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ARTIGO 292 MICOTOXINAS ENCONTRADAS EM RAÇÕES E ALIMENTOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO COMERCIAL DE AVES NO BRASIL

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ARTIGO 292

MICOTOXINAS ENCONTRADAS EM RAÇÕES E ALIMENTOS UTILIZADOS NA

PRODUÇÃO COMERCIAL DE AVES NO BRASIL

Cleverson Luís Nascimento Ribeiro¹, Sérgio Luiz de Toledo Barreto¹, Melissa Izabel Hannas¹ RESUMO: Cada vez mais se busca produzir dietas com alta qualidade nutricional e sanitária, sendo que um dos pontos de maior preocupação está relacionado com o controle das condições de armazenamento de ingredientes e rações, pois um dos grandes problemas está relacionado com a presença de micotoxinas, quando estes são mal armazenados. Objetivou-se com este estudo discutir quais os limites de concentração das diferentes micotoxinas encontradas em rações e alimentos utilizados na produção comercial de aves. As micotoxinas são compostos tóxicos produzidos por fungos, principalmente por três cepas principais de fungos: Aspergillus spp., Fusarium spp. e

Penicillium spp., que podem contaminar tanto os ingredientes que compõe as dietas, como as rações

que serão fornecidas as aves, durante todas as etapas de produção, desde a colheita, transporte, armazenamento e distribuição dos mesmos como alimento animal nas granjas avícolas. Entre as principais micotoxinas encontradas em alimentos e rações utilizadas nas dietas para aves estão o grupo das aflatoxinas, ocratoxinas e fusariotoxinas (tricotecenos, fumonisinas e zearalenonas). Pode-se obPode-servar com este estudo, que as micotoxinas mais importantes frequentemente encontradas nos alimentos utilizados na produção de aves no território brasileiro são as aflatoxinas, seguido por fumonisinas e desoxinivalenol (DON). Sendo que, a gravidade das micotoxicoses está diretamente relacionada com a toxicidade da micotoxina presente, o grau de exposição, a idade e o estado nutricional das aves. Com relação aos limites máximos tolerados (LMT) de micotoxinas encontradas em alimentos e rações para aves, a legislação brasileira vigente é muito antiga e está relacionada apenas aos limites máximos para o grupo das aflatoxinas. Assim, os limites máximos tolerados para micotoxinas em alimentos e rações para aves, apresentados neste estudo, tratam-se de recomendações elaboradas pelo Laboratório de Análises Micotoxicológicas da Universidade Federal de Santa Maria (LAMIC), no qual, podemos observar são muito mais rigorosos que os exigidos pela legislação brasileira vigente. Palavras - chaves: adsorventes, nutrição animal, toxicidade, limites máximos tolerados

ABSTRACT: Increasingly seeks to produce diets with high nutritional quality and sanitary, and one of the points of greatest concern is related to the control of storage conditions of animal feed and ingredients as one of the major problems is related to the presence of mycotoxins, when these are poorly stored. The objective of this study discuss that the concentration limits of the different mycotoxins found in feeds used in commercial poultry production. Mycotoxins are toxic compounds produced by fungi, primarily by three major of fungi strains: Aspergillus spp., Fusarium spp. and Penicillium spp., which can contaminate both the ingredients that make up the diets, the diets as the birds will be provided during all stages of production, from harvesting, transportation, storage and distribution of the same as animal feed in poultry. Among the major mycotoxins found in feed and feedstuffs used in poultry diets are the group of aflatoxins, ochratoxin and fusariotoxins (trichothecenes, fumonisins and zearalenones). It can be observed from this study that the most important mycotoxin frequently found in feeds used in poultry production in the Brazilian territory are aflatoxins, followed by fumonisins and deoxynivalenol (DON). Since the severity of mycotoxicosis is directly related to the toxicity of this mycotoxin, the degree of exposure, age and nutritional status of the birds. With regard to maximum permitted limits (MPL) of mycotoxins found in foods and poultry feeds, current Brazilian legislation is very old and is related only to the maximum limits for aflatoxin group. Thus, the maximum permissible levels for mycotoxins in feedstuffs and feed for birds, presented in this study, these are recommendations made by Mycotoxicologic Analysis Laboratory of the Federal University of Santa Maria, in which we can observe are much more stringent than those required by Brazilian legislation. Keywords: adsorbents, animal nutrition, toxicity, maximum limits tolerated

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Pá gi na 39 11 INTRODUÇÃO

O sucesso atual da avicultura brasileira se deu pelo desenvolvimento de segmentos primordiais como melhoramento genético, manejo e ambiência, controle sanitário e nutrição. Assim, o perfeito equilíbrio entre estes segmentos é extremamente importante para que seja possível obter êxito no empreendimento avícola.

Dentre esses segmentos citados, a nutrição tem apresentado uma grande evolução nas últimas décadas, partindo desde a utilização de diversas metodologias para desenvolver dietas cada vez mais precisas, sendo balanceadas de acordo com a fase de produção, utilizando-se dos mais diversos aditivos nutricionais, ingredientes alternativos e formulações de dietas de mínimo custo.

Como já é sabido, o milho e o farelo de soja são os ingredientes padrões das dietas avícolas utilizadas no Brasil. Assim, na formulação das mesmas, além da necessidade destes ingredientes apresentarem qualidade nutricional, há também uma grande preocupação com a qualidade sanitária, pois qualquer falha nesses quesitos pode interferir na qualidade final dos alimentos que serão fornecidos as aves, podendo com isso comprometer o desempenho produtivo esperado.

Com relação à qualidade sanitária dos ingredientes usualmente utilizados nestas dietas, um dos pontos de maior preocupação está relacionado com o controle das condições de armazenamento, tanto dos ingredientes como das rações, pois um dos grandes problemas está relacionado com a presença de micotoxinas, quando estes são mal armazenados (falta de controle da temperatura e umidade no armazenamento, entre outros fatores).

O termo micotoxina é utilizado para definir um grupo de metabólicos secundários produzidos por fungos e que induzem uma série de reações tóxicas no organismo, prejudicando o desempenho dos animais, seja de maneira direta, afetando órgãos envolvidos no processo de digestão e absorção de nutrientes, ou de maneira indireta, atuando sobre o sistema imune, tornando os animais

menos resistentes a infecções (Bünzen & Haese, 2006).

A maioria das micotoxinas é produzida principalmente por três cepas de fungos:

Aspergillus spp., Fusarium spp. e Penicillium spp., sendo que cada uma pode produzir

vários tipos de micotoxinas. De maneira geral, o impacto sobre os animais irá depender da idade dos mesmos e da concentração da toxina ingerida, uma vez que animais jovens são mais sensíveis (Bünzen & Haese, 2006).

Desta forma, a ingestão de alimentos ou rações contaminadas com micotoxinas pode causar sérios problemas no desenvolvimento das aves, desde redução no crescimento e no desenvolvimento, até torná-las mais susceptíveis as enfermidades, principalmente nas fases de crescimento e reprodução.

Levando em consideração esses aspectos, o conhecimento das principais micotoxinas que podem ser encontradas em alimentos e rações para aves torna-se de suma importância dentro da cadeia produtiva avícola, para que se possam buscar técnicas alternativas para evitá-las ou controlá-las, a fim de fornecer uma dieta sadia para as aves.

Dado o exposto, o principal objetivo com este estudo seria discutir quais os limites de concentração das diferentes micotoxinas encontradas em rações e alimentos utilizados na produção comercial de aves.

PRINCIPAIS MICOTOXINAS ENCONTRADAS EM DIETAS E ALIMENTOS UTILIZADOS NA

PRODUÇÃO COMERCIAL DE AVES NO BRASIL

As micotoxinas são metabólitos tóxicos secundários, produzidos por fungos, que podem contaminar certos alimentos ainda no campo, no transporte e durante o armazenamento em silos. Tais substâncias podem se desenvolver naturalmente nos produtos alimentícios que são destinados para o consumo animal ou humano, sendo capazes de originar uma ampla variedade de efeitos tóxicos (Opas, 1983; Prado et al., 1995).

Conforme apresentado na Tabela 1, alguns gêneros de fungos podem produzir micotoxinas, entre as quais, destacam-se: aflatoxina, ocratoxina, zearalenona,

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fumonisina e desoxinivalenol (Hussein & Brassel, 2001; Rodríguez-Amaya & Sabino, 2002; Murphy et al., 2006).

Diferentes espécies de fungos podem produzir um mesmo tipo de micotoxina, como também, uma única espécie de fungo pode

produzir mais de um tipo de toxina. Os efeitos tóxicos das micotoxinas podem ser potencializados pelo sinergismo que pode haver entre elas ou com doenças, principalmente imunossupressoras (Hussein & Brassel, 2001).

Tabela 1. Importantes fungos e micotoxinas encontrados em ração animal.

FUNGO MICOTOXINA ALIMENTO

AFETADO ESPÉCIES AFETADAS REFERÊNCIA Aspergillus Aflatoxina Milho, Amendoim, F. de Algodão e Sorgo Todas as espécies, incluindo o homem BRUERTON (2001) Aspergillus e Penicillium Ochratoxina Milho, cereais e arroz Principalmente suínos e aves HURBURGH (1995) Aspergillus e Penicillium Ác. Ciclopiazônico Cereais, Amendoim e Milho

Suínos e Aves SUKSUPAHT et al. (1989)

Fusarium Deoxinivaleno Cereais e Milho Suínos e Aves NEWMAN

(2000 b) Fusarium T-2 Cereais e Sementes Oleaginosas Aves NEWMAN (2000 b) Fusarium Zearalenona Milho, Feno, Gramíneas e Grãos Suínos e Ruminantes NEWMAN (2000 b)

Fusarium Fumonisina Milho e Grãos Equinos, Suínos

e Aves

NEWMAN (2000 b) Fonte: Adaptado de Jobim et al. (2001) De acordo com Mallmann et al. (2007),

por meio dos resultados de contaminação e positividade (Tabela 2), podemos concluir que a micotoxina mais importante para a produção de aves no território brasileiro são as aflatoxinas, seguido por fumonisinas e desoxinivalenol (DON).

Para estas três micotoxinas apresentadas, foi encontrado positividade superior a 40%, ou seja, pouco menos do que a metade de todos os alimentos analisados no Brasil apresentam contaminação devido a estes contaminantes. Além disso, a contaminação média observada é também elevada, se considerarmos as informações que serão apresentadas na Tabela 3 (Item 4).

AFLATOXINAS

O descobrimento das propriedades hepatotóxicas e hepatocarcinogênicas de algumas linhagens de Aspergillus flavus e A.

parasiticus em perus, na Inglaterra, no início

da década de 1960, seguida pela elucidação da estrutura de seus metabólitos tóxicos, as aflatoxinas deram início ao estudo destas toxinas (Santurio, 2000; Agag, 2004).

A aflatoxina é a toxina com maior distribuição no mundo. Estas toxinas são produzidas principalmente por fungos do gênero Aspergillus (A. flavus e A. pasariticus), em regiões de clima quente e

úmido. Suas principais formas incluem B1, B2, G1 e G2, sendo a aflatoxina B1 a toxina mais comum e biologicamente ativa (Devegowda & Murthy, 2005). Estão

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difundidas pela África, Ásia Tropical, Austrália e América Latina.

Entre os cereais, o milho é o mais frequentemente contaminado, enquanto o sorgo, arroz, cevada e trigo são menos susceptíveis (Galvano et al., 2005).

De acordo com Santurio (2000), uma das causas das aflatoxinas serem extremamente tóxicas para aves é sua rápida absorção pelo trato gastrintestinal. Essa rápida absorção é evidenciada pelo aparecimento destas toxinas imediatamente após a ingestão. Uma vez absorvida, a aflatoxina B1 (AFB1) é

imediatamente ligada, de forma reversível, à albumina e, em menor escala, a outras proteínas. Formas de aflatoxinas ligadas e não ligadas a proteínas séricas espalham-se pelos tecidos, especialmente o fígado.

Schell et al. (1993) encontraram em seu estudo níveis séricos elevados de

gamaglutamiltransferase (GGT) em leitões

alimentados com dietas contendo milho contaminado por aflatoxinas. Este nível sanguíneo elevado desta enzima indica uma possível lesão hepática ocorrida no órgão destes animais.

Tabela 2. Principais micotoxinas encontradas no Brasil

MICOTOXINA Nº de Amostras Analisadas Positividade (%) Conc. Média (ppb) Aflatoxinas 82.452 40,8 11,8 Zearalenona 69.417 16,6 43,4 Ocratoxina A 19.730 2,9 0,6 Deoxinivalenol (DON) 15.348 39,4 233,7 Fumosininas 14.162 53,4 1.073,2 Toxinas T2 10.952 1,3 13,9 3-DON 148 2,0 1,6 15-DON 135 3,1 1,6

Adaptado de Mallmann et al. (2007) OCRATOXINAS

As ocratoxinas (OTA) foram isoladas pela primeira vez em 1965 por fungos da espécie Aspergillus ochraceus. Hoje se sabem que são produzidas por várias espécies de fungos dos gêneros Penicillium e Aspergillus (Dilkin, 2002; Petzinger & Weindenbach, 2002; Murphy et al., 2006).

Segundo Moss (1998) estas duas espécies de fungos estão relacionados com a contaminação dos ingredientes “commodities” de forma distinta. Os fungos do gênero

Penicillium ocorrem em climas temperados, e

têm preferentemente como substrato os grãos ricos em carboidratos amiláceos (milho, sorgo, cevada e arroz). Os Aspergillus se proliferam em climas quentes e úmidos e se

desenvolvem em grãos com alto nível de proteína bruta e óleo (soja e amendoim).

Entretanto, Dilkin (2002) salienta que a incidência da OTA é baixa no hemisfério sul (inferior a 5%), ficando praticamente restrito ao hemisfério norte com índices de contaminação 10 vezes superiores.

As OTAs são compostos produzidos principalmente por fungos do gênero de

Aspergillus ochraceus mas também são

produzidas por outras espécies do gênero

Aspergillus e Penicillium (Kubena et al.,

1997). A ocratoxina A é o mais prevalente das toxinas produzidas. A presença de clorina na molécula desta toxina a torna única (Murphy et al., 2006).

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De forma geral, apresentam propriedades nefrotóxicas, hepatotóxicas, teratogênicas (desenvolvimento embrionário e fetal), imunossupressoras e carcinogênicas (Abrunhosa & Venâncio, 2008). Causam alteração da filtração glomerular e prejuízos na função dos túbulos proximais, levando a perda da capacidade de concentração urinária (Dilkin & Mallmann, 2004).

FUSARIOTOXINAS

As fusariotoxinas são bastante diversas em suas estruturas químicas e características patológicas. Dentre estas toxinas as de maiores destaques são: os tricotecenos, fumonisinas e zearalenona.

TRICOTECENOS

Os tricotecenos (TCT) é um grupo de mais de cem micotoxinas e possuem esse nome devido a sua estrutura química, composta de um anel com esqueleto tetracíclico 12,13-epoxitricotecenos. Essas toxinas são classificadas em tipo A, na qual se encontram as toxinas T-2, HT-2, 15-monoacetoxiscirpenol (15-MAS) e diacetoxiscirpenol (DAS), e em tipo B, na qual está o desoxinilvalenol (DON ou vomitoxina) (Santin et al., 2000). O deoxinivalenol é produzido principalmente pelo fungo Fusarium graminearum e, em algumas regiões, por F. culmorum. O DON pode coexistir com zearalenona, também produzida por estes microrganismos (Richard, 2007).

Existem cerca de 150 compostos de estrutura semelhantes denominados TCT, a maioria destes compostos encontrados em quantidades muito pequenas (Smith & Sedon, 1998; Murphy et al., 2006). A ocorrência de TCT é significativa em culturas de inverno; como trigo, cevada, aveia, arroz e centeio cultivados em baixas temperaturas, variando entre 6 e 24° C (Dilkin, 2002).

O composto mais comumente encontrado é o DON devido aos seus efeitos causadores de refluxo (Smith et al., 1997; Dawson et al., 2000; Santurio, 2000).

Os TCT atuam inibindo a enzima peptil

transferase, desta forma, diminuindo a síntese

proteica, o que afeta principalmente células

em divisão ativa, como as do trato gastrintestinal, pele e células linfóides, eritróides e órgãos vitais (Dawson et al., 2000; Dilkin, 2002). Kidd et al. (1997) mostraram em um ensaio in vitro que a toxina T-2 manifestou ser tóxica para macrófagos de frangos, inibindo a sua capacidade fagocitária. Desta forma fica elucidado o efeito imunossupressor dos tricotecenos.

FUMONISINAS

As fumonisinas fazem parte de um grupo de compostos originalmente isolados de

Fusarium moniliforme, no qual, seis diferentes toxinas são encontradas (FA1, FA2, FB1, FB2, FB3 e FB4), as da série A são aminadas enquanto as da B são livres do grupo amino (Akande et al., 2006). A Fumonisina B1 é a forma molecular mais produzida pelo fungo (Santurio, 2000). São altamente solúveis em água, ao contrário das outras micotoxinas não possuem estrutura aromática e um único cromóforo para facilitar analiticamente sua identificação (Murphy et al., 2006). Desta maneira são de difícil detecção através do espectro ultravioleta (Moss, 1998).

Para uma detecção mais precisa destas micotoxinas é necessário aparelhagem especial. De acordo com Moss (1998), o HPLC com coluna de fase reversa demonstrou ser a mais adequada ferramenta para este tipo de análise. Pozzi et al. (2002) reportaram a análise destas toxinas através da ressonância nuclear magnética.

Ao contrário dos outros fungos produtores de micotoxinas, o Fusarium

moniliforme consegue se desenvolver tanto

em ambientes tropicais como em ambientes temperados, ocorrendo na maioria dos climas (Devegowda et al., 1998).

Quando ingeridas, as fumonisinas apresentam baixa biodisponibilidade, sendo rapidamente metabolizadas e excretadas. Seu modo de ação se relaciona com a sua toxicidade na interferência da biossíntese de esfingolipídios, os quais possuem grande importância para a manutenção da integridade da membrana celular, regulação de receptores de superfície celular, bombas de íons, regulação dos fatores de crescimento e outros

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sistemas vitais para o funcionamento e sobrevivência da célula. Além disso, as fumonisinas são potentes agentes imunossupressores e podem aumentar a susceptibilidade às doenças (Tejkowskl & Paulino, 2013).

ZEARALENONA

O principal fungo produtor de zearalenona é o Fusarium graminearum, mas outras espécies como o Fusarium sporotrichioides e o Fusarium culmorum

também podem produzi-la (Knass et al., 2008). As zearalenonas são consideradas mico-estrogênicas, devido à sua capacidade de atrapalhar o efeito de hormônios esteroides (Murphy et al., 2006). Estes fungos são encontrados principalmente no milho, aveia, trigo, sorgo, milheto e arroz (Malekinejad et al., 2006).

A zearalenona e os seus metabólitos interagem com os receptores estrogênicos, tendo efeitos significativos sobre o aumento das secreções endometriais, síntese de proteínas uterinas e aumento do peso dos órgãos reprodutivos, além de causar a manutenção do corpo lúteo na ausência de gestação (Tejkowskl & Paulino, 2013).

As aves são mais resistentes à intoxicação por zearalenona, entretanto as diversas associações desta fusariotoxina com outras micotoxinas podem resultar em graves perdas.

A detecção desta micotoxina na ração das aves tem sido considerada como um biomarcador para outras toxinas do gênero

Fusarium (Romer, 1990).

PRINCIPAIS PROBLEMAS

RELACIONADOS À UTILIZAÇÃO DE INGREDIENTES CONTAMINADOS COM MICOTOXINAS EM DIETAS PARA AVES

A ingestão de alimentos que contenham micotoxinas pode causar graves efeitos sobre a saúde animal e a saúde humana (Pitt, 2000; Shephard, 2008). Tais efeitos são conhecidos como micotoxicoses, cuja gravidade depende da toxicidade da micotoxina, grau de exposição, idade e estado nutricional do indivíduo, e dos possíveis efeitos sinérgicos

de outros agentes químicos aos quais está exposto (Peraica et al., 2000, Bhatnagar et al., 2002).

Sua entrada no organismo comumente se dá pela via digestiva e sua absorção geralmente causa reações sob a forma de hemorragias, ou mesmo, necroses. Muitas destas toxinas têm afinidade por determinado órgão ou tecido, sendo o fígado, os rins e o sistema nervoso os mais frequentemente atingidos (Santurio, 2000).

O efeito de uma micotoxina depende da dose e da frequência com que é ingerida, podendo ser agudo (letal ou não) ou subagudo. O efeito agudo é de manifestação e percepção rápida, podendo levar à morte, porque causa alterações irreversíveis, e é resultante da ingestão de doses geralmente elevadas. O efeito subagudo é o resultado de doses menores que provocam distúrbios e alterações nos órgãos de humanos e de animais (Bennett & Klich, 2003; Murphy et al., 2006; Shephard, 2008).

Com relação aos problemas causados pela intoxicação com aflatoxinas em aves, de forma geral, os sinais clínicos observados na forma aguda da intoxicação é a esteatorréia (fezes gordurosas), acompanhados pela diminuição na atividade das lipases pancreáticas (principal enzima digestiva de gorduras) e pela diminuição dos sais biliares, necessários para digestão e absorção das gorduras, redução do ganho de peso, redução da produção de ovos, despigmentação do bico e pés, e empenamento deficiente. Na necropsia pode se observar hemorragias nos músculos do peito e coxas, alteração no tamanho, coloração e textura dos órgãos internos, como fígado, baço e rins. Falhas ou diminuição das respostas vacinais em diferentes espécies têm sido frequentemente relacionadas à incidência de aflatoxinas na dieta e às manifestações clínicas da aflatoxicose nas granjas (Tejkowskl & Paulino, 2013).

O mecanismo toxicológico pelo qual as ocratoxinas agem foi descrito por Moss (1998). A estrutura dessas toxinas é derivada da L-fenilalanina, fazendo com que esta seja um potente inibidor da enzima

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pela síntese de proteínas de alto turnover ricas em fenilalanina, possuindo papel funcional para a homeostase do rim.

Como consequência desta avaria, ocorre uma alteração da filtração glomerular e prejuízos na função dos túbulos contornados proximais, levando a perda da capacidade de concentração urinária (Dilkin, 2002).

Moss (1998) também apontou que à semelhança dos tricotecenos e aflatoxinas a ocratoxina também é imunossupressiva (devido ao seu efeito inibidor de síntese protéica) e carcinogênica (devido à liberação de radicais livres). Murphy et al. (2006) também reportaram sobre os efeitos deletérios de OTA, classificando-a como nefrotóxica, teratogênica, imunotóxica, e carcinogênica. Petzinger & Weindenbach (2002) explicaram que a OTA inibe a resposta imune transmitidas pelos linfócitos B e T, além da regressão das imunoglobulinas IgG-, IgA-, IgM-.

Como sintomas de intoxicação por este metabólito, Dilkin (2002), descreveu uma forte intoxicação que resulta numa diminuição do ganho de peso, e sinais clínicos caracterizados por polidipsia e poliúria, além de lesões renais.

A maioria dos efeitos tóxicos dos tricotecenos é resultante da inibição primária da síntese proteica, seguido da diminuição da produção dos ácidos nucleicos, causando uma forte ação imunossupressora. As células mais afetadas pela inibição da síntese proteica são as de rápida proliferação, como as intestinais, as mucosas, as células linfoides e os eritrócitos. O segundo grupo de células afetadas pertence aos órgãos vitais como fígado, rins e pâncreas. A toxina T2 é considerada a micotoxina mais potente do grupo, causando lesão caustica no trato digestório superior (Tejkowskl & Paulino, 2013).

Em aves, as lesões orais decorrentes da intoxicação por T2 se traduzem em necrose, erosões ou ulcerações na base da língua, no palato e na comissura do bico, causando assim, redução no consumo de ração e de ganho de peso. Além disso, os TCT podem também estar associados à diminuição da

espessura da casca e empenamento anormal das aves (Tejkowskl & Paulino, 2013).

No que se diz a intoxicação de aves por fumonisinas, sua principal atuação seria na inibição da síntese dos esfingolipídios, substância importante para a integridade da membrana celular e transporte iônico através das células, atrapalhando o turnover da membrana plasmática (Moss, 1998; Santurio, 2000; Murphy et al., 2006).

Esta inibição ocorreria por meio da similaridade da molécula de fumonisina B1 com o complexo amino álcool esfingosina que é um dos trinta ou mais aminoalcoois de cadeia longa encontrados nos esfingolipídios, sendo que uma vez incorporada, a toxina altera a conformação da molécula perdendo sua funcionalidade (Pozzi et al., 2002).

Os esfingolipídios são predominantes no sistema nervoso central e periférico, principalmente como lipídeo da bainha de mielina, estando localizados nos oligodendrócitos e células de Schwann (Wang et al., 1991). O acúmulo das bases esfingóides é a causa primária da toxicidade das fumonisinas. Apesar disso, os plenos efeitos das fumonisinas provavelmente envolvem muitos eventos bioquímicos (Pozzi et al., 2002).

Um fato ainda não muito esclarecido é a atuação das fumonisinas no aumento de serotonina circulante, com um efeito similar aos tricotecenos na diminuição do consumo em animais em produção (Smith & Seddon, 1998).

Os sinais clínicos de intoxicação geralmente incluem: menor ganho de peso, mortalidade, diarreia, ascite, hidropericardite e palidez do miocárdio, edema e congestão renal, aumento do peso relativo do fígado, proventrículo e moela, e redução da produção de ovos (Tejkowskl & Paulino, 2013).

O principal efeito das zearalenonas é a queda da fertilidade (Moss, 1998; Smith & Seddon, 1998; Santurio, 2000; Murphy et al., 2006). Esta queda poder ser explicada pela similaridade das zearalonas com os estrógenos, causando assim o hiperestrogenismo (Smith & Seddon, 1998; Malekinejad et al., 2006).

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Estes compostos se mostraram também mutagênicos, induzindo anomalias cromossomais em culturas de células de linfócitos, ovócitos, e dos rins, em concentrações de 0.1 a 20 μM (Stopper et al, 2005).

Com exceção de níveis extremamente altos de contaminação, as aves não são afetadas pela ingestão de zearalenona, mas existem indícios de que perus são levemente mais sensíveis que poedeiras e frangos de corte (Santurio, 2000).

Em níveis normalmente encontrados de zearalenona em rações comerciais não ocorreram alterações no consumo alimentar, ganho de peso, produção ou qualidade de ovos, nem nos parâmetros bioquímicos e hematológicos do sangue, aspecto micro e macroscópico dos tecidos e no comportamento das aves (Santurio, 2000). LIMITES DE CONCENTRAÇÃO DAS DIFERENTES MICOTOXINAS EM RAÇÕES E ALIMENTOS PARA AVES

De acordo com Sabino (2006), alguns fatores devem ser considerados na determinação dos limites máximos de tolerância de micotoxinas em alimentos e rações para animais: 1) Disponibilidade de dados toxicológicos; 2) Disponibilidade de dados sobre a ocorrência de micotoxinas nos produtos; 3) Disponibilidade de métodos analíticos; 4) Legislação nos países com os quais existe relação comercial e 5) Necessidade do suprimento de alimentos (suficientes).

No Brasil, até o momento, as aflatoxinas são as únicas micotoxinas cujos limites máximos em alimentos são previstos na legislação. De acordo com a portaria MA/SNAD/SFA Nº. 07, de 09/11/88 - publicada no Diário Oficial da União de 09 de novembro de 1988 - Seção I, página 21.968, 1988: para qualquer matéria prima a ser utilizada diretamente ou como ingrediente para rações destinadas ao consumo animal: Aflatoxinas (máximo) = 50 µg/kg.

No entanto, o MA (Ministério da Agricultura) não especifica quais metabólitos, mas, depreende-se que seja a somatória dos tipos de Aflatoxinas (B1+B2+G1+G2). O

limite é valido para toda e qualquer produto, seja para alimentação direta ou como ingrediente para rações (Brasil, 1888; LAMIC, 2013).

Atualmente no Brasil está em vigor a RDC nº 7 de 2011, que dispõe sobre limites máximos tolerados (LMT) para micotoxinas em alimentos. Esta resolução possui quatro anexos que listam e classificam os alimentos e estabelece os limites máximos tolerados

(LMT) de aflatoxinas

(AFB1+AFB2+AFG1+AFG2 e AFM1), ocratoxina A (OTA), desoxinivalenol (DON), fumonisinas (FB1 + FB2), patulina (PAT) e zearalenona (ZON). O anexo I entrou em vigor imediatamente na data da publicação da resolução, e os anexos II, III e IV entrarão em vigor em janeiro de 2012, 2014 e 2016, respectivamente.

Os limites foram baseados em resultados obtidos a partir de critérios estabelecidos pelo Codex Alimentarius, uma coletânea de orientações e recomendações sobre a segurança de alimentos reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, esta resolução está relacionada com alimentos destinados a alimentação humana, não fazendo nenhuma menção aos LMT recomendados para alimentação animal.

Diante do exposto, o Laboratório de Análises Micotoxicológicas da Universidade Federal de Santa Maria (LAMIC) apresenta uma recomendação mais completa para os níveis máximos de micotoxinas para animais de produção (Tabela 3).

Com o intuito de fornecer informações referentes às concentrações de micotoxinas encontradas nos alimentos, ingredientes e nas rações, o LAMIC, mantém um banco de dados, apresentando estatísticas atualizadas mensalmente e anualmente das principais micotoxinas prevalentes no Brasil (LAMIC, 2013).

Conforme apresentado no Gráfico 1, com relação aos principais alimentos relacionados com nutrição de aves, no qual, prevalece à contaminação por Aflatoxinas, observa-se que o maior nível de contaminação encontra-se no farelo de milho (47%), seguido por ração animal (41%), amendoim (35%),

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milho grão (28%), farelo de soja (18%) e sorgo (15%).

No Gráfico 2, estão apresentados o percentual de contaminação dos alimentos pela Ocratoxina A, sendo que, num total de 39.666 amostras analisadas foram observados apenas 3,7 % de amostras que continham nível de concentração médio de 0,68 ppb. Assim, conforme já apresentado anteriormente, os alimentos (grãos e cereais) utilizados no Brasil, apresentam baixa toxicose referente a esta micotoxina.

Foram apresentados os percentuais de contaminação por Fumosininas no milho grão e em rações animal, no qual, foram observados percentuais de contaminação próximos, tanto no milho grão (75%) como nas rações (74%), confirmando assim, a importância que se deve ter no controle e nas medidas preventivas contra esta micotoxina (Gráfico 3).

Tabela 3. Limites máximos em ppb recomendados pelo LAMIC de micotoxinas para alimentos e rações utilizadas na produção comercial de aves

AVES AFLA1 FUMO2 OA3 DON4 HT25 T26 ZEA7 DAS8

Frangos Inicial 0 100 0 200 0 0 10 0 Frangos Cresc. 2 500 2 500 10 50 20 200 Frangos Final 5 500 5 1000 10 50 20 200 Poedeiras 10 1000 2 1000 20 100 50 500 Matrizes 10 1000 5 1000 20 100 50 500 Adaptado de LAMIC (2013)

Gráfico 1. Concentração de aflatoxinas encontradas em alimentos

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Gráfico 2. Análise de contaminação de alimentos por Ocratoxina A.

Adaptado de LAMIC (2013)

Gráfico 3. Análise de contaminação de milho e ração animal pelas Fumosinas B1 e B2

Adaptado de LAMIC (2013) USO DE ADSORVENTES DE

MICOTOXINAS EM ALIMENTOS E RAÇÕES PARA AVES

Mesmo com todos os cuidados estabelecidos pelo controle de qualidade de uma fábrica de ração, às vezes surgem sintomas relacionados à micotoxinas. O recurso final tem sido o uso de adsorventes (Menegazzo, 2008).

Várias são as estratégias que impedem a formação de micotoxinas, sendo que, a maioria tem por objetivo o impedimento do crescimento de fungos e a formação de toxinas (Dawson et al., 2006). As estratégias vão desde a inativação das toxinas, separação física dos contaminantes, irradiação, amoniação e degradação por ozônio (Mckenzie et al., 1998).

Atualmente, para atenuar o efeito das micotoxinas tem se utilizado materiais específicos que adsorvem as micotoxinas na alimentação animal (Swamy, 2005). Os adsorventes ligam-se as micotoxinas, que passam através do trato gastrointestinal sem serem absorvidas. Adsorventes inorgânicos e orgânicos têm sido estudados no controle da biodisponibilidade das micotoxinas (Dawson et al., 2006).

As principais classes de adsorventes são os silicatos minerais, carvões ativados, polímeros, produtos de clorofila e produtos derivados de leveduras. É ideal que o adsorvente seja efetivo contra diversas micotoxinas, pois normalmente as rações estão contaminadas por mais de um tipo. Para serem praticáveis, os adsorventes devem ter preços acessíveis e não devem ocupar uma

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grande parcela da dieta. Adicionalmente, não devem ter sabor, odor e impurezas. (Diaz & Smith, 2005).

A complexidade química das micotoxinas indica que a efetividade de um adsorvente não é igual para todas elas. Portanto, a seleção de um adsorvente de micotoxinas deve ser baseada em estudos

científicos, com informações obtidas em condições científicas (Diaz & Smith, 2005).

Levando em consideração estes aspectos, o LAMIC realizou no período de 2005 a 2013 avaliações referentes aos principais adsorventes de micotoxinas utilizados em dietas para aves (Tabela 4).

Tabela 4. Aditivos antimicotoxinas (AAM) avaliados no período de 2005 a 2013 Espécies Micotoxina Nº de Prod.

Avaliados Aprovados % Aprovados

Frangos/Poedeiras

Aflatoxinas 69 37 53,6

Fumosininas 39 17 43,5

Afla + Fumo 1 1 100

Tricotecenos 2 0 0

Patos/ Marrecos Aflatoxinas 4 4 100

Perus Aflatoxinas 1 1 100

Adaptado de LAMIC (2013) Observa-se que apesar da grande gama

de produtos adsorventes específicos para Aflatoxinas ou Fumosininas (108 itens) utilizados em alimentos para frangos de corte e/ou poedeiras disponíveis no mercado, o percentual de aprovados pode ser considerado muito baixo (apenas 50% de aprovação da eficiência do produto). Assim, devemos estar atentos à origem destes aditivos, buscando sempre obtê-los de empresas idôneas e com “know-how” no mercado de nutrição avícola. CONSIDERAÇÕES FINAIS

As micotoxinas são compostos tóxicos produzidos por fungos que podem contaminar tanto os ingredientes que compõe as dietas, como as rações que serão fornecidas as aves, durante todas as etapas de produção, desde a colheita, transporte, armazenamento e distribuição dos mesmos como alimento animal nas granjas avícolas. Assim, a busca por técnicas alternativas para evitá-las ou controlá-las, se torna cada vez mais importante, a fim de fornecer uma dieta com alta qualidade sanitária para as aves.

De forma geral, a maioria das micotoxinas é produzida por três cepas principais de fungos: Aspergillus spp.,

Fusarium spp. e Penicillium spp., sendo que

cada uma pode produzir vários tipos de micotoxinas. Entre as principais micotoxinas encontradas em alimentos e rações utilizadas nas dietas para aves estão o grupo das aflatoxinas, ocratoxinas e fusariotoxinas (tricotecenos, fumonisinas e zearalenonas).

Pode-se observar com este estudo, que as micotoxinas mais importantes frequentemente encontradas nos alimentos utilizados na produção de aves no território brasileiro são as aflatoxinas, seguido por fumonisinas e desoxinivalenol (DON). Sendo que, a gravidade das micotoxicoses está diretamente relacionada com a toxicidade da micotoxina presente, o grau de exposição, a idade e o estado nutricional das aves.

Com relação aos limites máximos tolerados (LMT) de micotoxinas encontradas em alimentos e rações para aves, a legislação brasileira vigente é muito antiga e está relacionada apenas aos limites máximos para

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o grupo das aflatoxinas. Além disso, seu texto não está claro, deixando brechas para possíveis interpretações a respeito da concentração máxima tolerada, pois não são informados se o LMT refere-se a uma cepa específica ou ao somatório de todas as cepas que normalmente são encontradas em alimentos para aves.

Assim, os limites máximos tolerados para micotoxinas em alimentos e rações para aves apresentados neste trabalho, tratam-se de recomendações elaboradas pelo Laboratório de Análises Micotoxicológicas da Universidade Federal de Santa Maria (LAMIC), no qual, podemos observar são muito mais rigorosos que os “teoricamente” exigidos pela legislação brasileira vigente. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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