• Nenhum resultado encontrado

Estudos estruturais a baixas temperaturas em compostos com estrutura Perovskita

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Estudos estruturais a baixas temperaturas em compostos com estrutura Perovskita"

Copied!
181
0
0

Texto

(1)

Temperaturas em Compostos

com Estrutura Perovskita

Oscar Armando Garca Perez

Orientadora

Profa. Dra. Iris L. Torriani

Tese apresentada ao Instituto de Fsica

Gleb Wataghin da Universidade Estadual

de Campinas -UNICAMP- para obtenc~ao

do Ttulo de Doutor em Fsica.

(2)
(3)

toda la felicidad y alegria

(4)
(5)



AProfa. IrisTorrianipelaorientac~aodestatese,oportunidadedeevoluc~ao

pro ssional e oapoio nos momentos difcies.

Aos Profs. Carlos Rettori e Jose Sanjurjo pela cooperac~ao e

esclareci-mentodos aspectos magneticos.

A Eduardo Granado por iniciarmeno metodo de Rietveld, pelas as

dis-cus~oes da fsica nas manganitas e o estmuloconstante nesta aventura

com-partilhada.

A RicardoUrbano pelas discus~oes sobre os niquelatos.

Aos amigos e companheiros do Lab. de Cristalogra a Aplicada e Raios

X, Manolo, Carlos,Ana Carolina,Jose Lus,Denisse, Leide, Fabianoe

Cris-tiano, pela ajuda prestada e fazeragradavela conviv^encia nestes anos.

ACarlosPaivaSantospelofornecimentodosprogramasesugest~oessobre

o metodode Rietveld.

A Annegret, Ana Marcia, Dulce, Pablito, e Raul \El gallego", amigos e

socios daRepublicade D'Artagnan.

A los amigos que durante todos estos a~nos me acompa~naron y tuvieron

destacada participacion en el \Zirco Garzia": Monica, Maruca, mi cumpa

Narvi, Hector, Julay,Cafu eRasnick.

A CNPq peloapoio nanciero.

(6)

Usando difrac~ao de raios X com a tecnica de po em baixas

temperatu-ras (15 -300 K), estudamos aspropriedadesestruturaisde varioscompostos

com estrutura tipo perovskita que pertencem a serie de Ruddlesden-Popper

(R-P) A n+1 B n X 3n+1

com n = 1, 2 e 1. Neste tipo de compostos as

pro-priedades estruturais est~ao fortemente correlacionadas com as propriedades

magneticase detransporte. Para obterospar^ametrosestruturais, re namos

os difratogramas usando o metodode Rietveld. Neste trabalhoos seguintes

problemas foramabordados: (1)Nos compostos La

2 Ni 1 x Li x O 4 (R-Pn =1)

estudamos a relac~ao c=a. No caso x = 0:0 ela diminui sensivelmente com a

temperatura. Para x =0:5, os nossos resultados con rmam o ordenamento

parcialdoscationsLieNinosstiosmetalicos,oquegeraumasuperestrutura

com grupo espacialAmmm. A relac~ao c=aaumentauniformementequando

a temperatura diminui. Isto e interpretado em termos da estabilizac~ao da

con gurac~ao de baixo spin Ni 3+ (3d 7 ) 2 A 1g nooctaedroNiO 6 distorcido pelo

efeito Jahn-Teller. (2) Em monocristais de La

1:2 Sr 1:8 Mn 2 O 7 (R-P n = 2)

veri camos a in u^encia das condic~oes de preparac~ao nas propriedades

es-truturais e a exist^encia de anomalias na rede ao redor da temperatura de

CurieT

C

. (3) Para aserie LaMnO

3+Æ

(0:0 Æ 0:14)reportamosum efeito

anisotropico da estequiometria (Æ) sobre a estrutura a T = 300 K; quando

aumentamosoÆ,opar^ametroadiminuirapidamente,baumentae,cse

man-tem constante. Em baixas temperaturas os par^ametros de rede apresentam

anomaliaspertodastemperaturasde transic~aomagneticaoquemostraa

co-rrelac~ao entre as propriedades magneticas e estruturais. (4) Para o sistema

La 1 x Ca x MnO 3

reportamos drasticas mudancas nos par^ametros de rede no

intervalo 1=2x 4=5 em baixas temperaturas; alemdisso, ocorre o

orde-namento de cargas para o La

0:2 Ca 0:8 MnO 3 ao redor de 190 K. (5) Na serie (La 1 y Nd y ) 2=3 Ca 1=3 MnO 3

, para x = 0:5 mostramos um efeito de histerese

unidimensional naestrutura cristalina;abaixando e subindoa temperatura,

o par^ametro de rede c apresenta distintos comportamentos correlacionados

com atemperaturadeCurie, (T

C

);esta histereseemenorpara x=0:6en~ao

(7)

Using X-ray powder di raction, we studied the structural properties in

low temperatures (15 - 300 K) of several compounds with perovskite type

structure which belong to Ruddlesden-Popper (R-P) series A

n+1 B

n X

3n+1

with n = 1, 2 e 1. In this type of compounds the structural properties are

strongly correlated with the magnetic and transport properties. To obtain

the structural parameters,we re ned the modelusing the Rietveld Method.

In thisworkthe followingproblems were investigated: (1)Inthe compounds

La 2 Ni 1 x Li x O 4

we studied the c=a ratio. In the x = 0:0 case its decrease

sensitivelywiththetemperature. Forx=0:5,our resultscon rmthepartial

ordering of the Li and Ni cations at metals sites, this generate an Ammm

space group superstructure. The c=a ratio uniformly increases when the

temperature decrease. This is interpreted in terms of the stabilization of

the Ni 3+ (3d 7 ) 2 A 1g

low-spin con guration inthe NiO

6

Jahn-Teller distorted

octahedro. (2) In La 1:2 Sr 1:8 Mn 2 O 7 monocrystals (R-P, n = 2), we veri ed

the in uence of the sample's preparation conditions on the structural

pro-pertiesand the existence of latticeanomaliesaround the Curie temperature

T

C

. (3)FortheLaMnO

3+Æ

(0:0<Æ <0:14)serieswereportedananisotropic

e ect of the stoichiometry on the structure at T =300 K; when Æ increase,

a parameter decrease rapidly, b increase, and c remain constant. At low

temperatures the lattice parameters show anomalies around the magnetic

transitiontemperature; this showthe correlationbetween the magnetic and

structuralproperties. (4)Forthe La

1 x Ca

x MnO

3

systemwereporteddrastic

changesin the lattice parameters in the interval 1=2 x 4=5 in low

tem-peratures;moreover, happen thecharge orderingforLa

0:2 Ca 0:8 MnO 3 around of 190 K. (5) In the (La 1 y Nd y ) 2=3 Ca 1=3 MnO 3

series, for x =0:5we showed

anunidimensionalhysteresise ect inthe crystallinestructure; lowerand

up-perthe temperature, the c lattice parameter shows di erent behaviors that

are correlations withthe Curie temperatureT

C

; this hysteresis issmallerfor

(8)
(9)

1 Introduc~ao 11

2 Estrutura Cristalina das Perovskitas 15

2.1 Perovskita Cubica. . . 16

2.2 Distorc~oes Estruturais . . . 18

2.2.1 O Fator de Toler^ancia . . . 19

2.2.2 Distorc~aoJahn-Teller . . . 21

2.3 Classi cac~ao de Glazer . . . 22

2.4 Estrutura Romboedrica . . . 23

2.5 Estrutura Ortorr^ombica . . . 25

2.6 Aspectos Magneticos ede Transporte . . . 27

3 Metodo Experimental e Re namento 30 3.1 Difrac~aode Po . . . 30

3.2 Condic~oes Experimentais . . . 31

3.3 Preparac~ao daAmostra. . . 33

3.4 Metodode Rietveld . . . 34

4 Distorc~ao dos Stios Metalicos em La 2 Ni 1 x Li x O 4 39 4.1 La 2 NiO 4 . . . 41 4.2 La 2 Ni 0:5 Li 0:5 O 4 . . . 46 4.3 Conclus~oes . . . 55

5 In u^enciadoMetododePreparac~aonaEstruturadosMonocristais La 1:2 Sr 1:8 Mn 2 O 7 56 6 Efeito da estequiometria de oxig^enio em LaMnO 3+Æ 63 6.1 LaMnO 3:00 . . . 66

(10)

SUMARIO 2 6.2 LaMnO 3:03 . . . 72 6.3 LaMnO 3:05 . . . 77 6.4 LaMnO 3:07 . . . 82 6.5 LaMnO 3:09 . . . 87 6.6 LaMnO 3:106 . . . 92 6.7 LaMnO 3:14 . . . 97 6.8 Conclus~oes . . . 105 7 A Estrutura do Sistema La 1 x Ca x MnO 3 106 7.1 La 0:5 Ca 0:5 MnO 3 . . . 108 7.2 La 0:2 Ca 0:8 MnO 3 . . . 112

7.2.1 Grupo EspacialOrtorr^ombico Pnma . . . 113

7.2.2 Grupo EspacialMonoclnicoP2

1 =m . . . 118 7.3 La 0:03 Ca 0:97 MnO 3 . . . 122 7.4 CaMnO 3 . . . 127 7.5 Conclus~oes . . . 133

8 Segregac~ao de Fases na Serie (La

1 y Nd y ) 2=3 Ca 1=3 MnO 3 134 8.1 La 2=3 Ca 1=3 MnO 3 . . . 136 8.2 (La 0:5 Nd 0:5 ) 2=3 Ca 1=3 MnO 3 . . . 142 8.3 (La 0:4 Nd 0:6 ) 2=3 Ca 1=3 MnO 3 . . . 148 8.4 Nd 2=3 Ca 1=3 MnO 3 . . . 153 8.5 Conclus~oes . . . 159

(11)

2.1 Estrutura cristalina daperovskita cubica ABX

3

. . . 17

2.2 EfeitoJahn-Teller noon Mn 3+

. . . 21

2.3 Estrutura cristalina daperovskita romboedricaABX

3

. . . 24

2.4 Estrutura cristalina daperovskita ortorr^ombica ABX

3

. . . 26

3.1 Arranjo experimental para a difratometria de po em baixas

temperaturas. . . 31 4.1 Estrutura cristalina doLa 2 NiO 4 .. . . 42 4.2 Gra co de Rietveld doLa 2 NiO 4 . . . 43

4.3 Relac~ao c=apara o composto La

2 NiO 4 . . . 46 4.4 Estrutura cristalina doLa 2 Ni 0:5 Li 0:5 O 4 . . . 48 4.5 Gra co de Rietveld doLa 2 Ni 0:5 Li 0:5 O 4 . . . 49

4.6 Relac~ao c=apara o composto La

2 Ni 0:5 Li 0:5 O 4 . . . 53

4.7 Expans~aotermicaepar^ametrosde redea ecparaos

compos-tosLa 2 NiO 4 eLa 2 Ni 0:5 Li 0:5 O 4 . . . 54 5.1 Estrutura cristalina doLa 1:2 Sr 1:8 MnO 4 . . . 58

5.2 Diagrama de Laue em retrore ex~aodo La

1:2 Sr 1:8 Mn 2 O 7 .. . . . 59

5.3 Par^ametro de rede c emfunc~aodosndices de Millerdo

com-posto La 1:2 Sr 1:8 Mn 2 O 7 . Amostra 2. . . 62

5.4 Par^ametroderedecemfunc~aodatemperaturaparaosmonocristais

La 1:2 Sr 1:8 Mn 2 O 7 . Amostras1 e 2. . . 62

6.1 Espectrosde difrac~aode po paraoscompostosLaMnO

3+Æ em

T =300 K. . . 65

6.2 Gra co de Rietveld doLaMnO

3:00

. . . 66

6.3 Par^ametros de rede e volume da cela unitaria do composto

LaMnO

3:00

(12)

6.4 Expans~ao termicado LaMnO

3:00

. . . 70

6.5 Distorc~aoortorr^ombica doLaMnO

3:00

. . . 70

6.6 Gra co de Rietveld doLaMnO

3:03

. . . 72

6.7 Par^ametros de rede e volume da cela unitaria do composto

LaMnO

3:03

. . . 74

6.8 Expans~ao termicado LaMnO

3:03

. . . 75

6.9 Distorc~aoortorr^ombica doLaMnO

3:03

. . . 75

6.10 Gra co de Rietveld doLaMnO

3:05

. . . 77

6.11 Par^ametros de rede e volume da cela unitaria do composto

LaMnO

3:05

. . . 79

6.12 Expans~ao termicado LaMnO

3:05

. . . 80

6.13 Distorc~aoortorr^ombica doLaMnO

3:05

. . . 80

6.14 Gra co de Rietveld doLaMnO

3:07

. . . 82

6.15 Par^ametros de rede e volume da cela unitaria do composto

LaMnO

3:07

. . . 84

6.16 Expans~ao termicado LaMnO

3:07

. . . 85

6.17 Distorc~aoortorr^ombica doLaMnO

3:07

. . . 85

6.18 Gra co de Rietveld doLaMnO

3:09

. . . 87

6.19 Par^ametros de rede e volume da cela unitaria do composto

LaMnO

3:09

. . . 89

6.20 Expans~ao termicado LaMnO

3:09

. . . 90

6.21 Distorc~aoortorr^ombica doLaMnO

3:09

. . . 90

6.22 Gra co de Rietveld doLaMnO

3:106

. . . 92

6.23 Par^ametros de rede e volume da cela unitaria do composto

LaMnO

3:106

. . . 95

6.24 Expans~ao termicado LaMnO

3:16

. . . 96

6.25 Distorc~aoortorr^ombica doLaMnO

3:16

. . . 96

6.26 Gra co de Rietveld doLaMnO

3:14

. . . 97

6.27 Par^ametros de rede e volume da cela unitaria do composto

LaMnO

3:14

. Fase ortorr^ombica. . . 100

6.28 Par^ametros de rede e volume da cela unitaria do composto

LaMnO

3:14

. Fase romboedrica. . . 101

6.29 Expans~ao termicado LaMnO

3:14

. . . 102

6.30 Distorc~aoortorr^ombica doLaMnO

3:14

. . . 102

6.31 Distorc~aoortorr^ombica para oscompostos LaMnO

3+Æ

. . . 103

6.32 Par^ametros estruturais paraos compostos LaMnO

3+Æ

(13)

7.2 Par^ametros de rede docomposto La 0:5 Ca 0:5 MnO 3 . . . 111

7.3 Distorc~aoortorr^ombica doLa

0:5 Ca 0:5 MnO 3 . . . 111 7.4 Gra co de Rietveld doLa 0:2 Ca 0:8 MnO 3 .. . . 113

7.5 Par^ametros de rede doLa

0:2 Ca 0:8 MnO 3 .. . . 116

7.6 Evoluc~ao com a temperatura das re ex~oes (202) e (040) do

La 0:2 Ca 0:8 MnO 3 . . . 117

7.7 Distorc~aoortorr^ombica doLa

0:2 Ca 0:8 MnO 3 . . . 117

7.8 Par^ametros de rede doLa

0:2 Ca 0:8 MnO 3 .. . . 118 7.9 ^

Angulo daestrutura cristalinado composto La

0:2 Ca 0:8 MnO 3 . 119 7.10 Gra co de Rietveld doLa 0:03 Ca 0:97 MnO 3 . . . 122

7.11 Par^ametros de rede e volume da cela unitaria do composto

La 0:0:3 Ca 0:97 MnO 3 . . . 124 7.12 Expans~ao termicado La 0:03 Ca 0:97 MnO 3 .. . . 125

7.13 Distorc~aoortorr^ombica doLa

0:03 Ca 0:97 MnO 3 .. . . 125

7.14 Gra co de Rietveld doCaMnO

3

. . . 127

7.15 Par^ametros de rede e volume da cela unitaria do composto

CaMnO

3

. . . 129

7.16 Expans~ao termicado CaMnO

3

. . . 130

7.17 Distorc~aoortorr^ombica doCaMnO

3

. . . 130

7.18 Par^ametros de rede em func~ao da dopagem (x) para a serie

La 1 x Ca x MnO 3 em T =300 Ke 15K. . . 132

8.1 Difratogramas para os compostos (La

1 y Nd y ) 2=3 Ca 1=3 MnO 3 em T =300 K. . . 135 8.2 Gra co de Rietveld doLa 2=3 Ca 1=3 MnO 3 . . . 137

8.3 Par^ametros de rede e volume da cela unitaria do composto

La 2=3 Ca 1=3 MnO 3 . . . 139 8.4 Expans~ao termicado La 2=3 Ca 1=3 MnO 3 . . . 140

8.5 Distorc~aoortorr^ombica doLa

2=3 Ca 1=3 MnO 3 . . . 140

8.6 Gra co de Rietveld do(La

0:5 Nd 0:5 ) 2=3 Ca 1=3 MnO 3 . . . 142

8.7 Par^ametros de rede e volume da cela unitaria do composto

(La 0:5 Nd 0:5 ) 2=3 Ca 1=3 MnO 3 . . . 144

8.8 Expans~ao termicado (La

0:5 Nd 0:5 ) 2=3 Ca 1=3 MnO 3 . . . 145

8.9 Distorc~aoortorr^ombica do(La

0:5 Nd 0:5 ) 2=3 Ca 1=3 MnO 3 . . . 145

8.10 Diferenciais dopar^ametrode rede cedovolumedo composto

(La 0:5 Nd 0:5 ) 2=3 Ca 1=3 MnO 3 . . . 146

8.11 Gra co de Rietveld do(La

0:4 Nd 0:6 ) 2=3 Ca 1=3 MnO 3 . . . 148

(14)

8.12 Par^ametros de rede e volume da cela unitaria do composto (La 0:4 Nd 0:6 ) 2=3 Ca 1=3 MnO 3 . . . 150

8.13 Expans~ao termicado (La

0:4 Nd 0:6 ) 2=3 Ca 1=3 MnO 3 . . . 151

8.14 Distorc~aoortorr^ombica do(La

0:4 Nd 0:6 ) 2=3 Ca 1=3 MnO 3 . . . 151 8.15 Gra co de Rietveld doNd 2=3 Ca 1=3 MnO 3 . . . 153

8.16 Par^ametros de rede e volume da cela unitaria do composto

Nd 2=3 Ca 1=3 MnO 3 . . . 155 8.17 Expans~ao termicado Nd 2=3 Ca 1=3 MnO 3 . . . 156

8.18 Distorc~aoortorr^ombica doNd

2=3 Ca 1=3 MnO 3 . . . 156

8.19 Par^ametros de rede em func~ao da dopagem (y) para a serie

(La 1 y Nd y ) 2=3 Ca 1=3 MnO 3 emT =300 e15 K. . . 158

(15)

2.1 Par^ametros estruturais daperovskita cubica ABX

3

. . . 18

2.2 Raios i^onicos ( 

A) econ gurac~ao eletr^onica. . . 20

2.3 Par^ametros estruturais daperovskita romboedricaABX

3

.. . . 24

2.4 Par^ametros estruturais daperovskita ortorr^ombica ABX

3

. . . 25

3.1 Con gurac~aodo difrat^ometro. . . 32

4.1 Par^ametrosestruturaisdaperovskitaLa

2 NiO

4

nogrupo

espa-cialortorr^ombico Bmab (No. 64). . . 41

4.2 Par^ametros estruturais doLa

2 NiO

4

. . . 44

4.3 Par^ametros estruturais reportados para o La

2 NiO

4

. . . 45

4.4 Par^ametros de rede e volume da cela unitaria do composto

La

2 NiO

4

.. . . 45

4.5 Par^ametrosestruturaisdaperovskitaLa

2 Ni 0:5 Li 0:5 O 4 nogrupo

espacialortorr^ombico Ammm (No. 65).. . . 47

4.6 Par^ametros estruturais doLa

2 Ni 0:5 Li 0:5 O 4 . . . 50

4.7 Par^ametros estruturais reportados para o La

2 Ni 0:5 Li 0:5 O 4 . . . . 51

4.8 Par^ametros de rede e volume da cela unitaria do composto

La 2 Ni 0:5 Li 0:5 MnO 4 . Primeiramedida. . . 51

4.9 Par^ametros de rede e volume da cela unitaria do composto

La 2 Ni 0:5 Li 0:5 MnO 4 . Segunda medida. . . 52

5.1 Par^ametros estruturais daperovskita La

1:2 Sr 1:8 Mn 2 O 7 . . . 57

5.2 Par^ametro de rede c segundo as re ex~oes 00l do composto

La 1:2 Sr 1:8 Mn 2 O 7 . Amostra 1. . . 60

5.3 Param^etro de redecdaperovskita La

1:2 Sr 1:8 Mn 2 O 7 . Amostra1. 60

5.4 Param^etro de rede c segundo as re ex~oes 00l do composto

La 1:2 Sr 1:8 Mn 2 O 7 . Amostra 2. . . 61

5.5 Param^etro de redecdaperovskita La

1:2 Sr 1:8 Mn 2 O 7 . Amostra2. 61

(16)

6.1 Par^ametros de rede e volume da cela unitaria do composto

LaMnO

3:00

. . . 67

6.2 Par^ametros estruturais doLaMnO

3:00

. . . 71

6.3 Par^ametros de rede e volume da cela unitaria do composto

LaMnO

3:03

. . . 73

6.4 Par^ametros estruturais doLaMnO

3:03

. . . 76

6.5 Par^ametros de rede e volume da cela unitaria do composto

LaMnO

3:05

. . . 78

6.6 Par^ametros estruturais doLaMnO

3:05

. . . 81

6.7 Par^ametros de rede e volume da cela unitaria do composto

LaMnO

3:07

. . . 83

6.8 Par^ametros estruturais doLaMnO

3:07

. . . 86

6.9 Par^ametros de rede e volume da cela unitaria do composto

LaMnO

3:09

. . . 88

6.10 Par^ametros estruturais doLaMnO

3:09

. . . 91

6.11 Par^ametros de rede e volume da cela unitaria do composto

LaMnO

3:106

. . . 93

6.12 Par^ametros estruturais doLaMnO

3:106

. . . 94

6.13 Par^ametros de rede e volume da cela unitariadoLaMnO

3:106 . 98

6.14 Par^ametros estruturais doLaMnO

3:14

. . . 99

7.1 Par^ametros de rede e volume da cela unitaria do composto

La 0:5 Ca 0:5 MnO 3 . . . 109

7.2 Par^ametros estruturais doLa

0:5 Ca 0:5 MnO 3 . . . 110

7.3 Residuaisdos re namentos doLa

0:2 Ca 0:8 MnO 3 . . . 112

7.4 Par^ametrosderedeevolumedacelaunitariadoLa

0:2 Ca 0:8 MnO 3 .114

7.5 Par^ametros estruturais doLa

0:2 Ca 0:8 MnO 3 . . . 115

7.6 Par^ametrosderedeevolumedacelaunitariadoLa

0:2 Ca 0:8 MnO 3 120

7.7 Par^ametros estruturais doLa

0:2 Ca 0:8 MnO 3 . . . 121

7.8 Par^ametrosderedeevolumedacelaunitariadoLa

0:03 Ca 0:97 MnO 3 .123

7.9 Par^ametros estruturais doLa

0:03 Ca 0:97 MnO 3:00 . . . 126

7.10 Par^ametros de rede e volume da cela unitariadoCaMnO

3

. . . 128

7.11 Par^ametros estruturais doCaMnO

3

.. . . 131

8.1 Par^ametros de rede e volume da cela unitaria do composto

La 2=3 Ca 1=3 MnO 3 . . . 138

8.2 Par^ametros estruturais doLa

2=3 Ca 1=3 MnO 3 . . . 141

(17)

8.3 Par^ametros de rede e volume da cela unitaria do composto (La 0:5 Nd 0:5 ) 2=3 Ca 1=3 MnO 3 . . . 143

8.4 Par^ametros estruturais do(La

0:5 Nd 0:5 ) 2=3 Ca 1=3 MnO 3 . . . 147

8.5 Par^ametros de rede e volume da cela unitaria do composto

(La 0:4 Nd 0:6 ) 2=3 Ca 1=3 MnO 3 . . . 149

8.6 Par^ametros estruturais do(La

0:4 Nd 0:6 ) 2=3 Ca 1=3 MnO 3 . . . 152

8.7 Par^ametros de rede e volume da cela unitaria do composto

Nd 2=3 Ca 1=3 MnO 3 . . . 154

8.8 Par^ametros estruturais doNd

2=3 Ca 1=3 MnO 3 . . . 157

(18)
(19)

Introduc~ao

Recentemente diversas estruturas do tipo perovskita distorcida ABX

3 tem

atradoaatenc~aodos pesquisadores comoconsequ^enciadagrandevariedade

de fen^omenosfsicos apresentados por materiaiscom esta estrutura. Muitos

dessesfen^omenosest~aoestreitamenterelacionadosadistorc~oesnarededa

es-truturacubicaideal. Umproblemainteressantequepodemoscitareoestudo

das propriedadeseletricasemagneticasdeoxidos comestruturade

perovski-tadistorcida. 

Esabidodesdeosanoscinquenta,queasubstituic~aoparcialdo

on trivalente La porons divalentes como Ca, Sr ou Ba em LaMnO

3 torna

este material isolante num condutor metalico e ao mesmo tempo a ordem

antiferromagnetica dos spins muda para um estado ferromagnetico [1, 2, 3].

Atualmentehaum grandeinteresse nestesoxidos de tipoperovskita, devido

aofatodelesapresentaremmagnetoresist^enciacolossal(MRC)pertodo

pon-to de ordenamento ferromagneticodos spins, atemperaturade Curie T

C . A

MRC, queea drastica queda daresistividadecom aaplicac~aode um campo

magnetico,temsidotradicionalmenteexplicadacomomodelodeduplatroca

proposto por Zener [4], porem, recentemente Millis et al. [5] tem mostrado

queeste modelo n~aoexplica quantitativamenteadrasticaqueda da

resistivi-dade e, se faz evidente a necessidade de novos mecanismos para explicar a

fsica daMRCnestes compostos.

Noestudoestruturalde materiaispolicristalinos,adifratometriade raios

Xeumatecnicaextensamenteutilizada. Osmetodosdeanalisedosespectros

produzidos pormateriaispolicristalinoss~ao e cientes na identi cac~ao

quali-tativa e quantitativa de fases cristalinas. Quando a qualidade dos espectros



e su cientementeboa, rotinasde calculorelativamentesimplestambem

(20)

resultaminoperantes,entretanto,quandoosespectrosapresentamumgrande

numerode re ex~oes epicos superpostos. Devemos, ent~aorecorrer ametodos

computacionaismaiscomplexos,quepermitemestudaraestruturacristalina

atraves dos difratogramas de po, realizando calculos que levem a separac~ao

dos picos superpostos e utilizando os dados do espectro completo. Um dos

metodosmaise cientes paraore namentode par^ametroscristalinosapartir

de difratogramasde pofoiinicialmentedesenvolvidoporH.M.Rietveldpara

a tecnica de difrac~aode n^eutrons[6], devidoaofato queospicos de difrac~ao

de n^eutrons podem ser facilmente descritos por gaussianas. Os picos das

linhas de difrac~ao de raios X s~ao mais complexos, apresentando freq

uente-mente assimetrias para ^angulos baixos. Porem, usando func~oes mais

com-plexasquedescrevemrazoavelmentebemospicosmedidos,aanalisedoper l

da linha fornece resultados muito satisfatorios [7, 8, 9], e o re namento

es-truturalsetornapossvelsemprequeexistaum modelocristalogra coinicial

para o composto estudado. A import^ancia do metodo de Rietveld reside

na sua possibilidade de poder tratar os dados de difrac~ao de po para obter

informac~aoestruturaldetalhada demateriaispolicristalinosdosquais

di cil-mentesedisp~oedecristaisunicosparaseremestudadospelosmetodos

crista-logra cos convencionais. Um exemplo notavel da aplicac~ao do re namento

de Rietveld foi o estudo estrutural dos materiais supercondutores de alta

temperatura crtica, dos quais raramente podiam ser obtidos monocristais;

um outroexemplo importanteeocaso doLa

1 x Sr x MnO 3 para x>0:6,ante

a incapacidadede obter monocristais para estes compostos [10]. Cada vez e

maior onumerode publicac~oescient cas usandoometodode Rietveld[11].

Ousode fontesde radiac~aoconvencionais limitaemmuitoscasosaresoluc~ao

dosdifratogramasdepoaseremanalisados. Utiliza-sefrequentemente,fontes

de radiac~aosncrotron ou n^eutrons para conseguir uma maior resoluc~ao nos

espectros, e uma boa estatstica nos dados adquiridos. Em experi^encias de

laboratorioconvencional, o controle adequado das condic~oes experimentais,

e um tratamentoadequado dos dados podem dar resultados satisfatorios.

Oconteudo desta tese esta organizado da seguinte maneira: no captulo

2 fazemos uma descripc~ao das perovskitas. Analisamos a perovskita cubica

ideal e as suas distorc~oes estruturais que levam asestruturas romboedricae

ortorr^ombica; de nimos o fator de toler^ancia e descrevemos o efeito

Jahn-Teller. Tambem damosalgumasde nic~oes das propriedadesmagneticase de

transporte importantes para entender a sua correlac~ao com aspropriedades

(21)

mos as condic~oes experimentais e o fundamento matematico do metodo de Rietveld. OscompostosLa 2 Ni 1 x Li x O 4

(x=0:0e0.5)s~aoestudados nocaptulo4.

Para o La

2 NiO

4

(grupo espacial Bman) a relac~ao c=a diminui muito

quan-do baixamos atemperatura. Osdifratogramas do composto La

2 Ni 0:5 Li 0:5 O 4

apresentam pequenos picos de superestrutura que podem ser indexados no

grupo espacial ortorr^ombico Ammm; o ordenamento do Ni e Li e parcial

e tem uma desordem de  30%. A relac~ao c=a apresenta um pequeno

au-mentoassimqueabaixamosatemperatura, queinterpretamosemtermosda

estabilizac~aodacon gurac~aode baixospinNi 3+ (3d 7 ) 2 A 1g nooctaedroNiO 6

distorcido peloefeitoJahn-Teller.

No captulo 5 mostramos os resultados do estudo de dois monocristais

de La 1:2 Sr 1:8 Mn 2 O 7

crescidos em diferentes condic~oes. Os nossos resultados

mostramodiferentecomportamentodos par^ametrosde redecom a

tempera-turaparaasduasamostras,assimcomosuasanomaliaspertodatemperatura

de Curie,T

C .

A serie LaMnO

3+Æ

(0:0 Æ 0:14)e estudada no captulo 6. Esta serie



eimportanteporqueoLaMnO

3

eocompostode basedas manganitasepara

lograr um conhecimento profundo docomportamento dos sistemas dopados



e indispensavel ter um bom entendimento do composto n~ao dopado.

Estu-damos tambem os efeitos daestequiometria(Æ) nas suas propriedades

estru-turais. EmÆ =0:07 os par^ametros de rede apresentam drasticas mudancas,

que associamos com o ordenamento de carga em  160 K. Para Æ  0:106

ha uma coexist^encia das fases romboedrica e ortorr^ombica, aumentando a

proporc~ao daultima assim queabaixamos atemperatura.

No captulo 7 apresentamos o estudo do sistema La

1 x Ca x MnO 3 . Este

sistemaeparticularmenteimportanteporquepossibilitaoestudodoefeitoda

dopagemelectr^onicaatravesdetodoointervalo0x1;istocorrespondea

todasasval^enciasformaisdomangan^es,desdeoMn 3+

ateoMn 4+

,mantendo

quaseconstanteoraioi^onicomediodostioAporqueosraiosi^onicosdoLa 3+

e Ca 2+

s~ao quase id^enticos. No intervalo 1=3 < x < 0:93, os par^ametros de

rede apresentam comportamentos diferentes emT =300 Ke T =15K. Em

baixas temperaturas eles temum comportamentocomplexocomadopagem;

isto re etea sua correlac~aoentre estrutura cristalinae assuas propriedades

magneticas e de transporte.

Nocaptulo8s~aodescritososresultadosdaserie(La

1 y Nd y ) 2=3 Ca 1=3 MnO 3

quedesdeopontodevistacristalogra coeimportanteporquenelaadopagem

eletr^onica(Mn 4+

(22)

Isto permite o estudo das propriedades magneticas e de transporte devido

a mudancas na estrutura cristalina ja que o raio i^onico medio do stio A e

variadopeladopagem como Nd. Osnossos resultados indicamum aumento

da distorc~ao ortorr^ombica com a dopagem, alem de um efeito de histerese

unidimensionalno par^ametro c, quese re ete novolume dacela unitaria.

Alguns trabalhos teoricos [12, 13, 14] tem tratado de explicar a

magne-toresist^encia colossal (MRC) usando diferentes enfoques, enquanto que,

ex-perimentosrecentesmostramqueparaasmanganitasdaserieLn

1 x A

x MnO

3

(Ln: terra rara trivalente, A: terra alcalina divalente) ha uma forte

corre-lac~ao entre as propriedades estruturais, magneticas e de transporte; Hwang

et al. [15] tem encontrado importantes efeitos da rede sobre T

C nos com-postos Ln 2=3 A 1=3 MnO 3

; Ibarra et al. [16] tem achado fortes distorc~oes da

rede emLa 2=3 Ca 1=3 MnO 3

dopadocom Y;paraocomposto La

0:67 Ca

0:33 MnO

3

De Teresa et al. [17] tem sugerido que o incremento na expans~ao termica

do volume indica que os clusters ferromagneticos est~ao associados a

defor-mac~oes cooperativas da rede; alem disso, para x 0:5 as transic~oes de fase

magneticas s~ao sempre acompanhadas por deformac~oes da rede [18, 19, 20].

Alguns mecanismostem sido propostos para explicar a MRC observada nas

manganitas, porem, a pesar dos intensos esforcos, a correlac~ao entre a

es-trutura cristalina e as propriedades eletricas e magneticas ainda n~ao esta

completamenteentendidaecomoveremosnoscasos tratadosnestetrabalho,

(23)

Estrutura Cristalina das

Perovskitas

As perovskitas,quederivamseunomedotitanatode calcioCaTiO

3

conheci-docomoperovskita,s~aoestruturascomformulaqumicaABX

3

;emgeralelas

s~aomateriaiscer^amicoscombinandoelementosmetalicoscomn~ao-metalicos,

usualmenteoxig^enio, etem um arranjo at^omico particular.

Asperovskitasapresentamalgumaspropriedadesfsicasinteressantes tais

comoferroeletricidade(BaTiO

3

),ferromagnetismodebil(LaFeO

3 eHoFeO 3 ), ferromagnetismo(SrRuO 3 ),supercondutividade(SrTiO 3 x

),umagrande

con-dutividade termica devida ao transporte de excitons (LaCoO

3

), transic~oes

metal-isolante de interesse para aplicac~oes como termoresistor (LaCoO

3 ),

uoresc^encia compatvel com \laser action"(LaAlO

3

:Nd), propriedades de

transportede interesseparapot^enciatermoeletricadealtatemperaturae

re-centementetem-sedescoberto queelasapresentammagnetoresist^encia

colos-sal,istofazdestesmateriaispotenciaiscandidatosparaaplicac~oestecnologicas

como cabecas de leitura e escritura magnetica. Porem, a import^ancia da

famliadasperovskita estan~aosonassuas aplicac~oestecnologicas,sen~aoem

que elas proporcionamumaserie de compostos isoestruturais tendo eletrons

externos d que s~ao localizadose espontaneamente magneticos num

compos-to, coletivos e espontaneamente magneticos em outro, e coletivos e

para-magneticos ainda em outros [21]. Alem disso, a simplicidade da estrutura

perovskita minimiza a competic~ao de interac~oes magneticas entre cations

magneticos vizinhos. Portanto, de um estudo da ordem magnetica, como

reveladopordifrac~aode n^eutrons, juntocom informac~aoestrutural

(24)

regras para as interac~oes cation-^anion-cation de super-troca entre eletrons

localizados, e(b) a teoria de dupla-troca.

A estabilidade das estruturas tipo perovskita ABX

3

e primeiramente

derivada da energia eletrostatica (Madelung) atingida se os cations

ocu-pam as posic~oes de octaedros unidos pelos vertices; assim o primeiro

pre-requisito para uma perovskita ABX

3

estavel e a exist^encia de blocos

estru-turais estaveis em stios octaedrais. Isto, por sua vez, requer que o cation

B tenha uma prefer^encia pela coordenac~ao octaedrica e que se tenha uma

carga efetiva sobre este cation. Como qualquer ^anion A deve ocupar o

rela-tivamentegrandeinterstcioani^onicocriadopelosoctaedrosde vertices

com-partilhados, um segundo pre-requisito e que o cation A tenha o tamanho

adequado. Quando este e grande demais, o comprimento de enlace B X

n~ao pode ser otimizado e um empilhamento hexagonal com octaedros de

facescompartilhadasaparece como arranjocompetitivo. Quando o cation A



e muito pequeno, os enlaces A X estabilizam em estruturas com

coorde-nac~aoani^onicamenor ao redor docation A. Ainda quese tenha um grande

numero de perovskitas simples, ABX

3

, o numero de compostos e

multipli-cado quando um o mais dosons originais s~ao substitudos por outrosons.

Na maioriados casos esta substituic~ao acontece nos stiosdos cationse gera

um grupo numeroso de compostos conhecidos como perovskitas duplas ou

compostas,AA 0 BB 0 X 6

. Quando taissubstituc~oes acontecem, osonspodem

ocupar o stio doon original da estrutura simples numa maneira ordenada

ou aleatoria. Se eles adotam um arranjo ordenado, a simetria (e em muito

casos, o tamanho dacela unitaria) muda [22].

2.1 Perovskita Cubica

AestruturadaperovskitaidealpertenceaogrupoespacialcubicoPm3m(No

221)etemumaestequiometriaABX

3

;osatomosAeB s~aocationsmetalicos

e os atomosX s~ao^anions n~ao-metalicos. O atomo A pode ser monovalente,

divalenteou trivalente eo B pentavalente, tetravalente outrivalente

respec-tivamente[23]. Acela unitariadaestruturaperovskita cubicaemostrada na

Fig. 2.1(a);nesta guraosraiosi^onicosdosstiosA(amarelo),B(azulclaro)

eX (vermelho) s~aoproporcionaisaos raiosi^onicosdoLa 3+ ,Mn 3+ eO 2

res-pectivamente[24], ja que estes s~ao osatomos namaioria dos compostos que

(25)

(a)

(b)

A

O

B

Figura 2.1:Estrutura cristalina da perovskita cubica ABX

3

. (a) cation A na

(26)

Tabela 2.1:Tipodeatomo,notac~aode Wycko , simetriapontual ecoordenadas

dasposic~oesequivalentesparaaperovskitacubicaABX

3 nogrupoespacialPm3m (No. 221). A 1a m3m 0, 0,0. B 1b m3m 1 2 , 1 2 , 1 2 . X 3c 4=mmm 0, 1 2 , 1 2 ; 1 2 , 0, 1 2 ; 1 2 , 1 2 ;0:

pontode vistaligeiramentediferente, ouseja,tomandoaorigemnoatomoB

(Fig. 2.1(b)), mostra-se assim as unidades de octaedros compartilhando os

vertices,queformamoesqueletoestaveldaestrutura,eacontinuidadedesta



e melhor visualizada. Os octaedros tem seus eixos orientados ao longo das

arestas dacela eest~aounidos pelos vertices formandoum arranjo

tridimen-sional; este arranjo contemgrandes buracos que s~ao ocupados pelos atomos

A. Namaioriade compostos comestaestrutura cubica,opar^ametrode rede

 e  3:9



A. O cation A -o maior dos dois cations- ocupa a posic~ao de corpo

centradoeerodeadopor12anions^ X numacoordenac~aododeca^edrica;cada



atomoB estanocentrode6atomos X,situadosnosverticesde umoctaedro

regulare,os^anionsX s~aocoordenadospordoiscationsB equatrocationsA

[22].Ospar^ametrosestruturaisdaperovskitacubicaest~aodadosnatabela2.1

[25];note-se que devido aaltasimetria desta estrutura as posic~oes at^omicas

s~ao rgidas e n~aotem nenhum grau de liberdade.

2.2 Distorc~oes Estruturais

Mesmotendosimetriacubicaemaltas temperaturas,amaioriadas

perovski-tas ABX

3

apresentam distorc~oes com perda de simetria para baixas

tempe-raturas,como resultado de deslocamentos at^omicos. Distorc~oes daestrutura

ideal podem ser gerados por tr^es mecanismos: \tilting"dos octaedros,

dis-torc~oes dos octaedros e deslocamentos dos cations dentro dos octaedros. O

primeiromecanismo(\tilting")eobservadoquandovariamosoraioi^onicodo

(27)

A distorc~ao dos octaedros e gerada pelo efeito Jahn-Teller. Nos compostos

que estudamos nesta tese estes dois mecanismos s~ao os mais comuns. A

seguir faremos uma breve descric~aodeles.

2.2.1 O Fator de Toler^ancia

Oprimeiropre-requisitoparaterumaestruturatipoperovskitaeaexist^encia

de um arranjo BX

3

estavel. Se o raio do cation B e r

B

<0:51 

A o cation

B n~ao atinge a separac~ao B X otima num stio octaedrico e se estabiliza

numa estrutura com um numero de coordenac~ao ani^onica menor. Dado um

arranjo BX

3

, uma estabilidade adicional e lograda colocando-se um cation

grandedentrodele. DevidoaquehaumcomprimentodeenlaceA Xotimo,

a presenca de um atomo A geralmente distorce o arranjo BX

3

assim como

otimizaoenlaceA X,porem,seestadistorc~aoegrandedemais,aestrutura

pode adotar outros grupos espaciais. A m de estimar os limites toleraveis

notamanho docation AGoldschmidt[28] de niuofatorde toler^anciacomo

t= 1 p 2 (r A +r X ) (r B +r X ) (2.1) onde, r A ;r B ;r X

s~ao os raios empricos dos respectivosons. Devido a sua

geometria, a estrutura cubica ideal tem t = 1; assim o fator de toler^ancia

mede quantoumaestrutura desvia-se daestruturacubicaideal. A estrutura

tipo perovskita so ocorre dentro do intervalo 0:75 < t < 1:00, porem, isto

n~aoeuma condic~aosu ciente, porqueoscationsA eB devem, eles mesmos,

ser estaveisnumacoordenac~aododecaedricae octaedrica. Esta con gurac~ao

reduz osenlaces parao raiocati^onico; emoxidos estes enlacess~aor

A >0:90  A e r B > 0:51 

A. Alem disso, Megaw [29] notou que, se 0:75 < t < 0:9,

uma rotac~ao cooperativa dos octaedros unidos pelos vertices para otimizar

oscomprimentosde enlaceA X aumentaacelaunitaria. Poroutrolado,se

0:9<t <1, talrotac~ao n~aopode ser achada ainda que pequenas distorc~oes

para asimetriaromboedricaacontecam. Estas s~aoestruturas de perovskitas

que exibemdistorc~oesadicionaiscomo resultado doordenamentoeletr^onico.

A fasecubicaeachadaemaltastemperaturas ouondeoenlaceA X emais

i^onico (especialmentese t1).

Quando o cation A e pequeno demais (r

A

< 0:9 

A) para acomodar doze

(28)

Tabela 2.2:Raiosi^onicos( 

A)econ gurac~aoeletr^onica.

La 3+ Nd 3+ Ca 2+ Mn 3+ Mn 4+ Li 1+ Ni 3+ O 2 1.216 1.163 1.18 0:645  0.53 0.76 0:60  1.40 0:58 y 0:56 y 4d 10 4f 3 3p 6 3d 4 3d 3 1s 2 3d 7 2p 6  \spinup"; y \spindown".

comeca a aparecer como estrutura estavel. Quando o cation A e grande

demais (t > 1:0, as camadas AX

3

tendem a mudar seu empilhamento de

cubico para hexagonal. A tabela 2.2 apresenta os valores dos raios i^onicos

[24] para osons dos compostos estudados nesta tese. Note-se que para os

ons Mn 3+

e Ni 3+

existem dois valores do raio i^onico segundo o spin seja

\up"ou \dow".

Ovalorde t apress~ao etemperaturaambientepode ser calculado a

par-tir da soma dos raios i^onicos empricos dados nas tabelas [24]; porem, os

comprimentosde enlacede equilbrio A X eB X tem compressibilidade

e expans~ao termica diferentes. Assim, t = t(T;P) so pode ter o valor

ide-al t = 1:0 numa temperatura e press~ao dada. A grande expans~ao termica

do enlace A X, faz dt=dT > 0 em todos os casos conhecidos. O caso

t <1 coloca o enlace B X sob compress~ao e o A X sob tens~ao [30]. A

estrutura pode aliviar esta tens~ao por uma rotac~ao cooperativa dos

octae-dros BX

6

queabaixa asimetriadacelaunitariade cubicapararomboedrica

ou ortorr^ombica, por exemplo. Estas rotac~oes mudam o ^angulo de enlace

B X B de 180 Æ

para 180 Æ

, e aumentaquando t<1diminui. Alem

disso, quando B e um metal de transic~ao, como o Mn, a press~ao interna

associadacomt <1pode tambemseraliviadaporoxidac~aodoarranjoBX

3 ,

que remove eletrons \antibonding"parareduzir o comprimentode enlace de

equilbrioB X. Portantoovalort<1facilitaaoxidac~aodoarranjoBX

3 .

Por outro lado, t > 1 coloca o enlace B X sob tens~ao e o A X sob

compress~ao;atens~aono enlaceB X tambemfacilitaareduc~aodoarranjo

BX

3 .

No caso daestrutura ortorr^ombicaa distorc~aogerada pelamudanca noraio

i^onico mediodo stioA faz com queo poliedrode coordenac~ao destestiose

(29)

2.2.2 Distorc~ao Jahn-Teller

Se o estado fundamental do campo cubico do cation B e um estado orbital

E

g

duplamentedegenerado,ent~aoosorbitaist

2g

est~aocheios ousemi-cheios,

assim que M

L

= 0, e n~ao ha acoplamento spin-orbita (V

LS

=0) [21]. Jahn

e Teller [32, 33]mostraram que se n~ao ha perturbac~oes disponveis para

re-mover a degeneresc^encia do estado orbital fundamental, ent~ao, havera uma

distorc~aoespont^anea para uma simetrialocalmenorabaixo de alguma

tem-peraturade transic~aoT trans <T fusao , onde T fusao 

e a temperaturade fus~ao.

Como aenergiaganhapor umadistorc~aoereduzida pelotrabalhofeito

con-tra asforcas restauradoras elasticas docristal, astemperaturas de transic~ao

T

trans

s~aopequenasparaonsisolados;porem,setodososcationsB s~ao

simi-lares, ent~ao distorc~oes cooperativas s~ao possveis, e a energia lquidaganha

poron e muito maior devido a energia de acoplamento elastico V

 . Tal

fen^omenocooperativoecaracterizadoporumahisterese termicaeuma

tem-peraturade transic~ao de nitiva(usualmentede primeiraordem).

t

2g

e

g

d

xy

, d

yz

, d

zx

x

2

- y

2

3z

2

- r

2

Efeito Jahn-Teller

Mn : 3d ( t e )

3

4

2g

3

g

1

+

Ln R

1- x

3+

x

2+

Mn Mn O

1 x

3

x

4

3

2

+

+

Ln : terra rara

R : terra alcalina

íon

isolado

campo

cristalino

efeito

Jahn-Teller

Figura 2.2:EfeitoJahn-TellernoonMn 3+

(30)

Kanamori [34] estudou as distorc~oes locais dos octaedros originadas pelo

efeito Jahn-Teller na estrutura ortorr^ombica e achou diferentes distancias

B X dentro dos planos (001), tendo uma separac~ao longa (l), uma

cur-ta (s) e duas separac~oes intermediarias (m) ao longo do eixo [001] onde

s < m < (l+s)=2. Ao aplicar esta distorc~ao a uma cela ortorr^ombica O,

a relac~ao dos par^ametros de rede muda de b= p

2 > c para b= p

2 < c, e a

estrutura agora e chamada de ortorr^ombica O 0

. Na Fig. 2.2mostramos um

esquema do efeito Jahn-Teller noon Mn 3+

; quando o on esta isolado os

orbitaisds~aodegenerados,ocampocristalinolevantaadegeneresc^encia

par-cialmentee agora tem-se os nveis t

2g e e

g

tripla e duplamente degenerados

respectivamente; alem disso, o efeito Jahn-Teller levanta a degeneresc^encia

dos nveise

g

eistovaisere etircomoumadistorc~aodooctaedro. Para uma

revis~aodo efeitoJahn-Teller ver aRef. [35].

2.3 Classi cac~ao de Glazer

Comoainclinac~aoou\tilting"dosoctaedrostemomaiorefeitosobrea

estru-tura (1ra ordem),e as distorc~oes dos octaedros edeslocamentos dos cations

dentrodeles s~aoefeitos de segunda ordem,Glazer [26]elaborou uma

classi -cac~aodasestruturastipoperovskitaconsiderandosoo\tilting"dosoctaedros

aoredordoseixosdaestruturacubica;mesmoqueasrotac~oesaoredordestes

eixos n~ao pertencam a um grupo Abeliano, ou seja, o arranjo no nal das

rotac~oes depende daordememqueelas s~aofeitas, istoeum efeitode

segun-da ordem pelofato que geralmenteos \tiltings"s~ao pequenos (< 15 Æ

) e n~ao

afetam o esquema de classi cac~ao. Segundo esta classi cac~ao, conhecendo a

magnitude e o sentido de rotac~ao dos octaedros e possvel predizer o grupo

espacial ao qual pertence a estrutura perovskita distorcida. A rotac~ao de

um octaedro originarotac~oes nos octaedros vizinhos devido a conectividade

entre eles. Na nomenclaturadosistemade \tiltings",a igualdadena

magni-tude dos \tiltings"e denotada pela repetic~ao das letras apropriadas ao eixo

particular do\tilting";assim,aac signi ca\tiltings"iguaisaoredor do[100]

e [010], aaa signi ca \tiltings"iguaisao redor dos tr^es eixos, e abc signi ca

tr^es \tiltings"diferentes. Octaedros sucessivos ao longo de um eixo podem

ter omesmo ouoposto sentido de rotac~ao, istoedenotado pelosuperescrito

+, -, ou 0 para mostrar se octaedros sucessivos ao longo de um eixo tem

(31)

taedros (arestas dacela pseudocubica) perpendiculares aoeixo do \tilting",

cando inalterada a correspondente dist^ancia ao longo do eixo do \tilting".

Paratratarcom os^angulosentreoseixoseutil notarqueseum superescrito



e 0 ou +, isto implica a exist^encia de um plano espelho perpendicular ao

eixo relevante. Para sistemas de um \tilting" a 0 a 0 c + e a 0 a 0 c , ha portanto

respectivamente tr^es e dois planos espelhos mutuamente perpendiculares e

ambossistemas de \tiltings"d~aoorigem a eixos ortogonais; tambeme obvio

que uma rotac~aoao redor de [001] deve levara um eixode simetria4 e

por-tantoamboscasostem simetriatetragonal. Para sistemasde dois\tiltings"e

claro que quando os superscripts s~ao 0++ ou 0+- (em qualquer ordem) a

cela unitaria deve ter eixos ortogonais, ja que + e 0 implicam

necessaria-mente ao menos dois planos espelhos mutuamente perpendiculares. Glazer

[26]achou 23possveis estruturasgeradasa partirde \tilting"dosoctaedros,

porem, recentemente Howard et al. [36] fez uma analise usando teoria de

gruposeachouque existem15estruturaspossveis; nosdois estudosexistem

os grupos espaciais R 3c e Pnma que s~ao comuns nas manganitas de nosso

interesse.

2.4 Estrutura Romboedrica

Quando n~ao ha distorc~ao dos octaedros, as perovskitas ABX

3

podem ter

uma pequena deformac~ao da simetria cubica para romboedrica. Se esta

de-formac~aon~aoaumentar a cela unitaria, e possvel indexa-la assumindo uma

cela com duas formulas unitarias (Z = 2), sendo o correspondente ^angulo

romboedrico 60 Æ

candoos ^anionsgeralmente deslocados.

Deslocamen-tos dos ^anions de suas posic~oes ideais acontecem da seguinte maneira, os

planos (111) AX permanecem equidistantes dos planos (111) do cation B

vizinho, deixando equivalentes todos os cations B. Dentro destes planos,

tr^es comprimentosA X s~ao reduzidos e tr^ess~ao aumentados por rotac~oes

cooperativasdos octaedros do cation B.

Nos compostos que estudamos a distorc~ao romboedrica geralmente leva

a estrutura ao grupo espacial R 3c (No. 167); a sua notac~ao segundo a

cla-ssi cac~aode Glazere a a a que pode ser obtidapor rotac~oes dooctaedro

MnO

6

aoredor dadirec~ao [111] daperovskita cubica.

Ospar^ametrosestruturaiseacelaunitariadamanganitaromboedricano

grupo espacial R 3c s~ao mostrados na tabela 2.3 [25] e na gura 2.3

(32)

Tabela 2.3:Tipodeatomo,notac~aode Wycko , simetriapontual ecoordenadas

dasposic~oesequivalentespara aperovskitaromboedricaABX

3

no grupoespacial

R 3c (No. 167);settinghexagonal.

A 6a 32 0, 0, 1 4 ; 0, 0, 3 4 . B 6b 3 0, 0,0; 0, 0, 1 2 . X 18e 2 x, 0, 1 4 ; 0,x, 1 4 ; x, x, 1 4 ; x, 0, 3 4 ; 0,x, 3 4 ; x, x, 3 4 .

Plano 111

B

A

X

Figura 2.3: Estruturacristalinada perovskita romboedricaABX

3

(33)

pseu-posic~oes xas, porem, os ^anions X podem-se deslocar num plano

perpendi-cular ao eixoB B,ou seja,nos planos(111) da cela cubica.

2.5 Estrutura Ortorr^ombica

No caso da distorc~ao ortorr^ombica nas manganitas, o grupoespacial Pnma

(No. 62) e o mais comum e bem caracterizado [37]; a sua notac~ao segundo

a classi cac~ao de Glazer e a b +

a que pode ser obtida por duas rotac~oes

sequ^enciaisdooctaedroMnO

6

,istoe,(i)aoredordadirec~ao[010]da

perovs-kita cubica (eixo y no grupo espacial Pnma); (ii) ao redor da direc~ao [101]

da perovskita cubica (eixo x no grupo espacial Pnma) [38]. Isto vai gerar

umasupercelade dimens~oesa p 2a p ,b 2a p ec p 2a p (a p par^ametrode

rede da cela pseudocubica) com quatro formulas unitarias porcela (Z =4).

Os par^ametros estruturais e a cela unitaria da manganita ortorr^ombica

no grupo espacial Pnma est~ao dados na tabela2.4 e na gura 2.4

respecti-vamente. Note-se que neste tipo de estrutura os atomos B ainda cam em

Tabela 2.4:Tipodeatomo,notac~aode Wycko , simetriapontual ecoordenadas

dasposic~oes equivalentespara aperovskitaortorr^ombicaABX

3 nogrupoespacial Pnma(No. 62). A 4c m x, 1 4 , z; x, 3 4 ,z; 1 2 x, 3 4 , 1 2 +z; 1 2 +x, 1 4 , 1 2 z. B 4b 1 0, 0, 1 2 ; 0, 1 2 , 1 2 ; 1 2 , 0,0; 1 2 , 1 2 , 0. X(1) 4c m X(2) 8d 1 x, y, z; 1 2 +x, 1 2 y, 1 2 z; x, 1 2 +y,z; 1 2 x,y, 1 2 +z; x, y, z; 1 2 x, 1 2 +y, 1 2 +z; x, 1 2 y, z; 1 2 +x,y, 1 2 z.

(34)

a

b

c

A

B

X (1)

X (2)

Figura 2.4: Estrutura cristalina da perovskita ortorr^ombica ABX

3

. Note-se os

doisdiferentes ^angulosB X B eo\tilting"dooctaedro.

posic~oes altamente simetricas; por sua vez os atomos A tem dois graus de

liberdadee podem-se deslocar nos planos y= 1=4 e y =3=4. Os atomos X

s~ao agora gerados por duas diferentes posic~oes de Wycko ; os atomos X(1)

que podem se deslocar nos planos y = 1=4 e y = 3=4, igual aos atomos A,

e s~ao chamados de atomos de apices e, os atomos X(2) que tem tr^es graus

de liberdade, formam um plano e s~ao chamados de atomos basais. As duas

diferentesposic~oesdeWycko paraosatomosX fazcomquenestaestrutura

tenha-se dois diferentes ^angulosB X B.

No caso das manganitas, distorc~oes cooperativas dos octaedros podem

produzirumacelaprimitivaortorr^ombica;oquantoaestruturaortorr^ombica

desvia-se da simetria cubica pode ser descrito pela chamada distorc~ao

or-torr^ombica,D,quee de nida como [39]

D= 1 3 3 X i=1 a i a a i ; (2.2) p 1=3 p

(35)

2.6 Aspectos Magneticos e de Transporte

As propriedades estruturais e magneticas das manganitas tipo perovskita

distorcida tem sido estudadas desde os anos 50 [1, 2, 3]. Nos ultimos anos

estes estudostem sidointensi cadospelofatodestesmateriaisapresentarem

magnetoresist^encia colossal, que e a drastica queda da resistividade com a

aplicac~ao de um campo magnetico; isto faz destes materiais potenciais

can-didatos para aplicac~oes tecnologicas, como sensores e, cabecas de leitura e

escritura magnetica.

AsmanganitasdaserieLn 1 x A x MnO 3

(Ln: terrararatrivalente,A: terra

al-calinadivalente)apresentam umaimensariqueza depropriedadesfsicas tais

como: transic~oesdefase(estruturais[40],metal-isolante[41],ferromagn

etica-antiferromagnetica),magnetoresist^encia colossal, efeitoJahn-Teller,

ordena-mento de carga [42], ordenamentoorbital [43, 44], stripes [45, 46], etc., com

uma forte correlac~ao entre elas.

A magnetoresist^encia (MR)ede nida como[47]

 (0) = (H) (0) (0) (2.3)

onde  e a resistividade e H o campo magnetico aplicado. A

magnetore-sist^encia pode ser negativa o positiva. Pesquisas recentes em amostras da

serieLn 1 x A x MnO 3

temmostradoqueparaestesoxidosaMRtendea100%,

assim quea amplitude do efeitoe melhor evidenciada pelaraz~ao(0)=(H)

[48]. Valores da MR t~ao altos como  10 8

tem sido reportados por Jin et

al. [49] poreste motivoeste efeitoechamadode magnetoresist^enciacolossal

(MRC).

Oordenamentode carga (Charge ordering: CO) eo ordenamento no

es-pacorealdas cargas;eledeve-seaofatoqueainterac~aodeCoulomb,entreos

portadoresdecarga,venceasua energiacineticafazendocomqueeles quem

localizados;este fen^omeno acontece quando aproporc~aode portadorese um

valorcomensuraveldarede(x=1=8;1=3;1=2)[50]. Umadasmais

surpreen-dentes caractersticasdo COeque estepode ser destrudopelaaplicac~aode

um campo magnetico [18], press~ao[51, 52], oucampoeletrico [53], ouainda

porirradiac~aocom raios X [54] ou luz[55].

A geometria do enlace Mn-O-Mn tem um papel importantisimo nestes

fen^omenos ja que oon oxig^enio media a dupla-troca; este enlace e 180 Æ

na

(36)

de octaedros, alterando as dist^ancias entre os atomos e o ^angulo Mn-O-Mn

para 180 o

, isto vai afetar a probabilidade de pulo do eletron e

g

e a

in-terac~ao de dupla-troca. A largura da banda de conduc~ao (W) depende do

^

angulo segundo a relac~aoW /cos [56],oquesigni ca queelaemaxima

na estrutura cubica. Na serie (Ln 1 x A x MnO 3

) a variac~ao de x leva a uma variac~ao da

den-sidade de stios do Mn 4+

o que, por sua vez, representa um variac~ao na

concentrac~ao de buracos. Alternativamente, o raio i^onico medio do cation

A, hr

A

i, na formula ABO

3

pode ser variado; isto modi cara os par^ametros

de rede e assim a largura de banda. Ainda que o objetivo do trabalho

ex-perimental seja variar so a ocupac~ao ou a largura da banda (W), atraves

de x e hr

A

i respectivamente, de fato os experimentos variam ambas de uma

so vez. No caso de dopagem com Ca, para variac~oes da concentrac~ao de

Ca, o raio i^onico medio do cation A, hr

A

i, claramente n~ao e xo porque o

La e o Ca tem raios i^onicos diferentes, ainda que proximos, (tabela 2.2).

Nas manganitas Ln 1 x A x MnO 3

a con gurac~ao eletr^onica da camada 3d do



atomo de Mn consiste de um tripleto t

2g e um dubleto e g ; o lobulo 3d x 2 y 2 ou 3d z 2 dos orbitais e g

esta alinhado ao longo do enlace Mn-O, enquanto

que a densidade eletr^onica em qualquer um dos orbitais 3d

xy , 3d

xz

ou 3d

yz

esta concentrada entre os enlaces. As camadas 2p do oxig^enio tambem tem

dois tipos de orbitais: p



ao longo do enlace e p



perpendicular ao enlace.

Ent~ao,o orbitalp

  e ortogonalaoorbitalt 2g , enquanto quep   eortogonala e g

. A transfer^encia de eletrons so pode-se dar entre orbitais n~aoortogonais,

ou seja, entre um orbital p



e um e

g

assim como entre os orbitais p

 e t

2g .

Como a superposic~ao ao longo dos enlaces e maior e os eletrons t

2g est~ao

mais localizadosque os eletrons e

g

, devido a menor energiado tripleto com

respeito aodubleto, a transfer^encia p

 e

g

e mais forte que a p

 t

2g [57].

Em manganitas n~ao dopadas (x = 0)todos osons Mn tem quatro eletrons

3ddosquaistr^esocupamotripletot

2g

eumocupaumorbitale

g

. Oprincpio

de exclus~ao de Pauli restringe a um o numero de eletrons de cada spin nas

regi~oes de superposic~ao; portanto, so o acoplamento antiparalelode spins e

permitido nos extremos do enlace cation-^anion-cation dando origem a uma

ordemantiferromagnetica(AF) dosmomentosmagneticos;esteacoplamento

AFechamadode supertroca. Quando umonde terrarara Lnesubstitudo

porumon divalente A, algunsons Mn 3+

convertem-se em Mn 4+

depois de

transferir o seu eletron e

g

para o on divalente. Neste caso um orbital p

(37)

portanto,osorbitais p



transferidos s~aoantiparalelosaospin docationnum

lado eparalelosnooutro produzindo umacoplamentoferromagnetico(FM).

A superposic~ao p

 t

2g

ainda favorece o acoplamento AFmas agora e mais

debilque oacoplamentoFM dasuperposic~aop

 e

g

ea interac~aolquidae

FM.Este acoplamentoFMentreatomosMnde diferentes val^enciase

chama-do de dupla-troca. 

E esta competic~ao entre dupla troca e supertroca que

de ne a ordem magnetica de longo alcance nas manganitas dopadas. Esta

competic~ao pode ser controlada atraves do nvel de dopagem, que muda a

raz~aoMn 3+

/Mn 4+

, ouporpress~aoqueafetaasuperposic~aoentre osorbitais

do cation e o ^anion no arranjo Mn-O. Alinhamento paralelo dos momentos

magneticospodetambemserlogradopelaaplicac~aode umcampomagnetico

externo.

Para uma revis~ao do fen^omeno da magnetoresist^encia colossal ver as Refs.

(38)

Metodo Experimental e

Re namento

3.1 Difrac~ao de Po

A diferenca basica entre a dispers~ao coerente de planos de espacamento d

nummonocristaleem poaleatorio(policristal)equeosfeixesdifratadosdos

cristalitosno pogeram cones de semi-^angulo2, onde

2=sin 1

(=2d) (3.1)

sendo  ocomprimentode onda daradiac~aousada. Na representac~aodo

es-pacorecproco,asredes associadas comoscristalitosindividuaisest~ao

orien-tadas aleatoriamenteepontosdados pelovetor de posic~ao

d  =ha  +kb  +lc  (3.2)

no caso do monocristal convertem-se em esferas de raio jd  j = 1=d para o po, onde a  , b  , c 

s~ao vetores de nindo a cela unitariana rede recprocae

hkl s~aoosndicesde Miller,ques~aoproporcionaisaos cossenos diretores dos

planos emquest~ao. Assim:

d 

=2 1

sin: (3.3)

(39)

menteobtida. Doistiposdeexperimentoss~aopossveis: (1)^angulo

disper-sivo, no qual radiac~ao monocromatica e usada, e (2) energia dispersiva na

qual o ^angulo de dispers~ao e xo. As experi^encias apresentadas nesta tese

foram realizadas com ometodode difrac~aoem ^angulo dispersivo.

3.2 Condic~oes Experimentais

As medidas de difrac~ao de po foram feitas no Laboratorio de Cristalogra a

Aplicada e Raios X do IFGW-UNICAMP. Na gura 3.1 mostra-se um

es-quema do arranjo experimental que basicamente consiste do difrat^ometro,

o sistema de esfriamento e, o sistema de aquisic~ao de dados. Usou-se um

difrat^ometro de alta resoluc~ao   Ultima +

Horizontal Rigaku na

geome-triadeBragg-Brentano,estacon gurac~aotemavantagemquenelaaamostra

ca xa e horizontal. A fonte (F na gura 3.1) foi um tubo de Cu com

ra-Arranjo Experimental

Vácuo

Cont. Temp.

Ciclo Fechado He

F

D

Criostato

Difratômetro

Contr. Difr.

θ

θ

Figura3.1: Arranjoexperimentalpara adifratometriadepoembaixas

(40)

Tabela 3.1:Con gurac~aododifrat^ometro.

Fenda de Espalhamento (FR):1=2 Æ

Fenda de Diverg^encia(FD): 1=2 Æ

Fenda Receptora (FR): 0.3 mm Detector de Cintilac~aoSC-50

Raio doGoniometro: 185.0 mm

Dist^ancias

Fonte =)Amostra: 185.0 mm Amostra =) FR: 185.0 mm

Fonte =)FD: 100.0 mm FR =)FE: 54.0 mm

diac~ao K

; a componente K

foi tirada com um ltro de Ni. O detector

(D) foi de cintilac~ao SC-50. Usou-se um gerador RINT2100 Rigaku com

uma pot^enciade 1.8kW. Osistema deesfriamentoconsistede um criostato

com ciclo fechado de HeCryoMiniColdheadD105 Iwatami IndustrialGases

Corp., um controlador de temperatura PTC-20A Rigaku com uma precis~ao

de 2 K e uma estabilidade de 0:01 K, um compressor de helio e, duas

bombas de vacuo, uma mec^anicae outra difusora.

Odifrat^ometrotemumsistemadealinhamentoautomatico,oquefazcom

que oerro em 2 seja 0:002 Æ

. O porta-amostraspode-se deslocar

vertical-mente para ns de alinhamento; o posicionamento vertical daamostra para

o alinhamento de  e feito manualmente, logo o sistema faz uma varredura

em para mediraintensidade;quandoestaintensidadeeametadeda

inten-sidade do feixe direto, pode-se garantir que a superfcie da amostra esta no

plano de difrac~ao. Os erros no posicionamento vertical da amostrageram o

deslocamentodaamostra(\sampledisplacement")quegeralmenteeamaior

fontede erro no alinhamento,porem, este erro pode ser corrigido no

re na-mento. Oalinhamentotambemefortementein uenciadopelarugosidadeda

amostra. A con gurac~ao do difrat^ometro para todas as medidas e dada na

(41)

Por raz~oes de tempo so se zeram medidas longas (5 ou 10 seg/passo) nas

temperaturas de 300, 140 e 15 K;nas outras temperaturas otempo foi de 1

seg/passo que tambem incluiu medidas em 300, 140 e 15 K. Para todas as

amostrasasmedidasforamfeitasabaixandoedepoissubindoatemperatura.

3.3 Preparac~ao da Amostra

Um cuidadoso e sistematico procedimento para a preparac~ao da amostra e

sempre desejavel e e um requerimento essencial em muitas das aplicac~oes

da difratometria de po. Erros na observac~ao dos criterios basicos para a

preparac~ao das amostras podem in uenciar a posic~ao, intensidade e forma

das re ex~oes, levando a di culdades naetapa analticae a probabilidade de

erros signi cativos nos resultados. Para obter uma distribuic~ao uniforme

da intensidade ao redor de cada anel no metodo de Debye-Scherrer s~ao

necessarios  10 6

cristalitos/cm 2

e idealmente a maior parte dos cristalitos

deveria ter tamanhos no intervalo de 5 10m. Cristalitos menores

intro-duzemumalargamentodos picosecristalitosgrandesdegradamaestatstica

e d~aoorigema efeitos de extinc~ao. Cristalitosgrandespodemintroduzir um

deslocamento indesejavel das re ex~oes; com geometria focalizante o

corri-mentodo pico para partculas de 50me 0:01 Æ

(2) [59].

Namaioriados casoseimportanteevitaraorientac~aopreferencialdos

crista-litosquandopreparamosaamostraehavariasmaneirasemqueistopode ser

logrado. Se umaamostraplanaeusada,ecostume carregaroporta-amostra

desdeoslados parareduzirosefeitosde orientac~aopreferencial. A superfcie

da amostra deve coincidircom o eixo de rotac~ao,perpendicular aovetor de

difrac~ao e ser lisa, ja que a rugosidade tambem introduz deslocamento dos

picos. Deslocamento da superfcie da amostra e muito comum e freq

uente-mente a maior fonte de erro na posic~ao dos picos na geometria focalizante;

tipicamente um deslocamento da superfcie de 10m desloca os picos por

 0:01 Æ

() numa direc~ao que depende se a amostra esta acima ou embaixo

do eixodo difrat^ometro.

As condic~oes experimentais devem ser otimizadas para obter a melhor

qualidadenosdados notempodisponvelparauma tarefaparticular,mas ha

invariavelmenteumcompromissoentreresoluc~aoeintensidade; porexemplo,

o uso de fendas largas incrementa a intensidade, mas degrada a resoluc~ao.

Na maioriados experimentosem^angulodispersivo,opasso deveria ser entre

(42)

uma representac~ao de Fourier dos per s das re ex~oes e requerida. A eleic~ao

da fenda receptora depende em principio da largura das re ex~oes e

ideal-mente deveria ser aproximadamente igual ao tamanhodo passo. Porem, na

praticae comum usar umalargura xa paraamaioriadas aplicac~oes, jaque

o erro no^angulozero usualmentetem que ser redeterminado cada vez quea

fenda receptoraetrocada.

A precis~ao dos par^ametrosdo per l dare ex~ao dependem da estatstica

das contagenseesta porsua vezedeterminadapelaintensidade maximaeo

nveldo \background". Varios estudos tem sido feitos para considerar erros

aleatorios namedida daposic~ao, intensidade e largura das re ex~oes devidos



a estatstica das contagens. Na pratica tem sido achado que idealmente,

em aplicac~oes baseadas em decomposic~ao do difratograma, uma contagem

maxima de ao menos 10000 (uma precis~ao de 1%) deveria ser medida para

cada re ex~ao, mas isto pode n~ao ser pratico para as re ex~oes fracas. Para

identi cac~aode fases, aestatstica das contagens s~aodecididas pelonvel de

detec~ao desejado para asfases menores, relativasaonveldo\background".

3.4 Metodo de Rietveld

O metodode Rietveldeum metodopara re namentodos par^ametros

estru-turaisen~aoparaasuadeterminac~ao(resolverestruturas),portantoumbom

modelo inicial e necessario para poder ter ^exito no re namento. O metodo

de Rietveldbaseia-se naminimizac~aopormnimosquadrados doresidual

S = X i w i (y i y ci ) 2 (3.4) onde w i =1=y i , y i

= intensidade observada noi-esino passo,

y

ci

=intensidade calculada noi-esimo passo.

A somatoriae sobre todos os pontos experimentais.

Usualmente, muitas re ex~oes de Bragg contribuem para a intensidade, y

i ,

observada em qualquer ponto i arbitrariamente escolhido no difratograma.

As intensidades calculadas y

ci

s~ao determinadas a partir dos valores

calcu-lados jF

K j

2

(43)

y ci =S R X p s p Ab " X K [jF K j 2 (2 i 2 K )AsL K P K ] # p +y bi (3.5) onde s p

e ofator de escala para afase p.

S

R

euma func~aopara modelaros efeitos darugosidade da superfcie.

Ab e um fator de absorc~ao, que e xado em 1.00. Isto e aceitavel no

caso de raios X para um especimem plano in nitamente grosso num

difrat^ometrousandofendas xaseageometriadeBragg-Brentano,como

eo nosso caso.

F

K 

e ofator de estrutura.

e uma func~ao de per l dare ex~ao queaproxima osefeitos

instrumen-taise,possivelmente, ascaractersticas daamostra.

Ase uma func~ao de assimetriado per l.

L

K

cont^em osfatores de Lorentz, de polarizac~aoe de multiplicidade.

P

K 

e uma func~ao de orientac~ao preferencial.

b

i 

e acontribuic~aodo \background".

OalgoritmodeRietveldpermitequesejamre nadosmuitosmaispar^ametros

que aqueles queos dadospodem realmentesuportar (devido aque

matema-ticamente o numerode observac~oes e onumero de passos nodifratograma),

assim ousuariotemque procedercom bomsenso. Se muitos par^ametros

es-truturais foramre nados, o fato deveria se re etirem desvios padr~ao muito

grandes. 

E importante salientar que os distintos programas de re namento

de Rietveld calculam os desvios de formas diferentes e que os desvios

cal-culados assumem que a estatstica das contagens e a unica fonte de erro.

Erros sistematicos, que s~ao de fato signi cativos, n~ao podem ser estimados.

O desvio padr~ao re ete a precis~ao do par^ametro re nado e n~ao a sua

apro-ximac~ao. Todos ospar^ametrosdevemser re nados simultaneamenteparase

obter uma correta estimativados desvios padr~ao[60].

Ainda queogra co dadiferencadoper leprovavelmentea melhormaneira

de seguir um re namento de Rietveld, o ajuste do padr~ao calculado para

os dados observados pode tambem ser dado numericamente. Isto e

usual-mente feito em termos dosndices de concord^ancia ou residuais R . O valor

ponderado doper l, R

wp

(44)

R wp = P i w i (y i y ci ) 2 P w i y 2 i ! 1=2 ; (3.6) ondey i

eaintensidadeobservada nopassoi,y

ci

aintensidadecalculada,ew

i

o peso. A expres~ao no numerador eovalorqueeminimizado no

re namen-to. Um background alto produzira um valor R

wp

baixo, porque uma parte

signi cativada intensidade e descritapelafunc~ao do\background".

Idealmente, o valor nal de R

wp

deveria se aproximar ao valoresperado

es-tatstico, R exp , R= " (N P) P N i w i y 2 i # 1=2 ; (3.7)

onde N e o numero de observac~oes e P o numero de par^ametros re nados,

R

exp

re ete aqualidade dos dados (i.e. aestatstica das contagens). Assim,

a raz~ao entre os dois (goodness-of- t),

 2 =R wp =R exp ; (3.8)

que e frequentemente citadona literatura, deveria se aproximara 1.

Os valores de R s~ao indicadores uteis para aavaliac~ao de um re namento.

Para oper ldos picosusou-se umafunc~aoPseudo-Voigtqueeuma

com-binac~ao linearde uma func~ao gaussiana com uma lorentziana

L+(1 )G; (3.9)

onde o par^ametro de mistura, pode ser re nado como uma func~aolinear de

2

=NA+NB2 ; (3.10)

em nosso trabalhosomente re namos ofator NA.

A depend^encia angular da largura a meia altura H

K

e modelada com a

equac~aoderivada por Cagliotiet al. [61]

H 2 K =Utan 2 +V tan+W ; (3.11)

(45)

O\background"foire nado usandoa func~ao y bi = 5 X m=0 B m [(2 i =BKPOS) 1] m ; (3.12)

onde BKPOS e a origem do polin^omio para o \background"que geralmente

foi xado em 2=65 Æ

.

Noscasosondehacoexist^enciadefasesafrac~aode cadafasefoicalculada

a partir dore namentode Rietveldusando arelac~ao [62]

f p = S p V p P N i=1 S i V i ; (3.13)

onde pe ovalorde ipara uma faseparticular entre as N fases presentes. S

i

e V

i

s~ao o fator de escala re nado e o volume da cela unitariapara a fase i

respectivamente.

Ospar^ametrosre nadosforamo\background",ospar^ametrosde rede,o

fatordeescala,alarguraameiaaltura,aassimetriadopico,ofatorde

mistu-radoper ldePseudo-Voigteasposic~oesat^omicas. Todos osnossosintentos

por re nar o fator de temperatura isotropico foram v~aos, ja que obtivemos

valoresnegativosques~ao sicamenteincorretos. Porisson~aoinclumosestes

valores nos re namentos dos difratogramas com tempos de contagem

pe-quenos, isto vai gerar erros n~ao signi cativos no valor dos par^ametros de

rede. A sequ^encia no re namento geralmente foi a seguinte: numa primeira

etapare naram-seospar^ametrosisoladosedepoisforamsendoagregadosos

demais par^ametros, assim,a ordem dore namentofoi

so \background",

so par^ametrosde rede e deslocamentoda amostra,

novamente so \background",

novamente so par^ametrosde rede edeslocamento daamostra.

Logo depois os par^ametros a serem re nados foram agregados seq

uencial-mente

fatorde escala e larguraa meia altura,

fatorde assimetria dopico e fatorde misturadoper l de pseudo-Voigt,

\background",

(46)

No caso das posic~oes at^omicaselas foram re nadas primeiropara osatomos

mais pesados(La,Ca) e depois os mais leves (O).

Para o re namento dos dados usou-se os programas DBWS9411 e

DB-WS9807[63]e,paraagerarosdadosdosgra cosdore namento,oprograma

Topl-xy [64].

Asunidadesusadasparaospar^ametrosderedeeovolumedacelaunitaria

s~aoangstrons ( 

A)eparaatemperaturaosgrausKelvin. Aexpans~aotermica



e normalizadaem T =15 Ke de nida como

f f = f(T) f(15) f(15) (3.14) onde f =a, b, couV.

Os erros dados nos valores obtidos para os par^ametros re nados s~ao so

estatsticosecalculadospeloprogramaquefazore namentodeRietveld; em

todos os casos os valores dados entre par^entesis s~aoos erros estatsticos nas



ultimas cifras decimais. Para o caso dos valores derivados dos par^ametros

re nados, como por exemplo c=a, os erros s~ao calculados usando a formula

para propagac~aode erros

f(x 1 ;x 2 ;:::x i ;:::x n :)= v u u t n X i=1 @f @x i x i ! 2 ; (3.15) onde ox i

para cadapar^ametroeoerroestatstico dadopeloprogramaque

Referências

Documentos relacionados

Logo depois, no capítulo 4, trabalhamos com equações diferenciais fuzzy (EDF) atráves de duas abordagens distintas: via inclusão diferencial e via fuzzificação da

de que quem produz é responsável pela garantia da qualidade dos seus produtos. A qualidade deve ser assegurada pela produção e não pelo departamento de inspeção. Esta nova

Os dados obtidos permitem afirmar que Oncideres impluviata apresenta orifício de emergência do adulto de formato quase circular, desenvolve-se em galhos de diversos

Ajude a SóLogística a decidir quais dos locais deverá seleccionar, e que quantidades (UM de produtos) deverá transportar para cada Região a partir de cada um dos

Figura 15 Tela escolher t´ ecnicas para identificar

Como estamos abordando ensino por investigação em museus de ciência, uma análise na perspectiva do visitante do INMA (alunos de ensino médio), dos pesquisadores

Na literatura não há trabalhos em que é abordada a utilização de catalisadores com estrutura tipo perovskita (La 1−x Ce x NiO 3 ), sintetizados pelo método de combustão, para a

— Quando o usuário entra no Fácil/W para iniciar o trabalho, o cursor do mouse fica posi­ cionado na parte direita inferior da tela. Isto atrapalha os usuários