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Enquadramento socio-económico às GOP 2005

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Enquadramento socio-económico às GOP 2005

Em 20 anos, Matosinhos, passou do décimo-segundo município mais populoso do país, contando, no início da década de 1980 com 136 mil habitantes, para o oitavo município do país, com 168 mil habitantes em 2003. Entre os recenseamentos de 1981 e de 2001 a população residente de Matosinhos cresceu 22,7%, uma taxa de crescimento demográfica claramente superior à média do país (5,3%), da região Norte (8,1%) ou da área metropolitana (12,8%). Actualmente, com os seus 2700 habitantes por Km2, Matosinhos apresenta a sexta maior densidade demográfica do país e a segunda maior da região Norte.

A atractividade demográfica do concelho está bem patenteada no facto de que 44,6% da população recenseada em 2001 tinha nascido noutro concelho, num total de 65457 pessoas, e 5658 residentes tinham nascido no estrangeiro (3,4% do total de residentes). Nos cinco anos anteriores ao recenseamento de 2001 fixaram residência em Matosinhos 15192 pessoas (9,1%), 1506 dos quais provenientes do estrangeiro, sendo que, praticamente só no ano 2000, mudaram-se para Matosinhos 5645 pessoas (3,4%), dos quais 698 estrangeiros.

A atractividade de Matosinhos enquanto espaço de habitação é complementada por uma não menor atractividade enquanto espaço de fixação das actividades económicas e espaço de cultura e lazer. Em finais de 2002 estavam sedeadas em Matosinhos 15600 empresas, incluindo 5600 sociedades empresariais com 65 mil pessoas ao serviço e um volume de negócios anuais de 7000 milhões de euros. Só durante o ano 2003, foram constituídas em Matosinhos 509 novas sociedades, evidenciando uma posição relativa destacável no contexto metropolitano, regional e nacional. Com efeito, as novas sociedades criadas durante o ano 2003 representam 9,1% das sociedades que estavam sedeadas no concelho em finais de 2002, uma taxa de criação de novas empresas claramente acima dos 8% da área metropolitana, dos 8,3% da região Norte e dos 8% registados no país.

No entanto, atendendo à sua inserção metropolitana, a apreciação das performances municipais em matéria de ordenamento multi-funcional das actividades humanas, e em particular da actividade económica, terá que incidir, não só na avaliação de padrões locativos, mas, sobretudo, na avaliação das relações de equilíbrio que estão presentes na rede de fluxos, de pessoas, bens e serviços, de índole metropolitana. Nesta abordagem, uma dimensão fundamental, é a o dos fluxos quotidianos de trabalhadores e estudantes entre os locais de residência e os locais de trabalho ou estudo.

É substancial a interacção diária que se estabelece entre Matosinhos e outros concelhos, principalmente metropolitanos e com particular destaque para o Porto. Diariamente entram para trabalhar ou estudar em Matosinhos 27 mil pessoas residentes noutros concelhos (30% dos quais a residir no Porto). Em contrapartida, 36 mil pessoas residentes em Matosinhos saiem diariamente do território municipal para trabalhar ou estudar (61% com destino ao Porto).

Apesar do grau de intensidade registado na captação demográfica das últimas décadas, Matosinhos conseguiu produzir, na fixação e desenvolvimento da actividade económica, padrões de dinamismo que acompanham a sua atractividade como espaço de habitação. Ilustrativo dessa vitalidade económica é o facto de se manter estabilizado o índice de polarização (que mede a relação entre a população empregada numa dada unidade territorial e a população empregada aí residente). Actualmente, Matosinhos apresenta-se com um índice de polarização na ordem dos 92%, revelando que, no concelho, existem praticamente tantos postos de trabalho quantos os residentes que se encontram na condição de empregados.

A qualidade de vida urbana, as acessibilidades, a centralidade geográfica, económica e cultural, o ordenamento territorial, a preservação do ambiente, a disponibilidade de infraestruturas e equipamentos sociais, culturais e desportivos são factores que contribuíram e continuam a contribuir para a afirmação do município no contexto metropolitano, regional e nacional. A performance global do concelho é bem expressa na oitava posição que, segundo o Instituto Nacional de Estatística, Matosinhos ocupa no ranking nacional de municípios com maior índice de poder de compra per capita, o segundo lugar da área metropolitana, a seguir ao

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Porto, evidenciando, em 2002, um poder de compra médio 33,9 pontos percentuais acima da média nacional.

O esforço da Câmara Municipal de Matosinhos é resumidamente evidenciado com factos como o que referente à despesa autárquica de 2002 (último ano para o qual estão disponíveis valores comparáveis no plano nacional), cujo valor total per capita foi de 685 euros (3 euros acima da média metropolitana, mas 28 euros abaixo da média nacional), com um peso de 50,3% das despesas de investimento em relação à despesa total executada, correspondendo à maior taxa de esforço de investimento da área metropolitana, muito acima da média nacional (35,1%), da região Norte (37,3%) e da área metropolitana (31,6%).

População e condições de vida

O índice de envelhecimento (que mede a relação entre a população com mais de 65 anos e a população com menos de 15 anos), calculado pelo INE com referência a 2003, coloca Matosinhos, com o valor de 83,8%, entre os 48 municípios menos envelhecidos do país, 23 pontos percentuais abaixo da média nacional, 2,3 pontos percentuais abaixo da média da região Norte e 2,4 pontos percentuais abaixo do média metropolitana. No entanto, à escala metropolitana, apenas dois municípios (Porto, com 147,7% e Espinho com 96,6%) registam índices de envelhecimento superiores.

Se à escala dos padrões nacionais Matosinhos constitui um município jovem, subsistem sinais demográficos que, a manterem-se, darão continuidade às tendências de envelhecimento que afecta, desde há várias décadas, o país no seu todo. Situação que é bem evidenciada pela quebra, em trinta anos, para metade, na taxa de fecundidade, a qual é actualmente de 1,5 filhos por mulher, insuficiente portanto para garantir a reposição de gerações.

O declínio da fecundidade conjugado com o aumento da esperança média de vida induziu ao longo das últimas décadas um processo de envelhecimento da estrutura etária da população. Basta verificar que, no ano 2003, 28,7% da população residente em Matosinhos, tinha menos de 25 anos, uma taxa idêntica à do país, mas abaixo da média da região Norte (30,8%) e da área metropolitana (28,9%), quando em 1991 esse coeficiente era de 37,1% (36,3% no país, 40,1% na região Norte e 37,4 na área metropolitana).

Em 2002, a taxa de natalidade em Matosinhos fixou-se em 10,9‰, uma taxa inferior à média nacional (11‰), da região Norte (11,3‰) e da área metropolitana (11,6‰). Porém, nesse mesmo ano, a taxa de mortalidade (7,9‰) foi também inferior à média nacional (10,2‰), da região Norte (8,7‰) e da área metropolitana (8,3‰). Deste modo, Matosinhos regista uma taxa de excedente de vidas (diferencial entre as taxas de natalidade e de mortalidade) positiva, assegurando um crescimento natural de 3,4‰. Apesar de ser um dos 96 municípios do país a registar um crescimento natural positivo, com a 49ª maior taxa de excedente de vidas do país e a 27ª da região Norte, na área metropolitana apenas o Porto e Espinho têm taxas de crescimento natural inferiores.

A igualdade de oportunidades e de tratamento exigem, em relação aos cidadãos idosos, assim como em relação aos cidadãos portadores de deficiência, esforços de inclusão, nos mais variados domínios, que deverão envolver toda a sociedade. Inúmeros exemplos se poderiam dar sobre o trabalho que resta fazer, como é o caso, evidenciado pelos CENSOS 2001, em que foram recenseados 10101 edifícios residenciais sem acessibilidade adequada aos cidadãos com mobilidade condicionada (30% do total). Uma situação todavia menos desfavorável que a do conjunto do país (33,5%), da região Norte (37,9%) ou da área metropolitana (37,9%),

A população com necessidades especiais, como os idosos ou população com deficiência, constitui um estrato populacional numeroso, correspondendo a 21 mil residentes com 65 anos ou mais, dos quais três mil e quinhentos a viverem só (6% das famílias), e a 11 mil pessoas portadoras de incapacidades funcionais (6,5%).

Na última década progressos assinaláveis foram alcançados no nível geral de educação da população do município. A demonstrá-lo estão factos como a diminuição, no período 1991 a 2001, em 40% na proporção de pessoas sem qualquer nível de ensino ou a duplicação, no mesmo período, da proporção de pessoas que atingiram o 3º ciclo do ensino básico e secundário

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No entanto há ainda um longo caminho a percorrer. Basta verificar que, em 2001, a taxa de analfabetismo atingia ainda 5,2% da população municipal. É uma herança pesada, apesar de, em termos relativos, constituir um fenómeno com impacto inferior ao que se observa no todo nacional (9%), na região Norte (8,3%) ou na área metropolitana (5,3%). Nesse ano, Matosinhos registava a 12ª mais baixa taxa de analfabetismo do país e a 4ª da área metropolitana.

No extremo oposto em matéria de qualificação, em 2001, 26,7% da população residente com 15 e mais anos possuia pelo menos o ensino secundário como grau de habilitação, a 23ª maior taxa do país e a terceira da área metropolitana, cinco pontos percentuais acima da média nacional e meio ponto percentual acima da média metropolitana.

Os avanços nos níveis de educação e conhecimento são em grande parte tributários das melhorias objectivas observadas na rede educativa municipal, designadamente na melhoria das infraestruturas e equipamentos escolares. No ano lectivo 2002/2003 o município dispunha, para o ensino pré-escolar de 24 estabelecimentos públicos com 996 alunos inscritos e 34 estabelecimentos privados com 2070 alunos. No 1º ciclo do ensino básico, existiam 44 estabelecimentos públicos com 6277 alunos e 9 privados com 776 alunos. No 2º ciclo do ensino básico existiam 11 estabelecimentos públicos com 4110 alunos e 2 privados com 99 alunos. No 3º ciclo do ensino básico existiam 17 estabelecimentos públicos com 5813 alunos e 1 privado com 61 alunos. Nesse mesmo ano existiam ainda 6 estabelecimentos do ensino secundário público com 4067 alunos, 2 escolas profissionais com 276 alunos e 3 estabelecimentos do ensino superior com 2220 alunos.

São ainda inúmeros e complexos os problemas que urge combater, como o insucesso e o abandono escolar. Em 2001, Matosinhos tinha uma taxa de saída precoce do sistema de ensino (percentagem de pessoas entre os 18 e os 24 anos que não concluíram o ensino secundário e não estão a frequentar a escola) de 37%, uma taxa elevada face aos padrões europeus, mas inferior à média do país (44%) e da área metropolitana (40,5%). No mesmo ano, a taxa de abandono do ensino obrigatório (percentagem de jovens entre os 10 e 15 anos que não concluíram o 9º ano e não estão a frequentar a escola) foi de 2,1%, uma percentagem inferior às verificadas no plano nacional (2,7%) e metropolitano (2,6%). No que diz respeito à taxa de aproveitamento no ensino secundário, apenas 63,8% dos alunos do ensino secundário de Matosinhos teve aproveitamento no ano lectivo 1999/2000, uma taxa ligeiramente superior à média nacional (63%), mas inferior à média metropolitana (64,2%), ocupando Matosinhos a posição 114ª na ordem dos municípios com maior taxa de aprovação.

Com um Hospital Central e 5 Centros de Saúde, Matosinhos apresenta-se, em 2002, como o 7º município do país (2º na área metropolitana) com maior número de médicos por mil habitantes (5,4), acima da média nacional (3,2) e da região Norte (2,9), mas abaixo da área metropolitana (5,8), muito devido ao efeito da cidade do Porto. No entanto, outros indicadores, como o número de farmácias por 10000 habitantes, revelam uma situação bastante menos favorável. Com efeito, Matosinhos tinha em 2002 1,7 farmácias por 10000 habitantes, quando no todo nacional essa taxa era de 2,5, na região Norte 2,1 e na área metropolitana 2,3. No conjunto do país apenas 50 concelhos exibiam piores resultados.

Igualmente na taxa de mortalidade infantil, no período 1998-2002, a situação é relativamente desfavorável. No período considerado, em média, ocorreram 6,7 óbitos de crianças com menos de um ano de idade por 1000 nascimentos, a sétima maior taxa de mortalidade infantil da área metropolitana, cuja média se fixou em 6,2‰, substancialmente acima da média nacional (5,4‰).

Em 2001 existiam no município de Matosinhos 33703 edifícios residenciais (mais 4,9% do que em 1991), correspondendo a 67766 unidades de alojamento (mais 28,6% do que em 1991), traduzindo um aumento no número médio de alojamentos por edifício de 1,64 em 1991 para 2,01 em 2001, situação idêntica à média metropolitana. Do total de edifícios residenciais, estavam significativamente degradados 3247 (9,6%) ao nível da estrutura, 3954 (11,7%) ao nível da cobertura e 3905 (11,6%) ao nível das paredes e caixilharia externas. Não obstante o forte crescimento do parque habitacional, em 2001, os alojamentos vagos para venda ou aluguer, em número de 2801 (4,1% do total de alojamentos) continua, em termos relativos, a estar abaixo da média metropolitana (5,2%), mas acima da média nacional (3,7%). Nesse ano 5130 dos alojamentos ocupados (8,3 % do total) destinavam-se a uso sazonal ou secundário,

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com um peso relativo bem inferior ao registado em termos nacionais (20,5%), regionais (17,7%) ou metropolitanos (10,9%). Quanto às formas de provisão de alojamento o peso do arrendamento caiu de 41,1% para 27,8%, entre 1991 e 2001, mantendo-se no entanto superior às médias do país (16%) e da área metropolitana (26,7%).

Actividade económica, emprego e mobilidade

A indústria foi até à década de 1980 o principal sector empregador do concelho, representando, no início da década de 1970, 59% do emprego total, e 55% no início da década de 1980. Desde então foi desencadeado um processo de terciarização da economia do concelho de Matosinhos, tendo, o sector dos serviços, evoluído de um peso de 34% da estrutura de emprego, em 1970, para os actuais de 67%. Na era actual, dois em cada três activos residentes no concelho trabalha em actividades relacionadas com o sector dos serviços.

O comércio retalhista é a actividade económica com maior peso, empregando 18000 pessoas. Porém, as actividades do terciário superior ganham importância crescente. A segunda actividade mais importante é efectivamente a dos serviços especializados (como os serviços jurídicos, de contabilidade, de auditoria, de arquitectura, de engenharia, de publicidade, …), que emprega mais de 11000 pessoas.

No conjunto da população residente com 15 e mais anos, em 2001, 55,3% vivia de rendimentos de trabalho e de propriedade, 19,5% de pensões de reforma, 16,9% a cargo da família, 5,3% de subsídios e assistência social e 3% de outras fontes de rendimento. Os trabalhadores por conta de outrem, que representam 85% do emprego local, auferiam no ano 2000 um ganho médio mensal de 766 euros, o 13º maior valor do país e o 2º maior da área metropolitana, 53 euros e 47 euros acima dos correspondentes valores médios.

O desemprego, e sobretudo a tendência de crescimento acelerado que se registou nos últimos anos, constitui um dos factores mais marcantes da realidade social de Matosinhos. Em 2001, das 85728 pessoas residentes activas, 6851 foram recenseadas como desempregadas, correspondendo a 8% da população activa do município, taxa idêntica à observada para a Área metropolitana do Porto, mas superior à da região Norte e à média nacional.

As mulheres, os jovens e a população activa mais idosa são os grupos de residentes mais afectados pelo desemprego. Nesse ano, na população activa, 9,3% das mulheres, 12,7% dos jovens com idade inferior a 25 anos e 9,8% das pessoas com 50 e mais anos, estavam desempregados. Em todas as classes etárias, é nos activos do sexo feminino que se registam as mais altas percentagens de desempregados. Especificamente, a taxa de desemprego atingiu, no conjunto das mulheres activas com menos de 25 anos, o valor de 14,5%, e, no conjunto das mulheres com 50 e mais anos, o valor de 10,6%.

É um facto que taxa de desemprego está, em geral, inversamente relacionada com o grau de qualificação, mas no caso dos jovens com menos de 25 anos a incidência do desemprego é significativa em qualquer nível de escolaridade. Nessa classe etária, constatou-se que estavam desempregados 11,2% dos jovens licenciados, 12,8% de jovens com o ensino secundário, 14% de jovens com o 9º ano e 14,2% dos jovens que não possuíam a escolaridade obrigatória.

Entre 2001 e 2003, o número de desempregados registados no centro de emprego de Matosinhos cresceu 49%, tendência de aceleração que acompanha o movimento registado na região e no conjunto do país. A continuar esta tendência, isso significará um crescimento, em média, para o conjunto do município, dos desempregados registados, ao ritmo de dez novos desempregados por dia. Longe de se vislumbrarem sinais de contra-ciclo, esta situação tende mesmo a agravar-se, verificando-se que, no final de 2004, o número de desempregados registados ultrapassou o patamar dos 10 mil inscritos.

A situação complica-se ainda mais quando se verifica que aumentaram também as dificuldades de reintegração no mercado de trabalho. Com efeito, em 2003, o desemprego registado, com duração superior a 12 meses, representava 47% do total de inscritos no Centro de Emprego de Matosinhos, uma evidência real das dificuldades do mercado de trabalho criar oportunidades de emprego adequadas a essas situações.

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Os indicadores gerais de mobilidade da área metropolitana, estimados pelo INE com referência ao ano 2002, classificam a população de Matosinhos como a população mais móvel da área metropolitana. Com efeito esses resultados apontam no sentido de que 83% da sua população residente é móvel (população que se desloca pelo menos uma vez por dia), a maior taxa de incidência de comportamentos de mobilidade no conjunto da área metropolitana.

Um dos fenómenos mais relevantes da mobilidade reporta-se os movimentos casa-trabalho ou casa-escola. A mobilidade pendular envolve actualmente cerca de 48 mil pessoas em fluxos internos ao município e 63 mil pessoas em fluxos diários com outros municípios. Diariamente, entram em Matosinhos 25 mil pessoas para trabalhar e 2 mil para estudar, saindo 31,5 milhares de pessoas para trabalhar e 4,5 milhares de pessoas para estudar, a maioria respeitante a movimentos com a cidade do Porto. Saliente-se que Matosinhos capta a maior proporção de pessoas residentes no Porto a trabalhar ou estudar fora do município.

A década de 1990 marcou uma mudança estrutural nos comportamentos de mobilidade, com o automóvel a substituir o autocarro como modo de transporte dominante. O automóvel tem actualmente um peso na ordem dos 70% dos movimentos pendulares dos residentes e 54% dos não residentes, enquanto que o transporte colectivo tem um peso na ordem dos 29% quer para os residentes quer para os não residentes.

A explicar esta tendência estarão certamente as debilidades em matéria de cobertura da rede de transportes públicos nas áreas mais a Norte do município, mas também o grau de irrigação da rede viária e em particular da rede viária nacional. Em relação à rede viária nacional que atravessa o município, de elevada densidade, proporcionando excelentes acessibilidades, moldando-o como um dos territórios da área metropolitana com melhor fluidez de tráfego, haverá que salientar a fragmentação que esta introduziu no seu território, circunstância que introduz necessidades de coordenação adicionais nos instrumentos de planeamento territorial.

No contexto da mobilidade geral da população, o estudo realizado pelo INE em 2000 na área metropolitana salientava a relevância da mobilidade pedonal. Andar a pé representava o segundo modo de deslocação mais importante (26% das deslocações) do concelho. Para esse facto certamente contribuíram a transformação de algumas ruas em pedonais e partilhadas, o aumento das áreas de circulação de peões e a eliminação das barreiras urbanísticas de alguns locais, em particular das áreas mais centrais e históricas da cidade.

A relevância regional e nacional do Porto de Leixões, do Aeroporto e da Exponor atribui naturalmente a Matosinhos a posição de plataforma de comunicação da região com o resto do país e com o Mundo. Impera desta forma sobre Matosinhos, a responsabilidade de poder corresponder, qualificadamente, ao papel que, pela sua localização, naturalmente, desempenha, enquanto cartão de visita da região Norte, capaz de projectar a imagem de um território que se pretende pleno de dinamismo e modernidade.

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