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O Fado, Na Cidade De Santos 1

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O Fado, Na Cidade De Santos

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Heloísa de Araújo Duarte Valente

Anda o fado a brincar comigo...

O século XX caracteriza-se como o século das mídias: pela primeira vez na história, todos os acontecimentos sonoros tornaram-se passíveis de sua inscrição no tempo, fazendo dos sons realidades repetíveis e dissociadas do seu espaço de produção. Em conseqüência disso, as mídias criaram sistemas de signos especiais, dentre os quais destaca-se a canção – a canção das mídias (Valente, 2003): diferente de todas as outras modalidades de canção que a precederam, impõe condições distintas de escuta e performance, submetidas ao estado de desenvolvimento das tecnologias do momento. A canção eternizou-se no disco; difundindo-se pelo rádio, tornou-se onipresente na paisagem sonora. Trata-se, enfim, de um dos mais poderosos signos culturais, marca indelével de sua época.

No início do terceiro milênio, entretanto, questiona-se o futuro da canção, ante a efemeridade do hit, o pouco interesse do ouvinte pela preservação de determinado repertório... Acrescente-se que as sempre novas tecnologias do som e da imagem pedem, amiúde, novos suportes físicos, tornando rapidamente obsoletos os seus modelos antecessores. Ainda assim, existem gêneros musicais que parecem ignorar o tempo: surgiram em determinado momento da história, tiveram grande êxito no rádio, venderam muitos discos, popularizaram seus intérpretes... Não se importam com formatos tecnológicos, migrando de um para outro e mantendo-se sempre presentes na paisagem sonora e memorial dos ouvintes. O que têm essas músicas que as torna tão particulares?

Muitas razões podem justificar tal longevidade: desde traços particulares da própria composição musical, a mensagem poética da letra, a instrumentação, a relação estabelecida com algum fato histórico relevante etc. Dentre todos estes aspectos, uma qualidade especial se destaca: o caráter nômade, isto é, a capacidade de se transfigurar, em contato com as culturas com as quais se aproxima, transformando-se constantemente, sem, contudo, perder suas características próprias: a essa propriedade

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que a canção tem de transmutar-se no tempo e no espaço, de modo a garantir a sua longevidade denomina-se, de acordo com o teórico Paul Zumthor, movência.

Esta investigação é parte de um estudo intitulado A canção das mídias: memória e nomadismo. Nele se pretende verificar como determinadas variantes da canção se estabeleceram, fixando-se como memória cultural (ou não). Em outros termos, este projeto se dedica ao estudo de algumas canções nômades: o fado, o tango e o bolero. O tango presente no Brasil em sua forma original, ou mesmo adaptada e traduzida, além do tango criado por brasileiros. O bolero: fixou-se no Brasil, como canção romântica, trazendo consigo aquilo que se denomina popularmente mexicanização. O fado, de sua parte, acompanha as levas de (i)migração portuguesa. No caso de Santos (SP) alguns traços particulares merecem uma abordagem particularizada, já que se trata da cidade a mais portuguesa no território brasileiro, em números percentuais2. Esse conjunto de fatores me motivou a realizar este projeto, intitulado O fado na cidade de Santos, com o apoio dos pesquisadores do Núcleo de Estudos em Música e Mídia - MusiMid .

Nasci fadista

O fado é gênero musical já antigo: de acordo com o musicólogo José Ramos Tinhorão, surgiu no Brasil, ainda no Império, como dança buliçosa, transformando-se na canção langorosa mundialmente conhecida, após territorializar-se3 em Lisboa, no final do século XIX (1994). O desenvolvimento do disco e a implantação do rádio, em nível planetário levaram-no pelo mundo afora, sobretudo através de Amália Rodrigues, seguida de Carlos do Carmo e, nos últimos anos, pelos expoentes do Fado novo – tal é o caso de Mísia, Camané, Cristina Branco, dentre muitos outros.

Muito embora seja o mais autêntico cartão postal sonoro lisboeta, o número de escritos a seu respeito não corresponde à sua popularização. Tanto é verdade, que as obras basilares referentes ao tema são ainda as de Pinto de Carvalho (1984) e de Pimentel (1989), reimpressões das edições de 1904. Foi preciso esperar-se por mais cem anos para que uma publicação de fôlego viesse a trazer dados mais completos sobre esse gênero, preenchendo, assim, algumas lacunas relativamente à produção do século XX4: Para uma hjistória do fado, do musicólogo Rui Vieira Nery (2004).

Se, como o justifica Tinhorão (1994), o fado nasceu no Brasil para territorializar-se em Portugal, com outra feição, não é desprezível a obterritorializar-servação de que, de certa forma, esta canção necessitou voltar ao Brasil para popularizar-se mundialmente:

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Amália Rodrigues, a primeira dama do fado gravou inicialmente no Rio de Janeiro, em 1945. A partir daí sua voz propagou-se por todos os alto-falantes do mundo. (Esta é uma importante etapa no processo de nomadismo do fado, frise-se...)

Outro aspecto a se levar em consideração é que o fado é canção portuguesa e, por isso, em certa medida, canção de portugueses, à medida que estabelece vínculos de identidade com a população que, por escolha, ou mesmo, determinação das contingências, teve de estabelecer-se em além-mar: os primeiros imigrantes, que escapavam da fome e da vida miserável, sem perspectivas, por ocasião da Primeira Guerra Mundial; uma outra leva de imigrantes surge décadas mais tarde, quando jovens portugueses, na década de 1970 vieram morar com seus parentes residentes no Brasil, a fim de não serem convocados para as guerras coloniais... Há, portanto, de se levar em conta o extenso contingente populacional de imigrantes portugueses no Brasil e seus laços culturais com o país de onde emigraram. Nesse caso, o fado desempenha papel fundamental: esta canção nômade estabeleceu raízes no Brasil, criando uma ponte imaginária que liga os portugueses imigrantes ao seu país de origem.

Na cidade de Santos o maior contingente populacional de estrangeiros é de origem portuguesa e é essa mesma cidade que abriga, proporcionalmente, o maior número de imigrantes portugueses no país, como já mencionei. Exemplo vivo, sem documentação a respeito, oferece-se como possibilidade privilegiada de análise empírica, afora a real necessidade de construir a história da cidade, através de sua música.

Vim para o fado!

Este projeto iniciou-se em 2002, quando da realização do trabalho coletivo intitulado Inventário dos meios de comunicação em Santos, do qual participaram professores de uma instituição à qual estava vinculada profissionalmente, na época. Fui responsável pelo módulo O rádio, o disco e a presença estrangeira na cidade de Santos- a contribuição da música portuguesa: o fado. A pesquisa consistiu, basicamente, da gravação de entrevistas5. Foi aí que me aproximei do Sr. Manoel Ramos e Dª Lídia Miguez, que em muito têm colaborado e incentivado esta pesquisa: este incansável casal incentivador da divulgação da música portuguesa, vem formando seguidores, além de reunir todos os entusiastas da cultura portuguesa.

A oportunidade de poder registrar esse pequeno cosmo de grande fervor cultural, não me poderia escapar. O universo do fado santista, ainda que pequeno, é muito

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representativo, pela sua longevidade e pelas características próprias da cidade, muito marcada pela cultura portuguesa, que lá se instalou há cerca de cem anos.

A pesquisa foi reformulada e ganhou fôlego, ao receber o financiamento do CNPq e, posteriormente, pela Fapesp; desdobrou-se e passou a ser desenvolvida pelo Núcleo de Estudos em Música e Mídia – MusiMid, grupo de pesquisa que havia organizei em 2003. O projeto passou, assim, a incluir novos depoimentos, sobretudo de músicos e cantores, radialistas, produtores culturais e líderes de instituições ligadas à cultura portuguesa; ainda, depoimentos de pessoas que teriam algum contato com o fado pelos programas de rádio e pelo disco passaram a ser entrevistadas. Os pesquisadores do MusiMid decidiram empreender investigações paralelas, sob sua metodologia específica. Concluí, com o Grupo, que o trabalho final resultaria um livro, abordando todos os temas circundantes ao fado, sua recepção, performance, o conteúdo semântico e poético das letras e sua representação no imaginário dos ouvintes santistas. E este estudo teria, necessariamente, como tela de fundo, a cidade de Santos e a imigração portuguesa.

A fonte inicial para todos os desdobramentos que este projeto almeja centra-se, indubitavelmente, na pessoa do Sr. Manoel Joaquim Ramos: além de memorialista-depoente de grande extrema relevância, é radialista há mais de 60 anos, produzindo sempre programas e atividades ligados à música portuguesa. Possui um acervo pessoal bem organizado (notas de imprensa), trabalho exaustivo levado a cabo por D. Lídia Miguez, companheira na vida conjugal, profissional e artística6. Some-se a rica discoteca, contendo uma quantidade numerosa de discos de música portuguesa e, em especial, sobre o fado.

Diante de material tão farto, transmitido no rádio e apresentado em tertúlias fadistas ao longo de tantos anos, pedia um crivo. Pedi, assim, ao casal que me fizesse uma relação dos vinte fados mais pedidos pelos ouvintes dos seus programas, especialmente, Presença Portuguesa.

Recebemos uma lista de trinta e nove títulos e essa lista foi confrontada por mim e pela Profª Drª Susana Ventura7, com uma relação de fados, mais conhecidos e mais executados, em Portugal; justamente, aqueles que costumam fazer parte de todas as coletâneas mencionadas nos livros sobre o assunto ou que estão sempre presentes nas compilações de discos. Com esse material em mãos, podemos determinar as representações do imaginário do fado no âmbito da comunidade de ouvintes de Santos e

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região. Note-se que o repertório em questão centra-se, preferencialmente, entre a década de 1930 a 1980, período em que, possivelmente, Ramos montou sua discoteca.

O trabalho do MusiMid consiste em verificar, nesse extenso período, como o fado adota papéis tão diferenciados entre si, que vão desde o vínculo do imigrante no estrangeiro e a criação de sua identidade local; passando, mais tarde, a ser associado à ditadura do governo salazarista, transformando-se em música maldita. Anos mais tarde, converte-se em world music... Ainda assim, alguns traços comuns permanecem. No caso santista, parece o universo fadista parece ligado antes às preferências estéticas e memória familiar que a associações ideológicas.

Tem mais um fado no fado

Este projeto aborda o fado, sob três vertentes: Um livro, um documentário e um hipertexto, a ser acrescentado a este último. O livro apresenta um estudo de natureza teórica: o fado, como gênero musical e seu processo de movência, através de partituras, gravações, depoimentos de intérpretes e outros documentos que possibilitem conhecer as transformações que o gênero passou, no transcorrer dos anos. Para tanto, estão sendo investigados os processos de escuta dos ouvintes do fado e como se dão as tramas de memória. A tela de fundo: a história de Santos e, dentro dela, a história da música em Santos e a imigração portuguesa, no âmbito do século XX.

O documentário recolhe depoimento dos fadistas em Santos e outras personalidades ligadas a esse gênero musical e à cultura portuguesa, tendo como ponto de partida os depoimentos do radialista Manoel Joaquim Ramos e Lídia Miguez. O hipertexto é um complemento que pretende trazer informações adicionais referentes a locais, gentes e à música, e que são mencionados nos depoimentos.

O fado na cidade de Santo

(livro):

O livro está sendo escrito por uma série de especialistas, de modo a abordar o fado em suas múltiplas facetas, no âmbito da cidade de Santos. Os capítulos são os seguintes :

Uma cidade portuguesa, com certeza! Rodrigo Tavares

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Saudades do Brasil em Portugal, ou Fado: uma canção nômade: Heloísa de A. D. Valente

Fado: memórias de vínculo, memórias de afeto: Mônica Rebecca F Nunes:

Vozes do fado, as vozes d’alma: questões de subjetividade: Susana Ventura:

Fado: um gênero musical: Marcos Júlio Sergl

Guitarra, viola, violão: o acompanhamento do fado : Teresinha Prada

O fado dito e cantado: Wladimir Mattos

À escuta do fado: memória de ouvintes: Simone Luci Pereira

Tudo isto é fado!: depoimento dos alunos que colaboraram na pesquisa e sua experiência viva na realização deste trabalho.

O fado na cidade de Santos, pelos seus protagonistas

(documentário):

Encontra-se em andamento a produção do documentário O fado na cidade de Santos, pela voz de seus protagonistas. Além do depoimento memorialista dos entrevistados, as várias entrevistas já gravadas, trazem dados que estão servindo de base para o levantamento de dados para a escritura do livro e hipertexto (cdrom). Neste momento, esta sendo escrito o roteiro, e a montagem. As informações passadas nas entrevistas estão sendo fonte de busca de imagens da cidade, fotografias antigas e documentos acerca da história de Santos.

O fado na cidade de Santos: sua gente, seus lugares

(hipertexto):

O hipertexto encontra-se em fase adiantada de elaboração e deve constituir como elemento anexo ao documentário. Deverá incluir informações concernentes não apenas aos fadistas e aficionados, como também aos locais da cidade em que costumava ser executado. Por locais, entenda-se desde o tipo de imóvel (residências particulares, clubes, associações, pontos comerciais etc.) como também os bairros que normalmente abrigavam essa prática musical (e social). Como fontes, estão sendo consideradas, inicialmente, as informações passadas pelos depoentes, que serão buscadas em locais como o Centro de Memória de Santos, além de bibliotecas públicas, como a da Sociedade Humanitária, igualmente de Santos e arquivos pessoais.

Posto isto, a realização deste estudo sobre a música desta colônia tão representativa em terras brasileiras, mostra-se relevante, não apenas para os pesquisadores brasileiros, como também para os estudiosos em cultura portuguesa que querem conhecer o nomadismo da sua cultura de origem. Se a Cidade é o centro onde os processos comunicacionais se dão de forma mais intensa, os portos, como os de Santos,

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foram, são e ainda serão as veias que levam e trazem os signos do mundo. E muitos desses signos, sonoros, como a música, acabam se ancorando naquela cidade.

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Heloísa de Araújo Duarte Valente é doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP e professora

colaboradora no Programa de Pós-Graduação em Comunicação em Música da Escola de Comunicações e Artes (ECA-USP). É coordenadora do Núcleo de Estudos em Música e Mídia (MusiMid), Publicou: Os

cantos da voz: entre o ruído e o silêncio (Annablume, 1999) e As vozes da canção na mídia (Via Lettera/ Fapesp, 2003), organizadora do volume Música e mídia: novas abordagens sobre a canção(Via Lettera; Fapesp, 2007), além de diversos artigos em publicações científicas. )., também organizou os Encontros de

Música e Mídia –“As múltiplas vozes da cidade” (2005) e “Verbalidades, musicalidades:temas, tramas e

trânsitos (2006), ambos realizados no SESC-Santos. Atualmente, desenvolve o projeto “A canção das mídias: memória e nomadismo”, com financiamento do CNPq (Edital Universal)e Fapesp (Jovem Pesquisador).

Contato: musimid@gmail.com

11Este projeto conta com o financiamento do CNPq (Auxílio Pesquisa, processo 476971/2004-7) e Fapesp

(Jovem Pesquisador, processo 2006/55581-4) e vem sendo realizado junto ao Programa de Pós-Graduação em Música do Depto. de Música da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP).

2 Indicam estatísticas do IBGE como sendo a cidade onde se encontra o maior número percentual de

portugueses e luso-descendentes; em números absolutos, ocupa o segundo posto.

3 Por territorializção deve ser aqui entendido como o conceito estabelecido por Pelinski (1995), de

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4 Existe ainda o catálogo da exposição Fado, vozes e sombras, realizado pelo Museu Nacional de

Etnografia de Lisboa (1994), sob a direção do antropólogo Joaquim Pais de Brito. Infelizmente, tal obra encontra-se esgotada e os volumes existentes são de difícil acesso. Espera-se, ainda, o lançamento do Dicionário da Música em Portugal, organizado pela Profª Salwa Castelo Branco para 2007.

5 Os cantores-radialistas Lídia Miguez, Manoel Ramos, Cléia de Abreu, Cleide de Abreu Dobarrio, e

Marly Gonçalves, o produtor e músico André Batista, Prof. José Joaquim de Souza (guitarrista), o

restaurateur Manuel Taveira, além da Profª Drª Benalva Silva Vitório, interessada e estudiosa das culturas lusófonas. A gravação das entrevistas contou com os trabalhos técnicos das então alunas Thalita di Bella e Fabiana R. de Oliveira, alunas do curso de Jornalismo da UniSantos.

6 Todos os documentos foram digitalizados por Luiz Henrique Portela Faria, com a colaboração de Bruno

Dias de Gouvêa.

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