As Técnicas de Genética
Molecular
Profª. Nédia C. Ghisi
AS TÉCNICAS DE
GENÉTICA MOLECULAR
Profª. Nédia C. Ghisi
Técnicas de Genética Molecular
• 1982 Insulina humana foi o 1º fármaco produzido em E. coli aprovado para uso em humanos nos EUA;
• 1985 hGH (hormônio do crescimento humano)
gene obtido da bactéria
Agrobacterium sp.
convertido em vitamina A no organismo
Tecnologia do DNA Recombinante
• Início com a clonagem gênica
– Isolamento do gene
– Inserção em elementos genéticos auto-replicantes Plasmídio ou crs viral: vetor de clonagem
– Amplificação com a replicação do vetor
• Geral/e após a clonagem sequenciamento: determinação da sequência de p.b. do gene; • Se a função for desconhecida
– comparar com sequências de genes conhecidos em bancos de dados (GenBank)
Clonagem do organismo: cópia do organismo a partir de uma célula do adulto
Clonagem gênica: separação e replicação de um gene de interesse dentro de um vetor
Técnicas Básicas usadas para
Identificar, Amplificar e Clonar Genes
• Genoma haploide de mamífero – 3X 109 p.b.
• 1 gene ~ 3.000 pb (éxon)
• 1 em 1 milhão de sequências
Como procurar uma agulha em um palheiro!!! Então, como identificar o segmento de
uma única molécula de DNA que leva um único gene e isolar o suficiente desta sequência para permitir análises moleculares de sua estrutura e função?
Extração Laboratorial com Kit
http://learn.genetics.utah.edu/content/labs/extraction/ RNase
Nuclei Lysis solution
Cell Lysis solution Protein precipitation solution
DNA Rehydratation solution
DNA Purificado Remoção do RNA Remoção de outros contaminantes Remoção de lipídeos da Membrana
Lise Celular (física ou quimica)
Extração de DNA
Detergente ou separação por adsorção específica através de membranas
Lavagem
Tratamento com protease Lavagem
Tratamento com Rnase Precipitação com sal
Extração do DNA
Aula da semana que vem – dia 15/05
Adicionar solução de lise celular. incubar
Centrifugar
Descartar o sobrenadante agite no vórtex
Adicione Solução de lise nuclear Adicione RNase
incubar por 15min a 37°C 5 min temperatura ambiente Adicione solução precipitação de
proteínas vórtex
Centrifugar
Transfira o sobrenadante para um novo tubo com
isopropanol Centrifugar Descartar o sobrenadante Adicione etanol 70%. Centrifugar Aspire o etanol. Deixe o pellet secar ao ar Ressuspenda o DNA. 1. 2. 3. 4. 5. 6.
Como separar os genes de interesse?
A capacidade de clonar e sequenciar qualquer gene ou sequência de interesse depende de uma classe especial de enzimas
Enzima de Restrição (1970)
• Endonuclease de restrição bacterianas reconhecem sequências curtas de DNA de
duplo filamento específicas e dividem o DNA no sítio de reconhecimento (Sitio de restrição)
• sistema imunológico de procariontes:
protege o material genético de bactérias da invasão de vírus;
Enzima de Restrição (1970)
• A maioria das enzimas de restrição reconhecem sítios de restrição PALÍNDROMOS
– isto é, são idênticas no sentido 5’3’ em ambos os filamentos
quando encontra estes sítios, os cortam, independente da origem.
Subi no ônibus
A grama é amarga
Sítios de restrição
Extremidades aderentes
Extremidades aderentes são úteis para reações de junção subsequentes na reconstrução da molécula recombinante
Juntando o DNA
DNA ligase
DNA ligase Enzima de Restrição
Como unir os DNAs de origens diferentes?
Devido as extremidades coesivas, moléculas de DNA de diferentes origens podem ser cortadas em pedaços, chamados fragmentos de restrição, e os pedaços podem ser novamente unidos com DNA ligase
DNA sp 1
DNA sp 2
• Mas se o DNA for em pouca quantidade??
• Há a necessidade de fazer uma multiplicação deste DNA
Clonagem de DNA
• Por dois métodos:
(1) Incorporação do DNA de interesse em um pequeno cromossomo autorreplicante (in
vivo vetores de clonagem)
(2) Amplificação do DNA de interesse em um sistema fechado artificial (in vitro)
Clonagem Molecular in vivo
• Envolve o isolamento de uma sequência de DNA
desejada e a obtenção de múltiplas cópias desta dentro de um organismo hospedeiro (em geral uma bactéria) • É o fundamento da tecnologia do DNA Recombinante
ex. combinações novas de DNA criadas entre sequências de DNA humano de interesse e o DNA bacteriano.
• PS. O organismo utilizado Hospedeiro geralmente possui crescimento rápido e por longos períodos em lab
FAZENDO UM DNA RECOMBINANTE
• DNA do organismo doador
• Extrair e cortá-lo em fragmentos
• Inseri-lo em pequenas moléculas de DNA abertas, de replicação autônoma (como plasmídios) vetores
• DNA recombinante: são as moléculas vetoras com suas inserções. Novas combinações de
Clonagem de DNA: Vetores de
clonagem
• Na prática insere-se o DNA de interesse em um vetor de clonagem especialmente escolhido – a maioria derivado de plasmídeos ou crs virais.
• Vetor de clonagem= em biologia molecular, uma molécula de DNA usada como veículo para carregar sequências de DNA alheias em uma célula hospedeira
• O vetor deve ter 3 componentes essenciais:
(1) uma origem de replicação (onde se liga a DNA polimerase);
(2) Um gene marcador de presença do plasmídio, geralmente um gene que confere resistência a alguma droga para a cell hospedeira
(3) Pelo menos um sítio de clivagem para a enzima de restrição (sítios de policlonagem)
Clonagem de DNA: Vetores de
clonagem
• Vetores plasmidiais
– Moléculas extracromossômicas circulares bifilamentares de bactérias;
– Variam de 1kb a 200kb
– Muitos levam resistência a antibióticos: marcadores selecionáveis ideais;
– Ex. Plasmídio pBR322 – leva resistência a ampicilina e tetraciclina
Clonagem de DNA: Vetores de
clonagem
• VETORES DE BACTERIÓFAGOS:
• A maioria derivada do crs do fago λ ;
• 48.502 p.b. 1/3 são genes para lisogenia • 15kb são cortados por enzima de restrição e
podem substituídos por DNA exógeno.
• São introduzidos em E. coli, onde reproduzirão milhares de clones do DNA de interesse
Estratégia empregada no uso do fago λ
como vetor de clonagem
• Vetores Cosmidiais
• Alguns genes eucariotos são muito maiores que 15kb.
• Desenvolveu-se o cosmídio união de fago λ e plasmídio. • Combinam vantagens importantes de fagos e plasmídios: (1) Capacidade dos plasmídios de se replicar autonomamente
em E. coli
(2) Capacidade de embalagem in vitro do crs λ, que facita a transformação eficiente de E. coli
Levam a origem de replicação e um gene de resistência a antibióticos do plasmídio, mais o sítio cos do fago λ
Aceitam inserções de DNA de 35-45 kb e ainda podem ser embalado na cabeça do fago.
Clonagem de DNA: Vetores de
clonagem
Clonagem de DNA: Vetores de
clonagem
• Vetores eucarióticos e de transporte:
• todos os vetores anteriores replicam-se em E. coli
• Outras espécies ( eucariotos) também foram desenvolvidas para replicação de vetores: S. cerevisae, D. melanogaster, mamíferos, plantas e outras spp.
Clonagem de DNA: Vetores de
clonagem
• cromossomos artificiais:
• Alguns genes são realmente muito grandes. Ex. Distrofina humana- 2.000kb
• Crs artificiais de leveduras (YACs): podem acomodar DNA exógeno de 200 – 500kb.
• São minicromossomos de leveduras geneticamente construídos, que contém:
(1) Uma origem de replicação de levedura; (2) Um centrômero de levedura;
(3) Dois telômeros de levedura, 1 em cada ponta; (4) Um marcador selecionável;
(5) Um sítio de policlonagem
Clonagem de DNA: Vetores de
clonagem
• Crs artificiais de Bactérias (BACs) e crs artificiais P1 (PAC) de bacteriófago.
– Aceitam inserções de 150 -300 kb
– BACs e PACs são menos complexos e mais fáceis de construir que YACs.
– Replicam-se em E. coli
– pela sua simplicidade tem substituído os YACs nos estudos de grandes genomas como de humanos e grandes
mamíferos.
– Podem ser selecionados contra vetores que não tem o inserto do DNA de interesse – os plasmídios com inserto podem crescer em meio contendo 5% de sacarose,
• Mas se a quantidade de DNA for realmente muito pequena?
Reação em Cadeia da Polimerase - PCR
(1985)
• PCR amplifica seletivamente uma única molécula de DNA ou RNA várias milhões de vezes em algumas horas
• Permite a detecção e análise de sequências de genes específicos na amostra de um paciente, sem necessidade clonagem in vivo.
22= 4 cópias N° de Ciclos cópias de DNA 21= 2 cópias de DNA 23= 8 cópias 24=16 cópias 230= 1.073.741.824 cópias
PCR
• A PCR está desenhada de acordo com o princípio natural de replicação de DNA • Este é um processo que decorre em três
passos, que em conjunto se designam como um ciclo e que se repete um número
específico de vezes. Ciclo: 1. Desnaturação
2. Hibridização ou Annealing 3. Extensão
DNA do organismo de interesse
Termociclador –
Aparelho usado
para PCR
1)Desnaturação
• ~90°C= temperatura quebra as pontes de H • Abertura da dupla hélice 90°C
2) Hibridização
• O Primer se liga com o abaixamento da temperatura (entre 45 e 65°C)
• vai marcar onde começa a síntese de DNA
O primer determinará qual a sequência a ser amplificada.
3) Extensão
• Polimerização do novo DNA, realizado pela
Taq polimerase (72°C), uma proteína
termo-estável
Como visualizar o DNA?
Eletroforese
• Significa literalmente = deslocar com eletricidade
• Consiste na migração e separação de partículas em um suporte, submetidas a uma diferença de potencial elétrico
• Suporte= geralmente gel (agarose, poliacrilamida)
• O DNA é negativo graças aos seus oxigênios é atraído em direção ao pólo positivo e repelido pelo negativo
Eletroforese
• Os DNA’s distribuem-se por tamanho no gel.
Linha A: Ladder com fragmentos de DNA de tamanho conhecido
Linha B: Fragmentos de um DNA após a
PCR- Aplicações
• Detecção de mutações que causam doenças
– Deleções, inserções
– Detecção de portadores (heterozigotos)
• Detecção de doenças parasitárias
• Estudos evolutivos ou de variabilidade • Melhoramento genético
• 3 X mais testosterona
• Órgãos externos femininos • Internamente, órgãos
masculinos que produzem testosterona
PCR- Aplicações
• Detecção de doenças infecciosas por bactérias, vírus e fungos:
– Neisseria gonorrhoehae – Clamídia
– Tuberculose – HIV
– HPV
* Em substituição aos testes sorológicos e microbiológicos