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32 - O PIBID como meio para auxiliar à formação inicial de educadores Relato de experiências no

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Academic year: 2021

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O PIBID como meio para auxiliar à formação inicial de educadores:

Relato de experiências no ensino de Ciências e Biologia

The PIBID as a means to assist the initial training of teachers: Report of experience in teaching Science and Biology

ISABELA SANTOS CORREIA ROSA1

Resumo

O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID é uma ação conjunta do Ministério da Educação, com vistas à fomentar a formação de docentes em nível superior, em cursos de licenciatura presencial plena, para atuar na educação básica pública. O subprojeto na área de Biologia foi desenvolvido em seis escolas da educação básica do ensino público de Aracaju-Sergipe. Dentre elas, a Escola Estadual Olavo Bilac localizado na Rua Sargento Brasiliano s/n, Bairro Santos Dumont. A atuação dos bolsistas nas escolas, busca incrementar no ensino inovações educacionais, propondo aos alunos desafios de execução de atividades lúdicas. A experiência prática é essencial para complementar a teoria aprendida no curso de graduação em Biologia. A realização de atividades lúdicas como estratégia de ensino-aprendizagem contribuem para o ensino de qualidade.

Palavras-chave: Experiências, ensino, PIBID.

Abstract

The Institutional Bursary for New Teachers - PIBID is a joint effort of the Ministry of Education, aimed at training teachers in higher education in undergraduate and full-face, to act in the public basic education. The subproject in Biology was developed in six schools of basic education in public schools in Aracaju, Sergipe. Among them, the State School located in Bilaspur Olaf Street Sergeant Brasiliano s / n, Bairro Santos Dumont. The work of scholars in schools, seeks to enhance educational innovations in teaching, offering students challenges of implementation of recreational activities. Practical experience is essential to complement the theory learned in the undergraduate degree in Biology. The realization of recreational activities as a strategy for teaching and learning contribute to quality education.

Keywords: Experience, education, PIBID.

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INTRODUÇÃO

Educação

A educação é, de certo modo, incubadora da inovação e da criatividade. O sistema educacional, pelo menos em tese, deve construir e desenvolver habilidades e conhecimentos de membros da sociedade, para promover tanto um crescimento individual, como o desenvolvimento social (GOERGEN, 2005).

Pelizzari et al. (2002) sugerem a participação ativa do sujeito, sua atividade auto-estruturante, o que supõe a participação pessoal do aluno, na aquisição de conhecimentos, de maneira que estes não sejam uma repetição dos formulados pelo professor ou pelo livro-texto, mas uma reelaboração pessoal.

Para que estes conhecimentos sejam adquiridos efetivamente pelo educando, essa abordagem deve buscar concepções prévias deste e seguir uma linha problematizadora. A partir dessa linha, será possível trabalhar a consciência crítica, buscando a formação de cidadãos atuantes na sociedade. Freire (1987) discute que se esta educação for de caráter autenticamente reflexivo, ela irá buscar a emersão das consciências, resultando em uma inserção crítica na realidade. A partir desta inserção, atitudes coerentes com uma sociedade mais justa poderão ser colocadas em prática.

Essas perspectivas do ensino problematizador são destacadas por Krasilchik (1992), esta autora aborda que estas deverão se basear em um processo coletivo que envolve, não apenas a comunidade educacional, mas toda a sociedade que hoje, reiteradamente, cobra uma educação mais significativa e eficiente. Carmo (2008) ressalta que para atingirmos o objetivo dessa educação voltada para a realidade, devemos transformar nossos saberes, para que estes possam responder às questões fundamentais referentes à ética, à cidadania, à solidariedade planetária e global, do presente e do futuro.

Tendo em vista essa problemática da educação no Brasil, o desafio é educar as crianças e os jovens, propiciando-lhes um desenvolvimento humano, cultural, científico e tecnológico, de modo que adquiram condições para enfrentar as exigências do mundo contemporâneo (DELIZOICOV; ANGOTTI; PERNAMBUCO, 2003).

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Nesse contexto, uma participação mais efetiva da universidade é necessária, uma vez que é a Universidade a responsável pela formação dos professores que atuarão na educação básica. Por conseguinte, a medida que os alunos/estágiários desenvolvem suas atividades nas escolas, contribuem para melhoria do ensino da educação básica, além de contribuir com a formação continuada dos professores responsáveis pelas turmas onde ocorrem o estágio.

PIBID

O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID é uma ação conjunta do Ministério da Educação, por intermédio da Secretaria de Educação Superior - SESu, da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE, com vistas a fomentar a iniciação à docência de estudantes das instituições federais de educação superior e preparar a formação de docentes em nível superior, em cursos de licenciatura presencial plena, para atuar na educação básica pública.

Nos anos de 2009 e 2010, o subprojeto na área de Biologia foi desenvolvido em seis escolas da educação básica do ensino público de Aracaju -Sergipe que tem sido parceiras da UFS na formação de professores de Ciências e Biologia, fornecendo campo de estágio supervisionado com participação de professores da rede pública na formação inicial dos alunos da área.

Cada escola conta com um professor que atua como supervisor dos bolsistas, assessorados pelo Coordenador de Área. Assim, ao passo em que o PIBID contribui para formação pedagógica sólida da formação inicial dos alunos no curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, auxilia na sua formação continuada dos professores dos campos de estágio que acompanham esses alunos.

A atuação dos estudantes de graduação nas escolas, busca contribuir para aprendizagem dos alunos no que diz respeito aos conceitos científicos dos conteúdos obrigatórios da grade curricular de determinada série a critério do aluno, utilizando-se de inovações educacionais, propondo a esses alunos desafios de execução de atividades lúdicas. Desta forma, o projeto buscou sanar ou, ao menos, minorar, as deficiências

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encontradas, por meio de ações envolvendo diferentes estratégias de ensino-aprendizagem.

DESENVOLVIMENTO

Sobre a Escola Estadual Olavo Bilac

A escola onde atuei durante os dois anos de estágio (2009 e 2010) foi a Escola Estadual Olavo Bilac localizado na Rua Sargento Brasiliano s/n, Bairro Santos Dumont, na capital Aracaju. A estrutura pedagógica da escola é sustentada pela união de 01 diretor, juntamente com 02 coordenadoras de ensino, 01 secretária e 49 professores, sendo que 03 compõem o quadro de professores de ciências. A estrutura física da escola enfrenta sérias dificuldades, uma vez que são identificadas salas destelhadas, banheiros com vasos quebrados, biblioteca com livros defasados e quadra descoberta. A escola ainda não apresenta refeitório, nem laboratório de ciências.

Tendo em vista os problemas técnicos da escola, não se pode contar que ela ofereça recursos para o trabalho do docente. Dessa forma, este projeto envolve diferentes atividades realizadas durante a carga horária da disciplina de Ciências ou Biologia que objetivaram auxiliar na aprendizagem dos alunos em relação aos conceitos científicos inerentes ao conteúdo programático da série em questão. Estas atividades estão relacionadas com as deficiências percebidas no ensino público, mormente de escolas inseridas em comunidades carentes. Essas ações procuram colaborar para aprendizagem científica dos alunos, assim como estimular o desenvolvimento do potencial dos alunos envolvidos.

Na Escola Estadual Olavo Bilac, as atividades no ano 2009 foram desenvolvidas no 1° C do ensino médio enquanto que em 2010 as atividades foram realizadas no 7° ano do ensino fundamental, antiga 6ª série.

Sobre as atividades desenvolvidas com os alunos do 1°C do ensino médio, destaca-se o “Jogo dos desencontros”, para revisar o assunto de citologia. Dando prosseguimento a atividade supracitada, fiz com eles a Dinâmica intitulada “E se as organelas falassem” com a finalidade de continuar discutindo a cerca das organelas e demais estruturas celulares. Outra atividade desenvolvida foi à produção de uma

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atividade lúdica para reforçar a aprendizagem sobre os processos da divisão celular: mitose e meiose.

Das atividades que foram desenvolvidas no ano de 2010 com alunos do 7° ano, pode-se citar: atividades de relaxamento antes de iniciar a aula, sobretudo quando for utilizar do convite ao raciocínio. A elaboração por parte dos alunos de um jogo da memória envolvendo conhecimentos sobre as doenças causadas por vermes e os sintomas, meios de prevenção e tratamento das mesmas. “O jogo da vida” que consiste em um tabuleiro com figuras dos seres vivos para estudar os cinco reinos, aula de campo numa área verde da escola, onde os alunos foram estimulados a observar o ambiente e descrever as espécies que eles observavam, assim como o hábitat e o nicho ecológico das mesmas, bem como os fatores bióticos e abióticos de influência no ambiente. Foi realizada também junto a esses alunos a análise do filme “Bee Movie: A história de uma abelha” para discutir a cerca da importância desses invertebrados na polinização das flores, além de gincanas objetivando a revisão dos conhecimentos.

Vale ressaltar no que diz respeito às atividades lúdicas e experimentais, que estas foram desenvolvidas sempre com o cuidado de esclarecer o procedimento a ser realizado de forma que os alunos se sintam livres para construir o conhecimento evitando, dessa forma, demonstração associada a uma visão tradicional de ensino e uma visão absolutista de ciência.

O desenvolvimento dessas atividades leva-me a perceber que os profissionais de educação podem recorrer à vivência de atividades simples como estas na falta de um laboratório mais sofisticado de ciências, por exemplo, ou de uma estrutura mais bem adequada de biblioteca e de sala de aula. Essas atividades simples são de grande valia para os alunos.

Com o desenvolvimento das atividades é possível verificar que o professor percebe que é possível construir aulas com seus alunos com recursos simples, não sendo necessários recursos mais sofisticados que a escola não possui. Dessa forma, é importante os professores perceberem que a falta dos recursos não é motivo para realizar aulas menos dinâmicas. E ao invés de esperar que a escola ou ao governo provenha esses recursos, pensar nas formas alternativas de melhorar o ensino mesmo

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com essas poucas opções que geralmente temos nas escolas públicas. Fazendo assim a diferença. Nesse sentido, o PIBID me mostrou que é possível fazer a diferença.

Dentre os resultados obtidos, destacam-se a melhoria da capacidade de compreensão e aumento do estímulo dos alunos pela ciência e o desenvolvimento didático dos bolsistas. Foi constatado, também, um maior interesse e disposição dos mesmos pelas atividades escolares.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O PIBID favorece a freqüência das atividades experimentais na escola, aumentando o interesse dos alunos tanto pelas disciplinas quanto por carreiras com forte componente científico-tecnológico. O programa ainda defende a valorização do magistério entre os alunos dos cursos de licenciatura da UFS e valoriza o professor da rede pública de educação básica enquanto profissional da educação.

Constatou-se que a realização de atividades lúdicas e experimentais, estimulou de forma bastante significativa o interesse dos alunos pela aprendizagem. A aplicação dos recursos didáticos foram alternativas pedagógicas que deram certo porque eles se mostravam mais interessados e dispostos a aprender.

A experiência prática é essencial para complementar à teoria aprendida no curso de graduação em Biologia. Pude observar durante este tempo de participação no PIBID que é possível contribuir para a melhoria do ensino, mesmo com todas as dificuldades. A realização de atividades lúdicas como estratégia de ensino-aprendizagem contribui para o ensino de qualidade.

REFERÊNCIAS

CARMO, E. B. Os educadores e a educação do futuro. Revista das Ciências Sociais, v. 01, p. 20-43, 2008.

DELIZOICOV D. ; ANGOTTI, J. A.; PERNAMBUCO, M. M.. Ensino de Ciências: fundamentos e métodos. 1. ed. São Paulo: Cortez, 2003.

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FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido.17 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

FREIRE, P. Educação e mudança, Tradução de Moacir Gadotti e Lilian Lopes Martin. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989.

GOERGEN, Pedro. Educação e valores no mundo contemporâneo. Educ. Soc., v.26, n.92, pp. 983-1011, 2005.

KRASILCHIK, M. Caminhos do ensino de ciências no Brasil. Em Aberto, Brasilia, ano 11, nº 55, jul./set. 1992.

PELIZZARI, A.; et al. Teoria da Aprendizagem Significativa segundo Ausubel. In: Revista PEC. Curitiba, v.2, n.1, p.37-42, 2002.

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