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Relatório de Ações Socioambientais. Korin Agropecuária

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Academic year: 2021

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• INTRODUÇÃO

4

• MENSAGEM DO PRESIDENTE

5

• A KORIN

7

• SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIAL 32

• COMUNICAÇÃO E RELACIONAMENTO 51

• GOVERNANÇA CORPORATIVA

61

• DESEMPENHO ECONÔMICO E FINANCEIRO

63

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A Korin Agropecuária é uma empresa diferente das demais desde o nascimento. Ela surgiu não para ganhar o mercado, estritamente, mas para ajudar a construir um novo conceito de alimentação. O objetivo era contribuir com uma vida mais saudável, em equilíbrio com o meio ambiente e que pudesse se estender a todo o Brasil.

Foi pioneira numa série de produtos que hoje comercializa, como o frango AF (Antibiotic

Free) e os ovos com certificação de bem-estar animal. Por isso, tornou-se referência

também no desenvolvimento de tecnologias agrícolas e de criação animal, feitas em parceria com instituições de ensino e de pesquisa. Tornou-se símbolo de uma empresa inovadora e tem os resultados de seus trabalhos publicados internacionalmente.

Também se transformou em exemplo a ser seguido por outras empresas interessadas em modos alternativos de produção e que querem fugir do sistema convencional tão nocivo ao solo, às águas, ao ar e aos próprios produtores e consumidores.

O início foi complicado. A marca era desconhecida e seus produtos tinham que competir com outros de grandes empresas com nomes estabelecidos no mercado. Também foi difícil contar com produtores parceiros, receosos de uma empreitada que poderia render resultados no mínimo duvidosos.

A solução foi a construção de granjas próprias e, posteriormente, a adoção do sistema de integração. Com o investimento em pesquisas que resultaram no aprimoramento de suas atividades e, consequentemente, da produção, a Korin hoje atingiu um patamar de solidez e encontra-se em plena expansão de suas atividades.

A empresa cresceu e a marca Korin tornou-se símbolo de produtos saudáveis e sustentáveis, o que fez aumentar a demanda não só por quantidade como por diversidade de produtos. Em 2010, a revista Supermercado Moderno elegeu a Korin como a 5ª marca mais lembrada pelos varejistas na Grande São Paulo e no Rio de Janeiro.

Tudo isso, contudo, sem perder de vista seu objetivo primordial e razão de sua origem: a promoção da saúde, do bem-estar e do equilíbrio entre o homem e a natureza, demonstrando que é possível, sim, crescer com uma proposta diferente para o mercado, com base na construção de uma cadeia de valor.

Este Relatório se propõe a contar como a Korin, que completa 20 anos em 2014, conseguiu atingir este seu atual patamar de excelência, suas principais atividades e iniciativas que dizem respeito à inovação e à gestão sob o ponto de vista socioambiental e os principais desafi os e lacunas ainda por superar.

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MENSAGEM DO PRESIDENTE

O que move uma empresa é o seu valor. Para a Korin, este valor não se refere somente à qualidade dos produtos, o que também é fundamental, mas principalmente ao trabalho em torno de uma palavra: respeito. Respeito às centenas de colaboradores que fazem a empresa diariamente, aos produtores que cultivam os alimentos que chegam à mesa dos brasileiros, aos fornecedores que nos procuram por sermos uma instituição transparente e responsável, aos consumidores conscientes que sabem diferenciar preço de valor agregado, tendo conhecimento de que a saúde é o bem mais importante da vida, e ao meio ambiente, com a preocupação em desenvolver uma cadeia sustentável que mantenha a natureza íntegra e o solo vivo, produtivo e rico em energia vital.

A Korin, desde seu nascimento, em 1994, segue os princípios da Agricultura Natural, preconizada pelo filósofo e pensador japonês Mokiti Okada (1882-1955), que preza pelo cultivo dentro de uma cadeia sustentável, de total harmonia entre o homem e o solo. Este tipo de agricultura diferencia-se em diversos aspectos das agriculturas tradicionais, começando pela menor emissão de gases causadores do efeito estufa, passando pela preservação da saúde dos agricultores e finalizando com maior qualidade dos alimentos. Mokiti Okada entrou em minha vida muito cedo. Quando conheci as maravilhas que seus conhecimentos poderiam fazer pelo mundo, decidi dedicar minha vida à expansão da alimentação natural. Em um de seus ensinamentos ele diz: “Em termos humanos, quanto mais se trabalha, mais saúde se tem; quanto mais se descansa, mais fraco se fica”.

três elementos básicos – fogo, água e terra – são forças motrizes para desenvolver os produtos agrícolas, bastará que estes sejam plantados numa terra pura, expostos ao sol e suficientemente abastecidos com água, para se obter um grande êxito, jamais visto até hoje. Não se sabe desde quando, mas o homem cometeu um enorme equívoco ao usar adubos, pois ignorou completamente, a natureza do solo”. Isso quer dizer que um solo puro resulta em uma planta pura e consequentemente um alimento puro, produtos esses que a Korin oferece a todos os seus consumidores e encara como um compromisso de vida.

A interferência do homem na natureza e nas produções agropecuárias está afetando em ritmo acelerado o planeta e as sociedades. Hoje, por exemplo, nos deparamos com o aumento exponencial de alimentos transgênicos. A melhor forma de fomentar a produção de grãos não transgênicos é aumentar a demanda por frangos orgânicos, o que serve de grande incentivo para que os produtores parem de produzir grãos OGM (Organismos Geneticamente Modificados).

A responsabilidade social, inerente às nossas atividades, abrange desde a compra antecipada de milho proveniente da agricultura familiar, que garante sua subsistência perante um mercado de grandes produtores, até a compra de arroz cultivado em terras de reforma agrária, que ajuda famílias de agricultores a se manterem no campo, evitando assim, o êxodo rural. Por sermos adeptos da Filosofia de Mokiti Okada, temos o grande desejo de pragmatizar os ensinamentos da Agricultura Natural e disponibilizar à população toda a linha de alimentos naturais, promovendo, não só a saúde e o bem-estar do consumidor, como também a prosperidade do produtor rural, que, com dignidade, conseguirá fazer com que sua atividade econômica seja transmitida a seus filhos para que se orgulhem da história de seus pais e optem por seguir o mesmo caminho.

Ao longo desses anos, nos esforçamos para resolver as lacunas que o sistema agroalimentar orgânico possui. Através de palestras, exposições e entrevistas, conseguimos expandir o mercado consumidor e produtor e tivemos, como resultado, produtos mais saborosos e saudáveis num ambiente mais equilibrado e justo.

A Korin é uma empresa que difere das outras, uma vez que a maior pulsação de sua existência não está nos modelos empresariais clássicos de lucro pelo lucro, o que faz com que as premissas de sustentabilidade nos sejam intrínsecas e o que nos permite mostrar, há duas décadas, que é possível produzir sem degradar, crescer sem prejudicar, naquele que costumamos chamar de “o verdadeiro caminho para a agricultura”.

Por tudo isso, é com imensa satisfação que apresentamos nosso primeiro Relatório de Ações Socioambientais. Uma feliz coincidência, já que em 2014, completamos vinte anos de história. Este documento registra de forma transparente nossas ações e, olhando para trás, podemos ver o quanto crescemos e evoluímos na construção do objetivo de levar alimentos saudáveis a um número cada vez maior de pessoas e o quanto ainda vamos evoluir daqui para frente.

Muito obrigado. Reginaldo Morikawa

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A KORIN

A KORIN

MISSÃO:

Produzir e comercializar alimentos que promovam a saúde e o bem-estar do consumidor, assim como a prosperidade do produtor, utilizando métodos produtivos que gradativamente concretizem a Agricultura Natural preconizada por Mokiti Okada, através de um modelo, social, ambiental e economicamente sustentável.Ÿ

PRINCÍPIOS E VALORES:

• RESPEITO AO CONSUMIDOR - É a orientação de nossas ações internas e externas. Respeitamos o consumidor ao nos preocuparmos em levar alimentos saudáveis à sua mesa, mantendo uma busca incessante por melhores produtos;

• PREOCUPAÇÃO COM A SAÚDE- Buscamos atingir o estado de Verdadeira Saúde, na produção agropecuária e na vida humana. Produzimos alimentos naturais, com alto valor biológico e que não prejudiquem a saúde porque nos preocupamos com a saúde dos consumidores e com a saúde do planeta;

• RESPEITO AO MEIO AMBIENTE - Em harmonia com a Natureza, aprendemos seus mecanismos e contribuímos para preservar o futuro. O sistema de produção da Korin baseia-se no respeito ao meio ambiente e às Leis da Natureza. Nossa preocupação é não poluir e não agredir o meio ambiente. Somente assim conseguiremos proporcionar maior qualidade de vida a todos os seres; • ÉTICA EMPRESARIAL E INTEGRIDADE - Sinceridade, honestidade e respeito às leis norteiam as nossas relações com funcionários, clientes e fornecedores. Ética empresarial e integridade nas relações trabalhistas e fiscais zelam pela imagem de empresa idônea, obtida através de anos de trabalho sério e transparente;

• QUALIDADE - O aumento da eficiência e da satisfação dos clientes internos e externos é o nosso objetivo constante. A qualidade é o princípio que norteia todos os esforços da nossa equipe de trabalho;

• VALORIZAÇÃO DO PRODUTOR- Elevar a qualidade de vida do produtor é fundamental para a construção de uma sociedade equilibrada. A valorização do produtor, que representa a base do processo, garante a sustentação de toda a cadeia produtiva. Colocamos a saúde e o bem-estar dos produtores em primeiro lugar;

• INOVAÇÃO - Com sua prática de respeito à Natureza, a Korin criou um novo conceito de agroindústria. Mesmo sendo pioneira, a Korin não para de evoluir, em ideias e tecnologia

(6)

• ESPIRITUALIDADE - Este é um conceito muito abrangente e profundo, pois reconhecemos a existência do sentimento e do espírito em todas as coisas: nos animais, nos vegetais e nos demais seres. União, trabalho competente e espiritualidade geram resultados cada vez mais positivos, garantindo, com isso, a viabilidade da atividade. Reconhecer a missão espiritual dos alimentos é contribuir para elevar a sua qualidade e o seu valor biológico. O alimento é vida;

• PIONEIRISMO E DIFUSÃO DE TECNOLOGIA - A Korin é uma das primeiras empresas a investir na produção de alimentos de Agricultura Natural em larga escala, motivando produtores e outras empresas a seguirem o mesmo caminho. Difundimos a tecnologia de produção natural com o objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida à população. Aprendemos e ensinamos, colaborando e construindo parcerias;

• RESPONSABILIDADE SOCIAL - Nosso trabalho visa transformar positivamente a sociedade, em

favor da paz, da justiça e da saúde através da alimentação. Exercemos nossa responsabilidade social, por exemplo, contribuindo para a preservação da saúde dos agricultores e incentivando a sustentabilidade da sua produção;

• TRABALHO EM EQUIPE E PARTICIPAÇÃO DO FUNCIONÁRIO - É da criatividade e motivação das pessoas que depende o sucesso da empresa. A figura do funcionário, dentro dessa cadeia produtiva, é uma das mais importantes, pois a sua participação é percebida na qualidade de nossos produtos;

• EFICIÊNCIA - Respeitando os princípios da Lei da Natureza, a Korin busca constantemente atingir a eficiência;

• RESPEITO AO COLABORADOR- A ética e integridade de nossa empresa fazem com que nos preocupemos com nossos colaboradores (sejam eles funcionários ou fornecedores), através de cuidados ligados à sua alimentação/saúde;

• FOCO NO CLIENTE - Desde o início da produção até os postos de venda, a Korin preocupa-se em oferecer ao cliente produtos verdadeiramente confiáveis. A Korin produz produtos naturais, com qualidade, pensando sempre em sua principal razão de existir. E sua principal razão de existir é o cliente;

• BEM-ESTAR ANIMAL - A produção da Korin considera o bem-estar dos animais de criação como princípio, ao cuidar da sua saúde, conforto, nutrição, manejo e abate humanitários. Os animais podem expressar comportamentos da espécie e não devem sofrer com dores, medo ou angústia.

VISÃO:

Tornar-se em cinco anos uma empresa líder no Brasil e uma referência mundial, com sustentabilidade financeira e ambiental, e benéfica ao desenvolvimento socioeconômico do país, através da oferta de produtos oriundos da tecnologia da

Agropecuária Natural.

A FILOSOFIA

POR TRÁS DA EMPRESA:

AFINAL, QUEM É A KORIN?

A Korin Agropecuária é uma empresa brasileira, fundada há 20 anos, que segue os princípios e valores ecológicos na produção de alimentos naturais. Baseado na filosofia de Mokiti Okada (fundador da Igreja Messiânica, criada em 1935, no Japão), o modelo de Agricultura Natural aplicado pela empresa privilegia o perfeito equilíbrio entre preservação e uso dos recursos naturais, sem que seja necessária a aplicação de produtos químicos. O principal objetivo da Korin é contribuir para a expansão da Agricultura Natural e, consequentemente, para o desenvolvimento pleno e sustentável de seus praticantes,

priorizando a qualidade de vida, o meio ambiente e a responsabilidade social.

1

(7)

1994:

Criação da Korin no brasil

1995:

Construção do abatedouro

de frangos criados sem antibióticos e promotores de crescimento em Ipeúna/

SP

2002:

Começa o replantio de árvores

nativas no Polo de Agricultura Natural de Ipeúna, em parceria com o Consórcio das Bacias dos Rios Capivari e Piracicaba

2005:

Tem início o conceito de

“desembalagem” na empresa, com o objetivo de reduzir os resíduos sólidos da produção

2008:

Processo produtivo de frango

AF passa a ser inspecionado pela WQS (World Quality Services)

2010:

Inaugurada primeira loja de

franquia da Korin, em Natal; a revista Supermercado Moderno elege a Korin a 5ª marca mais lembrada pelos varejistas na Grande São Paulo e no Rio de Janeiro; inicia-se o projeto Agenda Verde na propriedade de Ipeúna

2013:

Korin recebe o prêmio

ECO-AMCHAM pelo segundo ano consecutivo; é escolhida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária como “uma empresa modelo de sustentabilidade”, o que significou sua inclusão no livro “Gestão Sustentável na Agricultura” (2ª edição), lançado em 2014

1997:

Primeira ampliação do

abatedouro de aves em função do aumento da produção

2004:

A Korin começa a produzir

ovos de maneira sustentável

2007:

Segunda ampliação do

abatedouro de aves; início do processo de maior profissionalização da gestão

2009:

Empresa começa a dar lucro

de forma efetiva; O Centro de Pesquisa Mokiti Okada é convidado a participar do Conselho Unificado das APAs Corumbataí – Piracicaba (nas quais o Polo de Ipeúna está inserido)

2012:

Korin recebe os prêmios

ECO-AMCHAM, na modalidade “práticas de sustentabilidade”, e Greenbest (da Greenvana), na categoria “alimentação”; recebe a pontuação de 0,87 (numa escala de 0 a 1) da avaliação de impacto ambiental APOIA-NovoRural, da Embrapa/Jaguariúna

Atenta não apenas aos valores ecológicos, a Korin também se preocupa com a parte social que tange sua produção. Por isso, estimula e orienta os agricultores que formam sua rede de fornecedores e colaboradores para o fortalecimento de unidades agrícolas familiares sustentáveis, através de iniciativas inovadoras, capazes de gerar desenvolvimento econômico e social. Além disso, trabalha com pequenos e médios produtores, para quem transfere conhecimento e tecnologia para a prática do método de Agricultura Natural.Ÿ Tudo isso para desenvolver uma produção agrícola justa, capaz de oferecer alimentos puros, sem prejuízo à saúde do lavrador e do consumidor, resguardando a integridade ambiental eŸa qualidade de origem dos seus produtos.

Assim como a agricultura, a criação industrial de animais da empresa também leva em consideração os pilares da Agricultura Natural. No caso da produção de aves, por exemplo, elas são criadas sem o uso de antibióticos ou ingredientes de origem animal em sua ração.

(8)

A AGRICULTURA NATURAL

O modelo da Agricultura Natural nasce de uma profunda preocupação com o emprego excessivo de agroquímicos no solo, que, por conta do seu uso indiscriminado, têm provocado graves consequências ao meio ambiente, contaminando mananciais, leitos de rios, lençóis freáticos e afetando assim toda a cadeia alimentar.Ÿ Além disso, a impregnação de resíduos químicos nos alimentos provoca a alteração do seu verdadeiro sabor e compromete a saúde de quem produz e de quem compra.

Para Mokiti Okada, o pai da Agricultura Natural, a natureza, em seu estado original, representa a Verdade e, portanto, precisa ser respeitada. Para o filósofo, a humanidade, ao longo de sua história, se afastou da natureza e acabou por promover um estado de degradação do meio ambiente, fazendo o uso indiscriminado de seus recursos naturais, o que resultou numa agricultura como a que é praticada atualmente, denominada “agricultura convencional”, que negligencia o poder do solo, as plantações e o equilíbrio natural.

Segundo o Mokiti Okada, que preconiza a identidade entre espírito e matéria, o espírito é inerente não só ao homem, mas a todos os seres vivos. E, sendo o solo o maior organismo vivo do planeta, sua importância é vital para a preservação da vida humana na Terra. Por isso, a Agricultura Natural tem no solo a base de sua filosofia e de seu trabalho.

Diferente do que se imagina, a proposta para uma nova agricultura não é o aperfeiçoamento de técnicas de cultivo, mas a valorização e o fortalecimento do solo. Um solo forte é a chave para restabelecer o estado natural de produção de alimentos, sem o uso de agrotóxicos e fertilizantes químicos.

Os principais objetivos da filosofia que cerca a

Agricultura Natural são os seguintes:

• Produzir alimentos que incrementem cada vez mais

a saúde do homem.

• Ser econômica e espiritualmente vantajosa, tanto para

o produtor como para o consumidor.

• Poder ser praticada por qualquer pessoa e, além disso,

ter caráter permanente.

• Respeitar a Natureza e conservá-la.

• Garantir alimentação para toda humanidade,

independentemente de seu crescimento demográfico.

(9)

A RELAÇÃO COM O MERCADO:

Criada em 1994, a Korin nasceu para dar continuidade ao desenvolvimento de um mercado nacional de alimentos orgânicos e naturais, trabalho que vinha sendo realizado pela Igreja Messiânica havia cerca de 16 anos. É esta conexão que permite compreender a razão da existência de uma empresa que apenas começou a dar lucro em 2009, 15 anos depois de ter começado a funcionar. Controlada pela Igreja Messiânica Mundial do Brasil, a Korin, que significa anéis de luz em japonês, tem como filosofia o incentivo à alimentação saudável e, para tanto, comercializa atualmente mais de 60 produtos. Ao longo dos anos, o reconhecimento e a força da marca possibilitaram novas oportunidades de negócios, como as parcerias com indústrias e produtores em outros Estados, como Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais e São Paulo, que, por desenvolverem processos produtivos com base nos mesmos conceitos, foram aprovados para comercializar com a marca Korin produtos como mel e seus derivados, café, arroz, sopa instantânea e até cosméticos.

Muitos desses produtos apresentam resultados no vermelho. Ou seja, ainda não dão lucro para a empresa. No entanto, sua produção faz sentido dentro da política mercadológica da Korin que, como já foi mencionado, nasceu com um objetivo mais amplo do que o meramente comercial. Hoje, o mercado de alimentos orgânicos e naturais já alcançou um patamar um pouco maior do que o encontrado pelos seus fundadores à época em que abriram a empresa. Mesmo assim, ela segue sendo a pioneira na criação do frango Antibiotic Free (AF), sem antibióticos e promotores artificiais de crescimento, no Brasil e é a única a produzir ovos com selo de bem-estar animal.

Mais do que o lucro, o compromisso da Korin é com uma agricultura e

criação de animais livres de agroquímicos, capazes de produzir alimentos

puros e saudáveis para o meio ambiente e para a sociedade.

(10)

Estado Acre Alagoas Amapá Amazonas Bahia Ceará Distrito Federal Espírito Santo Goiás Maranhão

Mato Grosso do Sul Mato Grosso Minas Gerais Pará Paraíba Paraná Pernambuco Piauí Rio de Janeiro Rio Grande do Norte Rio Grande do Sul Rondônia Roraima Santa Catarina São Paulo Sergipe Tocantins TOTAL Sigla AC AL AP AM BA CE DF ES GO MA MS MT MG PA PB PR PE PI RJ RN RS RO RR SC SP SE TO Pontos de Venda 0 4 4 6 31 20 22 14 6 9 8 2 25 6 5 32 18 6 280 6 18 2 0 31 840 10 1 1406 Região Norte Nordeste Norte Norte Nordeste Nordeste Centro-Oeste Sudeste Centro-Oeste Nordeste Centro-Oeste Centro-Oeste Sudeste Norte Nordeste Sul Nordeste Nordeste Sudeste Nordeste Sul Norte Norte Sul Sudeste Nordeste Norte

DISTRIBUIÇÃO DE PONTOS

DE VENDA NO BRASIL

(Dados de 2013)

Norte Centro-Oeste Sul Nordeste Sudeste

DISTRIBUIÇÃO DE PONTOS DE VENDA NO BRASIL (Dados de 2013)

82%

8%

6%

3%

1%

DISTRIBUIÇÃO DE CLIENTES POR

REGIÃO DO BRASIL

(11)

A PRODUÇÃO ORGÂNICA

E DE AGRICULTURA NATURAL

O que exatamente são produtos orgânicos e naturais? O que os diferencia de produtos convencionais? É verdade que eles são melhores para a saúde? O que eles têm a ver com sustentabilidade e responsabilidade social?

Essas são algumas das perguntas feitas por quem ainda não está familiarizado com o universo orgânico, ao comparar seus produtos com os convencionais. Inicialmente, um produto para poder ser comercializado como orgânico precisa ser certificado, e isso pode ser feito de três maneiras. Atualmente, a legislação brasileira prevê que a qualidade orgânica pode ser atestada por meio de Certificação por Auditoria, através dos Sistemas Participativos de Garantia ou pelo Controle Social para a Venda Direta sem Certificação.

Hoje, a Certificação por Auditoria pode ser conferida, por exemplo, pela Ecocert Brasil Certificadora, pelo IBD Certificações, pela IMO Control do Brasil, pelo Instituto Nacional de Tecnologia e pelo Instituto de Tecnologia do Paraná.

Já o Sistema Participativo de Garantia (SPG) permite que entidades como a Associação dos Agricultores Biológicos do Rio de Janeiro (ABIO), a Associação de Agricultura Natural de Campinas e Região (ANC), a Associação Ecovida de Certificação Participativa (Rede Ecovida) também possam certificar. O objetivo desse sistema é possibilitar a geração da credibilidade adequada a diferentes realidades sociais, culturais, políticas, institucionais, organizacionais e econômicas de produtores no país. Para se tornar um SPG, devem ser reunidos produtores e outras pessoas interessadas para assim organizar a sua estrutura básica, que é composta pelos Membros do Sistema e pelo Organismo Participativo de Avaliação da Conformidade (OPAC). Os OPACs correspondem às certificadoras no Sistema de Certificação por Auditoria.Ÿ São eles que avaliam, verificam e atestam que produtos ou estabelecimentos produtores ou comerciais atendem às exigências do regulamento da produção orgânica. Para os OPACs atuarem legalmente, eles precisam estar credenciados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Por último, está o Controle Social para a Venda Direta sem Certificação. Este sistema representa uma brecha na legislação brasileira para que agricultores familiares possam vender diretamente a seus consumidores finais sem necessidade de certificação. Para isso, é necessário que se constitua uma Organização de Controle Social (OCS), que pode ser formada por um grupo, associação, cooperativa ou consórcio, com ou sem personalidade jurídica, de agricultores familiares, com alto grau de credibilidade, organização, comprometimento e confiança. O papel de uma OCS é orientar de forma correta os agricultores que fazem parte dela, permitir que seus consumidores possam tirar dúvidas sobre o processo produtivo e tenham seu direito de visita às unidades de produção assegurado, além de viabilizar a comunicação com os órgãos fiscalizadores.

O constante crescimento do mercado de orgânicos no Brasil e no mundo se deve, basicamente, à atuação do consumidor que, com o aumento da sua conscientização e busca por produtos mais saudáveis e menos agressivos ao meio ambiente, tem pressionado as empresas a prestarem mais atenção aos seus processos produtivos.

A palavra “orgânico” refere-se à maneira como estes produtos agrícolas

são cultivados e processados. Ela se refere a um sistema de produção,

transformação, distribuição e vendas que garante aos consumidores que

os produtos mantêm a integridade orgânica que começa na unidade de

produção.

A produção orgânica é baseada em um sistema de cultivo que mantém e repõe a fertilidade do solo sem o uso de pesticidas e fertilizantes químicos, aditivos sintéticos, drogas veterinárias ou sementes transgênicas. Produtos biológicos utilizados nas culturas também devem ser fabricados sem o uso de antibióticos ou hormônios sintéticos. Sendo assim, seu cultivo utiliza apenas sistemas naturais de adubação para combater pragas e fertilizar o solo.

As certificações concedidas aos produtores orgânicos existem justamente para assegurar que os métodos, práticas e substâncias utilizadas na produção e manipulação de culturas, gado e produtos agrícolas transformados estão em conformidade com estas determinações.

Do outro lado, a produção convencional baseia-se na utilização de maquinário pesado, melhoramento genético e insumos químicos, acarretando desgaste do solo, contaminação de alimentos por agrotóxicos e diminuição da qualidade dos alimentos em geral, sem falar no risco de intoxicação de quem está diretamente envolvido no cultivo.

Todo esse cuidado com a produção orgânica se reflete na qualidade dos alimentos e o resultado é que os orgânicos são minimamente processados, sem ingredientes artificiais, conservantes ou irradiação para manter sua integridade.

Os benefícios da agricultura orgânica e natural também são refletidos no meio ambiente, uma vez que a biodiversidade em propriedades com cultivos sem a utilização de pesticidas e fertilizantes químicos é superior às áreas que produzem pelo método convencional. Importante salientar que a agricultura orgânica e natural difundida pela Korin não se faz apenas pelo não uso de agrotóxico, mas também e fundamentalmente pelo respeito à natureza e seus ciclos e pelo equilíbrio entre o homem e o meio ambiente, respeitando as comunidades locais.

A Korin transfere para seus parceiros, produtores e fornecedores de matéria-prima, os princípios e conceitos da produção sustentável, orgânica e da Agricultura Natural, contribuindo para o fortalecimento de uma cadeia produtiva com base na agroecologia.

(12)

A QUESTÃO DO PREÇO

Os produtos orgânicos são, de fato, mais caros que os convencionais. No entanto, eles não carregam no preço o alto impacto sobre o meio ambiente, como a contaminação do solo e da água por agrotóxicos e do ar pela emissão de gases causadores do efeito estufa. Também têm a vantagem de não afetar a saúde dos agricultores e criadores de animais e dos próprios consumidores. Ao avaliar sob esta ótica, são os produtos convencionais que possuem custo mais baixo justamente por ignorarem estes impactos, às custas de uma metodologia de produção de baixo custo, porém de alto impacto ambiental e muitas vezes social.

“Os produtos orgânicos custam mais do que os convencionais? Custam, mas as pessoas não enxergam para além dos benefícios imediatos, não veem os benefícios não-tangíveis. É preciso reconhecer o benefício de longo prazo, o benefício para a saúde, para o meio ambiente”, afirma Reginaldo Morikawa, diretor superintendente da Korin. Ele defende que as empresas precisam ser claras quanto ao real custo de seus produtos. Ou seja, é importante levar em conta, ao avaliar o preço, o que fica para a sociedade ao longo do processo produtivo que o envolve: a emissão de gases poluentes, a geração de lixo, o consumo de água doce, a contaminação do solo e da água, etc.

Em função disso, órgãos internacionais como FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), OMS (Organização Mundial de Saúde) e UNCTAD (Conferência das nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento) estão lançando campanhas para estimular a população mundial a consumir produtos advindos de práticas agroecológicas, tanto pelos benefícios à saúde quanto ao meio ambiente e à cadeia produtiva como um todo.

Mensagens recebidas através dos canais de atendimento da Korin têm demonstrado que os clientes da empresa detêm esse conhecimento e se preocupam com a forma como o alimento é produzido, concordando que o valor no preço final do produto acaba por ser mais alto que os da agricultura convencional.

Um exemplo claro sobre como determinado alimento acaba tendo um custo mais alto do que os demais é o que acontece com a criação do frango AF: neste caso, as aves são abatidas com 46 dias (pesando, em média, 2,4kg), quatro dias a mais do que as de granjas convencionais. A necessidade de criação por mais tempo se dá em função da alimentação (baseada estritamente em ingredientes vegetais, no caso do AF, e mais cara do que as demais) e do não uso de antibióticos e promotores artificiais de crescimento.

A KORIN EM NÚMEROS

produtores rurais

que seguem os

preceitos de produção

15

Korin para entrega de frutas, legumes e verduras;

No entorno de Ipeúna,

interior de SP,

a empresa agregou mais

Crescimento de

80%

da empresa nos últimos três anos;

427

funcionários

e colaboradores;

R$

76

de faturamento em 2013;

Investimento médio de

R$ 1,7

milhão nos últimos anos que

bateu o recorde de R$ 3 milhões

em 2013;

milhões

60

Os campeões de venda

são o frango e os ovos;

Portfólio de

produtos.

Produção realizada nos

hectares de área agrícola

e industrial em Ipeúna;

A entrada no segmento de

carnes resultou em uma rede de

produtores de frango de corte

parceiros, três produtores de

ovos e dez de milho;

28

(13)

BENEFÍCIOS DIRETOS E INDIRETOS DE PRODUTOS DE ORIGEM ORGÂNICA E NATURAL EM CONTRAPONTO COM OS DE ORIGEM CONVENCIONAL O cultivo de alimentos orgânicos prioriza os pequenos produtores;

Ao consumirmos produtos orgânicos e naturais, estamos contribuindo para a diminuição do envenenamento por agrotóxicos de agricultores e consumidores;

Sua produção ajuda na preservação do solo e evita erosões;

As propriedades que cultivam orgânicos apresentam maior biodiversidade e equilíbrio de fauna e flora;

Sua produção auxilia na preservação das águas de lençóis freáticos, rios e lagos, uma vez que é livre de insumos químicos;

São alimentos com maior teor de nutrientes e fotoquímicos (substâncias antioxidantes) do que os convencionais (que perdem parte de suas vitaminas e minerais pela forma como são cultivados), além de serem mais saborosos;

São alimentos mais saudáveis por não ter contato com substâncias químicas;

A metodologia orgânica e a Agricultura Natural contribuem para a redução do aquecimento global, uma vez que o solo tratado com substâncias químicas libera mais gás carbônico, metano e óxido nitroso do que o solo da agricultura natural e orgânica.

O cultivo de orgânicos apresenta menor custo social, já que a certificação garante que uma série de pré-requisitos de boas práticas na produção seja cumprida.

IPEÚNA, O CENTRO PRODUTIVO DA KORIN

O centro produtivo da Korin fica em Ipeúna, cidade do interior de São Paulo, localizada a 191 km da capital. É lá que está o Polo de Agricultura Natural, que reúne as instalações da Korin Agropecuária e das duas outras instituições que integram o Grupo, a Korin Meio Ambiente e o Centro de Pesquisa da Fundação Mokiti Okada. Esta última é responsável pelo desenvolvimento de modelos sustentáveis de agricultura e de produção animal. Já a Korin Meio Ambiente atua no tratamento de resíduos agrícolas e industriais.

(14)

DEPOIMENTO DE CLAUDIO PATRÍCIO, PROPRIETÁRIO DA FRANQUIA DA KORIN NO CAMPO BELO (SÃO PAULO)

Eu já era consumidor Korin. Sempre gostei muito dos produtos e era um simpatizante da filosofia da empresa. Um certo dia eu e meu irmão começamos a buscar uma oportunidade para abrir um negócio juntos, quando ficamos sabendo que a Korin também estava franquiando sua marca. Foi quando buscamos nos informar e daí pra frente resolvemos abrir uma loja no Campo Belo. Ao abrir o estabelecimento, ficamos surpresos com a quantidade de consumidores dos produtos da Korin. Estamos muito contentes e espero que nossos clientes estejam sempre satisfeitos com os nossos produtos e serviços. A loja da Korin no Campo Belo foi inaugurada em 10 de dezembro de 2013.

AS FRANQUIAS

Após a consolidação da marca e do comércio de produtos, a Korin decidiu apostar numa rede de franquias para expandir a sua presença no Brasil. Atualmente são quatro lojas localizadas em São Paulo (onde também está a primeira loja da Korin, na Vila Mariana, que pertence à empresa e que ajudou a semear a ideia das franquias como sendo uma boa oportunidade para oferecer seus produtos diretamente aos clientes), na Bahia e no Rio Grande do Norte. A primeira delas foi inaugurada em Natal, em 2010, e nasceu do sonho e da perseverança de um empresário que tinha grande interesse em levar os produtos naturais da empresa para o Nordeste, uma das regiões em que a Korin tem menos consumidores.

Com as franquias, a empresa oferece seus produtos naturais e orgânicos a um número cada vez maior de consumidores. No entanto, antes de decidir por este modelo, foi necessário ampliar sua malha logística de produtores e distribuidores para que fosse possível chegar a diferentes pontos do país.

Mas não é só de negócios que o interessado em adquirir uma franquia da Korin tem que entender. O potencial franqueado também precisa ter identificação com a filosofia da empresa, com os princípios da Agricultura Natural e ter compromisso com a difusão dos benefícios da alimentação saudável.

Estima-se que o retorno do investimento inicial em uma loja franqueada da Korin, que faz parte da Associação Brasileira de Franquias, seja alcançado no prazo de 36 a 48 meses. Esta projeção está baseada no grau de conhecimento da marca pelos consumidores (a maioria das classes A e B), que reconhecem os benefícios dos produtos naturais e priorizam a segurança alimentar, a qualidade de vida e a produção sustentável.

• Em 2014 foram inauguradas também as lojas de Brasília e do Rio de Janeiro.

• A partir de 2014, a Korin diminuirá consideravelmente sua produção de FLV orgânicos para focar na produção segundo o

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LOJAS KORIN NO BRASIL

São Paulo/SP

Vila Mariana (Rua Cel. Arthur de Godoy, 246) Loja Campo Belo (Rua Vieira de Morais, 1115)

Natal/RN

Tirol (Rua Joaquim Fagundes, 764)

Lauro de Freitas/BA Av. Praia de Itapoan, 626

SP

RN

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OS PRODUTOS KORIN

Atualmente, a Korin possui em sua cartela cerca de 60 produtos sendo comercializados. Os maiores volumes e os que geram o mais alto percentual de lucro continuam sendo os de frango e os ovos (cerca de 5 mil toneladas e 244 toneladas, respectivamente, em 2013), porém o leque tem aumentado tanto em quantidade quanto em diversidade.

Os produtos da Korin estão classificados em três linhas: Sustentável, Orgânica e de Agricultura Natural, numa sequência crescente de valores.

Os produtos da Linha Sustentável, os primeiros na linha de “evolução” para a Agricultura Natural, apresentam as seguintes características: sem aditivos químicos, sem quimioterápicos e sem conservantes, são economicamente viáveis, ecologicamente corretos, socialmente justos, culturalmente aceitos, levam em consideração o bem-estar animal e são produzidos dentro da prática de comércio justo, o chamado “Fair-trade”. A Linha Orgânica é composta por produtos certificados, enquanto a Linha da Agricultura Natural deve ser o caminho a ser seguido por todos os outros e propõe um cultivo natural onde existe a harmonia do meio ambiente com a alimentação, a saúde do homem e também com a espiritualidade.

Abaixo estão listados os principais produtos comercializados hoje pela empresa:

• Arroz orgânico:

Produzido por uma cooperativa que tem origem na reforma agrária do Rio Grande do Sul, a COOPAN (Cooperativa de Produção Agropecuária Nova Santa Rita LTDA), o arroz orgânico da Korin vem em quatro tipos: cateto integral, cateto polido (estes dois primeiros estão sendo lançados no mercado), agulhinha integral e agulhinha polido, desde 2012.

• Café orgânico:

Vem do sul de Minas Gerais e da região da Mogiana, em São Paulo, e é produzido em pequenas propriedades agrícolas familiares de manejo natural. Para a produção de café, a Korin ajudou alguns agricultores a recuperarem uma antiga forma de cultivo local, misturando diferentes culturas, como o milho e o feijão, como meio de evitar o esgotamento do solo e contribuir para a biodiversidade (a Korin pretende estender este modelo de cultivo para os demais produtores de café que atuam como seus parceiros). Tanto o milho, quanto o feijão também são comprados pela Korin. São três as variedades de café comercializadas pela empresa: Café Orgânico 100% Arábica, Café Reserva Sustentável e Café Premium;

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A COOPAN foi escolhida após uma ampla prospecção de fornecedores de arroz orgânico certificado para atender a clientes e consumidores dos produtos Korin, com qualidade e condições satisfatórias de quantidade e preço. No entanto, uma das características que mais chamou a atenção e terminou por influenciar definitivamente a escolha pela cooperativa foram sua missão, filosofia e forma de atuação que envolvem um trabalho coletivo e uma produção com princípios de sustentabilidade que coincidem com os objetivos da Korin.

A sede da COOPAN, fundada em 1995, fica numa agrovila, onde também estão as glebas de cultivo, as instalações de criação de suínos e o engenho de arroz. Ao redor dela, estão as casas das famílias.

A cooperativa é formada por “um grupo de famílias que acreditaram na forma coletiva de organização econômica e social da produção, agroindustrialização e comercialização dos frutos de seu trabalho”, segundo descrição da própria COOPAN. Seus princípios são muito semelhantes à filosofia da Korin: “a preservação do meio ambiente, a responsabilidade social e o respeito aos que trabalham, garantindo qualidade de vida. Sua produção está orientada em práticas agroecológicas que visam à sustentabilidade ambiental e social, bem como o comércio justo.” A cooperativa é composta por um grupo de famílias com alto grau de organização, com gestão inovadora e enorme capacidade de trabalho.

Para garantir sua qualidade, a produção de arroz é coordenada pela COCEARGS (Cooperativa Central dos Assentamentos do Rio Grande do Sul), órgão gestor que viabiliza a certificação por auditoria pela IMO.

A parceria com a Korin foi fundamental para o arroz da COOPAN alcançar outros Estados do Brasil. A empresa também representou um elo importante entre produção, logística e distribuição, uma vez que a cooperativa já tinha uma produção expressiva de arroz, mas enfrentava dificuldades nesses outros itens da cadeia.

“A gente tinha uma produção considerável, mas nossa fragilidade estava na distribuição e na logística. Além da parceria com a CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento), que adquiria o nosso arroz, e da venda para mercados locais de produtos orgânicos e integrais, o restante da produção era mais difícil de ser comercializado”, conta Airton Luiz Rubenich, coordenador comercial da cooperativa.

A parceria deu tão certo que Airton já pensa no aumento do percentual da produção em colaboração com a Korin, hoje estimado em 10% do total. “Queremos chegar a 30%”, afirma. “Temos uma ótima relação de trabalho, muita troca de informações e conhecimento. É uma relação de parceria mesmo”, completa o coordenador comercial.

Parcerias como esta firmada com a COOPAN são um diferencial da Korin, que atua como elo entre pequenos e médios produtores, cooperativas e agricultores familiares e o mercado, fortalecendo a cadeia de produtos orgânicos e naturais e ajudando aqueles que, sozinhos, não conseguiriam distribuir seus produtos.

• Mel orgânico e seus derivados:

Foi o primeiro produto de mercearia da Korin. Elaborado a partir do néctar de flores silvestres, ele vem de áreas manejadas de reservas florestais de mata atlântica, autenticadas ou certificadas, no Paraná, o que o difere da produção convencional, que utiliza monoculturas na criação de abelhas. O mel e seus derivados, como o extrato de própolis, são produzidos em parceria com a empresa Breyer, sem o uso de agrotóxicos, antibióticos e pesticidas, a partir do manejo de 27 mil colmeias e com a ajuda de 102 apicultores integrados.

• Shiitake orgânico:

Vem de uma pequena propriedade localizada em Suzano, no interior de São Paulo. Utiliza serragem de madeira de reflorestamento na sua produção, reutiliza a água da chuva para irrigação e recicla seus resíduos sólidos, dando origem a um substrato que pode ser usado para jardinagem, em hortas de agricultura orgânica e natural. O shiitake orgânico da Korin é cultivado sem o uso de fertilizantes ou defensivos químicos em nenhuma etapa da produção, colheita ou embalagem.

Um dos maiores desafios na produção do shiitake é a sanitização, que tem que ser bastante minuciosa e dispensar quaisquer produtos químicos.

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• Massas:

Sem aditivos químicos ou agrotóxicos em sua composição, as massas, mais especificamente o penne e o tagliatelle, vêm da Itália, onde receberam o certificado do Instituto Biológico da Itália. Apesar de todos os ingredientes utilizados na sua fabricação serem livres de agrotóxicos, uma certificadora brasileira precisaria estar entre as conveniadas pelo governo italiano ou vice-versa para que o produto fosse considerado orgânico. Como, por enquanto, este tipo de tramitação não existe, o produto está identificado apenas como natural/biológico e faz parte da Linha Sustentável da Korin.

• Sopa instantânea:

A sopa da Korin é feita a base de frango orgânico, com baixo teor de sódio que, neste caso, é apenas o encontrado naturalmente nos ingredientes. Mesmo sendo um alimento industrializado, mantém mais de 95% dos nutrientes. Não contém corantes artificiais, aromatizantes e realçadores de sabor como o glutamato monossódico.

• Ovos:

Os ovos da Korin são produzidos de forma bastante diferente daqueles originários de galinhas criadas pelo método convencional. Aqui, as galinhas não ficam confinadas em gaiolas, permanecendo soltas nos galpões, nem têm os bicos cortados (prática comum nas granjas convencionais por causa do estresse sofrido pela ave em função do confinamento). Além disso, recebem ração 100% vegetal e não são criadas à base de antibióticos ou promotores artificiais de crescimento, garantindo ao consumidor a isenção total de resíduos químicos nos ovos. Os ovos são postos em ninhos e coletados manualmente.

Por conta destas características de produção, os ovos da Korin são certificados pela WQS (World Quality Services) como “Livre de Antibióticos” e receberam o selo de Bem-Estar Animal da HFAC (Humane Farm Animal Care), outorgado pela certificadora Ecocert.

Em dezembro de 2013, o Processo Produtivo de Ovos Korin (cuja produção em Ipeúna, iniciada em 2004, com 1500 aves, hoje conta com 20.500 galinhas poedeiras) recebeu o prêmio “Eco-2013” da AMCHAM (Câmara Americana de Comércio), que há mais de 30 anos premia as empresas que buscam resultados econômico-financeiros com elevados padrões de ética, assumindo sua responsabilidade com o desenvolvimento da sociedade e com operações que gerem o menor impacto possível sobre o meio ambiente. Foi o segundo ano consecutivo em que a empresa recebeu o prêmio.

• Frango:

Assim como as galinhas poedeiras, os frangos de corte da Korin, pioneira no país na produção do frango AF (Antibiotic Free - Livre de Antibióticos) ficam fora de gaiolas, podem ciscar ao ar livre ou descansar sob a sombra de árvores e subir em poleiros. Também recebem ventilação quando a temperatura sobe demais e são criados com alimentação 100% vegetal e livre de antibióticos.

A ração dada às aves (tanto poedeiras, quanto de corte), criadas dentro do Polo de Agricultura Natural da Korin, em Ipeúna, ou pelos colaboradores da região, é produzida dentro da propriedade, fiscalizada e certificada. A supervisão se estende aos produtores associados e ao abatedouro, também localizado dentro do Polo de Ipeúna.

Estas práticas permitiram à Korin conquistar a certificação deŸBem-Estar Animal da HFACŸtambém para seu frango de corte, que correspondia a 83% do faturamento da empresa em 2013.

Tanto as galinhas poedeiras, quanto os frangos de corte, são criados em sistema de parceria com pequenos produtores familiares de cidades vizinhas à Ipeúna. Isso porque a Korin acredita que também é seu papel fomentar a agricultura familiar como forma de contribuir para o desenvolvimento das comunidades onde atua.

• Frutas, legumes e verduras (FLV):

Assim como os ovos e o frango, frutas, legumes e verduras também são produzidos em regime de parceria com produtores de todo o país, para quem a Korin transfere treinamento e tecnologia para o cultivo de orgânicos e de Agricultura Natural. Depois de colhidos, os produtos são encaminhados para o Polo de Ipeúna, onde são checados, limpos e embalados.

Morango, laranja, melão e manga são algumas das frutas que compõem a lista da Korin. Entre legumes e verduras, são produzidos de acordo com as certificações orgânicas desde alface, rúcula e espinafre, até beterraba, tomate, pepino e pimentão. Importante salientar que morango, laranja, pepino, tomate e pimentão, quando produzidos pelo método convencional, têm sido comercializados com alto teor de contaminação por agrotóxicos.

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Processados, preparados na Packing House de Ipeúna. São produtos que duram mais tempo e podem alcançar regiões mais distantes do país.

Além dos produtos acima, a Korin prepara o lançamento dos seguintes outros:

• Cortes Temperados Assados e Congelados de Frango: produto pronto para consumo, sendo necessário somente aquecer;

• Frango caipira orgânico: inteiro e em cortes, o frango caipira orgânico diferencia-se na ração, a base de milho e soja orgânicos, é livre de antibióticos terapêuticos e certificado pela Certified Humane e pela WQS;

• Carne bovina sustentável: a carne bovina da Korin vem da região do pantanal sul-mato-grossense. É uma parceria com Associação Brasileira de Pecuária Orgânica e que conta também com a fiscalização da ONG WWF para garantir uma prática da pecuária sustentável, que se baseia na manutenção das pastagens nativas de boa qualidade, e com respeito ao homem pantaneiro. Os fornecedores da Korin são pecuaristas preocupados com a viabilidade econômica de seus empreendimentos e com a manutenção do equilíbrio ambiental e social da região. Neste caso, a certificação orgânica se baseia no cumprimento dos seguintes critérios básicos: cumprimento integral da legislação ambiental e do Código Florestal Brasileiro; todas as fazendas devem possuir as Áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente intactas; é proibido o uso de agrotóxicos; são mandatórias a proteção e a conservação dos recursos hídricos.

A pecuária sustentável garante que mais de 90 mil hectares de área são utilizados numa produção ambientalmente correta, em que os rebanhos são criados em pastagens nativas, convivendo em harmonia com fauna e flora da região, e os bezerros permanecem com suas matrizes até atingir a fase do desmame e tratados somente com medicamentos homeopáticos e fitoterápicos.

No que tange à questão social da produção, os pecuaristas também têm como prioridade a melhoria contínua da qualidade de vida das populações isoladas do Pantanal, promovendo, assim, a cultura pantaneira e a manutenção do homem pantaneiro na região, contribuindo para a melhoria e o acesso à educação básica, bem como ao atendimento médico-odontológico, para a população da região, e a capacitação e a valorização da mão de obra local.

Nas criações tradicionais, os quimioterápicos, administrados de forma descontrolada para acelerar o crescimento e a diminuição de gordura na carne do animal, deixam resíduos e afetam seu sistema metabólico. Por outro lado, o gado criado de forma sustentável possui uma alimentação verde, à base de capim (alimentando-se de grãos para ganho de peso somente nos últimos meses de vida). Este sistema permite a redução de 90% de vermífugos utilizados em produções convencionais. Além disso, o boi é criado livre no pasto.

• Linguiças e patê de frango: a linguiça poderá ser encontrada nos sabores frango ao vinho, ervas e chimi churri. Já o patê virá nas versões Tradicional (75% de fígado de frango como matéria prima) e Intenso (100% de fígado de frango como matéria prima). Ambos são produzidos com frango livre de antibióticos e sem adição de glutamato monossódico, utilizando aromatizantes naturais e especiarias em sua composição;

• Hambúrguer: os hambúrgueres Korin terão as versões frango e carne bovina e uma linha suave, sem adição de sal, sem glutamato monossódico, utilizando aromatizantes naturais e especiarias em sua composição;

• Feijão Orgânico: nas versões carioca e preto, o feijão Korin é cultivado sem agrotóxicos e com certificação orgânica;

• Óleo de Soja Orgânico: originado do grão de soja orgânica prensado a frio, o que garante que menos produtos químicos sejam adicionados à composição durante seu refino, como ocorre nos óleos prensados a quente;

• Massas Congeladas Orgânicas: preparadas a partir de uma produção artesanal de massas recheadas, a Korin utiliza no preparo deste produto ingredientes orgânicos da empresa, como os ovos, o frango e o shiitake;

• Ovo Orgânico: a Korin que já possui o ovo livre de antibióticos, lança a versão orgânica do ovo, com as mesmas propriedades, com o diferencial da alimentação das galinhas à base de milho e soja orgânicos;

• Cosméticos: a linha de cosméticos (shampoo, condicionador e creme para pentear) é livre de ingredientes de origem animal em todos os seus processos de produção e de embalagem, além de ser fabricada de forma a otimizar a utilização de recursos naturais e a redução de agentes químicos. São produtos livres de parabenos, corantes e óleo mineral e, claro não testados em animais.

Ao incorporar a linha de cosméticos ao portfólio da empresa, a Korin busca demonstrar que, para além da alimentação, o bem-estar também precisa ser contemplado de forma saudável. Para isso, sua produção precisa passar por bases sustentáveis.

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Frango: todo o país, com exceção de Sergipe, Acre e Roraima

Ovos: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Amazonas e Mato Grosso do Sul

DISTRIBUIÇÃO DOS PRINCIPAIS PRODUTOS KORIN NO PAÍS

Mercearia: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo,

Amazonas, Mato Grosso do Sul, Pará, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. • Ovos • Frango • Aromatizante Bucal • Arroz • Café • Shiitake Desidratado • Extrato de Própolis • Mel • Feijão • Massas • Sopa Instantânea • Frutas • Verduras e legumes 244.825 kg 4.923.219 kg 1.940 frascos 23.244 kg 6.568 kg 64 kg 2.376 frascos 5.258 kg 7.584 kg 20.562 kg 6.140 kg 4.100 kg 124.638 kg

VOLUME DE VENDAS (2013)

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QUEM FAZ A KORIN

A Korin conta hoje com 427 funcionários e colaboradores que trabalham no município de São Paulo (onde está a sede administrativa da empresa) e em Ipeúna, local do Polo de Agricultura Natural. Em São Paulo são 59 pessoas e em Ipeúna 368.

É grande a diversidade de gênero. Porém, a divisão entre homens e mulheres é diferente nas duas cidades. Em Ipeúna, elas são maioria, 52%, enquanto na capital, as mulheres representam 39% dos funcionários. Com relação à idade, a grande maioria dos trabalhadores da empresa está na faixa etária de 20 a 39 anos. Esta distribuição é a mesma nos dois locais de trabalho. Chama à atenção, no entanto, a presença de funcionários entre 40 e 59 anos em Ipeúna: 61 no total. Em São Paulo, este número é bem menor: 8.

O mesmo acontece com os mais novos no interior. Lá, somam 13 os funcionários com menos de 20 anos, enquanto na capital, não há ninguém nesta faixa etária. A maioria do quadro da Korin no Polo de Agricultura Natural é composta por pessoas entre 20 e 29 anos: 177 no total.

Por estar localizado no interior do Estado, o centro produtor emprega pessoas de várias cidades da região. A maioria, no entanto, é de Ipeúna mesmo (248 funcionários), seguida pelas cidades de Charqueada e Rio Claro (61 e 48, respectivamente). Já na sede da Korin, quase a totalidade do quadro de funcionários é da própria capital (48 pessoas).

QUADRO DE FUNCIONÁRIOS POR GÊNERO (SEDE):

QUADRO DE FUNCIONÁRIOS POR GÊNERO (IPEÚNA): Mulheres: Mulheres: Homens: Homens: Funcionários - Gênero Funcionários - Gênero

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QUADRO DE FUNCIONÁRIOS POR LOCALIDADE (SEDE):

QUADRO DE FUNCIONÁRIOS POR LOCALIDADE (IPEÚNA): Funcionários - Localidade Funcionários - Localidade Taboão da Serra Taboão da Serra São Paulo Sumaré São Bernado do Campo São Paulo Rio Claro São Bernado do Campo Osasco Rio Claro Curitiba (PR) Mauá Itarapina Araras Moji das Cruzes Piracicaba Charqueada Diadema Ipeúna Américo Brasiliense QUADRO DE FUNCIONÁRIOS POR FAIXA ETÁRIA (SEDE):

QUADRO DE FUNCIONÁRIOS POR FAIXA ETÁRIA (IPEÚNA): 70 - 79 Mais de 60 60 - 69 50 - 59 50 - 59 40 - 49 40 - 49 30 - 39 30 - 39 20 - 29 20 - 29 Menos de 20

Funcionários - Faixa etária Funcionários - Faixa etária

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JARBAS CORDEIRO DE SOUZA É O FUNCIONÁRIO MAIS ANTIGO DA KORIN

Eu entrei na Korin em 1994. Fui o primeiro funcionário registrado na empresa. Mas, na verdade, eu já tinha trabalhado em outras três “empresas-irmãs” da Korin, surgidas antes desta última e já com atividades encerradas, também criadas pela Igreja Messiânica e com o mesmo objetivo de negócio, que era o desenvolvimento de alimentos saudáveis: a MGC - Messiânica General Company, a Zuiun e a Pronam. Na Korin, eu comecei como gerente da loja da Vila Mariana, que tinha acabado de abrir. Em seguida fui para a que tínhamos em Moema. A verdade é que eu me identificava bastante com a filosofia da Igreja Messiânica no que se refere à alimentação saudável e a Agricultura Natural. Gostava de poder contribuir para uma vida melhor, com mais saúde para as pessoas. E como eu já era um membro da Igreja Messiânica, isso acabou sendo um caminho natural para mim. Ao todo, são quase 30 anos de história na Korin e nas suas antecessoras. A maior parte deste tempo eu trabalhei na área comercial, que é o que mais gosto.

Jarbas Cordeiro de Souza trabalha atualmente no departamento de desenvolvimento de produtos e está na Korin desde sua fundação, em 1994.

FABIANA DEL SANTOS BARROS, UMA DAS MAIS ANTIGAS FUNCIONÁRIA DA KORIN

Desde jovem eu já me dedicava à Agricultura Natural pela Igreja Messiânica. Era algo que me tocava, que eu gostava muito. Numa determinada época, fiquei sem trabalhar, mas continuava me dedicando à Igreja. Meu sonho era trabalhar lá. Um dia uma amiga me disse que minha dedicação à Agricultura Natural poderia se dar em outro lugar. Justamente naquela época eu recebi, pela terceira vez, um convite para vir trabalhar na Korin e iniciar o Departamento Pessoal. Eu aceitei e, aos poucos, fui me apaixonando pela empresa. Mas o amor à agricultura em si eu conheci aqui em Ipeúna. Hoje a Korin é tudo na minha vida. Eu gosto tanto da empresa que tenho medo de acabar a minha missão aqui. Aqui tem paz! Temos problemas no dia adia, mas aqui eu encontro a paz, trabalho no meio da natureza... Consigo observar a beleza que está do lado de fora da janela da minha sala. Existe competividade em todo lugar, mas aqui é diferente. Eu sou da época em que havia somente um computador na empresa. Hoje cada profissional tem sua ferramenta de trabalho. Dou muito valor a tudo. A preocupação que temos com os funcionários é enorme. Temos muito carinho por todos. Uma palavra que resume o meu sentimento? Amor! Fabiana é gerente administrativo e financeiro e está há 18 anos na empresa

ORGANOGRAMA DA KORIN

SUPERINTENDÊNCIA REGINALDO MORIKAWA DIRETORIA ADMINISTRATIVA EVANDO POSSAMAI MARKETING MARCELO BRAGA DIRETORIA COMERCIAL EDSON SHIGUEMOTO ATACADO CELSO MORINAGA CONTROLADORIA PAULO FIGUEIREDO TI RODOLFO CARBONE ADM/FINAN/RH FABIANA BARROS MANUFATURA VALDEMIR TREVISOU PRODUÇÃO ANIM. LEIKA IWAMURA MANUTENÇÃO ELCIO BARROS GEST. QUALIDADE CECILIA IFUKI MENDES PRODUÇÃO VEGETAL JAMIL PEREIRA GOMES DISTRIBUIDORA ROBERTO RODRIGUES VAREJO JAIR ALVES LOGISTICA DIEGO DEL VALHE

DIRETORIA INDUSTRIAL LUIZ CARLOS DEMATTÊ FILHO

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SUSTENTABILIDADE

E RESPONSABILIDADE

SOCIAL

SUSTENTABILIDADE

E RESPONSABILIDADE

SOCIAL

O CENTRO PRODUTOR DE IPEÚNA

E AS APAS QUE O CERCAM

O Polo de Agricultura Natural, em Ipeúna, está inserido entre duas Áreas de Proteção Ambiental, a APA Corumbataí-Botucatu Tejupá e a APA Piracicaba Juqueri-Mirim. Lá estão preservadas importantes formações rochosas da região, rios e nascentes, além de uma variedade de espécies de plantas e animais do cerrado. Para contribuir com a preservação das duas APAS, que juntas somam mais de 270 mil hectares, o Centro de Pesquisa Mokiti Okada faz parte do Conselho Gestor Unificado das Áreas de Proteção Ambiental de Corumbataí-Piracicaba.

Na propriedade de 172 hectares de área agrícola e industrial são produzidos ovos, frutas, verduras e legumes, frangos e ovos. As plantações não recebem agrotóxicos ou pesticidas, a ração dada aos animais é 100% vegetal, as galinhas poedeiras são criadas passando parte do dia ao ar livre e os frangos de corte não recebem antibióticos terapêuticos nem como melhoradores de desempenho. Tudo isso, com baixo impacto ambiental e social.

Partindo da premissa que um solo sadio produz alimentos e animais saudáveis, a Korin se preocupa com o bem-estar do homem e com a preservação do meio ambiente como um todo. Se a produção não respeitar um ciclo sustentável, certamente ela não será capaz de produzir alimentos 100% completos. E quando falamos em ciclo sustentável, estamos nos referindo não só à produção de vegetais e à criação de animais em regimes que respeitam os ciclos da natureza, mas também ao respeito ao trabalhador e ao produtor que fazem parte desta cadeia.

Visitando o Polo de Agricultura Natural, é possível entender melhor essa filosofia que está por trás dos produtos Korin.

Começamos pela área verde: habitats foram recuperados desde que a propriedade foi adquirida pela Korin e, com isso, a biodiversidade da área tem aumentado. Hoje, há mais árvores, mais água e mais animais silvestres frequentando o local. Foram recuperadas nascentes e a vegetação à beira dos cursos d´água, e plantadas milhares de mudas de árvores nativas.

Mata, lagoas e nascentes convivem em harmonia com a produção de milho orgânico, com os cultivos de frutas, legumes e verduras e com as instalações para produção de ovos e frango. O milho orgânico é justamente um dos ingredientes, junto com a soja, que compõem a ração dada ao frango de corte e às galinhas poedeiras da Korin e fabricada dentro da própria propriedade. Ao contrário do que acontece na criação do frango convencional, a ração produzida aqui é livre de qualquer ingrediente de origem animal.

SUSTENTABILIDADE TAMBÉM DIZ

RESPEITO AO SER HUMANO

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Os ovos das galinhas poedeiras são coletados manualmente e levados em seguida para o Entreposto de Ovos onde são lavados, classificados e embalados

Já os frangos de corte seguem para o abatedouro no período mais fresco do dia, de forma a respeitar o ritmo biológico do animal. Eles são apanhados um a um pelo dorso e colocados em gaiolas com no máximo oito aves. Permanecem assim durante a madrugada, em área com controle de temperatura e umidade, até o momento do abate. Em todas essas etapas, as normas de bem-estar animal são seguidas, garantindo um tratamento adequado às aves.

A família Rossi, composta pelo pai, João de Jesus Rossi, 71, e os filhos Rogério Pedro Rossi, 27, Ourivaldo José Rossi, 32 e Reginaldo Manoel Rossi, 42, trabalha com a Korin como produtores de frango orgânico e natural. A parceria começou com o pai, que logo foi seguido pelos filhos.

“Trabalhávamos com outras empresas, mas a relação era muito difícil. Não tinha apoio técnico e a venda de volta do frango sempre era complicada. Foi aí que decidi que queria trabalhar com a Korin. Eu já tinha escutado de outros granjeiros da região que com eles o tratamento era diferente e resolvi tentar. No começo, só tínhamos uma granja. Tivemos que ampliar os espaços (na criação de frango convencional, o espaço mínimo permitido é de 12 aves por metro quadrado, enquanto na criação orgânica o máximo são 10 animais por metro quadrado. Além disso, por condições sanitárias, o total de aves por granja também é menor: são 11.800 frangos, enquanto na metodologia convencional este número pode chegar a 15.400) e nos adaptar à produção orgânica e natural, que tem regras diferentes.

Aqui há um intervalo de 20 dias antes recebermos os pintinhos (são fornecidos pintinhos com um dia de vida, além de ração e medicamentos fitoterápicos), quando fazemos a limpeza e desinfecção da granja. Somos inspecionados toda semana, até o momento do abate. O pessoal da Korin nos dá orientação sobre a criação, verifica se os animais têm alguma enfermidade, se o espaço está limpo e com as medidas certas... Além do mais, temos um contrato de longo prazo com a empresa e isso nos dá muito mais segurança. ”

Depoimento de João de Jesus Rossi, parceiro produtor da Korin. Os resíduos do abate, que são as penas, o sangue e as vísceras do frango, vão para a Graxaria,

onde são transformados em farinha. Posteriormente, este subproduto com alto teor nutritivo, é vendido para empresas fabricantes de ração para cães e gatos. Trata-se de uma solução sustentável que garante que resíduos restos não sejam despejados no meio ambiente.

Perto dali está o Packing House, instalação que recebe todas as frutas, legumes e verduras orgânicos certificados, produzidos na propriedade ou não, para serem selecionados, lavados e embalados. São cerca de 200 toneladas de produtos in natura por mês, vindos de 15 produtores. A Korin acredita em modelos de parcerias como uma das engrenagens principais para um negócio sustentável. Por isso, conta com 28 criadores de frango de corte e outros três produtores de ovos em Ipeúna e cidades vizinhas. São agricultores familiares de pequenas propriedades, em sua maioria, e que contribuem não apenas para o negócio da empresa, mas principalmente para a sua filosofia que é difundir a agricultura natural e orgânica e todos os seus benefícios para a saúde do homem e para o meio ambiente, levando alimentos saudáveis para todo o país.

O ABATEDOURO UTILIZA UMA GRANDE QUANTIDADE DE ÁGUA EM

FORMA DE VAPOR GERADO POR UMA CALDEIRA QUE FUNCIONA À

BASE DA QUEIMA DE EUCALIPTO. PARA EVITAR QUE SE COMPRASSE

UMA GRANDE QUANTIDADE DESSA LENHA DE TERCEIROS E COM ISSO

FOSSE GERADA UMA SIGNIFICATIVA PEGADA DE GÁS CARBÔNICO

PROVENIENTE DO SEU TRANSPORTE _ALÉM DA PREOCUPAÇÃO COM

A CERTIFICAÇÃO DE ORIGEM DESSA MADEIRA_, A KORIN DECIDIU

CULTIVAR SEU PRÓPRIO “COMBUSTÍVEL”. FORAM PLANTADAS, ENTÃO,

33 MIL MUDAS DE EUCALIPTO NA PROPRIEDADE. DESSA FORMA, CERCA

DE 30% DA MADEIRA UTILIZADA NA CALDEIRA DO ABATEDOURO VÊM

DO PRÓPRIO LOCAL. ESTAS ÁRVORES AINDA RECEBEM DE VOLTA ESTA

ÁGUA, SOB A FORMA DE EFLUENTE TRATADO, COMO FERTIRRIGAÇÃO

(UMA TÉCNICA DE ADUBAÇÃO QUE UTILIZA A ÁGUA DE IRRIGAÇÃO

PARA LEVAR NUTRIENTES AO SOLO CULTIVADO)

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AVALIAÇÃO DE SUSTENTABILIDADE

APOIA-NOVORURAL

(EMBRAPA MEIO AMBIENTE)

Por conta desta convivência harmônica entre meio ambiente e atividades agrícola e avícola, o polo produtor de Ipeúna foi avaliado sob o ponto de vista de indicadores socioambientais. Estes indicadores específi cos (um total de 62) foram desenvolvidos pela Embrapa Meio Ambiente na criação da metodologia APOIA – NovoRural, que visa à melhoria da gestão ambiental de atividades rurais. O APOIA – NovoRural possui uma escala de 0 a 1 no índice de desempenho ambiental da atividade, em que resultados a partir de 0,7 indicam aspectos de sustentabilidade do negócio. As cinco dimensões da análise são: Ecologia da Paisagem, Qualidade Ambiental, Valores Socioculturais, Valores Econômicos e Gestão e Administração.

O objetivo deste estudo era responder à seguinte pergunta: a Agricultura Natural está cumprindo seu papel de produzir e comercializar alimentos saudáveis, através de um modelo social, ambiental e economicamente sustentável?

Segundo o resultado dos indicadores das cinco dimensões, a resposta é positiva, uma vez que o centro produtor da Korin, como um todo, apresentou um índice integrado de sustentabilidade igual a 0,87, indicando um ótimo desempenho da empresa. A avaliação foi realizada em 2012.

Abaixo está a pontuação de cada uma das cinco dimensões, segundo o relatório da avaliação: - Ecologia da Paisagem: foi registrada uma evolução nas condições de conservação e recuperação dos habitats naturais, avanços nas práticas de manejo das áreas de produção agrícola, além de melhorias na diversidade, nas condições de produção animal e das atividades agroindustriais, o que resultou num índice de 0,87.

- Qualidade Ambiental: todas as dimensões de análise foram muito positivas. As de água registraram um índice global de 0,91 pelo fato de águas de boa qualidade drenarem todo o estabelecimento e cursos d’água crescentemente protegidos pela vegetação natural que se recupera nas áreas de preservação. Os indicadores de qualidade do solo (que receberam um total de 0,85) evidenciaram a evolução da sua qualidade em função de seu manejo, inteiramente realizado sob os preceitos da Agricultura Natural.

- Valores Socioculturais: os indicadores mostraram excelentes condições de trabalho nas questões de atributos legais e benefícios à segurança ocupacional e à qualificação das ocupações. Esses atributos permitem, segundo a APOIA, boas condições de vida aos residentes e colaboradores, com oferta de serviços básicos e elevado e crescente padrão de consumo. Por isso, o total conferido a esta dimensão foi de 0,83.

- Valores Econômicos: as condições de desempenho socioambiental são resultado da dinâmica econômica da Korin Agropecuária, segundo os fatores de geração, diversidade e distribuição da renda. A tomada de créditos, já amortizados, indica ação empreendedora. O investimento em infraestrutura e a qualidade e conservação de seus recursos naturais resultou em valorização da propriedade. O resultado foi um índice de 0,88.

Gestão e administração: o índice máximo concedido (1,0) confirmou a hipótese de “agricultura sustentável”, cujos instrumentos de gestão são essenciais para promover o desempenho socioambiental e o conjunto de indicadores de sustentabilidade. Na Korin Agropecuária, os resultados confirmaram a dedicação e perfil do responsável pela propriedade, as organizadas condições de comercialização, os cuidados na disposição de resíduos e as condições irreparáveis de relacionamento institucional, com destaque para o Centro de Pesquisas Mokiti Okada.

CERTIFICAÇÕES E MONITORAMENTO

DA PRODUÇÃO

Por ser pioneira na produção de frango AF, a Korin teve que construir um mecanismo de certifi cação que fosse capaz de transmitir as informações inerentes a esse processo ao consumidor. A certifi cação teve como base as normas da Associação de Avicultura Alternativa (AVAL) e, desde 2008, o processo é inspecionado pela certifi cadora WQS (World Quality Services). Este selo garante que os procedimentos utilizados na criação do frango de corte: não utilizam antibióticos como promotores de crescimento; a alimentação é estritamente vegetal; e a rastreabilidade é mantida em toda cadeia produtiva. Além disso, a certifi cação que inspeciona se os animais estão sendo criados com espaço e condições de manifestar “seu comportamento natural” e abatidos humanitariamente é dada pela Ecocert Brasil, acreditada pela HFAC (Humane Farm Animal Care), entidade norte americana que estabelece normas para essa certifi cação.

Já a criação e o processo de produção do frango orgânico são inspecionados e certifi cados pelo IBD (Instituto Biodinâmico) Certifi cações.

BEM-ESTAR ANIMAL

DE ACORDO COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE

Todas essas certifi cações exigem também capacitação técnica e operacional dos produtores, portanto, os colaboradores da Korin trabalham todos em conformidade com essas regras. A equipe técnica da empresa acompanha a produção para garantir o cumprimento de todas essas exigências no que diz respeito à criação dos animais e suas instalações. Para isso, são feitas visitas semanais que avaliam infraestrutura, manejo, condições sanitárias, desempenho e atendimento às normas estabelecidas, além de controlar estoques de insumos e de ração, evitando custos com transporte para retorno de sobra de ração e perdas da qualidade. Este sistema de monitoramento faz parte dos Programas de Gestão da Qualidade da empresa.

Referências

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