dificuldade na realização das atividades da vida diária e o demando do auxílio de outra(s) pessoa(s) (Kalache, Veras & Ramos16, 1987).

A limitação física, segundo a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), estende-se para a limitação política e, consequentemente, gera uma atitude de anulação, precursora de uma possível segregação social (IBGE, 2014).

A deficiência da essência é uma das causas de envelhecimento prematuro que pode nascer com a pessoa. A MTC defende que existe algo chamado jing inato. O jing inato é um forma de Qi passada dos pais para os filhos e encontra-se armazenado no rim. Este órgão é de extrema importância para a medicina chinesa uma vez que nele se encontra o jing inato. Se a essência é fraca a vida é curta.

No rim, encontra-se a essência do ser ou o jing e, é na essência que está a fonte da vida. Ela é determinada pela herança genética, vinda dos pais e da família. Deste modo, se a qualidade da essência é boa, a pessoa vive muito e não contrai doenças. Além disso, também merece consideração a quantidade da essência, ou seja, os hábitos que a pessoa possui, tais como: o uso de drogas, dieta inadequada, doenças prolongadas, traumatismos, pois se a essência é consumida, a longevidade e a qualidade de vida podem ser afetadas, tendo-se o envelhecimento. (BOTSARIS, 1999).

O envelhecimento segundo Maciocia (2007) é explicado como um declínio fisiológico da essência ao longo da vida e esta essência embora armazenada no rim, devido sua natureza fluídica, circulam por todo corpo e em especial pelos oitos vasos maravilhosos. Parte dela é herdada pelos pais e reconstituída pelo Qi extraído dos

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alimentos. Esta essência irá determinar a nossa constituição, força e vitalidade, sendo a base de envelhecermos naturalmente ou precocemente.

O qi é o grande ativador, é o que faz as coisas acontecerem, é a energia para todos os processos da vida, da concepção até a morte, seu movimento faz o sangue circular. O shen associa-se a personalidade e ao poder da mente para formar ideias. O jing é a força de vida, o transportador que determina o padrão de crescimento e desenvolvimento. Desta forma, a energia vital (Qi) funciona como a conexão entre o espírito (Shen) e a matéria ou essência (Jing). (MERCATI, 1999; BOTSARIS, 1999).

A má nutrição é outra condição para o aceleramento do envelhecimento. Como referido acima o jing adquirido é proveniente da alimentação. Maus hábitos alimentares têm fortes implicações na saúde da pessoa, podem provocar uma diminuição do Qi gerando estados de fraqueza e susceptibilidade à doença tanto por desarmonia dos zang fu como por deficiência do wei qi (qi defensivo). Por outro lado uma diminuição do jing adquirido implica um maior consumo do jing inato.

3. ACUPUNTURA COMO TERAPIA COMPLEMENTAR NA PROMOÇÃO DA SAÚDE

A Acupuntura é uma prática que se tornou popular desde os tempos antigos na China, uma ciência milenar chinesa que vem sendo aplicada na medicina ocidental. A acupuntura baseia-se na teoria do equilíbrio energético da energia essencial vital Jing Qi sendo esta a substância original da vida, essa energia tem características hereditárias, recebidas do pai e da mãe e é a força que constitui e mantém as atividades vitais do corpo, atuando e regulando os sistemas neurológicos, endocrinológicos e imunológicos, circulação e funcionamento intestinal. (WEN, SINTON 1985).

O envelhecimento e a acupuntura desafiam a área do saber que estuda as múltiplas possibilidades intencionais de interpretação do ser humano e de suas condutas e comportamentos no âmbito existencial.

A acupuntura é uma técnica de tratamento milenar, originária da medicina tradicional chinesa, que visa à manutenção da saúde através do estímulo de pontos específicos do corpo. Essa técnica esteve isolada do mundo ocidental durante milênios, por representar uma filosofia de vida bastante distanciada da cultura ocidental, que a considerava uma prática sem base científica (KENDALL17, 1989).

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A escolha da Acupuntura como terapia complementar, se deu pelo fato de ser este um tratamento de baixo custo, não utilizar medicamentos, livre de efeitos colaterais, com poucas contraindicações e com ação cientificamente comprovada.

As mudanças emocionais experimentadas ao envelhecer, podem desencadear reações fisiológicas e comportamentais, que aceleram o processo de adoecimento desta população. A acupuntura proporciona o equilíbrio fisiológico e emocional e ao contrário de tantos outros tratamentos reconhece a importância das emoções na complexidade da natureza humana.

As doenças neurológicas, como perda de memória, Acidente Vascular Encefálico, Mal de Alzheimer ou de Parkinson, podem ter resultados bastante satisfatórios com a acupuntura, pois aumenta o fluxo sanguíneo na região e estimula as áreas de coordenação motora e da fala. No caso do Mal de Parkinson, a técnica retarda a progressão da doença diminuindo sintomas, principalmente os tremores característicos. (ADAMS; VICTOR; ROPPER, 1998; DUARTE; DIOGO, 2000).

Nas doenças reumato-ortopédicas, que causam severas limitações ao idoso, a acupuntura age nas células ósseas, aumentando a deposição de cálcio, gerando maior rigidez e proteção aos impactos externos, causados por quedas. Além disso, a aceleração do metabolismo movimenta substâncias importantes para a nutrição dos tendões, músculos e lubrificação de articulações.

Portanto as propostas de saúde influenciadas pelo contato com as técnicas da medicina tradicional chinesa se caracterizam por serem focadas no individuo, no meio e nas suas experiências de vida.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

À medida que o ritmo de nossa vida aumenta, nesta era tecnológica e industrializada, distúrbios relacionados a ele tomam conta de nossa sociedade, como resposta, métodos tradicionais de cura estão sendo redescobertos e tendo sua validade reconhecida e esses métodos estão sendo usados cada vez mais como complementos à medicina moderna. É no tratamento e na prevenção das doenças crônicas que a Medicina Chinesa encontra a sua vocação milenar e dispõe de competências específicas diferenciadoras da Medicina Convencional.

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Ao fazer uso das técnicas milenares, a Medicina Chinesa garante a complementaridade e adequação do processo terapêutico a cada paciente visando eliminar as causas da doença e promovendo a cura natural.

Diante do que foi exposto fica claro que é necessário que haja uma convivência entre a medicina hegemônica e as praticas milenares, existindo por parte dos profissionais de saúde interesse no sentido de reconhecer sua existência e conhecê-las para fomentar a relação com os pacientes e benefício do programa terapêutico, principalmente no concerne às limitações do corpo resultante do processo de envelhecimento.

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REFERÊNCIAS

ADAMS, R.; VICTOR, M.; ROPPER, A. Neurologia. 6. ed. Rio de Janeiro: McGraw Hill, 1998.

BOTSARIS, A. Segredos Orientais da Saúde e do Rejuvenescimento. Rio de Janeiro: Nova Era, 1999.

IBGE. O Brasil Gasta mais que Países Ricos com seus Idosos.

Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/censonoticias_old.shlm>. Acesso em: 15.10.2014

KALACHE A, VERAS RP, Ramos LR. O envelhecimento da população mundial. Um desafio novo. Rev. Saúde Pública 1987; 21(3): 200-10.

KENDALL DE. A scientific model for acupuncture. Part I. Am J Acupunct 1989; 17(3): 251-68.

MACIOCIA G. Os fundamentos da medicina chinesa: um texto abrangente para acupunturistas e fitoterapeutas. São Paulo: Roca; 1996.

QUEIROZ, M.S. O sentido do conceito de medicina alternativa e movimento

vitalista: uma perspectiva teórica introdutória. In: NASCIMENTO, M.C. (Org.). As

duas faces da montanha: estudos sobre medicina chinesa e Acupuntura. São Paulo: Hucitec, 2006. p.19-39

ROBERT, L. O Envelhecimento. Lisboa: Instituto Piaget, 1994.

REVISTA BRASILEIRA DE GERIATRIA E. GERONTOLOGIA. V.10 n.1 Rio de Janeiro 2007. Acupuntura, especialidade multidisciplinar: uma opção nos

serviços públicos aplicada aos idosos. Disponível em: <http://www.

revista.unati.uerj.br. Acesso em: 30/10/2014

Referências

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