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19ª ZONA ELEITORAL DE MATO GROSSO TERMO DE ACORDO

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Academic year: 2021

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TERMO DE ACORDO

O PARTIDOS POLÍTICOS SEDIADOS NO MUNICÍPIO DE TANGARÁ DA SERRA/MT, pessoas jurídicas de direito privado ao final identificadas, por intermédio dos respectivos representantes de seus órgãos de direção partidária, doravante denominados COMPROMISSÁRIOS, celebram o presente acordo, com as seguintes deliberações:

Considerando os estritos termos do art. 14, § 1º, da CF, pelo qual é assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária;

Considerando que a Lei 9.096/95, art. 1º, determina que o partido político, pessoa jurídica de direito privado, destina-se a assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e a defender os direitos fundamentais definidos no artigo 5º da Constituição Federal (inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade); e, ainda, nos termos da Lei 9.096/95, que é assegurada, ao partido político, autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento, sendo livre para fixar, em seu programa, seus objetivos políticos e para estabelecer, em seu estatuto, a sua estrutura interna, organização e funcionamento, inclusas normas sobre direitos e deveres dos filiados, composição e competências dos órgãos partidários no nível municipal, disciplina partidária, condições e forma de escolha de seus candidatos a cargos e funções eletivas;

Considerando que os respectivos Estatutos dos Partidos Compromissários fixam como atribuições dos Diretórios Municipais ou órgãos equivalente o dever de estabelecer a posição do Partido em relação às questões políticas de âmbito municipal e, ainda, aprovar resoluções sobre matéria de sua competência;

Considerando que é consenso para todos os acordantes que, historicamente, as campanhas eleitorais, na maioria das unidades federativas brasileiras são, em grande medida, perversas e corrompidas, inclusive, em razão da tacanha legislação eleitoral pátria que, em nome da liberdade eleitoral, abre várias possibilidades para a poluição ambiental urbana (visual e sonora), a corrupção eleitoral e o abuso do poder econômico institucionalizado (contratação de cabos eleitorais e fiscais, contratação de pessoal para pesquisas e testes eleitorais, acobertando aliciamento de eleitores, aluguel de bens particulares para veiculação de propaganda eleitoral etc.);

Considerando a necessidade manifestada pelos Compromissários de prevenir a realização indevida de gastos de campanhas, tornando-as compatíveis com um processo eleitoral justo, igualitário, livre da influência do poder econômico e político e que respeite o meio ambiente e a dignidade das famílias tangaraenses;

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Considerando que é vedada propaganda que perturbe o sossego público, com algazarra ou abuso de instrumentos sonoros ou acústicos (art. 243, VI, do Código Eleitoral), e que prejudique a higiene e a estética urbana (art. 243, VIII).

Considerando que a contratação, durante a campanha ou às vésperas da eleição, de vultosa quantidade de cabos eleitorais, fiscais (notadamente, em razão da votação eletrônica), entrevistadores etc., mesmo que terceirizados, de forma reconhecidamente desnecessária, configura artifício para prática de abuso do poder econômico, compra de votos, constrangimento de eleitores em filas de votação etc.;

Considerando o disposto no art. 131 e §§ do Código Eleitoral e no art. 65 e §§ da Lei 9.504/97, sobre a disciplina da nomeação de delegados e fiscais junto a cada mesa receptora, cuja correta interpretação dá conta de que tais normas se referem a faculdades dos Partidos e Coligações;

Considerando que apenas 01 (um) cabo eleitoral, cumprindo jornada constitucional (44h/semana) no serviço de rua para distribuição de material de campanha e conversa com os eleitores, conseguiria atingir, no mínimo, mil eleitores em cerca de 264 visitas/semana (média 4 eleitores/família); isto é, hipoteticamente, durante o período de campanha eleitoral (06/07 a 06/10/2012) cada cabo eleitoral tem a possibilidade de atingir cerca de13 mil eleitores (10 cabos eleitorais, em tese, atingiriam cerca de 130 mil eleitores), tudo isso, sem falar nas campanhas pela mídia, reuniões, comícios, redes sociais etc.;

Considerando que a distribuição gratuita de combustível configura captação ilícita de sufrágio quando realizada sem registro ou para pessoas estranhas aos quadros de pessoal contratado para a campanha eleitoral; e, por outro lado, gastos com combustíveis sem informações dos valores relativos à utilização de veículos e sem emissão de recibos eleitorais relativos a tais doações estimáveis em dinheiro podem configurar ilícito eleitoral;

Considerando que a Lei das Eleições, em seu artigo art. 26, XIV, prevê a possibilidade de aluguel de bens particulares para veiculação, por qualquer meio, de propaganda eleitoral, entretanto, tal prática generalizada com a fixação de cartazes, outdoor etc. nas paredes, portas ou quintais das residências locais pode representar uma porta aberta para a prática de captação ilícita de sufrágio e poluição ambiental;

Considerando que a Lei das Eleições, em seu artigo art. 26, XII, prevê a possibilidade de realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais, entretanto, tal prática, caso levada a efeito na clandestinidade, pode representar uma porta aberta para a prática de captação ilícita de sufrágio e constrangimento de eleitores; e, mais, que a prática reprovável de contratar colaboradores diversos para cadastramento de eleitores é fato suficiente para comprovar a escolha e remuneração de pessoas para servir como cabos eleitorais para serviços escusos, com a função de captar ilicitamente ou constranger eleitores;

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Considerando que a infração civil da captação ilícita de sufrágio (art. 41-A da Lei 9.504/97), corresponde ao crime de corrupção eleitoral (art. 299 do Código Eleitoral), deve ser punida severamente, sendo certo que para a caracterização da conduta ilícita, é desnecessário o pedido explícito de votos, bastando a evidência do dolo, consistente no especial fim de agir;

Considerando o crime capitulado no art. 39, § 5º, II, da Lei nº 9.504/97, delito que pune a distribuição de propaganda a eleitor, no dia da votação, com o intuito de influir na formação de sua vontade;

Considerando que os compromissários, enquanto principais agentes de transformação social nas Eleições Municipais, confiaram ao Ministério Público Eleitoral o apelo por uma atuação aglutinadora, preventiva e provocadora de redução dos conflitos que normalmente ocorrem nos pleitos eleitorais;

RESOLVEM Celebrar o presente TERMO DE ACORDO, cujas cláusulas serão incluídas nas normas de postura dos Partidos Compromissários, em relação às questões políticas de âmbito municipal e deveres e direitos de seus filiados, mediante os seguintes termos, sem prejuízo das diretivas dos órgãos partidários estaduais e nacionais respectivos: I - Da propaganda em bens particulares: Os compromissários não realizarão propaganda eleitoral em bens particulares com afixação de placas, faixas, cavaletes ou painéis, exceto a fixação de cartazes ou adesivos com tamanho máximo de 1 m2 (um metro quadrado), devendo tal iniciativa ser espontânea e gratuita por parte de cada eleitor, desde que compatível com o Código de Posturas do Município;

§ 1º – Os Partidos Compromissários não colocarão cavaletes e expositores ao longo das vias públicas, tendo em vista que as peculiaridades locais (engenharia e fiscalização) não permitem a compatibilidade desta espécie de propaganda eleitoral com o bom andamento do trânsito de pessoas e veículos (Lei nº 9.504/97, art. 37, § 6º);

§ 2º - Para a utilização de bonecos, cartazes, mesas para distribuição de material de campanha e bandeiras, o Partidos Compromissários observarão as recomendações da autoridade de trânsito para o exercício da propaganda ora analisada, bem como horários recomendáveis em favor da segurança e saúde do trabalhador para o caso de propaganda com bandeiras ao longo de avenidas;

II - Das carreatas – Ficam vedadas a realização de carreatas e caminhadas, seja dos candidatos à majoritária, seja à proporcional;

III - Das bombas, morteiros, foguetes, rojões, fogos de estampido e similares: Fica vedada na propaganda eleitoral o uso de bombas, morteiros, foguetes, rojões, fogos de estampido, artifícios pirotécnicos, pólvoras, explosivos e seus elementos e acessórios e produtos químicos agressivos;

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IV - Da propaganda mediante alto-falantes e amplificadores de som: Os compromissários poderão instalar e fazer funcionar, no período compreendido entre o início da propaganda eleitoral e a véspera da eleição, das 8 às 18 horas, alto-falantes ou amplificadores de som, nos seus comitês, sedes, dependências e demais unidades, assim como em veículos seus ou à sua disposição, com a observância da legislação comum e dos § 1º e § 2º, inclusive dos limites do volume sonoro;

§ 1º - Cada Coligação formada para a Eleição Majoritária poderá dispor de 04 (quatro) veículos de som para realização de propagandas em Tangará da Serra;

§ 2º - Cada candidato a vereador poderá dispor de 01 (um) veículo de som;

§ 3º - A propaganda mediante alto-falantes e amplificadores de som, no caso de realização de reuniões, comícios e demais atos similares seguirá as normas ordinárias de horário e local de funcionamento.

§ 4º - A aferição de equipamentos e o cadastramento/registro dos veículos e motoristas, a exemplo do que houve nas derradeiras eleições estaduais, seguirá as regras estabelecidas pela Justiça Eleitoral e órgãos de Proteção Ambiental, com publicidade de tais atos e integração das informações;

§ 5º - A forma de realização da propaganda eleitoral mediante carros de som e sua eventual distribuição entre os candidatos será objeto de deliberação interna dos Partidos, Candidatos e Coligações, segundo sua autonomia, recursos e estratégia de campanha; V - Da contratação de cabos eleitorais: Os compromissários poderão contratar, incluindo os voluntários, no máximo 20 (vinte) cabos eleitorais para cada candidato a Eleição Majoritária, e 02 (dois) cabos eleitorais para cada candidato à vereador, obedecendo, na contratação, as exigências legais, ficando, inclusive, vedada a contratação de menores de 18 anos e o pagamento remuneratório superior a um salário mínimo por mês;

§ 1º – Não é considerado cabo eleitoral voluntário o militante partidário, os parentes, inclusive por afinidade, até terceiro grau e pessoas que manifestem apoio a condidato de forma gratuita, sem vínculo hierárquico, sem dedicação exclusiva ou profissional e desde que não preste serviço estimável em dinheiro por essa atividade.

§ 2º - A distribuição dos serviços dos cabos eleitorais entre os candidatos ao cargo de Vereador ficará a cargo dos Partidos, Coligações e Candidatos, segundo sua autonomia, recursos e estratégia de campanha;

VI – Da contratação de pessoas para o Comitê: Os compromissários poderão contratar, incluindo os voluntários, no máximo 20 (vinte) pessoas para composição do Comitê Partidário Único, excetuando-se a estrutura financeira, jurídica, contábil, jurídica e marketing, obedecendo, na contratação, as exigências legais, ficando, inclusive, vedada a contratação de menores de 18 anos

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VII - Das pesquisas: A realização de enquetes, sondagens, testes ou pesquisas eleitorais deverão ser realizadas por empresas idôneas, na forma da lei, sendo terminantemente vedada a prática de qualquer tipo de cadastramento dos eleitores e seus familiares, mediante solicitação de número de título de eleitor, endereços e outros dados que não importem para a eficácia formal do levantamento quantitativo ou qualitativo;

Parágrafo único - Não serão contratados ou aceitos, mesmo que gratuitamente, quaisquer espécies de colaboradores para cadastramento de eleitores ou demais serviços escusos que impliquem direta ou indiretamente em captação ilícita de sufrágio ou constrangimento dos eleitores, inclusive, aqueles oferecidos pelos chamados Grupos de Apoio Partidário/Político (GAP's);

VIII - Da nomeação de Delegados e Fiscais para o dia das Eleições: Cada Coligação com candidato registrado para a Eleição Majoritária em Tangará da Serra poderá nomear, no máximo, 02 (dois) Delegados e 02 (dois) fiscais junto a cada mesa receptora (seção eleitoral), funcionando, neste caso, um de cada vez, sem prejuízo da obediência às demais normas da Justiça Eleitoral;

Parágrafo único – Fica vedada a remuneração dos Fiscais e Delegados nomeados para o dia das eleições;

VIII – Das demais condutas vedadas:

a) Em todo e qualquer evento a que a população em geral tenha acesso, inclusive locais de festas de propriedade privada, resta vedada a veiculação de propaganda eleitoral ou patrocínios de qualquer natureza, incluso descontos em bebidas etc.;

b) Ficam, desde 1º de agosto até o dia das eleições, suspensas, voluntariamente, propagandas de empresas cujo nome fantasia se identifique com nome de candidatos, seja à eleição majoritária, seja à proporcional, notadamente das pessoas jurídicas Alimentos Masson, Prefeitura Municipal, Câmara Municipal, Deputado Vagner Ramos, Posto Jolando e Trubian Materiais de Construção. Fica também proibida a intensificação das propagandas tratadas neste alínea já contratadas a partir de 11 de julho até o dia 31 de julho.

IX - Os Compromissários firmam que, sem prejuízo das garantias processuais cabíveis em cada caso, estão cientes e concordam que o descumprimento dos termos do presente acordo comporá o conjunto de provas em eventual reclamação ou representação eleitoral, posto que as deliberações nele registradas foram baseadas nas peculiaridades locais, na realidade social e na razoabilidade das despesas reconhecidas como justas e necessárias a um processo eleitoral igualitário, digno e ético em Tangará da Serra;

X - Este compromisso produzirá efeitos legais a partir de sua celebração, ficando a cargo dos Compromissários as providências para os registros, inserção em suas normas internas e comunicações, na forma da lei, inclusive, para o fim de adesão dos pré-candidatos,

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candidatos e prestadores de serviços das candidaturas e comitês eleitorais.

XI - O descumprimento de qualquer das cláusulas do presente implicará nas penalidades administrativas, cíveis, penais e eleitorais cabíveis por gastos irregulares, crime ambiental, perturbação do trabalho ou do sossego alheio, além de acarretar, a título de cláusula penal, aos COMPROMISSÁRIOS o pagamento de multa pecuniária por cada infração no caso de omissão ou descumprimento, no valor R$ 5.000,00 (cinco mil Reais) para candidatos a Prefeito, e no valor de R$ 2.000,00(dois mil Reais) para candidatos a Vereador, que reverterá para o Tesouro Nacional através de Guia de Recebimento da União, obrigando-se, ainda, a fazer cessar a infração em 48(quarenta e oito)horas, sob pena de pagar mais R$ 1.000,00 (mil Reais) para cada dia de atraso para candidatos a Prefeito e R$ 500,00(Quinhentos Reais) para candidatos a Vereador.

XII - A multas aplicadas individualmente aos Candidatos serão igualmente aplicadas à Coligação e Partidos vez que a responsabilidade a eles se estende nos termos do art. 34, II da Lei 9096 de 20.09.95.

XIII - Comprovada inexecução dos compromissos previstos nas cláusulas acima, ou a continuidade da conduta, facultará ao MINISTÉRIO PÚBLICO à imediata execução judicial do presente título perante esta Comarca de Tangará da Serra-MT.

E por estarem ajustados, firmam o presente compromisso.

Tangará da Serra-MT, 11 de julho de 2012.

Candidatos à eleição Majoritária:

Fabio Martins Junqueira José Pereira Filho

Rubens Jolando Idail José Trubian

Saturnino Masson Ana Maria Monteiro de Andrade

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Coligações Tangará Melhor! Nós Podemos I, II e III Francisco Carlos Clemente - Representante das Coligações

Coligação Tangará no Rumo Certo

Vander Alberto Masson - Representante da Coligação

Coligação Tangará no Rumo Certo

Emerson Adriano Andrade - Representante da Coligação

Coligação Tangará no Rumo Certo

James Gonçalves Capucho - Presidente do Partido Político Coligado

Coligação Tangará no Rumo Certo 1

Vander Alberto Masson - Representante da Coligação

Coligação Tangará no Rumo Certo 1

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Coligação Tangará no Rumo Certo 2

Emerson Adriano Andrade - Representante da Coligação

Coligação Tangará no Rumo Certo 2

Manoel Ferreira de Andrade - Representante da Coligação

Coligação Tangará um Novo Tempo I, II e III Vanecy Santos Ramos - Representante das Coligações

Renee do Ó Souza Promotor de Justiça Eleitoral

Referências

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