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Resultado de um ensaio sobre a criação de machos albinos da tilápia do nilo, Sarotherodon niloticus (Linnaeus), em viveiro do centro de pesquisa ictiologicas do DNOCS (Pentecostes, Ceará, Brasil)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRARIAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESCA

RESULTADOS DE UM ENSAIO SOBRE A CRIA010 DE MACHOS ALBINOS DA TILAPIA DO NILO, Sarotherodon niloticus (LINNAEUS), - EM VIVEIRO DO CENTRO DE PESQUISAS ICTIOLO-GICAS DO DNOCS (PENTECOSTE, CEARA, BRA-

SIL).

Daniel Alberto Guevara Carrillo

Dissertag5o apresentada ao Departamento de Engenharia de Pesca do Centro de Ci-encias Agrárias da Universidade Federa: do Ceara, como parte das exigências pa-ra a obtengao do titulo de Engenheiro

de Pesca

FORTALEZA - CEARA - 1982.1 -

(2)

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará

Biblioteca Universitária

Gerada automaticamente pelo módulo Catalog, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a) C312r Carrillo, Daniel Alberto Guevara.

Resultado de um ensaio sobre a criação de machos albinos da tilápia do nilo, Sarotherodon niloticus (Linnaeus), em viveiro do centro de pesquisa ictiologicas do DNOCS (Pentecostes, Ceará, Brasil) / Daniel Alberto Guevara Carrillo. – 2019.

34 f. : il.

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias, Curso de Engenharia de Pesca, Fortaleza, 2019.

Orientação: Prof. José William Bezerra e Silva. 1. Tilápia (Peixe). I. Título.

CDD 639.2

1982.

(3)

Prof. Ass. JOSE WILLIAM

BEZERRA

E

SILVA

-

Orientador

-

COMISSZO EXAMINADORA:

Prof. Ass, LUIS

PESSOA

ARAGA0

- Presidente -

Prof. Ass. JOSE JARBAS STUDART GURGEL

VISTO:

Prof. Ass.

MOISES ALMEIDA DE OLIVEIRA

Chefe do Departamento de Engenharia de Pesca

Prof. Ass,

FRANCISCA PINHEIRO JOVENTINO

(4)

AGRADECIMENTOS

- Ao Professor José William Bezerra e Silva pela orientação e constante apoio dtrante a realização do

pre-sente trabalho.

- Ao Dr. Jarbas Studart

e

ao Dr. Oriani Farias, por haver cedido as instalagOes do Centro de

Pesquisas

Ictiol6gicas para o

presente trabalho.

- Ao pessoal do Centro de Pesquisas Ictiol6gicas em Pentecoste por

sua valiosa

cooperaggo.

- Aos companheiros Olivardo

Aguiar

Junior e Jogo Batista Duarte Oliveira, pelos desenhos dos graficos.

- A todos aqueles que, direta e indiretamente con

(5)

RESULTADOS DE UM ENSAIO SOBRE A cRiAgAo DE MACHOS DA TILA-PIA DO NILO, Sarotherodon niloticus (LINNAEUS), EM VIVEIRO

DO CENTRO DE PESQUISAS ICTIOLOGICAS DO DNOCS ( PENTECOSTE, CEARA, BRASIL ).

Daniel Alberto Guevara Carrillo

INTRODUVA0

A tilApia do Nilo, Sarotherodon niloticts ( Lin- naeus ), foi introduzida no Brasil, mas precisamente no Nordeste brasileiro, pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), em dezembro de 1971. Os primeiros exemplares foram oriundos da Costa de Marfim, Africa, ten--do siten--do colocaten--dos em viveiros ten--do Centro de Pesquisas Ictio 16gicas daquela Autarquia, localizados em Pentecoste, Cea-ra (SILVA, 1980; BARD, 1976a; DNOCS, 1979; FONTENELE, 1976; PEIXOTO & GURGEL,, 1978 e GURGEL, 1976).

Em 1973 foram obtidas as primeiras desovas da es pécie, de forma natural, Bato que se vem repetindo até

ho-je (LOVSHIN, 106).A)ali, a espécie passou a ser dissemina da para outros estados brasileiros e mesmo para outros pai ses (SILVA, 2980)..

Os motivos da introdugão da tilApia do Nilo no Nordeste foro de possibilitar o povoamento dos açudes dá região, -bem como UsAr.la'em cruzamentos com a tilApia de ZanZibar, 5. hornorum, (Trewaves), para obtenção de hibri-

(6)

(IJOVSHIN et alii, 1978 e BARD, 1976).

Com esses fins, exemplares da espécie foram leva

dos para as 5 (cinco) Estaaes de Piscicultura do DNOCS, sendo que numa delas, mais precisamente na nEstevam de Oli veiragv (Caic6, RN), surgiram os primeiros exemplares albi nos, isto é, sem pigmentação na pele. Esses peixes logo. chamaram a atenção pelo bom crescimento e excelente aspec-to do corpo, principalmente sua coloração, com aspec-tonalida -

des branca, cinza e rbsea, Bato que os assemelham com espé cies marinhas de elevado valor econtmico (figura 1).

Num exame mais apurado desses peixes, verificou--se a ocorrência de machos e fêmeas, conseguindoverificou--se, logo

que atingiram as primeiras maturagOes gonadais, reprodugão natural dos mesmos. Suas descendências se constituem somen te de exemplares albinos.

Após isso, esses peixes foram conduzidos para o Centro de Pesquisas supracitado, a fim de serem testados para a criação em viveiros.

O cultivo monosexo de tilApias vem se desenvol - vendo, atualmente, em muitos paisess Criam-se quase qt e ex clusivamente os machos, obtidos mediante sexagens, por apresentaram crescimento duas vezes mais rApido do que as fêmeas e atingirem o dobro do peso destas, quando de mesma idade e criados em idênticas condiaes (LOVSHIN, 1976 e BARD, 1976a e 1976b).

No Brasil, principalmente na região Nordeste, se vem, desde 1974, criando machos de tilApia do Nilo, com bons resultados (DA SILVA et alii, 1975). Contudo, alguns

(7)

consumidores no

0S

adquem, por se assemelharem, devido a

cor e aspecto externo, à tilApia do Congo, Tilapia rendalli, e ao cará comum, Ciohlasoma spp.

Conforme referido acima, exemplares albinos da tilApia do Nilo apresentam, além do bom crescimento, aspec-to e coloragao de peixes marinhos, que atingem boa cotaga'o comercial.

Este trabalho se prop3e a apresentar os resulta - dos de um primeiro ensaio sobre a criagao de tilApia do Ni- lo albina em viveiros do "campus" do Centro de Pesquisas Ictiológicas do DNOCS, localizado em Pentecoste, Ceará, o qual dista cerca de 90 Km aD_ norte de Fortaleza (figura 2), tendo sido realizado no periodo de agosto de 1981 a abril de 1982.

MATERIAL E METODO

Neste trabalho se utilizou um viveiro de deriva gao (figura 3), medindo 10,00 x 40,00 m, escavado em terre-no natural, com Area inundada de 350 m2 e profundidade máxi ma de 1,40 m, minima de 0,60 m e média de 1,00 m. Ele foi abastecido com Agia retirada do canal principal do açude "Pereira de Miranda”, o qual tem uma capacidade de 398.000.000 m3, sendo a Agua conduzida até o viveiro Por meio do canal de concreto. A tubulagao de tomada de Agua apresenta um diametro de 4 polegadas, possuindo tela para evitar a entrada de peixes estranhos. 0 seu esvaziamento 6 feito por o monge e cano de 6 polegadas. Apresenta, ainda,

(8)

una caixa de coleta medindo 5,00 x 2,00 m.

Antes de colocar os peixes no viveiro, este foi esvazeado, limpo e fertilizado com 350 Kg de esterco de bo vinos, bem curtido. Apôs isto, recebeu Agua até seu nível mAximo de deplegao.

Cheio o viveiro, nele foram estocados 350 alevi-nos machos albialevi-nos de tilApia do Nilo, numa densidade de 1 peixe/m2. Eles foram obtidos através de sexagem manual, segundo a metodologia de BARD (1976a), citado por SILVA (1977).

A fim de eliminar possíveis erros de sexagem, o que provocaria o aparecimento de fêmeas no viveiro e, con-sequentemente, o surgimento de desovas foram ali estocados 35 exemplares de pescada do Piaui, Plagioscion squamosis - simus (Heckel, 1840), apresentando peso médio de 30,2

g.

Com esse peso, as pescadas no so capazes de devorar as tilApias estocadas.

Quando da estocagem foram obtidos os comprimen - tos totais (distancia anterior do focinho a posterior da nadadeira caudal), anotados em milimetros, de 15% dos pei-xes, determinando-se, assim, o comprimento total médio dos aleVinos estocados. Para isso, usou-se régua apropriada, com escala milimetrada (figura 4).

Também, foi obtido o peso médio, em gramas, des-ses peixes, através de pesagens em balança de prato, tipo

com divisOes de 10 gramas. Os ale7inos foram pesados (figura 5) em grupo de 50, usando-se baldes com Agua, devidamente tarados. Para que os peixes n.o se bates

(9)

sem muito durante as medigOes e pesagens, emicuegou-se o anestésico, conhecido, comercialmente, como quinaldina, na base de 3 gotas para 10 litros de Agua.

Aos peixes forneceu-se, até os 3 (tês) primei-ros meses de cultivo, ração balanceada, tipo engorda para galináceos, dada na base de 5% do peso vivo, reajustada mensalmente. Apbs o 4° ms passou-se a fornecer a mesma ração na base de 3% da biomassa de peixe no viveiro.

a ração utilizada foi a CORTEX, para frangos de corte, em cuja composição entram os seguintes componen tes: proteinas; glttem de milho; farinhas de carne, pei - xe, sangue, ossos e ostras; farelos de soja, algodao, amendoim, gergelim, babaçu, arroz e trigo; carbonato de cálcio e sal.

A tabela I mostra a composição dos diversos nutrientes existentes na raçao.

As amostragens foram realizadas mensalmente, abrangendo a 15% dos peixes no viveiro (figura 6), segun- do a metodologia de SANTOS et alii (1975) e DA SILVA et alii (1976). Os peixes foram capturados com auxilio da rede de arrasto (figura 7), medindo 15 m de comprimento Tor 2 m de altura, confeccionada com tecido de tarlatana e malhas de 5 milimetros, evitando-se, assim, a seletivi-dade do aparelho. Em todas as amostragens usou-se a mesma rede. Para as medigOes e pesagens das amostras foi

utili-zada a mesma metodologia citada anteriormente (figuras 4 e 5).

Na ultima amostragem foi feita a despesca do

(10)

viveiro, mediante esvaziamento do mesmo. Os peixes captura dos foram pesados, medidos e contados.

Terminado as amostradens procedeu-se aos calcu- los das curvas de crescimento em comprimento e em peso, de biomassa e da relação peso/comprimento, ati-avés da meto dologia usada por SANTOS et alii (1976); SANTOS (1978) e DA SILVA et alii (1973).

Também, realizou-se a análise econ8mica do culti vo, seguindo a metodologia dos mesmos autores supracita

dos.

Para essas analises, os dados foram organizados em tabelas e grAficos, tendo sido os dados de comprimento total tomados em centimetros e os de peso em grama.

Em virtude da mortalidade ter sido insignifican-te, já que apenas 4 peixes morreram, ela foi desprezada.

No final, surgiram alguns alevinos no viveiro, resultantes de' desovas. Aqueles foram pesados e contados. Contundo, em virtude do pequeno ntmero e peso, no foram levados em conta nas analises dos resultados.

RESULTADOS

Os resultados obtidos no presente easaio de cul-tivo de machos albinos da tilápia do Nilo, decorridos 244 dias da estocagem, foram os seguintes:

a) Curva de crescimento em comprimento

(11)

to médio de 11 cm, os peixes atingiram, ao final, 29,3 cm, também de comprimento médio.

Empregando-se a metodologia de SANTOS (1978), pa-ra os dados de comprimento total médio obtidos nas amostpa-ra- amostra-gens, determinou-se a seguinte equação da reta de regressão (figura 8): L( T +2\T ) = 5,43 + 0,85L( T ), onde L(T) = = comprimento total médio no tempo T e L( T +AT ) = compri mento total médio no intervalo de tempo AT. Este foi prati camente constante

(AT

+ 1 mes ).

0 crescimento em comprimento nos peixes se faz de acordo com a expressão de

Von

BERTALANFFY (1938), que é a seguinte: L(T) = LOD (1 e-kT), em que: L(T) = comprimen-to comprimen-total médio no tempo T; Lco = comprimencomprimen-to comprimen-total

maxim°

assintótico e k = constante, relacionada com o crescimento dos peixes. Seguindo, ainda, metodologia de SANTOS (1978)1 determinou-se que

Lc°

= 36,2 cm; k = 0,165 e te = 2,15. Es-te ultimo representa a idade média dos peixes quando da es-tocagem, em meses.

Desse modo, a expressão da curva de crescimento obtida é a seguinte:

L(T) = 36,2

1 - e '

-0 165 (T + 2,15)

Com essa expressOo, obteve-se a curva de cresci - mento de machos albinos da tilapia do Nilo nesse experimen-to, a qual é vista na figura 9. Nela plotou-se, também, os pontos empiricos, observando-se bom ajustamento.

h) Relação peso/comprimento

Os dados de peso médio, em grama, dos peixes nas

(12)

diversas amostragens, são vista na tabela II, juntamente com os de comprimento total.

A relação entre esses dois parâmetros também foi determinado segundo metodologia de SANTOS (1978), a qual parte do principio de que, em peixes, W(T) =Ø Lê, onde: W(T) = peso total médio dos peixes; 0 = constante, também chamada fator de condigo, estando relacionada com o teor de gordura dos peixes e t = constante, sendo riais ou menos igual a 3.

Para o presente cultivo de machos albinos de ti-lApia do Nilo, obteve-se que W(T) = 0,0147 L(T)3'11 A representação grAfica da relagão peso/comprimento pode ser vista na figura

ii,

na qual plotou-se os pontos empiricos,

observando-se boa aderência entre eles e os calculados.

c) Curva de crescimento em peso

A curva de crescimento em peso, obtida da de crescimento em comprimento e da relagão peso/comprimento ,

-kT.P

do tipo: W(T) = Wco (1 - e ) , em que Wco = peso máxi- ma assint6tico.

Pela metodologia adotada (SANTOS, 1978), determi ,

nou7-se que Wco = 1.035 g, já. que Woo = pi

Lop.

Assim, a ex-pressão da curva de crescimento em peso é a seguinte:

W(T) . 1.035 [ 1 - e

-0

'

165 (T

2,15) 3,11

Sua representação grafica é vista na figura 12, na qual plotou-se os pontos empíricos ou observados, veri-ficando-se boa aderência entre eles e os calculados.

(13)

Saliente-se que os peixes foram estocados com peso mé-dio de 26,0 g, atingindo, apôs 244 dias, 488,2 g (tabela II).

d) Curva de biomassa

Segundo SANTOS(1978) B(T)=Wco R e

-mT

[1 - e

-k(T+te)

em que: B(T) = biomassa no instante T; R = ntmero de individuos estocados no viveiro e m . coeficiente de mortalidade. Os

de-mais parametros dessa expressão jd foram anteriormente defini - dos.

Na presente pesquisa, conforme anteriormente citado, a mortalidade foi insignificante, já que se estocou 350 indivi-duos, sendo capturados, quando da coleta, 346 peixes. Assim, a taxa de sobrevivência foi de 98,86% e m . 0,01. Lembre-se que, segundo SANTOS (1978), m =

in

s*( LT), sendo S*(AT) taxa de so-brevivência.

Desse modo, a expressão da curva de biomassa de machos albinos da tildpia do Nilo, no presente trabalho, é a seguinte:

B(T) = 362,250 [1 - e-°465 (T + 2,15) ]3711

Sua representagão gráfica é vista na figura 13, na qual foram plotados os pontos empiricos.

e) Ganho em peso

No que refere ao ganho de peso em g/mês, variou bas-tante (tabela II), sendo que o ganho mínimo ocorreu no oitavo mês, com 4.204 g e o máximo no quinto, com 43.680 g. 0 ganho mé dio foi de 19.975

g.

(14)

Quanto ao ganho

de peso em

g/diai também foi bas-tante variável, atingindo seu valor máximo no cuinto /rigs, com 4,16 g/dia, e mínimo no oitavo, com 0,39. 0 ganho médio diário foi de 1,88 g/dia (tabela II).

2) Consumo de ragao

As tabelas II e III mostram que, durante o ensaio, foram consumidos 542.495 g de ragão, cujo

prego,

por kg,

va

riou de ai 25,29, inicio do experimento,

até

ai 37,40, no final do mesmo. Isso resultou num gasto total de Cr$ 18.549,66 com esse insumo.

g) Conversão alimentar

Como era de se esperar, diminuiu com o andamento

da

pesquisa. 0 valor máximo ocorreu no primeiro mês, com

1.05 : 1 e

o mínimo no oitavo, com 3,39 : 1 (tabela II).

h) Dados econemicos

As tabelas III e IV e a figura 14, apresentam da-dos econemicos sobre o cultivo de machos

albinos

da tildpia do Nilo, no presente ensaio. 0 valor econtmico da biomassa (B$T) foi obtido multiplicando-se o prego médio de venda dos peixes, nos diversos meses de cultivo, pela biomassa existente no viveiro. No final ele foi de OrS 25.335,00

(ta-bela IV).

Para o cálculo das despesas (DST), levou-se em conta os custos dos

alevinos,

da ração, da mão de

obra

e outros (tabela III). As despesas finais acumuladas montaram

(15)

em

ai

22.424,66.

Subtraiu-se, mensalmente DST de BET, obtendo-se os valores dos lucros (LST). Estes foram crescentes do quar to até o sétimo mgs, decrescendo dai para o oitavo. Assim, o lucro mAximo foi alcançado no sétimo mês (tabela IV e fi-gura 14).

Mencione-se que a biomassa adquiriu valor ecori6mi co a partir do terceiro mas, quando os peixes passaram a ter valor de venda.

i) Produtividade

Foi de 7.238,57 kg/ha/ano

DISCUS SO

DA SILVA et alii (1975) realizaram experimento so bre o cultivo de machos da tilApia do Nilo e de híbridos, obtidos pelo cruzamento de fêmeas dessa espécie com macho da tilApia de Zanzibar, Sarotherodon hornorum, ambos na den sidade de 10.000 peixes/ha . Após 180 dias de cultivo, os machos da tilApia do Nilo atingiram peso médio de 299,0 g e

os híbridos 340,0 g. No presente ensaio os peixes alcança - ram, em igual tempo, peso médio de 421,7 g. Mencione-se que naquele experimento os peixes foram estocados com peso mé-dio de 63 g (macho de tilApia do Nilo) e 60 g (híbridos) e arraçoados com farelo de arroz com 14% de proteína, forneci da na base de 3% do peso vivo. No presente ensaio os pei -

(16)

xes foram estocados com, 26,0 g de peso médio e arraçoados com ração balanceada, tipo engorda para galinAceos.

Vê-se, também, na pesquisa de DA SILVA et alii (1979), que os machos de tildpia do Nilo apresentaram

so-brevivência de 96,5% e sua produtividade, aos 6 meses de cultivo, alcançou 2,839 kg/ha. Para os hibridos, obtiveram 97,5% de sobrevivência e 3.248 kg/ha/180 dias de produtivi dade. No presente ensaio, a produtividade foi 4.217 kg/ha/ 180 dias e a sobrevivência de 98,86% .

Finalmente, DA SILVA et alii (1975) obtiveram crescimento de 1,3 g/dia, para machos da tilApia do Nilo, e 1,6 g/dia, para o hibrido de tilApias. Para machos albi- nos da tilApia do Nilo o ganho de peso, aos 6 meses, foi de 2,1 g/dia.

CARVALHO & FERNANDES (1978) obtiveram os seguin-tes resultados no cultivo de hibridos de tilApias de Zanzi bar com a do Nilo, na densidade de estocagem de 10.434 pei xes/ha:

Peso médio na estocagem 15,0 g

Peso médio final 383,5 g

Duraçao do experimento 180 dias

Produtividade 3.982 kg/ha

Converso alimentar 3,0 :

Sobrevivência 99%

Ganho de peso 2 g/dia

Nesse experimento os peixes foram arraçoados com Farelo de arroz, numa taxa diária de 3% do peso vivo e o viveiro fertilizado com esterco de bovinos, na base de 154 kg, semanalmente.

(17)

PINHEIRO et alii (1976) realizaram experimento com o cultivo de híbridos 100% machos, obtidos pelo cruza-mento de S. hornorum com S. niloticus, na densidade de es- tocagem de 13.000 peixes/ha. Usaram viveiros de 355 m2 de Area molhada, semelhante ao utilizado no presente ensaio. Naquele experimento os peixes foram arraçoados com uma mis tura, em partes iguais, de torta de algodao mais torta de mamona, fornecida na base de 3% da biomassa de peixes no viveiro. Aqueles autores obtiveram os seguintes resultados:

Peso médio inicial 25,0 g

Comprimento médio inicial 9,9 cm Idade inicial de estocagem (te) 2,28 Duragao do experimento 12 meses

Peso médio final 452,0 g

Comprimento médio final 29,5 cm

Produtividade aos 8 meses 3.292,9 kg/ha Produtividade aos 12 meses 4.939,3 kg/ha

Loo 32,1 cm

Wco 4.00111**041-0 ... 40440141-4,00 533,3 g

0,156

Na pesquisa de PINHEIRO et alii (1976) 0 lucro máximo foi obtido no 102 mês de cultivo. Após 11 meses as despesas superaram o valor econômico da biomassa. Na pre - sente pesquisa obteve-se lucro máximo no 72 mês de culti - vo.

Comparando-se os resultados acima com os obtidos no cultivo de machos albinos da tilapia do Nilo, notamos que os valores de Loo e k se aproximaram. Entretanto, Woo foi muito maior para os machos albinos. Também, se obser-

(18)

vou que no ensaio de PINHEIRO et alii

(op,

cit.) os hibri-dos atingiram, em 12 meses de cultivo, um peso total médio de 452,0 g e na presente pesquisa os peixes, em apenas 8 meses, alcançaram peso médio de 488,2 g.

CONCLUOES

in - A expressão matemAtica da curva de crescimento em comprimento da espécie em estudo foi a seguinte:

L(T) . 36,2 1 - e

-0

'

165 (T + 2,15)i

- A curva de crescimento em peso, de machos albinos da tildpia do Nilo, tem como expressão matemdtica:

W(T) . 1.035 11

e

-0,165 (T + 2,15)-

3,11

- A expressão matemAtica obtida para a curva de biomas sa da espécie foi a seguinte:

B(T) = 362.250 1 - e

-0,165 (T + 2,15)

13,11

LP,

- 0 lucro foi alcançado no 92 mês de vida dos peixes , ou seja, no 74 mês de cultivo e montou em a$7.793,26, (sete mil e setecentos e noventa e três cruzeiros e vinte e seis centavos).

- A produtividade foi de 7.238,57 kg/ha/ano

- Pelos resultados obtidos observamos que os machos albinos de tilApia do Nilo apresentaram um bom cres-cimento em peso e comprimento, quando comparados com dados de outros autores, para tilApias, no Nordeste

(19)

- A idade calculada para os peixes, na estocagem, foi de 2,15 meses

84 - Obteve, no final uma sobrevivência de 98,86%

9_4 - Os ganhos de peso por dia e por mês foi de, respecti vamente 1,88 g e 19.975

g.

10_4 - Obteve-se, ao final, um índice de conversão alimen - tar de 3,39 : 1, sendo que a ração fornecida foi bem aceita pelos peixes

11?„ - Os machos albinos da tilapia do Nilo tiveram um va- lor final de venda de 150,00 por kg, denotando boa aceitação por parte dos consumidores

12_4 - As conclusOes acima mostram as boas qualidades do peixe estudado para o cultivo em viveiro, tornando-o igual e em alguns aspectos; até superior aos hibri - dos de tilApias. Isso, recomenda o cultivo de machos albinos da tilápia do Nilo por parte dos pisciculto-res do Nordeste brasileiro.

(20)

SUMARIO

0 presente trabalho apresenta os resultados de um ensaio de piscicultura intensiva com machos albinos da tilApia do Nilo, Sarotherodon niloticus, feito em viveiro natural, com área molhada de 350 m2, estocados com 350 pei xes (densidade de 10.000/ha).

Amostrou-se, mensalmente, 53 individuos, os quais foram medidos e pesados, para determinação de: a) curva de crescimento em comprimento e peso; b) relagão pe-so/comprimento; c) curva de biomassa e d) curvas econbmi - cas. Isso, visando medir o potencial da espécie para culti vo comercial em viveiro.

As análises quantitativas dos dados obtidos fo - ram feitas baseado na metodologia de SANTOS (1978), sendo os resultados comparados com outros experimentos semelhan-tes, feitos com tilApias em nossa regiao.

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BIBLIOGRAFIA

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(23)

SILVA, A.B. et alii - 1975 -6 OtservagOes Preliminares sobre

a Cultura Monossexo da Tilápia nilotica

Linnaeus

(macho)

em viveiro, em comparagao com Hibridos machos de Tilapia,

com o uso de ração suplementar e fertilizantes. DNOCS,

dat., 8

pp.,

2

figs.

SILVA, W.B. - 1980 - Recursos Pesqueiros de Aguas

Interio-res, Especialmente do Nordeste, Boi. Ttc, DNOCS, Fortale

(24)

Tabela I - Composigao da raga() utilizada no presente culti-vo de machos albinos da tilApia do Nilo, Sarothe-rodon niloticus (L.), em viveiro de 350

M7---

Especi2icagao Umidade Proteina bruta Extrato etéreo Matéria fibrosa Cálcio Matéria mineral Fósforo Vitamina A

2/

Vitamina D3 E/ Vitamina E 3/ Riboflavina 4/ Niacina 5/ Vitamina B12 f/ Vitamina K 7/ Manganês Zinco 9/ Ferro 10/ Cobre 11/ Indo 12/ Cobaldo 2.1/ Metionina 14/ Lisina 15/ Colina 16/ Ac. Pantotênico 17/ CoccidiostAtico 18/ Antibiótico 19/ Unidade Quantidade 10,50 19,00 3,50 4,00 1,70 7,70 0,70 Ui 6200 UI 900 UI 3,75 mg 4,4 mg 20 umg 10 mg 1,0 mg 49 mg 48 mg 10 mg 1,8 mg 0,46 mg 0,18 mg 390,9 mg 15 mg 400 mg 12,2 mg 125 mg 22,0

Observagao: 1/ a 19/ por Kg da ração Fonte: Fabricante da ração.

(25)

TALELA 11 - Dados obtidos no cultivo de machos albinos de til'apia do Nilo, Sarotnerodon niloticus, em viveiro cor. Area molnada de 350m2, localizado no Centro de Pesquisas Ictiolbgicas do DNOCS, Fentecoste,Ce.

Data Ne de dias Dias de arraçoa mento- N(T) 1(T) (cm) ; (T) (9) B(T) (9) Consumo de ração (9)

ganno de peso Valor de

B(T) Cri /Kg -

Ctsto da raggo

Conversgo alimentar

g/m8s 9/ano VAitLrio Total

25.68.81 0 - 350 11,0 26,0 9100 - _ _ _ 25,29 _ - 25.09.81 31 27 350 15,0 59,5 20825 12285 11725 1,08 - 25,29 310,69 1,05 : 1 27.10.81 32 27 350 17,4 105,4 36890 27972 16065 1,43 - 25,29 707,41 1,45 : 1 27.11.81 31 27 350 20,5 200,0 70000 49788 33110 3,05 90,00 34,05 1695,28 1,4k : 1 29.12.81 32 27 350 22,7 239,5 83825 56700 13825 1,23 100,00 34,05 1930,64 1,96 : 1 2E.01.82 30 26 350 25,3 364,3 127505 65390 43680 4,16 120,00 34,05 2226,53 1,79 : 1 26.02.82 29 25 350 27,4 421,7 147595 95625 20090 1,93 140,00 34.05 3256,03 2,22 : 1 1/ 26.03.82 28 24 346- 28,0 476,0 164696 106272 17101 1,76 150,00 34,05 3618,56 2,66 : 1 27.04.::2 31 26 346 29,3 488,2 168900 128463 4204 0,39 150,00 37,40 4804,52 3,39 : 1 -1 Obs: 1/ 4(quatro) peixes morreram no processo de amostragem

(26)

Tabela III - Despesas em cruzeiros, referente ao cultivo de ma- chos albinos da tilapia do Nilo, Sarotherodon niloticus

Despesas (Cr$) D$(T) total

acumulado Alevi

nos- Raga() IMgo de obra Outros Total

0 525,00 160,00 685,00 685,00 1 310,69 268,00 578,69 1263,69 2 707,41 268,00 975,41 2239,10 3 1695,28 389,00 2084,28 4323,38 4 1930,64 389,00 2319,64 6643,02 5 2226,53 389,00 261,53 9258,55 6 3256,03 389,00 3645,03 12903,58 7 3618,56 389,00 4007,56 16911,14 8 4804,52 339,00 320,00 5513,52 22424,66

(27)

Tabela IV - Valor econtmico da biomassa e das despesas e lu -

cros obtidos, referente ao cultivo de machos albi

nos da tilápia do Nilo,

Sarotherodon niloticus

Tempo

(meses)

B(T) BST DST LST 0 9100 685,00 1 20825 1263,69 2 36890 2239,10 3 70000 6300,00 4323,38 1976,62 4 83825 8382,50 6643,02 1739,48 5 127505 15300,60 9258,55 6042,05 6 147595 20663,30 12903,58 7759,72 7 164696 24704,40 16911,14 7793,26 8 168900 25335,00 22424,66 2910,34

(28)

de m achos a lbin os

(29)

Caucala c, Barra Csco II MOundlOni 1,0:" ¡)•\ 1 usebin goat Oa Para osba Ped,alrance Salgado Tuounduba Marang. pe - a rara 39`22' Taiba Ponta do Pecim 'm Mure .Cana3 d au Paraipaba swgm Pa 0 Serrote Inha UCO

Ponta do Mucu ripe

ORTALEZ A Ca pua 22 1Stids do CUTO Pentecostes itaPebuGU ,,_AmarTa—rTA P' • Timms - 1;) Wvt*witirt'',0 Palmac. 'Gana S5?!Gtard Ganindi r çribin ( St _ Ipuena dos Gome • Jus tin ib nn Serpa Ft 2. 4 It AiiônjefD Horizonte 0 Boar

£npelaaÇ Agua Verde

•Itaipaba Itr ft• Cts° nirr rto' A. °16-.)8 , pistranoffr'-- villa, -! ti do Serra 2z° Ejr. 7 - Lccaliz2rac de Frntmcr, std -

(30)
(31)
(32)
(33)
(34)
(35)

1.(t +at) :5.43 + 0.85 L(t) 4 6 8 10 12 14 18 18 2I0 212 24 26 28 3r0 , Comprimento (cm) L(I) t +At ) Comp r in vzn to (cl n ) 32 - 30 28 26 24 22 20 18 16 -1 14 1 12 to

F1g.-8- Transformagiio Ford-Walford de curva. Lie - crescirttento em comprimenta Mulford. 1946),

(36)

7- 6- 5. ( Cr t i ;0 00. 00) o 3 2 o t 25 o o o 20 o 44. L. o •••• IS biornassa o BT E • / • o 10 despot os !dada (means) fts cultime

Curvos econiimicas, obtidas no cultivo da machos albinos de tilápia do SAROTHERODON N1LOTICUS.

Referências

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